Cartilha - Aprendendo Com Maria Da Penha No Cotidiano 22102014 1628
Cartilha - Aprendendo Com Maria Da Penha No Cotidiano 22102014 1628
Cartilha - Aprendendo Com Maria Da Penha No Cotidiano 22102014 1628
COORDENADORIA ESTADUAL DA
MULHER EM SITUAO DE VIOLNCIA
DOMSTICA E FAMILIAR/TJMA
LEI N 11.340/2006
So Lus MA
2014
MARIA, MARIA
Compositores: Milton Nascimento e Fernando Brant
Maria, Maria,
um dom,
Uma certa magia
Uma fora que nos alerta
Uma mulher que merece
Viver e amar
Como outra qualquer
Do planeta
Maria, Maria,
o som, a cor, o suor
a dose mais forte e lenta
De uma gente que r
Quando deve chorar
E no vive, apenas aguenta
Mas preciso ter fora,
preciso ter raa
preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria,
Mistura a dor e a alegria
Mas preciso ter manha,
preciso ter graa
preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter f na vida...
SUMRIO
1 - APRESENTAO
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3.8 - Pode ser aplicada a Lei Maria da Penha mesmo com o fim do
relacionamento afetivo da vtima com o agressor?
3.9 - A Lei Maria da Penha pode ser aplicada s relaes homoafetivas?
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APRESENTAO
A violncia domstica e familiar contra a
mulher se constitui em uma das formas mais graves de
violao dos direitos humanos, atingindo diretamente a
famlia como um todo, necessitando assim, de intensa
mobilizao social para a sua preveno e combate.
A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situao
de Violncia Domstica e Familiar do Tribunal de Justia
do Maranho, rgo institudo pela Resoluo n
302011, elaborou a presente cartilha, que traz em seu
contedo aspectos importantes da Lei Maria da Penha e
sua aplicao no cotidiano, objetivando conscientizar a
sociedade a respeito desse fenmeno social, crescente
e assustador.
As informaes e orientaes prticas constantes
nesta cartilha so ferramentas que, por certo, contribuiro
para o enfrentamento da violncia domstica e familiar.
Desta forma, pretende-se estimular, no somente
as denncias das agresses, mas, tambm, que as
vtimas e a sociedade se mantenham firmes quanto ao
propsito de responsabilizar seus agressores.
MARIA DA PENHA:
Da dor Lei Quem ?
Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacutica,
cearense, o marco recente mais importante da histria
das lutas feministas brasileiras, sendo atualmente lder
de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.
Vtima emblemtica da violncia domstica, lutou por
muitos anos para que o seu agressor viesse a ser
condenado.
No ano de 1983, enquanto dormia, recebeu um
tiro do ento marido, o professor colombiano Marco
Antnio Heredia Viveiros, que a deixou paraplgica.
Depois de se recuperar, foi mantida em crcere privado,
sofreu outras agresses e nova tentativa de assassinato,
tambm pelo marido, por eletrocuo. Aps dezenove
anos de busca por justia, seu agressor foi condenado
em duas ocasies (1991 e 1996) e, por meio de recursos
jurdicos, foi solto.
Depois de um longo processo de luta, no Brasil
e no exterior, em 07 de agosto de 2006 foi sancionada
a Lei n 11.340, que recebeu o nome de Lei Maria da
Penha em homenagem a essa corajosa mulher brasileira.
Com muita dedicao e senso de justia, Maria
da Penha Maia Fernandes mostrou para a sociedade
a importncia de se proteger a mulher da violncia
sofrida no ambiente onde menos se espera, o seu
prprio lar, e advinda daquela pessoa menos prevista,
o seu companheiro, marido ou namorado, bem como,
daqueles com quem j se relacionou.
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Dever comparecer preferencialmente
Delegacia da Mulher, ou qualquer Delegacia prxima
sua residncia e relatar a ocorrncia dos fatos, assinar
o termo de representao, quando for o caso de ao
penal pblica condicionada, e solicitar as medidas
protetivas de urgncia pertinentes ao caso descrito.
3.4 - Pode a mulher vtima de violncia domstica
e familiar, quando no tiver condies financeiras
de contratar um advogado, dirigir-se sozinha a uma
Delegacia de Polcia e ao Poder Judicirio?
