1 Relatorio CPMICACHOEIRAparte 1 Pag 00 A 1000
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1 Relatorio CPMICACHOEIRAparte 1 Pag 00 A 1000
RELATRIO FINAL
Braslia
Novembro de 2012
Polcia Federal
Cairo Costa Duarte
Christian Robert Wurster
Tribunal de Contas da Unio
Liliane Galvo Colares
Ministrio Pblico do Estado de Minas Gerais
Andr Estevo Ubaldino
Agradecemos por derradeiro, aos Chefes de Gabinetes da
Liderana do PT na Cmara Federal, Sr. Marcos Braga e no Senado Federal,
Sylvio Petrus, pela compreenso na liberao dos respectivos servidores para
colaborarem com os trabalhos dessa Comisso.
SUMRIO
Apresentao
PARTE I A Comisso Parlamentar Mista de Inqurito (CPMI)
1. Sobre a CPMI.
1.1. O papel de uma CPMI
1.2. Da criao da CPMI e suas competncias.
1.2.1. Ato de criao e composio da CPMI.
1.2.2. Justificativa da criao da CPMI.
1.3. A Composio da CPMI.
1.4. Da Instalao e das primeiras reunies.
1.4.1. Os primeiros documentos recebidos e a Sala-Cofre.
2. Dos trabalhos realizados.
2.1. Metodologia da investigao
2.1.1. Do silncio dos convocados e a singularidade das oitivas
desta CPMI
2.2. Dos Requerimentos aprovados.
2.3. Das Reunies da CPMI.
2.4. Das oitivas Resumo de cada depoimento.
2.5. Das Quebras de Sigilos.
3. Os dados recebidos - quantitativo.
3.1. Volume do material analisado.
a) Sigilo bancrio, fiscal e telefnico
b) Escutas, inquritos e demais relatrios
4. Documentos enviados pelo Poder Judicirio
a) Operao Monte Carlo
b) Operao Vegas.
c) 2. Remessa Monte Carlo e Vegas
5. Relatrios descritivos dos documentos apreendidos pela Polcia
Federal
a) Busca e apreenso Volume 1.,1.6. terabyte
b) Relatrios de material apreendido.
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3.4. Factoring
4. O Vrtice das Empresas com Atividades Formalmente Legais
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ANEXOS
ANEXO 1. Do Patrimnio da Organizao Criminosa
ANEXO 2. - A Organizao Criminosa no Aparelho de Segurana
Pblica do Estado de Gois.
ANEXO 3. Requerimentos Apreciados
ANEXO 4. Relatrios Descritivos
ANEXO 5. Representao ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico
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APRESENTAO
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uma
investigao
profunda,
consistente,
serena
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ONU Organizao das Naes Unidas; OEA Organizao dos Estados Americanos e OCDE Organizao
para Cooperao e Desenvolvimento Econmico.
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investiga-os
colegiadamente
encaminha
concluses
Comisses Parlamentares de Inqurito e Democracia no Brasil do Tempo Presente (1985-2010). Universidade de Braslia. 2012
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da Cmara dos Deputados e 1/3 (um tero) dos membros do Senado Federal. O
pargrafo nico do art. 21 traz ainda que tero o nmero de membros fixado no
ato da sua criao, devendo ser igual a participao de Deputados e Senadores,
obedecido o princpio da proporcionalidade partidria.
Por se tratar de Comisso Mista, a CPMI em tela se sujeita ao
Regimento Comum do Congresso Nacional e s normas Regimentais do Senado
naquilo que o Regimento Comum for omisso, sendo complementado pelo
Regimento da Cmara naquilo que o do Senado for omisso. Alm disso, se
aplicam s Comisses Parlamentares de Inqurito algumas regras da legislao
processual penal.
O art. 145 do Regimento Interno do Senado Federal (RISF) estabelece
que a criao de uma Comisso Parlamentar de Inqurito ocorre mediante
requerimento de um tero de seus membros, e que o requerimento determinar o
fato a ser apurado, o nmero de membros, o prazo de durao da comisso e o
limite das despesas a serem realizadas. No obstante, o art. 152 do RISF
estabelece que o prazo da CPI poder ser prorrogado, automaticamente (no cabe
deliberao do Plenrio), tambm a partir de requerimento de um tero dos seus
membros, comunicado por escrito Mesa e lido em Plenrio.
O 3 do art. 35 do Regimento Interno da Cmara dos Deputados por
sua vez, estabelece que, para as CPIs instaladas naquela Casa, o prazo de
funcionamento de 120 (cento e vinte) dias, sendo prorrogvel at sua metade,
mediante deliberao do Plenrio. O Supremo Tribunal Federal decidiu, com base
na Lei n 1.579/52, que as prorrogaes podem ir at o final da Legislatura,
divididas em perodos de 60 (sessenta) dias cada uma, para atender a exigncia
regimental. A prorrogao na Cmara dos Deputados depende de requerimento do
presidente da CPI dirigido ao Presidente da Mesa Diretora, que o submeter ao
Plenrio da Casa para deliberao.
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b)
de azar;
criminosa, advocacia administrativa, violao de sigilo funcional, violao e
divulgao de comunicao telefnica e telemtica, exerccio de atividade com
infrao de deciso administrativa, explorao de prestgio e formao de
quadrilha por agentes pblicos, associados ou no a agentes privados, com
finalidade de impedir a cessao de atividades ilcitas no setor de jogos de azar,
bem como, em consequncia, a obstruo da persecuo, do processo e da
punio criminal;
c)
Manuteno,
modificao
ou
prorrogao
de
contrato
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empresa Delta Construes S/A e dos investigados pela Operao Saint Michel,
alm das convocaes de: Heraldo Puccini Neto, Wilder Pedro de Morais, Elias
Vaz, Mauro Sebben, Sejana Martins, Lucio Fiuza Gouthier, Fernando Gomes
Cardozo, Eliane Pinheiro, cio Antnio Ribeiro, Carlos Antnio Elias e dos
responsveis em exerccio pelas empresas Ideal Segurana, JR Prestadora de
Servios, JM Terraplanagem, Larami Diverses, MZ Construes, Vitapan
Farmacutica, Bet Capital, Brava Construes, Brazilian Gaming Partners,
Construtora Rio Tocantins CRT, Alberto & Pantoja, Emprodata Administrao de
Imveis, Delta Construes S/A Distrito Federal, Delta Construes S/A Gois,
Delta Construes S/A Mato Grosso do Sul e Delta Construes S/A Tocantins.
Tambm foram aprovados requerimentos solicitando: Polcia Federal as
transcries dos dilogos que envolvam pessoas com prerrogativa de foro nas
Operaes Vegas e Monte Carlo; a ntegra dos autos das Operaes Vegsas e
Monte Carlo; os relatrios do inteiro teor das apreenses efetuadas e os relatrios
de anlise e vigilncia das Operaes Vegas e Monte Carlo; a lista dos Policiais
Federais e Estaduais (Civis e Militares) citados nas operaes; cpia do inteiro teor
do depoimento do Sr. Carlos Augusto de Almeida Ramos 11 Vara Federal de
Goinia; cpia ao Comando da Aeronutica do depoimento de Idalberto Matias de
Arajo, o Dad; informaes dos Cadastros Especficos do INSS das construtoras
Regional Consultoria, Aprgio Construtora, Brava Construes, Alberto & Pantoja,
JR Prestadora de Servios, Delta Construes S/A. MZ Construtora, Mapa
Construtora; e informaes de 27 empresas aos Tribunais de Contas dos
Municpios e aos Tribunais de Contas Estaduais.
Em atendimento ao ofcio n 1 desta CPMI, o Ministro Ricardo
Lewandowski deferiu pedido de compartilhamento de informaes sigilosas dos
inquritos das Operaes Vegas e Monte Carlo.
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Outro episdio tratado por Wladmir Henrique Garcez em sua fala aos
parlamentares envolve a venda da casa do governador do Estado de Gois,
Marconi Perillo. O Sr. Carlos Augusto de Almeida Ramos, alvo principal das
investigaes conduzidas por esta CPMI e suspeito de ser o lder da Organizao
Criminosa instalada na regio Centro-Oeste do pas, residia na casa que pertenceu
ao Sr. Perillo poca em que foi preso pela Polcia Federal em decorrncia das
investigaes realizadas no mbito da Operao Monte Carlo.
Acerca da transao, o sr. Wladmir Henrique Garcez afirmou em
depoimento CPMI ser o comprador da casa de Marconi Perillo pelo valor de R$
1,4 milho. Segundo Garcez informou Comisso, a casa foi paga em trs vezes
com cheques emprestados por seu patro, o diretor da Delta no Centro-oeste,
Cludio Abreu. O depoente, contudo, disse no ter conhecimento da origem dos
cheques, como se segue:
O SR. WLADMIR HENRIQUE GARCEZ: [...] O Governador queria receber
logo, e eu queria ficar com a casa para mim ou para vender para outra
pessoa, pois vi que o preo estava baixo e eu estava querendo ganhar uma
comisso em cima da venda dessa casa. Fiquei com medo de perder o
negcio. Eu no podia conseguir o dinheiro e ficar com a casa ou vend-la
por um preo maior e ganhar algum. Ento, pedi ao Cludio, meu patro, e
ao Carlinhos que me emprestassem o valor de R$1,4 milho, para eu
repassar ao Governador. O Cludio me arranjou trs cheques, um de R$500
mil, outro de R$500 mil e outro de R$400 mil, para os meses de maro, abril
e maio. No lembro bem a data desses cheques, mas lembro que eram para
o incio de cada ms. No sei quem so os emitentes, nem perguntei de
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consta que o Sr. Lenine gerente do jogo do bicho e contador do grupo do Sr.
Carlos Cachoeira. Consta tambm citao matria do jornal Correio Braziliense
que aponta o administrador de empresas como o segundo homem na hierarquia da
Organizao Criminosa investigada pela CPMI.
O Sr. Lenine compareceu 10 Reunio da Comisso Parlamentar
Mista de Inqurito (CPMI) Vegas/Monte Carlo, realizada no dia 30 de maio,
amparado por habeas corpus concedido pelo ministro Joaquim Barbosa, do
Supremo Tribunal Federal (STF). Evocou o direito de ficar em silncio para no
produzir provas contra si, mas usou os 20 minutos iniciais para falar aos
Parlamentares que integram a Comisso.
Na explanao, afirmou que nunca antes havia sido preso ou
respondido a processo, que no sabia quais eram as acusaes que existiam
contra ele, que foi preso na Operao Monte Carlo em presdio de segurana
mxima por 25 dias, at ser transferido para a penitenciria da Papuda, em
Braslia (DF), e que no era scio ou brao direito do Sr. Carlos Cachoeira.
Afirmou tambm que estava disposto a colaborar com a CPMI, mas
enfatizou que s poderia falar depois que prestasse depoimento em Juzo, o que
deveria acontecer ainda naquela semana. O advogado Ricardo Hasson Sayeg,
que acompanhou o Sr. Lenine Arajo sesso, props ento ao Presidente da
CPMI, Sr. Senador Vital do Rgo (PMDB-PB), que o retorno de seu cliente se
desse na semana seguinte.
O Presidente apresentou a sugesto ao Relator, Sr. Deputado Federal
Odair Cunha (PT-MG), e, em seguida, aos demais membros da CPMI. Com a
aceitao de todos, ficou acertado o retorno do convocado no prazo de cinco dias.
Logo aps, o Presidente encerrou a oitiva.
k) DEMSTENES LZARO XAVIER TORRES 11 Reunio
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pilotando esse trem aqui ns; agora, se eles estiverem achando ruim, eles
vo l no Marconi e falam. Ento, claramente o Sr. Cludio Abreu est
dizendo que o consrcio que dirigia a obra do entorno era o consrcio, de
acordo com compromissos polticos, assumido e dirigido pela Delta. O Sr.
Carlos Cachoeira mais duro neste dilogo e diz: o maior problema que
voc que tinha que estar na reunio. Enfim, h um conjunto de dilogos
envolvendo essa obra do entorno, um conjunto de dilogos com a
intermediao do Sr. Edivaldo. E, ao final desse conjunto de dilogos, h um
retorno do Senador Demstenes, dizendo que havia conversado com o
senhor e que a questo da obra do entorno estaria resolvida, que continuaria
a obra do entorno sob a liderana da Delta.
O SR. MARCONI PERILLO - Senador Randolfe, Sr. Presidente, Sr. Relator,
Sr. Vice-Presidente, Senadoras, Senadores,Deputadas e Deputados, os
senhores devem ter percebido um grau de irritao muito grande em relao
ao Governo. E, se esse grau de irritao est demonstrado nessas
gravaes, em muitas gravaes, porque, efetivamente, o meu Governo
no serviu nem Delta, nem Galvo, nem a qualquer empresa que seja.
Essas irritaes todas se do por isso. Todas as nossas obras foram licitadas
em concorrncias durssimas. Em uma delas, noventa e tantas empresas,
trs Estados, como eu j disse aqui, aquela histria de acordo de empreiteira
no existe no meu governo. E essa obra, essa suposta obra no existe, no
foi licitada, no est sendo licitada, enfim, pode ter havido algum tipo de
interesse desse grupo ou de outro, mas algo que no existe, inexistente.
No se licitou, no se falou em licitar, no existe, no tem contrato. E se,
eventualmente, alguma obra no entorno for para licitao, saiba V. Ex que
ns vamos obedecer rigorosamente Lei n 8666 e aos altos princpios que
regem a Administrao Pblica: publicidade, economicidade, legalidade entre
outros. Tenha certeza de que esses dilogos de nada valeram. Podiam ter
inteno. Agora, uma coisa inteno, outra coisa a concretude. No h
nesses dilogos todos, Senador Randolfe, nenhuma...nenhum dilogo que
possa ter se concretizado. Nenhum. Imagino at que tenham tido interesse
em concretizar qualquer tipo de acordo de empreiteiras, ou, talvez, parcerias
privadas. Pode ser que tenham tido esse interesse. Uma coisa ter vontade,
outra coisa a concretude de uma vontade.
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O Sr. Agnelo Queiroz tambm foi inquirido pelo Relator sobre sua
ligao com integrantes da Delta Construes, conforme dilogo:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PT-MG) Voltando ainda questo da
Delta, em relao ao contrato do lixo, V. Ex disse aqui que no se reuniu
com Cludio Abreu.
O SR. AGNELO QUEIROZ No me reuni com Cludio Abreu.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PT-MG) E com o Sr. Heraldo Puccini?
O SR. AGNELO QUEIROZ Tambm no. No o conheo, no sei nem
quem .
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PT-MG) Diretor da Delta no Centro...no
Sudeste.
O SR. AGNELO QUEIROZ No, no o conheo.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PT-MG) E com o Sr. Fernando
Cavendish?
O SR. AGNELO QUEIROZ Tambm no. Nunca encontrei com o Sr.
Fernando Cavendish. Nunca estive nem socialmente com ele, nunca tomei
caf, almoo, jantar, nem rea social. Quero inclusive pegar uma declarao
dele, do Sr. Fernando Cavendish, que foi dada Folha de S.Paulo no dia 19
de abril de 2012, que tem uma pergunta se ele me conhece, e ele disse:
Nunca vi. Eu tenho um crdito l de 30 milhes para receber, no contrato de
lixo. A gente l s apanha. Se eu tivesse ajudado na campanha dele,
precisava Dad [araponga do esquema Demstenes], do fulaninho, do
beltraninho, contando histria l embaixo?. Essa declarao definitiva, e
de fato no tive nenhum contato com ele, em absoluto. E ele retrata
justamente como foi a relao nossa, talvez com as suas palavras, que eu
no considero isso apanhar, foi um gestor tratando interesse pblico, um
gestor tratando interesse do Estado. E exigindo cumprimento do contrato.
Isso no apanhar porque no foi s...Eu quero deixar bem claro isso, Sr.
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do
DF
tenha
grampeado
autoridades
pblicas,
inclusive
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essa casa do Alphaville Ip que seria uma casa provisria at decidir quando
seria feita a prxima casa.
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GONALVES
PINHEIRO
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Reunio
27/06/2012
A Sra. Eliane Gonalves Pinheiro ex-chefe de gabinete do governador
do Estado de Gois, Marconi Perillo (PSDB). Eliane Pinheiro compareceu, na
condio de testemunha, 17 Reunio desta Comisso Parlamentar Mista de
Inqurito (CPMI), realizada em 27 de junho de 2012, em razo da aprovao do
requerimento 426 do Sr. Deputado Federal Dr. Rosinha (PT-PR).
Em pedido, o Deputado Federal Dr. Rosinha justificou a convocao da
testemunha alegando que Eliane mantinha contato com Cachoeira e chegou at a
receber informaes sobre investigaes na Polcia Federal que beneficiavam
polticos ligados ao bicheiro.
Alm disso, o Deputado Federal Dr. Rosinha citou um episdio
especfico, identificado em gravaes da Polcia Federal, em que Eliane avisou o
prefeito de guas Lindas, Geraldo Messias, de uma busca a ser realizada na
residncia do alcaide, atrapalhando as investigaes.
A Sra. Eliane Gonalves Pinheiro compareceu para depor amparada
por medida cautelar, o Habeas Corpus 113.862, concedido pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). Questionada pelo presidente da CPMI, o Sr. Senador Vital do Rgo
(PMDB-PB), sobre a disposio em colaborar tecendo esclarecimentos ao
colegiado, a testemunha afirmou que, por orientao de seu advogado, no
responderia a nenhuma pergunta. Desta feita, a depoente foi dispensada.
t) LUIZ CARLOS BORDONI 17 Reunio 27/06/2012
Luiz Carlos Bordoni prestou depoimento no dia 27 de junho de 2012,
durante os trabalhos da 17 Reunio desta Comisso Parlamentar Mista de
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eleito de Gois poca, Henrique Santillo. Neste perodo, Perillo era presidente do
PMDB Jovem. Em 1998, Bordoni participou da campanha de Perillo ao Governo de
Gois e, em 2002, da reeleio. Em 2006, fez a campanha de Perillo ao Senado
Federal.
Em 2010, Bordoni novamente integrou a equipe da campanha de Perillo
ao Governo de Gois. Para trabalhar nesta campanha, Bordoni disse ter feito um
contrato verbal com o ento candidato, pelo qual receberia R$ 120 mil, mais bnus
de R$ 50 mil em caso de vitria. Ao fim da campanha, com a vitria de Perillo,
foram pagos, segundo Bordoni, apenas R$ 80 mil. Faltavam R$ 40 mil e o bnus
de R$ 50 mil. De acordo com o depoimento de Bordoni, o pagamento dessa dvida
o envolveu o seu nome nas investigaes em curso na CPMI. A pendncia
financeira foi paga aps o perodo eleitoral, com dois depsitos feitos por
empresas ligadas a Carlos Cachoeira na conta bancria da filha de Bordoni, Bruna
Bordoni.
Sobre o dinheiro por ela recebido, Bordoni afirmou que o depsito de
R$ 45 mil feito por Alberto & Pantoja que apareceu na conta de sua filha Bruna
nada teve ou tem a ver com o Senador Demstenes. Disse estar indignado com a
citao do nome de sua filha em transmisso nacional como suposta laranja do
Senador. Disse ainda que jamais poderia imaginar que Gouthier tivesse repassado
o nmero da conta de sua filha a tal empresa. O mesmo ocorreu com o segundo
depsito na conta de sua filha, feito pela Adcio & Rafael Construtora e
Terraplanagem, que tambm ligada ao grupo de Carlos Cachoeira.
Sobre esses depsitos pagos por seu trabalho na campanha de 2010
que elegeu Marconi Perillo Governador do Estado de Gois, Bordoni travou o
seguinte dilogo com o Sr. Relator Odair Cunha durante seu depoimento:
O SR. ODAIR CUNHA (PTMG) Quem passou... Por que Alberto &
Pantoja, a empresa-fantasma ns sabemos agora do Sr. Carlos Cachoeira,
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Bordoni disse ainda que responde a uma ao por danos morais com
indenizao de cinco mil salrios mnimos e que, por conta disso, seriam
apreendido todos os recursos que entrassem em sua conta pessoal. O depoente
afirmou que, do valor acordado com Perillo, poca candidato, recebeu trs
pagamentos: um, de R$ 40 mil, das mos do Governador, antes do incio dos
programas eleitorais; outro, no dia 21 de setembro, de R$ 30 mil, pagos pelo
financeiro da campanha; e um terceiro pagamento de R$ 10 mil, j concludo o
trabalho, em dinheiro, por Jayme Rincn, em um escritrio. Segundo Bordoni, o
que existiu de fato, foi um pagamento a ele feito em caixa dois. O primeiro, pela
Alberto & Pantoja e o segundo feito por Adecio & Rafael Construo e
Terraplanagem. o que se constata do dilogo a seguir:
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Ento, ns temos R$40 mil, uma
primeira parcela. Lembra-se de quando foi? Porque me deu a impresso de
que V. S faz anotaes; no anotao de agora no. Se h um encontro
com o candidato a governador, depois V. S faz uma espcie de ata do
encontro. V. S fez um relato muito preciso de todas as coisas. Ento, V. S
se lembra: os R$40 mil iniciais quando foi, qual foi o ms?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Foi entre a conveno e o incio da
campanha.
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O SR. LUIZ CARLOS BORDONI ...que foi apresentada aqui como meu
contrato de trabalho de R$33 mil pela campanha.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) uma nota fiscal.
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI a nota fiscal da ArtMidi. Descontado o
imposto, foram R$30 mil lquidos. Certo?
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Foram R$30 mil, mais ou menos em que
ms?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Em 21 de setembro...
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Em 21 de setembro de 2010?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI De 2010.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) A, depois, vm R$10 mil.
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Foram R$10 mil.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) No precisa mostrar nada, no! Em que
ms mais ou menos?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Foi aps a campanha, Deputado.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Foi depois da eleio?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Depois da eleio.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Mas ainda em 2010?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Ainda em 2010.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) A vm dois pagamentos de R$45 mil.
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Os R$90 mil que faltavam foram feitos
somente em 2011.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) E esses R$10 mil? Tambm foi dinheiro
vivo?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Dinheiro vivo.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) E tudo foi pago pela mesma pessoa?
Quem entregava o dinheiro?
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O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Os R$40 mil foram pagos pelo candidato.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Marconi Perillo?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI . E os R$10 mil foram pagos pelo Sr.
Jayme Rincn, que era o tesoureiro da campanha.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Pelo Rincn, no ? E esses R$30 mil
do meio?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI O do meio foi o da nota fiscal, pago pelo
comit de campanha.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Pelo comit de campanha. Esse era o
nico por dentro?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Por dentro.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) O nico?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI O nico.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Esse dinheiro foi pago pelo comit de
campanha, mas pode ter sido cheque nesse caso. Foi cheque o do comit de
campanha?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Foi um cheque do comit de campanha
para a ArtMidi, que repassou o dinheiro para mim.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Os R$40 mil e os R$10 mil que foram
pagos em dinheiro vivo?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Em dinheiro vivo.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) E, depois, foram duas parcelas de R$45
mil em dinheiro vivo.
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI No! Em depsito feito pela Pantoja um e
pela Dcio e Rafael Construo e Terraplenagem o outro.
O SR. MIRO TEIXEIRA (PDTRJ) Que do Cachoeira tambm?
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI Tambm ligada ao grupo dele.
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Bordoni disse ainda que Perillo faltou com a verdade vrias vezes
quando prestou depoimento na CPMI, como a negao de que o presidente do
Detran indicao de Carlos Cachoeira. Alm disso, afirmou que Edivaldo
Cardoso e Carlos Cachoeira so scios, que Edivaldo assumiu o controle do jogo
do bicho, herdando o comando que pertencia a seu sogro, Boadyr Veloso,
assassinado de forma misteriosa e nunca explicada. Segundo Bordoni, em Gois,
ningum administra o jogo sem a prvia autorizao de Carlos Cachoeira.
