FRAGMENTOS 20 (Juan Carlos Onetti)
FRAGMENTOS 20 (Juan Carlos Onetti)
FRAGMENTOS 20 (Juan Carlos Onetti)
REVISTA DE LINGUA E
LITERATURA ESTRANGEIRAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA
LILIANA REALES
WALTER CARLOS COSTA
(ORGS.)
NUMERO
20
FRAGMENTOS
JUAN CARLOS ONETTI
LILIANA REALES
WALTER CARLOS COSTA
(ORGS.)
FLORIANPOLIS, 2003.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA CATARINA
Reitor:
Rodolfo Joaquim Pinto da Luz
Vice-Reitor:
Lcio Jos Botelho
CENTRO DE COMUNICAO E
EXPRESSO
Diretor:
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Vice-Diretor:
Elson Manoel Pereira
DEPARTAMENTO DE LNGUA E
LITERATURA ESTRANGEIRAS
Chefe:
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Rafael Camorlinga Alcaraz
EDITORA DA UFSC
Diretor Executivo:
Alcides Buss
Conselho Editorial:
Denise Guerreiro Viera da Silva (Presidente)
Jos Isaac Pilati
Luiz Teixeira do Vale Pereira
Luiz Henrique de Arajo Dutra
Srgio Fernando Torres de Freitas
Tnia Regina de Oliveira Ramos
Vera Lcia Bazzo
FRAGMENTOS
REVISTA DE LNGUA E LITERATURA ESTRANGEIRAS
ISSN 0103-1783
DIRETOR
COMISSO EDITORIAL
Rafael Camorlinga
Ronaldo Lima
Silvana de Gaspari
Viviane Heberle
Werner Heidermann
SECRETRIA DE REDAO
CONSELHO CONSULTIVO
CAPA/PROJ. GRFICO
ASSINATURAS/SUBSCRIPTIONS
CONTATO/CONTACT
ASSESSORIA TCNICA:
SUMRIO
ARTIGOS
Apresentao - Vises de Onetti
Liliana Reales e Walter Carlos Costa __________________________________ 9
El final de El Astillero
Gustavo San Romn _____________________________________________ 39
Unhappy ever after: Tan triste como ella and the disconsolate
heroine(s) of Mara Luisa Bombal
Patrcia Anne Odber de Baubeta ____________________________________ 45
Bibliografia de Onetti
Mara Ins De Vigil e Andra Cesco Scaravelli ________________________ 119
Sumrio
VISES DE ONETTI
Com a narrativa do uruguaio Juan Carlos Onetti acontece algo similar
ao que acontece com os textos do argentino Jorge Luis Borges: sendo
profundamente nacionais so, tambm, profundamente universais, inserindose nos momentos mais complexos e criativos da literatura ocidental. De
fato, a literatura de Onetti constitui uma retomada, a partir da imaginao,
das grandes questes que tm inquietado o homem contemporneo e que
encontram seu ponto de deflagrao na idia de desfundametao do ser.
Um forte rumor heideggariano ressoa em Onetti e aquele que diz o ser
no , o ser apenas acontece; apenas um acontecimento histrico-cultural
num mundo que se experimenta dentro do horizonte constitudo pelas
ressonncias da linguagem. Para investigar as conseqncias e implicaes
dessa idia, Onetti demarca o espao imaginrio de Santa Mara, que recria
os problemas cruciais do homem urbano contemporneo como a
fragmentao e a dissoluo do eu.
Talvez como nenhum outro escritor latino-americano, Onetti trabalhou
segundo um plano meticuloso, problematizando a escrita ficcional e suas
categorias cannicas. Assim, sua obra mostra uma extrema coerncia interna
e repensa a literatura, desestabilizando seu sistema mas evitando a tentao
de reorganiz-lo de acordo com um projeto fundador, como fizeram muitos
dos escritores hispano-americanos de sua poca. Ao expor em seus textos
uma lgica da ambivalncia, Onetti convida multiplicidade interpretativa e
desafia o poder da crtica, em seus diversos enfoques. Este nmero da revista
Fragmentos apresenta diferentes aproximaes a esse texto elusivo por
natureza que o texto onettiano.
Liliana Reales, centrando sua anlise em Dejemos hablar al viento,
pensa a relao entre a linguagem e a literatura, segundo a l no espelho
convexo do universo onettiano. A partir de uma leitura foulcautianadllenbachiana, o seu ensaio chama a ateno para a proliferao de sentidos
constitutiva da escrita de Onetti. Mara de los ngeles Gonzlez parte de
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O ESPELHO CONVEXO
DE ONETTI
LILIANA REALES
Universidade Federal de Santa Catarina
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Por qu nos inquieta que el mapa est incluido en el mapa y las mil y una
noches en el libro de Las mil y una noches? Por qu nos inquieta que Don
Quijote sea lector del Quijote, y Hamlet espectador de Hamlet? Creo haber
dado con la causa: tales inversiones sugieren que si los caracteres de una
ficcin pueden ser lectores o espectadores, nosotros sus lectores o
espectadores, podemos ser ficticios.8
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seus amores com a prostituta e lsbica Frieda, com a jovem Juanina e com
Gurisa, e seu reencontro com a prostituta me de Julin Seoane, provvel
filho seu.
Desterrado de Santa Mara e morando em Lavanda, a narrao de
Medina entrecortada por fortes sentimentos de nostalgia do territrio mtico
do qual est temporariamente privado e ao qual pertence em qualidade de
personagem cuja realidade no ultrapassa a do papel:
Frentico y disimulado, entreverado con el cuerpo excepcionalmente pulcro
por deformacin profesional, atravesando adems la vulgaridad de los
perfumes sintticos que era necesario levantar y desprender como espesas
costras traslcidas, cre reconocer - en aliento, axila, sexo, cansancio - las
palabras, seres y cosas que enumeran los libros y que volvern. (p. 55) (O
destaque meu).
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Adems del mdico, Daz Grey, y de la mujer, tena ya la ciudad donde ambos
vivan. Tena ahora la ciudad de provincia sobre cuya plaza principal daban
las dos ventanas del consultorio de Daz Grey. Estuve sonriendo, asombrado
y agradecido porque fuera tan fcil distinguir una nueva Santa Mara en la
noche de primavera. La ciudad con su declive y su ro, el hotel flamante y, en
las calles, los hombres de cara tostada que cambian, sin espontaneidad,
bromas y sonrisas. (p. 142)
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Os desdobramentos
Se o mundo precisa organizar-se na negao da ambigidade e da
duplicidade, a fico as assume e o que se supe unvoco se mostra duplo.
Medina a lei - o comissrio de Santa Mara - e tambm o marginal, o
assassino: mata um velho em estado vegetativo e , provavelmente, o
assassino de Frieda.
Medina, que era a no-pessoa, o ele, signo daquele que est
ausente, signo da ausncia, como diria Barthes17 , em El astillero, agora se
torna o eu narrativo que escreve o que lemos: a primeira parte do livro;
o eu que narra, escrevendo. Ele duplica o processo de Brausen como
narrador-escritor, pois deve re-escrever sobre o que se supe ser escrito
por Brausen, sobre o original.
Por outro lado, se para Medina, Brausen inaugura a escritura, brincado
com fogo porque reproduz a Escritura, ele dever questionar, contestar
o processo:
Es fcil dibujar un mapa del lugar y un plano de Santa Mara, adems de darle
nombre; pero hay que poner una luz especial en cada casa de negocio, en
cada zagun y en cada esquina. Hay que dar una forma a las nubes bajas que
derivan sobre el campanario de la iglesia y las azoteas con balaustradas
cremas y rosas; hay que repartir mobiliarios disgustantes, hay que aceptar lo
que se odia, hay que acarrear gente, de no se sabe dnde, para que habiten,
ensucien, conmuevan, sean felices y malgasten. (p. 55)
O escritor dever confrontar-se com a sua escrita pois ter que aceitar
o que odeia: a prpria palavra, a linguagem. Odeia-a porque no poder
nunca voltar pureza da origem da linguagem, porque ela a origem:
para ele a origem (Barthes, p. 20). Medina ter, ento, que encerrar o
processo. Ele ter que chegar a esse horizonte, ao horizonte da linguagem,
a esse fim de mundo que Santa Mara e atear-lhe fogo.
