Monografia: Um Estudo Sobre A Crise Americana de 2008 Sob A Ótica Da Teoria Dos Ciclos Econômicos Da Escola Austríaca
Monografia: Um Estudo Sobre A Crise Americana de 2008 Sob A Ótica Da Teoria Dos Ciclos Econômicos Da Escola Austríaca
Monografia: Um Estudo Sobre A Crise Americana de 2008 Sob A Ótica Da Teoria Dos Ciclos Econômicos Da Escola Austríaca
CINCIAS ECONMICAS
RESUMO
A crise econmica que eclodiu nos Estados Unidos da Amrica em 2008 e se espalhou
pelo mundo todo um importante foco de pesquisas para a cincia econmica. O
presente trabalho analisa a crise com base na teoria dos ciclos econmicos da Escola
Austraca de Economia examinando mais detalhadamente o papel do sistema bancrio
na formao da bolha e em seu posterior estouro. Usa-se a interao entre trs
instrumentos de anlise elaborados por Garrison (2001): Os Tringulos de Hayek, a
fronteira de possibilidade de produo e de um grfico que representa o equilbrio entre
oferta e demanda de poupana. Com base na anlise, v-se que a reduo artificial da
taxa de juros aliada s inovaes financeiras expandiram significativamente o crdito
sem que houvesse lastro em poupana. A partir disso observa-se que o comportamento
dessas variveis da economia, primeiramente no consonante com o movimento de Boom
e Bust. Conclui-se que a expanso do crdito contribuiu de forma importante para a
formao do ciclo econmico tal como descrito pela teoria da Escola Austraca.
Palavras Chave: Crise de 2008. Escola Austraca. Ciclos Econmicos. Reservas
Fracionrias
LISTA DE GRFICOS
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Grfico 8- : ndice S&P500 que mede a variao do preo das aes para o 30
setor de Petrleo e gs, minerao, construo e engenharia e alimentos
0% para o ano de 2001 a 2010.
SUMRIO
1 INTRODUO
06
2 REFERENCIAL TERICO
07
3 METODOLOGIA
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5 A CRISE DE 2008
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6 CONCLUSO
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REFERNCIAS
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1 INTRODUO
2 REFERENCIAL TERICO
O autor no cita, mas estas consideraes sobre a taxa de juros tem referncia na Teoria Neoclssica da
determinao da taxa de juros a Teoria dos fundos Emprestveis.
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iluso de que projetos de longo prazo so viveis, eles comeam a ser executados e
quando a bolha estoura, tem de ser liquidados.
Outro ponto importante da distino realizada por Rothbard (2012) entre ciclo e
flutuao. Esta ltima definida como sendo especfica de um setor. Essas alteraes
decorrem daquilo que o autor denomina de mudanas nos dados econmicos,
provenientes, por exemplo, de alteraes nas preferncias dos consumidores, ou mesmo
de descobertas de novos recursos naturais, enquanto outros chegam ao fim.
Por sua vez, ciclo ocorre em diversos setores. Neste caso, ele afirma que no se
trata de meras mudanas nos dados econmicos, como no caso anterior, mas de
alteraes na esfera monetria. Isto porque a moeda tem a propriedade de criar um elo
com todas as atividades econmicas, ou seja, a capacidade de afetar vrios setores ao
mesmo tempo. Assim sendo, a queda econmica tende a ser generalizada e ocorre
geralmente aps um perodo de boom.
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3 METODOLOGIA
Dados os objetivos propostos para este estudo, tem-se como base a pesquisa
bibliogrfica que permitiu a construo do embasamento terico tendo como foco
a teoria dos ciclos econmicos da Escola Austraca.
bibliogrfica permitiu uma reviso de literatura pertinente ao tema proposto, pela qual
foi feito um resgate da origem e efeitos da crise de 2008. Sobre a perspectiva austraca
consultou-se em diversos autores como Soto, Rothbard, Garrison, Hayek, Harris etc.
