Trabalho de História Sobre Estado Novo ATUAL

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Salazar Os anos da

ditadura

Salazar Os anos da
ditadura

1.Introduo

1.1Introduo aos Anos da


Ditadura
O

nosso trabalho basea-se nos Anos da ditadura, desta forma vamos aprofundar o que se

passou e o que ocorreu desde o golpe militar de 28 de maio at subida do presidente scar
Carmona , ao cargo de ministro das finanas por parte do Antnio de Oliveira Salazar, bem como as
medidas que foram implantadas para a resoluo dos problemas financeiros que o pas estava a
atravessar.
Assim a ditadura militar sada do golpe de 28 de maio confrontou-se imediatamente com
tentativas de derrube, tanto por parte dos republicanos apeados do poder como de elementos que se
iam afastando do novo regime medida que este se instalava.
Sob o comando do general Gomes da Costa, iniciou-se, s seis horas da madrugada de 28 de
maio de 1926, a sublevao do Regimento de Infantaria 8, de Braga, atravs do mentor do golpe,
almirante Mendes Cabeadas, que, juntamente com Armando Ocha, acabou por ser preso em
Santarm, no entanto no impediu que o movimento se estendesse ao Pas.
No dia 28 de maio de 1926 convergiram, em Portugal, vrios golpes de Estado contra o
governo republicano, movidos por razes diversas. Para o derrube da I Repblica, que quase no foi
defendida, juntaram-se dois grandes blocos polticos que viriam a confrontar-se at 1932,
procurando colocar a ditadura nacional erguida em 1926.
A 3 de junho de 1926, surgia j um novo Ministrio da Ditadura Militar, em que se
destacavam os professores de Coimbra catlicos Mendes dos Remdios, Manuel Rodrigues e
Oliveira Salazar, este foi nomeado para as Finanas, mas por pouco tempo. No seio do movimento
militar triunfante alastraram-se desde logo os desacordos entre os chefes militares, em particular os
generais Mendes Cabeadas e Gomes da Costa.
A 11 de julho, o prprio Gomes da Costa viria a ser substitudo na presidncia do ministrio
por scar Carmona, pelos conservadores em torno de Sinel de Cordes, que assumiu a pasta das
Finanas.
Este por sua vez, convidou para presidir comisso de estudo da nova reforma fiscal,
Oliveira Salazar.
Oliveira Salazar, mais tarde veio afirmar-se como um dos principais crticos da poltica de incentivo
de Sinel de Cordes, defendendo a necessidade de um prvio equilbrio oramental, ao longo de
1927.

Por sua vez, scar de Carmona assumia a Presidncia da Repblica que foi substitudo na
chefia do governo pelo general Vicente de Freitas, que convidou Antnio de Oliveira Salazar para o
Ministrio das Finanas.

A ditadura militar, sada do golpe de 28 de maio, teve de se confrontar com tentativas de


derrube, tanto por parte dos republicanos apeados do poder como de elementos que se iam
afastando do novo regime medida que este se instalava. medida que derrotava essas tentativas, a
ditadura militar reforava a represso e procedia purga dos militares e civis da administrao
pblica envolvidos.
O ano de 1930 foi assim o do incio da progressiva hegemonizao do poder por
Salazar, que ento definiu o seu pensamento poltico e impulsionou o lanamento de dois
importantes diplomas fundadores do futuro Estado Novo:
o Ato Colonial e,
a Unio Nacional (UN).

2.A poltica do Estado


Novo

2.1 Estado Novo A sua


poltica
E

stado Novo o nome do regime poltico autoritrio, autocrata e corporativista de Estado

que vigorou em Portugal durante 41 anos sem interrupo, desde a aprovao da Constituio de

1933 at ao seu derrube pela Revoluo de 25 de Abril de 1974.


