Manual Básico Vol I 2014 - ESG
Manual Básico Vol I 2014 - ESG
Manual Básico Vol I 2014 - ESG
R
E
IS
MANUAL BSICO
Volume I
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
Rio de Janeiro
2014
MANUAL BSICO
VOLUME I
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
Rio de Janeiro
2014
1
M294
Manual Bsico / Escola Superior de Guerra. Rev., atual. - Rio de
Janeiro, 2014.4 v.
Contedo: v. 1. Elementos Fundamentais v.2. Assuntos
Especficos v.3 Mtodo para o Planejamento Estratgico/ESG.
1. Fundamentos. 2. Poltica Brasil. 3. Governo Brasil. 4.
Segurana Nacional. 5. Defesa Nacional. 6. Planejamento
Estratgico.
MB - 2014
NDICE
Parte I
FUNDAMENTOS
INTRODUO
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CAPTULO I - FUNDAMENTOS AXIOLGICOS
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Seo 1 - Valores
9
Seo 2 - Princpios
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Seo 3 - Caractersticas
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CAPTULO II - CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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Seo 1 - Objetivos Nacionais
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1.1 - Introduo
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1.2 - Objetivos Individuais
18
1.3 - Objetivos Grupais
18
1.4 - Objetivos Nacionais (ON)
20
1.4.1- Conceituao
20
1.4.2 - Objetivos Fundamentais (OF)
22
1.4.2.1 - Conceituao
22
1.4.2.2 - Identificao
22
1.4.2.3 - Caracterizao
23
1.4.3 - Objetivos de Estado (OE)
26
1.4.4 - Objetivos de Governo (OG)
27
1.5 - Fatores Condicionantes para a identificao e Estabelecimento dos Objetivos Nacionais (Fundamentais, de Estado
e de Governo)
28
1.5.1 - Fatores Condicionantes Internos
28
1.5.1.1 - Fatores Condicionantes Humanos
29
1.5.1.2 - Fatores Condicionantes Fisiogrficos
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1.5.1.3 - Fatores Condicionantes Institucionais
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3
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62
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66
2.2.1 - Individual
2.2.2 - Comunitria
2.2.3 - Nacional
2.2.4 - Coletiva
2.3 - Segurana e Defesa Pblicas
2.3.1 - Conceitos
2.3.1.1 - Segurana Pblica
2.3.1.2 - Defesa Pblica
2.4 - Segurana e Defesa Nacionais
2.4.1 - Introduo
2.4.2 - Conceitos
2.4.2.1 - Segurana Nacional
2.4.2.2 - Defesa Nacional
2.4.3 - mbitos de Atuao
2.4.3.1 - Aes de Defesa Externa
2.4.3.2 - Aes de Defesa Interna
2.4.4 - Poltica de Defesa Nacional
2.4.5 - Segurana e Defesa Coletivas
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APRESENTAO
Este Manual Bsico, como parte de uma coletnea
composta por trs volumes, destina-se a orientar os estudos e os
trabalhos desenvolvidos pela ESG, em seus diversos Cursos, Ciclos de
Extenso, Cursos de Estudos de Poltica e Estratgia/ADESG e demais
atividades acadmicas.
No Volume I, Elementos Fundamentais, so
apresentados os Fundamentos Axiolgicos, os Conceitos Fundamentais
(Objetivos Nacionais, Poder Nacional, Poltica Nacional e Estratgia
Nacional) e os Campos de Atuao do Poder Nacional.
O Volume II, Assuntos Especficos, aborda conceitos,
fundamentos, fatores, organizaes e funes das Expresses do Poder
Nacional e, ainda, assuntos ligados Inteligncia Estratgica, e
Logstica e Mobilizao Nacionais.
O Volume III, Mtodo para o Planejamento
Estratgico/ESG detalha a metodologia preconizada pela ESG para o
planejamento da ao poltica. A fim de propiciar melhor
entendimento do Mtodo, foi elaborada a Nota Complementar de
Estudo (NCE) 001-09 DFPG que trata das Bases Tericas de
Planejamento.
O contedo apresentado nestes trs volumes e na NCE
001-09, longe de constituir um dogma, expressa o pensamento da
Escola Superior de Guerra construido ao longo da sua existncia.
INTRODUO
O contedo deste Volume I consubstancia um conjunto de
ideias bsicas voltado para normas de conduta dos que as aceitam.