Para a avaliao das inovaes do mercado financeiro serviu de fonte o trabalho de
Cludio Gontijo. Foi utilizada a pesquisa documental, que proporcionou o acesso base
de dados e levantamento de informaes sobre o que se passou na economia americana
no perodo. Analisa-se mais propriamente o setor de construo e o setor financeiro
relacionado a este j que estes foram os setores onde a crise teve incio. Para isto
examina-se ndices tais como: Taxa bsica de jutos da economia americana;
Emprstimos ao setor privado; Taxa de juros para Hipotecas de 30 anos para os Estados
Unidos; ndice Case Shiller que o indicador mais utilizado nos Estados Unidos para
mensurar o valor dos imveis; No entanto, como os ciclos tem carter geral, usa-se
tambm o ndice S&P500 que mostra o comportamento das aes de setores inteiros da
economia. Neste caso, utilizam-se os setores de Construo e engenharia, Petrleo e gs,
Alimentos e Minerao. Opta-se por estes pelo importante peso que possuem dentro da
economia americana e pela distncia que os separa do consumidor final.
O estudo aqui proposto tem como mtodo de analise a estatstica descritiva, mais
precisamente da anlise tabular e grfica das variveis relevantes ao estudo. A estatstica
descritiva o conjunto de mtodos para organizao, apresentao e descrio de
dados representativos do comportamento de uma varivel, onde se utilizam tabelas,
grficos e medidas que resumem a distribuio desta varivel.
Os dados da Taxa bsica de jutos da economia americana; Emprstimos ao setor
privado; Taxa de juros para Hipotecas de 30 anos para os Estados Unidos; ndice Case
Shiller foram retirados do site do Federal Reserve Saint Louis.
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Para que se entenda de forma mais aprofundada as distores que levam ao ciclo
econmico, ser utilizado mais uma vez o modelo de Garrison (2001), que utiliza da
integrao entre os tringulos Hayekianos, a fronteira de possibilidade de produo e um
grfico que relaciona oferta e demanda de poupana. Com base nesse modelo,
inicialmente, ser estudado o crescimento baseado em poupana genuna, Em seguida, o
crescimento calcado em crdito no lastreado. Desta forma, tm-se o objetivo de
evidenciar como ambos afetam de forma diferente a formao de ciclos na economia.
4.1 O Crescimento com Base em Poupana Genuna e o Crescimento Baseado em
Crdito no Lastreado
Como exemplo podemos citar a China. Por inmeros fatores que no nos cabe citar agora, a poupana
das famlias subiu de 28% a 53% de 1970 a 2009.
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queda no preo relativo dos bens de consumo torna os salrios reais maiores. o
chamado Efeito Ricardo3.
Efeito Ricardo o nome dado por Hayek (1975, p. 14) ao efeito descrito por
David Ricardo em que se diz que um aumento real nos salrios causado pelo aumento da
poupana e por consequncia a reduo do preo dos bens de consumo leva os
empresrios a usar mais capital na produo para reduzir os custos. Como resultado a
economia torna-se mais capital-intensiva e com a maturao dos investimentos a
produo aumenta fazendo com que os preos caiam (lembrando que no sec. XIX
vigorava o padro ouro e o crescimento levava a uma suave deflao) e os salrios
voltem a subir em termos reais, fazendo com que o efeito seja observado novamente.
Hayek no define Efeito Ricardo somente como a substituio de mo de obra
por capital, mas como a substituio de Mtodos de produo mais diretos por mtodos
de produo mais indiretos (de setores mais afastados do consumo final). Um exemplo
que podemos dar a este respeito, o agricultor que adquire um trator ao invs de cavar o
solo com um arado. A produo do trator envolve uma cadeia de produo mais
complicada e mais longa portanto, pode-se dizer que um meio de produo mais
indireto e mais capital-intensivo. Este tipo de troca se torna vivel quando a taxa de
juros cai.
Os outros dois efeitos causados pelo aumento da poupana so a disparidade de
lucros entre as diferentes etapas da cadeia produtiva (aumenta o das etapas mais
afastadas e cai o das etapas prximas ao consumo) e a diminuio das taxas de juros
sobre o preo de mercado dos bens de capital.