Na sequncia do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi instaurada em Portugal uma
ditadura militar que culminaria na eleio presidencial de scar Carmona em 1928.
Foi durante o mandato presidencial de Carmona, perodo que se designou por "Ditadura
Nacional", que foi elaborada a Constituio de 1933 e colocado um novo regime autoritrio de
inspirao fascista - "o Estado Novo".
Antnio de Oliveira Salazar passou ento a controlar o pas atravs do partido nico
designado por "Unio Nacional", ficando no poder at lhe ter sido retirado por incapacidade em
1968, na sequncia de uma queda de uma cadeira em que sofreu leses cerebrais.
Foi substitudo por Marcello Caetano, que ps em prtica a Primavera Marcelista do qual
dirigiu o pas at ser destitudo no dia 25 de Abril de 1974.
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado como um pas governado
por uma ditadura, pela oposio, quer pelos observadores estrangeiros e at mesmo pelos prprios
dirigentes do regime.
Durante o Estado Novo existiam eleies, que no eram universais e eram consideradas
fraudulentas pela oposio.
O Estado Novo tinha como polcia poltica a PIDE (Polcia Internacional de Defesa do
Estado), verso renovada da PVDE (Polcia de Vigilncia e Defesa do Estado), que mais tarde foi
reconvertida na DGS (Direo-Geral de Segurana),que continuava a a perseguir os opositores do
regime.
A polcia poltica do regime, que recebeu formao da Gestapo e da CIA, tinha como
objetivo censurar e controlar tanto a oposio como a opinio pblica em Portugal e nas colnias.
O pas teria de manter uma poltica de defesa, de manuteno do "Ultramar", numa poca
em que os pases europeus iniciavam os seus processos de descolonizao progressiva. Apesar de
sria contestao nos fruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve a sua poltica irredentista,
endurecendo-a a partir do incio dos anos 1960, face ao alastramento dos movimentos
independentistas em Angola, na Guin e em Moambique.

Economicamente, o regime manteve uma poltica de condicionamento industrial que


protegia certos monoplios e certos grupos industriais e financeiros .
O pas permaneceu pobre at dcada de 1960, sendo consequncia disso um significativo
acrscimo da emigrao. Contudo, durante a dcada de 60 que se notam sinais de
desenvolvimento econmico com a adeso de Portugal EFTA.
No incio da dcada de setenta mantinha-se vivo o sistema de ideias polticas, econmicas,
sociais Salazarista.

Continuavam aqueles que seguiam do regime a alimentar o mito do orgulhosamente


ss, coisa que todos entendiam, num pas perifrico, marcado pelo isolamento rural: estar ali e terse orgulho nisso eram valores, algo merecedor de respeito.
Mesmo em plena Primavera Marcelista, Marcelo Caetano, que sucedeu a Salazar no incio
da dcada (em 1970, ano da morte do ditador), no destoava. Sentindo o mesmo, age a seu modo,
governa em isolamento, faz o que pode, mas um dia vir em que j nada pode fazer.
Qualquer tentativa de reforma poltica era impedida pela prpria inrcia do regime e pelo
poder da sua polcia poltica - PIDE.
Nos finais de dcada de 1960, o regime exilava-se, envelhecido, num ocidente de pases em
plena efervescncia social e intelectual.
Em Portugal organizava-se outros ideais como defender o Imprio pela fora das armas. O
contexto internacional era cada vez mais desfavorvel ao regime Salazarista/Marcelista.
No auge da Guerra Fria, as naes dos blocos capitalista e comunistacomeavam a apoiar e
financiar as guerrilhas das colnias portuguesas, numa tentativa de as atrair para a influncia
americana ou sovitica. A intransigncia do regime e mesmo o desejo de muitos colonos de
continuarem sob o domnio portugus, atrasaram o processo de descolonizao: no caso de Angola
e Moambique, um atraso forado de quase 20 anos.

3.Os meios e restries da


liberdade

3.1.-??????
4.Movimentos de oposio

do regime

4.1-

5.Guerra Colonial

5.1-?????