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Nveis narrativos
Como sabemos, Dejemos hablar al viento est dividido em duas
partes. Medina aparece, na primeira, em Lavanda, como detentor da voz
narrativa. Toda esta primeira parte se nos apresenta como uma segunda
narrativa que est contida na primeira narrativa que ocupa a segunda parte
do romance. Ento, diremos que a segunda parte (que consta de 23 captulos)
constitui a narrativa primeira e que a primeira parte (que consta de 8 captulos)
constitui a narrativa segunda. O narrador da segunda j um personagem
da primeira. Temos aqui o que Grard Genette chama de nveis narrativos
e que ele define da seguinte maneira: todo o acontecimento contado por
uma narrativa est num nvel diegtico imediatamente superior quele em
que se situa o ato narrativo produtor dessa narrativa19 .
Mas, Dejemos hablar al viento problematiza esta questo. Vejamos.
O romance faz parte da srie da saga de Santa Mara iniciada em La vida
breve. Este romance:
(...) consta de dos partes, subdivididas en captulos (24 en la primera y 17 en
la segunda); el relato se escinde, en su interior, en dos subrelatos - voces,
instancias narrativas - de estatuto desigual y heterogneo en el texto: uno, el de
Brausen - la realidad - se sita en Buenos Aires y es postulado como productor:
Brausen narra y escribe el otro, el de Santa Mara - la ficcin -, que surge
como producto; se trata de una relacin productiva entre dos series de
enunciados, de dos cadenas manifiestas que engendran el efecto de sentido
y articulan el texto: una ficcin (relato uno, productor) y una subficcin
(relato dos, productor)20 .
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no Texto que os habitantes de Santa Mara supem ter sido escrito por
Brausen que, por sua vez, se inscreveu no Texto real. O texto de Brausen
se apresenta como os pergaminhos de Cien aos de soledad, onde todos
os acontecimentos de Macondo esto previstos em seus mnimos detalhes.
Quando o penltimo dos Buenda consegue decifr-los, descobre que o que
acaba de ler a histria de Macondo, do incio ao fim, pois, acaba de ler-se
a si mesmo e a toda sua estirpe. Concluda a leitura, Macondo varrida
da face da Terra, pelo vento. H narrativas que fazem viver e h as que
matam, afirma Genette, lembrando as de Xerazade e o orculo de dipo
(Genette, p.242). A narrativa que Larsen mostra a Medina (apenas um
trecho) representa a chave para uma hermenutica mais ambiciosa: o
desmascaramento do jogo de vida e de morte: se pela linguagem, e por ela
se morre.
A lgica produtiva
Alguns textos que constituem a saga de Santa Mara surgem no espao
literrio com algo ou algum irrompendo no espao da narrativa, ou,
contrariamente, sendo retirado. O elemento adventio seria aquele que
desencadeia a narrao por ser o que quebra o fluir montono dos
acontecimentos, introduzindo algo novo, provocando uma alterao que
merece ser contada. Dejemos hablar al viento se arma a partir da
irrupo de Medina em Lavanda e com a supresso do velho sem voz.
Contrariamente a La vida breve, que se abre com a voz da prostituta Queca
vindo do apartamento ao lado e preenchendo o vazio de morte que se instaurou
no apartamento de Brausen com a doena de sua mulher, este romance
inicia com a irrupo de Medina no outro lado, no mundo ao outro lado da
margem de um rio, um rio que divide (ou une) o mundo real do mundo da
fico. E se La vida breve se constitui a partir da decomposio de um
corpo, o de Gertrudis, corrodo pelo cncer, Dejemos hablar al viento, se
constitui a partir da supresso da voz de um corpo tambm em decomposio:
El viejo ya estaba podrido y me resultaba extrao que slo yo le sintiera el
agridulce, el tenue olor (...). (p. 15)
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Os bons romances entram em movimento centrfugo, se autodestrem, sua voz se apaga. Encontrada a origem: textual, tudo destruio
e morte.
Em La vida breve, o verdadeiro mdico, Daz Grey, o outro de
Brausen, se constitui como o eu narrador do segundo relato, do relato
embutido. Aqui, Medina, o eu narrador do segundo relato, aparece como
falso mdico. No captulo 39 de Dejemos hablar al viento, intitulado Un
hijo fiel, vemos aparecer o juiz de Santa Mara que o prprio Onetti
ficcionalizado. Aqui ele ter um encontro com o verdadeiro mdico, Daz
Grey, de quem diz: No s que edad tiene. Pero lo sigo queriendo como si
fuera mi hijo. Un hijo fiel (p. 250). Por anttese, Medina ser o filho infiel,
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o falso, aquele que cometer o parricdio; aquele que por fim gestao,
cosmogonia, iniciada em La vida breve.
As oposies: voz/supresso da voz; verdadeiro mdico/falso mdico;
filho fiel/filho infiel, vai desenhando o caminho de volta que se iniciou em La
vida breve. Para que a literatura morra, ter que morrer o pai, o elemento
masculino, o gerador de textos. A morte do velho no incio do romance
adianta, metaforicamente, a morte de Brausen e de Santa Mara, e sintetiza
o tema: a morte do texto.
Se vamos ler um texto que vai morrer, entramos numa espcie de
contagem regressiva onde, segundo dizem, se refaz o caminho andado por
milhares de imagens velozes e dispersas. Barthes j disse: a composio
canaliza; a leitura, ao contrrio (o texto que escrevemos em ns quando
lemos), dispersa, dissemina22 . O texto de Onetti uma composio que
segue uma lgica dupla. Quando devemos escrever a leitura, (des)cobrir, ou
descobrir/cobrir, seguimos um processo que decompe, que dispersa, num
primeiro momento, para recompor, num segundo momento, sempre outro
texto.
Um texto s um texto se ele oculta ao primeiro olhar, ao primeiro encontro,
a lei de sua composio e a regra de seu jogo. Um texto permanece, alis,
sempre imperceptvel, A lei e a regra no se abrigam no inacessvel de um
segredo, simplesmente elas nunca se entregam, no presente, a nada que
possa se nomear rigorosamente uma percepo. (...) Com o risco de, sempre
e por essncia, perder-se assim definitivamente, quem saber, algum dia,
sobre tal desapario? A dissimulao da textura pode, em todo caso, levar
sculos para desfazer o pano23 .
NOTAS
1
PAZ, Octavio. O mono gramtico. Trad. Lenora de Barros e Jos Simo. Rio
de Janeiro, Guanabara, 1988, p. 24.
27
28
BORGES, Jorge Luis. Magias parciales del Quijote, in: Otras Inquisiciones.
Madrid, Alianza, 1993, p. 55.
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MARGINALIA A CUANDO
ENTONCES
MARA DE LOS NGELES GONZLEZ
Universidad de la Repblica - Montevideo, Uruguay
Vocare y evocare
El relato se presenta, desde el ttulo, como la evocacin de un pasado
remoto al que se superponen otros pasados ms o menos recientes. Por lo
menos para el comienzo de la novela es vlida la afirmacin de Carlos Dmaso
Fragmentos, nmero 20, p. 31/38 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
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Una mala pasada del recuerdo le hace decir treinta de setiembre cuando
debi decir treinta de agosto, fecha asociada en el Ro de la Plata a los
fuertes temporales que suelen poner fin al invierno, casi siempre precedidos
de unos das de calor. Por eso la mencin trae consigo la idea de la pesadez
previa a la tormenta. La humedad, el calor, la escasez de aire sugieren la
falta de renovacin, el desgano de vivir, la asfixiante rutina de la que parten
muchos relatos del autor y a partir de la cual se produce la ruptura, el conflicto,
la expectativa que generar la historia. Los textos de Onetti parecen, por
momentos, estar hechos de esas insignificancias: el aire, el calor, la atmsfera,
el perfume, eso que Josefina Ludmer llama las nadas de la escritura
(Ludmer, 1977). El notorio regodeo en la evocacin de costumbres y ritos
locales que puede explicarse si se lee Cuando entonces como una
produccin del destierro adopta un tono que da el justo equilibrio entre la
mitificacin y la irona, que otorga a la vez familiaridad y distancia: Se
burlaban, sobre todo, de la gran esperanza colectiva: calor para asaltar las
playas ms bellas del mundo, calor para agregar a la suciedad de las arenas
municipales papeles grasientos, envases de bebidas refrescantes y gringas.