Eis, segundo Soto (2012 p.280-305) passo a passo o que ocorre em um aumento
da velocidade de crescimento que tem como causa o aumento da poupana voluntria:
1 H uma queda relativa na venda de bens de consumo e as empresas dos primeiros
estgios comeam a sofrer perdas contbeis.
Nas palavras de RICARDO (1823 p.41): todo aumento de salrios ou, o que a mesma coisa, toda
queda nos lucros reduzir o valor relativo das mercadorias produzidas com capital de natureza durvel,
e elevar proporcionalmente o valor relativo das produzidas com capital mais perecvel. Uma reduo nos
salrios ter precisamente o efeito contrrio.
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5 Aumento das taxas de juro dos crditos para um nvel que chega a ser superior
ao que tinham antes do incio da expanso de crdito. Se deixado ao natural, o
mercado tende a elevar a taxa de juros ao novo equilbrio entre oferta e demanda de
poupana. Como uma grande quantidade de poupana foi desperdiada em projetos
insustentveis sem real demanda (como as quatro milhes de casas no vendidas e as 2,9
milhes de casas desocupadas que havia nos EUA em janeiro de 2008 segundo Gontijo
(2008,p.24). No entanto assim que comeou o turbilho financeiro ps quebra do banco
Lehman Brothers, o 4 maior banco de investimentos dos EUA 4 , o Federal Reserve
Ironicamente esta instituio nunca emprestou um centavo sequer para compradores de casas. No entanto
estava cheia dos derivativos baseados em Hipotecas e que tiveram seu valor reduzido a zero quando
chegou a crise.
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iniciou novas injees de dinheiro no mercado interbancrio o que fez a taxa de juros
cair para 0,25%, patamar em que ainda se encontra at hoje.
6. O aparecimento de perdas contbeis nas empresas das etapas relativamente mais
afastadas do consumo: 2007 foi o ano das quebras de construtoras nos EUA. Em
seguida a maior parte das empresas situadas em setores superiores da produo
amargaram grandes perdas. Os financiadores destes setores, os Bancos de investimento e
em menor escala os Bancos de Depsitos tambm amargaram enormes perdas. Todos os
setores que cresceram com o Boom devido a uma demanda artificial, agora apresentam
grandes perdas.
Sobre a Recesso Skousen (2007), citado por Soto (2012 p.331) assinala que:
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5 A CRISE DE 2008
Nesta etapa do presente trabalho, faz-se um paralelo entre o que ocorreu na crise
de 2008 e a teoria da escola austraca.
5.1 O Incio do Boom em 2002
Observa-se que a bolha das empresas pontocom estourou em 2001 e que o Banco
Central reagiu derrubando as taxas de juros a um nvel entre 1% e 2%. Como o Banco
Central americano ajusta sua taxa bsica em operaes Open Market, para derrubar a
Operao de mercado aberto onde neste caso, o Banco Central comprou ttulos e injetou dlares no
sistema bancrio.
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taxa e mant-la baixa por tanto tempo foi necessrio uma srie de injees de dinheiro
no sistema interbancrio. Essas injees de recursos foram sendo abrandadas e a taxa do
segundo semestre de 2004 ao segundo semestre de 2007 subiu at alcanar o patamar de
5,25%. Esse foi o abrandamento da expanso do crdito que estourou a bolha. Durante a
crise, o Banco Central para socorrer o sistema bancrio derrubou a taxa para 0,25% e a
mantm desta forma at a presente data, conforme grfico 4.
Reserve
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V-se que a inclinao vertical do grfico indica a velocidade com que o crdito
est sendo concedido. Ou seja, a inclinao mostra a intensidade da expanso. O
abrandamento do rtimo de expanso de crdito em 2001 e em 2007/2008 estourou as
bolhas respectivamente a das empresas pontocom e a dos imveis. H uma forte relao
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Este o mercado onde os bancos emprestam e tomam emprstimos. Quando a atividade econmica
intensa, a taxa de juros sobe, pois os bancos estando em rpida expanso ficam sem recursos e recorrem ao
interbancrio. Com o aumento da demanda, aumenta a taxa cobrada pelos bancos emprestadores. O Banco
Central injetou progressivas quantidades de dinheiro no interbancrio e o aumento da oferta derrubou a
taxa cobrada pelos bancos.