O depoente disse ter sido perseguido por Perillo. Disse que o
Governador tentou tirar seu blog do ar com o objetivo de puni-lo. Afirmou que
recebeu seus honorrios devidos da campanha de 2010 do Governador antes de
fazer crticas s obras da construtora Delta no Parque Mutirama, e que os
depsitos nada tm a ver com o pedido da construtora a Cachoeira para tentar
silenci-lo.
Bordoni afirmou que no conhecia Carlos Cachoeira e nunca o viu.
Disse que Cachoeira sempre teve relaes com os polticos em Gois, mas ele
apareceu com destaque depois do episdio de Waldomiro Diniz. Disse que
Cachoeira era tido como o rei do jogo, responsvel pela operao de caa-nqueis.
Afirmou, ainda, que, quando havia a legalidade para a explorao de jogos,
Cachoeira assinou um contrato com o Governo para dirigir a loteria no Estado de
Gois, de 1996 a 1998.
Ao ser questionado pelo Sr. Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
sobre a influncia de Carlos Cachoeira na poltica de Gois e sobre quais relaes
ele mantinha com agentes polticos, Bordoni respondeu o seguinte:
O SR. LUIZ CARLOS BORDONI A influncia a gente percebe, a gente
acaba identificando em um ponto e noutro, como no caso, por exemplo, de a
Polcia acompanhar os jogos. Quando haveria as batidas policiais nas reas
de jogos, estas eram informadas, para avisar o pessoal para sair de campo
antes. Quer dizer, ele tinha ramificaes dentro do aparelho do Estado. Isso
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O SR. LUIZ CARLOS BORDONI O brao poltico dele j foi citado, o exVereador, Presidente da Cmara Municipal, Wladimir Garcez, o exPresidente do Detran, que tambm preside o PTdoB, em Gois, e o
Governador disse que, inclusive, a nomeao do Edivaldo se deveu ao
PTdoB ser a terceira fora poltica a oferecer apoio candidatura dele; uma
fora poltica um tanto...Quatro mil filiados do Estado, e justamente de uma
pessoa que sabidamente conhecida como scio do Sr. Carlos Cachoeira,
que o Sr. Edivaldo.
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contra o Sr. Idalberto Matias; uma outra ao contra o Sr. Cludio Abreu;
uma ao contra o Delegado da Polcia Federal; entreguei a quebra dos
meus sigilos bancrio, fiscal e telefnico Procuradoria Geral da Repblica,
pedindo ao Procurador que tomasse as providncias necessrias. Fui ao
Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios, solicitei uma investigao
sobre todos os meus atos, porque a mim interessa a apurao; a mim, aos
meus amigos, aos meus familiares, s pessoas com quem convivo e a quem
tenho que dar explicaes todos os dias. Tomei um conjunto de aes que
eram capazes de, sem privilgio de foro, sem imiscuir-me por trs de
qualquer razo, permitir essa investigao. E, olha, continuo hoje ainda a
formular aquelas perguntas que fiz quando deixei o Governo: onde est o
rdio? Parafraseando um sertanejo, um cantor popular nordestino, Genival
Lacerda: onde est o rdio? Qual foi a medida adotada para que ele fosse
apreendido e com escuta que tem em que eu estava utilizando. No sou um
gnio, no dispunha de informaes privilegiadas para no utilizar esse
instrumento se ele estivesse em minhas mos. No estava. Qual foi a
licitao em que eu interferi, se no sou ordenador de despesas e no o fui
em nenhum momento no Governo do Distrito Federal? Qual o trfico de
influncia que exerci? Porque h que se ter em mente uma coisa to clara:
causa e efeito; causa e efeito. Se voc tomou uma medida, essa medida
resultou em alguma ao concreta ou produziu algum efeito. Onde est o
efeito? Onde? Ningum deste grupo fez parte dos quadros do Distrito
Federal. Nenhuma licitao foi feita no lixo...E, olha, que essa empresa
exercia uma atividade fundamental no Distrito Federal, mas veio de um
contrato anterior a esta gesto. E as perguntas esto sem respostas at hoje.
E a dizem: a Polcia Federal...Olha, a Polcia Federal vago demais,
abstrato, um ser de personalidade jurdica. Quem tem que dar essas
respostas e a eu estou diante de algumas pessoas com conhecimento
jurdico, de membros do Ministrio Pblico e sabem que fala de terceiros no
so provas, muito menos, indcios. No servem sequer para abrir um
inqurito. E com isso que estamos deparando hoje.
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Mais adiante, o Sr. Cludio Monteiro falou sobre citaes a seu nome
em dilogos pela Polcia Federal sobre o grupo comandado pelo Sr. Carlinhos
Chachoeira:
O SR. CLUDIO MONTEIRO Eu vou fazer uma ilao. Na ilao, o
seguinte, Sr. Presidente: seja quem quer que seja o ocupante de um cargo
pblico, certamente algum vai dizer que tem relao com essa pessoa e vai
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Sobre sua ligao com o Sr. Idalberto Matias, conhecido com Dad,
Monteiro diz t-lo conhecido em 2010, durante sua campanha para Deputado
Distrital, em que no conseguiu se eleger:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) O senhor mantm relaes
pessoais ou polticas com o Sr. Idalberto Matias?
O SR. CLUDIO MONTEIRO No... Vou esclarecer, Sr. Presidente. O Sr.
Idalberto Matias eu conheci no curso da campanha, quando ele promoveu
uma feijoada em Vicente Pires. Ele promoveu essa feijoada e eu fui
convidado para ir a essa feijoada. Sobre essa feijoada, tratava-se de uma
entidade esportiva que ele dirigia, chamada Anjos do Handebol, creio isso. E
me perdoe se eu errar o nome da instituio, mas o objetivo foi este: era uma
instituio da prtica do handebol, e ele gostaria que, em sendo eleito, se o
fosse, pudesse apoiar o esporte. Olhe, eu acredito que o esporte um
instrumento de recuperao social, um instrumento de ascenso social e o
esporte um instrumento de educao. Ento, ao receber esse convite para
ir l e me manifestar e dar apoio, o fiz com total tranquilidade. E quero dizer a
V. Ex, at me alongando nessa resposta, que o Sr. Idalberto, ao ter um
contato com o Ministrio Pblico do Distrito Federal, pelas gravaes...
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Desculpe, ento, o senhor o
conheceu em 2010?
O SR. CLUDIO MONTEIRO Em 2010, na campanha. Ele vai e diz o
seguinte para um promotor: a ltima vez em que estive com Cludio Monteiro
foi na campanha...E isso foi no ms de agosto. Portanto, essa afirmao
mostra que h uma distncia, um lapso temporal enorme.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Agosto de?
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deveriam
ser
feitos
com
cada
um
dos
Municpios,
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o Marcelo. Ele falou pra avisar voc que quarta-feira est marcada reunio.
Se o assunto for nibus, o Governador quer fechar com a empresa. Se for o
outro, ele est disposio. Eles trataram do assunto nibus, da
bilhetagem?
O SR. CLUDIO MONTEIRO No, senhor.
Questionado pelo Sr. Relator, o depoente disse que seu filho, o Sr.
Joo Cludio Monteiro, tinha uma empresa que prestava servios para a Delta.
Sobre isso, ele afirmou o que se segue:
O SR. CLUDIO MONTEIRO Eu no sei se ele tinha contrato; sei que ele
tinha veculos que prestavam servio para a Delta. Sr. Presidente, deixa-me
colocar uma questo tranquila sobre isso. Bom, eu iniciei a minha vida com a
luta pela sobrevivncia muito cedo. Fui pai aos 19 anos de idade. Meu filho
seguiu um caminho idntico; foi pai tambm aos 18. Meu filho tem 33 anos,
pai de trs filhos. Enquanto estava sob o ptrio poder, ou seja, at os 18
anos, tinha toda a minha interferncia. No tenho mais. Pela luta, no
ocupante de cargo pblico; no pratico o nepotismo. No favorecido por
mim em nenhuma ao. Se V. Exs puderem examinar as escutas, vero que
no h referncia, eu conversando com ningum da empresa pedindo esse
ou aquele favorecimento. Agora, essa uma relao privada. No porque
meu filho que vai ser um desempregado. No porque meu filho que no
vai poder exercer nenhuma atividade. Agora, tambm tem uma outra relao.
Poderia ser ele qualquer tipo de pessoa, no teria a a minha
responsabilidade. Eu disse a V. Exs aqui no incio que a poltica no Distrito
Federal chegou a um patamar abaixo da linha da cintura, em que dedo no
olho, puxar cabelo e xingar a me est valendo. E a, quando no encontram
em cima do pai, vo busca do filho. O Sr. Joo Cludio tem 33 anos,
casado, pai de trs filhos, maior, independente, tem a relao dele; eu no
respondo pelos atos dele. No o ajudei a entrar, mas tambm no tomei
nenhuma providncia para que sasse. A relao privada. E digo a V. Ex: a
tranquilidade nisso est a e fiz o ltimo pedido no vou dizer o ltimo
porque no morri nem pretendo que morram, mas um pedido especial para
que colaborassem comigo, entregando o sigilo fiscal e bancrio. Externei
aqui o dbito que existe que de quase dois milhes, dos trs filhos, porque
tenho duas famlias. Da mesma forma com que fui pai aos 19 anos, depois
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O Sr. Cludio Monteiro tambm abordou sobre sua ligao com o Sr.
Marcello Oliveira, suspeito de ter ligaes com o grupo do Sr. Cachoeira,
afirmando que as relaes que tm se originam do trabalho de policial civil, como
se depreende do dilogo abaixo:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Em relao ao Sr. Marcello
Oliveira, o Marcelo, qual a relao do senhor com ele?
O SR. CLUDIO MONTEIRO Sr. Relator, perdoe, eu relatei aqui na minha
histria que fui presidente fundador do primeiro Sindicato de Policiais Civis do
Brasil. Todo e qualquer policial que precisar da minha ajuda o ter. O Sr.
Marcello me ajudou na campanha poltica...
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Ele doou na campanha do
senhor?
O SR. CLUDIO MONTEIRO Ele no, a empresa da famlia dele fez uma
doao em valor simblico, no sei como essa expresso, mas, na
realidade, eles produziram a arte do fotolito, a arte que deveria ser do cartaz,
dos folders, que teve o valor estimado de R$5 mil. Ento teve essa relao,
meu amigo, policial civil, da mesma carreira que eu sou, primo por ela,
defendo-a a todos e estou sempre de braos abertos para, em caso de
necessidade, em caso de solicitarem o meu auxlio, o farei; podendo, claro. O
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prova negativa, fazer prova negativa impossvel, mas eu espero que ele
possa, no local certo, onde ele achar conveniente e seus advogados
entendam como tal, que ele possa mostrar e demonstrar que no praticou
isso. Eu no creio.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Mas na Chefia de Gabinete de
V. S, o senhor tinha l algum servio de inteligncia prprio pelo qual o Sr.
Marcello seria responsvel?
O SR. CLUDIO MONTEIRO No, senhor.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Para dar possibilidade de...
O SR. CLUDIO MONTEIRO No, senhor. Servio de inteligncia no
Governo do Distrito Federal existe onde? Na Secretaria de Segurana
Pblica, na Polcia Militar do Distrito Federal, na Polcia Civil do Distrito
Federal. Creio que nesses trs rgos. Esses rgos tm servio de
inteligncia para proteo, primeiro, das instituies, proteo do Estado e
proteo da sociedade. Proteo da sociedade na apurao de fatos;
proteo do Estado sobre qualquer ato a ser praticado contra os
governantes. A Chefia de Gabinete no tem, nunca teve e no praticou
nenhum ato dessa natureza. At porque, Sr. Presidente, me permita mais
uma referncia a minha pessoa e pessoa do Governador Agnelo, o
Governador Agnelo veio para a vida pblica fruto da luta poltica no
movimento estudantil, ainda l na Bahia, como universitrio. Sempre
participou de todas as lutas da redemocratizao do Pas. No iria admitir, de
forma nenhuma, que no seu gabinete fosse constitudo um aparelho dessa
natureza. Ento, isso no aconteceu, isso no existiu. Nunca existiu nem
com meu conhecimento, nem com o conhecimento do Governador, e lhe
digo, peremptoriamente: isso no verdade, isso nunca aconteceu.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Nem grampeado os
parlamentares, como muitas vezes foi noticiado?
O SR. CLUDIO MONTEIRO Outro dia, Sr. Presidente, eu vi uma
entrevista do Diretor da Polcia Civil do Distrito Federal, em que ele diz que
s existe uma forma de que as pessoas possam ser grampeadas: por
aqueles que operam um aparelho chamado Guardio. As pessoas do
Ministrio Pblico tm conhecimento do que se trata; as pessoas da Polcia
tm conhecimento do que se trata, por qu? Porque esse o nico
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dos Srs. Deputados Federais Rubens Bueno (PPS-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e
Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Lustosa Filho no esteve amparado por habeas corpus durante a
reunio. A testemunha fez uso do seu tempo inicial para apresentao de suas
consideraes sobre as razes que o levaram a depor, oportunidade na qual
afirmou que o vdeo, veiculado em rede nacional, onde aparece conversando com
o Sr. Carlos Cachoeira foi gravado em 2004, poca em que no era Prefeito, mas
sim candidato. Disse ainda que, apesar da expectativa criada, Cachoeira no fez
doao para a sua campanha, conforme comprova a sua prestao de contas.
O depoente afirmou que nenhuma empresa ligada a Carlos Cachoeira
prestou servio emergencial, ou por dispensa, nem venceu qualquer licitao
durante a sua administrao frente da Prefeitura de Palmas. Disse tambm que
nos primeiros anos de exerccio do seu mandato, no se cogitava que a Delta
tivesse vnculo com Cachoeira e que a referida empresa passou a prestar servios
de limpeza pblica para a Prefeitura de Palmas aps vencer a Concorrncia
Pblica n 17/2005, um ano e dois meses aps o incio de sua administrao.
A testemunha disse aos membros da CPMI que, antes do trmino deste
processo licitatrio, precisou fazer contrato emergencial para prestao de servios
de limpeza pblica com a empresa Litucera, sendo o mesmo prorrogado at a
realizao e concluso de procedimentos licitatrios. Afirmou que todos os
questionamentos jurdicos e denncias no Tribunal de Contas do Estado (TCE)
relativos licitao vencida pela Delta foram superados.
Sobre a execuo do contrato, disse que o Plano Plurianual (PPA) para
2005 reservava um valor aqum das reais necessidades para a limpeza pblica da
cidade. Sendo assim, a testemunha afirmou que a sua administrao precisou, por
fora de lei, licitar com base em previso distanciada da realidade de Palmas, mas
conforme o valor previsto no PPA para essa despesa, sob pena de incorrer em
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momento difcil que enfrentavam na disputa eleitoral. Lustosa filho negou ainda
que a sua campanha tenha recebido doao de R$ 150 mil de Carlos Cachoeira,
alm de um show realizado pelo cantor Amado Batista, conforme segue:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Nos vdeos apreendidos pela
PF h referncias a uma doao de R$150 mil de Cachoeira para sua
campanha em 2004, alm de um show que teria sido realizado pelo cantor
Amado Batista. Essa doao ocorreu?
O SR. RAUL DE JESUS LUSTOSA FILHO Veja bem. Deixe-me tentar
explicar, porque ficou muito certo para a opinio pblica que o Carlos
Cachoeira havia doado esses recursos. O Slvio garante a mim que no
recebeu esses recursos e que, se for preciso, ele est para testemunhar,
para falar em qualquer lugar. O show do Amado Batista no foi pago com
recursos do Cachoeira. Foi uma empresa de Araguana que atuou, e eu no
podia acompanhar isso. Um candidato no tem como precisar quem est
ajudando. Mas essa empresa no tem vnculo nenhum com o esquema do
Sr. Carlos Cachoeira.
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Raul Filho afirmou tambm que no exonerou Pedro Duailibi. Disse que
ele pediu demisso aps ter sido noticiado que a assessora da Deputada Solange,
de nome Rosilda, ter recebido um depsito de R$ 120 mil. Disse que a conta na
qual foi feito o depsito, apesar de estar no nome de Rosilda, era movimentada por
Pedro e que o valor em questo fruto da venda de um equipamento para uma
empresa ligada a Delta.
No havendo mais questionamentos, o Presidente em exerccio, Sr.
Deputado Federal Paulo Teixeira (PT-SP), deu por encerrada a 21 Reunio.
y) JOAQUIM GOMES THOM NETO 22 Reunio
07/08/2012
O Sr. Joaquim Gomes Thom Neto agente federal aposentado.
Apresentou-se 22 Reunio da Comisso Parlamentar Mista de Inqurito (CPMI)
Vegas/Monte Carlo, realizada no dia 7 de agosto de 2012, como testemunha.
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ALVES
MENDONA
22
Reunio
07/08/2012
A Sra. Andressa Alves Mendona a atual companheira do Sr. Carlos
Augusto Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, principal
investigado por esta Comisso Parlamentar Mista de Inqurito (CPMI). Andressa
compareceu 22 Reunio, realizada em 7 de agosto de 2012, em decorrncia da
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Novo questionamento:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Consta-nos, exatamente, que
o senhor contador dessas empresas. O telefone 3361.2981 pertence a V.
Sa.?
O SR. RUBMAIER FERREIRA DE CARVALHO Pertence. Em meu nome.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) E esse telefone consta como
um telefone da Adcio & Rafael.
O SR. RUBMAIER FERREIRA DE CARVALHO Pois . Isso a eu achei
muito estranho. E um jornalista falou assim: Ah, mas esse endereo a est
no seu endereo. E eu disse: No, meu amigo, eu no constitu essa
empresa. Eu estou achando que as pessoas que esto envolvidas usaram o
meu nome, dentro do meu escritrio, de alguma forma para constituir essas
empresas. No constitu nenhuma empresa dessas.
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da
Comarca de
Valparaso, denunciando
corrupo,
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para os senhores uma percepo que ainda est numa fase inicial. O que a
gente vai fazer ou perceber est na fase inicial ainda. Mas havia um contato.
O Sr. Carlos Augusto chegava a receber pessoas na sede da Delta e tal, mas
isso dentro de uma viso muito perfunctria mesmo, muito superficial. Ns
no conseguimos fazer qualquer tipo de investigao nesse vis empresarial.
No conseguimos. O foco foi exatamente aquilo que j foi colocado para os
senhores.
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Senador lvaro Dias (PSDB-PR), 516 e 637, de autoria, respectivamente, dos Srs.
Deputados Federais Luiz Pitiman (PMDB-DF) e Filipe Pereira (PSC-RJ).
Em suas justificativas para a convocao, o Senador lvaro Dias afirma
que h uma srie de ligaes entre o Sr. Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, e a empresa Delta Construes, que envolveram tambm o
Sr. Adir Assad. De acordo com o requerimento, vrias das empresas de fachada
que receberam recursos da Delta seriam de propriedade de Assad, e, juntas,
essas empresas receberam mais de R$ 140 milhes da construtora: maior
distribuidora de recursos da Organizao Criminosa.
Na mesma linha, o requerimento do Sr. Deputado Federal Luiz Pitiman
alude ao repasse de recursos para empresas fantasmas de propriedade do Sr. Adir
Assad. Entre essas empresas, o requerimento menciona a Legend Engenheiros
Associados, Rock Star Marketing e SM Terraplanagem. Para o Sr. Deputado
Federal Filipe Pereira, torna-se imprescindvel para a continuidade dos trabalhos
desta CPMI a convocao do Sr. Adir Assad, proprietrio de vrias empresas de
terraplanagem, entre elas a JSM Terraplanagem Ltda., e a SP Terraplanagem
Ltda., que teriam feito vrias transaes com a Delta Construes.
Adir Assad compareceu CPMI amparado pelo Habeas Corpus n
114.929, concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), no fez uso de sua fala inicial e anunciou que permaneceria calado
ante aos questionamentos dos integrantes da Comisso. Assim, o Presidente, Sr.
Senador Vital do Rgo (PMDB-PB), dispensou Adir Assad sem que lhe fossem
dirigidas perguntas.
jj) LUIZ ANTNIO PAGOT 28 Reunio 28/08/2012
Economista e empresrio, o Sr. Luiz Antnio Pagot foi Diretor-Geral do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entre outubro de
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E mais adiante:
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Eu no recordo, no lembro. Eu at posso
nominar os diretores da Delta que tratavam comigo.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Isso ajuda.
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT O Diretor Presidente, Sr. Fernando
Cavendish; o Diretor do Centro-Oeste, Cludio Abreu; o Diretor da NorteNordeste, que me parece se chama Alosio; e um representante, que ficava
em Braslia, denominado Xavier. Esses eram os elementos, os membros da
Delta que compareciam ao DNIT nas audincias.
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O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Ento, por que o Sr. Carlos Cachoeira...
Pelos udios, ficou evidenciado, por exemplo, que, no dia 7 de julho de 2011,
em dilogo entre Cludio e Carlos Cachoeira...
Cludio: Carlinhos, que saudade de receber um chamado seu, amigo!
Carlos Cachoeira: A, caiu Pagot, caiu Juquinha, caiu todo mundo.
Cludio (risos): Falei que seu amigo mais forte que Alden 40, uai.
Eu indago ao senhor: por que eles comemoravam a queda do senhor da
Presidncia do DNIT? O senhor atribui isso a qu?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Primeiro, fiquei extremamente estarrecido
com o afastamento e, depois, com a exonerao. Ento, j foi um episdio
amargo na minha vida. Posteriormente, algum tempo depois, quando eu
comeava a me restabelecer, quando eu comeava a trabalhar novamente
na iniciativa privada, passando um perodo triste, em que eu me sentia
verdadeiramente um morto vivo, um fantasma, tenho essa brutal notcia de
que um compl liderado por um contraventor e um agente de uma empresa
tinham sido os responsveis pela reportagem que gerou o afastamento e,
posteriormente, a exonerao. Fiquei realmente estarrecido.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Sim, mas o senhor atribui a
qual motivo o desejo do Sr. Cludio Dias Abreu, comparsa do Sr. Carlos
Augusto Ramos? Por que eles queriam derrubar o senhor da Presidncia do
DNIT, na sua opinio?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Acredito que era pela atuao que eu vinha
tenho no DNIT. Eu no dava vida boa a nenhuma empresa, a nenhuma
empreiteira, a nenhum prestador de servio. Eu era muito exigente, chamava
constantemente as empresas, os consrcios. Muitas vezes, as obras eram
em uma determinada rodovia. Eu chamava todos e exigia a correta execuo
de obras, a manuteno dos cronogramas e, especialmente, no ano de 2010,
primeiro trimestre de 2010, vnhamos tendo alguns problemas com a Delta
com relao execuo de obras, ainda em vrios processos que foram
levantados pelo TCU, pelos levantamentos feitos pela rede de controle. O
que rede de controle? o sistema que o Governo Federal colocou em
funcionamento, a partir do final de 2009, incio de 2010, em que atuam em
conjunto o TCU, o CGU, o Ministrio Pblico Federal e a Policia Federal.
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seus trabalhos, evidentemente. Imagino que por isso que ele tomou essa
deciso, juntamente com o contraventor, de patrocinar a matria jornalstica
que acabou me retirando do DNIT.
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O Sr. Luiz Antnio Pagot disse que conheceu o Sr. Paulo Vieira de
Souza e relatou aos Parlamentares as circunstncias desses contatos:
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dizendo que era muito importante, porque j havia tido uma renegociao
com as empresas, que as empresas tinham baixado o preo, que tinha ficado
um valor para cada lote, e que a obra no passaria daquele valor fixado,
R$3,6 bilhes, no passaria do valor fixado. Isso ficou bem claro na reunio,
e o TCU, ento, disse que ia acompanhar, que ia estar atento, que no
colocaria, inicialmente, uma posio contrria, como no colocou houve
at uma manifestao do Ministro Relator, acredito, se no me falha a
memria, Ministro Jos Jorge, uma manifestao isso, sobre a necessidade
do acompanhamento peridico dos relatrios. Ento, ns firmamos o
convnio, e a obra foi iniciada, e, conforme a obra andava, fomos fazendo as
transferncias.
