Mensageira Do Senhor
Mensageira Do Senhor
Mensageira Do Senhor
Assim era nas escolas dos rabis; dava-se mais importância às ideias dos
homens do que à “Lei e ao Testemunho!”. É por isso que muitos pastores têm
medo, ou vergonha, de pregar nas igrejas, acerca da “Mensageira do Senhor”. Mas
lá fora, no mundo, há aqueles que estão desejosos de conhecer e ler mais acerca de
Ellen White, por meio dos livros do Espírito de Profecia deixados nos lares pelos
verdadeiros colportores evangelistas.
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“Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o
estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e
repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus.” Mensagens
Escolhidas, vol. 3, pág. 84, (1903).
O que é uma “luz menor”? Em que sentido é Ellen White uma “luz menor”, e
porque insistir tanto em catalogá-la como tal, se essa expressão aparece apenas
uma única vez em todos os seus escritos? É verdade que ela aplicou esse título a si
mesma mas ela também afirmou, inúmeras vezes, ser “a mensageira do Senhor”.
Então, porque não considerá-la e aceitá-la, verdadeiramente, como a
mensageira do Senhor? Ou será que algumas pessoas preferem olhá-la como
uma “luz menor2”, simplesmente porque lhes convém, devido a seus maus
propósitos, paixões, apetites pervertidos e pecados acariciados?! Antes de
analisarmos esta citação do Espírito de Profecia, seria interessante considerar algo
mais.
É dito de João Batista ser “muito mais que um profeta”, “o meu anjo
[mensageiro]”, “o qual preparará o teu caminho diante de ti”, “Era a luz menor, que
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havia de ser seguida por outra maior”. Além do mais subentende-se claramente
que não houve maior profeta que João. (Mt. 11:11). Desta forma, podemos concluir
que todos os profetas anteriores a ele, canónicos ou não, foram luzes menores, os
quais também apontaram para Cristo.
“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam
assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que
não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar
uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer
sentido que Ele me indique.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 34.
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White, após “o profeta de Patmos”, depois de um longo período de cerca de 17
séculos sem haver manifestação do dom de profecia, é chamada para ser a
“mensageira do Senhor”, no espírito e poder de Elias, (Luc. 1:17).
Tanto João Baptista como Ellen White eram muito mais do que
profetas; eles foram mensageiros do Senhor. Ambos surgem numa época de
grandes trevas espirituais.
Ellen White, apesar de ser uma mulher de fraca saúde, desenvolveu seu
ministério ao longo de cerca de setenta anos, tendo escrito cerca de 100 mil
páginas. Nenhum profeta, canónico ou não, teve o privilégio de escrever tantas
páginas. Nenhum profeta teve a oportunidade de viajar e pregar em tantos lugares
distintos. Além do mais, a irmã White teve o privilégio de ver cumpridas as mais
importantes profecias da Bíblia e algumas delas, mesmo em seus dias. Nunca o
povo de Deus teve o privilégio de compreender tão claramente a Sua
vontade, como por meio dos testemunhos de Ellen White.
“Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus profetas e
apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito.
Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito
de Sua vontade e da conduta que este deve ter.” Testemunhos Selectos, vol. 2, pág.
276, (1876).
Finalmente, tanto João Baptista que “era a luz menor, que havia de ser
seguida por outra maior”, como também Ellen White, pois o “ Senhor deu uma luz
menor para guiar homens e mulheres à luz maior”, tiveram o privilégio de serem
luzes menores, para guiarem o povo à luz maior. Que, da mesma forma, cada
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um de nós busque ser uma luz menor para guiar o povo à luz maior, pois o
mesmo Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” Mt. 5:14. Quem é a luz maior?
A Luz Maior
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo;
quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo. 8:12.
“Nunca nenhuma outra luz brilhou nem nunca brilhará tão claramente
sobre os homens caídos, como a que emanou dos ensinos e exemplo de Jesus.
(…) [João] não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação
do poder divino que acompanhava a luz maior.” O Desejado de Todas as Nações,
pág. 175.
Ellen White foi de facto uma luz menor, como também o foi João
Baptista, em relação a Jesus e à Sua Palavra, a Bíblia. Na Bíblia temos um
conjunto de cerca de quarenta luzes menores, que formam uma grande luz,
apontando para Cristo. Não é Daniel ou Ezequiel, ou mesmo Moisés que são a luz
maior! A luz maior é, verdadeiramente, a revelação do carácter de amor e
justiça de Deus dada em partes, isto é, ao longo de cerca de 1600 anos, a
diferentes pessoas. Essa luz teve o seu brilho máximo em Jesus.