Nesse sentido, um sistema de dever ser e incorpora um propsito
normativo, que pretende orientar as aes em sociedade. uma
reunio de conhecimentos com caractersticas peculiares, em
consonncia com a realidade.
Procura desenvolver o sentido de crena de que o Homem
pode buscar o seu aperfeioamento, ao mesmo tempo em que pode
transformar a prpria sociedade a que pertence.
Em ltima anlise, pode ser entendido como um corpo de
conhecimentos estruturados de maneira coerente e uniforme, com a
finalidade de compreender a realidade e possibilitar a sua
transformao.
CAPTULO I
FUNDAMENTOS AXIOLGICOS
Seo 1
Valores
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Seo 2
Princpios
No caso das decises de Estado, os fins devem ser os objetivos
prprios da cultura nacional - os Objetivos Nacionais - e os meios
devem ser os recursos que a Nao aciona, principalmente por
intermdio do Estado, para alcanar e manter aqueles fins - o Poder
Nacional.
Racionalizar essa ao poltica , pois, em ltima anlise,
otimizar o uso de meios para atingir determinados fins. O que se quer
racionalizar a destinao e o emprego do Poder Nacional para a
conquista e a manuteno dos Objetivos Nacionais, buscando, alm
disso, aliar o mximo de eficcia ao mais alto nvel tico, tanto na
identificao e estabelecimento dos objetivos quanto na sua conquista
e manuteno.
Isso significa que a busca da eficcia no deve prescindir de um
conjunto de valores que integra e confere unidade, coerncia e
finalidade a todo o processo de racionalizao. Essa orientao tica se
inspira nos valores universais, no constante do Prembulo da
Constituio da Repblica Federativa do Brasil e nas peculiaridades
decorrentes de nosso processo histrico-cultural.
Assim, a identificao dos objetivos e o emprego dos meios
disponveis devem respeitar alguns princpios que, portanto, passam a
balizar todos os estudos e planejamentos. Na viso da ESG, esses
princpios filosficos so os seguintes:
fidelidade Democracia;
13
preponderncia do interesse nacional sobre qualquer outro
interesse; e
Caractersticas
Os Fundamentos da ESG se caracterizam, principalmente, por
serem:
Realistas - por terem como critrio bsico de avaliao as realidades nacional e internacional, entendidas como um processo
histrico, em permanente transformao;
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Espiritualistas - por considerarem o Homem na sua
globalidade, a um s tempo esprito e matria;
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CAPTULO II
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Seo 1
Objetivos Nacionais
1.1 - Introduo
A ao poltica pressupe: definir objetivos e conhecer os
meios a empregar para atingi-los. Quando o referencial a Nao,
trata-se, no primeiro caso, de identificar e estabelecer os Objetivos
Nacionais e, no segundo, de analisar, orientar e aplicar o Poder
Nacional.
O conceito de Nao est ligado com a ideia de identidade. O
sentido de identidade, fundamentalmente cultural, revela-se no
apenas na predominncia de uma lngua, uma religio e certos
costumes, mas, sobretudo, na existncia de um passado comum e na
conscincia de interesses e aspiraes gerais que canalizam energias
vitais para a construo do futuro.
Assim, Nao entendida como:
Grupo complexo, constitudo por grupos sociais distintos que,
em princpio, ocupando, um mesmo Espao Territorial, compartilham
da mesma evoluo histrico-cultural e dos mesmos valores, movidos
pela vontade de comungar um mesmo destino.
A Nao, como dimenso integradora dos diferentes
indivduos, grupos e segmentos que convivem em seu Espao
17
18
de expanso, relacionado com o desejo de ampliao e
fortalecimento;
de
integrao,
representando
a
necessidade
do
estabelecimento da conscincia de identidade entre seus
componentes, com vistas aos objetivos a que o grupo se prope.
1.4 - Objetivos Nacionais (ON)
1.4.1 Conceituao
A evoluo histrico-cultural da comunidade nacional, ao
promover a integrao de grupos sociais distintos, gera o surgimento
de valores, necessidades, interesses e aspiraes que transcendem s
particularidades grupais, setoriais e regionais e, ao mesmo tempo,
conformam as aes individuais e coletivas.
Os valores, fundamentao para qualquer definio de
objetivos, foram anteriormente analisados.
As necessidades so, primeiramente, identificadas no indivduo
para, a partir da, servirem como referencial para os grupos e para a
prpria Nao.