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O SR. ALVARO DIAS (PSD PR) Creio que h uma preliminar que V. Ex
deve submeter ao depoente. uma questo de hombridade obter dele a
resposta a uma acusao que fez ao Senado Federal. Afirmou que comprava
com R$6 milhes um Senador, e ns gostaramos que ele apontasse qual
Senador que comprou por R$6 milhes ou que Senador ele compraria por
R$6 milhes. Impetrei, Sr. Presidente, uma interpelao judicial, e a Justia
do Rio de Janeiro informou que no encontrou o Sr. Fernando Cavendish
para intim-lo. Portanto, a oportunidade que ele tem, uma preliminar que
submeto a V. Ex para que ele possa responder. uma questo de
hombridade...
O SR. PRESIDENTE (Vital do Rgo. PMDBPB) Sr. Senador...
O SR. ALVARO DIAS (PSDBPR) ...ele responder que Senador ele
compraria por R$6 milhes.
O SR. PRESIDENTE (Vital do Rgo. PMDBPB) Sr. Senador Alvaro Dias,
a preliminar de V. Ex eu acato e aceito em homenagem e em respeito
instituio de que eu fao parte e, por isso, antes de dispensar a testemunha,
como fao com qualquer testemunha, eu me refiro e transponho ou transmito
a sua indagao, em nome do Senado da Repblica, ao Sr. Fernando
Cavendish. Em nome do Senado Federal.
O SR. FERNANDO ANTNIO CAVENDISH SOARES Esse assunto, em
momento oportuno, que judicialmente est em curso, eu responderei,
Presidente.
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depoente disse nunca ter feito nenhuma ao nesse sentido enquanto gestor
pblico. o que se verifica na transcrio a seguir:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Pessoa fsica. O senhor foi
procurado, em algum momento, por empresrios para doar recursos para
campanhas eleitorais?
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA Eu, como gestor pblico, nunca atuei na
rea financeira de campanha poltica de nenhum candidato e com nenhum
empresrio. No minha funo. Eu sou um gestor pblico.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Aqui tem duas questes que
eu queria que o senhor esclarecesse. Uma coisa o senhor ser procurado
pelas empresas. Olha, eu gostaria de doar para a campanha deste deputado,
daquele prefeito, esta ou aquela pessoa. Outra coisa o senhor procurar as
empresas. Alguma dessas circunstncias aconteceu?
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA Nenhuma das duas, Excelncia.
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O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA Lote um: EIT, a lder, com 61%, R$278
milhes. A titular: Egesa, R$39 milhes, 39%, me desculpem, R$178
milhes. Lote dois: A Delta ganhou, como lder, o menor lote: R$172 milhes,
e a Sobrenco, R$114 milhes. O lote no qual a Delta ganhou, o lote inteiro,
deu um total de vamos arredondar R$300 milhes.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Qual era o percentual da Delta
nesse consrcio a?
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA Ela era a lder: 60%.
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E, mais adiante:
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA O que ocorreu? Qual o
desentendimento com o Tribunal de Contas da Unio? O Tribunal de Contas
da Unio achava que uma obra a preo global deveria ser solucionada da
seguinte maneira: servio que a empreiteira fizesse a maior, por conta dela.
A menor, devolvia ao Errio. Qual a minha postura? Dessa forma, no. Lucro
ou prejuzo por conta da empresa. Se custar 20% a mais, problema teu. Se
voc for Alemanha, trouxer uma forma, e eu aprovei como Diretor de
Engenharia, e economizar 30%, parabns. Na alegria, na tristeza, na sade,
na doena.
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215
O Sr. Paulo Souza tambm foi questionado pelo Sr. Deputado Federal
Rubens Bueno (PPS-PR) sobre investigao em curso no Ministrio Pblico de
So Paulo, tendo respondido conforme a transcrio que se segue:
O SR. RUBENS BUENO (PPSPR) Sr. Paulo Vieira de Souza, o Ministrio
Pblico de So reabriu, no ltimo dia 2 de maio, uma investigao
percorrendo os contratos que o Governo fez com a Delta Construo. E esta
Comisso Parlamentar Mista de Inqurito comeou em virtude das graves
denncias que envolviam o Sr. Carlos Cachoeira e o mundo do crime em que
ele participava e participa. Participa tanto que continua dentro da priso da
Papuda a emitir ordens para o jogo aqui em volta de Braslia, a poucos
quilmetros o Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal
Federal. Esta investigao, esse inqurito civil, foi pedido pelos Deputados
216
mm)
29/08/2012
Gilmar Carvalho de Moraes prestou depoimento na 29 Reunio desta
Comisso Parlamentar Mista de Inqurito (CPMI), realizada no dia 29 de agosto de
2012. Ele se apresentou Comisso dizendo temer por sua segurana e
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221
222
Questionado pelo Sr. Relator, o Deputado Federal Odair Cunha (PTMG), afirmou que atendeu a uma solicitao de Cachoeira para empregar uma
pessoa, conforme transcrito abaixo:
O SR. CARLOS ALBERTO LERIA (PSDBGO) ... uma dona de casa,
professora, sei l, que tinha sido demitida no governo anterior. E eu... Ela
est, l, ganhando dois mil e trabalha. E me pediu para o Moacir Tocafundo...
O Moacir Tocafundo meu amigo e tambm amigo do Carlinhos. Pediu...
Depois, ele teve um cncer de prstata. Ganha R$1 mil por ms, mil e pouco.
Teve um cncer de prstata, a, ele pediu para melhorar o salrio e at hoje
no se atendeu. Teve um cncer de prstata e pediu para melhorar o salrio.
No consegui at hoje. O cara est doente e no consegui, porque o sujeito
precisa de medicamento, aquelas coisas todas. Ento, essa questo de
pedidos, vrias pessoas j me pediram emprego, e o Carlinhos fez esse
pedido para mim.
223
E mais adiante:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) E da relao do Hylo com o
Carlos Cachoeira, o senhor tem conhecimento?
O SR. CARLOS ALBERTO LERIA (PSDBGO) Eu sei que eles so
conhecidos. No sei com que grau de afinidade... At porque o Carlinhos, em
Gois, eu diria para voc, amigo de tanta gente, mas de muita gente; ele
uma das pessoas mais bem enturmadas em Gois.
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235
236
Cssia, Danilo Dutra, Rita de Cssia, Cristiano Rufino, Silvio, Uziel, Marco A.
A. Ramos, Katayama, Ananias, Roberto, Andr Lus, Arnaldo Rubio, Rogrio
Diniz, Jairo, Raimundo Washington, Wladimir, Andressa, Claudio Kratka,
Anderson Aguiar, Niteu, Tony Batista, Francisco Queiroga, Juracy Pereira,
Edson Coelho dos Santos, Joaquim G. Thom Neto, Conrado Caiado,
Antonio Jos Sampaio Naziozeno, Thiago de A. Ramos, Otoni Olmpio
Junior; e,
1 CD com Auto circunstanciado de interceptao telemtica
(emails) 16/2011 de Lenine, Deuselino e Carlos Cachoeira e subpastas com
anexos.
Apensos 07 DVDs:
a)
237
Imveis, Empresas
238
239
Disco 02 05 Apensos
- Apenso 02 volume 02 fl. 323 2008.
240
241
Lenine Arajo de Souza; Jos O.Q. Neto; Ananias; Eduardo Coreano Tae Sung
Kim; Willian Vitorino; Arnaldo Rubio Junior; Rubia Maria Figueiredo de Castro.
Disco 03 - 08 Apensos
- Apenso 01 vol. 06 fl. 123. udios e transcries; Apenso
02 vol. 01 fl. 66. Relatrio DPF encaminhado ao Juiz Federal Seo
Anpolis-GO; Apenso 02 vol. 01 fl. 113 udios e transcries diversas;
Apenso 02 vol. 01 fl. 113 udios e transcries diversas; Relatrio DPF
encaminhado ao Juiz Federal Seo Anpolis-GO; Apenso 02 vol. 01 fl. 113
Extratos ligaes telefnicas monitoradas. Extratos de nomes, CPF e endereos
investigados; Apenso 02 vol. 1 fl. 218 - Emails Cachoeira x Silvia, Olimpio e
Sebben, dados operadoras de telefonia, udios e transcries; relatrio DPF
encaminhado ao Juiz Federal Seo Anpolis-GO; Apenso 02 vol. 02 fl. 306 Email diversos; Apenso 02 vol. 04 fl. 955 - RA 003-09 OV DICINT-DIP-DPF;
Principais udios 07 a 23 maio/09; Principais udios 22 a 30/04/09 Vol.1; Todos
os udios 07 a 23/05/09 Vol. 1, Vol 2. e Vol. 3; Todos udios 22 a 30/04/09 Vol. 1,
Vol. 2 e Vol. 3; Relatrio Anlise 003-09 DPF 01.06.09 Alvos Paulo de Assis
Montalvo APF Montalvo, Ronaldo Mohn Filho Ronaldinho, Augustinho
Pereira Jnior Agustinho, Wu Kou Jui Sui, Eronias Ribeiro de Souza NIA,
Clarismar Rodrigues Mendona Kid, Marta de Oliveira Souza, Edigardo
Mendona Guimares Edigar, Ricardo Oliveira de Azevedo Deca, Luciene
Santana Vaz Lobo, Marmo Ramos Camargo Marminho, Thiago de Oliveira Alves,
Arnaldo de Oliveira Neto.
Disco 04
242
Disco 05
Apenso 01 Vol. 02 fl. 252 - Vol. 1 udios e transcries
maro de 2011; Apenso 01 Vol. 02 fls. 336 Vol. 1 udios e Degravaes;
Apenso 01 vol. 02 fl. 382 Vol. 1, udios; Apenso 01 vol. 02 fl. 425 vol. 1,
udios; Apenso 01 vol. 03 fl. 538 vol. 1 udios, Apenso 01 vol. 3 fl. 594
udios e Transcries; Apenso 01 vol. 4 fl. 775. Vol. 1 udios e Transcries;
Apenso 01 vol. 4 fl. 857 Vol. 1 udios e Transcries; Apenso 01 vol. 5
fl. 917 udios e Transcries; 04 Apensos 02 vol 1 Ofcios judiciais
encaminhados s operadoras de telefonia para que se proceda ao monitoramento;
Apenso 02 vol. 2 fl. 442 udios Totais Braslia (2008) e Goinia centenas
de udios e transcries de 05/10/08 a 21/10/08; Apenso 02 vol. 02 fl. 442
udios Relevantes Braslia 2008 vol. 1 udios e transcries, Vol. 2 udios e
transcries. Alvo Cachoeira, Vol. 3 udios e transcries 2008; Goinia
udios Relevantes Dezenas de udios e transcries; Media cautelar e quebra
de sigilo telefnico.
Disco 06
- Apenso 02 vol 2 fl. 323 Dezenas de udios 2008
Disco 07
243
244
245
Operao Vegas
Inqurito 3430 10 Discos e 01 Disco Apenso
Disco 01
Apenso 02 at Apenso 06 (12 pastas) de fl. 336 at fls 1237 - Dezenas
de udios e transcries.
Apenso 08 CCapa CD 01 a CD 04 - Ofcios judiciais de solicitao
de interceptao Operadoras de Telefonia.
Apenso 08 fl. 66 CD RIP 01 TOTAL at CD 04 Monitoramento
ligaes Cachoeira Dezenas de udios.
Apenso 08 fl. 113 CD 05 Extratos chamadas telefnicas.
Apenso 08 fl. 217 CD 01 a CD 04 udios e transcries diversas.
Apenso 09 fl. 306 CD E-mail Cachoeira e outros.
246
247
248
Disco 10 - Apenso 02 vol. 02 fl. 324 Interceptao telefnica, emails, relatrios policia federal Vegas 2008; Disco Apenso 1 Vol 4 fl. 857 udios e Transcries monitoramento telefnico de julho de 2011
249
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253
8 Emprodata Calltech
Concluses:
H correspondncia de valores e datas entre pagamentos listados no
Item 15 e dados do sigilo bancrios da Laser Press. Em 93 lanamentos, 49
tinham correspondncia de data e valor.
Despesas sem relao com atividade de uma empresa imobiliria foram
pagas pela Laser Press, tais como mensalidades escolares, vinho, lbum de
formatura, viagem a Cancun, personal trainer e faturas de gua e energia de uma
casa na SHIS QI 26, residncia em nome de Jos Olimpio de Queiroga Neto.
Meno a carro Diego indica que veculo de Diego Wanilton da Silva Queiroga
pode ter sido pago com recursos da Laser Press
9 Escritrio Lenine 1
LENINE ARAJO DE SOUZA j foi objeto dos RELATRIOS DE
ANLISE n 121/2011 e 20/2011 Operao Monte Carlo/SR/DPF/DF onde
consta grupo de pessoas voltado para a explorao de jogo de azar em parceria
com CARLINHOS CACHOEIRA.
10 Escritrio Lenine 2
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257
17 JR Prestadora de Servios
Arquivos de imagem digitalizados no pendrive apreendido esto
relacionados s empresas que seriam de fachada, fantasmas ou laranjas: JR
258
259
20 MZ Construtora
33 itens entre os quais documentos relativos a imveis, escrituras
pblicas de compra e venda, contratos de venda, recibos datados de 2011
260
recebidos por vrias pessoas pela fazenda Saco da Ema, em gua Fria de Gois,
certificados de registros de veculos.
21 Paulo Roberto e Thiago de Almeida Ramos
Entre os bens esto jias, propriedade rurais no Estado do Tocantins.
Na apreenso realizada na Mapa Construtora, foi encontrada Guia de Transporte
de Animais (documento de compra e venda de gado) em nome de Paulo
Cachoeira e Thiago Cachoeira (bens do filho se confundem com os do pai na
atividade rural).
Concluses:
Material evidencia alto grau dos investigados na hierarquia da
organizao criminosa; possuem cerca de 517 mquinas caa nqueis em Goinia
e adjacncias; controlam e exploram casas de jogos em Goinia, Catalo e
Uberlndia; uma concesso em Goinia para ARNALDO RUBIO JUNIOR, tambm
investigado, mas sob controle de Paulo Cachoeira, que presta contas ao chefe
Carlos Cachoeira.
261
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263
264
265
266
Concluses:
Relatrio destaca indcios de fraude a licitao, mas por no ser objeto
de investigao da Operao Monte Carlo (corrupo a servidores da segurana
pblica para manuteno de jogos de azar e crimes correlatos como lavagem de
dinheiro, contrabando, etc.) sugere apreciao futura deste material.
Contedo relatrios avulsos
1 - Informao Complementar ao Relatrio de Anlise 147 2011
IDEAL SEGURANA
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269
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271
272
273
274
e) cadeia de comando;
f) pluralidade de agentes;
g) compartimentao;
h) cdigos de honra;
i) controle territorial;
j) fins lucrativos.
Para a Agncia Brasileira de Inteligncia (ABIN) e o SISBIN (Sistema
Brasileiro de Inteligncia) a organizao criminosa a I] associao
estruturalmente organizada, II] caracterizada por certa hierarquia, III] diviso de
tarefas e IV] diversificao de reas de atuao, V] com o objetivo precpuo de
delinquir VI] como meio para obter lucro financeiro e, eventualmente, VII]
vantagens polticas e econmicas e VIII] o controle social. Ainda de acordo com os
responsveis pelas atividades de inteligncia no Brasil, as preocupaes da ABIN
e do SISBIN tangem ao fato de que as aes relativas s organizaes criminosas
podem transcender os limites territoriais do Estado, adquirindo dimenso e
capacidade para ameaar interesses e instituies nacionais.
Tais definies so bastante teis ao nosso propsito, pois consoante
se ver adiante, todos esses elementos esto presentes na organizao criminosa
chefiada por Carlos Cachoeira.
1.1 O Conceito de organizaes criminosas no ordenamento jurdico
brasileiro
As organizaes criminosas operam na ilegalidade, o que resulta em
modus operandi especfico e em caractersticas estruturais distintas das
organizaes econmicas legais. Entre as caractersticas esto a territorialidade; a
imposio do monoplio; a verticalizao de sua estrutura e a grande abrangncia
e controle de suas atividades (rgida hierarquia); estruturao da organizao
275
SILVA, Eduardo Arajo da, Crime Organizado: Procedimento Probatrio. 2 ed. So Paulo: Ed. Atlas,
So Paulo, 2009, p. 3-4
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Relatrio da CPI dos Bingos, p. 26-27. A CPI dos Bingos colacionou decises do Superior Tribunal de
Justia (STJ) que, antecipando a posio do Supremo Tribunal Federal, declararam a ilicitude da
explorao do bingo eletrnico (v. Relatrio da CPI dos Bingos, p. 35-41). O mesmo colegiado,
baseando-se em respostas a solicitaes feitas aos Tribunais de Justia, asseverou que, na maioria dos
pretrios estaduais, observava-se a orientao jurisprudencial do STJ. O TJ do Estado de Gois sonegou
CPI as informaes solicitadas. (Relatrio Final da CPI dos Bingos, p. 43)
292
do
Distrito
Federal,
STF
tambm
declarou
293
A Lei Estadual n 13.639/2009, foi modificada pela Lei n 13.762, de 22/11/2000, e pela Lei n 14.469,
de 16/07/2003.
294
295
296
297
em
nada
atendem
aos
princpios
norteadores
da
298
299
300
301
302
303
empresas
so
subsidirias
de
transnacionais
304
305
306
307
depoimento. quela CPI, entre outras coisas, Carlos Cachoeira afirmou que queria
implantar em todos os estados brasileiros o seu sistema de controle de loterias,
videoloterias e outros jogos processados pelo sistema on line real time, desde
que houvesse a devida previso legal; que procurou a Gtech para fechar parceria
para a explorao das loterias estaduais; e que defende a legalizao dos jogos
via concesso pblica e via processamento on-line real time, dado que facilita a
fiscalizao.
A CPI dos Bingos do Senado Federal colheu o depoimento de Carlos
Roberto Martins, bicheiro goiano que concorria com Carlos Cachoeira no controle
da jogatina em Gois. Como controlador da Gerplan, Carlos Cachoeira optou pela
empresa espanhola C&G Cirsa Corporation S.A no fornecimento de equipamentos,
em detrimento das mquinas dos Grupos Franco e Ortiz. Carlos Roberto Martins
declarou que conhecia Alejandro Ortiz h aproximadamente 30 anos e disse que
desconhecia seu envolvimento com as mfias italiana e espanhola. Informou que
fez uma parceria com ele no incio de 1998, em que ele forneceria alguns
equipamentos para serem colocados dentro do Estado de Gois. Ortiz foi um
grande fornecedor de mquinas na dcada de 1990. Carlos Roberto Martins
declarou ainda que Carlos Cachoeira queria ser um concorrente do senhor Ortiz.
O depoimento de Carlos Roberto Martins aponta e os fatos confirmam
que Carlos Cachoeira e o Grupo Ortiz passaram a seguir caminhos contrrios,
pois, num contexto em que duas empresas multinacionais tentavam ficar com o
contrato da Gerplan, Cachoeira optou pela Cirsa e no pela Recreativos Franco.
Como concessionrio pblico, Cachoeira passou a perseguir os negcios da
Recreativos Franco no Estado. As mquinas fornecidas pela Recreativos Franco
passaram, em alguns casos, a ser apreendidas pela fiscalizao do Estado.
Sobre os audaciosos planos de Carlos Cachoeira, Carlos Roberto
Martins declarou CPI dos Bingos:
308
309
310
311
312
At as pedras de
Demstenes
Torres,
em
seu
depoimento,
da
conduta
delinquente
pelos
dilogos
313
314
obsesso
por
alianas
negociais
com
315
em Gois, ento o contrato, como foi dito aqui, feito em 95 e prorrogado depois,
enquanto estava em pleno vigor, ele cobrava de mim e de outras autoridades a
atuao contra outros exploradores que eram naquele contexto considerados
ilegais, uma vez que ele detinha exclusividade da explorao.
Conforme mencionado pelo governador Marconi Perillo em seu
depoimento perante esta CPMI, colhido em 12 de junho de 2012, o Estado de
Gois promoveu inmeras aes policiais visando combater a atuao dos caanqueis ilegais.
O SR. MARCONI PERILLO Em 20 de fevereiro de 2004,
316
TCOs
2.570
mquinas
caa-nqueis
apreendidas.
Para se tornar o rei dos jogos em Gois, Carlos Cachoeira havia
vencido os obstculos: ganhar a concesso da Loteria do Estado de Gois (LEG),
o que se deu em 1995 por meio da empresa Gerplan, e legalizar os caa-nqueis,
ocorrido com a entrada em vigor da Lei Estadual n 13.639/2000, e expulsar a
Mfia Espanhola, principal fornecedor de mquinas e controlador do territrio.
Objetivamente, ento, o Estado de Gois conferiu a Carlos Cachoeira o
status de empresrio de jogos ao conceder-lhe a concesso para explorao dos
servios de loterias, aprovou uma lei casustica para conferir um verniz de
legalidade explorao dos caa-nqueis e assegurou ao contraventor o controle
do territrio dos jogos em Gois, por meio da represso policial aos seus
concorrentes, que atuavam margem da legalidade instituda pela Lei Estadual n
13.639/2000.
Carlos Cachoeira ganhou repercusso nacional, aps matria publicada
pela Revista poca, em 13 de fevereiro de 2004, acerca de vdeo gravado no ano
de 2002. Na gravao, Cachoeira aparece entregando dinheiro para o ento
presidente da Loterj, Waldomiro Diniz, que aparece na fita extorquindo o
contraventor.
317
318
fase avanada de ocorrer, Cachoeira fez fortes investidas no Paran, Minas Gerais
e no Rio de Janeiro.
No Paran, por meio da empresa Larami Diverses e Entretenimento,
Carlos Cachoeira venceu a licitao para concesso dos servios de loterias
organizado pela autarquia Servios de Loteria do Paran (SELOPAR), em 2001,
durante o mandato do ex-governador Jaime Lerner.
A licitao, porm, foi questionada pelo Ncleo de Represso a Crimes
Econmicos (NURCE) do Paran. Cachoeira foi acusado de fraudar o certame que
escolheu a Larami. Um dos indcios de fraude foi a incluso de novos scios na
empresa s vsperas da licitao. que, em maio de 2001, quando a empresa foi
criada pelo argentino Luis Carlos Ramirez e por Keila Gnutzman, seu capital social
era de R$ 5 mil. Menos de quatro meses depois, dias antes da licitao, Ramirez e
Keila deixaram a direo da Larami. Quem assumiu foi Carlos Cachoeira, por meio
de sua empresa Brazilian Games Partner Empreendimentos, e Roberto Srgio
Coppola, empresrio argentino que atua com jogos eletrnicos em vrios pases e
era dono da empresa Eletrochance, fabricante de mquinas caa-nqueis que tinha
uma sede no Paran. Com a alterao contratual, o capital da Larami saltou para
R$ 600 mil, aumentando 120 vezes o valor inicial registrado no contrato. Esta
alterao serviu para adaptar a empresa ao edital de licitao do Serlopar, que
exigia das empresas concorrentes um capital mnimo de R$ 500 mil.
A Larami utilizava o mesmo sistema usado pela Gerplan em Gois, qual
seja, o online real time. A investigao policial apontou fragilidades desse sistema,
com possibilidade de manipulao dos resultados, razo pela qual o Estado do
Paran rompeu o contrato com a empresa.
O contrato da SERLOPAR com a Larami, assinado em 2001, tinha
durao inicial de 5 anos. Mas em 2003, foram editados os Decretos n 1.046 e
1.047, por meio do qual o ento Governador Roberto Requio revogava os atos
319
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325
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330
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332
inconstitucionalidade
formal.
