Equipamentos para Industria Do Petróleo
Equipamentos para Industria Do Petróleo
Equipamentos para Industria Do Petróleo
Introduo
A busca por petrleo uma odisseia, onde a etapa da perfurao a responsvel
por abrir um canal de comunicao entre a superfcie do solo e o subsolo, guardio de
potenciais reservas de hidrocarbonetos. O processo de explorao e produo de
petrleo compreende as etapas da pesquisa, perfurao e produo. Na etapa da
pesquisa realizada a ssmica, que consiste na primeira fase da busca por petrleo, que
aponta as regies de alta probabilidade de ocorrncia de hidrocarbonetos atravs de
pesquisas geolgicas e geofsicas, selecionando uma regio para ser perfurada. Em
seguida passa-se etapa da perfurao que confirma ou no a existncia de petrleo.
Havendo sucesso, inicia-se a terceira etapa que consiste no desenvolvimento do poo
(Schaffel, 2002).
A segunda etapa da explorao e produo de leo e gs a perfurao, onde s
ento ser confirmada ou no a existncia de petrleo. Os poos a serem inicialmente
perfurados so denominados pioneiros e tm como objetivo sondar regies ainda no
produtoras. Caso um poo pioneiro acuse alguma descoberta, so perfurados outros
poos para demarcar os limites do campo, chamados poos de delimitao ou extenso.
Esta avaliao da extenso da jazida informa se comercialmente vivel produzir o
petrleo descoberto. Todos os poos perfurados at ento so classificados como
exploratrios. Encontrando-se volume comercialmente vivel, comea a fase da
produo naquele campo. So perfurados os poos de desenvolvimento, que colocam o
campo em produo. Deve ser ressaltado que em certos casos se aproveitam os poos
pioneiros e de delimitao para produzir (PETROBRAS, 1997).
Em linhas gerais, a perfurao ocorre em duas fases: a de explorao e a de
desenvolvimento. As atividades de explorao so as que envolvem a perfurao de um
poo para localizar reservas de hidrocarbonetos, bem como suas dimenses e potencial
produtivo. A fase de desenvolvimento ocorre uma vez que as reservas de
hidrocarbonetos j foram descobertas, delineadas e confirmada a viabilidade comercial.
Consta que o primeiro poo martimo de petrleo foi perfurado em
Summerland (Califrnia, EUA) em 1896 (MMS, 2001). Mas h registros de que em
1264, em visita cidade persa de Baku no Mar Cspio, Marco Polo teria mencionado
fontes abundantes de alcatro (leo) surgindo atravs de furos, provavelmente poos
de petrleo. A primeira perfurao martima comercial de um poo de leo e gs,
utilizando uma plataforma de petrleo, foi feita em 1947 pela empresa americana KerrMcGee Corporation. A ento plataforma martima era uma torre de perfurao
instalada sobre uma barcaa, similar da Figura 2.7, e a perfurao foi feita a cerca de
20 Km da costa e a 5 metros de profundidade, na costa da Louisiana (EUA).
A indstria offshore mundial teve seu nascimento datado entre os anos 1930 e
1950 na Venezuela e Golfo do Mxico, respectivamente. A partir de ento, a explorao
comeou a se expandir para o Mar do Norte e formou o primeiro pull de empresas nesta
segmentao, entre elas a Shell, Exxon, Texaco e AGIP (Furtado, 1996). No Brasil, j
no final de 1950, devido s anlises geogrficas, havia o conhecimento de que o pas
possua reservas de petrleo em profundidade martima, ainda ser uma definio precisa
dos locais. A confirmao ocorreu pela descoberta do primeiro poo offshore em 1968,
no Campo de Guaricema (SE), e a primeira perfurao, tambm em 1968, na Bacia de
Campos, no campo de Garoupa (RJ). O ano seguinte, tambm foi marcado por mais
descobertas, com o Campo de So Mateus (ES), e posteriormente no campo de Ubarana
(ES), ambos na bacia de Potiguar. A partir destas primeiras descobertas, a Petrobras deu
incio a uma srie de outras. Entretanto, tais descobrimentos no surtiram maior efeito,
pelo fato das tecnologias existentes no serem condizentes com a realidade brasileira
(Histria, 2005).
Para que o Brasil pudesse entrar nesta segmentao da indstria do petrleo, por
ter uma profundidade mdia de seus poos superior aos 1.000 metros, a necessidade de
desenvolver novas tecnologias era a nica opo. Depois de tomada a deciso, a
Petrobras iniciou uma trajetria tecnolgica original, atravs da proposta do sistema de
produo flutuante. Diante da ausncia do conhecimento cientfico necessrio para tal
empreitada, o pas teve de suprir tal espao na experincia internacional, onde mesmo
que de maneira ainda embrionria, j existia um Know How em tecnologia offshore
(ORTIZ NETO, 2011).