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e
mais até ser dia perfeito.” Pv. 4:18
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas
os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe. 1:21
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Guiados Pelo Espírito
“Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio
de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do
Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador
para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.
E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível
que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.
O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à
Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo o
ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo S. João: “Não creiais a todo
o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas
se têm levantado no mundo.” I S. João 4:1. E Isaías declara: “À Lei e ao Testemunho!
Se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.” Is. 8:20.” O
Grande Conflito, pág. 9, (Introdução).
“Os Testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz. (…) Não se
trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou
importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que
Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito,
para que todos fiquem sem escusa.” idem, pág. 280, 281, (1889).
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O que foi para os profetas – canónicos ou não – e neste caso para a própria
Ellen White, a autoridade do Espírito Santo? Foi, em primeiro lugar, ter o direito de
se pronunciarem em nome de Deus, ao serem inspirados pelo Espírito Santo; de se
fazerem obedecer por possuírem esse direito e, em segundo lugar, uma clara
autorização que os colocou numa posição priveligiada de “satélites” da mensagem
de Deus para o Seu povo. Obviamente que todos tiveram uma missão diferente,
mas a autoridade para a cumprirem e desempenharem foi e ainda é a mesma.
Como lemos ainda há pouco, “visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou
a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da
Palavra” e é também impossível que seja inferior ou menos importante que a
Palavra! O mesmo Espírito que inspirou “os homens santos de Deus” a escrever, é o
mesmo que nos ensina, é o Autor e também o Professor. Uma vez provados os
escritos ou mensagens de qualquer profeta não canónico, segundo a Palavra
de Deus, estes passam a estar em pé de igualdade com a mesma Palavra. A
sua função, diferente da Palavra de Deus é de “aclarar a Palavra (…)para
iluminar e aplicar os seus ensinos.”
Mais à frente, no mesmo trimensário, lemos: “De que modo devemos nós
pôr à prova os escritos de Ellen White?” Idem, Pág. 80 (auxiliar do monitor). É um
erro grave, de muitos, que depois de Ellen White ter sido provada segundo as
normas e princípios da Palavra de Deus, isto é, o conjunto de livros que formam a
Bíblia, se continue a duvidar da Palavra de Deus dada por Ellen White de uma
forma específica para a Igreja Adventista, e querendo continuar a pôr à prova
aquilo que já foi provado.
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nível da dos profetas do Velho e do Novo Testamentos, … os princípios de
interpretação da Bíblia podem ser aplicados quando se interpretam os escritos de
Ellen White, ainda que a autoridade da Bíblia esteja acima da autoridade do
Espírito de Profecia.” Idem, pág. 104, (lição 8, quinta-feira), e pág. 138 (lição 11,
sábado à tarde).
Estas afirmações não têm base bíblica! Até porque é uma incoerência
dizer que a autoridade da Bíblia está acima da do Espírito de Profecia,
quando a própria Bíblia também é, em si mesma, resultado do Espírito de
Profecia – manifestado nos seus 40 escritores. Lembrem-se que o autor é o
mesmo – o Espírito Santo.
É óbvio que cada um destes profetas, ao surgirem, foi provado pelos escritos
bíblicos já existentes. E neste ponto temos que compreender que, tantos escritores
canónicos como não canónicos, todos foram provados pelas normas e princípios de
Deus, revelados nas Escrituras existentes no seu tempo. Por exemplo, o livro de
Daniel, incluído no cânone sagrado, e o livro de Tobias que foi rejeitado por não ser
inspirado e autorizado por Deus para fazer parte dos escritos sagrados, foram
provados segundo os livros aceites, até então, como inspirados e autorizados por
Deus e conforme os Seus princípios e verdades aí revelados.
A obra e o propósito com que cada um dos profetas é chamado pode ser
diferente No entanto, a Palavra de Deus é uma só, como o Espírito Santo é um
só, portanto é pecado, falarmos de diferentes autoridades, quando Aquele
que inspira e autoriza é o mesmo. “Porque eu, o Senhor, não mudo” Ml. 3:6;
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.” Hb. 13:8.
De JOÃO BATISTA – profeta não canónico – foi dito: “Porque será grande
diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito
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Santo, já desde o ventre de sua mãe.”; “E irá adiante dele no espírito e virtude de
Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos
justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” Lu. 1: 15, 17
“A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, para projectar luz sobre
o seu povo.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 175.