Em
torno
desses
333
334
Quanto CPI dos Bingos, embora o seu ponto de partida tenha sido a
relao Waldomiro Diniz/Cachoeira, a sua composio permitiu que as artilharias
se voltassem para objetivos muito claros: a desconstruo do PT como partido
tico e a derrubada do Ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o que se deu em
maro de 2006. Muitos at se reportavam a ela como a CPI do Fim do Mundo.
Sem embargo dessa assertiva, o Relatrio Final da CPI dos Bingos
avanou na revelao dos negcios escusos de Carlos Cachoeira ligados aos
jogos ilegais. Ademais, o Relatrio Final apresentou recomendao de
indiciamento de 37 pessoas fsicas e jurdicas, entre as quais Carlos Cachoeira,
como incurso no art. 332 do Cdigo Penal (trfico de influncia); no art. 92 da Lei
n 8.666/92 (crime contra o procedimento licitatrio), combinado com o art. 29 do
Cdigo Penal, e no art. 3, combinado com os arts. 10, inciso VIII, e 11, incisos I e
II, todos da Lei n 8.429/92 (improbidade administrativa). Entendeu a Comisso
que Carlos Cachoeira era chefe de uma organizao criminosa que explorava os
jogos ilegais e corrompia autoridades pblicas. O outro personagem central dessa
CPI, Waldomiro Diniz, foi indiciado pela prtica dos crimes de corrupo passiva
corrupo passiva (art. 317 do Cdigo Penal), crime contra o procedimento
licitatrio e improbidade administrativa.
4. De Bicheiro a Empresrio
4.1 Os cabeas da organizao criminosa voltada para jogos
A Denncia do Ministrio Pblico Federal e as investigaes realizadas
por esta CPMI levam-nos concluso de que a os cabeas da Organizao
Criminosa (ORGCRIM) na explorao de jogos ilegais eram Carlos Augusto de
Almeida Ramos (Carlos Cachoeira), Lenine Arajo de Souza, Geovani Pereira da
335
Silva, Gleyb Ferreira da Cruz, Idalberto Matias de Arajo (conhecido como Dad) e
Wladimir Garcez Henrique.
Carlos Cachoeira era o lder absoluto do grupo criminoso organizado, que
figurava no topo da cadeia de comando, sendo o mentor intelectual e o executor
direto dos atos criminosos. Em suas ALEGAES FINAIS, apresentada Juiz
Federal da 11 Vara Da Seo Judiciria do Estado de Gois, os Procuradores
DANIEL DE RESENDE SALGADO, LA BATISTA DE OLIVEIRA e MARCELO
RIBEIRO DE OLIVEIRA asseveram que:
Compulsando os autos, vislumbra-se que o mentor e artfice
do grupo criminoso organizado, cuja estrutura fora montada
para escudar a atividade espria dos jogos, chama-se
CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS, tambm
conhecido como CARLINHOS CACHOEIRA. Sob sua gide,
as tarefas ligadas atividade criminosa eram distribudas, a
coleta e repartio de recursos financeiros provenientes da
atividade espria eram efetivadas, a explorao dos pontos
de jogos de azar era autorizada, cooptao de servidores
pblicos eram efetivadas, meios de comunicao comuns
foram providenciados e coordenados (com o condo de
estorvar as atividades desenvolvidas por agentes de
persecuo criminal), as estratgias para manuteno das
atividades esprias eram traadas.
CARLINHOS CACHOEIRA, como lder absoluto do grupo
criminoso organizado, criou uma cadeia de comando
(compartimentao) de modo que o executor direto dos atos
criminosos, como ocorre nas organizaes criminosas
336
337
338
339
340
01357769000124);
00689738000108);
(CNPJ 01133485000154);
Veculos
antiga
Let
Laminados
Estruturados
341
342
invadido a capital federal aps a Operao Monte Carlo da Polcia Federal prender
Carlos Cachoeira e os prprios integrantes da Famlia Queiroga e, com isso,
enfraquecer a jogatina no Entorno do DF. Vrios pontos eram mantidos pelos
Queiroga no Distrito Federal: Sobradinho II, Ceilndia, Gama, Lago Norte e as
asas Sul e Norte.
4.2. Organograma da organizao criminosa de explorao dos
jogos ilegais
A Ao Penal n 135/2012, que ser tratada logo abaixo, foi gerada
pela DENNCIA realizada pelo Ministrio Pblico Federal em 19/03/2012 contra
79 6 pessoas relacionadas a seguir, entre as quais o chefe da quadrilha Carlos
Cachoeira. Com o objetivo de melhor apresentar a organizao criminosa
comandada dividimos os denunciados nos 11 grupos abaixo:
Quantidade de Descrio
Grupo
Integrantes
Carlos Cachoeira
Ncleo Principal
Funcionrio
de
Cachoeira
12
Donos de Cassino
Famlia Queiroga
6
7
6
Funcionrios
Diagrama
dos
Irmos Queiroga
Policia Militar/GO
4
27
Chefe
principal
da
organizao
criminosa
Os mais importantes da organizao e
diretamente ligadas a Carlo Cachoeira.
Exerciam atividades administrativas sob
o comando de Carlos Cachoeira.
Exploravam casa de jogos ilegais.
casas de jogos ilegais.
Exerciam atividades administrativas sob
Policiais,
sargentos
dentre
1
2
3
3
3
outras 4
Os denunciados esto numerados de 1 a 81, contudo ocorreu erro de excluso dos nmeros 62 e 63,
caindo portanto para 79 o total de denunciados.
343
Policia Civil/GO
regional
de
combate
ao
crime 5
Policia Federal
10 Policia Militar/DF
11
Parentes
um chefe de diviso.
2
do
Cachoeira
Total
Um sargento e um policial.
cunhado.
79
Grupo
Denunciado Funo
Atividade
Crimes
Crimes de Formao
Carlos
1.
CARLOS
CACHOEIRA
Almeida
Ramos
Criminosa
de
Quadrilha,
Violao
de
Sigilo
Funcional, Corrupo
Passiva,
Ativa,
Corrupo
Peculato,
Advocacia
Administrativa
344
Scio de Cachoeira
em diversas de suas
empreitadas,
auxiliando-o de forma
sistemtica e habitual
a dissimular ativos
2.
Ncleo
Principal
de Abreu
Delta
do
lder
da
Crime de Formao
de Quadrilha
organizao
criminosa, alm de se
utilizar
com
igual
ela
movimentados.
Responsvel
pelo
de
Operava
3.
Ncleo
Principal
Geovani
Pereira
Silva
da
Financeiro
do grupo.
Quadrilha,
de
Sigilo
estadual
e Passiva,
Corrupo
Advocacia
4.
Ncleo
Principal
Gleyb
Funcionrio
Ferreira da de
Cruz
Cachoeira.
na
explorao
de de
Quadrilha,
de
Sigilo
Ativa.
345
Um
dos
principais
responsveis
5.
Ncleo
Principal
Idalberto
Sargento da
Matias
de aeronutica
Arajo
da reserva.
obter
por
informaes
sigilosas de interesse
do grupo criminosos
especialmente
s
junto
foras
de
segurana pblica.
Brao
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva ,
Ativa e Violao de
Sigilo Funcional, com
prejuzo
administrao.
Operacional
6.
Ncleo
Principal
Lenine
Araujo
Souza
Funcionrio
de de
Cachoeira.
organismo
de Corrupo
Quadrilha,
Uruguai
Peculato
para Violao
organizar/comprar
Passiva,
de
a Funcional,
Sigilo
com
Ncleo
Principal
junto
a Crimes de Formao
Wladimir
Funcionrio
servidores
da de Quadrilha, violao
Garcez
de
Henrique
Cachoeira.
esfera
estadual
e Crimes de Corrupo
federal.
Passiva e Ativa.
Secretrio
de
Cachoeira,
8.
Funcionrio de
Cachoeira
Andre
Teixeira
Jorge
funcionrio
de
tarefas com a de
Cachoeira
entregar
valores
agentes pblicos e
movimentaes
Crime de Formao
de Quadrilha
346
financeiras conforme
determinao
integrantes
de
mais
graduados.
Servidor
pblico
9.
Funcionrio de
Cachoeira
Repassava
Anselmo
municipal,
Barbosa
cedido
ao
Camara
Frum
de
Valparaso/
Crimes de Formao
de
Sigilo
Funcional
GO.
Atuava
como
secretrio-auxiliar dos
membros
Antonio
10.
Funcionrio
Funcionrio de Valter
Cachoeira
Pereira
Silva
da
de
Cachoeira.
exploradores
dos
Crime de Formao
de Quadrilha
de
propina.
Era assessor direto do
Lenine Souza e um
dos responsveis pela
11.
Funcionrio de Cristiano
Cachoeira
Rufino
Funcionrio
de
Cachoeira.
Quadrilha,
347
interesses
da
organizao
criminosa.
Emprestou seu nome
sociedade de fato
relacionada
empresa
Ideal
Segurana,
constituda
entre
Cachoeira e outros,
praticando crime de
falsidade
12.
Funcionrio de
Cachoeira
Edson
Funcionrio
ideolgica
Coelho dos de
Santos
Comercial do Estado,
Cachoeira.
sobre
verdade
o
fato
juridicamente
relevante para efeitos
fiscais
administrativos.
Contratado
para
desmontar
13.
Funcionrio de
Cachoeira
Elionai
Torres
Arajo
Falso
de tcnico
Crimes de Formao
equipamentos
de apreendidos
informtica.
no
CIOPS
de
Aguas
Lindas,
retirar
os
bilheteiros, as placas
de
Quadrilha,
Peculato,
Corrupo
Passiva e Ativa.
348
para
desmontar
equipamentos
14.
Funcionrio de
Cachoeira
Jusslio
Falso
apreendidos
de CIOPS
informtica.
no
de
Lindas,
guas
retirar
os
bilheteiros, as placas
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Peculato,
Corrupo
Passiva e Ativa.
Borges,
controle
de
pagamento
de
vantagens esprias a
agentes de segurana
pblica, em especial
15.
Funcionrio de
Cachoeira
Luciana
Funcionrio
Bernadete
de
de Souza
Cachoeira
no
entorno
de
Braslia/DF, para a
manuteno
e/ou
proteo da atividade
ilegal do grupo. Alm
disso,
utilizou
conta-corrente
movimentar
sua
para
valores
esprios amealhados
pela
organizao
criminosa.
Silva
Geovani
enviou
Crime de Formao
de Quadrilha
349
montante de R$ 195
mil
em
recursos
ilcitos
entre
01/02/2006
29/04/2011.
16.
Funcionrio de
Cachoeira
Souza,
Vulgo
secretariando-o
Luismar
Grando,
ajudando-o
Borges
funcionrio
gerenciar pagamento
Pereira
de
de propina a agentes
Cachoeira
de segurana pblica,
em
especial
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Peculato,
Corrupo
Passiva e Ativa.
no
entorno do DF.
Principal responsvel
tcnica
pela
montagem
manuteno
das
mquinas
Rita
17.
Funcionrio de Cssia
Cachoeira
Moreira
Silva
de
caa-
criminoso
manuteno organizado
de
nqueis
como
velhas
utilizadas
peas
usadas,
para
ludibriar os agentes.
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Peculato,
Corrupo
Passiva e Ativa.
350
Auxiliava diretamente
Cachoeira,
sendo
responsvel
18.
Funcionrio de Rogrio
Cachoeira
cobrana de parcelas
Office boy
Diniz
pela
da explorao ilegal
Crime de Formao
de Quadrilha
do jogo, de casas
localizadas
em
Goinia/GO.
Auxiliava
19.
Auxiliar
Funcionrio de William
Cachoeira
de
Lenine
Vitorino
Lenine
Souza
na Crimes de Formao
administrao
e de
pagamento
Souza
Quadrilha,
de Corrupo
Passiva,
20.
Dono
cassinos
de
Andr
Luiz
Freitas
Pinheiro
Explorava
Dono
de de caa-nqueis de
cassinos
rua
21.
cassinos
de Jos
Sampaio
na
regio do
Crime de Formao
de Quadrilha
Entorno do DF.
Antonio
Dono
mquinas
Dono
de
cassinos
Explorava casa de
jogos
em
Valparaiso/GO.
Naziozeno
Explorava
Crime de Formao
de Quadrilha
diversos
cassinos na cidade de
Goinia/GO
22.
Dono
cassinos
de Arnaldo
Dono
de
auxlio
de
com
policiais Crime de Formao
pela
e
operacionalizao de
mquinas na capital e
351
regio,
bem
pela
como
intermediao
entre fornecedores e o
chefe da organizao.
scio de vrias
empresas.
Explorava casas de
jogos ilegais na regio
do entorno do DF e
23.
Dono
cassinos
de
estava subordinado a
Fernando
Csar
Silva
da
Dono
de Jose
cassinos
Olmpio
Queiroga,
tinha
prestar
quem
dever
de
contas
parte
do
repassar
Crime de Formao
de Quadrilha
faturamento.
Explorava diretamente
Harold
24.
Dono
cassinos
de Salvador
Ruiz
Dono
cassinos
Escobar
de
pagava de Quadrilha
propina
policiais
militares.
Gerenciava
diretamente um dos
pontos
Terezinha
25.
Dono
cassinos
controlados
de Francisca da Dono
Silva
Medeiros
de
cassinos
jogos
pelo
de grupo criminosos, no
entorno de Braslia,
repassando recursos
a Rosalvo Cruz e Jos
Olmpio
Queiroga.
Tambm responsvel
Crime de Formao
de Quadrilha
352
pelo pagamento de
propina
para
manuteno
a
e
segurana
do
negcio.
Gerenciava
diretamente um dos
pontos
de
jogos
controlados
grupo
pelo
criminosos,
repassando recursos
a Rosalvo Cruz e Jos
Olmpio
Queiroga.
Tambm responsvel
pelas
26.
Dono
cassinos
cassinos
leituras
de mquinas localizadas de
Quadrilha,
pelo Ativa
nos
pontos
dominados
pagamento
rotineiro
de propina para a
manuteno
segurana
e
do
negcio.
Integrava
27.
Famlia
Queiroga
Dutra
cassinos
a Crimes de Formao
de organizao criminosa de
explorando casa de Peculato,
caa-nqueis
Quadrilha,
Corrupo
e Passiva e Ativa.
353
pagando propina a
policiais
militares,
subordinado a Jos
Olmpio Queiroga.
Explorou diretamente
Francisco
28.
Famlia
Marcelo de Dono
Queiroga
Sousa
de
cassinos
Queiroga
com
irmos.
Utilizava
para
movimentar o dinheiro
arrecadado
pelos
jogos de azar, as
empresas Emprodata
Jos
29.
Famlia
Olmpio
Queiroga
Queiroga
de Dono
de
cassinos
Adm
de
Misano
Imveis,
Imp.
De
Veiculos,
Neto
MZ
Construtora, Calltech
Combustveis,
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa.
Laser
Press Tecnologia e
empresas de factoring
de Claudio Kratka.
Explorou diretamente
jogos ilegais na regio
do entorno do DF
30.
Famlia
Queiroga
Otoni
Olmpio
Junior
Dono
cassinos
de
juntamente
com
irmos. Responsvel
por
auxiliar
no
pagamento de propina
a
agentes
segurana pblica.
de
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Violao
de
Funcional.
Sigilo
354
Explorou diretamente
jogos ilegais na regio
Raimundo
31.
Famlia
Washington Dono
Queiroga
de
de
Sousa cassinos
Queiroga
do entorno do DF
juntamente
irmos.
com
Atuava
na
represso de cassinos
concorrente.
Substituiu
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo
Ativa,
Passiva,
Peculato
Crime de Violao de
Sigilo Funcional
Rosalvo
Cruz na contabilidade
de
Jos
Olmpio
Queiroga a partir de
janeiro
de
Auxiliava
no
recolhimento
Funcionrio da
32. Famlia
Queiroga
Elion Alves
Moreira
Financeiro
da
valores
2011.
dos
Queiroga
jogos (percentual de
cerca
de
repassando-os
25%),
parte
do
os irmos Queiroga,
Jose
Funcionrio
Ernesto
Nino
Farias
de
da
secretariando-os
Famlia ajudando-os
Queiroga
e Crime de Formao
a de Quadrilha
gerenciar pagamento
de vantagens esprias
a
agentes
de
355
segurana pblica, em
especial no entorno
de Braslia/DF, para
manuteno
e/ou
proteo da atividade
ilegal do grupo.
Era o responsvel, em
conjunto com Jos
Olmpio
Queiroga,
Financeiro
Simprini
do
Famlia
Cruz
Queiroga.
arrecadados
Quadrilha,
Funcionrio da
35. Famlia
Queiroga
lavava
dinheiro
Kratka
atravs
factoring
empresa de factoring
de para
promover
circulao
a
dos
recursos provenientes
da
explorao
jogos.
dos
Crime de Formao
de Quadrilha
356
Contribua na regio
de
36. PM/GO
Ado Alves
Pereira
deixando de atuar na
Policial
Militar
Valparaso/GO,
de
Gois
fazendo
Crime de Formao
de Quadrilha
segurana ostensiva
ou velada das casas
de jogos.
Esposa
do
PM
Francisco Miguel de
Souza,
37. PM/GO
Ana
Maria
da Silva
Policial
Militar
Gois
de
era
responsvel
pela
intermediao
com
Anselmo Barbosa da
Cmara, repassando
dinheiro
Crime de Formao
de Quadrilha
documentos entre os
membros
da
organizao
criminosa.
Auxiliava na regio do
Valparaiso/GO,
ora
deixando de atuar na
Andre
38. PM/GO
Pessanha
de Aguiar
Soldado da represso,
Polcia
fazendo
ora
segurana
Militar
do ostensiva ou velada
Gois
atuando
represso
concorrentes.
na
dos
Crime de Formao
de Quadrilha
357
Vulgo
Batmam, no
Antonil
39. PM/GO
Ferreira dos
Santos
policial
atuar
represso
na Crimes de Formao
na de Quadrilha
militar
Estado
de exploradoras
Gois.
das Ativa
atividades ilegais.
Um
dos
principais
aliciadores de outros
policiais
Policial
40. PM/GO
Antonio
Militar
do
de
Gois.
Fazia
militares.
cobertura
proteo ostensiva ou
velada
dos
estabelecimentos da
Crimes de Formao
de Quadrilha
Corrupo Passiva e
Ativa
organizao
criminosa.
Contribua
ora
deixando de atuar na
represso aos jogos
ilegais, ora realizando
segurana das casas
Policial
41. PM/GO
do
Cruvinel
de
Estado
Gois
pertencentes
quadrilha,
ora
reprimindo
as
atividades
dos
Crimes de Formao
de Quadrilha
Corrupo Passiva e
Ativa
concorrentes,
mediante
pagamento regular de
propina.
Deovandir
42. PM/GO
Frazo
Morais
Policial
de militar
Estado
Contribua
do deixando de atuar na de
Quadrilha,
358
Gois.
quadrilha,
ora
reprimindo
as
atividades
dos
concorrentes,
mediante
pagamento regular de
propina.
Sargento da
Edmar
43. PM/GO
Policia
Francisco
Militar
Dourado
Gois
Polcia
Rodrigues
dos Santos
Militar
Valparaso/GO
realizando segurana
ostensiva ou velada
de cassinos.
Sargento da
Emerson
44. PM/GO
de
Atuava na regio de
de
Gois
Valparaso/GO
de Militar
Souza
Gois
Corrupo Passiva e
Ativa
Crime de Formao
ostensiva ou velada
de cassinos.
o
responsvel
escala
de
Policial
Miguel
Quadrilha,
pela
45. PM/GO
de
Atuava na regio de
Era
Francisco
Crimes de Formao
de
prestarem segurana
s atividades ilcitas
da quadrilha e pelo
repasse
de
Crime de Formao
de
Corrupo
Quadrilha,
Ativa
Passiva, Violao de
Sigilo Funcional
informaes sigilosas.
Joo
46. PM/GO
de Vulgo
Deus
Pintado
Teixeira
Pinta,
ora de
Quadrilha,
359
Barbosa
Policial
Militar
Estado
de segurana s casas.
Gois.
Auxiliava na regio do
Sargento da
47. PM/GO
Militar
do
Gois
Valparaiso/GO,
ora
deixando de atuar na
represso,
fazendo
ora
segurana
ostensiva ou velada
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa
ora
deixando de atuar na
represso aos jogos
ilegais, ora realizando
Josemar
48. PM/GO
Caf
Policial
de
Matos
militar
do
Estado
de
Gois.
pertencentes
quadrilha,
ora
reprimindo
as
atividades
dos
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa
concorrentes,
mediante
pagamento regular de
propina.
Auxiliava na regio do
Jlio Csar
49. PM/GO
Guimares
Santos
Soldado da
Polcia
Militar
Gois
do
Valparaiso/GO,
ora
ora de Quadrilha
segurana
ostensiva ou velada
nas casas de jogos.
360
Fazia
escolta
valores
no
dos
arrecadados
bingo
por
Raimundo
Washington de Souza
Queiroga.
Responsvel
Delegado da
50. PM/GO
Militar
em
Luzinia/GO
escala
pela
de
policiais
militares
para
prestarem segurana
s atividades do jogo
de azar e repasse de
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa
informaes sigilosas.
Auxiliava deixando de
reprimir as atividades
51. PM/GO
Leonam
Soldado da da
Pereira
Polcia
realizando segurana
do ostensiva ou velada
Santos
Gois
quadrilha,
de
cassinos,
utilizando,
inclusive
Crime de Formao
de Quadrilha
viatura oficial.
Auxiliava deixando de
Leonardo
52. PM/GO
Jefferson
Rocha Lima
da
quadrilha,
Militar
do realizando segurana
Gois
ostensiva ou velada
Crime de Formao
de Quadrilha
de cassinos.
Luis Fabiano
53. PM/GO
Rodrigues
da Silva
reprimir as atividades
do da
quadrilha,
realizando segurana
Crime de Formao
de Quadrilha
361
ostensiva ou velada
de cassinos.
Auxiliava na regio de
Valparaiso/GO,
deixando de reprimir
Soldado da as
54. PM/GO
atividades
da
quadrilha, realizando
Militar
do segurana ostensiva
Gois
ou
velada
Crime de Formao
de Quadrilha
de
55. PM/GO
quadrilha,
Marcos
Aurlio
Polcia
ostensiva ou velada
Barbosa da Militar
Costa
do de
Gois
cassinos
Crime de Formao
de Quadrilha
repassando
informaes
sobre
operaes policiais na
regio.
56. PM/GO
Vulgo
Japons,
Coronel da os
rendimentos
Massatoshi
Polcia
Srgio
Militar
Katayama
Goinia/GO, movimentao
era
lquidos
em Em
2009
sua de
que os rendimentos
Quadrilha,
Corrupo Passiva.
362
Policiamento declarados.
da Capital.
Auxiliava na regio de
Valparaiso/GO,
deixando de reprimir
Soldado da as
57. PM/GO
Milton
atividades
da
Polcia
quadrilha, realizando
do segurana ostensiva
Gois
ou
velada
Crime de Formao
de Quadrilha
de
Teodorico
Polcia
segurana e deixava
Mendes
Militar
de de atuar na represso
Gois
Crime de Formao
de Quadrilha
Subcomand
ante do 5
Comando
59. PM/GO
Crimes de Formao
Repassava
Polcia
Militar
e relevantes sobre a
de atuao policial.
Luzinia/GO
de
Corrupo
Quadrilha,
Passiva,
Ativa e Violao de
Sigilo Funcional
.
Valdemir
60. PM/GO
Rodrigues
de Araujo
de
reprimir
Militar
do atividades
Gois
quadrilha,
as de
da Corrupo
ora Passiva.
Quadrilha,
Ativa
363
realizando segurana
ostensiva ou velada
de
cassinos,
ora
atuando na represso
aos concorrentes, ora
devolvendo mquinas
apreendidas.