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Empresas privadas, mas com garantias do governo caso falissem e administradas pelo mesmo.
Standard & Poor's ,Fitch e Moody's
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A CDO pode conter qualquer ativo que renda pagamentos mensais. Desde dvida de carto de crdito, a
aluguis ou no caso hipotecas. As que se tornaram populares foram as hipotecrias.
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As taxa de juros das hipotecas subprime comeava em um patamar, e havia uma espera
de dois ou trs anos para que o tomador ascendesse classe Prime que possua juros
bem menores. Com a aproximao da crise a estagnao do preo dos imveis, esse
segmento viu a taxa de juros aumentar e boa parte devolveu a casa aos bancos.
Os Subprime eram misturados com os ativos Prime, securitizados e vendidos
como ativos seguros a todo mercado financeiro. Segundo Gontijo (2008, p. 17)
Geraram-se, assim, CDOs com crditos hipotecrios subprime, colocados em
tranches diferenciadas. As mais elevadas recebiam grau AAA porque estavam
credenciadas a receber os primeiros pagamentos dos muturios. As tranches
inferiores traziam consigo cupons elevados para compensar o risco mais
elevado. Atravs da mistura de crditos subprime com crditos de primeira
linha e a transferncia do risco, quase 80% das tranches com hipotecas
subprime obtinham grau de investimento (grau A ou ainda mais elevado).
O valor de mercado dos bens de capital tende a ser igual ao valor do fluxo das
receitas esperadas, descontado pela taxa de juros, sendo assim o preo dos bens de
capital aumenta quando a taxa de juros baixa.11Estima-se que aps uma reduo de 8,5%
a 5,5%12 na taxa de juros, um bem de capital tem uma valorizao de 54,54%. As casas
podem ser consideradas como bens de capital sendo que o valor que pode ser cobrado
como aluguel seria o equivalente ao retorno. Uma casa tem durabilidade enorme e pode
durar geraes. Foi essa a variao da taxa de juros para hipotecas observada o que
elevou o valor das casas enquanto bens de capital. Como a reduo da taxa de juros foi
realizada de forma artificial, ou seja, sem que isso refletisse uma mudana na preferncia
temporal da sociedade, pela teoria quando a taxa voltasse a subir o preo das casas
tenderia a cair.
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(1)
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O valor dos juros de uma hipoteca de 30 anos reduziu-se cerca de 29%. Isso fez
com que os CDOs baseados em hipotecas se valorizassem refletindo a queda da taxa de
juros. Tal valorizao fez com que eles se tornassem objeto de especulao. No entanto,
podemos observar que no foi a elevao da taxa de juros das hipotecas que estourou a
bolha em 2007/2008. A explicao deve ser buscada antes na inadimplncia dos clientes
subprime como ser explicado a seguir.
O ndice Case Shiller o indicador mais utilizado nos Estados Unidos para
mensurar o valor de casas13.
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Grfico 7: Preo dos imveis nos Estados Unidos da Amrica. 2000-2011 em US$.
Podemos observar que o valor dos imveis subiu mais do que o dobro do que
indica a equao que mensura a alta dos bens de capital explicada anteriormente. Isso se
deve ao fato da intensa procura especulativa dos agentes econmicos que esperavam que
os imveis subissem ainda mais no futuro14.
Com o fim da alta dos imveis os clientes subprime, que dependiam desta alta do
preo para refinanciar o imvel a juros mais baixos, no conseguiram honrar os
pagamentos e devolveram os imveis. Os bancos e empresas que antes tinham os CDOs
rendendo dinheiro todo ms passaram a possuir imveis devolvidos que no rendiam
nada. Com o aumento da oferta de imveis e o aperto no crdito caiu o preo desses e
muitos clientes com hipotecas em dia resolveram entregar a casa, pois a dvida tornarase muito superior ao valor do imvel. Com isso o preo das residncias despencou.