La ficcin posibilita un escape, una renovacin. La expectativa se va
generando a partir de las palabras; la espera del discurso para seguir
con las categoras empleadas por Ludmer en su lectura de Para una tumba
sin nombre surge de la historia que est naciendo, del cuento que est
siendo contado. Ningn dato que permita identificar a este narrador en
primera persona que, a su vez, se convierte en oyente de la historia; apenas
sabemos que es compatriota y periodista. Quizs pueda entenderse como
un alter ego de Onetti, si se tiene en cuenta el ttulo de un artculo que dice
estar escribiendo por orden de Lamas, su jefe en el peridico: Lolita de
Nabokov. Lo deja caer entre otros ttulos absurdos o cursis, a los que se
refiere con irona como temas tan valiosos. Pero ese en particular podra
relacionarse con un artculo que Onetti public en la prensa a propsito de la
famosa novela de Nabokov (Onetti, 1975). De todos modos, cualquier
especulacin sobre la identidad real de este narrador sera abusiva, debe
tomarse como una guiada ms, un juego. En todo caso sirve para abrir el
relato a la ficcin, que se presenta como un recuerdo muy privado, como
una confesin. El clima tenso previo a Santa Rosa, la momentnea intimidad
y empata de los dos hombres posibilita la gnesis del cuento: fue entonces
que nacieron y se fueron extendiendo, aunque truncadas, Magda y su
historia. Los hechos son producto del lenguaje, nacen de la conversacin,
nacen para l y para nosotros; renacen en tanto historia pasada y concluida.
Dice Ludmer que concebir el cuento es un hecho de hombres en el
corpus de Onetti: producir, contar, es un trabajo que slo puede ser producto
del ocio, que consume y debe ser alimentado. El alimento es proporcionado
por la mujer, la prostituta o la loca que en el lenguaje popular son una
misma cosa, en todo caso la que est por fuera del sistema social, de los
espacios normales habitados por el protagonista. En esta novela Magda
representa lo otro, el otro mundo, la posibilidad de vivir una vida distinta.
Fragmentos, nmero 20, p. 31/38 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
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35
37
BIBLIOGRAFA
Daz, J. P. El espectculo imaginario,II, Montevideo, Arca, 1989.
Lukcs, Teora de la novela, Barcelona, Gonthier, 1963.
Ludmer, J. Onetti. Los procesos de construccin del relato, Buenos Aires,
Sudamericana, 1977.
Martnez, C. D. Onetti: escritura y fragmentos de La novela total (sobre la lectura
de sus tres ltimas novelas), en Actas de las jornadas de homenaje a Juan
Carlos Onetti, Montevideo, Universidad de la Repblica, 1997: 114-120.
Migdal, A. Las locas de Onetti, en Actas de las jornadas de homenaje a Juan
Carlos Onetti, Montevideo, Universidad de la Repblica, 1997: 123.
Onetti, J. C. Cuando entonces, Madrid, Mondadori, 1987.
_____. Rquiem por Faulkner y otros ensayos. Montevideo, Arca, 1975.
_____. El pozo. Montevideo, Arca, 1977. [1939]
Vilario, I. Poesa. Montevideo, Cal y Canto, 1997. [1951]
38
EL FINAL DE EL ASTILLERO
GUSTAVO SAN ROMN
University of St Andrews
39
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Ms all de El astillero
Para encontrar evidencia de esta ltima aseveracin debemos por
fuerza salir de El astillero y buscar pistas en textos posteriores en la
cronologa de Santa Mara. Hay por lo menos cuatro dignos de mencin.
Uno es el ltimo texto de los Cuentos completos (1993), indito hasta ese
momento: La araucaria. En este breve (y leve) cuento aparece Larsen
convertido en cura e interesado en las perversiones sexuales de una pareja
42
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NOTAS
44
Introduction
Comparisons have been already made between specific works by
Juan Carlos Onetti and Mara Luisa Bombal (Perier-Jones 1971; Murray
1983), and two particular aspects of their writing have been the focus of a
number of critical studies, namely alienation, and the psyschoanalytical
dimension. (Adams 1975; Vidal 1976; Millington 1985, 1991, 1993).
Nevertheless, certain areas of coincidence remain to be explored. My reasons
Fragmentos, nmero 20, p. 45/68 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
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Yet Onetti and Bombal certainly coincided in space and time. There
is barely a year between the dates of their birth, Onetti in 1909, Bombal in
1910. Both spent lengthy periods in Buenos Aires. Onetti was there at various
times between 1930 and 1934 and 1940-1954; Bombal lived and worked in
Buenos Aires from 1933-1941. Furthermore, they wrote at the same time,
within the same literary genres, and, presumably, for the same readership.
Bombal was in close contact with Neruda and the Sur group (See King
1986: 83-84). Among her friends and mentors were Victoria Ocampo,
Alfonsina Storni and Jorge Luis Borges, who wrote the preface for the
English translation of her short stories, New Islands and Other Stories,
published in 1982, although he had earlier criticised in Sur the narrative
perspective adopted by Bombal in La amortajada (Borges 1938: 80-81). A
number of her short stories appeared in the same magazine: Las islas nuevas
and El rbol in 1939; Washington, ciudad de las ardillas in 1943.
Onetti published regularly in Buenos Aires from 1933 onwards, in
Crtica and La Nacin, while El lbum appeared in Sur in 1953, Los
adioses in 1954. Among his circle of friends were Norah Lange and Oliverio
Girondo, to whom Bombal dedicated La ltima niebla. Onetti did have
some contact with Borges, but as Omar Prego explains, their first encounter
was not, by any means, a meeting of true minds (Prego 1986: 56-57).
Bombals first published work, La ltima niebla, first appeared in
Buenos Aires in 1935. Its English translation, made by Richard and Lucia
Cunningham, The Final Mist, was published in New York in 1982. However,
Bombal herself produced a retextualisation of La ltima niebla in 1947,
under the title of House of Mist. The reworked version of her novel shows
the influence of years she spent writing film scripts for Sonofilm in Argentina
(1937-40), producing film reviews, and doing Spanish dubbing for American
films, even supplying the voice for Judy Garlands character in The Clock.
The atmosphere of House of Mist is strongly reminiscent of such 1940s
Gothic classics as Hitchcocks Rebecca, and House of Mist is to all intents
and purposes a different work from The Final Mist. Onetti, too, was interested
in film, and published film criticism. Bombal sold the film rights of House of
46
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
Mist to Hal Wallis for 125,000$, though it was never filmed. El astillero
should have been filmed in Mexico in 1972, but the project was never
completed.
Finally, the works of both have been translated into other languages,
are now the subject of extensive literary criticism, and have indubitably
become part of the Latin American, if not international, canon. There is a
clear sense that even they never actually overlapped, these two writers do
seem to have enjoyed parallel careers, if not lives. Of course, this kind of
deliberation is extremely speculative, and should not supplant, or even inform,
an empirically grounded discussion of their respective works. In their literary
production at least, both authors had in common a particularly jaundiced
view of human relationships, especially relationships between men and
women. Onetti was married four times. Bombal had a series of failed
relationships, and achieved notoriety because she shot her former lover,
Eulogio Snchez, in 1941. Onetti is commonly held to approach the issue
from the mans point of view if not that of an inveterate misogynist. For
Judy Maloof, Onettis texts may be read as examples of misogyny and as
an expos of the sado-masochistic mindset (Maloof 1995: 172), while Bombal
is now held to offer a fine example of criture fminine. And yet they
seemingly meet on some middle ground, expressing an equally negative,
pessimistic view of the possibility of any genuine communication or reciprocity
between a man and a woman. Maloof suggests that male subjectivity in
Onetti is usually based upon the silencing of women, frequently through
death (p.175). Bombals protagonists pass much of their time trapped in
silence, turned in upon themselves; Ana Mara, enclosed in her shroud, has
become the ultimate silenced woman. But Onettis writing is every bit as
concerned with the emotions, and is equally difficult to pin down. Bombals
prose is frequently described as vaporous, while Onetti is dense and
difficult (Millington 1991: 207). Moreover, there is no sense whatsoever
that the narrator of Tan triste como ella derives any vicarious pleasure
from his female protagonists anguish. Both Bombal and Onetti return time
and time to the same topos, the breakdown of a marriage or a relationship,
as we shall see below.
Points of convergence
One obvious point of convergence is constituted by the Faulknerian
intertext that seems to condition both Onetti and Bombals writing. John
King informs us that Sur published Faulkner in August 1939, and suggests:
It is likely that many Latin American writers and future writers read Faulkner
for the first time in Spanish in Sur, or in the translation of The Wild Palms
published by Sudamericana the following year. Borges himself translated
The Wild Palms (though in his autobiographical essay, he claims,
characteristically, that his mother did all the work. (King 1986: 77)
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debt in Rquiem por Faulkner (1975), and several Latin American critics
have explored this question, though usually from the perspective of the
influenced. More recently, Anglo-American scholars have begun to
investigate the projection of Faulkner into Latin America, among them Helen
Oakley, who uses the concept of labyrinths to explore the intertextual
relationship between As I Lay Dying and La amortajada (Oakley 2002:
75-115) and the intertextuality of A Rose for Emily and La novia robada
(Oakley 2002: 117-154).
