Dhâranâ Online #10
Dhâranâ Online #10
Dhâranâ Online #10
Henrique Jos de Souza e Helena Jefferson de Souza - Fundadores da Sociedade Brasileira de Eubiose
EDITORIAL
A Sociedade Brasileira de Eubiose uma instituio de carter inicitico, que visa propiciar aos
seus filiados um mtodo prprio de evoluo espiritual, baseado nos ensinamentos do seu fundador, o
Professor Henrique Jos de Souza.
Estes ensinamentos so herdeiros da grande tradio formada h milhares de anos pelos
sucessivos Colgios Iniciticos, que interpretam a cada momento histrico os valores eternos da
denominada Sabedoria Inicitica das Idades.
Na Sociedade Brasileira de Eubiose a Iniciao, ao contrrio de alguns Colgios Iniciticos,
no um evento inicial, uma cerimnia prpria e particular, inserida num rito propiciatrio de
desvendamento inicial de mistrios.
A Iniciao na Sociedade Brasileira de Eubiose um processo que podemos comparar a uma
espiral, ligando o ser humano e sua histria pessoal, individual, ao universal, ao divino e suas vrias
expresses e manifestaes. Pelo seu carter atemporal este processo inicitico no tem comeo nem
fim, permanente e relaciona-se a toda a existncia humana e divina.
Calcado na tradio da Sabedoria Inicitica das Idades, os conhecimentos eubiticos no esto
porm ligados a um passadismo eventual e histrico, mas sim em valores eternos que se projetam
tambm para o futuro, para a Era de Aquarius em construo.
um processo inicitico que trabalha na busca dos valores eternos do passado e do futuro Era de Aquarius - presentificados num aqui e agora em que sagrado e profano, divino e humano
interagem na construo de uma nova civilizao cujos sinais j esto j em toda parte.
Este processo inicitico eubitico trabalha ao mesmo tempo com trs grandes eixos
estruturantes, que vo paulatinamente provocando transformaes no estado de conscincia do
discpulo, transformando, transmutando num processo alqumico interno as tendncias negativas,
voltadas para o reforo do egosmo e da vaidade, em tendncias positivas, comprometidas com o
altrusmo e o amor universal.
O primeiro desses trs eixos o cognitivo, que opera as informaes iniciticas transmitidas,
criando pontes entre o mental concreto e o futuro mental abstrato. O segundo o do aprimoramento
emocional, que atravs de iogas, exerccios e vivncias em grupo, vai lapidando as emoes inferiores.
O terceiro eixo o da espiritualidade, que desenvolve a conscincia divina em cada um de ns, que faz
vibrar intensamente o nosso Deus Interior.
A conjugao harmnica desses trs eixos - cognitivo, emocional e espiritual - faz aumentar a
cada dia as ligaes entre o projeto de vida de cada discpulo e o projeto evolucional da Divindade. Aos
poucos, o discpulo vai se transformando em agente ativo e consciente do grande plano de evoluo
terrena.
Sumrio
A QUEDA DO CICLO
Laurentus
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ERROS E EROS
Por Luis Csar de Souza
Todas as vezes, filho de Bhrata! que Dharma (a lei justa) declina e Adharma (o
contrrio) se levanta, Eu me manifesto para salvao dos bons e destruio dos maus (um
Julgamento cclico,portanto). Para o restabelecimento da Lei, Eu naso em cada YUGA
(idade, ciclo etc.).
Conta a Mitologia grega que, junto ao portal dos Campos Elsios que o terceiro e mais
elevado dos mundos ctnios ou subterrneos do Hades e onde habitam as almas dos heris
existe um manancial, fonte, lago ou rio chamado Lete, conhecido tambm como o Rio do
Esquecimento, pois suas guas so dadas a beber a quantos adentrem tal paraso, com o fito
de que deixem para trs os remorsos, ressentimentos, afetos, enfim, todos os apegos que o ego
necessariamente desenvolve em vida e que, alis, segundo a filosofia eubitica, assim como a
budista etc., so a fonte de todo sofrimento.
O Universo, como vida manifestada em seus vrios planos e reinos, dotado de uma
conscincia particular em seu prprio nvel de percepo e evoluo.
Existe uma grande dor no mundo. Ela nossa, de todos. Dividimo-la, quando possamos.
Sofremo-la junto, como pudermos. Compassionar. Parte inerente da atual existncia, fruto
das incongruncias, no importa. Nossos erros no nos convm mais, j passaram.