Quando a perfurao realizada no mar, e a plataforma utilizada flutuante,
uma srie de equipamentos e procedimentos especiais devem ser adotados para manter o
navio ou plataforma de perfurao em sua locao determinada e compensar os
movimentos induzidos pela ao das ondas. A plataforma ou navio rebocada at a
locao (em caso de no possuir propulso prpria) e em l chegando ancorada ao
fundo do mar (em caso de no possuir posicionamento dinmico). No meio martimo
utilizado um riser de perfurao, que um tubo condutor de grande dimetro, para
estabelecer um meio de comunicao entre o poo e a plataforma na superfcie, por
onde ir circular a lama e retornar o cascalho. O riser guia a coluna de perfurao e os
revestimentos da plataforma at o poo.
As plataformas de perfurao martima podem ser classificadas em duas
categorias: as com o BOP na superfcie ou no fundo do mar. Na primeira categoria as
plataformas podem ser fixas, auto-elevatrias ou de pernas tencionadas (tension legs).
Na segunda categoria esto as plataformas semi-submersveis e os navios sonda
(THOMAS, 2001; PETROBRAS, 1997).
Uma operao de perfurao de petrleo offshore pode ser executada de vrias
maneiras. Para isso, diferentes tipos de plataforma de petrleo normalmente so
utilizados, conforme a profundidade no local, o tipo de leo a ser extrado e algumas
condies prevalecentes. Os tipos mais comuns de plataformas martimas so
(THOMAS, 2001; PETROBRAS, 1997):
Figura 1: Guincho.
5. Sistema de Rotao
Motor de fundo
Figura 5: Turbina.
6. Sistema de Circulao
O sistema de circulao o responsvel pelo bombeamento do fluido de
perfurao presso e vazo adequadas para as operaes de perfurao. Alm disso,
nesse sistema esto os equipamentos que promovem o tratamento do fluido de
perfurao aps a sada do poo, livrando-os dos slidos e fluidos indesejveis.
a.
Bombas de lama
Triplex, com trs pistes de simples efeito: apenas na face anterior do pisto se
succiona e se descarrega (Figura 8 e 9).
melhora o tempo de resposta. Este sistema tem sido utilizado em guas mais
O tempo requerido para o BOP fechar depende da presso e do volume que o sistema do
controle hidrulico fornece passagem de fechamento do BOP. A presso da passagem
de fechamento do BOP afetada pela capacidade e potncia da bomba, pelo tamanho do
acumulador e pelo tamanho e comprimento da linha de controle.
Os principais componentes do sistema de controle, comuns aos quatros tipos
mencionados, so:
acumuladores;
Acumuladores: O principal componente do sistema de controle o banco de
acumuladores. O acumulador um cilindro de alta presso, contendo uma prcarga de nitrognio gasoso e fluido hidrulico, que permanecem separados por
um diafragma de borracha. O fluido hidrulico pode ser gua ou leo hidrulico,
com aditivos anticorrosivos, que bombeado de um reservatrio para o
acumulador at que este atinja a presso desejada. A entrada do fluido para o
acumulador faz com que ocupe menor volume, aumentando sua presso. A alta
presso existente no acumulador far com que o fluido seja despejado a uma
taxa muito maior que a conseguida por uma bomba, realizando o mesmo
trabalho, fechando os preventores rapidamente. O acumulador possui uma
vlvula na conexo de sada, que fecha assim que for utilizada toda carga de
fluido, para evitar um vazamento de gs. Os acumuladores esto situados tanto
Compensadores de movimento
Chaves Flutuantes
a)
a)
b)
10. Concluses
Referncias
BOURGOYNE Jr, A.T., MILLHEIM, K.K., CHENEVERT, M.E., YOUNG Jr, F.S.,
1991, Applied Drilling Engineering. 2 ed. Richardson, Texas, Society of Petroleum
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Carlos, G. Equipamentos de Sondas de Perfurao e Workover. Mossor, 2010.
Disponvel em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABuRkAK/equipamentossonda-perfuracao?part=3. Acesso em novembro de 2015.
Haddad, S. M. Posicionamento Dinmico de Plataformas Semi-submersveis em
Ambiente Multidirecional. Dissertao de mestrado em Engenharia Ocenica. UFRJ,
Rio de Janeiro, 2003.
Histria
(2005).
Histria
do
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no
brasil.
disponvel
em:http://www.comciencia.br/reportagens/petroleo/pet06.shtml. Acesso em 22 de
novembro de 2015.
Kuehn, A. L. T. O. Tcnicas de Perfurao com Gerenciamento de Presso
Aplicveis aos Reservatrios Carbonticos do Pr-Sal Brasileiro. Projeto de
graduao UFRJ. Rio de Janeiro, 2014
ORTIZ NETO, Jos Benedito; COSTA, Armando Joo dalla. A Petrobrs e a explorao
de petrleo offshore no Brasil: um approach evolucionrio. Revista Brasileira de
Economia, Rio de Janeiro, v. 61, n. 1, p.10-16, jan. 2011. FapUNIFESP (SciELO).
DOI: 10.1590/s0034-71402007000100006.