In this respect, the authors use of recurring characters may be
significant. In the case of Onetti, this trait of his narrative has been well
documented, with reference to the Saga de Santa Mara. As Domnguez
points out:
La creacin de un territorio imaginario como Santa Mara es la relacin
primera con el condado de Yoknapatawpha. Ambas sagas retoman
personajes propios a lo largo de cuentos y novelas. cruzan destinos y funden
sus vivencias en ese espacio ilusorio con un tono realista que sin embargo,
asume y declara su carcter de ficcin. (Domnguez 1997)
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
The scene is focused quite differently from the original text. Daniel is
more heroic, coming to the rescue of the now named protagonist. In formal
terms, although both versions are first person narratives, the Spanish is
written in the present tense, while the English is in the past.
By coincidence, the same question is posed in Tan triste como ella,
this time a third-person narrative with an omniscient narrator:
Estaba de espaldas cuando dijo:
Por qu te casaste conmigo? (p.140)
The man tries to evade the question, observing that he did not marry
her for money, but the woman insists on a response. When it comes, he
effectively confirms the impossibility, the death of their relationship:
Te quera, estaba enamorado. Era el amor.
Y se fue afirm ella desde la cama, casi gritando. Pero, inevitablemente,
tambin preguntaba. (p.141)
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50
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
To begin with, she does not understand the depth and strength of his
emotions, though she does have an intuition, la confirmacin de la desgracia
(p.124). Even so, she suppresses her fears:
no crey que nadie pudiera talar los viejos rboles intiles y enfermos, matar
el pasto nunca cuidado, las flores sin nombre conocido, plidas, fugaces,
cabizbajas. (p.125)
The gun
For most critics, the gun in Onettis Tan triste como ella, as elsewhere
in his writing, represents the archetypal phallic symbol. Yet another point of
contact between Onettis story and Bombals narrative is that of death by
gunshot. For her protagonists, life ends when their lovers leave them or their
husbands cease to love them. This is the case in La ltima niebla, when the
protagonists sister-in-law Regina shoots herself:
Regina supo del dolor cuya quemadura no se puede soportar; del dolor
dentro del cual no se aguarda el momento infalible del olvido, porque, de
pronto, no es possible mirarlo frente a frente, un da ms. (p.92)
51
One could argue that the outcome is preordained from early in Tan
Triste, perhaps at the moment when the man nails a tin can to an Araucaria
tree and uses it to test a handgun, supposedly for her safety, or perhaps even
before the action of the narrated story begins:
Hasta que, en mitad del verano, lleg la tarde prevista mucho tiempo antes,
cuando tena su jardn salvaje y no haban llegado poceros a deshacerlo.
(p.143)
Having followed the story through to its conclusion, the reader wonders
whether the husband deliberately set out to drive his wife to suicide. Precisely
what drives her to shoot herself when she does, is not clear. One reason
might be the news that her former lover, Mendel, father of her son, has been
arrested for some kind of fraud, or it may be due to the softening of the
hedge of thorns, on which she can no longer punish herself.
We should ask whether the gun carries the same meanings in Bombals
narrative as in Onettis. On one level, the answer is almost certainly yes,
since all of the women characters are without exception the victims of an
oppressive, patriarchal society. In a sad irony, Bombals women take a
traditionally male weapon, but turn it against themselves. In Onetti, there is
an added dimension. She takes the phallic gun into her mouth in the grotesque
simulation of a sexual act, having first warmed it on her childs hot water
bottle, and when the revolver finally fires:
52
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
crey que volva a tener derramado en su garganta el sabor del hombre, tan
parecido al pasto fresco, a la felicidad y al verano. (p.144)
53
The Unknown
(1982)
Miles down, below the
deep, dense zone of
darkness, the ocean
again illuminates itself.
A golden light radiates
from gigantic sponges,
yellow and resplendent
as suns.
Numberless plants and
cold-blooded creatures
live within this layer of
light, buried eternally in
the brightness of a
glacial summer.
A profusion of green and
red anemones blossom
on the wide sandy lawn,
amid schools of
transparent jellyfish,
dangling like umbrellas,
which have not yet set
out in quest of their
wandering destiny
through the seas.
Hard white corals
entwine like bushes,
through which glide dark
velvet fish, opening and
closing like flowers.
Sea horses there are:
tiny thorough reds of the
deep moving at a silent
canter with radiant algae
manes rising slowly
round them like halos.
And I only know that
underneath certain
deformed conch shells
burrowed on the bottom
there sits a little
mermaid, weeping.
(p.77)
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
On her first encounter with Daniel, the man she will eventually marry,
she confuses him with an enchanted prince who has been transformed into
a bear (p.6). Although never mentioned by name by Bombal, this may allusion
may be drawn from Grimms Snow White and Rose Red, in which the
enormous, black-headed bear becomes playmate, rescuer, then bridegroom.
Together, they look for the toad in the well, Prince Toad, with a crown,
a notion that brings to mind both The Frog Prince (Grimm) and The Marsh
55
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
57
or still waters, and like Snow Whites stepmother, they are not happy with
what they find. Also present in La amortajada is what we might denominate
the Rapunzel motif. In Grimms tale, the Prince was able to climb up to
her tower using the rope of her hair, eventually fathering her twin children.
Thus sexual fulfilment and fecundity are all connected with Rapunzels hair.
In Bombal, unbound hair symbolises social and sexual freedom. As a young
girl, Brgida has plaits that descend to her ankles. The narrator of La ltima
niebla is obliged to wear her hair in a tight, repressive braid. Ana Mara
recalls how her plaits entwined themselves around Ricardo, first in a
foreshadowing of their physical union: Mis trenzas aleteaban deshechas, se
te enroscaban al cuello (p.20), then later, in a confirmation that they have
consummated their love, Mis trenzas aletearon, deshechas, se te enroscaron
al cuello (p.21).
The eponymous heroine of La historia de Mara Griselda is portrayed
as a fairy-tale princess, kept prisoner because of her husbands obsessive
jealousy, aislada en un lejano fundo del sur (p.54). This idea is emphasised,
with the repetition, la que mantiene secuestrada all en un lejano fundo del
sur (p.56). After Silvias suicide, Mara Griselda faints, and is then described
in terms strongly reminiscent of Snow White in her glass coffin or Sleeping
Beauty in her marble palace. Marjorie Agosn maintains that La historia de
Mara Griselda as an inverted fairy tale, based on Snow White. This is
incontestably true, particularly when we find the following variation on the
mirror sequence:
qu cree Usted que me contesta cuando le pregunto, quin es ms linda, si
Mara Griselda o yo?
Te dir que t eres la ms linda, naturalmente.
No, me contesta. Son tan diferentes! (p.50)
The young womans beauty and goodness are not rewarded, but rather
alienate those around her, causing the death of Silvia, the profound unhappiness
of Anita, and madness of Alberto (Agosn 1983:141-149). Verity Smith points
out the links with Patient Grizelda, as well as the The Frog Prince (Smith
1991:146). In fact, there are also elements of Andersens The Marsh Kingss
Daughter, mentioned explicitly in House of Mist, (p.13). In this tale, the
daughter of the Marsh King is under an enchantment. By day her human
characteristics prevail, by night she becomes a frog. As a human, she is wild
and savage, in her frog shape she is kinder and gentle, so much so that her
Viking foster mother says:
I could almost wish that thou wert always my poor dumb frog-child; for thou
art only the more terrible to look at when thy beauty is on the outside. (p.
426)
In fairy tale tradition, girls are often isolated and victimised because
of their beauty. However, the stories end on a happy note when their patience
and forbearance is rewarded, as in Grimms Mother Hulda, for example.
This does not happen with Mara Griselda, who is driven to the extremes of
apologising for her beauty. In her case, it is not just her beauty that isolates
58
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
her, but her different character. As Joyce Thomas explains, with regard to
fairy tale heroes and heroines:
Even when she is in the company of others, the protagonist is isolated by
virtue of his/her different nature. His/her mental and emotional isolation in
turn leads to the physical: almost always, s/he faces the challenge alone or in
the absence of the society from which she came. (Thomas 1989: 20)
59
60
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
Uruguayans in the interior use the Indian name apind for the
cinacina, although Lombardo registers this vocabulary item for the ua de
gato.
Even discounting the Jerusalem connotation, there are undeniable
religious implications in the way that the wife impales herself on the thorns,
in what Millington describes as a sort of self-inflicted crucifixion (Millington
1991: 209). At the same time, we might well consider them a distorted,
twisted version of the Holy Family. Like the Virgin Mary, she is already
pregnant with someone elses child before she marries Joseph. Add to this
the information we are given about the oldest pocero, how he has posed as
a priest, the occasional references to prayers, the incomplete Ave Marias,
and the husbands enactment of the role of betrayer Judas and it all adds up
to a definite religious subtext. How we decode it is, of course, another matter.
