IBGE Geografia
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GEOGRAFIA DO BRASIL
APTO CONCURSOS
poltica externa o Brasil exerceu a capacidade de negociao inicialmente com a Amrica Latina e
depois em nvel das relaes externas, mas a direo dos fluxos comerciais colocam-no ainda
entre os pases perifricos, que comercializam mais com os pases desenvolvidos do que com os
seus vizinhos.
Os maiores clientes e fornecedores so ainda os EUA e a Europa ( exceo do
fornecimento de petrleo pelo Oriente Mdio). Dados recentes da ALADI (Associao LatinoAmericana de Desenvolvimento e Integrao) indicam que as importaes latino-americanas de
produtos originrios dos EUA tm aumentado em pases como o Brasil e a Argentina a taxas, em
certos casos, cinco vezes superiores s do incremento de suas exportaes.
2. As Organizaes Polticas e Econmicas da Amrica Latina
OEA Associao dos Estados Americanos
Reunidos na cidade de Bogot, capital da Colmbia, em 1948, 21 pases americanos
decidiram pela criao da Organizao dos Estados Americanos (OEA) com sede em Washington.
Seus princpios so:
Controvrsias de carter internacional entre dois ou mais estados americanos devem ser
resolvidas por meios pacficos.
Quando, em 1962, Cuba, um pas-membro dessa organizao, foi expulsa, por catorze votos
(por ter optado pelo Socialismo), o Brasil no tomou partido se abstendo de votar, deixando que os
Estados Unidos pressionassem a OEA, e a tornassem inoperante e submissa aos seus interesses.
A integrao comercial implica trs aspectos operacionais: "a livre circulao de bens, servios e
fatores produtivos"; "coordenao de polticas macroeconmicas e setoriais"; "compromisso dos
Estados-partes de harmonizar suas legislaes para o fortalecimento do processo de integrao".
O Mercosul segue a tendncia mundial, que a organizao dos pases em blocos econmicos.
APTO CONCURSOS
dois pases, visavam ao desenvolvimento tecnolgico complementado por uma integrao comercial, por meio de acordos nas reas nuclear, financeira, industrial, aeronutica e biotecnolgica.
O Tratado de Assuno, que definiu os contornos do Mercosul, enfatiza o projeto de
integrao comercial. No entanto, temos uma realidade de grandes diversidades geogrficas,
demogrficas e econmicas que impe polticas decorrentes das peculiaridades de cada pas;
portanto, no aceitvel uma estrutura rgida para o Mercosul. Esta impediria no s suas polticas
nacionais, como tambm o prosseguimento de sua afirmao como pases capazes de
desenvolver-se tecnologicamente e alcanar condies que lhes permitiam atingir a importncia
internacional que suas dimenses justificam.
O Mercosul tem por objetivo a implantao do livre comrcio entre os seus pases. Para
atingir esse objetivo, as tarifas - (impostos ou taxas) aplicadas sobre os pro dutos importados de
cada um dos pases-membros devem sofrer redues gradativas, at a completa eliminao.
Existe uma crtica formao de blocos econmicos regionais e subregionais na Amrica.
Acredita-se que um projeto lanado em 1989 pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George
Bush, chamado de "Iniciativa pelas Amricas", que busca a formao de uma vasta zona econmica livre, que se estenderia do Alasca at a Terra do Fogo, isto , por toda a Amrica, na tentativa
de concorrer com a Europa, que j formou e colocou em prtica, desde 1 dejaneiro de 1993, o
Espao Econmico Europeu, considerado o maior bloco comercial do mundo.
Na Cpula de Miami, em 1994, decidiu-se que o bloco continental ALCA (rea de Livre
Comrcio das Amricas) ter vigncia somente a partir de 2005. Desde 1997, tem aumentado a
presso dos EUA para a consolidao da ALCA.
POPULAO BRASILEIRA
1. Caractersticas gerais
Em 1872, o Brasil resolveu fazer o primeiro recenseamento dos dados da populao
brasileira e descobriu-se que somvamos mais de 10 milhes de habitantes. Quase 120 anos
depois, atingimos a marca de 155,8 milhes de habitantes (95). Tornamo-nos um dos pases mais
populosos do mundo, ocupando a quinta posio mundial e a segunda no Continente Americano,
logo aps os EUA.
2. Distribuio da populao
importante lembrar que, apesar do Brasil ser um pas populoso, possui baixa densidade
demogrfica (18,2 hab/km2), ou seja, um pas pouco povoado. Apresenta uma irregular distribuio
populacional pelo territrio. H forte concentrao de pessoas na faixa litornea (regio Sudeste).
No Rio de Janeiro, a densidade passa de 300 hab/km 2. No interior, a densidade torna-se
gradualmente menor, principalmente nas regies Norte e Centro-Oeste, onde encontramos 1,1
hab/km2, como em Roraima e 1,4 hab/km 2, no Amazonas. De forma geral, as maiores concentraes populacionais esto prximas ao litoral, numa faixa de aproximadamente 300km 2, onde
a densidade ultrapassa 100 hab/km2 em algumas reas. Toda essa faixa possui densidade acima
de 10 hab/km2.
Alm dessa faixa, para o interior a populao torna-se paulatinamente mais escassa,
passando por uma densidade que seria mediana no Brasil. Esta faixa, com densidade de 1 a 10
hab/km2, abrange desde o Maranho e o Par at o Mato Grosso do Sul. Temos, ainda, reas com
densidades inferiores a 2 hab/km2, que correspondem ao Amazonas, Amap e Roraima.
reas Densamente Povoadas
Zona da Mata Nordestina, Encosta da Borborema, Agreste (PE e PB), Recncavo Baiano,
Zona Cacaueira (BA), Sul de Minas Gerais e Zona da Mata Mineira, Sul do Esprito Santo, Grande
parte do Rio de Janeiro e So Paulo, Zonas coloniais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
APTO CONCURSOS
Obs.: A regio Sudeste a que apresenta a maior populao absoluta, seguida da Regio
Nordeste. A Centro-Oeste a de menor participao no total.
3. Crescimento Populacional
O primeiro recenseamento oficial da populao brasileira foi realizado somente em 1872.
Antes desta data, s existiam estimativas, no muito precisas, a respeito da populao.
A partir de 1872, foi possvel ter-se um melhor controle e conhecimento a respeito da
evoluo do crescimento populacional.
Observe, a seguir, a relao dos recenseamentos oficiais.
EVOLUO DA POPULAO (1940-1998)
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1940
1950
1960
1970
1980
1991
1998
Observa-se uma reduo da natalidade, a partir de 1872. Essa reduo, embora lenta, foi
provocada por diversos fatores, como urbanizao, elevao do padro socioeconmico da
populao, casamentos mais tardios e maior adoo de mtodos anticoncepcionais.
Regionalmente, observam-se diferenas significativas no tocante natalidade, sendo que
as taxas mais elevadas so encontradas nas regies Nordeste e Norte, enquanto as mais baixas
esto nas regies Sudeste e Sul.
A taxa de mortalidade, embora tenha sido bastante elevada at a dcada de 30, sofreu
forte reduo a partir de 1940 (2 o Guerra Mundial). A reduo acentuada da mortalidade, aps
1940, deve-se a fatores como o progresso da Medicina e da Bioqumica (antibiticos, vacinas),
4
APTO CONCURSOS
APTO CONCURSOS
indgenas, muitas vezes fora, dando origem aos mestios (mulatos e caboclos ou mamelucos),
assim como o relacionamento entre negros e indgenas deu origem ao cafuzo. As estimativas
sobre o nmero de indgenas presentes no Brasil no incio da colonizao e o nmero de escravos
africanos ingressos durante a escravatura so muito elsticas e imprecisas, variando entre 2
milhes a 10 milhes para os indgenas, e cerca de 6 milhes de escravos africanos. Por outro
lado, os portugueses ingressos ainda no perodo colonial alcanaram uma cifra de
aproximadamente 500 mil, e aps a independncia, cerca de 5 milhes, dos quais
aproximadamente 2,5 milhes retornaram a Portugal. J dos imigrantes ingressos no Pas aps
1850, cerca de 4,2 milhes permaneceram no Brasil. Assim, podemos deduzir que, em termos
tnicos, a maioria da populao brasileira mestia. No entanto, as pesquisas levantadas pelos
ltimos recenseamentos procuram enfatizar apenas a cor da pele da populao, com base na
informao geralmente no muito precisa do entrevistado. A populao indgena encontra-se
reduzida a aproximadamente 0,6% da populao brasileira, refletindo o etnocdio a que foi
submetida, com a extino de inmeras naes indgenas, quer seja pelo seu extermnio fsico,
quer seja pelo desaparecimento de sua cultura, em funo da "integrao" com a sociedade global.
Os negros foram reduzidos a cerca de 5% da populao total, enquanto os brancos representam
cerca de 54,3%, e os mestios, genericamente denominados de pardos nos atuais
recenseamentos, atingiram o ndice de cerca de 40,1 %. Obviamente que esses ndices no representam especificamente a formao tnica da populao brasileira, porm, apenas uma
classificao quanto cor da pele. Contudo, o que mais se evidencia nos dados coletados o
constante crescimento da miscigenao, representada pelo crescimento da populao mestia e
reduo percentual dos 3 grupos bsicos.
BRASIL - GRUPOS TNICOS NA POPULAO TOTAL
COR DA PELE
% DA POPULAO EM 1950
% DA POPULAO EM 1980
% DA POPULAO EM 1996
Brancos
61,7
54,7
54,5
Negros
11,0
5,9
4,9
Pardos
26,5
38,5
40,1
Amarelos
0,6
0,6
0,6
No declarados
TOTAL
0,2
0,3
0,1
100,0
100,0
100,0
APTO CONCURSOS
Esperana de vida
ao nascer (anos)
IDH
74,6
89,9%
5.168
0,871
Distrito Federal
70,1
90,8%
5,263
0,858
So Paulo
68,9
89,8%
5.243
0,850
Santa Catarina
70,8
90,1%
5.114
0,842
Rio de Janeiro
68,8
90,3%
5.201
0,838
Paraba
53,7
58,3%
1.915
0,466
Alagoas
55,7
54,7%
2.413
0,500
Piau
65,1
58,3%
1.339
0,502
Cear
56,8
62,6%
2.203
0,506
Maranho
62,7
58,6%
1.695
0,512
Piores Estados
APTO CONCURSOS
1970
1980
1995
17,4
43,0
39,6
14,9
38,4
46,7
12,6
36,5
50,9
13,1
38,7
48,2
TOTAL
100,0
100,0
100,0
100,0
APTO CONCURSOS
APTO CONCURSOS
Braslia e periferia;
RO, AP e PA;
reas onde a cafeicultura vem sendo substituda por outras culturas comerciais ou pela pecuria,
como a regio da Borborema, na Paraba;
reas de economia estagnada pela pecuria extensiva: Baixo Balsas no MA e Alto Parnaba no
PI.
5. Migraes dirias
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APTO CONCURSOS
Podemos citar outros fluxos migratrios internos pela sua temporariedade, apresentando
ritmos, dimenses e objetivos variados e que so chamados migraes pendulares.
Os principais so:
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APTO CONCURSOS
Em 1824, teve incio a colonizao alem em So Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e, em 1827,
outra colnia alem foi instalada em Rio Negro, no Paran.
Em 1829, foi fundada uma colnia alem em Santo Amaro (SP) e outra em So Pedro de
Alcntara (SC).
perodo italiano (1887-1914) - foi o perodo de maior entrada, chegando a atingir 100.000
imigrantes anuais;
A imigrao no Brasil foi, na maior parte das vezes, provocada, e raramente espontnea.
Por esse motivo, as maiores entradas coincidiram com perodos em que houve escassez de mode-obra na nossa lavoura, intensificando-se, por isso, a propaganda brasileira no exterior.
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APTO CONCURSOS
rural
de
grande
dimenso
geralmente
inexplorada
ou
se
baseia
no
cultivo
de
vrios
produtos
desenvolvimento da cultura cafeeira no Planalto Paulista, que passou a exigir numerosa mo-deobra;
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APTO CONCURSOS
Alteraes na dcada da 30
A partir da dcada de 1930, diminuiu acentuadamente a entrada de imigrantes, devido a
vrios fatores:
crise da Bolsa de Nova Iorque, com a conseqente crise econmica no Brasil (1930);
medidas legais com o intuito de fazer uma seleo profissional (80% dos imigrantes que
entravam a cada ano deveriam ser agricultores e permanecer um mnimo de 4 anos na lavoura);
natureza climtica dessas regies, por terem favorecido a instalao dos europeus;
Grupos de imigrantes
1. Suos de lngua alem
Foram os primeiros imigrantes chegados ao Brasil (1819). Fixaram-se no Rio de Janeiro,
fundando a cidade de Nova Friburgo. Esta colonizao no deu o resultado esperado,
principalmente por falta de meios de comunicao e transporte. Mesmo assim, foi esta a primeira
colnia de imigrantes no-portugueses, organizada e subvencionada pelo governo.