Ao lado dos interesses nacionais, e em nvel mais profundo,
como uma verdadeira dimenso integradora que emana da conscincia
20
21
22
1.4.2.3 - Caracterizao
Para o correto entendimento do significado de cada Objetivo
Fundamental, faz-se necessria sua caracterizao, com base na
evoluo histrica da Nao e na atuao de suas elites, alm do
exame dos fatores condicionantes humanos, fsicos, institucionais e
externos, criando percepes diferenciadas.
Convm ressaltar que os Objetivos Fundamentais propostos e
caracterizados adiante tm finalidade, sobretudo, didtica, de permitir
o prosseguimento dos estudos da Poltica e da Estratgia Nacionais,
bem como o desenvolvimento e a aplicao do Mtodo de
Planejamento Estratgico da ESG.
Assim, os Objetivos Fundamentais didticos da ESG so
explicitados e caracterizados como se segue:
a) Democracia
legitimidade do exerccio do poder poltico, por intermdio do
governo da maioria e do respeito s minorias; e
b) Integrao Nacional
Consolidao da comunidade nacional, com solidariedade
entre seus membros, sem preconceitos ou disparidades de qualquer
natureza, visando a sua participao consciente e crescente em todos
os setores da vida nacional e no esforo comum para preservar os
valores da nacionalidade e reduzir desequilbrios regionais e sociais.
Incorporao de todo o territrio ao contexto poltico e
socioeconmico da Nao.
c) Integridade do Patrimnio Nacional
Integridade do Territrio, do Mar Territorial, da Zona Contgua,
da Zona Econmica Exclusiva e da Plataforma Continental, bem como
24
f) Soberania
Manuteno da intangibilidade da Nao, assegurada a
capacidade de autodeterminao e de convivncia com as demais
naes, em termos de igualdade de direitos, no aceitando qualquer
forma de interveno em seus assuntos internos, nem participao em
atos dessa natureza em relao a outras naes.
Observao: importante esclarecer que a Constituio
Federal da Repblica Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988,
apresenta os Objetivos Fundamentais e princpios, seguindo a
inspirao histrico-cultural da poca de sua elaborao. Os postulados
didticos utilizados nos ensaios acadmicos da ESG no conflitam com
o texto constitucional.
1.4.3 - Objetivos de Estado (OE)
So objetivos intermedirios, estabelecidos para o
atendimento de necessidades, interesses e aspiraes da sociedade
nacional, mediatas ou imediatas, consideradas de alta relevncia para a
conquista e manuteno dos Objetivos Fundamentais.
26
27
Carter Nacional
Elites
29
31
Poder Nacional
2.1 - Conceito
O Poder Nacional se apresenta como uma conjugao,
interdependente de vontades e meios, voltada para o alcance de uma
finalidade. A vontade, por ser um elemento imprescindvel na sua
manifestao, torna-o um fenmeno essencialmente humano,
caracterstico de um indivduo ou de um grupamento de indivduos.
A vontade de ter satisfeita uma necessidade, interesse ou
aspirao no basta. preciso que vontade se some a capacidade de
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2.2 - Caractersticas
Dentre as caractersticas do Poder Nacional, destacam-se:
sentido instrumental;
carter de integralidade; e
relatividade.
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2.3 - Estrutura
2.3.1 - Introduo
H mltiplas concepes sobre a estrutura do Poder Nacional.
Variam os critrios adotados para analis-lo, as nomenclaturas e a
interpretao de seus principais elementos.
A ESG adota critrios e mtodos prprios, com a preocupao de
permitir uma anlise pragmtica, voltada para a tarefa fundamental
que a de avaliar o Poder Nacional, pois a eficcia do emprego desse
Poder depende diretamente do rigor de tal avaliao.
A anlise da estrutura do Poder Nacional, quando realizada sob o
ngulo organizacional, envolve todos os seus elementos constitutivos,
bem como as relaes existentes entre eles.
De acordo com esse enfoque a estrutura do Poder Nacional
constitui-se de:
2.3.1.1 - Fundamentos
O estudo dos elementos bsicos da nacionalidade - Homem,
Terra e Instituies - permite deles inferir os prprios Fundamentos do
Poder Nacional, qualquer que seja sua estrutura.
37
38
39
ser
estudadas
so
aquelas
2.4 - Expresses
O Poder Nacional deve ser sempre entendido como um todo,
uno e indivisvel. Entretanto, para compreender os elementos
estruturais anteriormente referidos, podemos estud-lo segundo suas
manifestaes, que se processam por intermdio de cinco Expresses,
a saber:
Poltica;
Econmica;
Psicossocial;
Militar; e
Cientfica e Tecnolgica.