I would suggest that the cinacina is a reminder of the hedge of thorns in
Sleeping Beauty, though a version in which Onetti perverts/subverts the
usual fairy tale conventions, turning them upside down - like Bombal - in
order to demythify and destroy the readers expectations of a happy ending,
a dream come true.
Fragmentos, nmero 20, p. 45/68 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
61
Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
husband, more ogre than rescuing prince, has killed her as surely as if he
had strangled her with his own bare hands.
For Bruno Bettelheim, one of the most important characteristics of
the fairy tale is the happy ending. In Sleeping Beauty, the prince and princess
live happily ever after. Onettis characters do not. Traditionally, evildoers
are punished and virtue is rewarded (Bettleheim 1978: 230). But the woman,
who critics have tended to perceive as victim rather than villain, is never
compensated for her suffering. Nor are we given any indication that the
husband will be punished for his cruelty. Though arguably, his suffering began
when he first fell in love. Finally, although fairy tale narrative tends to be
linear and Onetti is noted for the fragmentation of his narrative, the chronology
of the womans decline into death is clearly marked.
Conclusion
There are many more features of Onetti and Bombal that we might
compare and contrast. In terms of narrative structure; for instance, both
authors coincide in their use of flashback. Both make ample use of recurring
themes and motifs, among them infidelity, adultery, betrayal at all levels.
Highly significant is the dream for both writers is the dream and the daydream
(Odber de Baubeta 1996: 81-93). Or we might consider pathological jealousy
to be a driving force in the characters of both authors, the husband in Tan
triste como ella, the protagonists of La ltima niebla and House of Mist,
Ana Mara in La amortajada, Alberto and Silvia in La historia de Mara
Griselda. There is also the highly significant mirada or gaze: Bombals
female protagonists spend much time contemplating their reflections in mirrors
or pools of water (Garrels 1991: 81-90; Tolliver 1992: 105-121). Onettis
character gazes at her husband in an attempt to understand his reactions, his
rejection of her: A escondidas ella le miraba los ojos (p.121), while he either
averts his eyes, or views her with incomprehension; this is not the phallic
gaze. Or there is the incest motif that Murray distinguishes in El rbol and
which is hinted at in Tan triste como ella (Murray 1983). But, for the
present, I hope that I have signalled some of the numerous points of contact
between Onetti and Bombal, preoccupations held in common and expressed
in similar ways. For Bombal, the woman is always the other, and there
can be no genuine understanding between this other and her oppressor, no
matter what efforts she may make. Onetti seems to share this view: todo
haba sido conversado tantas veces, comprendido hasta donde uno cree
comprenderse y entender al otro, and yet the abyss of incomprehension,
resentment and finally hatred can only grow wider (Onetti, p.126). There is
no sense of any sympathy or pity for the obsessive husband, consumed by
his own humiliation and jealousy. Instead, there is compassion for the wife
trapped behind her hedge of thorns, the woman who feeds her child one last
time before ending her life. One could suggest that this story is narrated
from the womans point of view, that Onetti, unexpectedly, is writing the
feminine.
Fragmentos, nmero 20, p. 45/68 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
63
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Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
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Patrcia Anne Odber de Baubeta, Unhappy ever after:Tan triste como ella...
Onetti, 1950.
Onetti, 1958.
(Foto de Hermenegildo Sbat)
Fragmentos, nmero 20, p. 69/74 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
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LA MUJER EN EL
INFIERNO TAN TEMIDO
AURORA M. OCAMPO
Universidad Autnoma de Mxico
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nfico combate, cualesquiera sean las formas y carices que adopte: angustia
o alborozo, tragedia o comedia. Esta polmica, que constituye la sustancia
misma de que est hecha nuestra vida, radica en la necesidad de que el
hombre y lo que lo rodea extraos y heterogneos entre s se hagan
homogneos, es decir, se identifiquen. Y esta lucha, como decamos, es el
gran tema de la narrativa de Onetti.
La empresa vital del hombre consiste, lo quiera o no, en afanarse en
identificar, en fundir, el universo y su persona. Todas las dimensiones de
nuestra actuacin se ocupan esencial y exclusivamente en esto. Pero hay
una que por ser la principal es a quien compete el rango supremo en el
repertorio de las actividades humanas, el conocimiento. El conocimiento
como la aprehensin del ser, de lo real por el pensamiento, y una forma, un
mtodo de conocimiento es la narrativa misma. Forma hbrida, como dira
Sbato, porque participa de la razn y de la intuicin, del sujeto y del objeto,
del consciente y del subconsciente como todo arte, pero an ms complejo
porque su instrumento es el lenguaje, el cual tiene a su alcance todo el
conocimiento humano. Mientras se crey que la realidad deba ser
aprehendida por la sola razn, la literatura pareca relegada a una tarea
inferior, heredera vergonzante de la mitologa y la fbula, actividad tan
adecuada a la mentira como la filosofa y la ciencia a la verdad. Pero
cuando se comprendi, despus de la revolucin iniciada por Nietzsche y
Schopenhauer, y continuada por Freud y los surrealistas, que no toda la
realidad era la del mundo fsico, ni siquiera la de las especulaciones sobre la
historia o las categoras; cuando se advirti que tambin formaban parte de
la realidad los sentimientos y emociones, lo que se suea y lo que se imagina,
entonces se concluy que las letras eran tambin un instrumento de
conocimiento, uno de los ms capaces de penetrar en el misterioso
territorio del hombre. De ah que la soledad, el absurdo, la angustia, la
esperanza, la bsqueda del absoluto, el amor y la muerte sean los temas
perennes de toda gran literatura.
Pero es evidente que se ha necesitado esta crisis mundial de la
civilizacin en que vivimos, este principio de apocalipsis que ya sufrimos
para que los problemas eternos del ser adquirieran su universal, su terrible y
desnuda vigencia, y es Onetti uno de los escritores contemporneos que
ms hondo los toca. Fue l tambin uno de los primeros en mostrar la sutil
trama que vincula lo ms profundo de la subjetividad de un ser humano con
lo ms externo de la objetividad y en opinar que el narrador debe tratar de
dar la descripcin total de esa interaccin. Los personajes de Onetti nos
van a ser revelados en su ms profunda interioridad a partir de sus actos y
modales, de su apariencia fsica y de su conducta. En suma, la realidad en
Onetti no slo es la externa de la que nos habla la ciencia y la razn, sino
tambin es ese mundo oscuro, infinitamente ms importante para la narrativa del uruguayo que el otro. Ya Linacero, el protagonista de su primera
novela corta, El pozo, aspiraba a contar la historia de un alma, de ella sola,
sin los sucesos en que tuvo que mezclarse, queriendo o no.
76
Onetti busca en el hombre su esencial condicin humana, su misteriosa relacin con el mundo, intentando encontrar un sentido a su existencia
en la exploracin despiadada de sus contradicciones, de sus abismos y lmites
y en el enfrentamiento crucial del hombre con su otra realidad: el ser humano del otro sexo; de ah que uno de sus temas fundamentales sea la mujer.
Como el ser humano es el centro de su reflexin narrativa, Onetti gusta
analizarlo en dos de los momentos ms crticos de su vida: la madurez y la
adolescencia.
El hombre es una realidad esencialmente insatisfecha de s misma
que en esta sociedad de consumo en que vivimos, siempre est deseando
ser otra cosa de lo que es. Ya vimos que el meollo de toda vida humana es
una ontolgica nostalgia de lo otro, que se traduce en una permanente
tensin de lo que no se es o de lo que se pudo haber sido, o de lo que se
intuye que se puede ser. Tanto ms s mismo llega a ser el hombre cuanto
ms fiel permanezca al deber de ser otro, en el sentido de enriquecimiento
espiritual, pues lo que diferencia especficamente al hombre del resto de los
seres vivos es que su voluntad de vivir no se traduce slo en la conservacin
de la vida, sino tambin en su evolucin espiritual, y este deseo de
perfeccin tico slo se logra, para Onetti, mediante la vivencia del amor.
Slo se podr ser otro, es decir, mejor de lo que se es, en la medida en que
permanezcamos abiertos al otro y nos entreguemos generosamente a su
servicio, lo cual supone colaborar con l en su propio enriquecimiento personal
(en nuestro propio enriquecimiento espiritual), ayudar al otro a ser otro.
