DecretoLei N 16A95
DecretoLei N 16A95
DecretoLei N 16A95
com
Outros Volumes
ISBN 978-972-788-799-6
Volume I
Organizao Administrativa
Volume II
Garantias
Volume III
Actividade Administrativa
www.vidaeconomica.pt
livraria.vidaeconomica.pt
RSA CONSULTORES
www.rsa-consultores.com
ISBN: 978-972-788-799-6
9 789727 887996
A necessidade de acompanhamento dos investidores, nacionais e estrangeiros em Angola nas reas da Contratao Pblica e das Parcerias
Pblico-Privadas implica que os seus assessores jurdicos em Angola e
junto das sociedades-me lidem quase diariamente com as recentssimas Leis da Contratao Pblica (Lei n. 20/10, de 7 de Setembro) e das
Parcerias Pblico Privadas (Lei n. 2/11, de 14 Janeiro), sob a gide das
normas de procedimento e da actividade administrativa onde o intrprete da lei ter sempre de beber os princpios gerais da actividade administrativa.
Direito
ADMINISTRATIVO
ANGOLANO VOLUME III
Direito
ADMINISTRATIVO
ANGOLANO
Legislao fundamental
VOLUME III
Actividade Administrativa
Normas do Procedimento e da Actividade Administrativa
Lei da Contratao pblica
Lei sobre Parcerias Pblico-Privadas
NDICE GERAL
LEGISLAO ADMINISTRATIVA FUNDAMENTAL
Volume III - Actividade administrativa
I.
NOTA PRVIA
Como no h duas sem trs, apresentam agora os autores a colectnea de legislao administrativa fundamental III, procurando, mais
uma vez, dar resposta a uma necessidade especialmente sentida pelos
respectivos alunos do Curso de Direito (nas disciplinas de direito administrativo), que se prende com o facto de no existirem no mercado
colectneas que permitam uma consulta fcil e sistematizada da legislao em vigor em Angola. Pois bem, como as duas outras colectnes
dos mesmos autores, esta procura oferecer uma consulta simplificada
de um conjunto de diplomas (que a base legal dos temas que integram
o programa das respectivas unidades curriculares).
De resto, os autores tm bem a noo de que a presente colectnea
igualmente til a todos aqueles que trabalham neste domnio jurdico,
sejam operadores econmicos ou juristas.
Aproveitamos para agradecer ao Dr. Lino Abreu, por mais uma vez
colaborar com os autores na recolha dos diplomas que aqui se acolhem.
Sem a sua preciosa ajuda, esse trabalho de compilao nunca seria
acabado.
Os autores
Luanda, Julho de 2013
PREFCIO
A necessidade de acompanhamento dos investidores, nacionais
e estrangeiros, em Angola nas reas da Contratao Pblica e das
Parcerias Pblico-Privadas implica que os seus assessores jurdicos
em Angola e junto das sociedades-me lidem quase diariamente com
as recentssimas Leis da Contratao Pblica (Lei n. 20/10, de 7 de
Setembro) e das Parcerias Pblico-Privadas (Lei n. 2/11, de 14 Janeiro),
sob a gide das normas de procedimento e da actividade administrativa
onde o intrprete da lei ter sempre de beber os princpios gerais da
actividade administrativa.
O presente volume contribui, conjuntamente com os demais volumes
desta coleco, para o conhecimento das normas aplicveis no quadro
jurdico-administrativo angolano, sendo uma obra essencial para investidores, juristas, docentes, discentes e demais praticantes do direito
pblico angolano, constituindo ainda um contributo dos autores para
a prossecuo do acesso ao direito constitucionalmente consagrado.
A possibilidade de obter numa s compilao legislativa as normas
de direito pblico de Angola aplicveis actuao jus-administrativa
com o rigor, a organizao e a exaustividade da presente obra ir certamente colher o merecido sucesso junto de toda a comunidade jurdica
e empresarial com interesse nestas reas.
Rui M. Resende
Lisboa, 4 de Julho de 2013
NORMAS DO PROCEDIMENTO
E DA ACTIVIDADE ADMINISTRATIVA
Decreto-Lei n 16-A/95, de 15 de Dezembro
A assuno do princpio da legalidade democrtica, consagrada na
Constituio da Repblica, determina a adopo de princpios, normas
e preceitos prprios no domnio do funcionamento e actividade da Administrao Pblica, atravs dos quais se deve garantir o respeito
Lei, por um lado, na emisso da vontade e no exerccio da autoridade
administrativa e, por outro lado, os direitos e interesses legitimamente
protegidos dos particulares.
