Contabilidade - Impostos - ICMS e IPI Recuperaveis
Contabilidade - Impostos - ICMS e IPI Recuperaveis
Contabilidade - Impostos - ICMS e IPI Recuperaveis
A segregação do custo de aquisição aplica-se inclusive aos impostos recuperáveis (IPI/ICMS) pagos
na importação de mercadorias destinadas à revenda ou matérias-primas e outros materiais
destinados à industrialização.
CONTABILIZAÇÃO
Exemplo:
Uma vez identificado valores de tributos passíveis de compensação, seja por recolhimento indevido
ou a maior, tais valores devem ser contabilizados em contas do ativo, com a corresponde
atualização, de acordo com a legislação de regência. Para efeito de contabilização e cômputo na
base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro, os juros devem ser apropriados
pelo regime de competência. O valor dos juros calculados com base na taxa SELIC para títulos
federais acumulada mensalmente serão registrados em conta de resultado que pode ser intitulada
como juros ativos, tendo como contrapartida a conta que registra o crédito a compensar.A empresa
deverá manter controles extra-contábeis dos créditos a compensar, bem como dos valores dos juros
apropriados e dos valores compensados, para fazer prova frente a possíveis questionamentos por
parte do Fisco.
Exemplo:
Empresa recolheu, indevidamente, R$ 1.000,00 de COFINS sobre receita de vendas, em meses
anteriores. Calculado o valor atualizado pelos juros SELIC, estes representam acréscimo de R$
200,00.
1) Pelo registro dos valores recolhidos indevidamente, cuja parcela tenha sido registrada
anteriormente a débito de conta de resultado:
Nota: a contabilização a crédito de conta de resultado do exercício é plausível, desde que o valor
recolhido indevidamente seja de pequena proporção e relativo a recolhimentos efetuados em
competências do próprio exercício. Na hipótese de recuperação de valores vultuosos, há de se
considerar a necessidade de creditar a conta de “Lucros ou Prejuízos Acumulados”, com histórico
de ajustes de exercícios anteriores. Para detalhamentos sobre as hipóteses e procedimentos de
ajustes de exercícios anteriores, leia o tópico "Ajustes de Exercícios Anteriores", neste guia.
São considerados tributos incidentes sobre as vendas aqueles que guardam proporcionalidade com o
preço da venda, mesmo que integrem a base de cálculo do tributo.
O IPI e o ICMS incidente sobre vendas deve ser deduzido da receita bruta na determinação da
receita líquida de vendas. O IPI, quando destacado na nota fiscal e cobrado do cliente, é
contabilizado diretamente em IPI a Pagar, no passivo circulante. Entretanto, há empresas que, por
necessidade de controle ou formação de estatísticas e gerenciamento, contabilizam o IPI destacado
(como também o ICMS cobrado por substituição tributária) em contas de resultado.
FATURAMENTO BRUTO
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária
(=) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Exemplo:
Os valores das contribuições PIS e COFINS incidentes sobre a receita de vendas serão debitados em
contas próprias de resultado, tendo como contrapartida contas do passivo circulante, desta forma:
Para a contabilização dos créditos do PIS e COFINS Não Cumulativos, acesse o tópico respectivo.
Exemplo:
SIMPLES NACIONAL
O procedimento para contabilização dos tributos englobados no Simples Nacional é o mesmo para
os demais tributos que guardam correlação com a receita de vendas, ou seja, debita-se uma conta de
resultado e credita-se a conta passiva relativa a esta obrigação.
Exemplo:
A partir de 01.02.2004, os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas
de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança,
vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, pela prestação de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, bem como pela remuneração de serviços profissionais, estão sujeitos à retenção na fonte da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS. O valor da CSLL, da COFINS e do PIS
retidos será determinado mediante a aplicação, sobre o montante a ser pago, do percentual total de
4,65%, (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das
alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por
cento), respectivamente.
Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que
sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições. Desta forma as contribuições retidas na
pessoa jurídica prestadora do serviço, assumem características de um direito a ser compensável, e
assim sendo será classificado no Ativo Circulante como tributos a recuperar. Na pessoa jurídica
tomadora do serviço, que tem a obrigatoriedade de reter e recolher as contribuições devidas sobre o
valor do serviço a ser pago, as retenções serão tratadas como uma obrigação, e assim será
classificado no Passivo Circulante como Tributos a recolher.
Exemplo:
Empresa "A" emitiu Nota Fiscal de prestação de serviços para seu cliente, empresa "B", com os
seguintes dados:
Retenções:
CSLL: 1% = R$ 10,00
COFINS: 3% = R$ 30,00
PIS: 0,65% = R$ 6,50
Total das Retenções - R$ 46,50
Valor Líquido a Receber: R$ 1.000,00 – R$ 46,50 = R$ 953,50