2. Alemes
Comeararam a chegar a partir de 1824. Radicaram-se principalmente no Rio Grande do
Sul, fundando So Leopoldo, Novo Hamburgo, Gramado e Canela, e em Santa Catarina (Vale do
Itaja), onde fundaram Blumenau, Brusque, Itaja e, no litoral de Santa Catarina, Joinville. Fixaramse, tambm, nas proximidades de So Paulo (Santo Amaro), Rio de Janeiro e Esprito Santo
(Colatina).
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
Em So Paulo, so encontrados:
na regio de Marlia, Bastos e Tup, dedicando-se ao cultivo do algodo, sericultura e a outras
culturas;
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
Ordenado
Quando um elemento orienta a disperso, como um rio, ferrovia, rodovia, litoral. o mais
freqente na paisagem rural brasileira.
Desordenado
Quando no h um elemento que orienta a disperso.
Aglomerado
Quando as moradias no meio rural esto prximas umas das outras, ocorrendo relao de
vizinhana entre as habitaes que, por sua vez, esto relativamente prximas s reas de cultivo
ou de pastagens.
O hbitat aglomerado apresenta trs modalidades:
Ncleo
Em reas ocupadas por grandes fazendas, nas quais os trabalhadores habitam junto
sede, formando o hbitat aglomerado. Exs.: cana-de-acar no Nordeste, cacau no sul da Bahia
(Ilhus e Itabuna) e caf em So Paulo.
Povoados
Em quase todo o pas, predominando nas reas de pequenas propriedades rurais. Tm
origens e funes bem diversas.
Coloniais
Geralmente estabelecidas pelos grupos imigrantes, freqentes nos Estados sulinos, com
destaque para a regio do Rio Grande do Sul.
3. Hbitat urbano
Cidade um "organismo material fechado que se define no espao pelo alto grau de
relaes entre seus habitantes, pelas suas relaes com um espao maior e pela independncia
de suas atividades em relao ao solo onde est localizada".
As definies de cidade so diferentes, mas a maioria delas concorda num ponto: trata-se
de um aglomerado humano, variando em nmero e na sua relao com o espao (sua rea).
No Brasil, a partir de uma lei em 1938, utiliza-se o critrio poltico-administrativo para se
definir a cidade, sendo assim considerada toda sede de Municpio, no importando sua populao
nem expresso econmica.
Municpio uma sociedade capaz de autogoverno e autoadministrao dos servios que
Ihe so peculiares. Ao Municpio, em colaborao com o Estado, compete zelar pela sade,
higiene e segurana da populao.
Classificao das Cidades Quanto Origem
Cidades espontneas ou naturais
Aquelas que surgiram naturalmente, a partir da expanso de antigos hbitats rurais
aglomerados nas diversas fases do desenvolvimento da economia brasileira:
a) Feitorias (escalas de expedies martimas para defender e explorar as terras coloniais) - Cabo
Frio (RJ); Santa Cruz de Cabrlia (BA).
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APTO CONCURSOS
1851
Aracaju (SE)
1858
1898
Goinia (GO)
1937
Braslia (DF)
1960
20
APTO CONCURSOS
Juazeiro (BA);
Manaus (AM);
Pirapora (MG);
Cuiab (MT); e
Corumb (MS).
Natal (RN)
Paranagu (PR)
Salvador (BA)
Santos (SP)
Cubato (SP)
Itabuna (BA)
Interiorana
Campinas (SP)
Bauru (SP);
So Paulo (SP)
Caruaru (PE)
21
APTO CONCURSOS
Industrial
Franca (SP)
Sorocaba (SP)
Cubato (SP)
Guarulhos (SP)
Betim (MG)
Religiosa
Tamba (SP)
Estao de sade
Arax (MG)
Turstica (balneria)
Guaruj (SP)
Cambori (SC)
Guarapari (ES)
Torres (RS)
Militar estratgica
Resende (RJ)
Turstica (histrica)
Parati (RJ)
22
APTO CONCURSOS
Porturia
Santos (SP)
Paranagu (PR)
Vitria (ES)
Administrativa
Braslia (DF)
Florianpolis (SC)
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APTO CONCURSOS
Causas da urbanizao:
5. Megalpoles
Correspondem conurbao de vrias metrpoles, com fuso de stios urbanos, gerando
gigantescos aglomerados que ocupam extensas reas. Exemplo: a regio que se estende de
Boston at Washington, tendo como centro Nova Iorque.
6. A Grande So Paulo
A regio da Grande So Paulo definida e regulamentada pelos Decretos n 48.163, de 3
de julho de 1967 e n 50.096, de 30 de julho de 1968, do Governo do Estado de So Paulo. Essa
definio est vinculada ao processo de institucionalizao de reas e entidades metropolitanas no
Brasil.
A regio possui 15.992.170 habitantes (1993), numa superfcie de 7.951 km 2, com 39
municpios. Tal populao equivalente da Venezuela (912.050 km 2), Arbia Saudita (2.240.000
km2), Holanda (33.936 km2) ou, ainda, de Moambique (799.380 km 2) . A ela correspondia, em
1980, 68% do valor da produo industrial do Estado de So Paulo e 39% do Brasil. Em 1967, foi
criado o GEGRAM Grupo Executivo da Grande So Paulo - rgo tcnico da Secretaria de
Economia e Planejamento desse estado, para enfrentar os grandes problemas ainda existentes.
Esta regio assume importncia nacional, no apenas por sua grande populao (15,9
milhes de habitantes - 1993), mas por se constituir em um plo de desenvolvimento para o
crescimento do Brasil. Contudo, essa rea apresenta grandes problemas a serem resolvidos, como
os de habitao, transportes, assistncia mdico-hospitalar, educao, abastecimento de gua,
rede de esgotos, etc.
7. Conceitos Importantes
Regio Polarizada
Constituio da regio planejada em torno de metrpoles. O regionalismo leva formao
de diversas grandes cidades que podem atingir vrios milhes de habitantes e onde cada uma
delas pode alcanar carter metropolitano internacional e, como plos, organizar regies em torno
de si, onde a populao gradativamente adquire conscincia regional. O estudo das regies
polarizadas nos leva diviso de estados em regies administrativas e, estas, em sub-regies.
Malha Urbana
Diz-se da forte concentrao de cidades em uma determinada rea do pas, como, por
exemplo, a regio Sudeste, em determinadas partes. Na regio Sul, a malha urbana caracteriza-se
por maiores concentraes em alguns pontos, por exemplo, as reas prximas a Porto Alegre,
Curitiba e leste catarinense.
Rede Urbana
Sistema de cidades distribudas numa regio, encaradas como um complexo sistema
circulatrio entre ncleos e funes diferentes, mantendo relaes entre si e dependentes de um
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APTO CONCURSOS
centro principal que comande a vida regional. Existem redes urbanas mais e menos organiza das,
estando em permanente processo de transformao.
reas metropolitanas
Conjunto de municpios contguos e integrados com servios pblicos de infra-estrutura
comuns. Grandes espaos urbanizados que se apresentam integrados, seja quanto aos aspectos
fsicos ou funcionais de uma metrpole que exerce o papel dirigente.
Conurbao
Reunio de duas ou mais cidades de crescimento contnuo formando um nico aglomerado
urbano. Ex: Regio do ABC (SP).
Regies funcionais urbanas
Diviso regional tendo por base a influncia das cidades sohre o espao ou sua
polarizao.
Macrocefalismo
Crescimento acentuado e desordenado das cidades.
Subemprego
Atividade gerada pelo inchao do setor tercirio, com atividades tais como cuidador de
carros, vendedores de semforos, biscateiros; surgem para desafogar a falta de trabalho.
A Importncia da Agricultura
1. Importncia da Atividade Agrcola
O cultivo de produtos agrcolas alimentcios ou destinados indstria consiste em uma
importante atividade econmica que, para desenvolver-se, necessita da mo-de-obra humana para
arar, adubar e plantar as espcies. A agricultura diferenciada, desta forma, da atividade extrativa
vegetal que somente retira produtos da natureza. Destaca-se a importncia da agricultura no
processo de desempenho econmico do Brasil nos seguintes aspectos:
responde por parte significativa do produto interno lquido do pas, superior a 10%;
2. Fatores Naturais
Clima
Embora a agricultura no dependa unicamente das condies climticas, a verdade que
elas assumem importncia fundamental para a prtica agrcola. A existncia de variados tipos
25
APTO CONCURSOS
climticos no Pas (equatorial, tropical, de altitude, subtropical e semi-rido) permite uma boa
diversificao da produo agrcola, podendo-se cultivar desde os vegetais tipicamente tropicais
at aqueles prprios de reas temperadas, como o caso do trigo, que o mais cultivado no
Centro-Sul do Pas.
Devido ao predomnio de climas tropicais, natural que nossa agricultura seja baseada no
cultivo de vegetais tpicos desse clima, como o caso do caf, da cana-de-acar, do cacau, do
algodo e outros.
Solo
A camada superficial da litosfera, formada por rocha decomposta, e onde h vida
microbiana, o que definimos como solo. As transformaes fsico-qumicas criam a condies
favorveis a nutrio e desenvolvimento das plantas e espcies vegetais de modo geral. Seu processo de formao denominado pedognese, sendo lento e complexo, dependendo da rocha
matriz, do clima, das caractersticas do relevo e da matria orgnica presente.
A espessura do solo varia e ele tem ciclo evolutivo: h solos jovens, maduros e senis. Uma
vez degradados, difcil recuper-los. Devido diversidade de nossa geologia e condies
climticas, o Brasil possui vrios tipos de solos agrcolas, considerados, de modo geral, muito
cidos e frgeis, ao contrrio do refro comumente utilizado de que no Brasil "se plantando tudo
d". Sendo assim, para que sejam utilizados de forma eficiente, os solos brasileiros tm que ser
corrigidos de maneira correta quanto acidez ou composio qumica.
Massap ou Massap: solo escuro e resultante da composio do ganisse e do calcrio. um
solo de elevada fertilidade natural, encontrado na Zona da Mata Nordestina, onde, desde o perodo
Colonial, utilizado para o plantio da cana-de-acar.
Solo de Vrzea: trata-se de um solo fertilizado pelo acmulo de matria orgnica e hmus
trazido pelo rio margeado por ele. No entanto, devido s inundaes constantes, restringe seu uso
a alguns produtos, tais como o arroz.
Salmouro: solo argiloso, geralmente formado pela decomposio do granito em climas midos.
Apresenta alguma fertilidade e encontrado no Planalto Atlntico e no Centro-Sul do Pas.
Lixiviao: a "lavagem" que ocorre nos solos das regies tropicais midas, quando as chuvas
intensas atravessam os solos de cima para baixo, carregando os elementos nutritivos superficiais.
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APTO CONCURSOS
adubao adequada;
terraceamento;
curvas de nvel;
reflorestamento;
irrigao adequada.
O Uso da Terra
H uma correlao entre o tipo de utilizao agrria e o tamanho da propriedade. Assim, as
grandes propriedades dedicam-se, em geral, ao cultivo de produtos voltados para a exportao
(caf, cana-de-acar, cacau, soja, algodo), pecuria e ao extrativismo vegetal. J as pequenas
propriedades se caracterizam pelo desenvolvimento de cultivos comerciais e de subsistncia, como
arroz, feijo, milho, mandioca e produtos hortifrutigranjeiros em geral.
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APTO CONCURSOS
Produtividade Agrcola
O aumento da produo agrcola deve-se:
maior utilizao de insumos industriais, apesar do seu alto custo para os agricultores;
baixa mecanizao;
28
APTO CONCURSOS
Curva de nvel: linha imaginria que une todos os pontos da mesma altitude, acima ou abaixo
de uma referncia conhecida. O mesmo que curva altimrrica, ispsa.
Estrutura fundiria
A expresso "estrutura fundiria", engloba o nmero e tamanho das propriedades rurais,
segundo as categorias dimensionais. Nesse campo, o Brasil enfrenta srias dificuldades. Nossa
estrutura fundiria herana de um passado colonial, com predomnio das grandes pro priedades
(plantations) voltadas para atender s necessidades do mercado externo. At hoje os grandes
latifndios so maioria na rea rural, geralmente subaproveitados.
Podemos concluir que:
a) Os pequenos estabelecimentos predominam em nmero (50,3%), enquanto sua rea
insignificante (2,5%).
b) Os grandes estabelecimentos (mais de 1.000 ha) ocupam quase a metade da rea rural (45%),
representando apenas 1,2% das propriedades; ou, simplificando: h muita gente com pouca terra e
muita terra com pouca gente, o que demonstra a concentrao fundiria.