Segundo (HARRIS, 2013. P.41) No momento em que o preo dos imveis comeou a
cair, muitos proprietrios de hipotecas que tinham condio de continuar pagando,
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Durante 2006, 22% das residncias adquiridas (1,65 milho de unidades) o tinham sido com propsitos
de investimento, enquanto 14% (1,07 milho) eram casas de frias. Em 2005, esses dados eram de 28% e
12%, respectivamente (BERNER, 2007. Apud GONTIJO 2008)
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preferiram devolver a casa ao banco, pois o valor da dvida era muito superior ao valor
do imvel. Com isso, a oferta de imveis ficou ainda maior que a demanda o que
pressionou ainda mais os preos para baixo. Os bancos que antes tinham hipotecas a
receber, agora possuam inmeros imveis com o preo em queda. O ativo do balano
dos bancos encolheu enquanto o passivo continuava da mesma forma.
Ocorreram tambm neste perodo a substituio de princpios contbeis
multicentenrios que baseavam a valorao dos ativos nos valores histricos de
transao pelas novas Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) pelo valor de
mercado ou valor razovel (fair value) para aproximar o valor do ativo nos registros
contbeis de seu valor na bolsa de valores. Com o Boom, os ativos imobilirios ou as
hipotecas securitizadas foram inflados e os bancos apresentavam elevado patrimnio
lquido. Quando a valorizao se inverteu e o valor dos ativos caiu bruscamente, o que
era elevado patrimnio lquido tornou-se patrimnio lquido negativo (uma vez que o
ativo diminuiu de valor mas o passivo permaneceu o mesmo) e em questo de meses as
mais slidas instituies bancrias americanas estavam insolventes.
A crise que foi gestada no sistema financeiro e comeou a se manifestar no
mercado imobilirio. Depois ela foi se espalhando por toda a economia, com maior
intensidade nos setores mais capital-intensivos.
Nos Estados Unidos, a interrupo do Boom parece ter ocorrido devido ao do
Federal Reserve e ao aumento crescente da inadimplncia o que fez com que os Bancos
se tornassem mais receosos e comeassem a reverter a expanso.
Tem incio a recesso em que a economia comea a reagir e a refletir os reais
fundamentos econmicos que at ento no eram percebidos pelos agentes econmicos
devido ao crdito no lastreado em poupana.
5.5 O Comportamento das Variveis de Carter Geral
Como afirma Rothbard (2012 p. 48) em A Grande Depresso Americana h
que se diferenciar flutuaes econmicas de ciclos econmicos. As flutuaes ocorrem
inevitavelmente pois a sociedade est em constante mudana e inovao. No entanto,
chamado ciclo econmico, a crise conjunta de vrios setores econmicos de forma
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O ndice S&P500 mensura o valor das aes de setores inteiros da economia. Foi
escolhida propositalmente quatro setores completamente distintos sendo trs deles bem
afastados do consumo final (Minerao, Gs e Petrleo e o setor de construo) e um
setor prximo do consumo final. A teoria da escola austraca afirma que apesar de no
haver uma diminuio no consumo durante um Boom, antes o contrrio, os setores de
bens de capital se tornam muito mais atrativos devido queda da taxa de juros. Isso
pode ser observado pelo comportamento de cada setor no grfico. O setor de construo
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chegou a apresentar variao de 400% em relao a 2001. Nele a crise teve incio, ou
seja, foi no setor de construo que o crdito recm-criado pelo sistema bancrio
comeou a entrar na economia. O setor de minerao ultrapassou 200% de variao e o
de petrleo e gs se aproximou dos 200%. J o setor de produtos alimentares, que mais
prximo ao consumidor, nem subiu acentuadamente no perodo 2002-2008 nem caiu
durante a recesso. Portanto, conclui-se que a tendncia observada est em acordo com o
que a teoria analisada afirma.
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6 CONCLUSO
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REFERNCIAS
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