Funad Relatório
Funad Relatório
Funad Relatório
DHIEGO HERCLITO
PEDRO PABLO DIAS
ROBSON CAVALCANTE
JOO PESSOA-PB
DEZEMBRO-2015
O QUE A FUNAD?
Referncia no servio de habilitao e reabilitao relacionado s quatro formas
de deficincia, isto , a fsica, a intelectual, a visual e a auditiva, a FUNAD (Fundao
Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficincia) presta seus servios a usurios
de todas as idades e consiste num rgo pertencente ao Governo do Estado da Paraba,
ligado Secretaria Estadual de Educao.
A QUEM ATENDE?
As pessoas de todas as idades com deficincia temporria ou permanente:
Intelectual, visual, auditiva, fsica, mltipla, acidentados do trnsito, do trabalho,
pessoas com transtornos globais do desenvolvimento TEA - Transtorno do Espectro
Autista e pessoas com altas habilidades/superdotao.
CORDENADORIA E NCLEO
CORDI Coordenadoria de Triagem e Diagnstico. Aqui o primeiro passo. onde as
pessoas com deficincia tero uma equipe mdica disposio para diagnosticar o grau
e o tipo de deficincia para, ento, ser encaminhada para uma coordenadoria especfica.
NVA- Ncleo de Vivncia em Artes - Atravs da dana, das artes visuais, da msica e
de todas as plataformas que envolvem a arte, conseguimos incluir socialmente, aguar
talentos, promover exposies e reabilitar necessidades educativas especiais.
INTRODUO
Nossa visita instituio foi realizada em 02 de dezembro de 2015, numa
quarta-feira, dia em que era ministrada a aula de instrumentos de metais para
cadeirantes, pelo professor Sandoval Moreno de Oliveira. Chegando seo reservada
ao universo artstico, deparamo-nos com corredores ornamentados com figuras
coloridas, dentre elas desenhos feitos pelos prprios usurios. No demorou muito para
que notssemos o quo presente estava msica no dia a dia da FUNAD. Aguardamos o
incio da aula de msica que s ocorreria dali uma hora em frente sala onde a
mesma aconteceria, canto do qual pudemos ouvir o fundo sonoro de uma atividade
recreativa voltada para o pblico infantil, baseada na dana, que consistia em canes
CONSIDERAES FINAIS
O presente relato que foi gerado de uma visita a Funad nos proporcionou ter
uma grande viso de como acontece o ensino de msica para pessoas com deficincia e
de como isto importante para nossa docncia. Saber lidar com esta realidade, e
estarmos prontos para ensinar msica para um pblico bastante diferente do contexto
em que vivenciamos, realmente sem dvida, um grande desafio. Mas a partir dessa
experincia, nos sentimos mais preparados para atuar em um contexto inclusivo, tendo
em vista que grande base terica apreendida em sala de aula nos fez refletir sobre as
nossas aes e as aes do professor observado. A capacidade de ensinar um aluno com
deficincia e saber tambm como sobressair de certas situaes em que estamos sujeitos
a passar, novos desafios, metodologias algo que deve ser levado em considerao, e,
sobretudo temos que ter a conscincia de que sempre estamos aprendendo.
ANEXO
Entrevista concedida pelo coordenador do NVA - Ncleo de vivncia em artes -, Juliano
Jamisson.
A FUNAD uma instituio de referncia nacional por trabalhar com as
Uma das grandes dificuldades est na garantia das polticas pblicas. Os pases
que tm mais leis so os pases menos ordenados. Da, as leis se justificam na tentativa
de criar uma ordem que, se no se d pela via da educao, se d pela via da
imposio. Um pas que tem leis no significa um pas organizado. Ento, o nosso pas
tem muitas leis, mas em contrapartida, tem uma fragilidade de fazer valer essas leis, e
isso um grande desafio que est para alm da pessoa com deficincia.
Outra questo que interessante colocar das nomenclaturas. H um tempo, se
reportava s pessoas com deficincia como portador de necessidades especiais e isso
muito dinmico. Hoje, essa nomenclatura foi mudada por ter um carter flexvel de
portar, que d uma ideia de ora est, e ora no est. Isso foi mudado e hoje tratado
como pessoa com deficincia.
