Solos Moles
Solos Moles
Solos Moles
So Paulo
2010
So Paulo
2010
ii
rea de Concentrao:
Engenharia Geotcnica
Orientadora:
Prof. Dr. Marcos Massao Futai
So Paulo
2010
iii
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus, que me abenoa e me acompanha em todos os momentos.
Ao meu marido Thiago, pela constante calma, incentivo e por dividir comigo as dores
passageiras e os orgulhos eternos.
Aos meus pais Roberto e Maria Celina, pela base slida, o amor incondicional e o
exemplo de quem no se entrega diante das dificuldades da vida.
As minhas irms Mnica e Bianca e meu cunhado Gabriel, grandes amigos que com
muita sabedoria sabem me acompanhar ontem, hoje e sempre.
Aos meus sobrinhos Marcos e Isabel, que nasceram no meio deste trabalho e
trouxeram muita alegria e nimo para suportar as longas jornadas de estudo.
Aos meus avs Anna Ceclia, Oswaldo, Arany e Lzaro (in memorian) e meus
sogros, Joana e Ricardo, pelos conselhos e oraes.
Ao professor Marcos Massao Futai, pelas portas abertas, palavras de incentivo,
dedicao e principalmente pela orientao.
Ao professor Carlos Sousa Pinto, por compartilhar do seu tempo, conhecimento, boa
vontade e tambm pelos conselhos e observaes imprescindveis para a execuo
deste trabalho.
Ao professor Maurcio Abramento, por aceitar atenciosamente e prontamente o
convite para compor a banca.
A toda a equipe da Roma Engenharia, em especial a Enga Giovana, que muito me
ajudou neste trabalho, e os Engos Camilo, Djalma, Victor e Paula, pelo apoio nos
perodos de ausncia e pela prontido em me ajudar no que fosse preciso.
Aos preciosos amigos e familiares que de alguma forma contriburam para a
realizao deste trabalho.
A todos, muito obrigada pela pacincia e por tornarem esta conquista possvel.
RESUMO
A construo do Rodoanel Trecho Sul movimentou o meio geotcnico, gerando
novas informaes sobre os solos locais e apresentando novas tecnologias
construtivas, j disponveis em outros mercados, mas pouco ou no utilizadas nas
obras brasileiras. Estas novas tcnicas de melhoria dos solos prometem solucionar
problemas importantes, como a deformabilidade e resistncia de uma camada de
argila mole depositada na fundao de um aterro, por meios simples, rpidos,
econmicos e ambientalmente interessantes.
Este trabalho apresenta os problemas de engenharia geotcnica enfrentados
durante a implantao deste empreendimento, na regio prxima Represa Billings
e da Interseo Imigrantes, e destaca as solues geotcnicas executadas para
estabilizar a fundao dos aterros compactados construdos nesta regio,
caracterizada pela ocorrncia de solos orgnicos muito moles.
Destas solues enfatizam-se neste estudo os tratamentos de solos moles
identificados como Consolidao Profunda Radial (CPR) e a Mistura Mecnica de
Aglomerante Cimentcio com os solos moles saturados locais. O desempenho final
destas tecnologias, em relao ao ganho de resistncia e o aumento de
compressibilidade adquiridos pela camada tratada, foram avaliados atravs dos
ensaios de campo e da instrumentao implantada na rea de interesse.
Palavras-chave: Tratamento de solos moles, Rodoanel trecho Sul, Consolidao
Profunda Radial.
vi
ABSTRACT
The construction of the South Stretch of Rodoanel Highway created a comotion in
the geotechnical segment, generating new information about the local soils and
presenting new construction technology, already available in other markets, but still
with very limited or even no use in the Brazilian works. This new technichs of soil
improvements, promises to solve important issues, like deformability and resistence
of a soft clay layer located at the foundation of an embankment, by means that can
be qualified as simple, fast, economical and environmentaly interesting.
This document presents the geothechnical engineering issues encountered during
the implantation of this enterprenuer, at the region near Billings Reservoir and at the
intersection with Imigrantes Highway, and points out the geothechnical solutions
used to stabilize the foundation of compacted fill builted at this region, that is
characterized by the occurence of very soft organic soils.
This study enphasises in the solutions of treatment of soft soil identified as Deep
Radial Consolidation (CPR) and the Mechanical Mixture of Cementitius Binder with
the local saturated soft soils. The final performance of this technologies, conserning
the gain of resistence and the reduction of deformability, aquired by the threated
layer, were evaluated through field tests and by the instrumentation placed at the
area of interest.
Keywords:
Soft
Consolidation.
soil
threatment,
Rodoanel
South
Stretch,
Deep
Radial
vii
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 2.1 - Desenvolvimento dos recalques primrios em funo da espessura
da camada
10
17
Figura 2.6 - Drenos Verticais (a) Croqui com implantao dos drenos
fibroqumicos e (b) Foto do equipamento de instalao (Fonte:
HUSSIN, 2006)
18
Figura 2.7 - Drenos Verticais (a) Malha triangular em planta e (b) Seo
transversal A-A com representao do fluxo da gua, decomposto
na direo vertical e horizontal
Figura 2.8 - Curvas de grau de adensamento para drenagem radial
20
23
Figura 2.9 - Sees transversais (a) Dreno real com regio smear e (b) Dreno
equivalente
25
26
Figura 2.11 - Jet Grouting - (a) Croqui da implantao de uma coluna de Jet
Grouting e (b) Foto do equipamento de instalao (Fonte:
HUSSIN, 2006)
27
Figura 2.12 - Croqui com a ilustrao dos trs tipos de hastes existentes no
mercado para construo das colunas de Jet Grouting (Fonte:
HUSSIN, 2006)
29
30
31
viii
32
32
Figura 2.17 - Interao Coluna Camada Natural de uma (a) Coluna Rgida e
(b) Coluna Vibrada (Fonte: Sivakumar, 2004)
33
36
39
40
42
46
49
Figura 3.2 - Imagem de satlite com a posio dos trs braos da represa
Billings analisados
50
51
52
52
53
55
56
60
61
61
62
ix
63
65
Figura 4.3 - Separao em campo dos trechos tratados com as duas novas
solues
66
67
68
69
70
71
71
73
73
74
82
82
83
86
87
87
91
93
100
101
103
Figura 6.4 - Planta com a locao dos ensaios realizados na Fase A aps o
CPR
104
104
107
107
111
111
114
Figura 6.11 - Extrao das amostras naturais (a) extrao e (b) estocagem
115
116
117
119
xi
Figura 6.15 - Regio do BSM 305 em operao. Pista a direita sob camada
tratada com a Mistura Mecnica com Aglomerante Cimentcio e do
canteiro central para a esquerda soluo do CPR.
Figura 6.16 - Vista da regio do BSM 305 com a obra finalizada.
120
120
Figura 6.17 - Detalhe da OAE 305 e da pista tratada com a Mistura Mecnica
com Aglomerado Cimentcio.
121
Figura B.1 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 03 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 135
Figura B.2 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 04 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 136
Figura B.3 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 05 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 137
Figura B.4 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 06 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 138
Figura B.5 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 08 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 139
Figura B.6 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 09 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 140
Figura B.7 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placa de recalque 10 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria) 141
Figura B.8 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placas de recalque 01 e 02 da rea 1 (aterro de sobrecarga
temporria)
142
Figura B.9 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placas de recalque 01 e 02 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga
temporria com drenos verticais)
143
Figura B.10 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo Placas de recalque 01 a 06 do BSM 305 (Consolidao Profunda
Radial)
144
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Comparao entre os mtodos de execuo da tecnologia de Jet
Grouting
Tabela 2.2 - Classificao de solos (NBR 7250/82)
28
45
57
59
Tabela 5.1 - Informaes das placas de recalque analisadas nas reas com
aterro de sobrecarga com e sem drenos
78
78
84
85
88
90
90
92
95
95
96
97
105
xiii
106
109
112
Tabela A.1 - Valores obtidos nos clculos da real tenso efetiva vertical
existente na regio tratada com o CPR
133
145
146
xiv
av
Coeficiente de compressibilidade
ASTM
CPR
cc
ndice de compresso
ch
cr
ndice de recompresso
cv
de
dw
ndice de vazio
Hd
Hp
Hs
H0
Gradiente hidrulico
Coeficiente de permeabilidade
km
Quilmetros
ks
kh
kv
P0
Carregamento inicial
PPE
Carregamento permanente
PSC
Carregamento provisrio
qd
xv
qt
RSA
re
rs
rw
Sensitividade
SPT
su
Resistncia No-Drenada
Th
Tz
Tempo
tc
tf
tsc
Porcentagem de adensamento
Ur
Uz
Presso neutra
u/u0
u0
ur
Profundidade
1, 2....
sub
nat
Intervalo de tempo
HRE
HPE
HPE+PR
Tenso total
xvi
Tenso efetiva
'v
'vo
'vf
Velocidade de descarga
prim.
Recalque primrio
xvii
NDICE
1 INTRODUO
2 REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 Aterros de Sobrecarga Temporria
2.1.1 Antecipao dos Recalques Secundrios
4
4
7
10
12
13
16
18
21
23
25
26
26
2.3.2 Vibrocompactao
30
33
34
36
40
42
44
45
46
48
3.1 Introduo
48
49
53
53
54
xviii
59
63
4.1 Introduo
63
66
68
72
72
74
76
5.1 Introduo
76
77
79
80
81
88
90
92
96
97
99
99
100
102
103
105
110
112
113
114
117
118
119
xix
7 CONCLUSES E SUGESTES
7.1 Concluses
122
122
122
123
124
125
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
126
132
135
147
163
1 INTRODUO
O crescimento da ocupao territorial que vem ocorrendo no entorno dos grandes
centros urbanos acompanha a necessidade de explorar superficialmente novas
reas, que at ento eram evitadas devido a suas caracterizaes geolgicogeotcnicas. Algumas dessas reas localizam-se em regies de baixada, no entorno
de talvegues naturais, onde ocorrem solos aluvionares moles ou fofos que
apresentam comportamento inadequado quando carregados.