Auxiliava ora deixando
de atuar na represso
aos jogos ilegais, ora
realizando segurana
ostensiva ou velada
Sargento da de
61. PM/GO
Polcia
Vanildo
Militar
Coelho
Gois
cassinos,
atuando
ora
no
de fechamento de casas
e concorrentes,
ora
participando
de
esquemas
de
devoluo
de
auxiliava
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa
materiais
regularmente
apreendidos.
Auxiliava ora deixando
Soldado da
Witer
62. PM/GO
Dantas
Costa
da
Polcia
Militar
Gois
do
de
reprimir
as
atividades
da Crime de Formao
quadrilha,
ora de Quadrilha
realizando segurana
ostensiva ou velada
de cassinos.
364
Delegado da
Polcia Civil
e
63. PC/GO
Aredes
Corregedor
Correia
Geral
Pires
Segurana
Atuava
repassando
informaes
da
Pblica
do
Estado
de
relevantes e sigilosas.
Utilizava um Nextel
habilitado em Maiami-
Crimes de Formao
de Quadrilha, violao
de Sigilo Funcional
EUA.
Gois.
Chamado de
"Neguinho",
era chefe da
64. PC/GO
Crimes de Formao
Deuselino
DRCOR
Valadares
Delegacia
dos Santos
Regional de Segurana.
Crimes de Corrupo
Combate ao
Passiva e Ativa.
na
empresa
Crime
Organizado.
Delegado da
Polcia Civil
em Gois e
trabalhou na Responsvel
Delegacia
65. PC/GO
pela
liberao
Hylo
Municipal de equipamentos
Marques
guas
Pereira
Lindas
apreendidos,
de
bem
Gois-GO,
quanto a interferncia
localizado
no
Centro
Integrado de
Segurana
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Peculato,
Corrupo
Passiva e Ativa.
365
Pblica
(CIOPS).
Jose
66. PC/GO
Luiz Delegado da
Martins
de Polcia Civil
Araujo
em Gois.
Ativa.
Atuava omitindo-se na
67. PC/GO
Marcelo
Zegaib
Mauad
em Gois
Cu Azul, regio do
Entorno.
68. PC/GO
Niteu
Delegado da
Chaves
Polcia Civil
Junior
em Gois
Atuava omitindo-se na
represso do jogo de
azar na regio do
Entorno.
Responsvel
para
pblica
69. PC/GO
lotada
Regina
de Delegacia
Melo
na
Regional de
Luzinia/GO
.
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa.
Crimes de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva.
pela
cooptao de policiais
Servidora
Sonia
Quadrilha,
atuar
na
Quadrilha,
Passiva,
pagamento
de propina algumas
vezes.
366
Auxiliava na subtrao
Agente
da e
desvio
de
Santos
Oliveira
lotado
na apreendidos
Delegacia
acautelados
e Crimes de Formao
no de
Quadrilha,
Cidade
de
Braslia,
Ocidental
especialmente Cidade
Ocidental e Luzinia.
71. PF
Recebia
Klein
Rodovirio
Fonseca
Federal
informaes sigilosas.
Chefe
da
Diviso
de
propina
Crime de Formao
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa
Servios
Gerais
da
Coordena
o
72. PF
Crimes de Formao
de Recebia
para de
Quadrilha,
Anderson
Administra
Aguiar
Drumond
da privilegiadas
Administra
o
administrao.
Logstica
Policial, na
PF
em
Braslia.
73. PF
Fernando
Antnio
PF
em obter
informaes de
Quadrilha,
367
Hereda
Anpolis.
sigilosas.
Violao
Byron Filho
de
Sigilo
Funcional, Corrupo
Passiva,
Corrupo
Ativa,
Advocacia
Administrativa
Atuava na regio de
Valparaso/GO,
ora
realizando segurana
ostensiva ou velada
Geraldo
Antonio
74. PM/DF
de
de Policial
Souza
cassinos
e/ou
pessoas
que
Militar do DF transportam
Lopes
valores
Crime de Formao
de Quadrilha
arrecadados com os
jogos, ora repassando
informaes sobre a
atuao da polcia na
regio.
Responsvel
Jairo Martins
75. PM/DF
de Souza
por
funcionamento
Militar do DF casas
esprias
das
de
jogos do grupo.
76.
Parente
Cachoeira
de
Adriano
Aprigio
Sousa
Ex cunhado
de de
Cachoeira
Marcos
77.
Parente
Cachoeira
de Antonio
Almeida
Ramos
Principal laranja ou
testa de ferro, clssica
formatao
Cachoeira
de
Quadrilha,
Corrupo Passiva e
Ativa.
Crime de Formao
de Quadrilha
dissimilao de ativos.
Auxiliava
de Irmo
de
Crimes de Formao
de cooptao
pagamento
na Crimes de Formao
e de
de Violao
Quadrilha,
de
Sigilo
368
policiais,
objetivo
com
de
o Passiva,
obter Ativa,
informaes
Corrupo
Advocacia
Administrativa.
privilegiadas
sobre
trabalhos policiais de
interesse do grupo.
Paulo
78.
Parente
Explorava
de Roberto de Irmo
Cachoeira
Almeida
Cachoeira
Ramos
mquinas
de de caa-nqueis em
Goinia, Anpolis e
Crime de Formao
de Quadrilha
Uberlndia/MG.
Explorava com seu
79.
Parente
Cachoeira
de
Thiago
Almeida
Ramos
de
nqueis em Goinia,
Anpolis
Uberlndia/MG.
Crime de Formao
de Quadrilha
369
DIAGRAMA 1
370
371
DIAGRAMA 2
372
DIAGRAMA 3
373
DIAGRAMA 4
374
DIAGRAMA 5
375
376
377
378
consider-la
praticamente
institucionalizada
em
379
municipais
bem
como
trabalhando
380
381
382
de 2012, explicou o incio das investigaes e as razes pelas quais o tema foi
transferido para o mbito federal:
As
investigaes
iniciaram-se
na
Comarca
de
383
Monte
Carlo,
primeira
Matheus
[Mella
representao
Rodrigues],
pedindo
384
condutas
do ex-Senador
385
Os denunciados esto numerados de 1 a 81, contudo ocorreu erro de excluso dos nmeros 62 e 63,
caindo portanto para 79 o total de denunciados.
386
distribuio
centralizada
dos
meios
de
387
388
389
390
391
contrainformao,
simplesmente
nada
392
393
aparece nos autos dos inquritos, passada pelo prprio Delegado Raul Alexandre
Marques Sousa ao Delegado Fernando Antnio Hereda Byron Filho membro da
organizao de Cachoeira no curso das investigaes.
Desse modo, tem-se que o celular-rdio Nextel doado por Carlos
Cachoeira aos agentes polticos, servidores pblicos e outros integrantes da
organizao era uma pea na engenharia do crime organizado, uma rede fechada
de comunicao utilizada para a prtica de crimes. De fato, alm de ser elemento
importante para apurao da prtica, em tese, de crime de quadrilha (art. 288,
Cdigo Penal), a ser corroborado na investigao em curso perante o STF, tal fato
configura evidente percepo de vantagem indevida pelos parlamentares, a
exemplo do ex-Senador Demstenes Torres e do deputado Carlos Alberto Lereia,
cuja vedao est expressa no art. 55, 1, da Constituio Federal de 1988.
Com efeito, a Operao Monte Carlo revelou que a organizao
criminosa comandada por Carlos Cachoeira possui estrutura e caractersticas
similar s de mfia. Nesse aspecto, diz a Procuradora da Repblica Lea Batista de
Oliveira:
A organizao possui diversas caractersticas
que nos fazem concluir que possui essa
caracterstica mafiosa. A principal o cdigo de
silncio orquestrado.
indiscutvel que o direito ao silncio individual,
direito
oriundo
do
princpio
da
no
literatura
especializada,
das
394
395
396
397
398
399
400
401
402
403
404
405
406
407
408
409
410
411
fornecidos pelo consrcio liderado pela Delta. Mas a CEI foi encerrada sob
argumento de falta de elementos a serem investigados.
As escutas telefnicas realizadas pela Polcia Federal, com autorizao
judicial, nos autos das Operaes Vegas e Monte Carlo, revelam que a instaurao
da CEI foi o fato que aproximou Carlos Cachoeira da Delta. Cachoeira e Cludio
Abreu j se conheciam h tempos. Falavam-se de vez em quando como amigos.
Em 2009, porm, Claudio Abreu recorreu a Carlos Cachoeira para assegurar que a
investigao da Cmara de Vereadores no prejudicasse os negcios da empresa.
No perodo compreendido entre 2 de abril de 2009 a 23 de maio de
2009, Carlos Cachoeira conversou diversas vezes com Claudio Dias Abreu. Os
dilogos, porm, tratam basicamente de aes para evitar que a CEI seja
instaurada, no havendo indcios de que os dois tivessem negcios em comum,
embora demonstrassem ter relao de amizade. As gravaes revelam que
Cachoeira no conhecia os Diretores da Delta Nacional. Em gravao de
12/05/2009 s 17h05min16, Cludio Abreu diz que quer apresent-los a
Cachoeira:
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
3@+CARLOSxCLAUDIO-FALAR PESSOALMENTE
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
159-111589-6
1591175026481
Dilogo:
CARLOS: Oi!
CLUDIO: Oi
CARLOS: Oi Claudio! Voc no liga no, rapaz.
412
DATA/HORA FINAL
DURAO
413
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
159-111589-6
1591175026481
RESUMO:
CLAUDIO FALA QUE EST COM OS DOIS CHEFES, PRA PASSAR
NO DEMSTENES ... 61 9938 7695
Cludio Abreu: Os dois chefes so Pacheco e Fernando. Vou apresentlos pro Marconi. Seria bom apresent-los pro Demstenes. Pede para
Carlinhos falar com Demstenes!
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
159-111589-6
1591175026481
RESUMO:
Cludio diz que est na mo de Carlinhos em relao instaurao da
CEI.
414
Delta gente nossa, 100% e que a empresa vai, vai ajudar mais a frente
queles que eram candidatos:
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
316010030816946
1591175026481
RESUMO
CARLOS FALA PRA MUDAR O DISCURSO, QUE ELE CANDIDATO,
QUE VAI AJUDAR NO FUTURO, QUE A EMPRESA (DELTA)
PARCEIRA.
CAPA PRETA + VEREADOR ESTO BATENDO PRA CACETE, BASTA
LIGAR PROS DOIS E PEDIR PRA NO BATER QUE GENTE
NOSSA.
DILOGO
CARLOS: melhor mudar o discurso a. , negcio da empresa. Ele
candidato. A empresa vai, vai ajudar mais na frente, entendeu? A ele
liga aqui pros dois e fala que parceira, p, a empresa, entendeu?
CHICO: T bom, ento. Na hora que eu...quando eu falar com ele eu
pego orientao melhor, n?
CARLOS: No moo, olha s. Aquela empresa que eu te falei, a DELTA.
daqui. Gente nossa, 100%. A o seguinte, o CAPA PRETA que o
amigo dele, daqui, mais o vereador, os dois mala pra cacete, e t
batendo aqui na empresa mais que tudo. Por qu? Porque a empresa t
ganhando tudo aqui, entendeu? A o seguinte, eles to batendo, ento
basta ele ligar pros dois a falar no bate no que gente nossa,
entendeu?
CHICO: Entendi
415
CARLOS: Fala para ele ligar hoje. A voc me fala. A ele (no
entendido...) dos dois a, t? Porque principalmente o vereador t
batendo pra cacete, mas o outro tambm, o KREBS
CHICO: T bom ento. Eu te ligo a, j
CARLOS: T bom, tchau.
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010030816946
316010030816229
316010030816229
RESUMO
CARLOS DIZ QUE TEM UM POTENCIAL GRANDE DEMAIS, A SEXTA
DO PAS, MAIOR QUE O CHARLES BRONSON. ENCONTRO DEPOIS
DAS 5 HORAS NA "CASA DELES" (HOTEL EM BSB)
CARLOS FALA QUE O ELIAS VAZ (PSOL) FICA BATENDO MUITO,
QUE VAI AJUDAR NA CAMPANHA
416
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
316010030803086
316010030803086
RESUMO
CLAUDIO DIZ QUE VAI PARA ANAPOLIS....CARLOS DIZ QUE VAI
SER UMA DAS MELHORES OPERAES DE NEGOCIO DA DELTA
COM O GRUPO CARLOS CACHOEIRA. CLUDIO PERGUNTA SE O
WLADIMIR J CHEGOU, POIS TEM QUE ENTREGAR UM NEGCIO
PARA WLADIMIR. CLAUDIO DIZ QUE AMANH VAI PARA RIO DE
MADRUGADA
Dilogo
CLUDIO:Fala fera
CARLOS: Oh moo. Foi voc me chamou. E ai?
CLUDIO: Foi eu que chamei? Chamei no, porra. Estava aqui no
telefone. Voc que me chamou.
CARLOS: Ento t, mais tarde eu vou ai.
417
418
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
1591175026481
159-111589-6
1591175026481
RESUMO
CLADIO PERGUNTA PELO COMPUTADOR. CARLOS RESPONDE
INFORMANDO QUE O ROGERIO ESTA VIAJANDO NO DIA 07 E
RETORNA NO DIA 15 ASSIM CLAUDIO TER O MELHOR
COMPUTADOR DA SUA VIDA. CLAUDIO DIZ QUE FOI VOANDO,
QUE JA ESTA CHEGANDO NA POLICIA RODOVIARIA, CARLOS DIZ
PARA ELE NO CORRER MUITO, POIS TEM MUITO COMPROMISSO
COM ELE, DEPOIS BATE... QUEM VAI FALAR QUE ELE(CARLOS)
SCIO.
DILOGO
CARLOS: Oi Cludio.
CLUDIO: Carlinhos
CARLOS: Fala!
CLUDIO: Onde vc est?
CARLOS: Estou aqui no colgio. Aqui na quadrilha.
CLUDIO: Est aonde?
CARLOS: Estou no colgio do meu menino aqui na quadrilha.
CLUDIO: Ah, rapaz. J estou no quilmetro 21, fica dentro do Distrito
Federal chegando em Braslia. Estou chegando aqui na Polcia
Rodoviria. E outra coisa aqui. ee. Cad o computador porra?
CARLOS: Cludio, voc vai ter o melhor computador que j teve na sua
vida meu filho. Voc que veio de Catalo (incompreensvel). No
compra computador no. O Rogrio est indo dia 07 agora. Daqui a uma
semana, dia 15 est aqui.
419
420
421
422
423
424
425
OF.378/PASTA 11
19/04/2011 - Carlinhos x Claudio
CONTEDO: Cludio est em Anpolis e diz o quanto a cidade est
bonita, faz referncia de antes e depois da Delta. Cludio fala: ainda
bem que voc dono de 45% da Delta e quis levar a Delta para l.
Carlinhos reclama do percentual pago, mas diz que vamos ver se no
futuro melhora.
(...)
CACHOEIRA: Cludio vamos se ater a questes de negcio, por favor.
Esses palavres (incompreensvel), por favor.
CLUDIO: OKKKK, Carliiiiinhooo. Carlinho, c pra ns, Anpolis est
ficando bonita pra caralho, bicho. Aquele lance da Delta e depois da
Delta, hein? caralho! Ainda bem que voc dono de 45% pra ter
trazido a Delta pra c, n?
CACHOEIRA: ...problema que o reembolso a foi ruim demais. Tirei o
que tinha colocado. Deixa pra l, Cludio. Vamos ver se no futuro
melhora.
426
427
sociedade oculta que saa o dinheiro para a compra de patrimnio pessoal, tanto
para Cludio Abreu, quanto para membros da OrgCrim, como veremos mais
adiante.
Importante notar que aproximadamente dois anos aps dilogo que
comprova a sociedade oculta e pessoal entre Carlos Cachoeira e Cludio Abreu,
ocorrido quando este estava dirigindo numa rodovia (2009), o chefe da
organizao criminosa possivelmente j conhecia os demais diretores da Delta. No
entanto, o quanto esses outros diretores sabiam ou, mais importante, participavam
das operaes da sociedade oculta s pode ser motivo de especulao, j que
no dispomos de informaes e dados adicionais sobre o assunto.
Temos de assinalar, contudo, que no encontramos registro de dilogos
diretos entre Cachoeira e outros membros da OrgCrim com diretores da Delta que
no Cludio Abreu e Heraldo Puccini, Diretor da Delta Sudeste, preso na Operao
Saint-Michel. Tampouco encontramos indcios de que tenha existido uma relao
comercial entre Carlos Cachoeira e Fernando Cavendish, presidente da Delta,
ainda que a empresa tenha confirmado que eles se conheciam. Ao que tudo indica,
as relaes entre a Delta e a OrgCrim eram sempre mediadas pela sociedade
oculta que existia entre Carlos Cachoeira e Cludio Abreu.
Na realidade, a sociedade oculta entre Carlos Cachoeira e Claudio
Abreu consentnea com o modus operandi da OrgCrim em anlise e com a
prtica das organizaes criminosas de um modo geral.
Como j verificado neste Relatrio, a OrgCrim sempre se organizou e
se estruturou com base em relaes familiares e pessoais e no domnio de seu
territrio. Com efeito, quais so os scios principais de Carlos Cachoeira? So, em
geral, familiares e amigos, ou ento pessoas e organizaes que atuam, sob sua
permisso, em seus territrios de domnio, como a suborganizao da famlia
Queiroga, por exemplo. H tambm as pessoas que esto sob a sua linha de
comando verticalizada na organizao criminosa.
428
429
430
431
no h e nem jamais houve convvio maior nem outra relao profissional entre
eles. Quanto a Cludio Abreu, a empresa diz que ele foi afastado em maro
justamente por causa das suspeitas levantadas pela operao da Polcia Federal.
Esta CPMI entende que pouco provvel que a sociedade entre Carlos
Cachoeira e Cludio Abreu no tivesse o aval da Direo Nacional da empresa.
Conforme se ver na Parte III, as transferncias realizadas pela Delta s empresas
fantasmas de Carlos Cachoeira eram de tal monta (R$ 86 milhes) que certamente
o Diretor Executivo da Delta, Carlos Pacheco, tinha conhecimento. O mesmo se
diga do Presidente da Delta, Fernando Cavendish.
frente da Delta desde 1995, Fernando Cavendish deu mostras de ser
um empresrio arrojado e dedicado aos negcios da companhia. Acompanhava
diretamente todos os empreendimentos da empresa, bem como sua administrao
financeira. Como presidente do Conselho de Administrao, tinha acesso a todos
os documentos da Delta, inclusive as informaes bancrias. Tudo indica que
sabia da sociedade entre a Delta e Carlos Cachoeira.
O dilogo captado em 31/01/2012, s 17h02min32, refora a tese de
que Fernando Cavendish tinha noo da sociedade entre Cludio Abreu e Carlos
Cachoeira, tanto que avisa a Cludio Abreu que Carlos Cachoeira estava sendo
investigado pela Polcia Federal. Cachoeira revela-se preocupado com a
informao, mas ressalta que seu nome no est em nenhum papel e nenhuma
assinatura:
31/01/2012 17h02min32 Carlinhos x Claudio
Cachoeira diz que est preocupado com o trem do Fernando e pergunta
onde ele est. Cludio diz que mandou um pin para eles conversarem e
saber onde ele (Fernando) est para se encontrarem. Carlinhos diz que
precisam conversar sobre o nome dele com a Delta. Carlinhos diz que
vai montar um escritrio naquele outro prdio para eles conversarem
pelo skype. Cludio diz para Carlinhos que ele esta em tanta coisa j
432
que esto junto. Carlinhos diz para sentarem e por no papel com a outra
empresa e diz que o nome dele vinculado com a Delta no est em
nenhum papel e nenhuma assinatura. Disse que vai se afastar do
escritrio da Delta e montar outro escritrio para desvincular. Cludio
pede para ele no tomar nenhuma providncia antes deles conversarem
e pede para ele assuntar sobre essa investigao. Cludio diz que est
com o Dad e que vai conversar com ele sobre o assunto.
Por todas essas razes, esta CPMI conclui que Cludio Pacheco e
Fernando Cavendish assentiram atuao de Carlos Cachoeira nos negcios
da Delta. Da porque recomenda ao Ministrio Pblico a investigao sobre
eventual participao de Cludio Pacheco na quadrilha chefiada por Carlos
Cachoeira. Relativamente a Fernando Cavendish, este relatrio dedicar um
captulo especfico na Parte das Vinculaes da Organizao Criminosa com
Agentes Privados.
6.2 A associao de Carlos Cachoeira com Rossine Aires Guimares
(Construtora Rio-Tocantins CRT)
Como dissemos, Carlos Cachoeira expandiu suas atividades delituosas
para alm dos jogos. Por meio da associao oculta com Cludio Dias Abreu,
Diretor Regional da empresa Delta Centro-Oeste, passou a ter uma atuao
destacada na rea de obras e servios pblicos. As operaes nesse setor, porm,
no se limitaram Delta. Carlos Cachoeira mantinha sociedade com outro
importante empresrio da regio Centro-Oeste, a saber Rossine Aires Guimares.
Residente em Araguana/TO, Rossine um conhecido como
empresrio e pecuarista, financiador de campanhas polticas e j foi denunciado
pelo Grupo de Atuao Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),
ncleo de Campinas/SP, por seu envolvimento em fraudes por meio das empresas
imobilirias que possui. Rossine Guimares possui sociedade em nove empresas:
433
a)
G10
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIRIOS
LTDA,
CNPJ
LTDA,
CNPJ
BPR
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIRIOS
CONSTRUTORA
AIRES
GUIMARES
LTDA,
CNPJ
Foi excludo da
sociedade em 03/11/2011.
Ressalta-se que Rossine scio de direito da empresa IDEAL
Segurana Ltda, que a Polcia Federal demonstrou no Relatrio de Anlise n
147/2011 da Operao Monte Carlo que Carlos Cachoeira scio de fato desta
empresa, juntamente com o delegado da Polcia Federal Deuselino Valadares dos
Santos e com o ex-Diretor da Delta Cludio Dias Abreu.
Da anlise das interceptaes telefnicas procedidas no curso da
Operao Monte Carlo verifica-se que existem 219 ligaes telefnicas, no perodo
434
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X GEOVANI(PLX) CONTABILIDADE
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
435
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027446986
316010027446986
RESUMO
CARLINHOS confirma depsito em Caixa Eletrnico (JOS MAURCIO
BERALDO) e solicita que GEOVANI deposite 10 mil na conta de
WLADIMIR referente a salrio sendo 5 do CLUDIO, 5 do ROSSINI e 5
dele (CARLINHOS) todo ms.
DILOGO
GEOVANI: o seguinte, eu j descobri o nmero aqui, mas deve ter
umas trezentas pessoas aqui, posso fazer no caixa eletrnico entra hoje
ainda na conta do cara?
CARLINHOS: pode, o negcio o seguinte, manda 10 mil a na conta
do WLADIMIR, porque o salrio dele que 5 do CLUDIO e 5 do
ROSSINI. Ta bom, ento todo ms 5 meu, 5 do CLUDIO e 5 do
ROSSINI.
WLADIMIR: Pois , a esses 10 eu vou descontar do CLUDIO? Oi?
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X CLAUDIO
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
436
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027459804
316010027445095
RESUMO
Empresa no Mato Grosso (ADQUIRIDA POR Carlinhos e Rossini)
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)*
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027449459
316010027445095
RESUMO
CARLINHOS pede para DEMOSTENES acompanhar ROSSINI no
IBAMA em BRASILIA amanh s 15h. DEMOSTENES diz que ir
acompanh-lo.
DILOGO
Cumprimentam-se.
CARLINHOS: O ROSSINI vai t a amanh. Ir com ele l no IBAMA.
DEMSTENES: Uai. Tranqilo!
CARLINHOS: Tentei falar com voc mais cedo.
437
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)* dxtx cdax
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
RESUMO
316010027449459
316010027445095
438
439
TELEFONE
NOME DO ALVO
6278123409
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
GLEYB X ROSSINI X RODRIGO
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
6278123409
316010027440567
6278123409
RESUMO
Conversam sobre pagamentos.