Note que tanto o minifndio (pequena propriedade) quanto o latifndio so responsveis
por um desperdcio de recursos, j que:
a) No latifndio, nem todo o espao aproveitado, havendo, portanto, desperdcio de terras e
capital.
b) No minifndio, h mo-de-obra ociosa, pois a terra escassa.
Os pequenos proprietrios respondem por mais da metade da produo de alimentos do
Brasil, e so os que menos assistncia recebem do governo.
Os conceitos de latifndio e minifndio sero definidos em funo do mdulo rural adotado
na regio grfica e de seu uso. Assim, uma grande propriedade dentro da Amaznia, embora no
aproveitada com alguma atividade, menos prejudicial que uma outra propriedade bem menor e
mal aproveitada prxima a So Paulo.
Por este motivo, surgiu a idia de mdulo rural (Estatuto da Terra, Lei n 4.504 de
30/11/64), criado para estabelecer uma unidade legal de medida das propriedades, onde se leva
em conta a independncia entre a dimenso, a situao geogrfica do imvel e seu
aproveitamento.
Os conceitos de latifndio e minifndio so definidos em funo do mdulo rural adotado
na regio.
Mdulo rural: rea explorvel que, em determinada posio do Pas, direta e pessoalmente
explorada por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas, correspondendo a mil jornadas
anuais. A fora de trabalho do nvel tecnolgico adotado naquela posio geogrfica e, conforme o
tipo de explorao considerado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistncia
no processo social e econmico. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonizao e Reforma
Agrria), o mnimo de terras que uma famlia de 4 pessoas necessita para sua manuteno. O
mdulo rural varia conforme o desenvolvimento da regio, sendo menor quanto maior o
desenvolvimento.
Minifndio: ser todo o imvel com rea explorvel inferior ao mdulo rural fixado para a
respectiva regio e tipos de explorao nela ocorrentes.
Latifndio por dimenso: ser todo o imvel com rea superior a 600 vezes o mdulo rural
mdio fixado para a respectiva regio e tipos de explorao nelas ocorrente.
Latifndio por explorao: ser todo o imvel cuja dimenso no exceda aquela admitida
como mxima para empresa rural, tendo rea igual ou superior dimenso do mdulo da regio,
29
APTO CONCURSOS
mas que seja mantida inexplorada em relao s possibilidades fsicas, econmicas e sociais do
meio, com fins expeculativos, ou que seja deficiente, ou inadequadamente explorada de modo a
vedar-Ihe a classificao como empresa rural.
Atualmente, a estrutura fundiria brasileira tem-se caracterizado por um parcelamento das
propriedades, o que traz como conseqncia um crescimento do nmero de latifndios:
Alm desse fracionamento, verifica-se uma concentrao de terras nas mos dos
latifundirios.
1960 - 7l.000.000 ha
1980 - 164.500.000 ha
30
APTO CONCURSOS
Regio Centro-Oeste
tambm uma regio com alta proporo de estabelecimentos com mais de 10.000 ha,
porm predominam os grandes estabelecimentos entre 1.000 ha e 10.000 ha, de dicados
pecuria. Quanto utilizao da terra, dominam largamente as pastagens: esta a regio que
apresenta a maior rea ocupada por estabelecimentos agropecurios no Brasil, apesar de possulos em menor nmero.
, por excelncia, a rea de criao de gado bovino no Brasil, realizada em sistema
extensivo nos largos chapades do cerrado e no Pantanal Mato-Grossense.
As grandes, mdias e pequenas propriedades esto assim distribudas:
a) Grandes propriedades:
MT (parte norte) - extrativismo vegetal; MS e MT (pantanal) - pecuria;
GO, MS e MT (reas dispersas no interior) -pecuria.
b) Mdias e pequenas propriedades:
MS (sul, regio de Dourados) - culturas diversificadas: caf, milho e soja;
GO (Ceres) - culturas diversificadas.
Regio Sul
Quanto rea ocupada, predominam no Sul as pequenas e mdias propriedades.
Assim como a regio Sudeste, esta regio tambm destina parte de sua produo
indstria alimentcia, como carnes, milho, soja e outros itens.
As grandes, mdias e pequenas propriedades esto assim distribudas:
a) Grandes propriedades: PR (norte) - soja e caf;
PR (Mata de Araucria) - extrativismo madeira; RS (Campanha Gacha) - pecuria;
RS e PR - reas de cultura de trigo.
b) Mdias e pequenas propriedades:
RS, PR e SC (reas de povoamento europeu) vinhedos, trigo, batata, arroz, milho, etc.
SISTEMAS AGRCOLAS DE PRODUO
1. Sistemas Agrcolas
Sistema agrcola a combinao de tcnicas e tradies utilizadas pelo homem nas suas
relaes com o meio rural para obter os produtos de que necessita.
No Brasil so aplicados no campo vrios tipos de sistemas agrcolas.
O sistema extensivo o mais utilizado: apenas em certas reas, como no Sul e Sudeste,
so encontradas propriedades utilizando com mais freqncia o sistema intensivo.
Tambm os sistemas chamados de roa e plantation so antigos no Brasil e at hoje
empregados.
Veja abaixo os principais sistemas e suas caractersiicas.
Sistema Intensivo
Rotao de cultivos.
Fertilizantes.
31
APTO CONCURSOS
Seleo de sementes.
Seleo de espcies.
Mecanizao.
Grande rendimento.
Terra escassa
O sistema intensivo pode ser caracterizado pela menor dependncia do agricultor s
condies naturais.
Quanto menor a dependncia, mais intensivo ser o sistema agrcola.
Sistema Extensivo
Desmatamento e coivara.
Rotao de solos.
Pequeno rendimento.
Terra abundante.
Dentro do sistema extensivo surge o termo "roa" ou itinerante, onde as tcnicas utilizadas
so bastante rudimentares com pouco ou nenhum adubo, levando a terra ao esgotamento e,
posteriormente, ao abandono.
No Brasil, o sistema de roa largamente encontrado, apresentando como resultado uma
agricultura de baixos rendimentos e produo irregular.
Plantation
Monocultura.
Grandes estabelecimentos.
Capitais abundantes.
Trabalho assalariado.
Grande rendimento.
O sistema de plantation foi introduzido no Brasil na poca colonial, com o cultivo da canade-acar. No entanto, at hoje, este sistema utilizado no cultivo do caf, do cacau, da laranja, da
soja e da prpria cana.
32
APTO CONCURSOS
2. Explorao da Terra
Distinguem-se no Brasil as seguintes modalidades de explorao da terra:
33
APTO CONCURSOS
Rochas sedimentares
So formadas tanto por fragmentos de outras rochas preexistentes (magmticas e
sedimentares) quanto em virtude de novas condies de temperatura e presso. Ex.: mrmore,
gnaisse, quartzito.
Rochas metamrficas
So resultantes de transformaes sofridas por rochas preexistentes (magmticas e
sedimentares) em virtude de novas condies de temperatura e presso. Ex.: mrmore, gnaisse,
quartzito.
4. Estrutura Geolgica do Brasil
Para se compreender o relevo de um lugar, necessrio conhecer a sua estrutura
geolgica, ou seja, seus tipos de rochas, sua idade, etc., alm da atuao do clima e vegetao,
etc.
Interessa conhecer os aspectos superficiais da litosfera, a qual constitui a parte slida da
Terra, que composta pelo solo, de pequena espessura, e subsolo (rochas), de maior espessura.
O territrio brasileiro formado por um conjunto de rochas muito antigas (arqueozicas e
proterozicas). Essas rochas sofreram diastrofismo (movimento no interior da Terra) na era prcambriana (600 milhes de anos atrs) e depois foram submetidas eroso. Todo o material
destrudo pela eroso foi carregado e acumulado em reas mais baixas (sedimentos).
Em alguns pontos do Brasil, houve um soerguimento (levantamento) desses sedimentos
que foram submetidos eroso. O resultado do trabalho da eroso corresponde aos chapades,
chapadas e tabuleiros comuns no NE e CO.
No perodo mesozico, houve o maior derrame de magma do mundo, cobrindo a regio de
basalto e diabsio.
Assim sendo, podem ser encontradas no Brasil as seguintes rochas:
Cristalinas (terrenos cristalinos): so de formao antiga e cobrem 36% do Brasil. So divididas
em 32% arqueozicas e 4% proterozicas. Nos terrenos proterozicos (algonquianos) localizam-se
as maiores jazidas de minerais metlicos.
suficientes - quando ocorrem em quantidade suficiente para o consumo interno. Ex: argila,
chumbo, zinco e amianto.
34
APTO CONCURSOS
carentes - quando ocorrem em quantidade insuficiente para o consumo interno. Ex: petrleo, carvo mineral.
A ocorrncia de minrio de ferro no Brasil foi revelada no final do sculo XVIII e o seu
aproveitamento teve incio na segunda dcada do sculo XIX, em Minas Gerais.
As grandes jazidas do Brasil encontram-se em MG (Quadriltero do Ferro), PA (Serra dos
Carajs) e MS (Morro do Urucum).
Quadriltero Ferrfero de Minas Gerais
Os principais depsitos de minrio de ferro esto numa rea de 8.000 km 2, compreendida
entre as cidades de Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Mariana e Santa Brbara, que
constituem o chamado Quadriltero Ferrfero ou Central. Esta rea a principal produtora de
minrio de ferro no pas, destinando-se produo tanto vinculada ao mercado interno como
externo.
Destacam-se duas reas de produo e escoamento do minrio:
As jazidas do Vale do Rio Doce - destinam-se aos mercados interno e externo, sendo a produo
escoada pela E. F. Vitria-Minas (da CVRD) at o porto de Tubaro, ES. As principais empresas
que atuam nesta rea so: Usiminas, Acesita, Belgo-Mineira (mercado interno) e CVRD (mercado
externo).
As jazidas do Vale do Rio Paraopeba - tambm se destinam aos mercados interno e externo e
cuja produo escoada pela E. F. Vitria-Minas at o porto de Tubaro e pela E. F. Central do
Brasil at o Rio de Janeiro. As principais empresas que atuam nessa rea so: CSN e Cosipa
(mercado interno) e Antunes e Hanna (mercado externo).
Observao: a maior empresa produtora de minrio de ferro do Brasil a CVRD (Companhia Vale
do Rio Doce), que, em 1997, foi parcialmente privatizada em leilo.
Morro do Urucum em Moto Grosso do Sul
O estado de Mato Grosso do Sul possui grandes reservas de minrio de ferro situadas no
sul do estado, no municpio de Corumb. Entretanto, essas reservas apresentam algumas
desvantagens, como grande distncia dos principais mercados de consumo e baixa qualida de de
minrio.
Serra de Carajs
Situa-se no municpio de Marab, na bacia do rio Itacuinas, a 550 km de Belm. Constitui
uma das maiores jazidas de ferro do mundo, descoberta em 1967 pela Com panhia Meridional de
Minerao (subsidiria do U.S. STEEL Corp.).
O escoamento do minrio de ferro feito por ferrovia, at o porto de Itaqui, no Maranho.
35
APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
9. Chumbo
O principal minrio do chumbo a galena. Ele utilizado na fabricao de baterias, cabos,
isolantes, para a radiao de raios X, etc. As principais reas de ocorrn cia no Brasil so: Bahia,
Boquira e Macabas (principal rea produtora), sendo responsvel por 80% da produo brasileira
- Paran: Adrianpolis.
O Brasil importa o chumbo do Peru e Mxico.
Maiores produtores mundiais: Austrlia, Rssia, EUA, Canad e Mxico
10. Estanho
O principal minrio do estanho a cassiterita.
As principais reas produtoras no Brasil so:
Rondnia
Vale dos rios Guarop, Mamor e Madeira - maioria do estanho brasileiro (13,5%).
Amazonas: 58,5% da produo nacional.
Par - Mapuera (26,0%).
11. Cobre
um metal no-ferroso muito utilizado como liga (bronze e lato) e em condutores
eltricos.
O principal mineral do cobre a calcopirita ou cuprita. No Brasil, as principais reas de
ocorrncia so:
Rio Grande do Sul (Camaqu e Caapava do Sul) - participa com 24% da produo brasileira.
Bahia (Caraba) - possui as maiores reservas e participa com 75% da produo brasileira.
Par (S. dos Carajs) reservas menores.
12. Ouro
O Brasil possui a quarta maior produo mundial de ouro, aps a frica do Sul, os EUA e o
Canad (1992). reas produtoras: Madeira, rio Tapajs, Alta Floresta (MS), Cumaru (PA), Jacobina
(BA), Quadriltero Ferrfero (MG), Serra Pelada (fechada).