A utilizao dos solos moles como fundao de obras de terra implica, quase
sempre, na necessidade de melhorar ou corrigir algumas de suas mais importantes
caractersticas,
como
baixa
capacidade
de
resistncia
elevada
2 REVISO BIBLIOGRFICA
O objetivo deste captulo apresentar uma descrio resumida, em carter de
Reviso Bibliogrfica, dos principais assuntos que serviro de base para o trabalho
desenvolvido.
lgico que dentro dos subitens apresentados (Aterro de Sobrecarga Temporria,
Aterro de Sobrecarga Temporria com Drenos Verticais, Efeito do Amolgamento no
Adensamento do Solo, Ensaio de Palheta Vane Test - e Ensaio de Resistncia
Penetrao dos tipos SPT e DPL) est toda a essncia dos estudos dos solos moles
desenvolvidos pela engenharia geotcnica, tais como a Teoria de Adensamento de
Terzaghi e Frolich, recalques primrios e secundrios no perodo de construo, Lei
de Darcy, permeabilidade dos solos, adensamento com uso de drenos, resistncias
no drenadas e sensitividades dos solos moles, metodologias de execuo de
alguns ensaios e um sistema de classificao normalmente utilizada no Brasil e
definida pela Norma Brasileira NBR 7250.
CARGA
utilizao.
TEMPO
GA
AR
(C
RECALQUE
PE
RM
A
HRE = HPE
HPE+ SC
NE
NT
E
t SC
TE
CA
RG
PER
H PE
H PE+SC
MA N E N T E
PRO
V IS
R I A S
)
ainda no teria atingido uma deformao satisfatria e este voltaria a recalcar com a
carga permanente.
PORCENTAGEM DE ADENSAMENTO, U
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
U AVG =0,5
CAMADA
COMPRESSVEL
0,44H
U>0,5
H
CL
1,12H
2H
U<0,5
0,44H
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
u
uo
Figura 2.2 - Desenvolvimento dos recalques primrios frente a presena do aterro de sobrecarga
S
OR A
24 H
OS
N
0,1 A
10
100
100000
100
Po
(eo , Po )
PPE
PPR
A
B
10 % POR ANO
1
10
-1
10
-2
10
-3
10
-4
10
-5
F
E
G
D
Entretanto, verifica-se pela Figura 2.3, que este efeito de reduo na taxa do
adensamento secundrio s real se a sobrecarga atuar em um tempo
suficientemente longo para reduzir o ndice de vazios para valores inferiores ao
correspondente ao ponto G da curva tracejada. Caso a sobrecarga fosse retirada
antes deste perodo, no seria observada nenhuma reduo do adensamento
secundrio (BJERRUM, 1972).
10
TEMPO
A
0
PERODO DE
CARGA
ESCAVAO
PERODO CONSTRUTIVO
1/2t
1/2t l
TEMPO
tl
K
DEFORMAO
(b)
H
F
C
CURVA DE DEFORMAO
PARA CARREGAMENTO
INSTANTNEO
PERODO DE
CARGA
Figura 2.4 - Perodo construtivo (a) Alteamento do aterro e (b) Representao grfica dos
recalques desenvolvidos
Observa-se pela Figura 2.4 (a), que inicialmente ocorre uma reduo no valor da
carga atuante, referente s escavaes iniciais que normalmente ocorrem durante a
regularizao e limpeza da superfcie. O valor do carregamento s passa a ser
11
positivo a partir do ponto A, quando o peso do aterro construdo passa a ser superior
ao peso do solo escavado. s a partir deste momento que se inicia o recalque da
camada compressvel. O perodo compreendido entre o ponto A e o final da subida
do aterro identificado como perodo de carga e o diagrama de carregamento pode
ser aproximado pela linha tracejada AB.
comum assumir que as possveis escavaes seguidas de substituio de material
com carga equivalente, que possam acontecer durante o alteamento do aterro, no
afetam a cuva de adensamento. Taylor (1948) explica que na verdade uma pequena
expanso seguida de recompresso sempre ocorre durante este perodo, sendo o
estudo destes fenmenos possveis, mas no suficientemente importante perante as
demais deformaes.
Um mtodo aproximado para estimar os recalques desenvolvidos durante o perodo
construtivo foi proposto por Terzaghi (1929) e posteriormente expandido por Gilboy
(1936). Este mtodo, desenvolvido principalmente pela intuio e anlise
experimental, assume que ao final do perodo construtivo o recalque igual ao valor
do adensamento resultante caso o carregamento total fosse imediatamente aplicado
no instante equivalente a metade do tempo do alteamento do aterro. Na realidade,
para qualquer posio do topo do aterro, o recalque na camada compressvel pode
ser estimado como sendo a deformao observada para este carregamento atuando
na metade do tempo at este instante.
A Figura 2.4 (b) apresenta a curva recalque x tempo (OCD) de um carregamento
construdo instantaneamente no instante t=0 (ponto A). De acordo com a
metodologia apresentada anteriormente, o recalque real da camada mole no instante
do trmino do alteamento do aterro (tf) igual ao valor observado no instante 0,5.tf
da curva OCD, ou seja, o valor representado pelo ponto C deveria ser traado para o
tempo tf, como indicado pelo ponto E.
Desta maneira, para qualquer instante t o recalque calculado para o instante 0,5.t
na situao de carregamento final aplicado imediatamente no comeo da operao
de construo do aterro e multiplicado pelo fator t/tf, que representa o carregamento
real atuante no momento estudado. Este clculo tambm pode ser feito
graficamente, como apresentado na Figura 2.4 (b). O valor do recalque obtido pela
12
curva OCD rebatido para o tempo tf (ponto F) e desenhada uma diagonal deste
ponto at o ponto O. A interseo desta linha com o tempo t, no ponto H, indica o
recalque, considerando o perodo construtivo, neste instante.
Para finalizar a curva aps a construo do aterro, ou seja, aps o ponto E, a curva
obtida pelo deslocamento da curva CD at este ponto.
13
14
=
a v w z 2 t
(2.1)
Onde:
e ndice de vazios;
av coeficiente de compressibilidade;
u presso neutra.
2 u u
=
z 2 t
(2.2)
15
Tv =
cv t
H d2
(2.3)
Onde:
Hd distncia de drenagem; e
t tempo.
2
m =o M
U z = 1
M z M 2Tz
e
sin
H d
(2.4)
Onde:
(2m + 1) ;
M=
A expresso (2.4) pode ter sua representao, segundo TAYLOR (1948), pelas
seguintes expresses empricas:
2
TZ = U z para Uz=<60%
4
(2.5)
(2.6)
16
17
PLACA DE
RECALQUE
SOBRECARGA
TEMPORRIA
BERMAS DE
EQUILBRIO
(CASO NECESSRIO)
CARGA
PERMANENTE
CAMADA DRENANTE
PIEZOMETROS
CAMADA COMPRESSVEL DRENADA
PERCOLAO
DGUA
SOLO FIRME
DRENOS
DRENO DE
AREIA
18
(b)
Figura 2.6 - Drenos Verticais (a) Croqui com implantao dos drenos fibroqumicos e (b) Foto
do equipamento de instalao (Fonte: HUSSIN, 2006)
No trabalho de Bergado et al. (1990) foi realizada a comparao entre os dois tipos
de drenos, fibroqumicos e coluna de areia, com a ajuda de dois aterros
experimentais idnticos, mas diferenciados pelo tipo de dreno aplicado. O
espaamento e distribuio destes elementos foram definidos de forma a criar
condies de trabalho semelhantes para as duas situaes. Neste estudo foi
concludo que no aterro com os drenos fibroqumicos os recalques foram
desenvolvidos mais rapidamente, enquanto que no caso com drenos de areia o valor
final do recalque primrio foi reduzido de 20 a 40%, indicando que as colunas de
areia acabam melhorando as condies de compressibilidade da camada tratada,
pelo efeito de colunas de areia.
19
2 u 1 u
2 u u
c h 2 + + cv 2 =
r r
t
z
r
(2.7)
Onde:
(1 U ) = (1 U r ) (1 U z )
(2.8)
Onde:
20
ESPAAMENTO
DOS DRENOS
de
DRENOS
de
A
kv
SUPERFCIE
SEM FURO
Hd
2Hd
kh
rw
re
PLANTA DOS DRENOS
SEO A-A
Figura 2.7 - Drenos Verticais (a) Malha triangular em planta e (b) Seo transversal A-A com
representao do fluxo da gua, decomposto na direo vertical e horizontal
2 u 1 u u
c h 2 + =
r r t
r
(2.9)
21
2 2
4 U12 ( )
ur =
e 4 n Th
2
2
2
2
2
u0 1 2 3 ... (n 1) n U 0 (n ) U1 ( )
(2.10)
Sendo definido:
n=
re d e
=
rw d w
Th =
kh t
d e2
(2.11)
(2.12)
Onde:
U1() = J1()Y0()-Y1()J0();
U0(n) = J0(n)Y0()-Y0(n)J0()
22
. 1,
2....
razes
das
funes
de
Bessel
que
satisfazem
J1 (n )Y0 ( ) Y1 (n )J 0 ( ) = 0 ;
Uh = 1 e
8Th
F (n )
(2.13)
Sendo definido:
n2
3n 2 1
F (n) = 2 ln(n)
ln(n) 0,75
n 1
4n 2
(2.14)
Relao u/u0l
23
24
8Th
m
(2.15)
Sendo:
n2
3n 2 1 k h (s 1) n 2 1
ln(n)
+
2
m= 2
ks
4n 2
n
n 1
s=
rs
rw
(2.16)
(2.17)
Onde:
. rs raio da zona smear; e
. ks coeficiente de permeabilidade da zona smear.
25
DRENO
DRENO EQUIVALENTE
REGIO
AMOLGADA
rw
rw
rs
re
re
(a)
(b)
Figura 2.9 - Sees transversais (a) Dreno real com regio smear e (b) Dreno equivalente
Esta simplificao indica que a determinao de UZ pode sempre ser obtida pelo
grfico apresentado na Figura 2.8, com a devida anlise do raio equivalente do
dreno (rw) para a situao de poo ideal.
Vale mencionar que para a obteno de Th adota-se a frmula apresentada pela
equao 2.12.
Toda a teoria desenvolvida para drenos verticais foi baseada em drenos circulares
de areia. Entretanto, este tipo de dispositivo no comumente utilizado na
atualidade, uma vez que foi praticamente substitudos por drenos fibroqumicos, que
no apresentam seo circular mas sim retangular.