Gleyb diz que tem trs pagamentos de R$133.333,00 para o Rossine.
Gleyb diz que o ltimo o Rossine fez direto pela Janana.
Rodrigo diz que teria feito dois pagamentos.
Gleyb diz que teria que ver com Geovani quais pagamentos foram feitos
pelo Rossine e quais o Geovani pagou por ele.
(...)
Rossine faz algumas perguntas a Gleyb sobre os pagamentos e deixa
claro que no para pagar tudo.
Acertam de conversar depois pessoalmente.
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X WLADIMIR(PLX)
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
440
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
724009030214054
316010027445095
RESUMO
WLADIMIR
diz
que
combinou
com
ROSSINI
para
buscar
DEMSTENES em SO PAULO.
ATOX
GMDX
DILOGO
(...)
WLADIMIR: uai o meu deu problema aqui transmissor off, eu num sei o
qu que . Mas eu j conversei com o ROSSINI, tamo organizando j
com o ROSSINI sabe. Por que o (ininteligvel) num quer fazer, sem
autorizao do ATADE por que depois o ATADE num t... num chega
n. Ai eu j liguei pro DEMSTENES ... amanh, o ROSSINI j t
organizando ai eu pego ele l.
CARLINHOS: qual que o avio do ROSSINI?
WLADIMIR: um jatinho n, ele tem um que um jatinho que ele falou,
um King air.
CARLINHOS: um pequeno n?
WLADIMIR: ... ai eu peguei falei com ele, ele falou no, no preocupa
no que eu organizo. Por que t vindo ele e o GILMAR n, por que no
vai achar vo sabe.
CARLINHOS: no, ento tranquilo, tentar falar com ele ai.
WLADIMIR: Voc quer o telefone que o DEMSTES est falando, me
ligou de um outro nmero.
CARLINHOS: j me deu j. Antes dele ir me deu o nmero.
(ENCERRADA)
441
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X GLEYB@
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
6278123409
316010027445095
RESUMO
CARLINHOS pergunta a GLEYB se ele falou com ROSSINI sobre o
pagamento relativo a aquisio de terra em BRASLIA.
TELEFONE
NOME DO ALVO
6278123409
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
GLEYB X MARCELA@(CBX)
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
A
442
RESUMO
GLEYB passa o nmero do telefone do MATEUS da MN, relativo a
aquisio de rea em BRASLIA, para pegar o nmero da conta e
passar para a secretria de ROSSINI.
FAZENDA GAMA PAGAMENTOS
MARCELA TRABALHA NA PRYSLA SECRETARIA DE GLEYB
@#
DILOGO
A partir de 24"
GLEYB: Preciso mandar um email pro VIRGILIO, pro ROSSINE, pra
JANAINA, uma a conta da MN(?)
MARCELA: M de MARIA, N de navio.
GLEYB: Isso, M de MARIA e N de navio.
MARCELA: Ah. Pode falar a conta.
GLEYB: Deixa eu te dar o nmero aqui.
MARCELA: GLEYB tem que passar aqui pra pegar a conta de hoje. Ou
quer que manda por email?
GLEYB: MARCELA, 61
MARCELA: a conta.
GLEYB: . No, o telefone. 84005365.
MARCELA: A liga nesse nmero e pede a conta?
GLEYB: Isso, fala com o MATEUS. Fala: MATEUS, eu trabalho com o
GLEYB, e eu t precisando da conta da MN, t?
MARCELA: Ah, t OK. A eu pego essa conta e passo num email pra
JANAINA.
GLEYB: Isso, fala que isso pra fazer o...
Despedem-se
ENCERRADA
TELEFONE
NOME DO ALVO
443
6278123409
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
GLEYB X WLADIMIR(PLX) cdax
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
6278123409
316010027450381
6278123409
RESUMO
Conversam sobre o pagamento e registro da rea que CARLINHOS,
CLAUDIO e ROSSINI adquiriram em BRASLIA.
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027446986
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
GEOVANI X GLEYB @
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027446986
724009000784205
724009000784205
RESUMO
Falam sobre acerto de pagamentos com ROSSINI.
444
DILOGO
GLEYB: GEO?
GEOVANI: pronto! Cad o nmero da conta?
GLEYB: .... manda trinta na MN e outro vinte pra levar em dinheiro. o
ROSSINI no mandou o negcio no, falou que s pode mandar
amanh.
GEOVANI: voc perguntou ao chefe a esse negcio a, que ele falou
que "ns" que ia pagar?
GLEYB: falei, a ele falou: no, liga pro CLAUDIO. A eu fui e liguei pro
CLAUDIO e o CLAUDIO falou: no, t tudo certo. A eu liguei pro
ROSSINI: ROSSINI, como que t? Como que se tu falou que ia me
pagar? "No, porque eu j paguei trs". Eu falei: ento, tem a quarta
que t atrasada e a quinta vence depois de amanh! "Ah, ento eu vou
pagar amanh ento, porque hoje t meio complicado!" Eu falei: no tem
jeito hoje? "No, no tem". Eu falei: ah, t bom!
GEOVANI: ento falou, ento.
GLEYB: a eu divido pra (incompreensvel) e fica um pouco por pouco,
n? Foda, viu cara, foda!
GEOVANI: falou, vou mandar mandar l.
Fim do dilogo.
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X ROSSINI(PLX) MMRX
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
445
ALVO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027440567
316010027440567
RESUMO
Conversam sobre MARCELO MIRANDA, SENADOR. ROSSINI diz que
CARLINHOS tem bola de cristal. CARLINHOS diz que para falar pra
ele ligar para DEMSTENES, que foi ele quem falou com o homem l.
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X DENISE@
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027453876
316010027453876
RESUMO
DENISE pergunta o que faz sobre a transferncia da aeronave.
CARLINHOS orienta para que coloquem a data deste ano. DENISE diz
que vai mandar o documento com a assinatura de ROSSINI.
CARLINHOS pergunta sobre pagamentos.
TELEFONE
316010027445095
MONTE CARLO
NOME DO ALVO
CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS -
446
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X CLAUDIO(PLX) cdax
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027459804
316010027459804
RESUMO
CLAUDIO diz que falou para ROSSINI que CARLINHOS vai colocar a
CRT em tudo que lugar.
TELEFONE
NOME DO ALVO
6292085336
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
JANAINA X GLEYB@CGDC-IDSG
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
A
RESUMO
4 alterao da IDEAL 60% para a CRT
DILOGO
(...)
447
TELEFONE
316010027445095
NOME DO ALVO
CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS -
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X WLADMIR @
448
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027450381
316010027445095
RESUMO
WLADMIR disse ROSSINI est com telefone desligado e ROBERTO
COPOLLA dispensou WLADMIR pois foi para um churrasco com
LENINE.
TELEFONE
NOME DO ALVO
6293391661
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X CLAUDIO(PTX)@
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
A
RESUMO
CLAUDIO diz que est em CUIAB com ROSSINI para assinar
protocolo de inteno sobre loteamento (negcio em sociedade com
ROSSINI e CARLINHOS).
449
TELEFONE
NOME DO ALVO
6278123409
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
ENEY X GLEYB - IDEAL@CGDC-IDSG
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
6278123409
316010027456557
316010027456557
RESUMO
ENEY comenta que o ROSSINE t querendo sair da IDEAL. Diz que foi
falar com WLADIMIR mas ele falou que teria que falar com GLEYB.
GLEYB pergunta ento o que ele quer fazer, inclusive teve uma
proposta de emprstimo pra ele fazer.
DILOGO
(...)
ENEY: o seguinte, sobre aquela... sobre a IDEAL, o ROSSINE t
querendo sair do negcio entendeu? A eu falei com... fui falar at com o
WLADMIR, ele falou no ENEY, isso a tem que ver com o GLEYB que
ele que t a frente dessa... dessa negociao a, e ... o ROSSINE t
querendo sair que num t... num tem tempo de... verificar as coisa e t
precisando dedicar mais a outras coisas dele a e tal, ento t...
GLEYB: certo, e... o qu que ele quer fazer?por que tem at uma
proposta de um emprstimo pra ele l, que fizeram, mandaram fazer.
450
(encerrada)
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X ROSSINI
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027440567
316010027445095
RESUMO
COMBINAM DE SE ENCONTRAR NA DELTA E FALAM SOBRE UMA
PESSOA DA RECEITA FEDERAL QUE CARLOS CACHOEIRA FICOU
DE APRESENTAR PARA ROSSINE
TELEFONE
NOME DO ALVO
316010027445309
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
GLEYB X ROSSINI (DEUSELINO)@@@
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
451
ALVO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445309
316010027440567
316010027445309
DILOGO
ROSSINI: o GLEYB
GLEYB: Oi Rossini
ROSSINI: Em Gleyb
GLEYB: Oi C t me ouvindo?
ROSSINI: Tem que soltar o Srgio Leo. Falar pro DEUSELINO soltarr
o Sergio Leao . Prenderam ele.
GLEYB: Prenderam ele aonde?
ROSSINI: L na Policia Federal u, pegou l no mutirama
GLEYB: Ligar. Ele viajou ontem onze horas ele foi pra Palmas. Deixa eu
achar ele aqui pera ai , calma ai.
ROSSINI: Eu t com o Carlinho aqui na Delta
GLEYB: eu to aqui tambem
ROSSINI: ah ? (..)c ta vindo aqui ?
GLEYB: to aqui deixa eu ir ai na sala
ROSSINI: tao t
Encerrada
452
453
NOME DO ALVO
316010027445095
MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTRIO
CARLINHOS X CLAUDIO(PLX) FAZENDA GAMA
DATA/HORA INICIAL
DATA/HORA FINAL
DURAO
INTERLOCUTOR
ORIGEM DA LIGAO
TIPO
316010027445095
316010027459804
316010027459804
454
RESUMO
Referem-se a contrato de risco realizado em sociedade CARLOS
CACHOEIRA, ROSSINI GUIMARAES, CLAUDIO ABREU. compram
parte da FAZENDA GAMA, para tentar regulari-la perante aos orgaos
pblicos do DF. Expansao urbana/ Area Nobre no DF.
FAZENDA GAMA
DILOGO
cdax
CLAUDIO:carlinhos outra coisa
CARLOS: fala Claudio
CLAUDIO: outra coisa, ai ficou combinado com o Mateus, que ele pediu
pra mim aqui pra nao falar com o cara amanha nem sexta , que ele falou
que at sexta feira sai o GEOREFERENCIAMENTO. Entao ele pediu
pra marcar segunda porque ai ele j ta com o papel na mao e ele leva o
georeferenciamento. C entendeu?
CARLOS: eu pensei nisso ai. Esse Geo Vai adiantar muita coisa viu?
CLAUDIO: ele falou pra mim, ele falou num fala nada , .... porque eu
nunca falei que estava fazendo o Georeferenciamento. Entao ele falou
assim o..... Me poe entao pra falar com o cara , mas espera sair o
Georeferenciamento. Ai eu ia bota amanha ou na sexta ,.... ele faou
assim tem jeito de ser na segunda? ai eu falei.... porque? porque sexta
ele ta pegando o Georeferenciamento, entao fala.... ai c marca
esse negcio. Ai eu falei , entao t bom . Ai o Gleyb vem pra c , eu
apresentei o cara pro Gleyb, n? eu fao a ponte pra eles se
encontrarem e marca na segunda feira.
CARLOS:.. eu acho que isso mesmo . Beleza claudio
(....)
01:25
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MPE.
http://www.portalct.com.br/politica/2012/10/27/49472-
cpi-do-cachoeira-deve-apreciar-requerimentos-a-partir-dequarta-entre-eles-estao-pedido-de-inquerito)
A sociedade com mantida entre Carlos Cachoeira e Rossine Aires
Guimars revela que Cachoeira queria expandir seus negcios e influncia no
mundo das obras e servios pblicos. As construtoras Delta e CRT eram os
principais instrumentos dessa estratgia.
Como restar demonstrado nesse relatrio, Carlos Cacheira
comandava uma OrgCrim com tentculos no Poder Pblico, em agentes privados e
nos meios de comunicao. Claudio Dias Abreu e Rossine Aires Guimares eram
os dois principais agentes privados a integrar a quadrilha de Carlos Cachoeira.
As sociedades mantidas por Carlos Cachoeira, Cludio Abreu e
Rossine Guimaraes mais uma evidncia de que a atuao da OrgCrim era
essencialmente circunscrita Regio Centro Oeste, com destaque para o estado
de Gois, ou seja, o territrio de domnio da organizao criminosa. Era l que
Carlos Cachoeira tinha fora econmica e poltica para disponibilizar sociedade
oculta sua influncia junto a governos estaduais e municipais. A nica exceo
significativa a essa concentrao geogrfica parece ser o estado de Tocantins que,
embora esteja hoje formalmente na Regio Norte, j fez parte de Gois.
6.3. A Operao Saint-Michel da Polcia Civil do DF
As relaes entre a Delta e a OrgCrim de Carlos Cachoeira foram
objeto da Operao Saint-Michel, realizada pelo Ministrio Pblico do Distrito
Federal e Territrios, por meio de seu Ncleo de Combate s Organizaes
Criminosas (NCOC), em conjunto com a Polcia Civil do Distrito Federal.
A operao, deflagrada em 25 de abril de 2012, realizou o cumprimento
de mandados de priso preventiva e mandados de busca e apreenso contra
462
463
Valdir dos Reis era funcionrio do GDF, botando, inclusive, s vezes, exassessor etc. Ento, na verdade, ele no funcionrio GDF. Ele foi
funcionrio no governo passado. Eu demiti, no primeiro dia do meu
governo, todos os contratados comissionados do governo passado. De
tal maneira...
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) De quem V. Ex falando?
O SR. AGNELO QUEIROZ De Valdir dos Reis, que foi a pessoa
contratada pela organizao para fazer esse lobby junto Secretaria de
Transportes. Portanto, no teve xito a ao dele, no teve nenhum...
hoje, s tem um servidor nosso, dessa operao, que foi arrolado como
testemunha, que esse Milton a que estou me referindo. Mesmo assim,
instalamos a investigao. Mesmo assim, instalamos a investigao, e
est em curso neste momento, para apurar o envolvimento de qualquer
servidor.
Quero ler a declarao: Declaro, para os devidos fins, que o Sr. Valdir
dos Reis, CPF..., filho de Francisco dos Reis e Maria Barbosa, nunca
ocupou nenhum cargo em comisso neste governo [no nosso governo] e
no servidor efetivo do quadro de pessoal do GDF.. Portanto...
Isso da Secretaria de Administrao, assinado pela Secretaria de
Administrao do Governo do Distrito Federal.
Ento, no h xito da ofensiva que foi feita e no h, obviamente,
nenhuma omisso nossa, porque estou tomando todas as medidas. Se,
porventura, detectado qualquer envolvimento de servidor, ter o rigor da
lei na aplicao das penas.
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) A Operao Saint-Michel revelou
que Valdir dos Reis era funcionrio da Secretaria de Planejamento do
DF Ele teria recebido da Delta cinquenta mil reais e outras parcelas de
dez mil reais para elaborar o edital que direcionaria o contrato de
bilhetagem eletrnica do DF para a Delta. O que V. Ex tem a dizer
sobre isso?
O SR. AGNELO QUEIROZ Primeiro, que ele no servidor. Eu vou
passar s mos de V. Ex essa declarao em que eu falei...
464
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) V. Ex deu a declarao. Mas ele foi
servidor da Secretaria de Planejamento no passado?
O SR. AGNELO QUEIROZ No passado. No governo passado. Ele saiu
do Governo do Distrito Federal no dia 1 de janeiro de 2011, no primeiro
dia da minha gesto. Ento, no tem envolvimento desse, no
servidora essa pessoa.
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Agora, preciso perguntar para o
senhor, especificamente, em relao ao edital que o Sr. Valdir fez, que
seria o edital a ser publicado, divulgado. Inclusive, esse edital estaria em
computadores que foram apreendidos na Operao Saint-Michel. Esse
edital foi divulgado? esse o edital que est na praa?
O SR. AGNELO QUEIROZ No. o oposto. O que foi ventilado, que
fazia parte dessa articulao...
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Oposto por qu?
O SR. AGNELO QUEIROZ Porque o que est na praa hoje, a partir
de outubro do ano passado que a consulta pblica, tem bases
diferentes do que estava na pretenso do Sr. Valdir e de quem estava
por trs dele.
Da operao San Michel de que eu tenho conhecimento que ontem foi
entregue a esta CPI e ns tambm vamos tomar conhecimento de
qualquer outra coisa que tenha relao com a operao San Michel.
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Na operao San Michel h
informao de que o Secretrio de Transportes do Distrito Federal Jos
Walter Vasques Filho teria recebido em reunio Claudio Abreu e
diversos outros colaboradores da Delta. Essa reunio teria ocorrido em
janeiro de 2012 e o tema tratado teria sido exatamente a bilhetagem
eletrnica. V. Ex tem conhecimento dessa reunio e de quais assuntos
foram tratados?
O SR. AGNELO QUEIROZ Depois da divulgao perguntei ao
Secretrio Jos Walter, que foi muito claro que no houve essa reunio
em janeiro nesse perodo. Ele havia se encontrado em uma audincia no
meio do ano passado, em julho ou junho de 2011.
465
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Governador, outro fato curioso que
os dilogos gravados pela Polcia Federal revelam que aps essa
reunio, o Diretor Administrativo e Financeiro do Dftrans, Milton Martins
de Lima Junior, teria viajado para Goinia, onde teria encontrado o
Gleybe, um dos principais colaboradores de Cachoeira. O tema do
encontro, bvio, seria o tema da bilhetagem. V. Ex tem conhecimento
dessa viagem? Por que uma questo do DF seria tratada l em Goinia?
O SR. AGNELO QUEIROZ No tenho conhecimento dessa viagem.
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Depois da operao San Michel,
que providncia V. Ex tomou com relao ao caso, em relao inclusive
ao Secretrio dos Transportes, em relao ao Presidente do Dftrans, se
eles foram afastados, se no foram e se foram por qu?
O SR. AGNELO QUEIROZ Com relao ao primeiro, operao, ns
abrimos inqurito que est em curso. Com relao ao Secretrio e ao
Diretor do Dftrans no encontramos nenhum tipo de ato ou ao que
possa favorecer uma empresa nesse caso. Pelo contrrio. O que
constatamos foi que a atitude deles foi oposta pretenso das pessoas
que queriam participar da licitao da bilhetagem eletrnica e tratou com
absoluta transparncia, o edital est em consulta pblica. Enfim, no h
motivo em absoluto, no h nenhum tipo de relao ou de ligao que
coloque em cheque a atitude do Secretrio de Transporte nem do
Presidente do Dftrans.
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Para quem ?
No, so R$4 milhes porque estou interessado etc.
para campanha poltica?
No, no, d para mim R$4 milhoes.
Olha, na minha vida empresarial, conheo todas as grandes empresas
deste Pas. Conheo todos os presidentes de empresas deste Pas e
nunca vi, nunca vi nenhum empresrio j fui 20 anos empresrio
fazer oficialmente alguma contribuio para campanha sem consultar
diretamente quem de direito: o candidato. Mas eu, Paulo Souza, com
uma, quem sabe, simpatia total, pedi R$4 millhoes, como se no fosse
nada, e o empresrio falou:
Vou lhe entregar, venha c, meu querido, leva R$4 milhes. Para
quem ?
No vou dizer, vou para casa.
Eu atribuo m-f, eu atribuo tudo de injria com relao minha frase:
No deixe um lder ferido na estrada a troco de nada. a ingratido
que eu recebi de pessoas que nunca me viram na vida, que nunca me
cumprimentaram, e a mim simplesmente me restava um clamor, porque,
na verdade, o Senado e a Cmara do meu Pas esto dando ao lder
ferido, pela primeira vez, o direito de vir aqui e comprovar. Eu no saio
desta Casa sem entregar todos os documentos, todos, exatamente
todos os documentos comprobatrios do que eu falar. No h uma fala
minha que no tenha aqui um documento. Eu pedi a Deus para ser
convocado por esta CPI, porque acho que os incompetentes devem
continuar com medo de mim, porque aqui estou. E essa frase para
todos aqueles que foram ingratos. A ingratido humana...Que arma eu
tenho contra a ingratido? Eu fui demitido oito dias aps entregar as trs
maiores obras do Pas, com um detalhe: em 34 meses. No conheo, no
Brasil, similar. Nunca antes, neste Pas, ningum realizou, em 34
meses, trs obras do porte do Rodoanel a mais difcil na minha
opinio, ao contrrio do que muita gente pensa, da Marginal Tiet,
Jacu Pssego e Tamoios, num espao de 34 meses. Evidentemente, eu
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478
E, mais adiante:
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA O que ocorreu? Qual o
desentendimento com o Tribunal de Contas da Unio? O Tribunal de
Contas da Unio achava que uma obra a preo global deveria ser
solucionada da seguinte maneira: servio que a empreiteira fizesse a
maior, por conta dela. A menor, devolvia ao Errio. Qual a minha
postura? Dessa forma, no. Lucro ou prejuzo por conta da empresa. Se
custar 20% a mais, problema teu. Se voc for Alemanha, trouxer uma
forma, e eu aprovei como Diretor de Engenharia, e economizar 30%,
parabns. Na alegria, na tristeza, na sade, na doena.
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483
Paulo Vieira Souza tambm foi questionado pelo Sr. Deputado Federal
Rubens Bueno (PPS-PR) sobre investigao em curso no Ministrio Pblico de
So Paulo, tendo respondido conforme a transcrio que se segue:
O SR. RUBENS BUENO (PPSPR) Sr. Paulo Vieira de Souza, o
Ministrio Pblico de So reabriu, no ltimo dia 2 de maio, uma
investigao percorrendo os contratos que o Governo fez com a Delta
Construo. E esta Comisso Parlamentar Mista de Inqurito comeou
em virtude das graves denncias que envolviam o Sr. Carlos Cachoeira
e o mundo do crime em que ele participava e participa. Participa tanto
que continua dentro da priso da Papuda a emitir ordens para o jogo
aqui em volta de Braslia, a poucos quilmetros o Planalto, do
Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Esta investigao,
esse inqurito civil, foi pedido pelos Deputados Joo Paulo Rillo, Adriano
Diogo e nio Tatto, do PT de So Paulo, deputados estaduais. Eles
pedem apurao porque diz neste pedido que a Delta teria tido ampliada
a execuo da sua obra em R$1,750 bilho, tendo um aumento do valor
inicial de 75%. Da o Ministrio Pblico ter reaberto esse inqurito civil
para investigar esses contratos. Fala, inclusive, do senhor, fala do Sr.
Delson Jos Amador, fala dos lotes, dos valores. Eu queria que o senhor
pudesse aqui esclarecer esta investigao que agora o Ministrio
Pblico de So Paulo est fazendo.
O SR. PAULO VIEIRA DE SOUZA Eu agradeo, Deputado. Eu
gostaria de fazer uma colocao ao senhor. Primeiramente, eu queria j
deixar aqui na CPI a minha resposta 24 horas aps essas declaraes
dos jornais, na qual esclareo ao Ministrio Pblico essa colocao do
aditivo de 75%. Os Deputados do PT tm razo com relao ao aditivo
de 75%, porm no convnio. Quem autorizado pela lei a fazer
484
485
E mais adiante:
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Eu no recordo, no lembro. Eu at
posso nominar os diretores da Delta que tratavam comigo.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Isso ajuda.
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT O Diretor Presidente, Sr. Fernando
Cavendish; o Diretor do Centro-Oeste, Cludio Abreu; o Diretor da
Norte-Nordeste, que me parece se chama Alosio; e um representante,
que ficava em Braslia, denominado Xavier. Esses eram os elementos,
os membros da Delta que compareciam ao DNIT nas audincias.