13. SaI Marinho
Ocupa uma posio de destaque no setor da indstria extrativa mineral, sendo utilizado na
pecuria, alimentao humana e na indstria qumica. As principais reas produtoras so: Rio
Grande do Norte, responsvel por 80,5% da produo nacional, destacando-se nas localidades de
Areia Branca, Mossor e Macau; Rio de Janeiro, Cabo Frio e Araruama; Cear.
Observaes
Em 1982, os gelogos identificaram a provncia mineral de mapuera, que compreende
parte do estado do Amazonas, do Par e Roraima, bem como uma rea que apresentava reservas
37
APTO CONCURSOS
13%
7%
6%
4%
4%
2%
Oriente Mdio
Amrica
Latina
frica
Rssia
Amrica do Norte
sia e Oceania
Europa
A pesquisa de jazidas petrolferas feita no Brasil desde meados do sculo, passado por
iniciativa privada. S em 1907, com a criao do Servio Geolgico e Mineralgico, o governo
comeou a se preocupar com este programa, passando, a partir de 1919, a fazer pesquisas
infrutferas, por serem realizadas com tcnicas e equipamentos deficientes. Na dcada de 30,
alguns resultados comearam a surgir, principalmente com a perfurao do poo Lobato, na,
Bahia, o primeiro aberto no Pas.
Em vista das condies polticas nacionais e da grande importncia do petrleo, em 1938
foram nacionalizadas as jazidas petrolferas. Nesse mesmo ano, foi criado o Conselho Nacional do
Petrleo (CNP), principalmente na Bahia, iniciando-se a fase de comercializao.
Em 1953, foi criada pelo governo a organizao Petrleo Brasileiro S.A. (Petrobrs). uma
sociedade mista, com participao estatal de 51%.
Passaram, dessa data em diante, a ser monoplio da Petrobrs:
38
APTO CONCURSOS
EXPLORAO
As bacias de possvel explorao de petrleo no Brasil so:
Bacia Amaznica;
Bacia Litornea;
Bacia Paranaense;
BA - Recncavo Baiano: poos de Miranga, gua Grande, Buracica, D. Joo, Taquipe, Candeias;
MA - Barreirinhas;
Produo no Brasil
Em 1996 a produo foi de, em mdia, 850 mil barris por dia. Isso representa
aproximadamente 60% do petrleo consumido diariamente; o restante importado.
Atualmente, cerca de 70% do petrleo extrado no Brasil vem das plataformas martimas,
sendo a principal rea produtora, a Bacia de Campos. No continente, a do Recncavo Baiano.
Refinao
Atualmente, a Petrobrs tem onze unidades de refino, com capacidade para processar 1,4
milhes de barris/ dia.
Embora a Petrobrs, com a Lei n 2.004, tenha recebido o monoplio do refino, o Governo
manteve as autorizaes concedidas a grupos privados antes daquela lei. A atual quebra do
monoplio permitir que outras empresas do ramo possam participar de todo o processo petrolfero. O objetivo principal da quebra do monoplio buscar a auto-suficincia do produto, objetivo
traado pela ANP (Agncia Nacional do Petrleo).
Eis a razo da existncia de duas refinarias particulares: Ipiranga (RS) e Manguinhos (RJ),
ambas de pequeno porte.
As principais refinarias da Petrobrs so:
Manaus - Reman (AM), na qual a Companhia Estatal de Petrleo do Peru, a Petroperu, tem
refinado parte de sua produo;
39
APTO CONCURSOS
Observao:
A Petrobrs exporta diversos derivados de petrleo, como: leo combustvel, gasolina,
querosene para avio, leo diesel e outros, principalmente para Nigria, EUA, o Argentina, Holanda
e outros pases.
Transporte - Oleodutos
Neste ltimo caso, por um nico oleoduto so transportados dois ou trs produtos, desde
que apresentem densidades diferentes.
Esse transporte feito por bombeamento controlado por "casas de bombas" que se
comunicam com a refinaria e levam, assim, o produto ao local destinado. Essas casas esto
distribuidas a cada quilmetro, de acordo com a topografia do local, mais ou menos acidentada, em
maior ou menor nmero de casas.
O custo operacional dos oleodutos muito baixo, por isso outros esto sendo
programados.
Esses navios atendem ao comrcio interno, transportando petrleo dos pases exportadores e
fazem fretes para terceiras bandeiras, se bem que sejam em pequeno nmero.
Distribuio
O setor de distribuio dos derivados no monoplio da Petrobrs. Existem vrias
empresas nacionais e estrangeiras operando neste setor.
A participao da Petrobrs neste ramo de aproximadamente 20%, com uma rede de
postos de distribuio muito grande e quatro companhias nacionais com um nmero de postos
muito inferior.
As principais empresas estrangeiras so:
40
APTO CONCURSOS
Observao:
Os postos esto distribudos por todo o Brasil.
As principais empresas nacionais so:
Petrominas;
Consumo
No incio de 1992, o consumo dirio era de 1.200.000 barris/dia; em 1999, o nosso
consumo atingiu a cifra de 1,4 milho de barris/dia, enquanto a nossa produo se aproximou de
1,1 milho de barris/dia.
2. Carvo mineral
Sabemos que o hemisfrio sul pobre em carvo mineral, se comparado ao hemisfrio
norte. Essa desigualdade est ligada a fenmenos geolgicos. Assim, o Brasil no faz exceo
nesse aspecto. tambm pobre em jazidas carbonferas (pelo menos considerando-se as jazidas
conhecidas at hoje).
As nossas principais jazidas esto localizadas no Sul do Pas, numa formao que data do
permocarbonfero, entre o cristalino da Serra do Mar e a Bacia Sedimentar Paranaense.
Brasil: Produo de Carvo Mineral
Santa Catarina .......................................... 61%
Rio Grande do Sul .................................... 36%
Paran ........................................................ 3%
Fonte: IBGE - 1994
Principais Depsitos
Santa Catarina
1.205.000.000 tonetadas, localizadas no vale do rio Tubaro e proximidades.
41
APTO CONCURSOS
Santa Catarina
A produo catarinense provm das minas de Lauro Muller, Urussanga, Cricima (Bacia do
Tubaro) e Ararangu. Parte dela consumida no prprio Estado e parte escoada at o porto de
Laguna (Henrique Lages), pela Estrada de Ferro Teresa Cristina.
Dos depsitos brasileiros, o nico que possui carvo coqueificvel o de Santa Catarina,
cuja composio a seguinte:
Rejeitos - 25%
A principal compradora deste carvo a Cia. Siderrgica Nacional.
Paran
explorado no Vale do rio Peixe e no Vale do rio das Cinzas, sendo consumido para
transporte.
Problemas de Explorao
Vrios so os problemas que dificultam o aumento da explorao:
- depsitos relativamente pequenos;
- pequena espessura dos horizontes carbonferos, dificultando a explorao;
- baixa qualidade do carvo, reduzindo at 18% de cinzas;
- baixo nvel tcnico das minas e equipamentos deficientes, encarecendo o produto;
- distncia dos depsitos em relao aos centros consumidores;
- alto custo dos transportes.
Em relao ao carvo metalrgico, o importado sai mais barato que o nacional. Da a
tendncia das empresas para consumirem carvo importado, mais barato e de melhor qualidade
(produz 4% a 5% de cinzas, contra 16% a 18% do carvo nacional). Para defender a produo bra sileira, principalmente de Santa Catarina, o governo instituiu o uso obrigatrio do carvo nacional
na proporo de 40% do consumo nas siderrgicas.
3. Eletricidade
A energia eltrica um dos fatores bsicos para o desenvolvimento de um pas. Isto
tanto verdade que, se observarmos os pases desenvolvidos, notaremos que o consumo de
energia eltrica por pessoa ser bastante alto em relao aos pases menos desenvolvidos.
A energia eltrica pode provir de usinas hidreltricas, termeltricas e nucleares. As usinas
hidreltricas aproveitam energia potencial da gua (queda de gua). As usinas termeltricas
42
APTO CONCURSOS
aproveitam a energia resultante da queima de leos, carvo mineral, carvo vegetal, le nha, etc., e
as nucleares utilizam urnio, trio, etc.
O Brasil, tendo constituio hidrogrfica importante e em sua maioria rios de planalto,
evidentemente possui um alto potencial hidreltrico, que de 150.000.000 kw, colocando-se em 3
lugar nesse particular, aps Rssia e Canad. A distribuio do potencial hidreltrico por bacia
hidrogrfica apresenta-se na seguinte ordem:
BACIA
POTENCIAL CONFIRMADO
ESTIMADO
Amaznia
16.799,4
36.993,5
Prata
10.819,1
6.530,5
So Francisco
3.058,8
1.255,5
Tocantins
9.284,2
1.525,4
Embora esse potencial fosse alto, a capacidade de produo instalada era de 8.828.400
kw (1970), passando para 31.725.000 kw em 1980.
Quanto termeletricidade, o Brasil possui capacidade instalada de 4.249.000 kw (1980),
aproveitando como matria-prima o petrleo, o carvo mineral e a lenha.
Essa predominncia de usinas hidreltricas fcil de compreender, se atentarmos para os
grandes recursos hidrogrficos do Brasil de um lado, e os pequenos recursos em petrleo e carvo
mineral, de outro; se bem que a opo para se instalar uma usina leva em considerao outros
fatores, tais como: tipo de consumo de eletricidade durante o ano, quantidade de consumo, custo
de instalaes, etc.
O elevado potencial hidreltrico dos rios brasileiros explica por que a gerao de
eletricidade no Pas proveniente, principalmente, de usinas hidreltricas (93%) em menor escala
de origem termeltrica (6,3%).
Observao
O Plano 2000, elaborado pelo Governo em 1982, compreende a previso das
necessidades de gerao de energia at o final do sculo. Nesse plano, esto previstas 8 usinas
nucleares, alm de prever o atraso no cronograma para a entrada em operaco de 10 usinas
hidreltricas
Principais Empresas ligadas Produo de Energia Eltrica
Subsidirias:
Empresas estaduais:
CESP (SP), CEMIG (MG), COPEL (PR), CEl CELG (GO), CELF (RJ), etc.
43
APTO CONCURSOS
44
APTO CONCURSOS
alguns clculos, a energia solar que atinge a Terra em apenas sete dias seja equivalente a toda
energia acumulada nas reservas minerais fsseis do planeta. Estamos, por enquanto, restritos a
calculadoras e pequenos instrumentos. Nos EUA, um pequeno avio para um nico tripulante,
construdo em fibras sintticas e movido a energia solar, conseguiu percorrer uma longa distncia
voando a poucos metros acima do solo. Atualmente, a Austrlia promove uma corrida de
automveis solares que, se no podem ser comparados ao rendimento dos modelos tradicionais,
tm apresentado sensveis progressos nos ltimos eventos.
8. Por que a porticipao do Brasil no setor nuclear?
Apesar de o Brasil dispor de um imenso potencial hidrulico e, no momento, utilizar apenas
10% e 15% desse potencial, e a despeito, tambm, do excedente de energia eltrica que ocorre no
momento, apontam-se as seguintes justificativas para sua participao no setor nuclear. A partir
deste ano, as fontes hidrulicas devero estar prestes a se esgotarem, principalmente nas regies
Sudeste e Sul, onde o consumo mais elevado.
Em vista de nossa insuficincia de combustveis fsseis e dos reflexos da crise do petrleo,
haver necessidade de complementao da energia hidrulica com a energia nuclear.
O Governo Federal decidiu se engajar num programa nuclear para adquirir experincia na
instalao e operao de centrais nucleares e, ao mesmo tempo, propiciar engenharia e
indstria nacional a oportunidade de participar e desenvolver este tipo de tecnologia.
O II PND, criado para o perodo de 1975 a 1979, no Governo Geisel (j falecido), assinala
a importncia do Programa Nuclear Brasileiro e a necessidade de preparar o Pas para os anos 80,
quando a energia nuclear j deveria representar parte significativa da energia eltrica gerada no
Pas e no mundo. Alm disso, visava ao desenvolvimento de outras aplicaes da cincia nuclear,
como o uso dos istopos na agricultura, medicina e indstria.
O Acordo Nuclear Brasil - Repblica Federal da Alemanha
No dia 27/6/75, em Bonn, foram assinados dois documentos definindo e implementando
um programa de cooperao entre Brasil e a RFA: o acordo de cooperao sobre os usos pacficos
da energia nuclear e a declarao dos governos do Brasil e da RFA relativa implementao do
mencionado acordo.
O objetivo geral do programa consiste na implantao, em nosso Pas, de uma capacidade
industrial em todas as reas do uso pacfico da energia nuclear e na transferncia de tecnologia,
bem como o fornecimento de urnio do Brasil para a RFA.
