Cecília Mariz - Teologia Da Batalha Espiritual
Cecília Mariz - Teologia Da Batalha Espiritual
Cecília Mariz - Teologia Da Batalha Espiritual
Introduo
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pode argum entar, nos dias de hoje, que a dem onizao seja, com o foi no passado, um instru
mento utilizado pelos socialmente mais poderosos
p ara ju stific a r seu poder sobre os m ais fracos.
Predom inando entre os oprim idos, a dem onizao agora in terpretada com o u m a reao dos
pobres contra a m odernidade que no introjetaram e a que no se integraram . Os pobres no
conseguem tal integrao p or j terem sido, de
antem o, excludos por essa m esm a m odernida
de: sua excluso prvia se d, por exemplo, quan
do no tm acesso a u m a ed u cao que os
instrumentalize com as categorias racionais da for
m a de pensar moderna. Tal excluso, intelectual
m ente limitante, explicaria, para esses autores, a
adeso a um a cosm oviso m gica com o a da
guerra espiritual. Ivo P. Oro, p or exem plo, afir
m a que a preferncia por um a viso mais encan
tada se d porque custa aos fundam entalistas
trabalhar com categorias racionais . E ssa teolo
gia tam bm criticad a por alienar, pois a luta
contra Satans desvia a ateno das pessoas do
verdadeiro inim igo (Oro, 1996, p. 164).
Identificar o aspecto m gico da batalha e s
piritual no im plica valorizar a m odernidade e o
pensam ento racional. S egundo esses autores, a
m odernidade a responsvel pela guerra espiri
tual, seja p o r gerar a excluso social, seja por
estim ular a limitao da racionalidade. A crtica
m odernidade fica clara no trabalho de M argari
da Oliva, que afirma:
O desenvolvimento mais rpido da razo instru
m ental parece que retarda ou impede o desenvol
vim ento da razo com unicativa, gerando m ons
truosidades com o a guerra asctica no Golfo, por
exem plo, alim entada de ambos os lados, pela satanizao do adversrio (...). E nessa corrente sub
terrnea, que parece estar aflorando, nos mais di
versos lugares do mundo pelo menos do mundo
ocidental , que se insere a IURD com sua nfase
na ao dem onaca e na prtica do exorcismo
(Oliva, 1995, p. 8).
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A questo sobre a relao entre a luta pentecostal e neopentecostal contra o dem nio e a
cultura brasileira desperta o interesse d a m aior
parte dos que escrevem sobre esse assunto por
que, com o j foi dito, a teologia da guerra espiri
tual vista com o oposta aos elementos que nossa
cincia social definiu como caractersticos de uma
suposta identidade brasileira.
O que faz o Brasil Brasil, como diria R ober
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E m seu trabalho N eop en teco sta is e AfroB rasileiros; Q uem Vencer esta G uerra?, Oro
(1997), para analisar a reao dos atacados
ou seja dos lderes dos cultos a fro 17 redireciona sobre os atacantes a Igreja U niver
sal o foco que predom ina em quase todos os
trabalhos sobre guerra espiritual. Alm de se per
guntar por que os neopentecostais desencadeiam
essa ofensiva contra as religies afro-brasileiras,
o autor se pergunta por que o povo de san to
reage de form a dbil . O autor cham a a ateno
para o fato de que m em bros das religies afrobrasileiras, por acreditarem no carter divino do
E sprito Santo, no podem lutar contra os neo
pentecostais usando as suas prprias arm as .