A FUNAD possui dois ncleos, que so o ncleo de artes e o ncleo de esportes.
Os usurios passam pelos processos de reabilitao nas devidas coordenaes, onde
feito um trabalho mais tcnico, mais especializado na perspectiva da deficincia, por
exemplo, se voc tem um problema de baixa viso temos a CODAVI (Coordenao de
Atendimento a Pessoa com Deficincia Visual) que trabalha com essa deficincia,
ento, l temos profissionais da rea que desempenham esse trabalho no processo de
reabilitao. Assim, pra cada deficincia especfica temos uma coordenao. O
atendimento que a gente desenvolve aqui diretamente ligado ao SUS Sistema nico
de Sade por isso usamos a terminologia de usurios, ao invs de pacientes ou
alunos.
Nesse momento um usurio interfere a entrevista para perguntar sobre um
professor, e o coordenador responde que esse professor teve que faltar, pois, estava
doente, ento ele continua; difcil quando um professor no vem por problemas de
sade ou seja l qual for o motivo, porque esses usurios, geralmente, so de outros
municpios, ento acordam de trs, quatro horas da manh, dependendo da distncia.
Da o municpio no garante o atendimento local, que uma das outras grandes
dificuldades que ns temos. O municpio no garante a poltica e simplesmente
colocam essas pessoas num nibus e manda pra FUNAD. claro que a FUNAD existe
nessa perspectiva, de garantir um atendimento estadual, mas se isso se centraliza,
acaba congestionando, e a instituio hoje vive justamente esse momento de
congestionamento. O governador no sentido de criar estratgias de descentralizao,
atravs da FUNAD a gente constri parcerias, e est sendo construda uma outra
unidade da FUNAD em Souza pra atender aquela rea do serto.
Agora ele falar sobre questes referentes ao ensino de msica, desenvolvido
pelo Prof. Sandoval.
Ento, estamos desenvolvendo essa atividade com o Professor Sandoval, muito
bem vinda por sinal. uma atividade que est envolvendo especificamente cadeirantes,
onde, a FUNAD pega esses usurios em casa, traz e deixa. Eles so de Joo Pessoa e
cada situao especfica, pois, a gente no tem como fazer essa mesma dinmica com
usurios de outros municpios. Ento, isso faz parte de um projeto desenvolvido pelo
professor em parceria com a secretaria de desenvolvimento humano junto com a
FUNAD. E a, a FUNAD entra nesse processo garantindo a estrutura para a realizao
desse evento.
Aqui ele falar sobre o que necessrio para a entrada das pessoas que
necessitam desses servios.
Existe o que a gente chama de fluxo, aqui na FUNAD. A gente tem um setor
chamado CORDI (Coordenadoria de Triagem Diagnstica), que o que a gente chama
de porta de entrada. Ento, l ns temos profissionais - mdicos, psiclogos,
assistentes sociais - onde eles atendem os usurios e identificam a deficincia,
extraindo o laudo do portador e encaminhando-o para a coordenao afim.
Dentro da poltica das pessoas com deficincia tem vrias garantias que so
garantidas por lei, como a questo do passe livre a nvel municipal, estadual e a nvel
federal, que a tem algumas exigncias que eu no saberei precisar.
Uma conquista grande da deficincia do ponto de vista da legislao questo
da insero no mercado de trabalho. Em um momento anterior, a gente entendia que
deveramos profissionalizar pra inserir no mercado de trabalho. Hoje com as
mudanas, a gente tem outra mentalidade, outra construo em relao
acessibilidade, e a pensar a acessibilidade no s do ponto de vista da acessibilidade
fsica, o que chamamos de barreiras fsicas rampas, parede, estacionamento e etc.
mas pensar tambm nas barreiras atitudinais, que vai pra questo do comportamento,
que a sim, so as maiores barreiras a serem transponveis. Aqui, estamos falando
nessa perspectiva da acessibilidade e entendemos que no podemos t fazendo esse