Os principais itens do referido programa so:
- Prospeco, pesquisa, desenvolvimento, minerao e explorao de depsitos de urnio no
Brasil, bem como a produo de concentrados e compostos de urnio natural.
- Enriquecimento de urnio.
- Indstria de reatores nucleares.
- Reprocessamento de combustvel irradiado.
- Financiamento.
O programa nuclear compreende, ainda, a instalao no Brasil de 8 usinas nucleares, duas
das quais, Angra II e III devem ser providenciadas de imediato.
A usina Angra I (Almirante lvaro Alberto) foi adquirida dos Estados Unidos atravs da
Westinghouse e sua construo ficou a cargo da Central Eltrica de Furnas S.A. (subsidiria da
Eletrobrs); a usina Angra III teve sua construo cancelada por decreto presidencial em 1993.
A Lei n 6.189, de 16/12/74, criou a Nuclebrs (Empresa Nuclear Brasileira), com a
finalidade de orientar, planejar, supervisionar, fiscalizar, pesquisar e comercializar os materiais
nucleares produzidos. O Brasil optou, em seu programa nuclear, pelas usinas que utilizam como
45
APTO CONCURSOS
combustvel o urnio enriquecido a 3% e, como refrigerante e moderador, a gua leve. Nesta linha,
escolheu ainda o tipo que utiliza gua leve pressurizada, conhecido como PWR (Pressurized Wate
Reactor).
O sistema PWR constitudo de trs circuitos de gua: o circuito primrio, o secundrio e o
de gua de circulao.
A gua do circuito primrio aquecida pelo calor decorrente da fisso do urnio no reator,
chegando temperatura de cerca de 300 C, no caso de Angra. Em seguida, a gua segue por
tubulaes at o gerador de vapor, onde vaporiza a gua do circuito secundrio sem, no entanto,
entrar em contato com ela. O vapor resultante, por sua vez, vai acionar a turbina, que movimentar
o gerador, produzindo a eletricidade. Para que a gua do circuito primrio no entre em ebulio ao
ultrapassar os 100 C, a presso mantida elevada - 157 atmosfera - da o sistema denominar-se
"gua leve pressurizada."
O terceiro circuito - denominado "gua de circulao" - consiste em um sistema de
capacitao de gua do mar para esfriar, no condensador, o vapor que se expandiu na turbina.
Para condensar o vapor, a gua de circulao se aquece ligeiramente. No caso da Central Nuclear
de Angra, essa gua utilizada no condensador bombeada, atravs de um tnel, at a enseada de
Piraquara de Fora, cerca de 12 km de distncia da usina, sendo lanada de novo no mar, sem
qualquer contaminao radioativa. O calor por ela adquirido se dissipa nas imediaes do local em
que lanada.
Fora dessa rea limitada, a temperatura da gua do mar no ser alterada pela descarga
dos condensadores.
Urnio e os Reatores Nucleares
O urnio um combustvel nuclear (material radioativo ou atmico) extrado da uranilita ou
pechblenda e de outros minrios. Aparece em rochas eruptivas e nos pigmatitos, porm as maiores
concentraes esto nas rochas sedimentares. O urnio natural uma mistura dos istopos U 234+
U235+ U238.
As reservas brasileiras de urnio em 1978 atingiram 142.000 t, destacando-se as seguintes
reas: Poos de Caldas e Quadriltero Ferrfero (MG), Figueira (PR), Campos Belos (GO), Lagoa
Real (BA), e Itatiaia (CE), Surucucus (RR) e Espinhares (PB). O reator uma fornalha onde se
utiliza o combustvel nuclear para a produo de calor que vai aquecer na caldeira a gua para a
turbina. Esta, por sua vez, move o gerador que produz a energia eltrica. O conjunto uma
mquina trmica com a fornalha substituda pelo reator nuclear. Os reatores podem ser de fisso
ou fuso, sendo que o ltimo ainda est em fase de pesquisa.
As Vantagens e Desvantagens do Uso de Energia Nuclear
Vantagens:
permite grande concentrao energtica;
independe dos fatores meteorolgicos;
flexibilidade na localizao das usinas;
reduzida poluio atmosfrica.
Desvantagens:
auto custo inicial na implantao;
segurana - perigos de defeitos tcnicos, sabotagens, etc.;
resduos radiativos (lixo nuclear);
elevado preo da energia.
46
APTO CONCURSOS
Usinas Nucleares
A Nuclebrs prev a construo de diversas usinas nucleares no Brasil.
Usina de Angra dos Reis - Unidade I (Almirante lvaro) a primeira usina do Complexo
Angra dos Reis, situada na praia de Itaoma; foi inaugurada no incio de abril de 1982, j fornecendo
energia eltrica ao sistema de transmisso de Furnas.
Usina de Angra dos Reis unidade II e III - essas usinas resultam do acordo de
cooperao firmado com a Alemanha, ao passo que a Angra I de fabricao norte-americana
(westinghouse ). A Usina Angra III teve seu contrato cancelado por decreto presidencial em 1993.
Usina de Perube e Iguape - em fase de estudos e implantao, tambm se incluem no
acordo Brasil Alemanha. Todas essas usinas geram discusses por parte de organizaes
ambientalistas pelo comprometimento da qualidade de vida do homem e de outras espcies, por
atingirem reas de preservao ambiental.
INDUSTRIALIZAO BRASILEIRA
EVOLUO HISTRICA E PRINCIPAIS SETORES
1. Conceito
Indstria pode ser entendida como ato de transformar matrias-primas em bens de
produo e de consumo.
Tipos de Indstria
De um modo geral, as indstrias podem ser divididas em:
Extrativas:
- mineral
- vegetal
Transformao:
- bens de produo
- bens de consumo
- durveis
-
no-durveis
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APTO CONCURSOS
Bens de Consumo
So indstrias que produzem "produtos" voltados diretamente para o consumo da
populao. Essas indstrias produzem bens de consumo durveis (eletrodomsticos, automveis,
eletrnicos, mveis, etc.) e no-durveis (remdios, bebidas, alimentos, vesturio, etc.).
2. Evoluo Indusstrial no Brasil
At 1808, pode-se dizer que no havia propriamente indstrias no Pas, resumindo-se esta
atividade produo de tecidos grosseiros e de uns poucos artigos de natureza artesanal.
Aps 1808, apesar de liberao da atividade industrial que at ento havia sido impedida
pela metrpole, o desenvolvimento industrial no tomava impulso devido falta de infra-estrutura
interna e concorrncia dos produtos externos, sobretudo ingleses.
Com a introduo do caf em SP e a conseqente chegada dos imigrantes, houve certa
expanso do mercado interno consumidor, alm da disponibilidade de capitais e melhores
transportes. Comeam a surgir alguns setores industriais de necessidade mais imediata e de
menor custo como: alimentcios, txtil, de material de construo, etc.
Em 1850 havia no pas:
- 02 fbricas de tecidos;
- 10 indstrias de alimentos;
- 02 indstrias de caixas e caixes;
- 05 indstrias metalrgicas;
- 07 indstrias qumicas.
No final do sculo XIX, o desenvolvimento industrial foi pequeno, apesar das medidas
protecionistas adotadas pelo governo para proteger a indstria nacional da concorrncia externa.
A partir da Primeira Guerra Mundial, a atividade industrial apresentou uma certa expanso,
pois j que no podia contar com as importaes europias, procurava desenvolver aqui alguns
setores industriais.
A crise 1929/1930 e a Segunda Guerra Mundial marcaram outra fase de crescimento
industrial, sobretudo em SP, RS e MG. Aps 1940, surgem outros tipos de atividades industriais, j
que antes dominavam indstrias apenas de bens de consumo.
Em 1942, ocorre a construo da Cia. Siderrgica Nacional. Inicia-se a produo de ao
em grande escala, que abre novas perspectivas para a expanso industrial brasileira.
A dcada de 1950 ainda enfrenta problemas e obstculos, como falta de energia e
deficiente rede de transportes e comunicaes, que vo ser tratados por Juscelino em seu plano
de Metas - alm disso, o desenvolvimento industrial passa a ser dependente do capital externo.
Nessa fase, o governo optou pela indstria de bens de consumo durveis, como as indstrias
automobilsticas e de eletrodomsticos, alm de setores bsicos e energia eltrica atravs da
criao de vrias empresas Cemig - Furnas, etc.).
A dcada de 60 representada por um perodo de crise e estagnao da atividade
industrial. Essa fase marca uma economia associada e dependente do capital externo, e o Estado
como forte centralizador e controlador dos setores econmicos bsicos.
A dcada de 70 caracteriza-se por uma maior diversificao da produo industrial e,
conseqentemente, das exportaes que at hoje tm nos manufaturados o seu maior peso.
O Brasil, bem como a maior parte dos pases de industrializao recente, apresenta um
grande peso na economia estatal. Durante as dcadas de industrializao acelerada tem que criar
a infra-estrutura bsica necessria e isto inclua siderrgicas, estradas e outras.
48
APTO CONCURSOS
49
APTO CONCURSOS
% s/ o pessoal
ocupado
% s/ o valor da
produo industrial
a) extrativo mineral
1,9%
1,7%
1,5%
b) transformao
98,1%
98,3%
98,5%
50
APTO CONCURSOS
Alimentcias
Abrange diversos ramos, tais como: laticnios, conservas, frigorficos, bebidas, massas,
moinhos, leo, etc. Est entre as mais antigas do Pas. Apesar de estar disseminada por quase
todo o Pas, em SP que se verifica a sua maior concentrao. Destaques: Carnes (frigorficos):
Araatuba e Barretos (SP), Rio Grande e Pelotas (RS), Campo Grande (MS). Bebidas: Caxias do
Sul, Bento Gonalves (RS), Jundia, So Roque Ribeiro Preto (SP). Laticnios: Sul de MG, Vale do
Paraba (SP e RJ), grandes centros. Acar: Paraba (SP), Campos (RT), Macei (AL).
Automobilstica
A produo automobilstica sofreu um grande crescimento desde 1958, colocando-se,
atualmente, entre as dez maiores empresas do mundo, sendo superada apenas por Japo, EUA,
Alemanha, Inglaterra, Frana, Itlia, Canad e Rssia. As principais empresas automobilsticas
so:
a) Volkswagen do Brasil - SP;
b) General Motors do Brasil - SP;
c) Ford Motores do Brasil - SP;
d) Mercedes-Benz do Brasil - SP;
e) Fbrica Nacional de Motores - RJ;
f) Fiat do Brasil - MG; e
g) Volvo do Brasil - PR.
A indstria automobilstica foi implantada na segunda metade da dcada de 1950, durante
o governo de Juscelino Kubitschek. Os principais fatores associados implementao da indstria
automobilstica foram:
a) desenvolvimento da metalurgia e siderurgia;
b) as j existentes indstrias de montagem de veculos no Brasil;
c) existncia de indstrias de autopeas;
d) mercado consumidor em SE;
e) desenvolvimento do setor rodovirio; e
f) criao do GEIA (Grupo Executivo da Indstria Automobilstica).
A primeira indstria Vemag foi instalada em 1956, e em 1958, a Volkswagen.
Com isso desenvolvem-se indstrias ligadas ao setor automobilstico, como: vidros,
artefatos de borracha, couro, material eltrico, metalurgia leve, etc.
A maior concentrao ocorre em So Paulo graas a maior disponibilidade de mo-deobra, indstrias de autopeas, proximidades da Cosipa e do Porto de Santos, existncia de energia
eltrica, etc.
Atualmente o Brasil est entre os maiores produtores mundiais, com uma produo anual
de cerca de 1 miIho de veculos.
Siderurgia
Foi somente a partir de 1917 que se instalou no Pas, por iniciativa da Cia Siderrgica
Belgo-Mineira, localizada inicialmente em Sabar (MG) e depois em Monlevade (MG).
Aproveitando a abundncia de minrio de ferro existente em Minas Gerais, outras siderrgicas
foram se instalando na regio, e, durante muito tempo, Minas Gerais foi o nico centro siderrgico
do Pas. As causas que retardaram a implantao da siderurgia foram a escassez de carvo
51
APTO CONCURSOS
52
APTO CONCURSOS
TRANSPORTES
1. Introduo
O desenvolvimento do sistema de transportes no Brasil est intimamente ligado evoluo
da economia brasileira. Portanto, de incio, integram-se ferrovias e portos na comercializao
agrcola destinada exportao. Posteriormente, com a acelerada industrializao, por meio de um
processo de substituio de importaes, o sistema de transportes teve de fazer frente aos fluxos
adicionais de bens intermedirios e finais, para atendimento do mercado interno.
O transporte rodovirio desempenhou papel fundamental nesse estgio de
desenvolvimento econmico. Em virtude da grande extenso territorial do Brasil, as imensas
distncias que separam as diversas regies, que dificultam a implantao de meios de transporte
rpidos, eficientes e baratos para o escoamento das produes e dos passageiros, se constituem
num grave problema para o Pas.