Tam bm aponta com o ex plicao para a fraca
reao a desunio constitutiva do cam po religio
so afro-brasileiro. E tal a desunio que nem
mesmo a possibilidade de eleger um inim igo co
mum, com o o neopentecostalism o, os une (Oro
1997). O ro reconhece, contudo, que essa ca
racterstica, juntam ente com a m aleabilidade e a
am bigidade do discurso desses grupos religio
sos, embora atrapalhe o desenvolvim ento de um a
reao conjunta, parece ter auxiliado, com o su
gere R ita Segato (1994, a p u d O ro, 1997) essa
religio a sobreviver s perseguies que sempre
sofreu. A dificuldade de en co n trar um inim igo
com um que as una, bem com o a m aleabilidade
do seu discurso, religioso revela u m a diferena
fundamental entre as religies afro-brasileiras e a
teologia da guerra espiritual, diferena essa que
explica a fraca reao daquelas religies a essa
teologia. N as religies afro, tal com o na cosm o
viso oriental analisada por Campbell (1997), no
h nem oposio rgida e exclusiva entre o bem e
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a entender por que os evangelicals norte-am ericanos vem seus dem nios nos costum es se
xuais m odernos, nas teorias cientficas com o o
evolucionisim o ou seja, nas m udanas e n a
quilo que elas trazem de novo enquanto, para
esses grupos religiosos brasileiros, o demnio ten
de a ser identificado com aspectos de sua tradi
o passada. H m aior nfase nos dem nios
hereditrios das religies tradicionais do que no
demnio que se poderia identi ficar nas novas teo
rias cientficas e nos novos estilos de vida.
P o r fim , considero im portante am pliar as
anlises de com o os fiis e lderes das religies
afro-brasileiras e de outros grupos religiosos rea
gem idia de batalha espiritual. Essas anlises
podem revelar sem elhanas e diferenas im por
tantes entre os pressupostos cognitivos e valorativos dessas cosm ovises religiosas. Constata-se
que a debilidade da reao afro aponta para um a
distncia entre sua cosm oviso e a da teologia da
g uerra espiritual. E m contraste, observa-se que
essa teologia compartilha elem entos cognitivos e
valorativos com a teologia da libertao. N o
nego aqui as diferenas entre essas vises, em
especial o aspecto m gico da teologia da guerra
espiritual; destaco, contudo, as sem elhanas e o
aspecto m odernizante20 negligenciados pela
literatura sobre o tem a no B rasil que podem
tornar-se potencializadores de lutas.
(R ecebido p a ra p ublicao
em outubro de 1998)
Notas
1. H contudo excees a esta tendncia com o foi o caso do m ovim ento de Canudos.
2. N o entanto Lehm ann (1996, p. 139) observa que a literatura m ais am pla sobre pentecostalism o
(cita o livro de D avid M artin e D avid Stoll) no se refere nfase no dem nio nem se refere
guerra espiritual desse movimento religioso contra outros grupos religiosos.
3. C om o lem bram M ariano (1995) e W inarczyk (1995), som ente a partir da d cada de 80 essa
teologia, que nos E stados U nidos se cham a teologia do P ow er E n co u n ter ou D om inion Theology, tem sido sistem atizada. O s m aiores difusores desse tipo de teologia seriam P eter W agner e o
Fuller Theological Seminary School o f World M ission na Califrnia, seminrio onde W agner lecio
nou e que form a m issionrios evanglicos para todo o m undo. A lm disso Peter W agner o coor
d enador da R ede de Guerra Espiritual Internacional (M ariano, 1995). N a sistem atizao recente
dessa teologia e na verso que tem se expandido pela A m rica Latina, dada um a nfase especial
questo m issionria. O m issionrio a um guerreiro espiritual e o exorcism o pode se tornar um
instrum ento importante de evangelizao.
4. M ariano (1995) afirm a que quando P eter W agner, j m encionado na nota anterior, veio a So
Paulo com o coordenador da R ede de Guerra Espiritual Internacional pregou num tem plo m eto
dista. Tam bm cita o caso de um televangelista batista de So Paulo que um grande propagador
dessa teologia no Brasil.
5. O bservam os em vrios artigos do jornal O M ensageiro e da revista Seara os conceitos de dem
nios territoriais e dem nios n acionais e o da jan ela 10 p o r 4 0 divulgados p o r autores de
D om inion Theology norte-am ericana (M ariz, C am p e Bernardo, 1997).
6. S egundo M ariza Soares (1990, p. 93) o que vem sendo denom inado de guerra sa n ta no so
propriam ente os cultos de libertao, que j so um a prtica bastante antiga (...) A novidade (...)
o hbito de sair pelas ruas abordando pessoas e tentando invadir terreiros para expulsar o demnio
no seu prprio reduto.
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7.