40
EXPRESSES
FUNDAMENTOS
HOMEM
POLTICA
ECONMICA
PSICOSSOCIAL
MILITAR
POVO
RECURSOS
PESSOA
RECURSOS
C&T
RECURSOS
HUMANOS
TERRA
INSTITUIES
TERRITRIO
RECURSOS NATURAIS
AMBIENTE
TERRITRIO
RECURSOS NATURAIS
E MATERIAIS
INSTITUIES
POLTICAS
INSTITUIES
ECONMICAS
INSTITUIES
SOCIAIS
INSTITUIES
MILITARES
INSTITUIES
C &T
41
43
o grande nmero de dados, sua complexidade e a natureza
subjetiva de parte dos fatores a examinar e a avaliar;
44
45
2.6.4 Expanso
No conceito de Expanso do Poder Nacional est embutida a
ideia de fora, bem como um claro propsito de fazer valer a Vontade
Nacional sobre espaos, bices e decises vinculadas a outros centros
de Poder, numa dimenso tal que privilegia a Expresso Militar como
meio adequado para a conquista de objetivos.
Expanso do Poder Nacional a manifestao produzida por
intermdio do emprego de todas as suas Expresses, por meio das
quais uma Nao impe ou tenta impor sua vontade alm de suas
fronteiras, com o propsito de controlar reas estratgicas especficas.
A Doutrina da ESG no adota os regimes expansionistas
(colonialismo, Expanso de Base Fsica e outros).
2.6.5 Estatura Poltico-Estratgica
O processo natural ou intencional de projeo de Poder leva
uma nao a ter participao e influncia significativas no contexto
internacional, no apenas pela capacidade atual e futura de definir e
perseguir seus objetivos, mas, tambm, pelo modo como esse Poder
percebido e avaliado por outras naes.
A situao que passa a ocupar entre essas naes o que define
a sua Estatura Poltico-Estratgica. Esta se caracteriza, portanto, por um
conjunto de atributos que inclui tanto os elementos estruturais do Poder
Nacional de que ela dispe, como a capacidade de faz-los atuar em
nome dos seus interesses. Essa capacidade no se limita quela de que
se reconhece detentora, mas, tambm, a que lhe atribuda por outras
naes.
48
Seo 3
Poltica Nacional
3.1 - Poltica
3.1.1 - Conceituao
A Poltica um fato natural da convivncia humana. Os mais
antigos indcios da presena do Homem na Terra j o mostram vivendo
em grupos, em funo de sua Segurana. Mas, se desde os primrdios
os Homens vivem agrupados, se a vida solitria uma exceo, e a
social uma exigncia da prpria natureza humana, os problemas
concernentes direo e liderana, no grupo social, impem uma
relativa especializao de funes, embrio de uma futura ordem
social.
Cabe sociedade nacional, por meio da Poltica, estabelecer
os seus objetivos e, nestes apoiada, compor uma ordem social justa,
distinguir o setor pblico do privado, estruturar o Estado, garantir os
direitos individuais e inserir-se no contexto internacional. Essas so
aes de natureza poltica, que devem ter slidos fundamentos
axiolgicos, ntida viso do futuro e estar identificadas com os
interesses da Nao, buscando a formulao de um Projeto Nacional.
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Seo 4
Estratgia Nacional
4.1 - Estratgia
4.1.1 - Conceituao
A arte de governar torna-se cada vez mais difcil e complexa.
No basta a simples persuaso, pois a obteno do consenso quanto
aos resultados nem sempre significa a participao, e o valor da
liderana e o prestgio da autoridade so, muitas vezes, insuficientes
para vencer determinadas resistncias. Impe-se uma decidida ao
para superar os bices que se antepem aos interesses nacionais,
ao essa representada por esforo contnuo e pertinaz at a
obteno do fim desejado. E, isso ocorre tanto no mbito nacional
como no internacional.
Entende-se bices como:
Obstculos de toda ordem que dificultam ou impedem a
conquista e manuteno de objetivos.
A superao dos bices que impedem ou dificultam a
conquista e a manuteno dos Objetivos Nacionais exige, pois, a
preparao e o emprego adequado do Poder Nacional.
Entende-se Estratgia em seu sentido amplo, como:
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4.1.2 - bices
Os bices, existentes ou potenciais, podem ser, ou no, de
ordem material. Resultam, s vezes, de fenmenos naturais, como
secas e inundaes, outras vezes, de fatores sociais, como a fome, a
pobreza e o analfabetismo, ou, ainda, da vontade humana.
