O documento descreve uma visita técnica a uma usina de álcool e açúcar pertencente ao Grupo JB no Brasil. A usina produz vários produtos e subprodutos da cana-de-açúcar de forma sustentável. A visita teve acesso limitado devido a falta de agendamento prévio, mas forneceu uma visão geral do processo produtivo e destinação dos subprodutos.
O documento descreve uma visita técnica a uma usina de álcool e açúcar pertencente ao Grupo JB no Brasil. A usina produz vários produtos e subprodutos da cana-de-açúcar de forma sustentável. A visita teve acesso limitado devido a falta de agendamento prévio, mas forneceu uma visão geral do processo produtivo e destinação dos subprodutos.
Descrição original:
Relatório visina à usina JB - Tecnologia do álcool e da aguardente
O documento descreve uma visita técnica a uma usina de álcool e açúcar pertencente ao Grupo JB no Brasil. A usina produz vários produtos e subprodutos da cana-de-açúcar de forma sustentável. A visita teve acesso limitado devido a falta de agendamento prévio, mas forneceu uma visão geral do processo produtivo e destinação dos subprodutos.
O documento descreve uma visita técnica a uma usina de álcool e açúcar pertencente ao Grupo JB no Brasil. A usina produz vários produtos e subprodutos da cana-de-açúcar de forma sustentável. A visita teve acesso limitado devido a falta de agendamento prévio, mas forneceu uma visão geral do processo produtivo e destinação dos subprodutos.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO TECNOLOGIA E GEOCINCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA TECNOLOGIA DO LCOOL DE DA AGUARDENTE PROFESSOR: ANTNIO CARLOS DUARTE COELHO ALUNA: DORA DE CARVALHO PAVO RELATRIO DA VISITA TCNICA RESUMO Este relatrio tem como finalidade descrever a visita tcnica Companhia Alcoolqumica Nacional, localizada em Vitria de Santo Anto. Pertencente ao Grupo JB, a usina produtora de lcool neutro, lcool anidro, lcool hidratado, aguardente, CO2, acar cristal, acar VHP e energia eltrica. O grupo se diferencia pela variedade de produtos e subprodutos, alm de sua competncia em produzi-los, associado a uma preocupao para atender a legislao ambiental. 1- INTRODUO A famlia Beltro cultiva cana h mais de 200 anos. H 50, formou o Grupo JB (LINS, 2012), que rene as empresas Companhia Alcoolqumica Nacional, Lasa, Carbogs, Pirapama Bioenergia, LASTRO e, atuando nos estados de Pernambuco e Esprito Santo e atendendo aos mercados internacional e nacional (JB, 2010). O Grupo se diferencia pela variedade de produtos - lcool neutro, lcool anidro, lcool hidratado, aguardente, CO 2, acar cristal, acar VHP e energia eltrica e subprodutos bagao de cana, vinhaa lquida, melao e leo fsel -, alm de sua competncia em produzi-los e responsabilidade ambiental. Geram, no total, cerca de 5 mil empregos diretos e 20 mil indiretos (JB, 2010). A usina visitada foi a da Companhia Alcoolqumica Nacional, em Vitria de Santo Anto. Possui 15.000 hectares de plantao de cana, conseguindo moer 1.200.000 toneladas de cana por safra ou 7.500 t/dia. 2- A VISITA O nibus saiu da Universidade Federal de Pernambuco s 12:00 do dia 25/09/2015, com destino Companhia Alcoolqumica Nacional, em Vitria de Santo Anto. s 13:20 chegou ao destino (FIGURA 1). Por falta de comunicao, a visita no foi previamente agendada, o que gerou uma certa frustrao dos discentes. Mas, aps um tempo de espera, um funcionrio da usina entrou no nibus para verificar se todos estavam vestidos adequadamente. A entrada foi autorizada para apenas uma breve visita s reas externas da usina e guiada pelo gerente de operaes, Jaime Beltro Neto. Como no se pde entrar nas reas internas da indstria, no h como detalhar algumas partes do processo produtivo. Diante disso, baseado em outras
fontes, apresenta-se a seguir, um esquema de como se d a produo de acar
e lcool na usina (FIGURA 2). 2.1 Processo Produtivo Industrial 2.1.1 Cultivo da Cana Alguns cuidados devem ser tomados antes e durante o plantio da canade-acar para a melhoria das condies fsicas, qumicas e biolgicas, visando uma melhor qualidade da safra. Como, por exemplo, o uso de adubo convencional deve ser evitado, j que torna a Demanda Qumica de Oxignio (DQO) muito alta. 2.1.2 Colheita e transporte A colheita feita manualmente por empregados contratados pela empresa (FIGURA 3). Seria recomendvel uma maior sintonia com tecnologias mais modernas de colheita, evitando as duras condies de trabalho dos cortadores de cana. A matria prima transportada por caminhes at o parque industrial (FIGURA 4) 2.1.3 Preparo da Matria Prima Ao chegar na usina, o caminho pesado para precisar a quantidade de carga carregada. Com uma sonda (FIGURA 5), retirada uma amostra e encaminhada para um laboratrio para anlise de Acares Totais Recuperveis (ATR). A matria prima agora poder ter dois destinos: estocagem ou ir diretamente para a mesa alimentadora. Na primeira opo, a cana depositada em ptios de recepo para posteriormente prosseguir com o processo produtivo. Na segunda, ela ir passar por uma limpeza para a remoo de impurezas. Subsequentemente, a cana triturada para haja a quebra de suas clulas e que ocorra a extrao do caldo. Logo em seguida, passa por um desfibrilador, onde cerca de 85% a 92% (UDOP, 2010) de suas clulas so rompidas. Posteriormente segue para a moenda, onde a cana esmagada para a retirada de, aproximadamente, 94% a 97% do caldo total (UDOP, 2010). Por fim, o caldo peneirado para a retirada de impurezas e encaminhado para a produo de lcool ou acar. 2.1.4 Produo de Acar Aps tratado, o caldo segue para as colunas de sulfitao, onde h a absoro do SO2 e o pH reduzido. Esse passo importante para a preveno de alguns microorganismos, inibir a reao que causam formao de cor e para controle da viscosidade do caldo, o que facilita as operaes de vaporizao e cozimento. Em seguida, o sumo tratado passa por um aquecimento, que ajuda o prximo passo: a decantao. Neste o caldo purificado e retirado para evaporao. Nesta parte do processo, impurezas (lodo e bagacilho) se sedimentam na parte inferior do decantador. Elas so retiradas e passadas por um filtro, onde h a formao das tortas e recuperao dos acares remanescentes.