A anlise dos drenos pr-fabricados realizada atravs da obteno de um dimetro
equivalente entre este elemento e um dreno de areia. Hansbo (1979) demonstrou
que o dimetro equivalente ao dreno de areia (dw) pode ser obtido admitindo-se um
crculo de permetro equivalente ao do retngulo do dreno vertical geossinttico. A
26
d w = 2( a + b )
dw =
2( a + b )
(2.18)
dw
a
Figura 2.10 - Dimetro equivalente de um dreno vertical geossinttico de dimenses a e b
27
(a)
(b)
Figura 2.11 - Jet Grouting - (a) Croqui da implantao de uma coluna de Jet Grouting e (b) Foto do
equipamento de instalao (Fonte: HUSSIN, 2006)
28
Mtodo
de
Execuo
Simples
(CCP)
Duplo
(JSG ou JG)
Triplo
(CJG)
Nmero
de
Hastes
de Ao
Dimetro
das
Colunas
(m)
Perfurao
Haste 1
Jateamento
Haste 2
Haste 1
Haste 2
Haste 3
Calda de
Cimento em
baixa
presso
0,4 0,8
gua em
baixa
presso
0,8 1,8
Ar
Ar
gua em
Calda de
Comprimido
Comprimido
baixa
Cimento em
em baixa
em alta
presso
alta presso
presso
presso
Ar
gua em Comprimido
0,8 2,0
alta presso em alta
presso
Calda de
Cimento em
alta presso
29
Simples
Duplo
Triplo
Figura 2.12 - Croqui com a ilustrao dos trs tipos de hastes existentes no mercado para construo
das colunas de Jet Grouting (Fonte: HUSSIN, 2006)
Pela Tabela 2.1 e Figura 2.12, verifica-se que os trs tipos de mtodos de execuo
para Jet Grouting existentes no mercado diferem-se principalmente pelo nmero de
hastes existentes na base da barra de injeo e a logstica da execuo das fases
de perfurao e jateamento. Pode-se constatar, que medida que o nmero de
hastes vai aumentando, a presso aplicada na camada tratada tambm elevada,
assim como o dimetro das colunas construdas e o custo de execuo.
Na Figura 2.13 apresentado um croqui com as etapas construtivas desta soluo.
Verifica-se que a seqncia executiva desta soluo formada pela cravao do
equipamento, construo da coluna no sentido de baixo para cima e repetio
destas etapas at o total tratamento da camada.
30
Cravao
Comeo a Perfurao
Construo da Coluna
Repetio do Processo
Figura 2.13 - Croqui com as Etapas Construtivas do Processo de Construo das Colunas de Jet
Grouting - (Fonte: HUSSIN, 2006)
2.3.2 Vibrocompactao
31
(a)
(b)
32
Figura 2.15 - Esquema do equipamento de injeo para o mtodo a seco (Fonte: QUINALIA, 2009)
Um esquema ilustrativo geral desta soluo pode ser observado na Figura 2.16.
33
Figura 2.17 - Interao Coluna Camada Natural de uma (a) Coluna Rgida e (b) Coluna Vibrada
(Fonte: Sivakumar, 2004)
Como exemplo real da utilizao desta tecnologia pode ser citada a construo das
ilhas artificiais (Palm Jurneirah, Palm Jabel Ali e Palm Deira), localizadas na cidade
de Dubai, Emirados rabes (AVALLE, 2007).
34
Argilas amolgadas so aquelas que sofreram algum tipo de perturbao fsica que
causou
modificao
parcial ou
total em
sua
estrutura.
resistncia e
35
36
1,1
AMOSTRA
INDEFORMADA
1,0
0,9
NDICE DE VAZIOS
AMOSTRA
AMOLGADA
0,8
0,7
AMOSTRA
PARCIALMENTE
AMOLGADA
0,6
0,5
0,4
0,3
0,1
1,0
10
100
TENSO EFETIVA VERTICAL( tf/foot ) - escala log
37
38
T
D3
(2.19)
Relao de rea: Relao entre a rea da projeo da palheta (2De) e a rea de solo varrido
2
durante a rotao da palheta (D /4).
4
Relao de Permetro: Relao entre a espessura da lmina vezes o nmero total de lminas
e o comprimento da circunferncia gerada na base do cilindro ensaiado (D) (LA ROCHELLE, 1973).
39
PERFURAO
PROFUNDIDADE ABAIXO
DA PERFURAO = 4B (SE APLICVEL)
H/D = 2
H = 130mm
e = 2mm
Para definio desta equao, foi considerado que a fora de cisalhamento aplicada
pela palheta no solo ensaiado mobiliza toda a superfcie do cilindro de ruptura, tanto
na direo vertical com na horizontal, de forma homognea. Entretanto, os trabalhos
apresentados por Donald et al.(1977), Menzies e Merrifield (1980) e Wroth (1984)
ilustraram que esta representao no correta, uma vez que os resultados destes
estudos indicaram que na direo horizontal (superfcies circulares desenvolvidas na
base e no topo do cilindro gerados dentro do solo durante o ensaio) a distribuio
das tenses de cisalhamento no uniforme, tendo valor crescente na direo do
raio, variando de zero na regio do eixo de rotao at a tenso gerada na direo
vertical nas extremidades.
Esta constatao indica que a equao apresentada por Cadling e Odenstad
conservadora e que o fator 0,86, proposto na equao 2.19, poderia ser substitudo
por 0,91 (CHANDLER, 1988). Apesar desta constatao, nos ensaios a serem
apresentados neste trabalho ser mantido a equao proposta por Cadling e
Odenstad, com valor de 0,86, por ser este o valor consagrado no meio geotcnico e
apresentado em bibliografias atuais e respeitadas, como Sousa Pinto (2000), Caputo
(1983) e na prpria ABNT MB 3122/89.
40
41
42
43
44
45
Solo
NSPT
Classificao (Compacidade da
areia ou Consistncia da argila)
<4
Fofa (o)
5a8
9 a 18
19 a 40
Compacta (o)
> 40
<2
Muito mole
3a5
Mole
6 a 10
Mdia (o)
11 a 19
Rija (o)
> 19
Dura (o)
Sousa Pinto (2000) esclarece que este tipo de classificao vlido para os
materiais finos, uma vez que o SPT mede a resistncia da argila, sendo compatvel
a sua correlao com a consistncia deste material. Entretanto, para materiais
arenosos, esta relao no natural, visto que a resistncia deste tipo de material
no depende somente de sua compacidade, alm de estar relacionada ao nvel de
tenses a que ela est submetida. Na prtica, entende-se que o termo
compacidade adotado na classificao da Tabela 2.2 queira mais significar
resistncia, sendo este o conceito assumido no meio profissional.
46
47
A S P + P'
(2.20)
Onde:
48
3.1 Introduo
49
Interligao Rgis
Bittencourt
Interligao Avenida
Papa Joo XXIII
Parque do Emb
Parque de
Itapecerica
Represa
Guarapiranga
Interligao
Imigrantes
Represa
Billing
Interligao Via
Anchieta
50
Figura 3.2
- Imagem de satlite com a posio dos trs braos da represa Billings analisados
Dos trs bolses de solos moles a serem estudados o BSM 3.6 o que apresenta a
maior rea de interferncia com o traado do Rodoanel Sul, porque nesta regio
localiza-se a maior parte da Interseo Imigrantes. Alm das pistas principais do
empreendimento analisado este local tambm inclui alguns ramos de acesso e as
relocaes de algumas vias atualmente existentes.
Este bolso 3.6 encontra-se sob um segmento aproximado de 50,0 m sob as pistas
principais do Rodoanel, alm de estar posicionado na fundao de quatro reas
referentes aos ramos de acesso existentes na regio. A Figura 3.3 apresenta o limite
identificado para este bolso, bem como os trechos de pista a serem implantados
sobre esta regio com solo mole.
51
Figura 3.3
- Planta do BSM 3.6 e locao das sondagens a percusso realizadas nesta regio
52
Figura 3.4
Figura 3.5
- Planta do BSM 305 e locao das sondagens a percusso realizadas nesta regio
53
Figura 3.6
com
aproximadamente
cinco
metros.
Tais
solos
so
constitudos,
54
aluvionares
quaternrios
constitudos
normalmente
por
camadas
irregulares de argilas orgnicas muito moles e de areias finas argilosas fofas, com
cores variando entre o preto, cinza, marrom e amarelo.
Esses solos aluvionares, em geral, possuem espessuras mdias da ordem de 2,0m
a 5,0m, podendo chegar a 8,0m dependendo da localizao e das caractersticas
geotcnicas do bolso de solo mole.
Os nveis da gua do lenol fretico so normalmente rasos.
56
Os boletins das sondagens realizadas nos trs bolses de solos moles analisados
indicaram a presena de solos aluvionares constitudos por: (1) argilas com matria
orgnica, com aparncia turfosa, pedaos de madeira, troncos, folhas e restos de
vegetais em decomposio, cor preta ou marrom, espessuras variando de 0,6 a
4,2 m e NSPT variando entre P/80 a 2 golpes/30cm (consistncia muito mole),
depositadas sobre (2) areia fina e mdia cinza clara, fofa e com espessura mxima
de 1,0m. Esta camada encontra-se sobreposta aos solos residuais do tipo silte
arenoso, pouco argiloso, variegado, fofo a muito compacto e com NSPT de 2 a 25
golpes/30cm.
A foto mostrada na Figura 3.8 apresenta as caractersticas visuais da argila orgnica
cinza escura e preta retirada da regio de estudo.
