A Ecologia Humana Das Populações Da Amazônia
A Ecologia Humana Das Populações Da Amazônia
A Ecologia Humana Das Populações Da Amazônia
BELM - PAR
2013
BELM - PAR
2013
Fichamento
MORN, Emlio F. A Ecologia Humana das Populaes da Amaznia. Petrpolis, RJ: Vozes,
1990.
Cada populao tem idias prprias sobre suas relaes com o meio ambiente. Em geral, tais
teorias refletem a situao geral dessa sociedade dentro do mundo. (p. 37).
Uma ideologia ecolgica basicamente um programa de como se relacionar com o mundo
externo. Entretanto, todas as sociedades esto imperfeitamente adaptadas ao seu meio. (p. 38).
As mais antigas teorias conhecidas sobre as interaes homem/natureza foram estimuladas pelo
contato entre a civilizao grega e outras culturas. (p. 38).
A teoria dos humores, que chegou a um alto grau de sofisticao na ndia, proveniente das
culturas vdicas, sofreu desenvolvimento ainda maior na Grcia. (p. 39).
Empdocles (504-443 a.C) considerou o mundo como composto por quatro elementos: fogo,
terra, gua e ar. A unio desses elementos criava tudo o que vivo, enquanto que a falta de
harmonia entre os elementos seria responsvel pela doena e a morte. (p. 39).
As teorias de Empdocles influenciaram o pensamento cientfico por vrios sculos e suas
idias sobre equilbrio dinmico enquadram-se bem com idias contemporneas sobre processo
adaptativo. (p. 40).
As explicaes sobre a dominao poltica de uma rea se baseiam em critrios geogrficos e
climatolgicos e continuam surgindo com freqncia at os dias atuais. A explicao geralmente
segue a mesma forma atravs da qual o clima temperado responsvel pelas caractersticas dos
habitantes. (p. 41).
Santo Tomaz de Aquino fez uma importante correlao entre sade de uma populao e seu
padro de desenvolvimento... Observou que os desequilbrios
ecolgicos traduzem-se em
problemas sanitrios, uma vez que sade resulta de um equilbrio homeosttico entre o meio
fsico e bitico que normalmente vive (Avila Pires 1983:20). (p. 43).
John Locke influiu muito nas geraes seguintes por enfocar o papel do ambiente sobre as
diferenas individuais e nacionais do comportamento (Harris 1968:2). (p. 43).
Atravs da obra de John Locke os filsofos da poca comearam a ver o homem no somente
como criao divina, mas, tambm como produto da natureza. (p. 44).
A Escola Escocesa tentou correlacionar organizao social e modos de subsistncia num
contexto de estgios evolutivos. (p. 44).
Esses autores rejeitaram o mentalismo positivista dos hegelianos e dos evolucionistas
deterministas. Para eles, raa, clima ou qualquer outro fator isolado no eram responsveis pela
evoluo de um grupo ao mesmo tempo em que o papel das decises individuais, da cultura e do
progresso do homem era minimizado. (p. 45).
Stuart Mill (1848), manteve o interesse em estgios de evoluo social. Atacou a utilizao do
conceito de raa para justificar a opresso poltico-econmica e argumentou que o controle e a
explorao do processo de produo eram os fatores dominantes na posio relativa dos povos.
(p.46).
Justus Von Liebig na dcada de 1840 sugeriu que o crescimento ocorre at o ponto permitido
pelo fator menos disponvel no organismo, dando origem a Lei do mnimo para explicar
cientificamente o desenvolvimento da agricultura. (p. 46).
Lamarck, considerado o primeiro grande evolucionista, sugeriu uma teoria baseada no
gradualismo evolutivo por meio da herana de caractersticas adquirida e enfatizou o papel do
individuo no processo evolutivo. (p. 46 e 47).
Darwin em oposio ao pensamento determinista racista da poca, demonstrou que a evoluo
um processo oportunstico e imprevisvel e que no necessariamente avana para um ponto
melhor. Seu olhar voltava-se para o sucesso da espcie e no do individuo. (p. 47 e 48).
Karl Marx props um esquema evolutivo baseado na luta de classes sociais. Sua contribuio
para os estudos biolgicos resulta da prioridade que ele deu a fatores histrico-econmicos nas
mudanas evolutivas. (p. 49).
Lewis Henri Morgan destacou o papel dos avanos tecnolgicos na evoluo das sociedades.
Tal processo evolutivo era aplicado a toda a humanidade independente de bases raciais. (p. 49).