ELLEN WHITE afirmou: “Tenho escrito muitos livros, e tem-lhes sido dada
ampla circulação. De mim mesma eu não poderia haver salientado a verdade
contida nesses livros, mas o Senhor tem-me dado o auxílio de Seu Santo Espírito.
Esses livros, transmitindo as instruções a mim dadas pelo Senhor durante os
sessenta anos passados, contêm esclarecimentos do Céu, e resistirão à prova da
investigação.” Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 35, (1906).
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“É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua
casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse
ao porteiro que vigiasse.” Mc. 13:34.
Este homem que se ausenta de casa, e do seu próprio país, simboliza Cristo,
o qual, dá “autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra”. Embora o contexto
aqui se refira à segunda vinda de Cristo, podemos fazer aqui uma comparação com
o tema que estamos a tratar. Os servos de Cristo recebem todos a mesma
autoridade, mas cada um tem uma obra ou responsabilidade diferente. Nem
todos são profetas ou escritores bíblicos, mas todos receberam a mesma
autoridade – porque a receberam da mesma pessoa – para efectuarem a obra
que lhes foi confiada, conforme o Espírito Santo os capacitou.
Em Actos 11: 27, 30 fala-nos do profeta Ágabo, que profetizou que haveria
“uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Claúdio César”.
Lucas 21:11 diz-nos que “haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e
pestilências”. O primeiro caso trata-se de uma profecia dada por um profeta não
canónico, que tinha uma aplicação a um futuro próximo, a qual se cumpriu algum
tempo depois.
Os fariseus, tendo rejeitado João Baptista – assim como todos aqueles que
hoje rejeitam Ellen White – foram assim responsabilizados pelo sangue de todos os
profetas anteriores, (o próprio Jesus o disse em Mat. 23:29-36), e acabaram por
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rejeitar Alguém que, não só como homem, tinha a autoridade de Deus, mas ainda
mais a possuía como Criador, podendo também autorizar. Desta forma, tanto João
como os demais profetas, canónicos ou não, todos têm a mesma autoridade.
Portanto, aqueles que procuram rejeitar os escritos da serva do Senhor
rejeitam o próprio Senhor, que por meio dela falou! “E disse o Senhor a
Samuel: … não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado”. I Sm. 8:7.
Desde que Ellen White teve a sua primeira visão em 1844, até à data da sua
morte, não obstante ter sido provada pela Palavra escrita de Deus, muita foi a
oposição que enfrentou entre o professo povo de Deus. Não obstante falar em
nome de Deus, murmuraram contra ela, como fez o povo de Israel, no passado,
contra Moisés.
Ele havia transmitido ao povo que o alimento que Deus providenciara para
eles era o maná, mas eles preferiam carne. (Êx. 16:4; Nm. 11:4, 6). A serva do
Senhor transmitiu a mensagem da reforma da saúde, mas passados mais de
cem anos, o povo de Deus continua a achar que a carne é melhor, e a
desprezar os demais conselhos sobre a saúde.
A Palavra de Deus dada à igreja, por meio de Ellen White, foi desprezada
duma maneira especial, na rejeição da mensagem da justificação pela fé, que foi
defendida por Jones e Waggoner, na assembleia de Mineápolis, em 1888, (Para
saber mais sobre este importante tema, aconselhamos a leitura do livro “Cristo,
Nossa Justiça”, de Arthur G. Danniels, testemunha ocular da referida assembleia).
Tal como Jones e Waggoner, haviam Josué e Calebe defendido o mandato do
Senhor e acreditado na vitória sobre os gigantes, tendo a sua mensagem sido
rejeitada, pelos seus dez companheiros, e também pelo povo.
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a” para a Austrália, pois tinha-se tornado para eles numa espécie de “dor de
cabeça”.
"O Senhor não estava dirigindo nossa saída da América. Ele não revelou que
era Sua vontade que eu deixasse Battle Creek. O Senhor não planejou isso, mas
permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O Senhor desejava que
W. C. White, sua mãe e seus obreirospermanecessem na América.
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glória [Ap. 18:1], e pela acção de nossos próprios irmãos tem sido, em grande
medida, conservada afastada do mundo.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 234,
235.
Ellen White e os que viveram em seus dias, poderiam ter visto Jesus Cristo
voltar nas nuvens do céu, poderiam ter entrado na Canaã celestial. “Houvesse a
igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o
mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à
Terra em poder e grande glória.” Eventos Finais, pág. 34.