Figura 3.8
de
simples
reconhecimento
realizadas
durante
etapa
de
foram
realizadas
ao
longo
do
perodo
construtivo
do
57
BSM 3.6
Espessura Espessura
da
Camada da Camada
rea Sondagem
de Aterro Muito Mole
(m)
(m)
Descrio do Material
NSPT da
Camada
Mole
Profundidade
do N.A. (m)
0,50
SP-01
0,00
2,70
SP-02
0,00
2,68
SP-03
0,00
1,60
0,75
SP-04
0,00
1,75
1/48
0,68
SP-05
0,00
2,50
1a2
0,00
SP-3013
2,00
0,75
0,55
SP-3055
1,00
1,15
1/45
0,20
SP-3056
0,90
2,60
1/20
0,08
SP-3073
1,80
2,80
1/48 a 2
0,21
SP-3074
0,95
3,00
1/60 a 1/20
0,12
SP-3087
0,67
3,13
1/20 a 3
3,06
SP-3088
0,60
4,40
1/20
5,28
SP-3090
1,50
2,20
P/60 a P/48
---
SP-4400
1,50
3,35
P/70 a 2
2,03
SP-4401
1,25
2,75
1a2
2,80
SP-4402
1,00
0,85
4,90
SP-4403
0,90
0,60
4,45
SP-4404
2,80
0,75
5,05
0,75
(Continua)
58
(Continuao)
rea 1
BSM 305
Espessura Espessura
rea Sondagem da Camada da Camada
de Aterro Muito Mole
(m)
(m)
Descrio do Material
NSPT da
Camada
Mole
Profundidade
do N.A. (m)
SP-09
0,00
3,60
1a2
1,15
SP-11
0,00
3,00
P/46 a 1
0,15
SP-3077
0,00
3,79
P/30 a 3
-1,70 (lmina
dgua)
SP-4420
0,00
3,80
1/24 a 2
0,76
SP-4422
0,90
4,04
SP-4423
0,40
3,40
1/40 a 2
1,01
SP-4425
0,40
2,50
2,38
SP-4426
0,00
4,20
P/80 a 1
-1,80 (lmina
dgua)
SP-4427
0,00
3,50
P/70 a 1
-1,50 (lmina
dgua)
SP-3079
0,40
1,66
1/45
2,32
SP-3080
0,98
3,52
1/50 a 1
0,31
SP-3081
0,90
0,60
0,88
0,47
59
Identificao
VT-1125
VT-1127
Profundidade (m)
sU Indeformado
(kPa)
sU Amolgado
(kPa)
Sensitividade
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
16,6
16,3
10,8
15,6
12,4
3,9
6,2
4,8
23,0
33,7
1,2
3,5
2,6
7,3
2,5
0,9
1,1
4,2
17,0
12,6
14,0
4,7
4,1
2,1
4,9
4,5
5,9
1,2
1,4
2,7
(Continua)
60
(Continuao)
Identificao
Profundidade (m)
sU Indeformado
(kPa)
sU Amolgado
(kPa)
Sensitividade
VT-1128
1,0
2,0
3,0
5,0
6,00
3,2
4,7
6,4
34,2
19,0
2,1
3,9
1,2
4,0
13,2
1,5
1,2
5,2
8,6
1,4
Cada um destes ensaios foi avaliado de forma independente, com base nas
informaes obtidas nas sondagens de referncia executadas ao lado do ponto
ensaiado. As informaes obtidas para cada situao esto apresentadas nas
Figuras 3.9 a 3.11.
Figura 3.9
61
62
63
4.1 Introduo
Para fazer a escolha de qual a melhor soluo de tratamento a ser adotada em uma
obra que envolve a implantao de aterros sobre depsitos de solos moles so
analisados vrios fatores de influncia, tais como: caracterstica do material de
fundao, dimenses da obra, tcnicas e materiais disponveis, carregamento
adicional a ser imposto na fundao, cronograma e finalidade do empreendimento.
Coutinho e Bello (2005) resumiram atravs do fluxograma apresentado na Figura 4.1
as solues tpicas mais utilizadas em problemas desta natureza.
-Escavao mecnica
-Deslocamento pelo peso do aterro
-Deslocamento pelo jato dgua
-Remoo por bomba de suco
-Deslocamento por exploso
Adensamento Normal
(sem estabilizao do
depsito mole)
SOLUES
TPICAS
-Estacas convencionais
-Estacas de alvio
-Colunas de areia/brita
Construo em
ritmo normal
Construo
demorada
Construo direta do
aterro sobre solo mole
Utilizao de sobrecargas
Adensamento Acelerado
(com estabilizao do
depsito mole)
-Areia
-Pr-fabricado
-Geotextil
Compactao dinmica
Combinao de solues
(ex.: construes por etapas drenos verticais
Contornar o trecho de solo compressvel
Figura 4.1
64
65
E - 163810.6539
N - 226131.6341
4,00
E - 163774.8163
N - 226110.9570
N
75
REA TRATADA
COM CONSOLIDAO
PROFUNDA RADIAL
31895
E - 163759.4086
N - 226188.7829
E - 163707.5329
N - 226154.7393
E - 163743.9851
N - 226209.3871
E - 163695.2382
N - 226162.9190
E=163695.466
N=226168.279
E - 163691.6545
N - 226175.3866
E - 163742.4260
N - 226213.5703
O.A.E. 305
25
30
10
15
20m
(a)
755
PISTA EXTERNA
RAMO
RODOANEL
PISTA INTERNA
RAMO
O.A.E. 305
750
COLCHO
DRENANTE
CPR
DIQUE DE RACHO
745
~28,00m
740
735
-70
-60
Figura 4.2
-50
-40
-30
-20
-10
LB
10
20
30
40
(b)
- (a) Planta de locao das solues de tratamento utilizadas no BSM 305 e (b) seo
tpica
66
Figura 4.3
molhada
para
necessariamente saturada.
ser
bombeada
adequadamente,
porm
no
67
Figura 4.4
68
Drenos Verticais
Bulbos de
Compresso
Camada Mole
Tratada
Figura 4.5
69
rea a ser tratada. Nesta etapa, utiliza-se maquinrio de esteira e torre com
altura compatvel profundidade do solo a ser melhorado.
No caso na obra do Rodoanel Sul os drenos utilizados foram implantados em
malha quadrada de 1,70 m de lado. A Figura 4.6 ilustra a execuo deste servio.
Figura 4.6
Cravao dos Tubos: Esta etapa pode ser realizada em paralelo cravao dos
drenos ou aps a concluso deste servio. Nela, so posicionados e instalados
os tubos de bombeamento, responsveis por guiar o grout at o ponto de
gerao dos bulbos. Cada um desses equipamentos posicionado no centro da
malha de geodrenos j instalada, estando espaados na mesma distncia destes
dispositivos drenantes. A Figura 4.7 ilustra o posicionamento destes tubos na
regio tratada no empreendimento estudado.
70
Figura 4.7
71
(a)
(b)
Figura 4.8 - Bombeamento do bulbo na (a) cota inferior e (b) na prxima posio vertical
72
73
posicionados
sobre
esteiras
hidrulicas
denominados
de
74
765
PR/MS
(PROJ.)
PZ
(PROJ.)
PZ
(PROJ.)
760
MS
MS
755
750
745
LEGENDA:
740
CAMADA
COMPRESSVEL
PR - PLACA DE RECALQUE
PZ - PIEZMETRO
735
-30
-20
-10
LB
10
20
30
75
76
5.1 Introduo
77
78
Tabela 5.1 - Informaes das placas de recalque analisadas nas reas com aterro de sobrecarga
com e sem drenos
Soluo
Local
Sondagem
de
Referncia
h
(m)
Hd
(m)
NA
Ho
(m)
HP
(m)
Hsc
(m)
'vo
'vf
(kN/m )
(kN/m )
SP-4402
0,85
0,85
5,88*
1,00
5,00
3,50
20,0
173,0
SP-4403
0,60
0,60
4,45*
0,90
4,50
3,50
16,8
160,8
SP-3056
2,60
1,30
0,08
0,90
9,50
3,50
9,6
243,6
SP-3073
2,80
1,40
0,21
1,80
8,50
3,50
14,9
230,9
SP-3074
3,00
1,50
0,12
0,95
10,0
3,50
11,0
254,0
SP-02
2,68
1,34
0,75
0,00
8,00
3,50
12,9
219,9
10
SP-04
1,75
0,88
0,68
0,00
11,0
3,50
10,3
271,3
1=2
SP-3080
3,52
1,76
0,31
0,98
9,00
3,50
14,1
239,1
SP-01R*
1,36
1,36
1,41
2,82
5,3
3,5
28,1
186,5
SP-02R*
1,11
1,11
1,77
1,97
5,8
3,5
27,8
195,2
BSM
3.6
rea
1
Com
Drenos
Verticais
Placa
BSM
3.6
h
(m)
SP-7
2,37
1,19
2,78
3,50
6,93
SP-15
3,97
1,99
1,55
1,92
SP-5
2,49
1,25
3,47
SP-9
2,70
1,35
SP-4
3,07
SP-3
3,63
Placa
Hd
(m)
NA
Hlanc
(m)
HP
(m)
Hsc
(m)
Camada
Aluvionar
'vo
'vf
2
Aterro Lanado
antes do CPR
'vo
'vf
2
(kN/m )
(kN/m )
(kN/m )
(kN/m )
2,00
44,8
207,4
24,5
185,3
5,80
2,00
26,3
171,5
13,4
153,8
3,51
6,98
2,00
50,7
215,4
24,6
186,2
2,81
3,30
6,44
2,00
44,3
198,7
23,1
175,1
1,54
2,69
2,83
6,86
2,00
41,9
203,9
19,8
179,3
1,82
2,79
3,10
6,52
2,00
43,8
200,8
21,7
175,0
Onde:
Hlanc: Espessura do aterro lanado na regio tratada com o CPR, antes da execuo do tratamento.
79
' vo
(5.1)
5 ln
2
Hd
12t
(5.2)
A equao (5.2) vlida apenas para a situao com ocorrncia de apenas fluxo
vertical, ou seja, para casos sem a existncia de drenos verticais instalados na
camada compressvel. Quando verificada a existncia destes dispositivos de
drenagem, o Mtodo de Asaoka deve ser alterado para levar em conta a ocorrncia
da percolao tanto no sentido vertical como no horizontal (MASSAD, 1985). Nesses
casos, deve-se utilizar a equao apresentada a seguir:
2,5
cv
ch
ln
+ 8
=
2
2
t
Hd
m de
(5.3)
80
Destaca-se que este mtodo de clculo foi escolhido para ser utilizado neste
trabalho, visto a sua possvel utilizao para casos com existncia de fluxo
horizontal, possibilitando a estimativa do coeficiente ch.
Ressalta-se que o Mtodo de Asaoka s pode ser aplicado aps transcorridos 60%
de adensamento, sendo vlido apenas para relaes exponenciais (MASSAD,
1982). Portanto, torna-se indispensvel o conhecimento da estimativa do recalque
final para a correta aplicao do mtodo.
Sousa Pinto (2001b) esclarece que a utilizao desta metodologia pode induzir a
erros, visto que no h uma maneira simples de determinar quando a ocorrncia do
adensamento secundrio passa a interferir significativamente no desenvolvimento
dos recalques. Neste trabalho recomendado que os dados obtidos pela aplicao
do Mtodo de Asaoka sejam comprovados atravs da comparao entre a curva de
campo e a curva terica obtida pela utilizao dos valores encontrados.