A QUEDA DO CICLO
LAURENTUS
http://profeciasdemichelnostradamus.blogspot.com.br/2009/03/13-10-1972-22-12-1972-o-inferno-e.html
Com a manifestao do avatara, mais conhecido pelo nome de Bhagavd Yezeus- Krishna (Bhagavd em snscrito, quer dizer: Bem-aventurado), nome este muito semelhante ao de JESUS CRISTO
embora que tal manifestao tivesse lugar 3.500 anos antes da do segundo j o mesmo dizia ao seu
discpulo Arjuna: Todas as vezes, filho de Bhrata! que Dharma (a lei justa) declina e Adharma (o contrrio) se levanta, Eu me manifesto para salvao dos bons e destruio dos maus (um Julgamento cclico,
portanto). Para o restabelecimento da Lei, Eu naso em cada YUGA (idade, ciclo etc.).
Assim tambm, Gotama, o Buda, 645 anos antes de Cristo: E meu Esprito pairar sobre a Terra,
esperando pela minha volta.
n 12
(1)
Muitos preferem dizer avatar, mas o fato que o mais prprio avatara. ele Idntico ao EON grego, que significa:
manifestao da Divindade na Terra. O termo EON lido anagramaticamente d o NO bblico, que embora muitos o Ignorem, um
avatara, ou antes, um Manu, como prova ter ele conduzido seu povo, no em uma barca ou ARCA, como diz a prpria Bblia, e sim,
para a ARCA ou Agartha, regio subterrnea que idntica a Shamballah, nenhum cataclismo a pode destruir.
n 12
(2)
De Theos provm Theoin, com o significado de deuses, astros, Espritos Planetrios, portanto.
(3)
Um viveiro ou aqurio.
n 12
(5)
Vide em Dhran, pg. 3, nmero 1, a transcrio feita do artigo do grande jornalista carioca Enoch Lins, da Gazeta de Notcias, funcionando na Secretaria do Ministrio da Justia.
n 12
Digenes
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SOBRE HERIS
E SUAS
MISSES
Srgio rion de Souza
Conta a Mitologia grega que, junto ao portal dos Campos Elsios que o terceiro e
mais elevado dos mundos ctnios ou subterrneos do Hades e onde habitam as almas
dos heris existe um manancial, fonte, lago ou rio chamado Lete...
n 12
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se esquea da origem
paradisaca e suporte as
rudezas da experincia
mundana. Ento, seu
Esprito cruza de volta o
Portal e no trajeto vai se
revestindo, primeiro de
Psiqu, a alma humana,
depois de nima, a
alma animal afora a
redundncia e afinal
de Soma, esse corpo de
material telrico com o
qual nos apresentamos
na comunidade dos
biologicamente vivos.
Capos Elsios, por Carlos Schwabe, 1903
n 12
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A Iniciao heroica
Ao contrrio do que comumente se pensa,
a Iniciao no um processo esotrico ou mgico,
pois se processa todo na psiqu humana. Requer
inicialmente o deslocamento da conscincia do nvel
instintivo de nima para o humano de Psiqu, o que
se d atravs de constantes exerccios de reflexo
sobre os prprios atos e pensamentos; se continua
pela superao do carter egoico ncleo da Psiqu
sob a ao continuada da Vontade, e consolidase mediante a eterna vigilncia dos sentidos
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tanto, no existe a matria morta ou cega da mesma forma que no existe a casualidade.
A Cincia das Idades (Sabedoria Eterna)
nunca se prende s aparncias, s exterioridades, pois
ela se apoia na Essncia nica e Verdadeira e nas
suas projees em todos os planos do universo.
O universo originou-se no plano de ideao
csmica e foi elaborado e guiado de dentro para fora,
desde os nveis superiores ou mais sutis, at os mais
densos.
O microcosmo apresenta-se no homem
como sua cpia ou miniatura, alm de sua manifestao condensada, tambm pelo nvel de conscincia.
Nele, cada movimento, ao ou gesto von 12
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n 12
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http://mostradoresdaluz.blogspot.com.br/2015/07/eras-egipcias-os-verdadeiros.html
Albert Einstein
n 12
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1. INTRODUO
natural o questionamento constante a
respeito da origem do Universo, bem como a origem
do homem. Para Albert Einstein, No so as
respostas que movem o mundo, so as perguntas.
O verdadeiro iniciado um pesquisador
nato, entusiasta pela busca constante da verdade.
O presente artigo tem como objetivo
principal descrever sucintamente a origem e
evoluo do universo, em relao natureza humana,
antropognese, tendo como objetivo especficos:
descrever sobre a cosmognese; descrever sobre a
antropognese de acordo com a Teosofia; apresentar
os principais smbolos sagrados que norteiam o
tema; instigar outros pesquisadores a refletir e
apresentar as novas consideraes sobre o tema.