“Satanás não pôde, como nos séculos anteriores, privar o povo da Palavra de
Deus; esta foi posta ao alcance de todos; com o intuito, porém, de ainda cumprir o
seu objectivo, levou muitos a tê-la em pouca conta. Os homens negligenciavam
pesquisar as Escrituras, e assim continuaram a aceitar falsas interpretações e
acalentar doutrinas que não tinham fundamento na Bíblia.” O Grande Conflito, pág.
296.
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De facto, nunca houve tantas Bíblias como nos nossos dias, no entanto,
nunca as pessoas estiveram tão afastadas de Deus. O mesmo se está a passar com
os livros da irmã White. Pois estando estes, mais do que nunca, ao alcance do
povo, permanecem empoeirados nas casas publicadoras e na casa dos
membros, enquanto o testemunho das suas vidas nega os seus ensinos.
Podem até ir à igreja cada semana, “tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela.” 2 Tm. 3:5.
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ideia de que o nome Miguel (Jd. 9) não se referia a Jesus. De imediato eu lhe disse
aquilo que a serva do Senhor esclareceu acerca do assunto, isto é, que o arcanjo
Miguel é Jesus:
A sua resposta foi: “Ellen White não é a última palavra.” Mas ele, dizendo-se
doutor em teologia, errou, não conhecendo, ou melhor, não querendo crer nas
Escrituras e no Espírito de Profecia! “Errais, não conhecendo as Escrituras.” Mt.
22:29.
Em Conclusão
Já o disse anteriormente, mas repito mais uma vez. Para se escrever a
Bíblia, foi necessária a autoridade do Espírito Santo. Para se poder explicá-la,
e ampliar as verdades que nela encontramos foi também necessário a
autoridade do Espírito Santo, não uma autoridade inferior! No livro “A
Mensageira do Senhor”, no início do cap. 35 há uma analogia que nos ajuda a
entender o papel de Ellen White. É interessante que no seu tempo, uma outra
mulher, S.M.I. Henry chegou à compreensão de que a sua função como
mensageira do Senhor era semelhante a um telescópio, por meio do qual se
consegue compreender melhor a Bíblia. Ellen White admitiu que ainda ninguém
tinha expressado e compreendido tão claramente o seu papel, e a relação entre a
Bíblia e a sua obra, como essa mulher. Inclusivamente pediu que esse artigo fosse
publicado na Austrália.
Deus chama a cada um para uma missão diferente. Elias, embora não tenha
escrito nenhum livro, chegou a escrever uma carta ao rei Jeorão (2 Cr. 21:12-15),
que foi incluída no cânone sagrado. Para que o autor de Crónicas tenha sido
inspirado e autorizado a transcrever esta carta é porque ela foi, na verdade,
inspirada e autorizada pelo Senhor. No entanto, ele não escreveu nenhum livro –
não porque possuísse inferior inspiração ou autoridade, mas simplesmente porque
essa não era a sua missão. João Baptista foi o maior profeta, mas também não
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escreveu nenhum livro. Paulo escreveu várias cartas, no entanto, uma dessas
cartas (Cl. 4:16), não foi incluída no cânone sagrado – não porque possuísse
inferior inspiração ou autoridade, mas porque o seu conteúdo inspirado e
autorizado era específico para aquele tempo. Paulo ordenou aos Colossenses que
lessem, não só a respectiva epístola, mas também “a dos de Laodicéia”, colocando-
as no mesmo patamar de importância.
“…o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus
servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos.” O Grande Conflito, pág. 9,
(Introdução)
"Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas
surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a
Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra acções que
não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como
língua estranha.” Mensagens Escolhidas, Vol. I pág. 31, 32.
Por meio de mim, e de todo aquele que estiver disposto a clamar, Deus está
buscando chamar a atenção para a Bíblia e os testemunhos do Espírito Santo dados
a Ellen White, tal e qual Josafá, no meio de um grande conflito no qual também nós,
hoje, estamos envolvidos, clamou no passado:
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Queridos irmãos e irmãs, o pôr-do-sol da graça divina para a Sua igreja está
quase a chegar. Seremos nós selados eternamente para Deus, ou, continuaremos a
rejeitar os apelos de misericórdia divinos, sendo assim rejeitados e ficando
perdidos para sempre?! Está nas nossas mãos o decidirmos, qual o caminho que
seguiremos.
Sérgio Ventura
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