Para determinao da relao Cc/(1+e0) foi utilizado o valor do recalque primrio
obtido pelo Mtodo de Asaoka e a equao geral para o clculo de recalques,
apresentada a seguir:
Cc
C
log vf + r log a
a 1 + eo
vo
1 + eo
prim. = h
(5.4)
Para cada uma das dezessete placas de recalque monitoradas nas regies de
interesse foram gerados grficos com as leituras realizadas em campo, referentes
subida do aterro e os recalques em funo do tempo. Estes grficos encontram-se
apresentados no Apndice B deste documento.
81
82
Mtodo de Asaoka
Soluo com Aterro de Sobrecarga
90
80
70
n +1 (cm )
60
PR-03 (adotado t=7dias)
50
40
30
10
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n (cm)
Figura 5.1 - Representao grfica de Asaoka para as placas de recalque locadas nos trechos com
a soluo de aterro de sobrecarga sem drenos verticais
Mtodo de Asaoka
Soluo com Aterro de Sobrecarga + Drenos Verticais
90
80
70
n+1 (cm)
60
50
40
30
20
10
45
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n (cm)
Figura 5.2 - Representao grfica de Asaoka para as placas de recalque locadas no trecho com a
soluo de aterro de sobrecarga com drenos verticais
83
Mtodo de Asaoka
Soluo com Consolidao Profunda Radial
90
80
70
n+1 (cm)
60
50
40
PR-01 (adotado t=7dias)
30
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n (cm)
Figura 5.3 - Representao grfica de Asaoka para as placas de recalque locadas na regio com
tratamento do tipo Consolidao Profunda Radial
Cada uma das curvas traadas e apresentadas nas Figuras 5.1 e 5.3 foi aproximada
a uma reta, cujos valor do coeficiente angular e da ordenada do cruzamento com a
linha a 45 (equivalente ao recalque primrio total ) foram medidos. Destaca-se que
para todos os casos analisados foi utilizado o mesmo espaamento no tempo (t),
equivalente a 7 dias.
Para a soluo com aterro de sobrecarga sem drenos verticais foi encontrado
apenas o valor de cv, uma vez que, para esta situao ocorre, praticamente, apenas
fluxo vertical.
Verifica-se a ocorrncia de fluxo na direo horizontal e vertical, concomitantemente,
tanto para a soluo identificada como aterro de sobrecarga e drenos verticais,
como para a consolidao profunda radial. A anlise destas situaes foram
baseadas na geometria da seo transversal dos drenos fibroqumicos instalados
(dw =6,62cm) e no dimetro de influncia destes dispositivos (de = 1,70m).
84
Aterro de Sobrecarga
Soluo
Local
BSM
3.6
Consolidao Profunda
Radial
Com
Drenos
Verticais
rea
BSM
3.6
BSM
305
PR
Hd (m)
prim. total
(m)
ln()/t
2,5/Hd
8/m.de
0,85
0,09
0,26
0,60
0,09
0,23
1,30
0,56
0,40
1,40
0,45
0,54
1,50
0,53
0,54
1,34
0,40
0,47
10
0,88
0,38
0,47
1=2
1,76
0,75
0,59
1,36
0,20
0,21
2,58x10
1,11
0,19
0,19
2,73x10
2,94
0,63
0,42
1,42x10
2,95
0,60
0,41
1,46x10
3,00
0,66
0,43
1,38x10
3,00
0,67
0,50
1,15x10
2,95
0,56
0,49
1,19x10
3,37
0,52
0,46
1,30x10
-6
1,35x10
-6
2,03x10
-6
2,90x10
-6
2,88x10
-6
2,78x10
-6
2,78x10
-6
2,87x10
-6
2,21x10
-4
1,11x10
-4
-4
1,11x10
-5
1,11x10
-5
1,11x10
-5
1,11x10
-5
1,11x10
-5
1,11x10
-5
1,11x10
-4
-4
-4
-4
-4
-4
-4
85
=
Equao A:
t
tc
=
Equao B:
2c v
H d
4c v
H d 2
t 3/ 2
(5.5)
t
t t c
2
1/ 2
(5.6)
(c / H d 2 )(t tc )+ 0, 0851 1 / 2
v
0 , 933
= 1 10
t
Equao C
(5.7)
aps
construo,
sendo
que
primeira
representa
BSM 3.6
PR
Incio da
Construo
tc (dia)
04/06/2009
04/06/2009
15/05/2009
26
86
PR-03
0
-20
Recalque (mm)
-40
Equao A:
Instrumentao
-60
Equao C:
Equao B:
Trmino da Construo do Aterro
-80
-100
-120
0
10
15
20
25
30
35
40
Figura 5.4
- Grfico comparativo entre a curva de campo e a curva terica obtida a partir dos
resultados do Mtodo de Asaoka - Placa de Recalque 03
87
PR-04
0,0
-20,0
Recalque (mm)
-40,0
Instrumentao
Equao A:
Equao B:
Equao C:
Final da Construo do Aterro
-60,0
-80,0
-100,0
-120,0
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Figura 5.5
- Grfico comparativo entre a curva de campo e a curva terica obtida a partir dos
resultados do Mtodo de Asaoka - Placa de Recalque 04
PR-05
0,0
-50,0
-100,0
-150,0
Recalque (mm)
-200,0
-250,0
Instrumentao
Equao A:
Equao C:
Final da Construo do Aterro
-300,0
-350,0
-400,0
-450,0
-500,0
-550,0
-600,0
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Figura 5.6
- Grfico comparativo entre a curva de campo e a curva terica obtida a partir dos
resultados do Mtodo de Asaoka - Placa de Recalque 05
88
Local
BSM
3.6
rea 1
PR
h (m)
RSA
Prim.
'a
2
(kN/m )
Asaoka
(m)
(%)
Cc/(1+eo)
cv
2
(10 cm /s)
-3
0,85
1,23
24,51
0,09
10,6
0,177
0,60
1,52
25,58
0,09
15,0
0,229
2,60
2,93
28,12
0,56
21,5
0,236
10
2,80
1,77
26,36
0,45
16,1
0,179
3,00
2,59
28,44
0,53
17,7
0,194
2,68
2,13
27,35
0,40
14,9
0,173
10
1,75
2,81
28,91
0,38
21,7
0,227
1=2
3,52
1,90
26,75
0,75
21,3
0,224
11
89
90
Tabela 5.6 - Valores de Cc/(1+eo) e cv conhecidos para alguns solos brasileiros (Fonte: Massad, et
al. (1992) e Massad (2009))
campo
Local
Cc/(1+eo)
cv
-3
2
(10 cm /s)
Aluvies Quaternrios
de So Paulo
0,13 0,51
(0,25)
1-5
Mangue da Baixada
Santista
0,35 0,39
(0,36)
1-9
Mangue do Rio de
Janeiro
0,30 0,50
(0,41)
0,4 - 60
Mangue de Recife
0,45
Mangue de Vitria
0,22
Local
BSM
3.6
PR
RSA
Prim.
'a
2
(kN/m )
Asaoka
(m)
(%)
Cc/(1+eo)
cv
-3
(10
2
cm /s)
ch
-3
(10
2
cm /s)
1,00
28,10
0,20
14,7
0,178
14
1,00
27,80
0,19
17,1
0,207
11
91
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
Deformao (%)
10
15
20
25
Figura 5.7
92
Da anlise pelo Mtodo de Asaoka foram obtidos, para as seis placas de recalque
locadas no trecho tratado com a tcnica em discusso, os resultados apresentados
na Tabela 5.8. Cabe relembrar que, na rea monitorada, foram instalados drenos
verticais espaados a cada 1,7 m, aterro de sobrecarga temporria com altura de
2,0m e as colunas de grout no foram consideradas drenantes, visto que no foram
executadas at o topo da camada.
Tabela 5.8 - Resumo dos resultados obtidos da instrumentao realizada na regio tratada com a
Consolidao Profunda Radial
Prim.
Local
PR
Asaoka
(%)
cv
-3
(10
2
cm /s)
ch
-3
(10
2
cm /s)
(m)
BSM
305
0,63
10,7
11
0,60
10,2
11
0,66
11,0
11
0,67
11,2
0,56
9,5
0,52
7,7
10
93
Logaritmo de '/'o
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
Deformao (%)
10
15
20
25
Figura 5.8
A deformao mdia encontrada para os casos com CPR foi de 10,0%, o que
equivale a 58% da porcentagem encontrada para a situao com apenas o aterro de
sobrecarga (=17,35%, conforme indicado pela Figura 5.5). Entretanto, a
comparao entre estas deformaes mdias prejudicada pela dificuldade de
avaliar a RSA da camada aps o tratamento, pela diferena entre as tenses mdias
aplicadas nas duas situaes, e o provvel amolgamento da camada de solo mole
ocorrido durante a introduo da massa de grout formadora das colunas do
processo.
Assim, para possibilitar a avaliao do CPR na reduo da deformabilidade da
camada compressvel com o tratamento, foram estimados os recalques previstos
para a situao sem o tratamento, sendo este valor comparado com os medidos nas
instrumentaes.
As placas de recalque posicionadas na regio tratada com o CPR foram instaladas
no topo de um aterro siltoso, lanado sobre a camada compressvel original para
possibilitar a execuo dos trabalhos de tratamento. Assim, os resultados obtidos
94
95
Aterro Lanado
'vo
'vf
Prim.
(m)
Prim Total
Calc.(m)
h (m)
'vo
'vf
Prim.
(m)
Hlanc.
(m)
2,37
44,76
207,35
0,33
3,50
24,50
185,31
0,63
0,97
3,97
26,31
171,50
0,69
1,92
13,44
153,82
0,42
1,11
2,49
50,68
215,36
0,33
3,51
24,57
186,21
0,63
0,97
2,70
44,35
198,69
0,37
3,30
23,10
175,09
0,60
0,97
3,07
41,89
203,86
0,45
2,83
19,81
179,31
0,56
1,01
3,63
43,81
200,85
0,51
3,10
21,70
174,99
0,58
1,09
Na realidade, sabe-se que no foi este o recalque primrio final ocorrido na regio
tratada, mas sim o obtido na interpretao das curvas de recalque apresentadas no
Apndice B. O aumento de compressibilidade observado na regio tratada devido
execuo do CPR pode ento ser obtida pela comparao entre o real recalque de
campo e o terico, calculado pela teoria de Terzaghi para a situao no tratada. A
Tabela 5.10 apresenta a comparao destes valores, bem como a porcentagem de
reduo do recalque.