O caldo , ento, evaporado para a formao do xarope que
encaminhado cristalizao. Aps o ltimo processo, h a formao da massa que passa por centrfuga. O mel separado dos cristais de acar. O primeiro conduzido ao processo de produo do lcool e o segundo prossegue para o secador. Os cristais que chegam ao secador tem umidade de 1% e, para retir-la, h um processo de aquecimento do ar interno e ventilao forada. Este processo monitorado sistematicamente em laboratrios para que o produto possa ser armazenado na forma correta. Enfim o produto armazenado em sacos que so pesados e encaminhados para o depsito. 2.1.5 Produo de lcool As primeiras etapas para a produo do lcool so semelhantes s das produo de acar, o caldo chega ao destilador de forma idntica. Posteriormente, adicionado leveduras ao mosto (como chamado o caldo destinado fermentao) para que ocorra a fermentao nas dornas. Esse processo dura entre 6 e 10 horas (UDOP, 2010). Aps esse perodo, todo o acar dever ter sido consumido e se transformado em vinho fermentado e gs carbnico (CO2). O vinho conduzido centrfuga para separ-lo do fermento e enviado para as 4 torres de destilao da usina (FIGURA 6) onde as substncias volteis presentes so separadas, por possurem diferentes pontos de ebulio. Essa etapa importante porque o vinho fermentado possui baixa concentrao de lcool (7o a 10o GL) e na destilao (repetindo-se este processo nas 4 torres) consegue-se obter a concentrao desejada. Por fim, o lcool hidratado produzido e, como subproduto, tem-se a vinhaa. O produto obtido pode ser enviado para os tanques do parque industrial para posteriormente ser vendido ou passar por um processo de desidratao, transformando-se no lcool anidro. Para a produo de aguardente, o vinho fermentado passa por uma coluna especfica de destilao de aguardente e segue para tanques de armazenagem. A prxima etapa a comercializao do produto. A equao qumica ocorrida na fermentao alcolica dada por: C6H12O6 => 2C2H5OH + 2CO2 + ENERGIA glicose => lcool etlico + gs carbnico + energia. 2.2 Destinao dos subprodutos 2.2.1 Bagao da cana O bagao da cana, proveniente da etapa da extrao do caldo, direcionado para as caldeiras, onde ocorre a sua queima e o vapor obtido transformado em energia para alimentar a usina, processo conhecido como bioenergia. Na Companhia Alcoolqumica, existem duas turbinas geradoras, uma de condensao (Westinghouse) e outra de compresso (TGM). Durante o perodo da safra, a indstria consegue ser autossuficiente e at exportam os excedentes para a Companhia Energtica de Pernambuco (CELPE). 2.2.2 Torta de filtro
A torta utilizada como alimentao de animais ou adubo, podendo ser
empregado no cultivo da prpria cana-de-acar, pois um resduo rico em minerais e matria orgnica 2.2.3 Fermento O fermento obtido a partir da fermentao e separado na centrifugao, pode seguir para a secagem, dando origem a levedura seca, uma fonte de protena usada em alimentao animal e humana. 2.2.4 Gs carbnico O CO2 adquirido na fermentao recolhido e enviado para a casa de gs. A empresa Carbogs, pertencente ao Grupo JB, faz a purificao do gs, retirando a cor, sabor e odor, deixando-o em condies adequadas para uso alimentcio. Assim, passa por um processo chamado de criogenia (alta presso e baixa temperatura) para ser comercializada como gelo seco. 2.2.5 Vinhaa O subproduto constitudo, principalmente, de gua, sais, slidos em suspenso e solveis e retirada numa proporo de 12 litros para cada litro de lcool. Pode ser utilizado (desde que tenha o pH neutralizado) como fertilizante agrcola, porm um poluente. Em 2012 o Grupo JB inaugura a primeira indstria produtora de bioenergia a partir da vinhaa, visando um desenvolvimento mais sustentvel. 2.3 Efluente O efluente da usina devidamente tratado, resfriado e, estando de acordo com a resoluo do CONAMA n 0 430/2011, descartado no rio Pirapama (FIGURA 7). 2.3 Projeto O Grupo adotou mais uma medida verde: formou uma joint venture com a SAT (See Algaeag Technology) para implantao de indstria para fabricao de biodiesel e etanol tendo algas marinhas como matria prima. (LINS, 2012). A ideia era, alm da produo, aproveitar as emisses de CO 2 das caldeiras da Companhia Alcoolqumica Nacional, para diminuio da poluio. O projeto seria pioneiro e contaria com uma fazenda vertical de algas marinhas geneticamente modificadas. 3 CONCLUSO A visita tcnica, apesar do imprevisto e de ter apenas acesso s reas externas da usina, foi muito proveitosa. Pde-se observar, na prtica, o funcionamento de uma usina de cana-de-acar e assim absorver mais fcil o assunto ministrado em sala de aula.