Os fatores que devem ser considerados para a anlise das necessidades e do trabalho das
vias de transporte so muitos, podendo ser citados:
- relevo;
- vegetao;
- navegabilidade dos rios;
- distncia;
- custo de instalao;
- custo de manuteno;
- intensidade do fluxo de mercadoria e pessoas
- isolamento de algumas reas.
Na dcada de 60, foi criado o Geipot - Grupo Executivo da Poltica dos Transportes - de
modo a impulsionar o setor. A crise mundial de combustveis tambm determinou uma nova
orientao mais ampla e eficiente, em termos de transportes, apesar de a rodovia ter sido o setor
que mais cresceu nos ltimos anos e que mais se destaca.
A poltica de transportes implantada no Brasil est voltada fundamentalmente para o setor
rodovirio, consumindo grande quantidade de diesel e gasolina, num pas que ainda depende de
grande importao de petrleo.
2. Velhos caminhos
No perodo colonial, os caminhos e trilhas eram abertos pelos indgenas, bandeirantes e
jesutas, do litoral em direo ao interior. Cumpre destacar o papel dos rios como vias de
comunicaes e integrao territorial, sendo muito utilizados pelos bandeirantes. No NE, a
pecuria fez surgir muitos caminhos. No Sul havia o caminho ligando Sorocaba ao Rio Grande do
Sul, por onde se deslocavam os tropeiros.
A minerao tambm foi responsvel por novos caminhos, entre os quais ao Vale do Paraba, onde
se desenvolviam os cafezais. Posteriormente, surgiram a Estrada Unio e Indstria (ligando
Petrpolis a Juiz de Fora), Estrada graciosa (litoral do PR a Curitiba) e Estrada Dona Francisca
(Joinville a Rio Negro, SC).
3. Transporte ferrovirio - Histrico
A nossa primeira ferrovia foi construda pela Imperial Companhia de Estradas de Ferro,
fundada pelo Visconde de Mau, ligando o Porto de Mau, na Baa de Guanabara, Serra da
Estrela, no caminho de Petrpolis. Tinha uma extenso de 14,5 km e bitola de 1 m ( 1854).
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
6%
Jurisdio estadual
10%
Jurisdio municipal
84%
................
a) As Rodovias Radiais saem todas de Braslia. A sua numerao contada a partir do sentido
Norte, aumentando no sentido horrio.
RODOVIAS RADIAIS
Nmero
Ligao
Extenso
BR-10
Braslia-Belm (PA)
1.091 (km)
BR-20
Braslia-Fortaleza (CE)
1.882 (km)
BR-30
Braslia-Campinho (BA)
1.111 (km)
BR-40
Braslia-Campos (RJ)
1.154 (km)
BR-50
Braslia-Santos (SP)
1.051 (km)
BR-60
1.281 (km)
BR-70
Braslia-Cceres (MT)
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APTO CONCURSOS
BR-80
Braslia-Manaus
3.604 (km)
Ligao
Extenso
BR-101
4.085 (km)
BR-116
4.403 (km)
BR-153
3.749 (km)
BR-156
686 (km)
BR-158
2.714 (km)
BR-163
1.618 (km)
BR-172
1.120 (km)
BR-174
970 (km)
Ligao
Extenso
BR-210
3.300 (km)
BR-230
5.400 (km)
BR-236
4.189 (km)
BR-251
1.108 (km)
BR-262
2.199 (km)
BR-273
2.253 (km)
BR-277
1.097 (km)
BR-290
730 (km)
So Rodovias Diagonais
Nmero
Ligao
Extenso
BR-307
705 (km)
BR-316
2.032 (km)
BR-319
1.107 (km)
BR-364
1.416 (km)
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APTO CONCURSOS
e) As Rodovias de Ligao so aquelas que unem duas rodovias entre si. So numeradas de BR401 a BR-500, como, por exemplo, a BR-401, que vai de Boa Vista (RR) at a fronteira com a
Guiana, como uma extenso de 140 km.
Conformc se percebe no mapa, as rodovias prestam-se integrao nacional, lado a lado,
com as torres metlicas de Embratel - Empresa Brasileira de Telecomunicaes, que interligam,
cada vez mais, os pontos mais distantes do pas com telefone e televiso.
Observao
Em 1982, o DNER deu incio execuo do Agrovias (Programa Nacional de Rodovias
Alimentadoras). Esse programa destina-se a permitir a construo de rodovias integrantes das
redes: Federal, Estadual e Municipal, que tenham como funo bsca assegurar o transporte e o
escoamento de carga do meio rural para plos urbanos ou para vias de transportes de longa
distncia.
Rodovia inaugurada em maio de 1982, ligando, inicialmente, SP a Guararema, passou a se
chamar Rodovia Ayrton Senna. Alm de acabar com o congestionamento da Via Dutra, prximo
Metrpole Paulista, possibilitou o rpido escoamento da produo agrcola de toda a regio do Vale
do Paraba, facilitando ainda o acesso ao litoral norte e ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
2. Navegao fluvial e martima
Navegao fluvial
Os rios tiveram um papel importante na ocupao do territrio brasileiro. Atravs do Tiet,
Amazonas e So Francisco, efetuou-se a ocupao de vastas pores do territrio. Atualmente o
sistema de menor participao no transporte de mercadorias. A navegao fluvial v-se
prejudicada pelo fato de a maior parte dos rios serem de planalto e os rios de plancie situarem-se
afastados das reas mais desenvolvidas.
Os rios de planalto no impedem definitivamente a navegao, porm sua navegabilidade
depende da construo de canais laterais, comportas (eclusas). o caso da eclusa da Barra
Bonita no Tiet, de Jupi no Paran, alm de outras projetadas.
As bacias de maior imnortncia so:
Bacia Amaznica
Possui percurso navegvel de 22.446 km, entre o rio Amazonas e seus afluentes. A
navegao do rio Amazonas internacionalizada at o Porto de Manaus, desde 1867, controlada
pela Enasa - Empresa de Navegao da Amaznia S.A.
Os principais portos so Belm e Manaus.
Bacia do Prata
Compreende a navegao feita no rio Paraguai, rio Paran e em alguns afluentes,
controlada pelo servio de navegao da Bacia do Prata (oficial).
Cumpre destacar que o transporte fluvial do rio Paraguai um dos mais importantes do
Brasil, pelo valor da carga que por ele transportada: minrios (ferro e mangans provenientes do
Macio do Urucum), gado, madeira, arroz, cimento, trigo e derivados de petrleo para importao.
Seus principais portos no Brasil so: Corumb e Ladrio.
O rio Paran tem seu trecho navegvel no Brasil no seu alto curso, na divisa de So Paulo
e Mato Grosso do Sul, 1.500 km. Transporta trigo, soja, gado e madeira e seus portos principais
so: Presidente Epitcio, Panorama e Guara.
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APTO CONCURSOS
Bacia do So Francisco
Constituda por este rio, desde Juazeiro (Bahia) at Pirapora (Minas Gerais), e alguns
afluentes. A navegao controlada pela Codevasf.
A articulao do So Francisco ao litoral feita pela Estrada de Ferro Central do Brasil, de
Pirapora ao Rio de Janeiro e pela Viao Frrea Leste Brasileiro, de Juazeiro a Salvador.
A navegao facilitada pela Barragem de Trs Marias e Eclusa de Sobradinho.
Outras bacias
De importncia restrita, destacam-se os rios Jacu (RS) e o Rio Doce (MG).
O rio Tiet tem seu trecho navegvel a partir de Barra Bonita.
Navagao martima
Pela posio que o Brasil ocupa no Oceano Atlntico, com um permetro costeiro de 7.400
km e possuindo a economia voltada para o litoral, era de se esperar que a nossa Marinha Mercante
fosse muito desenvolvida. Porm, isso no acontece. Possumos 376 embarcaes, com mais de
100 toneladas, que deslocam 144.000 toneladas.
Essa Marinha Mercante precria constitui-se num dos pontos de estrangulamento da nossa
economia. Vrios so os problemas que dificultam o desenvolvimento da Marinha, entre os quais:
- embarcaes velhas (em mdia 44 anos de uso);
- deficincia das instalaes porturias;
- problemas tarifrios;
- desorganizao administrativa.
O setor de transporte martimo conta com dois importantes rgos:
- a Sunamam - Superintendncia Nacional da Marinha Mercante, que tem como objetivo
reorganizar o setor;
- o Geicon - Grupo Executivo da Indstria da Construo Naval, que cuida do Planejamento, da
execuo e renovao das embarcaes.
Em parte, os problemas esto sendo resolvidos pelo Fundo Porturio Nacional.
A ampliao de estaleiros, por meio da poltica da Sunamam dever solucionar grande
parte dos problemas referentes s embarcaes, esperando-se, num futuro prximo, a renovao
quase total da frota.
A navegao feita sob duas modalidades:
Navegao de longo curso ou internacional
No Brasil, a navegao de longo curso estava sendo feita pelo Lloyd Brasileiro com cerca
de 84 embarcaes e pela Fronape (Frota Nacional de Petroleiros) que possui 80 embarcaes.
Atualmente a navegao vive um momento de crise, sendo que a necessidade nacional de
navegao suprida por navios estrangeiros fretados, o que representa importante sada de
divisas dos cofres pblicos.
Quanto Fronape, todo o petrleo bruto e os derivados importados so, praticamente,
transportados por esta companhia.
As principais empresas de navegao de longo curso no Brasil so:
Fronape - petrleo e minrio de ferro.
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
Corredor de exportao
Foi estabelecido, por intermdio do Ministrio dos Transportes, o programa de corredores
de exportao que, melhorando a infra-estrutura viria, desde reas de produo at certos portos
selecionados, visam reduo dos custos dos transportes de bens destinados exportao .
Corredor de exportao do Rio Grande
Esse corredor destina-se a estimular as exportaes de sua rea de influncia, compostos
predominantemente de produrtos manufaturados, como calados e artigos de couro.
Corredor de exportao de Paranagu
Podem, se relacionar como principais produtos de exportao nesse corredor, o caf, o algodo, a
soja, o milho, e, potencialmente, o sorgo, a carne, a madeira. As rodovias componentes desse
corredor formam um feixe convergente na cidade de Curitiba, de onde parte a estrada de acesso
ao porto de Paranagu.
Corredor de exportao de Santos
A rea de influncia do Porto de Santos compreende todo o Estado de So Paulo, Gois,
Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Entre os produtos primrios de exportao, pelo volume, destacam-se: caf, milho, algodo
e carne. Tambm muito variada a pauta de exportao de produtos manufaturados.
Corredor de exportao de Vitria-Tubaro
A rea de influncia desse corredor formada pelos Estados do Esprito Santo, de Minas
Gerais e do Rio de Janeiro.
Esse corredor contempla o Quadriltero Ferrfero, bem como as reas com potenciais para
a exportao de madeira, carne, cereais, alm de outros produtos manufaturados.
4. Transporte areo
Desde a dcada de 20, foi grande o desenvolvimento do transporte areo brasileiro, devido
grande extenso do Brasil e da fundao da Varig (Viao Area Riograndense), em 1927.
Atualmente, o Brasil est entre os grandes pases nesse ramo, sendo vrias as empresas
nacionais e internacionais que exploram o transporte areo.
Entre os fatores que permitem o desenvolvimento da aviao comercial, temos:
- grande extenso territorial;
- condies climticas favorveis;
- relevo de baixa altitude e aplainado;
- ausncia de outros tipos de transportes capazes de ligar as diferentes reas do pas.
Atualmente as principais empresas so: Varig, a Vasp, a Transbrasil, TAM.
Surgem no pas vrias empresas de txis-areos. Em 1969, foi criada a Embraer (Empresa
Brasileira de Aeronutica), com sede em So Jos dos Campos (SP). Nesta rea funcionam, como
um conjunto, o CTA (Centro Tcnico Aero-espacial), o ITA (Instituto Tcnico de Aeronutica), o IPD
(Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento) e o IAA (Instituto de Atividades Aeroespaciais).
Com a finalidade de implantar, administrar e explorar a infra-estrutura aeroporturia do
Brasil, foi criada, em 1972, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroporturia).
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
APTO CONCURSOS
A forma de nosso planeta (formato e suas dimenses) um tema que vem sendo
pesquisado ao longo dos anos em vrias partes do mundo. Muitas foram as
interpretaes e conceitos desenvolvidos para definir qual seria a forma da Terra.
Pitgoras em 528 a.C. introduziu o conceito de forma esfrica para o planeta, e a
partir da sucessivas teorias foram desenvolvidas at alcanarmos o conceito que
hoje bem aceito no meio cientfico internacional.