Tabela 5.10 - Porcentagens de reduo da deformabilidade com o tratamento
Placa de
Recalque
Prim Total
Calc.(m)
Asaoka.(m)
Prim Total
Reduo do
Recalque (%)
0,97
0,63
35
1,11
0,60
46
0,97
0,66
32
0,97
0,67
31
1,01
0,56
45
1,09
0,52
52
96
A Tabela 5.10 indica que a soluo identificada como Consolidao Profunda Radial
reduziu, em mdia, 40% dos recalques esperados na rea tratada. Este valor deve
ser relacionado s caractersticas de execuo da soluo, ou seja, bulbos com
dimetro aproximado de 0,8 m e espaados a cada 1,7 m.
Entende-se que o CPR cause na camada tratada um efeito combinado entre o
amolgamento do solo, decorrente da formao violenta dos bulbos, e o enrijecimento
da camada mole devido ao acrscimo da resistncia mdia provocado pelas colunas
com material menos compressvel. Mensurar a intensidade e a influncia destes
mecanismos frente ao comportamento da camada compressvel vai alm dos
objetivos deste trabalho. O que se pode concluir que, para as condies adotadas
neste projeto e os solos locais existentes, a reduo dos recalques foi da ordem de
40%. Entretanto, este valor est diretamente relacionado com a deformabilidade da
camada lanada existente na regio tratada, conforme discutido no item a seguir.
Cc/(1+eo)
Reduo do
Recalque
(%)
0,210
40
0,150
29
0,100
14
0,065
97
5.4.5 Resumo
Com base nos resultados obtidos para as trs solues instrumentadas e analisadas
neste documento, foram encontrados alguns parmetros de deformabilidade para a
camada aluvionar existente nos braos da represa Billings, na regio prxima
Interseo Imigrantes. A Tabela 5.12 apresenta estes resultados.
Tabela 5.12 - Parmetros de deformabilidade obtidos para a camada aluvionar localizada nos braos
da represa Billings, na proximidade da Interseo Imigrantes
Espessura
(m)
'a
2
(kN/m )
RSA
Cc/1+eo
cv
2
(10 cm /s)
ch
2
(10 cm /s)
At 4,20
~ 27
1,2 3,0
0,21
12
-3
-3
98
99
6 GANHOS DE RESISTNCIA
100
E - 163810.6539
N - 226131.6341
10
20m
15
E - 163774.8163
N - 226110.9570
REA DE TRATAMENTO
COM A CONSOLIDAO
PROFUNDA RADIAL
FASE B
75
RAMO
E - 163767.846
N - 226163.454
E - 163750.681
N - 226152.244
RODOANEL
PISTA EXTER
NA
31895
FASE A
E - 163760.464
N - 226171.584
E - 163743.299
N - 226160.384
E - 163759.4086
N - 226188.7829
N
RODOANEL
PISTA INTER
NA
E - 163707.5329
N - 226154.7393
Figura 6.1 - Locao em planta das reas tratadas com CPR nas Fases A e B
101
NSPT (golpes/30cm)
2,50
5,00
0,00
2,50
5,00
0,0
0,0
1,0
1,0
1,0
2,0
2,0
2,0
3,0
4,0
Profundidade (m)
0,0
Profundidade (m)
Profundidade (m)
0,00
3,0
4,0
Mximo
Mdia
6,0
Mnimo
5,0
Mdia
6,0
(a)
40
60
80
100
120
3,0
4,0
Mximo
Mnimo
5,0
20
NSPT
5,0
qd
6,0
(b)
(c)
Figura 6.2 - Valores mnimos, mdios e mximos de qd (a) e NSPT (b) e coeficiente de variao (c)
para os ensaios SPT e DPL executados antes do tratamento
102
Castillo et al. (2001) recomenda que os valores de resistncia de ponta medidos nos
ensaios do tipo DPL sejam sempre calibrados com base nos furos de SPT
realizados na vizinhana. Esta medida indicada em virtude da falta de estudos que
confirmem a real relao entre os qd obtidos pelo DPL e ensaios mais consagrados,
como o SPT e o CPT. Assim, os resultados obtidos para os dois ndices de
resistncia (qd e NSPT), medidos antes da execuo do tratamento, foram avaliados e
resultaram em uma correlao confivel para a regio estudada.
Os resultados mdios obtidos a partir dos valores encontrados para cada ensaio,
sem qualquer tipo de correo, foram confrontados, entre as profundidades de 2,0 a
6,0m. Para facilitar a anlise, foi adotada uma correlao linear, passando pela
origem, conforme apresentada na Figura 6.3 e representada pela equao 6.1.
q d = 0,91 N SPT
(6.1)
103
3,00
2,50
qd (Mpa)
2,00
y = 0,91x
R 2 = 0,7768
1,50
1,00
0,50
0,00
0
NSPT
O valore de R2 igual a 0,78 indica que a regresso linear utilizada foi bem ajustada,
sendo a correlao considerada satisfatria.
104
10
75
20m
15
FASE A
Figura 6.4 - Planta com a locao dos ensaios realizados na Fase A aps o CPR
75
0
31895
DP -17
30
10
15
20m
Figura 6.5 - Locao dos ensaios realizados na Fase B - Aps o tratamento com CPR
105
Pela Figura 6.5 verifica-se que dos 17 ensaios do tipo DLP realizados na Fase B
apenas 15 esto localizados na regio de interesse, estando os outros dois furos
locados nos encontros da obra de arte a ser construda na regio. Estes 2 ensaios,
identificados como DP-16 e DP-17, foram realizados para avaliar o comportamento
nas regies dos encontros desta obra de arte e no sero discutidos neste trabalho.
Todos os ensaios realizados aps o trmino do tratamento foram analisados e
separados em trs grupos, diferenciados pela posio em relao s colunas de
grout implantadas. A Tabela 6.1 indica os grupos criados para permitir a anlise do
ganho de resistncia em diferentes pontos da regio tratada.
Tabela 6.1. - Identificao dos grupos utilizados para a anlise dos ensaios
Grupo
Posio
(a)
(b)
(c)
Nmero de Ensaios
DPL
SPT
6
5
11
11
7
12
106
Tabela 6.2. - Valores de qd (MPa) obtidos em funo da profundidade para todos os ensaios de DPL
realizados aps o tratamento com CPR
Profundidade (m)
(c)
Solo Natural
Ensaios
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
A1
1,42
1,25
0,43
0,43
0,94
1,16
A2
1,65
0,83
0,7
0,28
1,39
1,68
A3
0,17
0,15
0,43
0,33
1,14
1,15
A4
1,14
0,76
0,47
0,56
0,59
1,37
A5
1,72
0,86
0,34
0,16
0,85
1,03
A6
1,01
0,9
0,54
0,18
0,73
1,01
DP 9
1,69
3,00
3,09
2,62
2,11
1,88
DP13
1,75
3,88
6,21
5,32
5,06
5,27
DP14
0,73
1,17
2,93
5,29
1,16
1,49
DP 03
0,92
0,93
3,68
2,68
6,13
3,11
DP 06
2,34
1,51
1,63
3,61
7,66
5,67
DP 09
0,98
1,11
2,02
11,27
3,14
2,30
DP 7
0,62
0,53
0,53
1,97
0,96
4,60
DP 8
0,81
0,49
0,81
1,32
1,27
1,60
DP 11
1,53
0,52
1,43
1,61
0,92
1,18
DP 12
0,75
0,47
0,57
1,95
1,60
2,44
DP 04
1,17
0,69
0,61
0,81
1,74
2,30
DP 05
0,55
0,67
0,69
0,64
0,94
1,25
DP 08
1,67
1,57
1,16
2,79
1,66
1,77
DP 10
1,27
1,38
1,30
1,11
4,68
5,75
DP 12
1,11
1,11
1,99
2,20
2,54
2,26
DP 13
0,89
0,79
1,64
3,82
1,94
2,44
DP 15
0,86
0,59
0,36
DP 10
0,73
1,01
1,88
2,76
0,86
5,39
DP 15
0,89
1,14
4,19
3,76
1,00
2,24
DP 01
1,04
0,66
2,29
1,46
5,60
DP 02
0,98
0,96
0,95
1,41
1,70
3,51
DP 07
0,42
2,07
1,70
1,54
1,94
1,65
DP 11
2,58
1,19
1,08
1,91
2,75
2,66
DP 14
1,56
0,87
0,74
1,02
1,67
2,94
107
qd (MPa)
qd (MPa)
2,50
5,00
7,50
10,00
12,50
0,00
2,50
5,00
7,50
qd (Mpa)
10,00
12,50
0,0
0,0
0,0
1,0
1,0
1,0
2,0
3,0
4,0
2,0
3,0
Mdia
4,0
Mximo
Mnimo
2,5
5,0
7,5
12,5
3,0
4,0
Mdia
5,0
Mximo
5,0
Mnimo
max
6,0
10,0
2,0
Mnimo
Mdia
5,0
Profundidade (m)
0,0
Profundidade (m)
Profundidade (m)
0,00
Meio da Coluna
6,0
(a)
6,0
(b)
(c)
Figura 6.6 - Valores mnimos, mdios e mximos de qd para os ensaios DPL realizados pos o
tratamento com CPR na coluna (a), entre as colunas (b) e prximas aos drenos (c)
0,00
0,0
1,00
2,00
qd (MPa)
3,00
4,00
5,00
Solo Natural
1,0
Meio das Colunas (a)
PROFUNDIDADE (m)
2,0
Prximo aos Geodrenos (c)
3,0
4,0
5,0
6,0
6,00
108
A partir dos dados plotados na Figura 6.7 foram comparados os resultados obtidos
nos ensaios realizados antes e depois da execuo da Consolidao Profunda
Radial (CPR), levando em considerao as diferentes posies em relao coluna
de grout avaliadas. Pode-se observar que houve um acrscimo considervel de
resistncia ao se comparar os ensaios prvios (solo natural) com os da posio (a),
ou seja, na regio das colunas. Na realidade, parte do material ensaiado nesta
posio o prprio grout inserido durante a realizao do tratamento.