A metodologia baseada na pesquisa
bibliogrfica, com nfase na Bblia Sagrada,
Doutrina Secreta, de Helena P. Blavatsky , dicionrios
manicos, graus iniciticos da Sociedade Brasileira
de Eubiose. Inmeros trabalhos e pesquisas tm
sido apresentados em congressos nacionais e
internacionais oriundos de cientistas renomados,
religiosos, ateus, dentre outros. Mas o que comum
entre estes temas? Uma verdade. Que verdade esta?
Atravs de linguagem mais simples, pretende-se
comentar sobre as duas correntes que tratam sobre
a evoluo do universo com nfase na evoluo
humana.
A compreenso dos smbolos sagrados
dos trs Logos da Criao poder despertar o Deus
Interno de cada um, cuja busca incessante tem se
distanciando cada vez mais do seu Eu Interno.
Apresenta-se um breve comentrio sobre as
teorias criacionista e darwinista de maneira simples
e ao mesmo tempo convidando o leitor para uma
reflexo racional.
Para Blavatsky (2012), faz-se necessrio
compreender a cronologia das idades, passando a
humanidade pela idade do ferro, bronze, prata e
do ouro para compreender o processo evolutivo do
homem. , neste perodo, de forma lenta e constante
que ir desenvolver os cinco sentidos (audio, tato,
viso, paladar e
olfato) os quais
se conhecem na
atualidade. Para
os adeptos desta
corrente, mais
dois sentidos
comeam
a germinar
denominados
de clarividncia
astral e
clarividncia
espiritual para
as futuras raas
em evoluo,
tendo o Brasil
como o bero
civilizatrio desta
nova Raa.
As
Cincias
das Idades
apresentam
os ciclos do
zodaco, os quais
em cada 1.147
anos aproximadamente um Avatara manifesta-se
para conduzir o processo evolutivo da humanidade.
Agora, com a era de Aquarius, nosso Mestre Prof.
Henrique Jos de Souza deixa-nos um grande
legado para a construo da obra do Eterno na
face da terra. Segundo JHS, no futuro, teremos
uma s religio, uma s lngua e um nico padro
monetrio. Todavia, algumas vezes, ficamos mudos,
desconfortveis, quando somos questionados,
em especial, pelas crianas, nossos amados filhos,
sobrinhos, afilhados, no importa o grau de
parentesco. O que isso? Quem ? O qu? Onde?
Quando? Quanto? Mas como assim? Por qu?
Embora existam algumas teorias sobre o tema, no
temos a pretenso e nem a capacidade de validao
em laboratrio, apenas contamos com algumas
referncias bibliogrficas e com nossa experincia de
vida.
n 12
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2. COSMOGNESE
Referendando a obra sis sem Vu (2005),
a cincia moderna s se preocupa com a evoluo
fsica parcial, ignorando a mais elevada que a
espiritual. A trajetria da evoluo consiste no
desabrochar da vida, bem como o registro e acmulo
das experincias adquiridas.
Brilhante conceito do professor Henrique
Jos de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de
Eubiose, a respeito da cosmognese: existe uma
relao exata entre Humanidade e a CAUSA que a
chamou a existir. Portanto, uma verdadeira Religio
e uma verdadeira Cincia ho de ser as que ensinem
os verdadeiros termos daquela relao. Isto quer
dizer estar ligado ao Deus interior sem fanatismo,
comungando cincia e religio na mesma taa.
Referendando a Bblia Sagrada, em So Joo temos:
No princpio era o Verbo, e o verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus; Ele estava no princpio
com Deus.
De acordo com Pitgoras: A Divindade
multiplica-se em formas, mas divide-se em essncia.
n 12
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1 Logos
O germe no ovo.
a manifestao do universo.
O ovo significa a semente para se
transformar numa rvore frutfera. o incio da
manifestao. O esprito da vida que vai fecundar a
matria virgem. o PAI.
2 Logos:
A polarizao
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3. ANTROPOGNESE
Para a compreenso da evoluo do homem baseada nos estudos teosficos, em especial, de Helena P.