Cada cuento de Onetti, cada novela, es un intento de explicarse, de
introducirse de lleno y para siempre en la vida, y el dramatismo de sus
ficciones deriva precisamente de una reiterada comprobacin de que todo
le es ajeno, de la forzosa incomunicacin que padece el protagonista, y por
ende, el autor, el propio Onetti, es el fracaso esencial de todo vnculo, el
malentendido global de la existencia, el desencuentro del ser con su destino.
El ser humano difcilmente logra la unin con el mundo, por lo general nuestro
problema es precisamente se. No podemos introducirnos en la vida. De
esa carencia arranca, paradjicamente, en los protagonistas de la narrativa
de este extraordinario escritor, otro camino, otra posibilidad muy bien
observada en los seres humanos, la de crear un ser imaginario, un otro yo
que se confunde con sus existencias. Un ejemplo es la creacin de Brausen:
Daz Grey, en La vida breve. En Un sueo realizado, ya no es la intrusin
de la imaginacin o del sueo en la vigilia, sino la realidad forzada a seguir
los pasos del sueo. La protagonista, una rechazada que no pudo introducir
su soledad en la vida de los otros, ha sentido slo en un sueo lo que es
ternura, comunicacin, de ah que quiera verlo representado, realizado, y
morir despus.
En la entraa de sus cuentos, slo aparentemente duros y cnicos,
agresivos en muchos casos, como gritos desesperados en busca de amor,
encontramos en los personajes de Onetti una sensibilidad que se resiste a
aceptar que la vida sea slo corrupcin y sordidez, y vuelven empecinados
Fragmentos, nmero 20, p. 75/85 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
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(p. 112). Risso no sigue el consejo ofrecido por su sueo, sino que sigue la
senda de su transformacin y trascendiendo su egosmo, experimenta, por
primera vez, un sentimiento universal: slo tena ahora, una lstima
irremediable por ella, por l, por todos los amantes que haban amado en el
mundo, por la verdad y error de sus creencias, por el simple absurdo del
amor y por el complejo absurdo del amor creado por los hombres (pp. 112113).
El dolor permite a Risso identificarse con los dems, con lo que da un
gran paso en su evolucin espiritual y, al mismo tiempo, intuye su propio
destino: ...supo que le sera imposible mirar otra [fotografa] y seguir
viviendo (p. 113). Y lleg a pensar que, siempre, el amante que ha logrado
respirar en la obstinacin sin consuelo de la cama el olor sombro de la
muerte, est condenado a perseguir para l y para ella la destruccin,
la paz definitiva de la nada (p. 118).
Risso, en efecto no vuelve a mirar otra foto, pero para su proceso de
cambio le basta con el asedio incansable a que lo somete Gracia con la
llegada de los sobres, a los que, con una imaginacin e intuicin
extraordinarias, sabiendo que Risso acabara por romperlos sin mirar las
fotografas, hace llegar ahora a sus amigos. Esto lo va sumiendo cada vez
ms hondo en el pozo de su propio infierno, hasta lograr hacerlo sentir como
un animal acorralado:
Se senta... como una alimaa en su madriguera, como una bestia que oyera
rebotar los tiros de los cazadores en la puerta de su cueva. Slo poda salvarse
de la muerte y de la idea de la muerte forzndose a la quietud y a la ignorancia.
Acurrucado, agitaba los bigotes y el morro, las patas; slo poda esperar el
agotamiento de la furia ajena (p. 117).
Risso tiene ahora slo dos caminos, la nada de la muerte o la salvacin por
medio del amor. Slo as, despojado de la voluntad y la razn, del orgullo y la
soberbia del ser humano, humilde y entregado al dolor en el silencio total de
su quietud, sin permitirse palabras ni pensamientos, es cuando empieza a
entender:
...por qu no aceptar que las fotografas, su trabajosa preparacin, su puntual
envo, se originaban en el mismo amor, en la misma capacidad de nostalgia,
en la misma congnita lealtad (p. 118).
83
NOTAS
1
Todos los subrayados de esta cita y de las que siguen son nuestros.
Lucien Mercier, Juan Carlos Onetti en busca del infierno, en Juan Carlos
Onetti, Recopilacin de textos, Selec. de Reinaldo Garca Ramos, La Habana,
Casa de las Amricas, 1969, p. 176.
85
EL CERDITO DE ONETTI:
UNA LECTURA
PAUL JORDAN
University of Sheffield
87
decir que invitndolos, ella logra llenar el vaco que siente. Pero ella
desconoce, o interpreta mal, la realidad de los nios, y es destruida por ellos.
Esta interpretacin da cierta coherencia a los sucesos, aunque no los
explica. Sin embargo, es claro que una serie de acontecimientos tan llamativos
no puede ser gratuita: aunque tal vez nunca se descifre definitivamente, no
obstante, s parece importante intentar descifrarla. Desde luego, ya que se
trata de un cuento de Onetti, muy pronto se percibe una estructura formal
esmerada: en este trabajo se inscriben las sucesivas tentativas de descifrarla.
Cada tentativa en cierta medida fracasa, aunque emergen elementos claves
que, aunque frustran la lectura, subrayan la necesidad, tanto de la presente
lectura, como de otra siguiente.
La trama del cuento est regida por el suspenso creado por la tensin
entre dos visiones del mundo. Se ve desde el principio que la visin de la
anciana es errnea, parcial, y en cierta medida fantasiosa. Aunque
inicialmente su fantasa parece inocua, su visin contrasta con otra versin
de los acontecimientos que poco a poco revela su amenaza, y que culmina
en el ataque a la anciana, y su destruccin. Sin embargo, la tensin no se
resuelve con el enfrentamiento fsico: no hay ningn enfrentamiento entre
los valores, ya que la anciana, que est o inconsciente o, ms probablemente,
muerta, obviamente no est en condiciones de reflexionar; y no lo hacen ni
el narrador ni los nios. La trama, por consiguiente, queda abierta, inconclusa.
Es el episodio final, en el cual un nio pone el dinero en la alcanca en forma
de cerdito, el que la concluye muy satisfactoriamente: es inesperado, cruel y enigmtico.
El lector, entonces, se encuentra ante un episodio final muy llamativo,
que a la vez resiste el desciframiento, y parece exigir ser descifrado. Aunque
no suele ser el camino de acercamiento ms prometedor a un cuento de
Onetti, en este caso, en vista del enfoque mnimo del mundo interno, y la
presencia de unas transacciones sociales muy precisas, y del dinero,
parecera que el punto de partida de la bsqueda de significacin debe
estar en el nivel social, es decir en las circunstancias econmicas y las
actitudes de los protagonistas. Al principio este enfoque parece prometedor:
la anciana, que vive al parecer cmodamente en su casita con jardn, no
sabe que muy cerca, ms all de la plaza y cruzando el puente, hay gente
que vive en la miseria. Vive ajena a la realidad circundante: tal vez est
viviendo en el pasado, un pasado en el que tena cerca a su familia, o por
lo menos al nieto. De los nios sabemos poco: sus nombres, el hecho de
que son pobres y hambrientos, y de que viven en una villa miseria;
sorprendentemente, no existe el menor indicio de que el atacar a una vieja
para robar su dinero les provoque el menor escrpulo. De hecho, es una
situacin verosmil, en la medida en que podra ser el resultado de la
desigualdad econmica, la degradacin de las estructuras y relaciones
sociales, el colapso o ausencia de infraestructuras esenciales que
caracterizan cualquiera de las megalpolis modernas. Sin embargo, esta
observacin general no es ms que un punto de partida: la falta del mnimo
88
89
La ms cruel irona est en que los dos guiones estn vinculados precisamente
por las manos de Emilio, pero de forma inesperada, y desapercibida por la
anciana, que ya yace en el suelo, (7): Juan le propuso a Emilio: - Dale otro
golpe. Por las dudas (p. 430).
Se ve que en El cerdito los sucesos estn coordinados con una lgica
ineludible; sin embargo, no es evidente cmo interpretarlos: es decir que el
perfecto orden en el nivel de la trama se contrapone a una elusividad en
cuanto a su significacin. Es casi como si llegramos a un universo borgiano
en que, por medio de las manos de Emilio, la anciana vuelve a encontrar al
nieto perdido, es decir que llega a su destino, y por consiguiente slo le
queda la muerte. Pero - es verosmil que el destino final de un cuento de
Onetti sea una visin tan abstracta, esttica del mundo? Pensamos que no,
que es tan inverosmil como lo sera una crtica social directa realizada por el
autor. Lo ms probable es que la solucin se encuentre en un trmino
intermedio, equidistante de estos dos extremos: es decir que despus de
todo, ella residir en las similitudes y diferencias entre El cerdito y los
modelos literarios ya invocados y comentados.