A defesa de tais direitos e interesses requer a aplicao de instrumentos e mecanismos no s jurisdicionais como tambm estritamente
administrativos, com o intuito de proporcionar os meios mais adequados
para a preveno e correco de eventuais faltas e irregularidades da
administrao no cumprimento das suas atribuies.
Com efeito, deste modo, a adopo de um diploma normativo que
faculte aos particulares e administrao as regras fundamentais de
relacionamento entre ambos, no que respeita quer aos princpios gerais
desse relacionamento quer aos direitos e deveres recprocos, quer ainda
no que se refere ao comportamento dos cidados em relao ao poder
administrativo e s regras do funcionamento da administrao para
com os particulares;
Nestes termos, no uso da autorizao legislativa concedida pela Resoluo n. 6/95, de 1 de Setembro, da Assembleia Nacional e ao abrigo
do artigo 113 da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte:
18
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
CAPTULO I
Disposies Preliminares
ARTIGO 1
(Conceito)
considerada procedimento administrativo a sucesso ordenada de
actos e formalidades com vista formao e manifestao da vontade
dos rgos de Administrao Pblica.
ARTIGO 2
(mbito)
1. O presente diploma aplica-se a todos os rgos da Administrao
Pblica e a todos os actos em matria administrativa praticados pelos
rgos do Estado que, no sendo contudo da Administrao Pblica,
desempenham funes materialmente administrativas.
2. Para efeitos deste diploma, so rgos da Administrao Pblica:
a) os rgos Centrais e Locais do Estado que exeram funes administrativas;
b) os rgos dos Institutos Pblicos e das Associaes Pblicas.
3. O regime fixado no presente diploma tambm aplicvel aos
actos praticados por empresas concessionrias no uso de poderes de
autoridade;
20
CAPTULO II
Princpios Gerais
ARTIGO 3
(Princpio da legalidade)
Na sua actuao os rgos da Administrao Pblica devem observar
estritamente a lei e o direito nos limites e com os fins para que lhes
forem conferidos poderes.
ARTIGO 4
(Princpio da prossecuo do interesse pblico)
Aos rgos administrativos cabe prosseguir o interesse pblico, no
respeito pelos direitos e interesses dos cidados.
ARTIGO 5
(Princpio da proporcionalidade)
As decises dos rgos da Administrao que entrem em choque
com direitos subjectivos ou interesses legalmente protegidos dos cidados no podem afectar essas posies em termos desproporcionais
aos objectivos a atingir.
ARTIGO 6
(Princpio da imparcialidade)
Os rgos da Administrao Pblica devem tratar de forma imparcial os cidados com os quais entrem em relao.
ARTIGO 7
(Princpio da colaborao da administrao
com os particulares)
No desempenho das suas funes os rgos da Administrao
Pblica devem actuar em estreita colaborao com os particulares,
cabendo-lhes, nomeadamente:
a) prestar informaes e esclarecimentos;
b) receber sugestes e informaes.
21
ARTIGO 8
(Princpio da participao)
Aos rgos da Administrao Pblica cabe assegurar a participao
dos particulares.
ARTIGO 9
(Princpio da deciso)
1. Os rgos administrativos devero pronunciar-se sobre todos os
assuntos que lhes sejam apresentados pelos particulares.
2. Fica precludido o dever de deciso se o rgo competente tiver
praticado, h menos de dois anos, um acto administrativo sobre o mesmo
pedido e fundamento.
ARTIGO 10
(Princpio do acesso justia)
garantido aos particulares o acesso justia administrativa na
perspectiva de fiscalizao contenciosa dos actos da Administrao,
para tutela dos seus direitos ou interesses legtimos.
CAPTULO III
Da Competncia, da Delegao de Poderes e da Substituio
SECO I
Da competncia
ARTIGO 11
(Inalienabilidade)
Sem prejuzo do disposto quanto delegao de poderes e substituio, a competncia irrenuncivel e inalienvel.