Os resultados apresentados para a posio prxima aos drenos (c) tambm
indicaram um aumento representativo na resistncia de ponta, indicando a
ocorrncia da dissipao de presso neutra gerada durante a formao das colunas.
Na posio (b) (entre as colunas de grout e o geodrenos) observa-se um menor
aumento da resistncia de ponta, o que pode ser explicado pela maior distncia de
drenagem, causada pelo afastamento dos drenos. Estima-se, que as presses
neutras no tinham sido totalmente dissipadas na poca dos ensaios e acredita-se
que, ao longo do tempo, esta curva ir se aproximar cada vez mais da curva
representativa da regio reproduzida pela curva (c).
Pela anlise das diferentes regies ensaiadas constatou-se que o ganho de
resistncia da camada tratada no foi homogneo. Entretanto, para anlise do
comportamento mecnico de toda a camada tratada foi considerada uma condio
homognea, com parmetro su representativo do comportamento de todos os
materiais existentes. Assim, em virtude dos resultados obtidos nos ensaios de DPL,
foi considerado que a resistncia da camada final, aps tratamento, teve um
aumento de 150%, uma vez que a resistncia no drenada (su) da camada passou
de 6,35 kN/m (item 3.4) para 15,9 kN/m, conforme ser demonstrado nos
pargrafos a seguir.
O parmetro de resistncia su representativo da nova situao, isto , das camadas
de solos moles associadas s colunas de CPR, foi obtido pela interpolao dos qd
encontrados para a situao aps o tratamento, com o valor da resistncia no
drenada original da camada orgnica local, como apresentado na Tabela 6.3.
Verifica-se que para su inicial de 6,35 kN/m foi associada uma mdia final das
leituras de qd igual a 0,83 MPa. Esta relao de su=6,35 kN/m para qd de 0,83 foi
109
(c)
20cm do Geodreno
Meio das
Colunas (a)
Solo Natural
Ensaios
A1
A2
A3
A4
A5
A6
DP 9
DP13
DP14
DP 03
DP 06
DP 09
DP 7
DP 8
DP 11
DP 12
DP 04
DP 05
DP 08
DP 10
DP 12
DP 13
DP 15
DP 10
DP 15
DP 01
DP 02
DP 07
DP 11
DP 14
Somatria de qd
at 6,0m
5,63
6,53
3,37
4,89
4,96
4,37
14,39
27,49
12,77
17,45
22,42
20,82
9,21
6,30
7,19
7,78
7,32
4,74
10,62
15,49
11,21
11,52
9,21
12,63
13,22
11,05
9,51
9,32
12,17
8,80
Mdia de qd
0,94
1,09
0,56
0,82
0,83
0,73
2,40
4,58
2,13
2,91
3,74
3,47
1,54
1,05
1,20
1,30
1,22
0,79
1,77
2,58
1,87
1,92
1,54
2,11
2,20
2,21
1,59
1,55
2,03
1,47
Mdia Final de qd
por Posio
su (kN/m )
0,83
6,35
3,20
24,62
1,48
11,37
1,87
14,37
110
111
Meio da Coluna
Entre as Colunas
NSPT (golpes/30cm)
20
30
NSPT (golpes/30cm)
0,0
0,0
1,0
1,0
2,0
3,0
4,0
10
10
0,0
Mdia
Mdia
1,0
Mximo
Mximo
Mnimo
Mnimo
2,0
Profundidade (m)
10
Profundidade (m)
Profundidade (m)
NSPT (golpes/30cm)
3,0
4,0
2,0
3,0
4,0
Mdia
5,0
Mnimo
5,0
5,0
6,0
6,0
Mximo
6,0
(a)
(b)
(c)
Figura 6.8 - Valores mnimos, mdios e mximos de NSPT para os ensaios realizados sobre a coluna
(a), entre as colunas (b) e prximas aos drenos (c)
NSPT (golpes/30cm)
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
0,0
1,0
PROFUNDIDADE (m)
2,0
3,0
4,0
Solo Natural (A)
Meio das Colunas (a)
5,0
Entre as Colunas (b)
Prximas ao Geodrenos (c)
6,0
Figura 6.9 - Valores mdios de NSPT Ensaios antes e depois do tratamento com CPR
112
Atravs dos resultados dos ensaios executados na regio tratada com a tecnologia
denominada de Consolidao Profunda Radial foi avaliado o ganho de resistncia
adquirido pelas camadas tratadas, considerando uma camada nica homognea.
Confrontados os resultados obtidos nos ensaios de SPT e DPL, apresentados na
Tabela 6.4 a seguir, constatou-se que os dois modelos de ensaios realizados
apresentaram parmetro de resistncia muito prximos.
Tabela 6.4. - Valores de su aps o tratamento com o CPR
Parmetros de
Resistncia
DPL
SPT
su (kN/m)
15,9
16,1
113
Por fim, vale relembrar que esta porcentagem de 150% de aumento de resistncia
foi obtida considerando uma camada homognea, o que na realidade no o que
ocorre no campo a partir da heterogeneidade da camada natural, alm da incluso
do grout. Outra considerao da metodologia adotada nestes estudos realizados foi
admitir a influncia da presso neutra nos valores de resistncia obtidos e
considerados como representativos da camada tratada nos ensaios do tipo DPL.
114
75
745
RO DO ANE L
PIS TA EXT ERN
REA DE TRATAMENT O
COM CONSOLID AO
PROFUNDA RADIAL
31895
E - 163746.5431
N - 226182.0144
E - 163759.4086
N - 226188.7829
E - 163739.0187
N - 226177.0765
RO DO ANE
L
PIS TA INT ERN
E - 163707.5329
N - 226154.7393
FASE A
745
E - 163739.3502
N - 226192.9750
REA DE ESTABILIZ AO
COM CIMENTO
E - 163695.2382
N - 226162.9190
745
FASE B
E - 163743.9851
N - 226209.3871
E - 163731.8257
N - 226188.0370
E - 163742.4260
N - 226213.5703
E - 163691.6545
N - 226175.3866
O.A.E.
30
745
25
10
15
20m
115
(a)
(b)
Figura 6.11 - Extrao das amostras naturais (a) extrao e (b) estocagem
116
Aps a anlise de todos os corpos de prova dessa fase, ficou evidente que no
houve nenhum ganho significativo na resistncia das misturas. Mesmo aps 21 dias
foi verificado, para todas as taxas analisadas, que o material continuou com
consistncia muito mole e sem capacidade de suportar o aterro previsto. A partir
desta concluso as taxas de cimentos at 200 kg/m3 foram abandonadas como
possveis alternativas, e uma nova campanha de ensaio foi programada.
Nesta nova fase foram ensaiados corpos de prova com taxas de 300, 400 e
500 kg/m. Com o mesmo procedimento aplicado na fase anterior, contatou-se que
as misturas com teores elevados, principalmente as com 400 e 500 kg/m3,
adquiriram resistncia muito boa logo nos primeiros dias, gerando uma mistura
extremamente rija. A partir destes resultados, concluiu-se que a dosagem
necessria para estabilizar a camada tratada poderia ser inferior a 400 kg/m3, mas
deveria ser superior a 300 kg/m3.
Assim, para calibrar a taxa de cimento real a ser utilizada em campo foram
moldados novos corpos de prova com 340, 360 e 380 kg/m3. Nesta etapa, alm do
ensaio de penetrao da barra de ferro, foram executados ensaios de compresso
simples, aos 2, 7,14 e 28 dias aps a moldagem dos corpos de prova, cujos
resultados esto apresentados na Figura 6.13.
117
1200
1100
1000
900
Tenso (kPa)
800
340 (kg/m)
700
360 (kg/m)
380 (kg/m)
600
500
400
300
200
100
0
12
15
18
21
24
27
30
Tempo (dias)
Figura 6.13 - Resultados dos ensaios de compresso simples para diferentes taxas de cimento
118
119
RODOANEL
PISTA INTER
NA
FASE B - Taxa de
200kg/m 3
745
FASE A
745
FASE B - Taxa de
360kg/m3
1
O.A.E.
745
25
10
15
20m
N
Para verificar o resultado aps a implantao desta soluo foram realizadas quatro
sondagens do tipo rotativa, uma vez que a percusso no conseguiu avanar na
nova camada. Estes ensaios indicaram a presena de um solo cimento duro, com
espessura varivel entre 3,0 e 4,5 m, conforme os boletins apresentados no
Anexo B.
Pode-se concluir que a camada aluvionar tratada teve suas propriedades mecnicas
totalmente modificadas, apresentando outro comportamento quando solicitada pelo
aterro permanente projetado.
As fotos apresentadas nas Figuras 6.15 a 6.17 adiante foram tiradas no dia 16 de
junho de 2010 e ilustram a regio tratada j em operao.
120
Figura 6.15 - Regio do BSM 305 em operao. Pista a direita sob camada tratada com a Mistura
Mecnica com Aglomerante Cimentcio e do canteiro central para a esquerda soluo do CPR.
121
Figura 6.17 - Detalhe da OAE 305 e da pista tratada com a Mistura Mecnica com Aglomerado
Cimentcio.
122
7 CONCLUSES E SUGESTES
Este captulo final apresenta as concluses referentes aos estudos realizados neste
trabalho e as sugestes para futuras pesquisas sobre a utilizao da tcnica de
tratamento identificada como Consolidao Profunda Radial e outros assuntos
relacionados.
7.1 Concluses
foram
estabelecidas
as
seguintes
concluses
quanto
123
Da anlise dos ensaios do tipo Vane Test , SPT e DPL executados nas regies de
interesse, nas situaes antes e depois dos tratamentos, foram obtidas as seguintes
concluses:
A correlao linear obtida entre a resistncia de ponta (qd) do ensaio Penetrmetro
Dinmico Leve (DPL) e o nmero de golpes (NSPT) do ensaio SPT apresentou
coeficiente angular de 0,91 (qd=0,91.NSPT);
A execuo da soluo de Consolidao Profunda Radial aumentou a resistncia
no drenada mdia (su) da camada mole, passando de um valor original de
6,35 kN/m para 15,9 kN/m, ou seja, um acrscimo de 150%. Destaca-se, que
este valor foi obtido considerando uma camada homognea, o que no
corresponde realidade devido heterogeneidade da camada natural, alm da
incluso do grout no terreno;
124
Por fim, pode-se concluir que as duas novas solues de tratamento aplicadas no
Rodoanel Trecho Sul, identificadas como Consolidao Profunda Radial (CPR) e
Mistura Mecnica de Aglomerante Cimentcio, apresentaram bom desempenho, pois
possibilitaram a inaugurao do empreendimento na data programada e,
principalmente, por apresentarem timo desempenho como obra final de
engenharia, uma vez que no foi constatado nenhum problema de estabilidade ou
de deformao remanescente nas regies tratadas.