486
O SR. ODAIR CUNHA (PT MG) Ento, por que o Sr. Carlos
Cachoeira... Pelos udios, ficou evidenciado, por exemplo, que, no dia 7
de julho de 2011, em dilogo entre Cludio e Carlos Cachoeira...
Cludio: Carlinhos, que saudade de receber um chamado seu, amigo!
Carlos Cachoeira: A, caiu Pagot, caiu Juquinha, caiu todo mundo.
Cludio (risos): Falei que seu amigo mais forte que Alden 40, uai.
Eu indago ao senhor: por que eles comemoravam a queda do senhor da
Presidncia do DNIT? O senhor atribui isso a qu?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Primeiro, fiquei extremamente
estarrecido com o afastamento e, depois, com a exonerao. Ento, j
foi um episdio amargo na minha vida. Posteriormente, algum tempo
depois, quando eu comeava a me restabelecer, quando eu comeava a
trabalhar novamente na iniciativa privada, passando um perodo triste,
em que eu me sentia verdadeiramente um morto vivo, um fantasma,
tenho essa brutal notcia de que um compl liderado por um
contraventor e um agente de uma empresa tinham sido os responsveis
pela reportagem que gerou o afastamento e, posteriormente, a
exonerao. Fiquei realmente estarrecido.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Sim, mas o senhor atribui
a qual motivo o desejo do Sr. Cludio Dias Abreu, comparsa do Sr.
Carlos Augusto Ramos? Por que eles queriam derrubar o senhor da
Presidncia do DNIT, na sua opinio?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Acredito que era pela atuao que eu
vinha tenho no DNIT. Eu no dava vida boa a nenhuma empresa, a
nenhuma empreiteira, a nenhum prestador de servio. Eu era muito
exigente, chamava constantemente as empresas, os consrcios. Muitas
vezes, as obras eram em uma determinada rodovia. Eu chamava todos
e exigia a correta execuo de obras, a manuteno dos cronogramas
e, especialmente, no ano de 2010, primeiro trimestre de 2010, vnhamos
tendo alguns problemas com a Delta com relao execuo de obras,
ainda em vrios processos que foram levantados pelo TCU, pelos
levantamentos feitos pela rede de controle. O que rede de controle?
o sistema que o Governo Federal colocou em funcionamento, a partir do
487
488
489
que ele me convidou para um jantar em que estava ele com a esposa.
Eu compareci a esse jantar. Certo? No havia mais ningum. Em 2010.
Conversamos sobre pescaria no Mato Grosso. Ele me confidenciou, na
oportunidade, que tinha intenes de mudar para o PMDB. Eu ouvi.
Depois, conversamos sobre... Ele me relatou a sua experincia sobre
vinho, me relatou a sua experincia sobre vinhos. Foi um jantar bastante
agradvel. E eu acredito que ele tenha feito esse jantar porque
aconteceu um episdio, Relator...
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Isso em 2010?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Em 2010. Aconteceu um episdio...Por
que eu acredito que ele me convidou para esse jantar? Porque
aconteceu um episdio, no Congresso Nacional. Eu era o primeiro
suplente do Senador Jayme Campos, Senador do Mato Grosso. Sendo
o primeiro suplente, numa determinada oportunidade, o Senador Jayme
Campos precisou, por motivos particulares, se ausentar, se afastar do
cargo de Senador. A eu fiquei num dilema se eu renunciava o DNIT
eu praticamente estava comeando um trabalho e assumia o Senado
a eu teria sido colega de muitos aqui ou se eu continuava no DNIT
e, obviamente, tinha que renunciar o meu papel de Senador, ou a
possibilidade de ser Senador. Eu no tive um minuto de dvida sobre
isso. Eu tinha sido convidado pelo Presidente Lula para tocar o DNIT,
estava comeando um trabalho que me encantava, estava conseguindo
fazer com que as obras viessem para a praa. Eu tinha passado por
todo um priplo para chegar ao DNIT: durante 5 meses, tive percorrendo
os corredores do Senado, sabatina, posteriormente votao, e avaliei
que era importante, sim, ser Senador, mas, naquele momento, era muito
mais importante continuar no DNIT. Pedi ao meu Procurador-Geral, Dr.
Fbio Duarte, que fizesse a minha carta de renncia e, quando ele
preencheu a carta de renncia, em vez de colocar a palavra renncia,
colocou a palavra abdicar. Certo? Eu assinei, encaminhei ao
Presidente Jos Sarney, Presidente do Senado, e, quando foi lido em
plenrio, o Senador Demstenes Torres me esculhambou, literalmente
me esculhambou, dizendo quem eu pensava que era, se eu pensava
490
que era rei por colocar aquela expresso abdicar. Antes disso, eu
havia tido um relacionamento razovel com ele. Ele sempre foi um
cidado muito fechado, mas cumprimentava, atendia alguma ligao e
no tinha nenhum tipo de admoestidade, mas, depois disso, eu notei
que ele ficou parece furioso comigo. E eu acredito que esse jantar
de 2010 era um jantar para restabelecer relaes comigo, certo?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Depois das eleies. Posteriormente,
j em 2011, em fevereiro, ele me convidou de novo para um jantar. E eu,
na semana em que ele me convidou, at no pude ir, estava viajando
para a Bahia. Viajei para a Bahia para vistoriar a obra que acessa o
Porto de Salvador. E a: Senador, eu no vou poder ir. Est marcada
uma audincia. Eu tenho que ir. E, posteriormente, foi agendado o
jantar. Ento, eu fui casa dele. Para minha surpresa, nesse jantar...
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Quem estava l?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Alm dele, estavam l vrios diretores
da Delta, diretores, assessores da diretoria.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) O senhor pode nominar
os diretores?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Posso nominar. Estava o Fernando
Cavendish, estava o Cludio Abreu, estava o Xavier e mais um diretor.
Agora me falha um pouco a memria, eu no tenho certeza se l estava
o Pacheco ou Alosio. At no tinha nenhum conhecimento maior com
esse outro...Eu no lembro se era...Eu acho que era o Pacheco e no o
Alosio, mas, enfim, com certeza, estava Fernando Cavendish, Cludio
Abreu e Xavier.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) E o motivo da pauta do
jantar?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Foi um jantar, de novo, em que foi
conversado sobre vinhos, foi conversado sobre o desenvolvimento do
Brasil. O Senador me perguntou vrias vezes se ia ter dinheiro,
efetivamente, para executar todas as obras que estavam programadas
no PAC PAC 1, PAC 2, insistiu com essa pergunta. Terminou o jantar,
ele me convidou para uma sala reservada apenas ele e eu numa sala
491
Luiz Antnio Pagot disse que conheceu Paulo Vieira de Souza e relatou
aos Parlamentares as circunstncias desses contatos:
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Se o senhor conhece, em
que circunstncias conheceu e j vou fazer a outra pergunta
tambm e se ele lhe fez algum pedido ou que assunto tratou com o
senhor o Sr. Paulo Vieira de Souza.
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT O Sr. Paulo Vieira de Souza eu
conheci como Diretor da Delta e eu Diretor do DNIT.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) Da Dersa.
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Desculpe-me, da Dersa, e eu Diretor
do DNIT. Eu o conheci no gabinete do Ministro Alfredo Nascimento,
quando estava sendo tratado o assunto do novo convnio que seria
firmado com o Governo do Estado de So Paulo e o Ministrio dos
Transportes.
492
uma
manifestao
isso,
sobre
necessidade
do
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495
o aditivo, uma vez que era uma obra de empreitada global. O TAC,
desculpe-me.
O SR. RELATOR (ODAIR CUNHA. PTMG) O senhor sabia, foi
advertido, como o senhor disse em entrevista revista Isto, que
poderia haver desvios de recursos pblicos nesse termo aditivo e que
esses recursos seriam destinados para campanhas eleitorais?
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Isso foi, isso foi, assim...Ns tnhamos
j negado o aditivo. Posteriormente, quase no final de 2010, algum, eu
estava almoando no Francisco, uma das poucas vezes em que fui
almoar no Francisco, e um conhecido meu, que trabalha em uma
empresa, ele disse: Pagot, cuidado com esse aditivo. Esse aditivo tem
uma finalidade de contribuir para as campanhas do Serra, do Alckmin e
do Kassab. Foi exatamente esta frase que ele usou, certo? Eu relatei
esse fato ao reprter. E ao relatar o fato ao reprter, eu disse para ele:
Isto uma conversa de bbado. Isto uma conversa de botequim. Isto
uma conversa que no se pode provar. Mas eu s estou te mostrando
a insistncia que muitas vezes tem com determinados atos e o que
realmente esses atos podem gerar l na frente. Essa foi a observao
que eu fiz ao reprter. Posteriormente, na reportagem, o reprter usou
as palavras que ele quis e no as que eu disse.
496
497
O SR. LUIZ ANTNIO PAGOT Primeiro, vamos nos ater aos aditivos.
Qualquer aditivo superior a 25% j ilegal, qualquer aditivo. Neste
perodo em que fiquei no DNIT, de 03 de outubro de 2007 at o final de
julho de 2011, s teve um aditivo, um nico aditivo no DNIT que foi
superior a 25%. Foi um aditivo de 73%, um aditivo qualitativo, que foi
aprovado pelo Tribunal de Contas da Unio, no tnel Morro Alto, na BR101, no Rio Grande do Sul. Esse clculo de aditivos que o senhor tem
em mos me parece ser um clculo inexato. Qualquer aditivo superior a
25%, ns respondemos tanto ao CGU como ao TCU tanto ao CGU
como ao TCU. Ento, no existe a possibilidade de termos aditivos
superiores a 25%. O que precisa se analisar, muitas vezes, em
determinadas obras, que voc tem um aditivo em funo da prpria
obra em si e a correo anual que feita nas obras por lei, de acordo
com a Lei n 8.666, que se refere ao ndice de inflao. Muitas vezes,
quando se faz uma conta, se pega o aditivo que a obra teve e soma com
as correes anuais e, a, se diz: olha, o aditivo foi superior a 25%.
Existe a correo anual do valor das obras e existem os aditivos. E os
aditivos no podem ser superiores a 25%. E isso ns cumprimos,
porque, se em algum momento, ns no cumprimos aditivos.
498
499
contribuir. Disse saber que algumas das empresas contriburam legalmente para
campanhas. Tambm disse ter recebido pedidos semelhantes de outros
candidatos a governador em 2010, mas negou ter colaborado com campanhas
nesses Estados.
As investigaes realizadas por esta CPMI no foram conclusivas
relativamente participao de Carlos Cachoeira em empreendimentos
conduzidos por Heraldo Puccini Neto, na regio Sudeste. O que se sabe, e
isso restou comprovado pela Operao Saint-Michel, que Heraldo Puccini
Neto integrou a quadrilha que tentou fraudar a licitao para bilhetagem de
nibus no DFTrans. Os trabalhos realizados por esta CPMI no identificou
eventual participao de Paulo Vieira de Souza e Luiz Antonio Pagot na
OrgCrim de Carlos Cachoeira.
De todo modo, dada importncia do tema e volume expressivo de
recursos pblicos envolvidos nos temas debatidos, este Relatrio recomenda que
sejam encaminhados ao Ministrio Pblico os depoimentos e demais provas
produzidas para eventual desdobramento das investigaes.
500
501
502
oferta de bens e servios ilegais tais como jogos, apostas, produo e trfico de
drogas ilegais, lavagem de dinheiro, falsificao, contrabando, corrupo etc.
Tal oferta de bens e servios ilegais tem como contrapartida bvia a
existncia de uma demanda que pode ser suprida. Pois bem, a existncia de tal
demanda e a possibilidade de satisfaz-la com uma oferta continuada e especfica
o ponto fulcral que diferencia, na teoria econmica relativa organizao
criminosa, o crime comum do crime organizado.
Nos casos do crime comum, como um assalto, por exemplo, obtmse vantagens ou lucros com base na distribuio forada de recursos j existentes.
No caso do crime organizado, porm, a sua base econmica e financeira se
sustenta na existncia de uma demanda espontnea por bens e servios que s
pode ser satisfeita por uma oferta ilegal. H, dessa forma, muitos bens e servios
que so ofertados por organizaes criminosas, como drogas, prostituio, jogos e
apostas ilegais, proteo contra concorrncia, etc., em condies econmicas que
no se distinguem, em essncia, de bens e servios oferecidos de modo legal.
Assim sendo, a estruturao e a atuao de organizaes criminosas
esto sujeita s mesmas leis bsicas que regem o funcionamento de organizaes
econmicas legais. A oferta e a demanda funcionam impessoalmente,
independentemente da legalidade ou ilegalidade dos mercados. H, contudo, a
diferena crucial de que as organizaes criminosas operam na ilegalidade, o que
resulta em modus operandi especfico e em caractersticas estruturais distintas.
O fato de que a organizao criminosa opera para satisfazer uma
demanda espontnea existente significa que ela pode sofrer concorrncia em
vrias frentes. Ao mesmo tempo, preciso considerar que, por se desenvolver na
ilegalidade, a organizao criminosa obviamente no pode se valer de regras
503
504
505
a da produo e trfico de drogas, por exemplo. A droga, que tem uma demanda
bastante inelstica, propicia muito a constituio desses grandes oligoplios do
crime organizado.
No entanto, o domnio do territrio e a consequente imposio do
monoplio, bem como a eventual cartelizao de suas atividades, impem
desafios administrativos e logsticos que a organizao criminosa precisa
enfrentar.
Esses desafios administrativos e logsticos que a organizao
criminosa precisa enfrentar, somados incerteza e ao grande risco a que ela est
sujeita, impem uma terceira caracterstica da organizao criminosa: a
verticalizao de sua estrutura e a grande abrangncia e controle de suas
atividades. Com efeito, a organizao criminosa necessita estruturar-se com base
numa rgida hierarquia e em frrea disciplina para manter o controle de suas
atividades e assegurar a defesa de seu territrio. Mas no apenas isso. A
verticalizao e a abrangncia so tambm imprescindveis para assegurar dois
importantes benefcios para a organizao criminosa: a internalizao dos custos
e benefcios e a obteno de economias de escala na proviso e produo de
atividades ilegais.
A Nova Economia Institucional (NEI), desenvolvida principalmente
por Oliver Willianson e Ronald Coase, lana mais luzes sobre essa caracterstica
das organizaes criminosas.
De acordo com esse relativamente novo ramo da cincia econmica,
as organizaes econmicas atuam no apenas para produz bens e servios para
os consumidores, mas tambm como uma estrutura de governana que busca
economizar sobre os custos de transao. Entre esses custos de transao esto
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507
508
509
510
Felia Allum e Renate Siebert (org) in Organized Crime and the Challenge to Democracy, 2003.
511
512
513
i.
Territorialidade.
A organizao criminosa em anlise surgiu e se desenvolveu a partir
ii.
514
515
iii.
Diversificao de Atividades
CARLOS CACHOEIRA comeou como bicheiro, mas sempre teve
iv.
Recurso Corrupo
A organizao criminosa objeto da nossa investigao uma
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titular se vinculava. Esse CCS no servia, portanto, como fonte de informao para
a equipe de investigao.
Assim, um novo CCS foi solicitado, e as informaes requeridas
foram apresentadas. Contudo, a alterao demandou um tempo incompatvel com
a celeridade dos trabalhos da CPMI, prejudicando o andamento das investigaes.
Dessa forma, recomenda-se que haja uma padronizao de envio dos CCS e que
sejam sempre remetidos com o mximo de informaes existentes, visto que, com
o afastamento do sigilo bancrio, no h bice ao fornecimento de todos os dados
elencados no CCS.
Ainda assim, no novo formato enviado pelo BACEN (Banco Central
do Brasil) foram identificados pontos duvidosos quanto identificao dos tipos de
vnculos existentes entre pessoas fsicas e jurdicas, razo pela qual foi
estabelecido que a informao constante do relatrio de anlise seria apenas a de
Vinculo CCS, ou seja, no foi identificado se procurador, cotitular, representante
ou responsvel.
Mais grave ainda, foram identificadas duas contas bancrias no
Banco Cooperativo Sicredi S.A. em nome de empresas fantasmas (G & C
CONSTRUES E INCORPORAES e MIRANDA E SILVA CONSTRUES E
TERRAPLANAGEM LTDA.), que no constavam nesse cadastro. Desse modo,
somente durante as anlises financeiras das contas de outros investigados foi
possvel identific-las, o que prejudicou, e muito, o andamento das investigaes.
Segundo o stio oficial do BACEN, as instituies participantes do
sistema financeiro nacional (bancos comerciais, mltiplos, de investimento e as
caixas econmicas) so obrigadas a alimentar o CCS. Porm, o banco
mencionado acima seria um Sistema de Crdito Cooperativo Sicredi, e no
estaria obrigado, pelas normas atuais, a alimentar o cadastro. Destarte,
recomenda-se que as demais instituies financeiras no contempladas pela
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530
531
DIAGRAMA - Exemplo
532
533
3.1
534
NOME EMPRESA
AMERICAN CENTER BINGO LTDA.
GOIAS - GAME DIVERSOES ELETRONICAS LTDA.
IMPERADOR DIVERSOES LTDA. ME
PLANETA CATARINENSE SERVICO DE ATIVIDADE LOTERICA LTDA.
ME
PLANETA CENTER DIVERSOES ELETRONICA LTDA.
ROYAL PALACE DIVERSOES LTDA. ME
STAR GAME COMERCIO IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA.
BET CAPITAL LTDA.
BET CO. LTD.
BET DO BRASIL - SERVICOS DE INFORMATICA LTDA.
CONSORCIO COMBRALOG
JOQUEI EMPREENDIMENTOS E EVENTOS LTDA.
N.K. NEW KINGDOM COMERCIO IMPORTACAO E EXPORTACAO
LTDA.
PICO DO BRASIL INFORMATICA LTDA.
TECLOGIC TECNOLOGIA ELETRONICA LTDA.
TECO DO BRASIL INFORMATICA LTDA.
BOLDT S/A
BRASIL IND E COM DE MAQUINAS RECREATIVAS LTDA.
BRAZILIAN GAMING PARTNERS PARTICIPACAO, ADMINISTRACAO
E EMPREENDIMENTOS LTDA.
CORPORE SERVICES LTDA.
ELECTRO CHANCE DO BRASIL INDUSTRIA DE MAQUINAS LTDA.
FOZ GAMES DIVERSOES ELETRONICAS LTDA.
GERPLAN GERENCIAMENTO E PLANEJAMENTO LTDA.
GRF JOGOS ELETRONICOS LTDA.
INTERNACIONAL GAMES, IMPORTACAO, EXPORTACAO,
COMERCIO E SERVICOS LTDA.
JOGOBRAS DO BRASIL LTDA.
KDX SERVIOS S/C LTDA.
LARAMI DIVERSOES E ENTRETENIMENTOS LTDA.
LOGISBRA DO BRASIL LTDA.
SETA COMERCIAL IMPORTAO E EXPORTAO LTDA.
ANTARES ADMINISTRAO E PARTICIPAO LTDA.
CALLTECH COMBUSTVEIS E SERVIOS LTDA.
EMPRODATA ADMINISTRACAO DE IMOVEIS E INFORMATICA
LTDA.
LASER PRESS EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.
MISANO INDSTRIA, COM. IMP. E EXPORTAO VEICULOS LTDA.
MZ CONSTRUTORA LTDA.
ABURA DIVERSOES E ENTRETENIMENTOS LTDA. EPP
AMERICAN DATA EQUIPAMENTOS ELETRONICOS LTDA.-ME
AMERICANA AUTORAMA COMERCIO DE BRINQUEDOS LTDA.-ME
ATHENS IND E COM EQUIPAMENTOS ELETRONICOS LTDA.
B.J. COMERCIO E MANUTENCAO DE EQUIPAMENTOS ELETRO
ELETRONICOS LTDA. ME
BARRA BINGO PROMOCOES E EVENTOS LTDA.
BF EXPLORACAO DE ATIVIDADES LOTERICAS LTDA.
BIG FLOP DIVERSOES ELETRONICAS LTDA. EPP
BIG POINT DIVERSOES ELETRONICAS LTDA.
BIGTECH EMPREENDIMENTOS ELETRONICOS LTDA.
BINGO ARARUAMA PARTICIPACOES PROMOCOES E EVENTOS
LTDA.
BINGO TERESOPOLIS LTDA.
BORA BINGO I - ADMINISTRACAO E COMERCIO LTDA.
BPR ADMINISTRADORA DE SERVICOS LTDA.
BRASMATIC DISTRIBUIDORA DE RECREATIVOS LTDA.
BRINCA BRASIL COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA.
BSP COMERCIO E SERVICOS LTDA.
CALDAS GAMES DIVERSOES ELETRONICAS LTDA.
CLUBE RECREATIVO DE TEXAS HOMDEM DE ANAPOLIS LTDA. ME
UF
GO
GO
GO
SITUAO
BAIXADA
BAIXADA
SUSPENSA
DATA
06/11/2007
25/09/2007
17/04/2008
DIAG.
1
1
1
SC
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14/03/2007
GO
GO
SP
GO
DF
SP
RJ
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BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
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18/09/2003
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1
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SP
EX
GO
BAIXADA
BAIXADA
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BAIXADA
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31/10/2009
30/09/2005
XX
31/12/2008
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GO BAIXADA
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PR
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ATIVA
BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
03/11/2005
03/11/2005
03/10/2000
05/10/2007
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3
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SP
ATIVA
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SP
PR
PR
SP
SP
DF
DF
ATIVA
BAIXADA
ATIVA
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ATIVA
ATIVA
ATIVA
03/11/2005
27/09/2010
03/11/2005
03/11/2005
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18/10/2003
3
3
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4
4
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DF
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SP
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ATIVA
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03/11/2005
03/11/2005
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02/04/2008
03/11/2005
15/06/2010
03/11/2005
4
4
4
-
DF
ATIVA
03/11/2005
RJ
SC
SC
GO
SC
SUSPENSA
BAIXADA
ATIVA
BAIXADA
ATIVA
05/07/2007
01/12/2008
03/11/2005
31/12/2008
03/11/2005
RJ
BAIXADA
22/03/2007
RJ
RJ
PR
SC
RJ
SP
GO
GO
ATIVA
SUSPENSA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
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28/08/2004
19/10/1999
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31/12/2008
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05597326000161
01719235000109
02697400000123
03150411000151
07231856000117
08312052000105
02678216000136
05993105000102
11336532000110
04067160000109
04707455000100
04356506000199
07701903000149
07877739000125
15149410000176
04859098000198
08686093000161
04070121000160
08302413000132
05200411000144
03532051000152
08383660000100
05203915000118
05038836000107
04768564000120
04911093000167
03208935000156
04806328000150
04522572000191
07476687000185
02981596000183
00291754000148
13327299000135
05631088000163
05768921000112
05869411000131
04724036000179
02883226000103
02530600000197
02737563000192
02751472000101
03830913000123
04662072000155
03604263000106
05091214000134
07870871000105
04788577000160
07043381000135
02859785000188
03832772000188
26628040000176
08685291000100
07139465000177
02190138000126
03525715000156
04475545000105
00617884000128
04720700000101
03647779000120
08715354000124
02593850000176
03/11/2005
21/03/1997
03/11/2005
03/11/2005
26/03/2009
15/09/2006
03/11/2005
14/11/2003
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07/03/2005
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12/10/2002
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17/08/2001
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02/02/2006
03/11/2005
21/10/2004
03/11/2005
18/05/2000
03/11/2005
08/12/2008
18/11/2005
16/07/2005
03/11/2005
07/03/2005
24/05/1995
01/06/2007
08/02/2000
01/12/2008
15/07/2004
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05777696000180
04408781000109
05232782000108
13330634000154
03157623000160
08676878000153
11309875000196
05156091000172
04373512000154
08686086000160
07382428000195
05005859000107
03828396000158
03681829000195
02156333000130
08684841000177
SC
RJ
RJ
BA
ATIVA
SUSPENSA
ATIVA
ATIVA
14/07/2003
05/07/2007
05/08/2002
31/12/2004
MG ATIVA
03/11/2005
SC
SC
GO
MG
SC
RJ
BAIXADA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
BAIXADA
BAIXADA
15/01/2009
13/11/2009
05/06/2004
03/04/2001
01/12/2008
31/07/2006
RJ
BAIXADA
22/10/2004
RJ
GO
RJ
SC
NULA
ATIVA
ATIVA
BAIXADA
17/05/2000
06/02/2004
27/08/2005
03/12/2008
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EX
1
1
TOTAL
36
31
23
17
10
8
3
1
1
1
1
132
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
-
19
Ativas
18
Baixadas
15
13
13
9
8
5
4 4
GO
SC
RJ
SP
DF
PR
MG
BA
CE
RS
- -
EX
538
539
540
Diagrama CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS LENINE ARAJO DE SOUZA TAE SUNG KIM
541
IMPORTAO
EXPORTAO
LTDA.