Tanto en el caso de La gallina degollada como en el de La viuda de
Montiel se puede afirmar que hasta cierto punto la violenta muerte de la
protagonista (un hecho concreto en el primero, y una amenaza no realizada
en el segundo) cabe dentro de la economa moral del contexto social del
cuento. En cambio, en el caso de El cerdito el vnculo es menos evidente,
y por cierto no es explcito. A pesar de la ausencia de una justificacin
social, no se puede descartar el problema de la justificacin, o del motivo, ya
que el ataque es, ineludiblemente, el episodio central del cuento. Por
consiguiente, una posibilidad que merece - o incluso exige - ser indagada es
que la solucin del problema pueda encontrarse precisamente en la abertura,
la oscilacin producida por la ausencia de una resolucin del problema de la
justificacin.
Volviendo otra vez a la estructura cortazariana de un mundo presente
y un ms all, se observa que existen variantes. En primer lugar, los elementos
del ms all suelen sealar la existencia de una estructura oculta (figura)
que comparten dos o varias manifestaciones del mundo: es el caso de Todos
los fuegos el fuego, o La noche boca arriba, por ejemplo. Asimismo, los
elementos provenientes del ms all pueden representar la irrupcin
destructiva de lo reprimido, expulsado o marginado - pero no por eso
necesariamente intrnsecamente malo - en el presente: es el caso de El
dolo de las Ccladas. Ya se ha sealado un paralelo con estas estructuras
en El cerdito, en la irrupcin de los nios en el mundo de la anciana, desde
el ms all. Ahora, El cerdito no termina con el enfrentamiento o
yuxtaposicin de los mundos, sino que hay un retorno al ms all, donde
tiene lugar el ltimo, enigmtico episodio: el almacenamiento del dinero.
La accin de meter dinero en una alcanca en forma de cerdito
correspondera a la realizacin infantil de la virtud de economa o frugalidad.
En este caso, sin embargo, la accin parecera no tener su valor
Fragmentos, nmero 20, p. 87/93 Florianpolis/ jan - jun/ 2001
91
ser dbil castigado por una fuerza brutal. Y aqu finalmente, estamos frente
al enigma central: ser el caso que al consumir el dinero robado (que es a
la vez el producto del presente cuento) sin esclarecer el problema de su
origen, el cerdito tambin representa un intento de consumir el problema, en
vez de resaltarlo?
NOTA
1
93
MONEGAL, LEITOR DE
ONETTI*
WALTER CARLOS COSTA
Universidade Federal de Santa Catarina
95
97
Al contrario [de Tierra de nadie] en Para esta noche hay madurez tcnica
sobre todo en las primeras 53 pginas. A ratos parece que Onetti quisiera
probar que es capaz de conseguir una novela bien hecha. Y eso es lo que
queda cuando se la piensa. Como cuentista ya haba dado piezas acabadas
lase Un sueo realizado en La Nacin, 6-VII-41. Como novelista, recin
en esta obra consigue una estructura firme, una segura progresin. En la
escena inicial, larga y compleja, halla un limpio efecto; muestra los sucesos
desde dos personajes distintos, primero en funcin de Ossorio, el
protagonista, luego segn Morasn, el antagonista. Consigue, al variar el
punto de mira, el enfoque algo similar a lo que obtena Orson Welles al
historiar a Charles Foster Kane desde su amigo, desde su segunda esposa,
o desde su administrador en El Ciudadano. Adems, este pasaje es el mejor
construido de todo el libro. Luego hay bastante confusin, aciertos parciales
y a veces- un buen ritmo de pesadilla. (Rocca & Alsina : 109)
98
Sete anos depois, Onetti produz o romance La vida breve que, para
Monegal, marcaria a segunda etapa de sua carreira, depois da primeira que
engloba uma novela realizada El Pozo (cifra de toda su obra posterior),
muitos contos elaborados e dois romances falhos. Segundo o crtico este
seu romance mais ambicioso e complexo, onde aparece pela primeira vez a
mtica Santa Mara, inventada por um de seus personagens. tambm, um
texto que mostra influncias de Borges e que, por sua vez, se constitui em
dos modelos de la nueva narrativa latinoamericana. (ver Rodrguez
Monegal 1992: 109). Representa tambm um enorme avano em relao a
El Pozo pois el arte lineal del primer memorialista madur en la compleja
estructura de vida y sueos (Rodrguez Monegal 1992: 110). Apesar do
enorme avano e de sua importncia como modelo para a nova fico hispanoamericana, Monegal v problemas em La vida breve:
El principal defecto de La vida breve, y lo que ha impedido tal vez que esta
obra, verdaderamente pionera, haya tenido la repercusin que merece, es
precisamente de tipo estructural. All el andamiaje narrativo ha quedado
demasiado a la vista. Es como si Onetti hubiera tirado la piedra sin haber
sabido esconder a tiempo la mano. El prestidigitador haca admirables trucos
pero tambin los explicaba. El largo aprendizaje con Cline y Faulkner era
todava demasiado evidente. (ver Rodrguez Monegal 1992: 128)
99
NOTAS
*
Assim, Antonio Candido soube reconhecer imediatamente o carter de obraprima de Grande Serto: Veredas. Ver O homem dos avessos in Coutinho
1983: 294-309. Por outro lado, se Monegal no soube ver a grandeza de
Felisberto Hernndez, Antonio Candido permaneceu indiferente de Borges.
101
REFERNCIAS
Aira, Csar Diccionario de autores latinoamericanos. Buenos Aires: Emec/Ada
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Cella, Susana (ed.) La irrupcin de la crtica, tomo 10 de Historia crtica de la
literatura argentina, dirigida por No Jitrik. Buenos Aires: Emec, 1999.
Coutinho, Eduardo de Faria (org.) Guimares Rosa, Coleo Fortuna Crtica. Rio de
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Laffont-Bompiani Le nouveau dictionnaire des oeuvres de tous les temps et de tous
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Raviolo, Heber & Rocca, Pablo (eds.) Historia de la literatura uruguaya
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San Romn, Gustavo (ed.) Onetti and Others. New York: State of New York Press,
1999.
102
HAGAN LO QUE
QUIERAN: EN TORNO A
LOS MANUSCRITOS DE
CUANDO YA NO IMPORTE
DANIEL BALDERSTON
Universidad de Iowa
103
Es difcil a su vez contar lo que sucedi con esta breve y fuerte novela
final, que escriba febrilmente tanto de noche como de da Onetti ya consciente
del poco tiempo que le quedaba. Pero intentar explicar la compleja relacin
que existe entre la versin publicada y los manuscritos, para luego reflexionar
sobre las caractersticas de esta novela y de la obra narrativa de Onetti
en general que posibilitan su existencia y sobrevivencia en estas
circumstancias difciles.
Supongo que no es secreto que el Onetti que luchaba con los originales
de Cuando ya no importe estaba muy debilitado. El ttulo que se le dio a la
novela y las ltimas pginas de su versin publicada ya expresan la conciencia
de una muerte inminente, y el texto testimonia una lucha por resguardar algo
ms all del tiempo limitado. En la anotacin que aparece en la pgina 162
de la novela publicada (y en el calendario al que alud antes en las hojas
correspondientes al 26 y al 27 de noviembre), se dice:
Hoy recuerdo que durante el exilio en mi santa helena personal estos apuntes
resbalaron y cayeron al suelo entreverndose. Los junt como pude y nunca
trat de ordenarlos. Para hacerlo hubiera sido indispensable mirar fechas y
sucesos: una tarea imposible para m. Leer lo apuntado me resultaba no slo
desagradable sino tambin repugnante. Todo lo sucedido est muerto y
enterrado en el transcurso irrefrenable de segundos, minutos, en las horas
superpuestas sin remedio a las que eran dichosas o tristes. (162)
104
Hace una quincena o un mes que mi mujer de ahora eligi vivir en otro pas.
No hubo reproches ni quejas. Ella es duea de su estmago y de su vagina.
Cmo no comprenderla si ambos compartimos, casi exclusivamente, el
hambre. (11)
105
como cumpliendo un juramento sagrado que nunca hice pero que lo siento
impuesto (204). Contina ms abajo: Escrib la palabra muerte deseando
que no sea ms que eso, una palabra dibujada con dedos temblorosos (204).
Y luego:
S muy bien que terminar rebelndose y que usar dolores de intensidad
escalonada para obligarme a tenerlo en cuenta, justamente cuando ya no
importe demasiado al mezclarse con hasto y resignacin.