E videntem ente essas duas questes no esgotam toda a literatura que analisa o tem a. O trabalho
de Jung b lu t (1992), p or exem plo, se pergunta qual o papel do dem nio e do seu com bate na
construo da identidade dos m em bros da Igreja Universal. M aria das D ores M achado (1996a e
1996b) analisa o papel do dem nio na reelaborao da identidade de gnero e tam bm da relao
de gnero (ver tam bm M ariz e M achado, 1997). No presente artigo, contudo, restrinjo-m e
anlise de textos sobre a dem onizao de outras religies e co n seqentem ente a guerra santa
contra essa religies.
8.
Os dados de Coutinho (1996) referentes a fiis da Igreja Universal questionam a afirm ao de que
essa igreja seja incapaz de propor um a tica para o espao pblico.
9.
J critiquei essa idia de volta da m agia adotada no debate sobre o crescim ento da guerra espiri
tual e do pentecostalism o em trabalhos anteriores (M ariz e M achado, 1993; M ariz, 1994,1995.
1997).
10. E ssa viso de Brasil, com o lem bra O tvio Velho (1997), no de autoria nica dos brasileiros e
de sua elite intelectual, mas fruto de um jo g o de espelhos que sempre ocorre entre a cultura dos
colonizados em relao dos colonizadores no processo de construo da identidade dos primeiros.
11. Sobre a represso institucionalizada dos cultos afro-brasileiros ver M aggie (1986), entre outros, e
sobre o espiritism o vr Giumbelli (1997).
12. P ara Velho (1997) nessa caracterstica assum ida pelos brasileiros tem origem a afirm ao por
parte de europeus de que no existe pecado debaixo do E quador .
13. A relao dos orixs, e especialm ente E xu e Pom bagira, com o m al j foi m uito d iscutida na
literatura antropolgica brasileira (ver entre outros o trabalho de Trindade, 1982).
14. Ver, p o r exem plo, A lm eida (1996), B arros (1995), B irm an (1994; 1997), L. S ilveira C am pos
(1997), R oberta C. C am pos (1995), O ro (1992; 1997), M ariano (1995), G uim ares (1997),
G om es (1994), O liva (1995), Pereira (1995), R uth (1995), Sem an e M o reira (1998), Z alu ar
(1995) entre outros.
15. B aseado em entrevistas com lderes neopentecostais, M ariano (1995) sugere que esse sincretism o
nem sem pre inconsciente, m as s vezes estrategicam ente elaborado.
16. Este argum ento foi mais desenvolvido em outro artigo M ariz e M achado (1994).
17. O ro (1996) lem bra que essa questo quase no tem sido discutida. M ariano (1995) e L . Silveira
C am pos registram em seus trabalhos algum as reaes de lderes desses cultos s ofensivas dos
pentecostais. Em um exem plo retirado do jorn al O Globo, M ariano cita o caso de um desses
lderes de grupo afro-brasileiro que props m edir as foras espirituais dos seus orixs com a fora
dos pastores exorcistas. Segundo L. S. C am pos (199, pp. 419-420), esses conflitos ocorreram
nos m eados da dcada de 80, recentem ente no teriam m ais ocorrido.
18. Em pesquisa que realizam os com C entro de Estatstica R eligiosa e Inform ao Social (Ceris) no
R io de Janeiro e C am pinas observam os, L. R. B enedetti e eu, que o grupo m ais rejeitado pelos
catlicos progressistas era a Igreja U niversal. (O relatrio dessa pesquisa ainda no foi divulga
do.)
19. A concepo de diabo desta teologia ilustrada p or R egina N ovaes (1997) em seu artigo que
discute a ressem antizao da B esta F era entre os agricultores ligados a pastorais catlicas p ro
gressistas
20. O aspecto moderno do fundam entalism o evanglico com entado rapidam ente por O tvio Velho
(1977) quando fala sobre m odernizao anacrnica e lem bra que os fundam entalism os, de
certa m aneira, poderiam ser analisados, tam bm , a partir dessa tica. (Velho, 1997, p. 220) n a
m edida em que adotam um m odelo moderno quando este j est em crise e j anacrnico.
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Resum o
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religio, a guerra ou batalha espiritual se constitui num elemento portador e transm issor da m odernida
de ocidental.
Palavras chaves: pentecostalism o, sincretismo, atitude religiosa
A b stract
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