A superfcie terrestre sofre freqentes alteraes devido natureza (movimentos
tectnicos, condies climticas, eroso, etc.) e ao do homem, portanto, no
serve para definir forma sistemtica da Terra.
A fim de simplificar o clculo de coordenadas da superfcie terrestre foram
adotadas algumas superfcie matemtica simples. Uma primeira aproximao a
esfera achatada nos plos.
Segundo o conceito introduzido pelo matemtico alemo CARL FRIEDRICH GAUSS
(1777-1855), a forma do planeta, o GEIDE (Figura 1.2) que corresponde
superfcie do nvel mdio do mar homogneo (ausncia de correntezas, ventos,
variao de densidade da gua, etc.) supostamente prolongado por sob
continentes. Essa superfcie se deve, principalmente, s foras de atrao
(gravidade) e fora centrfuga (rotao da Terra).
Os diferentes materiais que compem a superfcie terrestre possuem diferentes
densidades, fazendo com que a fora gravitacional atue com maior ou menor
intensidade em locais diferentes.
As guas do oceano procuram uma situao de equilbrio, ajustando-se s foras
que atuam sobre elas, inclusive no seu suposto prolongamento. A interao
(compensao gravitacional) de foras buscando equilbrio, faz com que o geide
tenha o mesmo potencial gravimtrico em todos os pontos de sua superfcie.
preciso buscar um modelo mais simples para representar o nosso planeta. Para
contornar o problema que acabamos de abordar lanou-se mo de uma Figura
geomtrica chamada ELIPSE que ao girar em torno do seu eixo menor forma um
volume, o ELIPSIDE DE REVOLUO, achatado no plos (Figura 1.1). Assim, o
elipside a superfcie de referncia utilizada nos clculos que fornecem subsdios
para a elaborao de uma representao cartogrfica.
Muitos foram os intentos realizados para calcular as dimenses do elipside de
revoluo que mais se aproxima da forma real da Terra, e muitos foram os
resultados obtidos. Em geral, cada pas ou grupo de pases adotou um elipside
como referncia para os trabalhos geodsicos e topogrficos, que mais se
aproximasse do geide na regio considerada.
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Figura 1.3 - Maior parte da rede nacional de triangulao executada pelo IBGE
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Sendo:
E = escala
N = denominador da escala
d = distncia medida na carta
D = distncia real (no terreno)
As escalas mais comuns tm para numerador a unidade e para denominador, um
mltiplo de 10.
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AB
AB
AB
CADASTRAL - At 1:25.000
TOPOGRFICA - De 1:25.000 at 1:250.000
GEOGRFICA - 1:1:000.000 e menores
(1:2.500.000, 1:5.000.000 at 1:30.000.000)
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b) TEMTICA
c) ESPECIAL
4.1.1 - GERAL
So documentos cartogrficos elaborados sem um fim especfico. A finalidade
fornecer ao usurio uma base cartogrfica com possibilidades de aplicaes
generalizadas, de acordo com a preciso geomtrica e tolerncias permitidas pela
escala.
Apresentam os acidentes naturais e artificiais e servem, tambm, de base para os
demais tipos de cartas.
4.1.1.1 - CADASTRAL
Representao em escala grande, geralmente planimtrica e com maior nvel de
detalhamento, apresentando grande preciso geomtrica. Normalmente
utilizada para representar cidades e regies metropolitanas, nas quais a densidade
de edificaes e arruamento grande.
As escalas mais usuais na representao cadastral, so: 1:1.000, 1:2.000,
1:5.000, 1:10.000 e 1:15.000.
Mapa de Localidade - Denominao utilizada na Base Territorial dos Censos para
identificar o conjunto de plantas em escala cadastral, que compe o mapeamento
de uma localidade (regio metropolitana, cidade ou vila).
4.1.1.2 - TOPOGRFICA
Carta elaborada a partir de levantamentos aerofotogramtrico e geodsico original
ou compilada de outras cartas topogrficas em escalas maiores. Inclui os
acidentes naturais e artificiais, em que os elementos planimtricos (sistema virio,
obras, etc.) e altimtricos (relevo atravs de curvas de nvel, pontos colados, etc.)
so geometricamente bem representados.
As aplicaes das cartas topogrficas variam de acordo com sua escala:
1:25.000 - Representa cartograficamente reas especficas, com forte densidade
demogrfica, fornecendo elementos para o planejamento socioeconmico e bases
para anteprojetos de engenharia. Esse mapeamento, pelas caractersticas da
escala, est dirigido para as reas das regies metropolitanas e outras que se
definem pelo atendimento a projetos especficos. Cobertura Nacional: 1,01%.
1:50.000 - Retrata cartograficamente zonas densamente povoadas, sendo
adequada ao planejamento socioeconmico e formulao de anteprojetos de
engenharia.
A sua abrangncia nacional, tendo sido cobertos at agora 13,9% do Territrio
Nacional, concentrando-se principalmente nas regies Sudeste e Sul do pas.
1:100.000 - Objetiva representar as reas com notvel ocupao, priorizadas
para os investimentos governamentais, em todos os nveis de governo- Federal,
Estadual e Municipal.
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onde,
3 - O espectro eletromagntico
Pode ser ordenado em funo do seu comprimento de onda ou de sua frequncia.
O espectro eletromagntico se estende desde comprimentos de onda muito curtos
associados a raios csmicos at ondas de rdio de baixa frequncia e grandes
comprimentos de onda.
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Comprimento de
Onda (cm)
Freqncia
0,75 - 1,18
40,0 - 26,5
1,18 - 2,40
26,5 - 12,5
2,40 - 3,75
12,5 - 8
3,75 - 7,50
8,0 - 4,0
7,50 - 15
4,0 - 2,0
15,00 - 30
2,0 - 1,0
UHF
30,00 - 100
1,0 - 0,3
77,00 - 136
0,2 - 0,4
102
APTO CONCURSOS
DATA DE
LANAMENTO
PROBLEMAS
OPERACIONAIS
TRMINO DE
OPERAO
Landsat 1
Jul 72
Jan 78
Landsat 2
Jan 75
Nov79/Fev82
Jul 83
Landsat 3
Mar 78
Dez80/Mar83
Set 83
Landsat 4
Jul 82
Fev83(apenas
TM)
103
APTO CONCURSOS
Landsat 5
Mar 84
104
APTO CONCURSOS
LANDSAT (MSS) 1, 2 e 3
LANDSAT (TM) 4 e 5
80 m
30 m
99,114
98
103,267
98,20
Recobrimento da faixa
185 x 185 Km
185 x 185 Km
09:15
09:45
18 dias
16 dias
251 revolues
233 revolues
2.760 Km
2.760 Km
920
709
Resoluo
Inclinao (graus)
Perodo (minuto)
Ciclo de cobertura
Durao do ciclo
Distncia entre passagens no
Equador
Altitude (Km)
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
107
APTO CONCURSOS
108
APTO CONCURSOS
109
APTO CONCURSOS
110
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111
APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
113
APTO CONCURSOS
114
APTO CONCURSOS
115
APTO CONCURSOS
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at o ponto mais baixo (foz ou jusante), que pode corresponder ao nvel do mar,
de um lago ou de outro rio do qual afluente.
De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos dgua recebem diferentes
nomes genricos: ribeiro, lajeado, crrego, sanga, arroio, igarap, etc.
- Talvegue: Canal de maior profundidade ao longo de um curso dgua.
- Vale: Forma topogrfica constituda e drenada por um curso dgua principal e
suas vertentes.
- Bacia Hidrogrfica: "Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus
afluentes".
resultante da reunio de dois ou mais vales, formando uma depresso no
terreno, rodeada geralmente por elevaes. Uma bacia se limita com outra pelo
divisor de guas.
Cabe ressaltar que esses limites no so fixos, deslocando-se em conseqncia
das mutaes sofridas pelo relevo.
- Divisor de guas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos
mais elevados do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as
guas de um e outro curso dgua. definido pela linha de cumeeira que separa
as bacias.
- Lago: Depresso do relevo coberta de gua, geralmente alimentada por cursos
dgua e mananciais que variam em nmero, extenso e profundidade.
- Morro: Elevao natural do terreno com altura de at 300 m aproximadamente.
- Montanha: Grande elevao natural do terreno, com altura superior a 300 m,
constituda por uma ou mais elevaes.
- Serra: Cadeia de montanhas. Muitas vezes possui um nome geral para todo o
conjunto e nomes locais para alguns trechos.
- Encosta ou vertente: Declividade apresentada pelo morro, montanha ou serra.
- Pico: Ponto mais elevado de um morro, montanha ou serra.
2.3 - EQIDISTNCIA
Na representao cartogrfica, sistematicamente, a eqidistncia entre uma
determinada curva e outra tem que ser constante.
Eqidistncia o espaamento, ou seja, a distncia vertical entre as curvas de
nvel. Essa eqidistncia varia de acordo com a escala da carta com o relevo e
com a preciso do levantamento.
S deve haver numa mesma escala, duas alteraes quanto eqidistncia. A
primeira quando, numa rea predominantemente plana, por exemplo a
Amaznia, precisa-se ressaltar pequenas altitudes, que ali so de grande
importncia. Estas so as curvas auxiliares. No segundo caso, quando o detalhe
muito escarpado, deixa-se de representar uma curva ou outra porque alm de
sobrecarregar a rea dificulta a leitura.
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APTO CONCURSOS
EQIDISTNCIA
CURVAS MESTRAS
1: 25.000
10 m
50 m
1: 50.000
20 m
100 m
1: 100.000
50 m
250 m
1: 250.000
100 m
500 m
1: 1.000.000
100 m
500 m
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
IV - PROCESSO CARTOGRFICO
Mapeamento: Entende-se por mapeamento a aplicao do processo cartogrfico
sobre uma coleo de dados ou informaes, com vistas obteno de uma
representao grfica da realidade perceptvel, comunicada a partir da associao
de smbolos e outros recursos grficos que caracterizam a linguagem cartogrfica.
O planejamento de qualquer atividade que de alguma forma se relaciona com o
espao fsico que habitamos requer, inicialmente, o conhecimento deste espao.
Neste contexto, passa a ser necessria alguma forma de visualizao da regio da
superfcie fsica do planeta, onde desejamos desenvolver nossa atividade. Para
alcanar este objetivo, lanamos mo do processo cartogrfico.
Partindo-se do conceito estabelecido pela ACI (vide 1.1), pode-se distinguir, no
processo cartogrfico, trs fases distintas: a concepo, a produo e a
interpretao ou utilizao. As trs fases admitem uma s origem, os
levantamentos dos dados necessrios descrio de uma realidade a ser
comunicada atravs da representao cartogrfica.
1 - CONCEPO
Quando se chega deciso pela elaborao de um documento cartogrfico, seja
uma carta, um mapa ou um atlas, porque a obra ainda no existe, ou existe e
se encontra esgotada ou desatualizada.
Para se elaborar um documento dessa natureza, imprescindvel uma anlise
meticulosa de todas as caractersticas que definiro a materializao do projeto.
1.1 - FINALIDADE
A identificao do tipo de usurio que ir utilizar um determinado documento
cartogrfico a ser elaborado, ou que tipo de documento dever ser produzido para
atender a determinado uso que vai determinar se este ser geral, especial ou
temtico, assim como a definio do sistema de projeo e da escala adequada.
1.2 - PLANEJAMENTO CARTOGRFICO
o conjunto de operaes voltadas definio de procedimentos, materiais e
equipamentos, simbologia e cores a serem empregados na fase de elaborao,
seja convencional ou digital, de cartas e mapas gerais, temticos ou especiais.
O planejamento cartogrfico pressupe, alm da definio dos procedimentos,
materiais, equipamentos e convenes cartogrficas, o inventrio de documentos
informativos e cartogrficos que possam vir a facilitar a elaborao dos originais
cartogrficos definitivos.
Aps a deciso da necessidade da elaborao de um mapa, deve-se inventariar a
melhor documentao existente, sobre a rea a ser cartografada.
No caso de carta bsica, recorre-se coleta de dados em campo (reambulao),
principalmente para levantar a denominao (toponmia) dos acidentes visando a
complementao dos trabalhos executados no campo.
No caso do mapa compilado a documentao coletada ter vital importncia na
atualizao da base cartogrfica compilada.
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APTO CONCURSOS
2 - PRODUO
A esto includas todas as fases que compem os diferentes mtodos de
produo. A elaborao da carta ou mapa planejado ter incio com a execuo
das mesmas.
2.1 - MTODOS
2.1.1 - AEROFOTOGRAMETRIA
A fotogrametria a cincia que permite executar medies precisas utilizando de
fotografias mtricas. Embora apresente uma srie de aplicaes nos mais
diferentes campos e ramos da cincia, como na topografia, astronomia, medicina,
meteorologia e tantos outros, tem sua maior aplicao no mapeamento
topogrfico.