Representam, em sua essncia, condies estruturais ou
conjunturais, podendo variar, tambm, em intensidade e na
maneira como se manifestam.
Os bices classificam-se em Fatores Adversos e
Antagonismos.
Fatores Adversos so bices que dificultam os esforos da
sociedade ou do Governo para alcanar e preservar os Objetivos
Nacionais.
Antagonismos so bices de toda ordem, internos ou
externos, que impedem o alcance e preservao dos Objetivos
Fundamentais.
4.1.3 - Aes Estratgicas
A Estratgia efetiva-se por intermdio de aes.
Aes Estratgicas so a efetivao do emprego do Poder.
57
59
Econmicas;
Psicossociais;
Militares; e
Cientfica-Tecnolgicas.
ameaa Soberania;
acesso Tecnologia;
dever de ingerncia; e
antagonismo histrico.
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65
CAPTULO III
Desenvolvimento Nacional
1.1 - Desenvolvimento
O Desenvolvimento deve ser entendido como um processo
social global em que todas as estruturas passam por contnuas e
profundas transformaes. A rigor, no tem sentido falar em
desenvolvimento apenas poltico, econmico, social ou tecnolgico, a
no ser por motivos metodolgicos.
O Desenvolvimento no deve ser confundido com o
Crescimento. Este fator indispensvel do processo, no envolve o
sentido de abrangncia e o contedo tico do primeiro. Aquele ,
fundamentalmente, um processo de mudana onde, mais do que
nunca, a tnica reside na valorizao do Homem e aprimoramento de
seus Sistemas Sociais.
A verdadeira dimenso do Desenvolvimento no est nos
nmeros e indicadores da amplitude do crescimento material, mas nas
transformaes que a sociedade capaz de realizar, tendo em vista a
aproximao ao ideal do Bem Comum. Trata-se de um processo
66
67
68
72
f) Flexibilidade
O dinamismo de uma conjuntura em constante evoluo, nos
mbitos interno e externo, pode determinar a necessidade de
reorientao das Polticas Governamentais e suas Estratgias. A anlise
da conjuntura, etapa anterior formulao dessas polticas, implica na
necessidade de estimativas to perfeitas quanto possveis.
Porm, a realimentao com novos dados e o
acompanhamento natural da eficcia dos planos governamentais
podem indicar necessrias modificaes. O problema complexo nas
sociedades democrticas, uma vez que a interveno do Estado na vida
nacional, deve ser, em princpio, apenas orientadora e indutora do
setor privado, ao qual compete importante papel na busca das metas a
atingir.
1.2.4 - Avaliao
Para efeito de anlise de sua capacidade, o Desenvolvimento
Nacional tambm pode ser examinado segundo cada um dos
elementos estruturais do Poder Nacional.
Estudos de toda ordem podem ser realizados com enfoque
especfico no Desenvolvimento. Pragmaticamente, porm, devem ser
utilizados indicadores, quantitativos ou no, como meio de avaliar o
estgio em que se encontra esse processo.
Como a maioria dos indicadores tem uma vinculao direta
com as diferentes Expresses do Poder Nacional, natural que elas se
apresentem como caminho privilegiado para avaliaes voltadas para o
Desenvolvimento Nacional.
73
Seo 2
82
83
o sistema de Segurana Coletiva deve ter condies de reunir, a
qualquer momento, uma fora suficientemente capaz de enfrentar,
com vantagem, um agressor potencial ou coalizo de agressores, de
modo a desencorajar qualquer ataque contra ele;
REFERNCIAS
ARON, Raymond. Paz e guerra entre as naes. Traduo Srgio Bath.
Braslia, DF: Ed. Univ. Braslia, 1979. 706 p. (Pensamento poltico, 7).
______. Estudos polticos. Traduo Srgio Bath. Braslia,DF: Ed. Univ.
Braslia, DF, 1980. 478 p. (Pensamento Poltico, 18).
ARRUDA, Antnio de. A Escola Superior de Guerra: histria de sua
doutrina. 2. ed. So Paulo: GRD; Braslia, DF: INL, 1983. 306 p.
______. Introduo ao estudo da doutrina. Rio de Janeiro: ESG, 1982.
31 p.
BELL, Daniel. The cultural contradction of captalism. New York: Basic
Books, 1978.
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