LDB - Uma Síntese
LDB - Uma Síntese
LDB - Uma Síntese
Inciso VII: oferta de educao escolar regular para jovens e adultos, com
caractersticas e mo-dalidades adequadas s suas necessidades e disponibilidades,
garantindo-se aos que foram trabalha-dores as condies de acesso e permanncia na
escola.
Inciso IX: padres mnimos de ensino, definidos como a variedade e
quantidade mnimas, por aluno, de insumos indispensveis ao desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem. Foi ainda acrescentado um inciso de n X, com
a seguinte redao: vaga ma escola pblica de educao infantil ou de ensino
fundamental mais prxima de sua residncia a toda criana a partir do dia em que
completar 4 (quatro) anos de idade (Incluso feita pela Lei n 11.700 de 2008).
O art. 5 regulamenta o direito subjetivo educao previsto no 1 do art. 208
da CF, especifi-cando quem poder exerc-lo (qualquer cidado, grupo de cidados,
associao comunitria, organi-zao sindical, entidade de classe ou outra legalmente
constituda e, ainda, o Ministrio Pblico). O 4 desse mesmo artigo responsabiliza a
autoridade competente indicada para garantir o oferecimento do ensino obrigatrio por
crime de responsabilidade, nos casos de comprovada negligncia. O 1 ainda desse
artigo atribui competncias aos Estados e Municpios para:
I recensear a populao em idade escolar para o ensino fundamental e os
jovens e adultos que a ele no tiveram acesso na idade prpria; II fazer-lhes a
chamada pblica; III zelar, junto aos pais ou responsveis, pela frequncia
escola.>
O art. 6, alterado pela Lei Federal 11.114/2005, estabelece que a matrcula no
ensino fundamen-tal se d a partir dos seis anos de idade e no mais aos sete anos de
idade como constava na redao original de 1996. Este mesmo dispositivo afirma ser
dos pais ou responsveis o dever de providenciar a matrcula dos menores.
3. DA ORGANIZAO DA EDUCAO NACIONAL
Objetivo: Apresentar de modo geral a estrutura da organizao educacional
brasileira, bem como as normas que regem o seu funcionamento. Neste tpico o
estudante poder avaliar se a estrutura e o funcionamento esto de acordo com os
princpios gerais anteriormente apresentados.
Do artigo 8 ao artigo 20 esto estabelecidas disposies que tratam da
organizao da Educao Nacional.
O art. 8 afirma que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
organizaro em re-gime de colaborao, os respectivos sistemas de ensino. Todavia, o
1 atribui Unio a responsabi-lidade pela coordenao da poltica nacional de
educao, devendo neste caso, articular os diferentes nveis e sistemas, exercendo
funo normativa, redistributiva e supletiva em relao s demais instncias
educacionais. O 2 do mesmo artigo estabelece que os sistemas de ensino tero
liberdade de organizao nos termos desta lei. Sobre este dispositivo, sempre bom
lembrar que nenhuma liberdade absoluta ou sem restries. H sempre limites a serem
observados. A liberdade existe, desde que observados os preceitos constitucionais e o
que est contido nos princpios gerais da prpria LDB e, nem poderia ser diferente!
finalidade de promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Entendo que essa uma
tarefa de todos os professores, em todos os componentes curriculares e no apenas do
ensino de arte. O 3, que passou por vrias alteraes, finalmente ganhou a seguinte
redao: A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente
curricular obrigatrio da educao bsica. Entretanto, dispensa o aluno nas seguintes
hipteses: 1) quando cumprir jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; 2)
maior de trinta anos de idade; 3) quando estiver prestando o servio militar inicial ou
que, em situao simular, estiver obrigado prtica de educao fsica; 4) se encontrar
na situao prevista no Decreto-Lei n 1.044/69 (Gestante); 5) que tenha prole.
O ensino de Histria merece meno especial no 4, para afirmar que o mesmo
levar em conta as contribuies das diferentes culturas e etnias para a formao do
povo brasileiro, com destaque especial para matrizes, indgena, africana e europeia.
O 5 determina a incluso de pelo menos uma lngua estrangeira, a partir da 5
srie, cuja escolha fica a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da
instituio. Na prtica quem escolhe a escola; no conheo nenhum caso em que a
comunidade escolar tenha sido consultada, uma vez que sempre prevalecem as
possibilidades da instituio.
O 6 foi acrescentado recentemente (2008) para tornar obrigatrio, mas no
exclusivo o ensino de msica, como componente curricular do ensino de arte (art. 26
2).
So tantas as mudanas no artigo 26, que o mesmo ganhou um artigo 26-A, para
dizer que nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio ser
obrigatrio o estudo da histria e cultura afro-brasileira e indgena6. Trata-se de
disposio redundante, pois j est previsto no artigo 26, 4.
O artigo 27 estabelece diretrizes para o desenvolvimento dos contedos
curriculares, com as seguintes recomendaes:
I difuso de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidados, de respeito ao bem comum e ordem democrtica;
II considerao das condies de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III orientao para o trabalho;
IV promoo do desporto educacional e apoio s prticas desportivas no
formais.