Blavatsky, faz-se necessria a compreenso dos ciclos evolutivos universais:
IDADE
CARACTERSTICA
ANOS
Kali-Yuga
Dwapara-Yuga
Treta-Yuga
Satya-Yuga
Manh-Yuga
1 x Kali-Yuga
2 x Kali-Yuga
3 x Kali-Yuga
4 x Kali-Yuga
10 x Kali-Yuga
432.000 anos
864.000 anos
1.296.000 anos
1.728.000 anos
4.320.000 anos
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NOME
SENTIDO
FORMA
REPRODUO
SENSAO
Primeira
Admica
Audio
Bhutas
Som
Segunda
Terceira
Hiperbrea
Lemuriana
Tato
Viso
Filo-arborescentes
Humana
Quarta
Quinta
Sexta
Atlante
Ariana
Paladar
Olfato
Clarividncia
Astral
Clarividncia
mental
Cissiparidade
Assexuados
Nascidos do suor
Nascidos do ovo
Hermafrodita
Sexuada
Sexuada
Stima
Forma
Cor
Gosto
Odor
Fonte: Adaptado de BLAVATSKY, Helena P., Sntese da Doutrina Secreta. So Paulo: Pensamento. 2012.
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3. CONSIDERAES FINAIS
A pesquisa sobre o tema est sendo de
grande valia para ampliar o conhecimento sobre a
origem do Universo, bem como da raa humana.
De acordo com o pesquisador e filsofo
Huberto Rohden, podem-se distinguir dois conceitos
primordiais a respeito da criao. O primeiro legado
denominado de Criao ao Grande Arquiteto do
Universo e o segundo de criao, esta pertencente ao
homem.
De acordo com o professor Henrique Jos
de Souza, no futuro no se dir mais tive uma ideia
porque a ideia estar permanentemente no homem.
Estamos vivenciando um momento nico,
o trmino de uma era denominada a era de Peixes e
iniciando uma nova era, conforme o ciclo zodaco de
Aquarius.
Parece tudo acelerado, o desenvolvimento e
aprimoramento da cincia, a revoluo tecnolgica
est mudando o comportamento das crianas, caso
no ocorra uma educao mais vigilante dos pais. As
brincadeiras em grupos para o uso desenfreado do
smartphone, tablet, notebook, computadores ou afins.
A figura do recreador est sendo substituda
por outros hbitos, nem sempre saudveis: a
individualizao.
Diz a lenda que todos os homens da terra eram deuses. Mas de tanto pecarem e
abusar do divino, Brahma, o Deus dos
deuses decidiu tirar deles a fora divina
e escond-la em algum lugar onde jamais
pudesse ser encontrada. Resolveu ter algumas sugestes consultando alguns deuses mais prximos.
Vamos enterr-la bem no fundo do
cho, sugeriu o primeiro.
Brahma respondeu: no, o homem poder cavar fundo a terra e descobri-la.
Outro deus disse: Vamos coloc-la no
mais fundo dos oceanos.
Brahma disse: no, o homem aprende a
mergulhar e acaba achando algum dia.
O terceiro sugeriu: e se for escondida na
mais alta montanha?
Brahma respondeu: tambm no. O homem capaz de escalar montanha. Tenho
um lugar melhor. Vamos esconder a fonte divina no prprio homem. um lugar
onde ele nunca pensar em procurar!.
(FARAH, 2011).
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Riqussima lenda, ao
qual todo iniciado na maonaria
depara-se na cmara de reflexes
entre inmeros smbolos a palavra
VITRIOL (Visita Interiora terrae,
rectificando que invenies occultum
lapidem), que significa: Visita
o interior da terra e retificando,
encontrars a pedra oculta.
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASLAN, Nicola. Grande dicionrio
enciclopdico de maonaria e simbologia.
Londrina: A Trolha, 1996. v.1-4. 1980.
BBLIA Sagrada. Traduo de Padre
Antnio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro:
Delta.
BLAVATSKY, Helena P. Sntese da
Doutrina Secreta. So Paulo: Pensamento. 1992.
469p.
BLAVATSKY, Helena P. Glossrio
Teosfico. 6 ed. So Paulo: Pensamento. 2011. 777p.
COTRIM, Gilberto.Histria Global: Brasil
e geral. So Paulo: Editora Saraiva, 2005.
FARAH, Alberto. A origem dos povos e
suas lendas. So Paulo: Editora do Autor, 2011.
FIGUEIREDO, J. G. Dicionrio de
maonaria: seus mistrios, ritos, filosofia, histria.
So Paulo: Ed. Pensamento, 1991. 550 p.
LOBAO, Silvio Ramos. Trilha dos Arcanos.
Vol. 1 e Vol. 2. 2011.
LUCOLA, Roberto. Caderno Fiat Lux n 1.
Sociedade Brasileira de Eubiose. 2012. 41p.
MELLOR, A. Dicionrio da francomaonaria e dos franco-maons. So Paulo: Martins
n 12
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ERROS E EROS
Luis Csar de Souza
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DHRAN ON-LINE
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