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processual, ela dever estar acompanhada de advogado, exceto quando se tratar de medidas protetivas de
urgncia que podero ser concedidas pelo Juiz, a requerimento do Ministrio Pblico ou da ofendida.
3.5 - Como deve ser prestada a assistncia vtima
de violncia domstica que vive sob a dependncia
financeira do seu agressor?
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Sim. Qualquer pessoa pode levar ao conhecimento das autoridades competentes casos de violncia
domstica e familiar, mesmo em situaes em que a
vtima no apresente queixa, quando a lei assim o exigir.
3.11 - Como deve agir a autoridade policial aps o
registro da ocorrncia feito pela vtima?
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Caber ao Juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, determinar de ofcio (por si mesmo) as medidas
protetivas de urgncia, a fim de assegurar mulher em
situao de violncia domstica e familiar a preservao
da sua integridade fsica e psicolgica e decretar a
priso preventiva do agressor, se for o caso, mediante
requerimento do Ministrio Pbico ou representao da
Autoridade Policial.
Por sua vez, cabe ao Ministrio Pblico atuar
como parte, quando autor da ao penal contra o
agressor, ou intervir nas demais causas cveis e criminais.
O rgo do Ministrio Pblico ainda ser responsvel
por requisitar fora policial e servios pblicos de sade,
de educao, de assistncia social e de segurana,
dentre outros; fiscalizar os estabelecimentos pblicos e
particulares de atendimento mulher em situao de
violncia domstica e familiar; e adotar, de imediato, as
medidas administrativas ou judiciais cabveis no tocante
a quaisquer irregularidades constatadas e cadastrar os
casos de violncia domstica e familiar contra a mulher.
3.13 - Quais as medidas protetivas de urgncia
destinadas vtima de violncia domstica e familiar?
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IV Separao de corpos;
V Restituio de bens indevidamente subtrados pelo
agressor;
VI Proibio temporria para a celebrao de atos e
contratos de compra, venda e locao de propriedade
em comum, salvo expressa autorizao judicial;
VII Suspenso das procuraes conferidas pela
ofendida ao agressor;
VIII Prestao de cauo provisria por perdas e
danos materiais.
3.14 - Quais as principais medidas de urgncia que
podem ser aplicadas ao agressor quando constatada a
prtica de violncia domstica e familiar?
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A rede de enfrentamento corresponde atuao
articulada entre as instituies/servios governamentais,
no-governamentais e a comunidade, com o objetivo
de desenvolver estratgias de preveno e de polticas
que garantam o empoderamento das mulheres e seus
direitos humanos, a responsabilizao dos agressores
e a assistncia qualificada s mulheres em situao de
violncia. J a rede de atendimento formada por um
conjunto de aes e servios de diferentes setores (em
especial, da assistncia social, da justia, da segurana
pblica e da sade), que visam ampliao e melhoria
da qualidade do atendimento; identificao e ao
encaminhamento adequados das mulheres em situao
de violncia.
PODER JUDICIRIO
Coordenadoria Estadual da Mulher em Situao
de Violncia Domstica e Familiar do Tribunal de
Justia do Maranho
Criada pela Resoluo n 302011, de 02 de
agosto de 2011, nos termos da Resoluo n128, de
17 de maro de 2011, do Conselho Nacional de Justia,
considerando o Plano Nacional de Polticas para as
Mulheres, as necessidades de unificar e expandir as
medidas de proteo e os projetos, e especializar os
profissionais do Poder Judicirio do Maranho para
atuao direta com mulheres em situao de violncia
domstica e familiar.
Tem como atribuies: elaborar sugestes para
o aprimoramento do Judicirio na rea do combate e
preveno violncia domstica e familiar contra as
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Casa Abrigo
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Endereo: Endereo: Rua Sebastio de Abreu, n 645 Centro, Vargem Grande MA, CEP: 65430-000
Telefone: (98) 3461-1488.
Ncleo Regional de Viana
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SADE
SAMU Servio de Atendimento Mvel de
Urgncia
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COORDENADORIA ESTADUAL DA
MULHER EM SITUAO DE VIOLNCIA
DOMSTICA E FAMILIAR/TJMA
hsite.tjma.jus.br/mulher
LIGUE
180
w w w. s p m . go v. b r
www.compromissoea tude.org.br
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