6.O governo de Marcelo

Caetano

6.1.-Do Salazarismo ao
Marcelismo
A

guerra no Ultramar continuava. Os Movimentos de libertao de Angola e de Moambique

estavam cada vez mais fortalecidos, tentaram a negociao por intermdio das Naes Unidas,
poderia-se afirmar que a independncia estava vista.
Em 1968, a guerra estava a crescer no entanto o Salazar no cedeu, e nem havia movimento que o
derruba-se.
Mas tudo tem um fim e o de Salazar estava-se aproximar. Em agosto de 1968, Salazar
estava a passar frias no Forte de Santo Antnio do Estoril, e este caiu de uma cadeira, sofrendo um
traumatismo craniano. Foi operado com sucesso, mas uma inesperada hemorragia cerebral deixou
inativo.
Aps este episdio o presidente Amrico Toms convocou o Concelho de Estado para tratar
da substituio de Salazar, depois de consultar vrias personalidades polticas e militares, Amrico
Toms nomeia para novo chefe do governo o professor dr. Marcelo Jos das Neves Caetano um
nome que os portugueses bem conheciam, pois fora ministro das Colnias, presidente da Cmara
Corporativa e presidente da Unio Nacional.
Professor dr. Marcelo Jos das Neves Alves Caetano, foi um jurisconsulto, professor de
direito e poltico portugus.
Durante o regime Salazarista, foi o ltimo Presidente do Conselho do Estado Novo.
Ento e o Salazarismo onde ficava?
Havia quem defende-se que depois do Salazarismo, o Salazarismo,mas tambm havia
quem afirma-se que depois do Salazarismo o Marcelismo, e foi esta teoria que vencera.
O pas que Marcelo Caetano "herdou" de Salazar era manifestamente diferente de 40 anos
antes:
Por um lado, a economia estava num acelerado crescimento,devido s polticas econmicas
e sociais empreendidas por Salazar, bem como aos auxlios externos recebidos
por Portugal no mbito do Plano Marshall. Tambm a participao de Portugal
na EFTA desde 1961 contribuiu para a internacionalizao e crescimento da economia
Portuguesa,
Atingiu a escolaridade obrigatria universal, tinham quintuplicado o nmero de estudantes
no liceu e triplicado nas universidades desde 1928.

Isto levou a que Portugal tivesse, principalmente nas cidades, uma nova burguesia que via
em Marcelo Caetano a esperana de abertura poltica do Estado Novo. Esta burguesia esperava de
Marcelo Caetano eleies livres e uma maior liberalizao da economia.

Marcelo Caetano sentiu que o apoio da nova burguesia era fundamental e tomou algumas
iniciativas polticas :
Renomear a PIDE como Direo - Geral de Segurana;
Permitiu oposio concorrer s eleies legislativas de 1969, no entanto, mais uma vez,
sem uma hiptese realstica de alcanar quaisquer lugares na Assembleia Nacional;
Passou a aparecer semanalmente num programa da RTP chamado Conversas em famlia ,
do qual explicava aos Portugueses as suas polticas e ideias para o futuro do pas.
Do ponto de vista econmico e social, Marcelo Caetano criou penses para os trabalhadores
rurais que nunca tinham tido oportunidade de descontar para a segurana social e lanou
alguns grandes investimentos como a refinaria petrolfera de Sines, a Barragem de Cahora
Bassa, entre outros.
Com todas estas iniciativas a economia reagiu bem a estes investimentos, a populao
reagiu bem abertura que intitulou de Primavera Marcelista, vindo a ser condecorado a 20 de
Outubro de 1971 com a Gr-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, pelo seu Valor, Lealdade e
Mrito.
No entanto, uma srie de razes vieram a provocar a insatisfao da populao. Por um lado,
uma ala mais conservadora do regime, liderada pelo Presidente Amrico Toms, recusava maiores
aberturas polticas e Marcelo Caetano via-se impotente para fazer valer verdadeiras reformas
polticas.
Por outro lado, a crise petrolfera de 1973 fez-se sentir fortemente em Portugal. Por ltimo, a
continuao da Guerra Colonial, com o consequente derrame financeiro para a sustentar. Todos
estes motivos levaram crescente impopularidade do regime e, com ele, do seu lder.
Todos estes motivos contriburam para o golpe militar do 25 de Abril 1974 que veio a
derrubar o governo de Marcelo Caetano.
Aps a Revoluo de 25 de Abril de 1974, Marcelo Caetano foi destitudo de todos os seus
cargos, tendo sido acordado aquando da sua rendio no Quartel do Carmo em Lisboa a sua
conduo imediata, pelo Capito Salgueiro Maia, para o Aeroporto da Portela, exilando-se
no Brasil . A seguir ao golpe de Estado, presumiu:
Sem o Ultramar estamos reduzidos indigncia, ou seja, caridade das naes ricas, pelo que
ridculo continuar a falar de independncia nacional. Para uma nao que estava em vsperas de se transformar
numa pequena Sua, a revoluo foi o princpio do fim. Restam-nos o Sol, o Turismo, a pobreza crnica, a
emigrao em massa e as divisas da emigrao, mas s enquanto durarem.
As matrias-primas vamos agora adquiri-las s potncias que delas se apossaram, ao preo que os lautos