125
126
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130
131
132
'= u
(a.1)
133
BSM 305
Local
PR
Tv
Uv
Tr
Ur
Prim. Total
(m)
Ocorrido
(m)
Prim.
0,42
0,72
0,46
0,72
0,92
0,105
0,097
44,76
0,15
0,44
0,46
0,72
0,84
0,053
0,044
26,31
0,38
0,69
0,46
0,72
0,91
0,145
0,132
50,68
0,33
0,64
0,46
0,72
0,90
0,125
0,112
44,35
0,25
0,57
0,46
0,72
0,88
0,132
0,116
41,89
0,18
0,48
0,46
0,72
0,85
0,186
0,159
43,81
134
18kN/m3. Estes valores foram inferidos dos trabalhos apresentados por Massad
(2009), Massad et al. (1992) e Bedeschi (2004).
135
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
RECALQUE - PR-03
-100
-200
-300
Recalque ( mm )
-400
-500
'
RECALQUE - PR-03
-600
-700
-800
-900
-1000
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
Figura B.1 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 03
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
136
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
RECALQUE - PR-04
-100
-200
-300
Recalque ( mm )
-400
-500
-600
RECALQUE - PR-04
-700
-800
-900
-1000
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
Figura B.2 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 04
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
137
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
747
746,8
-100
RECALQUE - PR-05
746,6
PIEZMETRO
Recalque ( mm )
-200
746,4
746,2
-300
746
-400
745,8
745,6
-500
745,4
-600
745,2
-700
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
745
28/09/09
Figura B.3 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 05
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
138
Figura
B.4 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 06
763
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
761
759
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
28/10/09
750
-100
748
-200
Recalque ( mm )
746
-300
744
RECALQUE - PR-06
-400
'PIEZMETRO A'
'PIEZMETRO B'
742
-500
-600
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
740
28/10/09
139
765
763
761
759
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
28/10/09
RECALQUE - PR-08
0
-100
-200
-300
-400
-500
Recalque ( mm )
-600
-700
-800
-900
-1000
RECALQUE - PR-08
-1100
-1200
-1300
-1400
-1500
-1600
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
28/10/09
Figura B.5 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 08
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
140
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
29/08/09
28/09/09
RECALQUE - PR-09
0
-100
-200
-300
-400
-500
Recalque ( mm )
-600
-700
-800
-900
-1000
RECALQUE - PR-09
-1100
-1200
-1300
-1400
-1500
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
Figura B.6 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 09
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
141
Aterro
757
755
753
COTA DE ATERRO
751
GREIDE DO PAVIMENTO
749
TOPO DA SOBRECARGA
747
745
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
28/09/09
29/08/09
28/09/09
RECALQUE - PR-10
0
-100
-200
-300
-400
-500
Recalque ( mm )
-600
-700
-800
-900
-1000
RECALQUE - PR-10
-1100
-1200
-1300
-1400
-1500
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
Figura B.7 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placa de recalque 10
do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria)
142
765
763
761
Aterro
759
757
755
COTA DE ATERRO
753
751
TOPO DA SOBRECARGA
749
GREIDE DO PAVIMENTO
747
745
15/07/08
14/08/08
13/09/08
13/10/08
12/11/08
12/12/08
11/01/09
10/02/09
12/03/09
11/04/09
11/05/09
10/06/09
10/07/09
09/08/09
08/09/09
09/08/09
08/09/09
-100
RECALQUE PR-01
-200
RECALQUE PR-02
Recalque ( mm )
-300
-400
-500
-600
-700
-800
-900
-1000
-1100
15/07/08
14/08/08
13/09/08
13/10/08
12/11/08
12/12/08
11/01/09
10/02/09
12/03/09
11/04/09
11/05/09
10/06/09
10/07/09
Figura B.8 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placas de recalque 01
e 02 da rea 1 (aterro de sobrecarga temporria)
143
753
752
751
750
749
TOPO DA SOBRECARGA
COTA DE ATERRO PR-01
748
747
746
745
744
04/08/08
03/09/08
03/10/08
02/11/08
02/12/08
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
0
RECALQUE - PR-01
RECALQUE - PR-02
-100
-200
Recalque ( mm )
-300
-400
-500
-600
-700
04/08/08
03/09/08
03/10/08
02/11/08
02/12/08
01/01/09
31/01/09
02/03/09
01/04/09
01/05/09
31/05/09
30/06/09
30/07/09
29/08/09
Figura B.9 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placas de recalque 01
e 02 do BSM 3.6 (aterro de sobrecarga temporria com drenos verticais)
144
756
754
Aterro
752
COTA DE ATERRO
750
GREIDE DO PAVIMENTO
748
TOPO DA SOBRECARGA
746
744
09/04/09
09/05/09
08/06/09
08/07/09
07/08/09
06/09/09
06/10/09
0
754,0
PR-1
-100
PR-2
752,0
PR-3
-200
PR-4
PR-5
750,0
Recalque ( mm )
-300
PR-6
Piezmetro
748,0
-400
746,0
-500
744,0
-600
742,0
-700
-800
09/04/09
09/05/09
08/06/09
08/07/09
07/08/09
06/09/09
740,0
06/10/09
Figura B.10 - Grficos da subida do aterro e do recalque em funo do tempo - Placas de recalque 01
a 06 do BSM 305 (Consolidao Profunda Radial)
145
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
A1
A2
A3
a3
3
23
25
31
2
a8
1
1
4
11
10
a9
7
11
11
15
1
a13
3
3
3
1
1
SP-09
2
2
3
3
2
b7
2
3
3
1
1
b11
1
1
1
1
1
b14
1
1
1
1
1
b15
3
1
1
1
0
SP-04
3
3
2
1
1
SP-05
1
1
1
1
1
SP-07
1
1
1
1
1
SP-08
2
3
2
0
SP-12
2
2
2
1
1
SP-13
1
1
1
1
1
SP-14
1
1
1
1
1
c4
1
3
2
1
7*
c5
1
2
1
2
1
c6
3
2
1
1
4
c10
3
3
1
1
1
SP-01
3
2
3
2
2
SP-02
2
3
2
1
2
SP-03
3
3
3
3
3
SP-06
2
2
2
1
1
SP-10
3
2
2
3
1
SP-11
2
2
2
3
7
SP-15
2
2
2
2
2
* - valores descartados por apresentar valores duvidosos
22
11
1
18
2
1
1
0
0
0
1
2
2
1
1
7*
1
0
2
2
4
2
1
1
6
2
1
14
1
16
2
0
0
0
0
0
1
37*
2
0
1
1
0
1
2
3
5
1
0
2
0
1
1
15
1
15
1
3
1
1
0
1
1
5
1
0
0
1
3
1
2
3
5
1
1
2
0
6
1
8
1
1
8
1
1
1
10*
1
1
1
1
1
1
3
3
1
1
4
1
1
1
1
7
1
1
3
15
7
0
1
1
1
2
1
1
2
1
3
3
3
1
1
3
3
1
2
1
8
8
1
1
1
1
2
3
2
3
1
3
3
3
1
1
4
1
-
Meio das
Colunas (a)
Natural
1,0
Solo
0,5
146
Natural
Meio das
Colunas (a)
Solo
Ensaios
A1
A2
A3
a3
a8
a9
a13
SP-09
b7
b11
b14
b15
SP-04
SP-05
SP-07
SP-08
SP-12
SP-13
SP-14
c4
c5
c6
c10
SP-01
SP-02
SP-03
SP-06
SP-10
SP-11
SP-15
Somatria at
6,0m
11
14
12
111
84
52
84
33
16
10
8
6
14
13
17
7
17
12
10
15
20
20
20
26
24
24
18
17
25
28
1,1
1,3
1,2
10,1
7,6
5,2
7,6
3,0
1,5
0,9
0,8
0,8
1,3
1,2
1,7
1,8
1,5
1,1
0,9
1,9
1,8
1,8
1,8
2,4
3,0
2,2
1,6
1,9
2,3
2,8
Su (kN/m )
1,20
6,35
6,74
35,77
1,19
6,33
2,12
11,23
147
148
149
Cotas em
relao ao
R.N.
Nvel
d'gua
Profundidade da
camada
(m)
150
Cliente:
Ref.
Local:
Escala: 1:100
Data:
Desenhista:
r.a.g.
SONDAGEM
Cotas em
relao ao
R.N.
Nvel
d'gua
Amostra
Eng:
Des.n:
COTA:
Profundidade da
camada
(m)
Revestimento
Penetrao : (golpes/30cm)
1 e 2 penetraes
2 e 3 penetraes
N de golpes
1 e 2
2 e 3
Amostrador
Grfico
10
20
30
mm
interno:
externo:
40
CLASSIFICAO DO MATERIAL
mm
mm
151
Cliente:
Ref.
Local:
Escala: 1:100
Data:
Desenhista:
r.a.g.
SONDAGEM
Cotas em
relao ao
R.N.
Nvel
d'gua
Amostra
Eng:
Des.n:
COTA:
Profundidade da
camada
(m)
Revestimento
Penetrao : (golpes/30cm)
1 e 2 penetraes
2 e 3 penetraes
N de golpes
1 e 2
2 e 3
Amostrador
Grfico
10
20
30
mm
interno:
externo:
40
CLASSIFICAO DO MATERIAL
mm
mm
152
153
154
- rea 1
Cliente:
Ref.
Local:
Escala: 1:100
Data:
Desenhista:
r.a.g.
SONDAGEM
Cotas em
relao ao
R.N.
Nvel
d'gua
Amostra
Eng:
Des.n:
COTA:
Profundidade da
camada
(m)
Revestimento
Penetrao : (golpes/30cm)
1 e 2 penetraes
2 e 3 penetraes
N de golpes
1 e 2
2 e 3
Amostrador
Grfico
10
20
30
mm
interno:
externo:
40
CLASSIFICAO DO MATERIAL
mm
mm
155
156
157
- BSM 305
158
159
160
161
162
163
164
165
166