SECO II
Da delegao de poderes
ARTIGO 12
(Delegao de poderes)
1. Os rgos administrativos com competncia de deciso em de-
22
23
24
25
ARTIGO 23
(Fundamento da recusa e suspeio)
1. Sempre que ocorra circunstncia pela qual possa suspeitar-se da
iseno ou da rectido da conduta do titular do rgo ou funcionrio,
deve o mesmo pedir dispensa de intervir no procedimento e sobretudo;
a) quando, por si como representante de outra pessoa, nele tenha
interesse, parente em linha recta ou at ao 3 grau da linha
colateral, afim ou tutelado ou curatelado dele ou do seu cnjuge;
b) quando o titular do rgo ou agente ou o seu cnjuge, ou algum
parente afim for credor ou devedor de pessoa singular ou colectiva
com interesse directo no procedimento, acto ou contrato;
c) quando tenha havido lugar ao recebimento de ddivas, antes ou
depois de instaurado o procedimento, pelo titular do rgo ou
agente, seu cnjuge, parente ou afim;
d) se houve inimizade grave ou grande intimidade entre o titular
do rgo ou agente ou o seu cnjuge e a pessoa com interesse
direito no procedimento, acto ou contrato.
2. Com fundamento semelhante ao do nmero anterior e at ser
proferida deciso definitiva, pode qualquer interessado opor suspeio a
titulares de rgos ou funcionrios que intervenham no procedimento,
acto ou contrato.
ARTIGO 24
(Formulao do pedido)
1. O pedido com indicao precisa dos factos que o justifiquem deve
ser dirigido entidade competente para dele conhecer.
2. Por determinao da entidade a quem for dirigido, o pedido do
titular do rgo ou funcionrio dever ser formulado por escrito.
3. No caso de o pedido ser formulado por interessados no procedimento,
acto ou contrato, ser sempre ouvido o titular do rgo ou o funcionrio
visado.
ARTIGO 25
(Deciso sobre a escusa ou suspeio)
1. deferida, nos termos referidos nos ns 3 e 4 do artigo 20, a
competncia para decidir da escusa ou suspeio.
26
27
CAPTULO VI
Do Procedimento Administrativo
SECO I
Das disposies gerais
ARTIGO 29
(Iniciativa)
O procedimento administrativo inicia-se oficiosamente ou a requerimento dos interessados.
ARTIGO 30
(Comunicao aos interessados)
1. Ser comunicado s pessoas cujos direitos ou interesses legalmente protegidos possam ser desde logo nominalmente identificados
o incio do procedimento oficioso.
2. Deixa de haver lugar comunicao determinada no nmero anterior,
nos casos em que a lei a dispense, e naqueles em que a mesma possa prejudicar a natureza secreta ou confidencial da matria, como tal classificada
pela lei ou a oportuna adopo das providncias visadas pelo procedimento.
3. Dever constar na comunicao a entidade que ordenou a instaurao do procedimento, a data do seu incio, o servio por onde corre e
o respectivo objecto.
ARTIGO 31
(Dever de celeridade)
Os rgos da Administrao Pblica devem providenciar pelo rpido
e eficaz andamento do procedimento, recusando o que for impertinente
ou dilatrio e promovendo o que for necessrio ao seguimento e a justa
e oportuna deciso.
ARTIGO 32
(Prazo geral para a concluso)
1. Ressalvando o disposto na lei ou ocorrendo circunstncias excecionais, o procedimento deve ser concludo no prazo de 2 meses.
28
Outros Volumes
ISBN 978-972-788-799-6
Volume I
Organizao Administrativa
Volume II
Garantias
Volume III
Actividade Administrativa
www.vidaeconomica.pt
livraria.vidaeconomica.pt
RSA CONSULTORES
www.rsa-consultores.com
ISBN: 978-972-788-799-6
9 789727 887996
A necessidade de acompanhamento dos investidores, nacionais e estrangeiros em Angola nas reas da Contratao Pblica e das Parcerias
Pblico-Privadas implica que os seus assessores jurdicos em Angola e
junto das sociedades-me lidem quase diariamente com as recentssimas Leis da Contratao Pblica (Lei n. 20/10, de 7 de Setembro) e das
Parcerias Pblico Privadas (Lei n. 2/11, de 14 Janeiro), sob a gide das
normas de procedimento e da actividade administrativa onde o intrprete da lei ter sempre de beber os princpios gerais da actividade administrativa.
Direito
ADMINISTRATIVO
ANGOLANO VOLUME III
Direito
ADMINISTRATIVO
ANGOLANO
Legislao fundamental
VOLUME III
Actividade Administrativa
Normas do Procedimento e da Actividade Administrativa
Lei da Contratao pblica
Lei sobre Parcerias Pblico-Privadas