Tem por finalidade determinar a forma, dimenses e posio dos objetos contidos
numa fotografia, atravs de medidas efetuadas sobre a mesma.
Inicialmente a fotografia tinha a nica finalidade de determinar a posio dos
objetos, pelo mtodo das intersees, sem observar ou medir o relevo, muito
embora desde 1732 se conhecessem os princpios da estereoscopia; o emprego
desta tornou possvel apenas observar (sem medir), o relevo do solo contido nas
fotografias analisadas estereoscopicamente.
Em 1901, o alemo Pulfrich, apoiando-se em princpios estabelecidos por Stolze,
introduziu na Fotogrametria o chamado ndice mvel ou marca estereoscpica.
Ento, no s foi possvel observar o relevo, como medir as variaes de nvel do
terreno.
Pulfrich construiu um primeiro aparelho que denominou "estereocomparador", e
com ele iniciou os trabalhos dos primeiros levantamentos com base na observao
estereoscpica de pares de fotografias utilizados em fotogrametria terrestre.
A partir de ento uma srie de outros aparelhos foram construdos e novos
princpios foram estabelecidos, porm, para tomada de fotografias era necessrio
que os pontos de estao que referenciavam o terreno continuassem no solo, com
todos os seus inconvenientes.
Ocorreu elevar ao mximo o ponto de estao, sendo utilizados bales, bales
cativos e at "papagaios". Durante a guerra de 1914 - 1918 tornou-se imperioso
um maior aproveitamento da fotogrametria, usando-se, para tomada de
fotografias, pontos de estao sempre mais altos.
Com o advento da aviao desenvolveram-se cmaras especiais para a fotografia
area, substituindo quase que inteiramente a fotogrametria terrestre, a qual ficou
restrita apenas a algumas regies. Quando so utilizadas fotografias areas, temse a aerofotogrametria.
Assim, aerofotogrametria definida como a cincia da elaborao de cartas
mediante fotografias areas tomadas com cmara aero-transportadas (eixo tico
posicionado na vertical), utilizando-se aparelhos e mtodos estereoscpicos.
2.1.1.1 - VO FOTOGRAMTRICO
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APTO CONCURSOS
Apoio logstico:
- Transporte
- Hospitais
- Alimentao
Condies tcnicas (base e aeronave):
-
Base de operao
Alternativa de pouso
Recursos na base
Modelo da aeronave
Autonomia
Teto de servio operacional
Velocidade mdia de cruzeiro
Tripulao
Altura de vo
Altitude de vo
Escala das fotografias
Superposio longitudinal
Superposio lateral
Cmara area
Tipo e quantidade de filme empregado5
Rumo das faixas
N de faixas e n de fotos
Velocidade mxima (arrastamento)
Tempo de exposio ideal
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- Intervalo de exposio
- Distncia entre faixas
- Base das fotos
OBS: As fotografias areas devem ser tomadas sempre com elevao do sol
superior a 30, em dias claros, nos quais as condies climticas sejam tais que
permitam fazer-se negativos fotogrficos claros e bem definidos, isto , bem
contrastados.
2.1.1.2 - FOTOGRAMA
a fotografia obtida atravs de cmaras especiais, cujas caractersticas ticas e
geomtricas permitem a retratao acurada dos dados do terreno, de forma que
os pormenores topogrficos e planimtricos possam ser identificados e projetados
na carta, bem como forneam elementos para a medio das relaes entre as
imagens e suas posies reais, tais como existiam no momento da exposio. O
termo empregado genericamente, tanto para os negativos originais, como para
as cpias e diapositivos. Por extenso pode tambm ser aplicado traduo
fotogrfica dos dados obtidos por outros sensores remotos que no a cmara
fotogrfica. O formato mais usual o de 23 x 23 cm.
Uma carta topogrfica um desenho do terreno, em que os acidentes e detalhes
so representados por smbolos convencionais. Uma fotografia area um retrato
da superfcie da terra, em que esses acidentes e detalhes aparecem como so
vistos da aeronave. As duas maneiras, embora diferentes, representam a mesma
coisa.
Classificao das imagens;
a) Quanto estao de tomada das fotos
1 - Fotografias areas: So tomadas a partir de aeronaves
2 - Fotografias ou imagens orbitais: So tomadas em plataformas a nvel
orbital. Por exemplo, as obtidas pelo laboratrio espacial SKYLAB, utilizadas para
fotointerpretao e fins militares e satlites orbitais com uma grande variedade de
sensores (faixa do visvel, infravermelho, microondas, etc.).
3 - Fotografias terrestres: So tomadas a partir de estaes sobre o solo.
Utilizadas para recuperao de obras arquitetnicas e levantamento de feies
particulares do terreno, como pedreiras, encostas, etc.
b) Quanto orientao do eixo da cmara/sensor
1 - Fotografia area ou imagem vertical: So assim denominadas aquelas
cujo eixo principal perpendicular ao solo. Na prtica tal condio no
rigorosamente atingida em conseqncia das inclinaes da aeronave durante o
vo. Esta no deve exceder a 3%, limite geralmente aceito para classificar-se uma
fotografia como vertical.
2 - Fotografia area ou imagem oblqua: So tomadas com o eixo principal
inclinado. Seu uso restringe-se mais a fotointerpretao e a estudos especiais em
reas urbanas. Subdividem-se em baixa oblqua e alta oblqua.
3 - Fotografia terrestre horizontal: aquela cujo eixo principal horizontal.
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
na = oa
NA
OA
= no
NO
Onde:
AN = distncia real
an = distncia na fotografia
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APTO CONCURSOS
NO = altura de vo = H
no = distncia focal = f
Assim, a escala da fotografia pode ser determinada conhecendo-se a distncia
focal e a altura de vo.
E =
no
NO
f
H
ab
AB
100 mm
6.000.000mm
1
60.000
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
Sistema virio
Vias de transmisso e comunicao
b) Planimetria Edificaes
Pontes, escolas, igrejas, cemitrios,etc.
Curvas de nvel
c) Altimetria Cotas de altitude
Curvas batimtricas,etc.
Restituidor: o nome dado tanto ao instrumento que se destina a realizar a
restituio como ao seu operador.
Diapositivo / Diafilme: a cpia em vidro ou filme transparente do fotograma,
que se destina ao uso nas operaes de restituio e aerotriangulao.
Estereoscopia: a reproduo artificial da viso binocular natural. a
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APTO CONCURSOS
Cartas Topogrficas
Recobrimento Topogrfico Local
Recobrimento Aerofotogramtrico
Cartas Nuticas e Aeronuticas
Arquivo Grfico Municipal (AGM)
Arquivo Grfico de reas Especiais (AGAE)
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
Nvel
Nvel
Nvel
Nvel
Nvel
1:
2:
3:
4:
5:
hidrografia
planimetria
vias
altimetria
vegetao
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
EXEMPLOS
Geral
Conhecimento da superfcie
- Cadastral
topogrfica, nos seus fatos
- Topogrfica concretos, os acidentes
- Geogrfica geogrficos naturais e as
obras do homem.
Especial
- Aeronutica
- Nutica
Servir exclusivamente a um
Metereolgica
determinado fim; a uma
- Turstica
tcnica ou cincia
- Geotrmica
- Astronmica
etc...
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APTO CONCURSOS
Temtica
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
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APTO CONCURSOS
V - APLICAES E USO
1 - LEITURA DE COORDENADAS
Na leitura de coordenadas geogrficas ou planimtricas de um ponto, em uma
carta ou mapa, empregamos conhecimentos matemticos elementares tais como
conceito de segmentos proporcionais e regra de trs simples.
A leitura de coordenadas uma tarefa que deve ser executada com cuidado e
ateno.
A determinao de um ponto na carta, mediante as suas coordenadas planas E e
N ou a sua latitude e longitude um processo usado no sentido de situar um
detalhe cartogrfico, como o cruzamento de estradas, a foz de um rio, a torre de
uma igreja, etc.
No caso de se ter os valores das coordenadas e quando se precisa marc-lo na
carta, necessrio em primeiro lugar, verificar, de acordo com os valores das
coordenadas em questo quais os dois pares do grid (UTM) ou paralelos e
meridianos (geogrficas) que abrangem o ponto a ser determinado.
Para fazermos as medies, escolhemos preferencialmente uma extenso em
centmetros (ou milmetros) que corresponda a um mltiplo do valor encontrado
no intervalo entre os pares do grid (metros) ou paralelos e meridianos (graus,
minutos, segundos) e que exceda a medida entre eles.
1.1 - COORDENADAS GEOGRFICAS
Locar na escala 1:1.250.000 o ponto correspondente Faz. gua da Prata, cujas
coordenadas so:
= 22 50' 42" S
Faz.
= 53 47' 34" W.Gr.
Os pares de paralelos em questo so os de 22 45 e 23 00 e os pares de
meridianos, 53 45 e 54 00.
Usamos uma rgua graduada com extenso de 15 cm (150 mm) e medimos o
intervalo entre os paralelos e meridianos, com a finalidade de estabelecermos
uma relao entre este intervalo, em graus, minutos e segundos e a distncia
grfica entre eles, em milmetros.
155
APTO CONCURSOS
A medio deve ser feita fazendo coincidir o incio da graduao da rgua (zero)
com o paralelo ou meridiano de menor valor e a maior graduao escolhida
(quinze), com o de maior valor.
1) Marcao de latitude:
Verificar: - Intervalo entre os paralelos: 15 = 900"
--------- 900"
150 mm
150 mm
x = 6"
1 mm ---------
x
---------
342"
Logo, x = 42,222 mm = 57 mm
Posicionamos a rgua e marcamos dois pontos afastados um do outro, com o
valor encontrado (57 mm), ligando-os a seguir e traando uma reta horizontal, ou
marcamos um nico ponto e, com um esquadro, traamos uma reta horizontal
paralela ao paralelo.
2) Marcao da longitude:
Verificar: - Intervalo entre os meridianos: 15 = 900"
--------- 900"
150 mm
1 mm --------- x
x = 6"
6"
156
APTO CONCURSOS
x ------------
Logo, x = 25,6 mm
O procedimento o mesmo que o adotado para a latitude, ou seja, posicionamos
a rgua e marcamos o valor de 25,6mm em dois pontos diferentes, ligando-os e
traando assim, uma reta vertical, ou marcamos um nico ponto e, com um
esquadro, traamos uma reta vertical paralela ao meridiano.
No cruzamento entre as duas retas traadas estar o ponto desejado,
determinado pelas coordenadas dadas, ou seja, a Faz. gua da Prata. (Figura 5.1)
157
APTO CONCURSOS
E = 351.750m
1) Marcao da Coordenada N:
Para marcarmos a coordenada N, as linhas do grid em questo so as de valores
7.368.000m e 7.370.000m representados na carta por 7368 e 7370,
respectivamente.
O intervalo entre as linhas do grid de 2.000m. Se usarmos uma distncia grfica
de 10 cm (100 mm), a cada 1 mm correspondero 20 m, sendo este o erro
mximo que poder ser cometido. Estabelecemos uma relao entre o intervalo
de 2.000 m (distncia real no terreno) e a distncia grfica estabelecida:
100 mm ---------- 2000 m
1 mm
x = 20 m
------------ x
Logo, x = 35 mm
x ------------ 700m
Medimos 35 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo da
menor para a maior coordenada, ou seja, 7368 para 7370 e marcamos um ponto,
traando a seguir uma reta horizontal passando por este ponto. (Figura 5.2).
2) Marcao da Coordenada E:
As linhas do grid em questo so as de valores 350.000 m e 352.000 m cujos
valores na carta so representados por 350 e 352 respectivamente.
Assim como no caso da coordenada N, encontraremos os mesmos valores de
intervalo entre as linhas do grid e a distncia grfica entre elas, portanto a relao
a mesma, ou seja, a cada 1 mm correspondem 20 m.
Na carta j temos a linha do grid de valor 350.000 m (350), portanto, para a
coordenada do ponto precisamos acrescentar 1750 m.
158
APTO CONCURSOS
Logo, x = 87,5 mm
x ------------ 1750m
Medimos 87,5 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo
da menor para a maior coordenada, ou seja, de 350 para 352 e marcamos um
ponto, traando a seguir uma reta vertical passando por este ponto.
No cruzamento entre as duas retas traadas estar localizado o ponto A desejado,
determinado pelas coordenadas dadas. (Figura 5.2).
159
APTO CONCURSOS
BC
= ----AC
AD
PD = -----AC
==>
BC
1.4 - DECLIVIDADE
Declividade a relao entre a diferena de altura entre dois pontos e a distncia
horizontal entre esses pontos.
160
APTO CONCURSOS
dh
dH
arc tg
dH
dh
x 100
dH
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