Otra vez, la palabra muerte sin que sea necesario escribirla. Hay en esta
ciudad un cementerio marino ms hermoso que el poema. Y hay o haba o
hubo all, entre verdores y el agua, una tumba en cuya lpida se grab el
apellido de mi familia. Luego, en algn da repugnante del mes de agosto,
lluvia, fro y viento, ir a ocuparlo con no s qu vecinos. La losa no protege
totalmente de la lluvia y, adems, como ya fue escrito, llover siempre. (20405)
Este final hermoso y pattico cierra los escritos de uno de los novelistas
ms fuertes de este siglo, y sin embargo no parece haber sido escrito al final
de proceso de composicin, ni est sealado en los manuscritos de modo
alguno como el final de la novela. Est escrito en las hojas del calendario
principal correspondientes a las fechas del 28 al 31 de mayo, es decir que
despus de escribir estas hermosas frases Onetti sigui escribiendo en las
hojas correspondientes a todo el resto de ese calendario y en la mitad del
calendario siguiente, el de 1992. Tenemos que agradecerles a Dolly, a Jorge
Onetti y a su mujer el haber rescatado estas ltimas palabras ms o menos
apcrifas. De hecho, lo ltimo que parece haber escrito en el calendario
siguiente, el de 1992, que se conserva en la versin publicada es la parte de
la carta escrita en Hait que dice: Supe del suicidio (201), y despus de
eso vienen docenas de pginas no utilizadas para la versin que public
Alfaguara. Sin duda el final escogido entre muchos posibles, con la hermosa
alusin literaria a la novela Llover siempre de Denis Molina, cierra el libro
y la produccin literaria de Onetti de modo conmovedor.
Pero aqu llego, como Borges en El Aleph, al momento imposible
de mi relato, al inefable centro de mi relato; empieza, aqu, mi desesperacin
de crtico. El caos del manuscrito, recordemos, consiste en unas 45 hojas
sueltas, seis cuadernos y tres calendarios, y es difcil restablecer el orden en
que se utilizaron estos distintos bloques. Lo que s se puede afirmar, sin
mucho lugar a dudas, es que lo escrito en lo que he denominado el calendario
principal y el siguiente, el otro calendario de 1992, es posterior a la mayor
parte de lo escrito en hojas sueltas y cuadernos, y probablemente posterior
tambin a lo escrito en el calendario verde de 1984. En este material no hay
prcticamente ningn indicio del orden en que deberan ir los distintos
fragmentos, y los responsables de la copia mecanografiada han ordenado el
material de modo tal vez inesperado, y es difcil de saber, ahora despus de
la muerte de Juan Carlos y de Jorge Onetti, cmo procedieron. La seccin
correspondiente al 4 de junio, por ejemplo, pginas 34 a 59 de la edicin de
Alfaguara, se deriva del calendario principal y de cuatro cuadernos diferentes;
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PABLO ROCCA
Universidad de la Repblica/(Montevideo, Uruguay)
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cielo, este homenaje, en cuya elaboracin tuvo un papel decisivo Flix Grande,
signific una puerta abierta hacia la salvacin7 .
En la memoria del implicado los hechos de ese intenso periodo se
superpusieron con algunas imprecisiones. Onetti haba vivido aos enteros
en la morosa rutina de su casa, el trabajo en la oficina pblica, alguna que
otra hora en el bar y muy poco ms. Todo se aceler para l en los ltimos
meses de residencia montevideana, hasta el vrtigo, hasta la demolicin de
los planes previsibles que casi todos los hombres que se acercan a los setenta
aos pueden esperar. De ah la confusin:
Yo estaba viviendo muy tranquilo en Montevideo, hace aares evoc
Onetti en 1985 cuando me mandaron los Cuadernos Hispanoamericanos,
un nmero dedicado a m. Yo ni soaba que alguien en Espaa me hubiera
ledo jams. Porque yo no tena editorial en Espaa. Despus me pidieron
que fuera a Espaa para un congreso sobre el barroco. Y ya empezaba la
marea ascendente de los salvadores de la patria. Ya estaba la categora de
los ciudadanos, los A, los B y los C. Indudablemente yo era un C sin remedio.
Y cuando vine al Congreso, me ofrecieron una beca para que me quedara
en Madrid8 .
112
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Con certeza, entonces cumpli por ltima vez con el ritual cotidiano:
sali de la oficina, camin un par de cuadras hasta la esquina que forman las
calles San Jos y Santiago de Chile, entr en el bar Seminario ahora
desaparecido y se despidi de su dueo, un asturiano con quien haba hecho
buenas relaciones como prolongado parroquiano (Carlitos lo llam
cariosamente, el propietario del bar, cuando lo entrevist en 1992). El mismo
da que le comunic su prxima radicacin en la tierra que ese hombre haba
abandonado hacia 1950, en ese mismo local pudo encontrarse con el poltico
y periodista (y poeta) Luis Hierro Gambardella (Treinta y Tres, 1915Montevideo, 1991), como sola hacerlo, a quien en la fecha que visit ese
bar se lo recordaba con una fotografa recortada de un diario cualquiera,
recostada contra unas botellas de alcohol12 .
La Espaa de 1975 no era la de la libertad, como s lo haba sido el
otro Uruguay para tantos miles de peninsulares que lo eligieron como destino.
Franco, decrpito, agonizaba mientras Onetti bajaba del avin en Madrid
por el mes de abril de 1975; Franco, retacn y vigoroso, haba triunfado en
1939 contra los que pensaban como Onetti, contra las ideas que aquel joven
montevideano haba querido defender con su vida. Pero como no pudo, poco
despus, enfermo de rabia, ensay un cnico intento de liberacin en
su novela Para esta noche (1943):
En muchas partes del mundo haba gente defendiendo con su cuerpo
diversas convicciones del autor de esta novela, en 1942, cuando fue escrita.
La idea de que slo aquella gente estaba cumpliendo de verdad un destino
considerable, era humillante y triste de padecer.
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NOTAS
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Juan Carlos Onetti (perfil de un solitario), Omar Prego, op. cit.: 100-102,
con testimonio del escritor sobre los meses de internacin forzosa en el
Etchepare. Rashomon en el Municipio de Montevideo, aportes que recab
Ruben Cotelo de Carlos Martnez Moreno y Azucena Berruti: Juan Carlos
Onetti al borde de los ochenta aos, en Lecturas de Alternativa, suplemento
especial de Alternativa Socialista, s/f, s/n, 1988: 6-7. Interesa en particular el
testimonio de la funcionaria municipal (abogada y actual Secretaria General
de la IMM), por su seguimiento del proceso judicial y su proximidad laboral
con Onetti durante muchos aos.
Entrevista de Magela Prego en: Juan Carlos Onetti ..., Omar Prego, op. cit.
pp. 108-109.
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BIBLIOGRAFIA DE E SOBRE
ONETTI1
MARA INS G. DE VIGIL
ANDRA CESCO SCARAVELLI
UFSC
I- TEXTOS DE ONETTI
La derrota de Don Juan. Revista La tijera de Coln - Villa Coln,
1928.
Crnica de unos amores romnticos. Revista La tijera de Coln - Villa
Coln, 1928.
David El Platnico. Revista La tijera de Coln - Villa Coln, 1928.
Una tragedia de amor. Revista La tijera de Coln - Villa Coln, 1928.
El hombre del tren. Revista La tijera de Coln - Villa Coln, 1928.
Avenida de Mayo Diagonal Norte Avenida de Mayo. La Prensa,
Buenos Aires, 01/01/1933. (publicado em 1974 em Tiempo de abrazar
y los cuentos de 1993 a 1950. Montevideo: Arca, 1974).
La total liberacin. Crtica, 1934.
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VIII FILMES
El infierno tan temido. Direo: Ral de la Torre. 1980. Roteiro: Oscar
Viale, segundo o conto homnimo de Juan Carlos Onetti.
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SOLICITAO DE ASSINATURA
( ) Nova assinatura
( ) Renovao
) BIOTEMAS
) CINCIAS DA SADE
) CINCIAS HUMANAS
) FRAGMENTOS
) GEOSUL
) GRAF & TEC
(
(
(
(
(
) ILHA DO DESTERRO
) KATLYSIS
) MOTRIVIVNCIA
) PERSPECTIVA
) TRAVESSIA
Nome:__________________________________________________________
Endereo:______________________________________________________
Bairro:______________________________________CEP:________________
Cidade:_____________________________ UF:_________ Fone:__________
( ) ASSINATURA Vlida por 04(quatro) nmeros.
Preo: R$ 35,00 (trinta e cinco reais)
o
______________________
_____/_____/_____
Assinatura
Data
FRAGMENTOS
ARTIGOS
NUMERO
20
Bibliografia de Onetti
Mara Ins de Vigil e Andra Cesco Scaravelli