vendedores houverem por bem fixar. Tal o preo por que os Portugueses tero de pagar as suas iluses de
liberdade.
Marcelo Caetano

7. Concluso

7. Concluso
C

om a elaborao deste trabalho ficamos a perceber, que nos ltimos tempos da Primeira

Repblica foram to agitados que a 28 de maio de 1926 um golpe militar instalou a ditadura. Dois
anos depois Salazar tomava o Poder, e o pas passou a ser governado com pulso de ferro. Proibiramse os partidos polticos, as manifestaes, as greves. Jornais, revistas livros, filmes, mais tarde sries
de televiso, tudo estava sujeito a censura.
Textos e cenas que desagradassem ao governo eram cortados.
O governo da ditadura entendia que o Pas s podia e devia desenvolver sob total controlo
do Estado. Para reprimir quem tivesse ideias diferentes, organizou-se uma polcia poltica a PIDE.
Durante o perodo da ditadura Portugal fechou-se muito sobre si mesmo e, embora tenha
conhecido algum desenvolvimento, no acompanhou os outros pases da Europa.
Uma das maneiras que o Estado Novo encontrou para camuflar o isolamento do Pas foi
festejar constantemente e de forma muito exaltada os feitos histricos dos Portugueses e os heris
nacionais.
Para isso organizou-se uma exposio do Mundo Portugus, em 1940, encomendando-se
obras a grandes artistas, como o Padro dos Descobrimentos.
Com o afastamento de Salazar , tendo sido excludo do Conselho de Estado de que era
membro vitalcio, mas perante o grave estado de sade de Salazar, que o impedia de continuar ao
mando do pas, Amrico Toms pediu a Marcelo Caetano que fosse seu substituto, dando incio ao
que viria a ser a ltima fase do regime institudo desde 1933, conhecida como o Marcelismo ou
reformismo.
Este apresentou um governo de grandes reformas econmicas e sociais, existiram vrias
razes de descontentamento da populao, que foi a continuao da Guerra Colonial e a crise
petrolfera de 1973 as duas de enormes consequncias financeiras para o pas.
Isto motivou o golpe militar de 25 de abril de 1974 que derrubou o Estado Novo e o governo
de Marcelo Caetano, sendo destitudo de todos os seus cargos e ordenado seu exlio em 1975 para
o Brasil, onde continuou com sua atividade acadmica em vrias universidades do Rio de Janeiro e
So Paulo, at a sua morreu aos 74 anos, a 26 de Outubro de 1980, vtima de ataque cardaco .

8. Bibliografia

Site:
URL:https://pt.wikipedia.org/wiki/Oposi%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_ditadura_portuguesa (
introduo)
URL:https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcello_Caetano ( Marcelo Caetano)
URL:http://www.historiadeportugal.info/marcelo-caetano/?id=4308&section=2&section_name=Vida
%20Pol%C3%ADtica%20de%C2%A0Marcelo%20Caetano (Marcelo Caetano)

Livro com autor:


Magalhes, Ana Maria; Alada, Isabel. (2013). Portugal - Histria e Lendas. Alfragide,Caminho
Magalhes,Elsa Pestana.(2009).Histria de Portugal- Do final da Monarquia ao 25 de Abril,
Sintra, Girassol.

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