O artigo 28 trata da educao na zona rural. Nesse sentido, os contedos
curriculares e meto-dologias apropriadas devero ser adotados, para atender s
peculiaridades da vida rural, de modo a atender s reais necessidades e interesses dos
alunos dessas regies. O mesmo dever ser feito em relao ao calendrio escolar que
dever respeitar as fases do ciclo agrcola e s condies climticas e por ltimo, mas
no menos importante, a ateno que dever ser dada natureza do trabalho na
agricultura e por extenso na zona rural.
pela escola passa pelo fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade
humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social.
O mesmo artigo integrado por mais cinco pargrafos, sendo que o quinto foi
acrescentado ao texto original, pela lei n11. 525/2007 e dispe que ocurrculo do
ensino fundamental incluir obrigatoriamente, contedo que trata dos direitos das
crianas e adolescentes nos termos do que dispe a lei n 8.069, de 1990, devendo,
inclusive, a escola cuidar da produo e distribuio de mate-rial adequado para as
crianas e adolescentes. O 2, j comentado anteriormente, cria a possibilidade de a
escola organizar os estudos no regime de progresso continuada, que, diga-se de
passagem, no se confunde com promoo automtica. O 3 torna obrigatrio o uso
da lngua portuguesa no ensino fundamental regular, ressalvando, entretanto, o direito s
comunidades indgenas de usarem suas lnguas maternas e processos prprios de
aprendizagem. Por fim, o 5 assinala: O ensino fun-damental ser presencial, sendo
o ensino a distncia utilizado como complementao da aprendiza-gem ou em situaes
emergenciais Entretanto, no se sabe muito bem o que venha a ser situaes
emergenciais e quem as define!
Importante observar que o artigo 32, objeto desses comentrios muito rpidos
que fizemos, repete muito do que j foi dito anteriormente em outras passagens da lei.
O artigo 33 trata de matria polmica que do ensino religioso nas escolas
pblicas de ensino fundamental. O texto original foi alterado em 19978.
No texto publicado em 20.12.1996, o ensino religioso seria ministrado sem nus
para os cofres pblicos, ou seja, os professores no seriam remunerados pelo poder
pblico. Presses feitas prin-cipalmente pela cpula da igreja catlica fizeram com que
o Congresso Nacional alterasse o texto original que ficou com a seguinte redao:
Art. 33 O ensino religioso, de matrcula facultativa, parte integrante da
formao bsica do cidado e constitui disciplina dos horrios normais das escolas
pblicas de ensino fundamental, assegurado o respeito diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redao dada pela
lei n 9.475/97).
Antes de entrarmos na discusso dos dois pargrafos que integram o texto do
artigo 33, fao uma observao: se o ensino religioso parte integrante da formao
bsica do cidado, como torn-lo de matrcula facultativa; no que esteja com essa
afirmao defendendo a obrigatoriedade para todos, pois seria um desrespeito s
famlias que no praticam nenhuma religio, ao contrrio, estou apenas apontando a
contradio apresentada pela redao desse artigo. De resto, como conciliar o ensino de
religio nas escolas pblicas com a natureza laica do estado brasileiro?
Os pargrafos 1 e 2 do mesmo artigo atribuem aos sistemas de ensino, a
responsabilidade pela regulamentao dos procedimentos para a definio dos
contedos de ensino religioso, bem como devero estabelecer as normas para
habilitao e admisso dos professores. Por sua vez, dever ser criada uma entidade
civil, integrada pelas diferentes denominaes religiosas, para a definio dos contedos
religiosos.
Num dos depoimentos que voc vai assistir pela UNIVESP/TV, o professor
Francisco Aparecido Cordo, um dos maiores especialistas nesse assunto, esclarece
muito bem como fica a articulao entre o ensino mdio geral e a educao profissional
tcnica de nvel mdio. (voltar para o texto - nota 10)
11
Causa certa estranheza o fato de que nesse pargrafo a educao infantil seja
mencionada com sendo a faixa etria de zero a seis anos de idade, pois como de
conhecimento geral, a faixa etria da educao infantil passou a ser de zero a cinco anos
de idade. (voltar para o texto - nota 11)
12
J regulamentado por meio de lei federal Parte do estabelecido por essa lei foi
derrubada no STF a partir de ao de inconstitucionalidade propostas por alguns
governadores de estados. (voltar para o texto - nota 17)
REFERNCIAS
sua fiscalizao e controle, bem como sobre a forma de clculo do valor mnimo
nacional por aluno. (voltar para o texto - nota 2)
ENSINO x AVALIAO
Pedagogia Tradicional
Ensino nfase nos
contedos
Avaliao Vigiar e punir
ENSINO x AVALIAO
Pedagogia Scio-Cultural (Libertadora, Libertria, Histrico-crtica)
Ensino nfase no contexto Avaliao Possibilitar a formao do cidado
crtico/transformador
Modalidade: Somativa
Avaliar acompanhar/amar
Modalidade: Formativa