JOQUEI
542
Figura - Empresas no Exterior MAURO BARTOLOMEU SEBBEN TAE SUNG KIM Outros
543
544
LTDA.
como
scio
(ex)
da
GERPLAN
545
546
547
548
549
550
551
os jogos j haviam sido proibidos em definitivo no Brasil. Essa estratgia era, como
disseram os interlocutores de Lenine, o nico caminho.
A ORGCRIM pretendia, por conseguinte, abandonar parcialmente
seu territrio fsico em GOIS, que j havia sido terceirizado em algumas reas
para a Famlia QUEIROGA e o grupo dos Rubio, e entrar no territrio virtual da
internet para dominar os jogos no Brasil. No entanto, mesmo na ocupao desse
territrio virtual, que no pode ser objeto de domnio monopolista, a ORGCRIM
manteve a caracterstica da pessoalidade das relaes, como se ver adiante.
A tentativa de estabelecer uma base de jogos no exterior revela uma
teia de relaes internacionais da ORGCRIM que merece, sem dvida, novas
investigaes.
A esse respeito, cabe considerar que a CPMI recebeu informaes
do Banco Central sobre operaes de cmbio feitas por algumas empresas e
indivduos investigados. Com base nessas informaes, foi produzido um relatrio
especfico, que apresentamos mais frente..
Continuando a nossa anlise da ORGCRIM, abaixo demonstrado o
diagrama evidenciando os vnculos entre CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA
RAMOS e a FAMLIA QUEIROGA:
552
553
554
555
JR
PRESTADORA
DE
SERVIOS,
CONSTRUTORA
INCORPORADORA LTDA.;
2. Vnculos Societrios
DIVERSES LTDA. o coreano TAE SUNG KIM, o qual aparece como scio (ex)
de vrias outras empresas ligadas a CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS
(apontado no Diagrama 02).
A
empresa
ALBERTO
&
PANTOJA
CONSTRUES
556
557
RAIS
CNPJ
NOME
SITUAO
DATA
ENDEREO
05881476000100
ATIVA
18/09/2003
05932018000145
ATIVA
03/11/2005
01357769000124
ATIVA
18/10/2003
04117642000126
ATIVA
30/09/2005
39309141000126
ATIVA
03/11/2005
09025997000109
ATIVA
02/07/2007
04495785000171
ATIVA
03/11/2005
05490814000175
CONSORCIO COMBRALOG
ATIVA
23/01/2002
05413159000151
BAIXADA
31/12/2008
65413684000107
ATIVA
03/11/2005
04642628000141
BAIXADA
06/11/2007
02029633000158
ATIVA
15/05/2010
37873734000195
ATIVA
08/01/2005
02903772000169
SUSPENSA
19/03/2012
05850984000113
ATIVA
21/08/2003
00689738000108
ATIVA
03/11/2005
06972685000114
SUSPENSA
17/04/2008
73929044000174
BAIXADA
RAIS 2008
RAIS 2009
RAIS 2010
RAIS 2011
36
39
36
13
10
558
00517592000113
BAIXADA
04644289000132
BAIXADA
08697123000135
61318358000151
ATIVA
14/03/2007
ATIVA
03/11/2005
02959174000101
ATIVA
03/11/2005
02918061000168
ATIVA
03/11/2005
02906789000170
BAIXADA
01290240000130
BAIXADA
31/10/2009
04709253000190
BAIXADA
27/09/2010
01461906000176
ATIVA
03/11/2005
06972693000160
BAIXADA
20/11/2007
04510823000118
ATIVA
03/11/2005
02294836000171
BAIXADA
03/10/2000
03159635000124
ATIVA
17/09/2001
00570731000172
MZ CONSTRUTORA LTDA.
ATIVA
16/11/2002
01133485000154
ATIVA
08/03/2006
25008541000197
BAIXADA
25/09/2007
27
102
90
74
559
Sociais) pode-se perceber que a maioria das empresas ativas possui RAIS = 0
(zero). Isso significa que tais empresas no possuem nenhum funcionrio
registrado ou no informou tais registros quando da elaborao da referida
declarao ao rgo competente.
Tais situaes levam suspeio de que as empresas com RAIS =
0 (zero) seriam na verdade de FACHADA, utilizadas apenas para movimentao
de recursos. Entretanto, caberia o aprofundamento das investigaes tendo em
vista a no disponibilidade de documentos probatrios de eventuais situaes
irregulares. difcil imaginar uma empresa regular funcionando sem a existncia
de um funcionrio sequer.
560
00035962771168
00003030127907
00035374519972
561
25.000,00
20.000,00
15.000,00
10.000,00
Crdito
5.000,00
-
Dbito
2005
2006
MARKETING
LTDA.
(01831766000180),
KSA
562
00072891343115
00004481012978
60.000,00
50.000,00
40.000,00
30.000,00
20.000,00
Crdito
10.000,00
-
Dbito
2005
2006
2007
563
01290240000130
00037003933187
00036087025120
05881476000100
00009105417104
564
400.000,00
300.000,00
200.000,00
Crdito
100.000,00
-
Dbito
2002
2003
2004
565
Tabela Transaes com investigados ELETRO CHANCE DO BRASIL INDSTRIA DE MQUINAS LTDA.
566
Grfico - Transaes com investigados ELETRO CHANCE DO BRASIL INDSTRIA DE MQUINAS LTDA.
80.000,00
70.000,00
60.000,00
50.000,00
40.000,00
30.000,00
Crdito
20.000,00
10.000,00
Dbito
2002
2003
LTDA.,
ROBERTO
SERGIO
COPPOLA,
KEILA
empresa
BRAZILIAN
GAMING
PARTNERS
PARTICIPACAO,
567
02959174000101
00070298815834
73929044000174
00015450139187
isso
pode-se
inferir
que
GERPLAN
GERENCIAMENTO
568
80.000,00
60.000,00
Crdito
40.000,00
20.000,00
-
Dbito
2004
569
IMPORTAO
EXPORTAO
LTDA.
JOQUEI
570
00060307153134
571
MZ CONSTRUTORA LTDA.;
LINCE MQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.;
EMPRODATA ADMINISTRAO DE IMVEIS E INFORMTICA LTDA.;
EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS SAMAMBAIA LTDA.;
CALLTECH COMBUSTVEIS E SERVIOS LTDA.;
LASER PRESS EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS LTDA.;
ANTARES ASSESSORIA, ADMINISTRAO E PARTICIPAO LTDA.;
RICAHO CONVENINCIAS E COMRCIO LTDA.;
LAVAGGIO LUBRIFICAO E POLIMENTO LTDA. ME;
INSTALAES E REFORMAS ALVORADA LTDA.
Entre os familiares de JOS OLMPIO QUEIROGA NETO que
aparecem como scios (ex) das empresas citadas aparecem:
DIEGO WANILTON DA SILVA QUEIROGA;
FERNANDA DA SILVA QUEIROGA;
WANIA MARLY DA SILVA QUEIROGA;
Todas as empresas vinculadas Famlia QUEIROGA se localizam
em cidades do entorno e no prprio Distrito Federal, o que demonstra sua rea de
atuao.
As transaes financeiras com os investigados identificadas para a
LASER PRESS TECNOLOGIA E SERVIOS LTDA. foram, conforme a Tabela:
Tabela - Transaes com investigados LASER PRESS TECNOLOGIA E SERVIOS LTDA.
572
600.000,00
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
Crdito
100.000,00
-
Dbito
2010
2011
2012
573
00002613695129
00093882068191
00038317575691
00000177716762
00000087878160
574
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
Crdito
Dbito
2007
2008
2009
2010
2011
2012
575
00001882852109
576
300.000,00
200.000,00
100.000,00
-
Crdito
Dbito
2006
2007
2008
2009
577
00060307153134
578
40.000,00
30.000,00
20.000,00
Crdito
10.000,00
-
Dbito
2005
2006
00000087878160
QUEIROGA
579
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
-
Crdito
Dbito
2008
2009
2010
2011
2012
580
00000087878160
581
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
400.000,00
Crdito
200.000,00
-
Dbito
2008
2009
2010
2011
2012
582
CONSRCIO COMBRALOG
583
MZ CONSTRUTORA LTDA.
CLUDIO KRATKA
KEILA GNUTZMAN
584
585
COMANDO
CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS
IDALBERTO MATIAS DE
ARAJO / JAIRO MARTINS
FACTORING
EMPRESAS ESTRANGEIRAS
CLUDIO KRATKA
586
587
por
CARLOS
AUGUSTO
DE
ALMEIDA
RAMOS:
588
MZ CONSTRUTORA LTDA
INTERNACIONAL GAMES, IMP., EXP., COMRCIO E SERVIOS LTDPICO DO BRASIL INFORMTICA LTDA
CONSRCIO COMBRALOG
ELECTRO CHANCE DO BRASIL INDSTRIA DE MQUINAS LTDA LARAMI DIVERSES E ENTRETENIMENTO LTDA
....... E outras
EMPRESAS DE FACTORING
SUPREMA FACTORING FOMENTO LTDA
589
fato, indcios claros de que tais atividades possam ter sido usadas para a lavagem
de dinheiro e outras movimentaes financeiras ilegais.
Por exemplo, os dados de que dispomos para a movimentao
financeira da empresa GERPLAN, justamente a que foi aberta por Carlinhos
Cachoeira para gerir a loteria estatal em GOIS, demonstram um percentual
elevadssimo (93, 6%) de crditos no identificados, como se v claramente no
quadro abaixo.
590
3.2.
591
PRODUO E COMUNICAO LTDA.: 13.573.271/0001-00 e 73.573.271/000100. Verificou-se que o primeiro CNPJ listado invlido (inexistente), sendo o
segundo o CNPJ correto da empresa. Assim, utilizou-se o segundo CNPJ na
pesquisa.
d.
592
Rtulos de Coluna
Ingresso
Remessa
99.971,11
1.250,13
15.429,60
414.175,12
1.819.897,00
552,32
808,00
2.000,00
739.000,00
24.081.878,39
100,00
6.575,00
4.099,93
145.000,00
3.894,56
12.226,76
0,00
2.000,00
75.965,00
2.640,58
200.476,97
350,00
11.822,00
304,75
2.842.043,81
5.770,49
629.698,76
126.153,94
13.631,17
422.495,72
1.060.081,96
25.303.915,33
122.684,94
11.971,39
41.247,48
15.132,54
500,00
39.414,13
1.891,90
12.919,29
23.584,80
30.926,59
547.919,40
200.979,10
44.337,44
10.997,90
5.363,04
200,98
3.782.150,30
40.274,25
81.128,54
1.875.761,70
371.065,49
29.958.103,37 35.346.556,23
593
594
Rtulos de Coluna
Ingresso
Remessa
595
596
597
598
599
600
601
602
603
604
605
606
607
608
Esta CPMI recebeu a movimentao bancria da MZ Construtora de 2002 at parte do ano de 2012,
somando em todo o perodo R$ 42.931.296 de Crditos e de Dbitos um total de R$ -42.960.329.
609
Crditos em contas da MZ
CNPJ
Investigado
Construtora de origem de
investigados (Valores em R$)
2.102.795, 11
1.501.089, 53
39309141000126
775.668, 52
264.108, 00
178.842, 57
Investigado
Construtora referente a
transferncia para investigados
(R$)
1.279.669, 93
1.125.136, 51
48.000, 00
40.000, 00
10.000, 00
610
Posio com base nos dados que constavam no universo das quebras de sigilos da CPMI em
11/09/2012.
611
Investigado
Emprodata de origem de
investigados (R$)
1.125.136, 51
197.600, 00
118.386, 00
98.908, 00
95.449, 15
25.750, 00
Investigado
Emprodata referente
a transferncia para
investigados (R$)
775.668, 52
222.113, 00
175.000, 00
66.278, 00
1.804, 00
Esta CPMI recebeu a movimentao bancria de 2002 at parte do ano de 2012, somando em todo o
perodo R$ 9.244.501, 19 de Crditos e de Dbitos um total de R$ -9.245.350, 69.
612
Posio com base nos dados que constavam no universo das quebras de sigilos da CPMI em
11/09/2012.
613
Investigado
614
Investigado
322.750, 00
27.010, 00
615
oriundos
de
entes
governamentais
no
foram
encontrados.
Possui trs filiais, que no tiveram seu sigilo quebrado por esta
CPMI, sendo todas localizadas em Braslia, nos endereos abaixo relacionados:
Nome
CNPJ
CALLTECH COMBUSTIVEIS E
SERVICOS LTDA.
CALLTECH COMBUSTIVEIS E
SERVICOS LTDA.
CALLTECH COMBUSTIVEIS E
SERVICOS LTDA.
Data de Abertura
01357769000205 07/04/2010
01357769000477 14/05/2010
01357769000558 14/05/2010
Endereo
NCLEO RURAL VICENTE PIRES, S/N, CHACARA 54,
TAGUATINGA, BRASLIA/DF.
REA COMPLEMENTAR 300 CONJUNTO A, S/N, LOTE 01,
SANTA MARIA, BRASLIA/DF.
QUADRA QS 502 CONJUNTO, 01, LOTE 01, SAMAMBAIA SUL,
BRASLIA/DF.
Posio com base nos dados que constavam no universo das quebras de sigilos da CPMI em
11/09/2012.
616
Investigado
55.000, 00
39.000, 00
1.200, 00
Investigado
Dbitos de contas da
Calltech/Matriz referente a
Esta CPMI recebeu a movimentao bancria de 2002 at parte do ano de 2012, somando em todo o
perodo R$ 64.462.077, 00 de Crditos e de Dbitos um total de R$ -64.393.446.
617
2.102.795, 11
95.449, 15
INFORMTICA LTDA.
10.000, 00
Investigado
207.108, 44
55.000, 00
618
Repasses
oriundos
de
entes
governamentais
no
foram
encontrados.
10
Investigado
490.299, 00
178.210, 37
Posio com base nos dados que constavam no universo das quebras de sigilos da CPMI em
11/09/2012.
619
39309141000126
INFORMTICA LTDA.
175.000, 00
49.500, 00
48.000, 00
10.000, 00
Investigado
Press referente a
transferncia para
investigados (R$)
178.842, 57
39.000, 00
25.750, 00
620
cheques que so recebidos pela quadrilha, pois esses terminam por serem
depositados nas contas correntes das pessoas fsicas e jurdicas ligadas a Claudio
Kratka e Sonia Catarina, que os repassa posteriormente como TEDs para as
empresas administradas por Jos Olmpio. Identificamos um total de R$ 6.859.915,
17 creditos em contas do grupo de empresas com atividades cadastradas como
Sociedades de fomento mercantil Factoring. Dessa forma era maquiada a real
origem dos valores, na tentativa de esconder uma grande operao muito bem
estruturada, para lavagem de dinheiro oriundo de uma estrutura criminosa
organizada voltada para a corrupo de agentes pblicos e explorao de Jogos
de Azar.
621
3.4 Factoring
Antes de procedermos anlise dessas empresas, temos de
mencionar que as factorings so, em geral, empresas normais e legais que
prestam um servio importante ao mundo de negcios no Brasil.
Uma das atividades da FACTORING, que no Brasil bastante
comum, servir como uma empresa de fomento, ou seja, quando regularmente
autorizada, estar apta a adquirir direitos creditrios de qualquer EMPRESA,
fornecendo em contrapartida recursos financeiros para capital de giro.
DIREITOS CREDITRIOS so crditos a receber de clientes que
efetuaram compras a prazo. Por exemplo, quando um cliente de uma EMPRESA
efetua uma compra a prazo ele pode dar como garantia cheques pr-datados,
notas promissrias ou duplicatas.
CAPITAL DE GIRO so recursos financeiros que as empresas
necessitam para manter suas operaes. Quando uma EMPRESA vende a prazo,
ela precisa repor o capital empregado no produto vendido em troca de direitos
creditrios que somente alguns meses depois se tornaro recursos financeiros.
Para repor esse capital empregado, as empresas procuram os
bancos ou as empresas de fomento (factoring) e entregam os seus direitos
creditrios em troca do valor de face descontado por uma taxa de juros
previamente combinada.
622
623
624
625
626
NOME EMPRESA
UF
SITUAO
DATA
DIAG.
01626502000195
GO
BAIXADA
23/01/1997
01657940000110
MG
BAIXADA
01/06/2001
02745907000105
GO
ATIVA
25/02/2001
627
05141628000120
DF
BAIXADA
28/09/2006
07729818000199
GO
SUSPENSA
09/04/2010
06077831000148
SP
ATIVA
13/10/2003
09596769000199
GO
ATIVA
02/06/2008
00901382000124
PE
ATIVA
03/11/2005
01578727000113
PE
ATIVA
24/12/2004
01692476000101
SP
ATIVA
13/04/2002
02913100000134
GO
BAIXADA
01/10/1999
03169632000171
PE
ATIVA
08/01/2005
06973958000145
DF
ATIVA
31/08/2004
08150258000186
RJ
ATIVA
04/07/2006
10798026000180
DF
ATIVA
29/04/2009
27905025000190
RJ
ATIVA
03/11/2005
35615269000167
PE
ATIVA
24/09/2005
628
UF
ATIVA BAIXADA SUSPENSA TOTAL
GO
2
2
1
5
PE
4
4
DF
2
1
3
RJ
2
2
SP
2
2
MG
1
1
TOTAL
12
4
1
17
Ativa
2
1
1
-
Baixada
PE
GO
DF
RJ
SP
MG
629
Diagrama CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS SUPREMA FACTORING FOMENTO LTDA. LIBRA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA. ARAXA
FACTORING COMERCIAL LTDA.
630
631
632
Diagrama CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS JOSE OLIMPIO DE QUEIROGA NETO MOM FACTORING LTDA. OUTROS
633
MZ CONSTRUTORA LTDA.;
634
635
Diagrama CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS FACTORING ROYALLI FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA. LOOK FACTORING FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
636
637
FERREIRA
PEILLO
JUNIOR,
IDONEA
FINANCEIRA
S.A.,
638
Diagrama CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS WALTER PAULO DE OLIVEIRA SANTIAGO MARCONI FERREIRA PEILLO JUNIOR IDONEA FINANCEIRA S.A.
SOCIEDADE DE EDUCAO E CULTURA DE GOINIA OUTROS
639
640
RAIS
NOME EMPRESA
SITUAO DATA
BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
ATIVA
LOOCK FACTORING
09596769000199 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
ATIVA
ATIVA
FATURAR SOCIEDADE DE
27905025000190 FOMENTO COMERCIAL
LTDA.
ATIVA
ATIVA
CASH FACTORING
02913100000134 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
ATIVA
INVEST FACTORING
10798026000180 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
ATIVA
ATIVA
SUSPENSA
SUSPENSA
03169632000171
06973958000145
OPPORTUNITY FOMENTO
COMERCIAL LTDA.
CONCRETA FOMENTO
MERCANTIL LTDA.
ENDEREO
RAIS 2008
- SAU/SUL QDA 03
BLOCO C 22 - ASA SUL *
70070030 - BRASILIA DF
AVENIDA ENG.
DOMINGOS FERREIRA
4023 - BOA VIAGEM 51021040 - RECIFE - PE
AVENIDA JK 2190 PARQUE INDUSTRIAL
NOVA CAPITAL 75113610 - ANAPOLIS GO
AVENIDA RIO BRANCO
100 21 ANDAR PARTE
*
CENTRO - 20040000 RIO DE JANEIRO - RJ
AVENIDA SANTOS
DUMONT 329 - JUNDIAI
*
- 75113180 - ANAPOLIS
- GO
OUTROS SC/NORTE QD
05 - BL A - BRASILIA
SHOPPING 50 - ASA
NORTE - 70715000 BRASILIA - DF
QUADRA QSA 11 TAGUATINGA 72015110 - BRASILIA DF
RUA 10 120 - SETOR
SUL - 74080420 -
14
641
GOIANIA - GO
SUPREMA FACTORING
01626502000195
FOMENTO LTDA.
BAIXADA
BAIXADA
LIBRA FACTORING
02745907000105 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
ATIVA
ATIVA
SOFACTORING
00901382000124 SOCIEDADE DE FOMENTO
MERCANTIL LTDA.
ATIVA
ATIVA
FLEXAFACTORING
08150258000186 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
ATIVA
ATIVA
BAIXADA
BAIXADA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
ATIVA
NEW PROGRESS
01692476000101 FACTORING DE FOMENTO ATIVA
MERCANTIL LTDA.
ATIVA
ROYALLI FACTORING
06077831000148 FOMENTO MERCANTIL
LTDA.
ATIVA
01657940000110
ARAXA FACTORING
COMERCIAL LTDA.
NEGOCIAL FACTORING
35615269000167 FOMENTO COMERCIAL
LTDA.
01578727000113
EXATA FOMENTO
MERCANTIL LTDA.
ATIVA
RUA 15 DE DEZEMBRO
135 - CENTRO *
75024070 - ANAPOLIS GO
RUA 15 DE DEZEMBRO
135 - CENTRO 75045190 - ANAPOLIS GO
RUA ANTONIO LUMACK
DO MONTE 128 - BOA
VIAGEM - 51020350 RECIFE - PE
RUA ASSEMBLEIA 10 CENTRO - 20011901 RIO DE JANEIRO - RJ
RUA DOM JOSE
GASPAR 544 - CENTRO 38183188 - ARAXA MG
RUA JOAQUIM
CARNEIRO DA SILVA
268 - PINA - 51011490 RECIFE - PE
RUA PROFESSOR
ALOISIO PESSOA DE
ARAUJO 80 - BOA
VIAGEM - 51021410 RECIFE - PE
RUA SANTA JUSTINA
352 - VILA OLIMPIA 4545040 - SAO PAULO SP
RUA SIMAO ALVARES
356 - PINHEIROS 5417020 - SAO PAULO SP
27
25
25
28
12
11
12
Alm das vinculaes apontadas no item 01 deste relatrio, constatase que as empresas SUPREMA FACTORING FOMENTO LTDA. e LIBRA
FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA. possuem o mesmo endereo, sendo
na RUA 15 DE DEZEMBRO 135 - CENTRO - 75024070 - ANAPOLIS - GO;
642
643
644
600.000,00
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
-
Dbito
2007
2008
2009
2010
2011
2012
LTDA.
manteve
transaes
para
os
investigados
MZ
645
12.000.000,00
10.000.000,00
8.000.000,00
6.000.000,00
4.000.000,00
Crdito
2.000.000,00
-
Dbito
2008
2009
2010
2011
646
MASSAMI YOKOTA
00087631040168
00051517299187
647
5.000.000,00
4.000.000,00
3.000.000,00
2.000.000,00
1.000.000,00
-
Dbito
2006
2007
2008
2009
2010
2011
648
SILVA
MARCOS ANTONIO DE ALMEIDA
00004474554191
RAMOS
00019771169149
00007712561168
649
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
-
Dbito
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
650
651
IMPORTAO
EXPORTAO
LTDA.
JOQUEI
652
Figura - Empresas no Exterior MAURO BARTOLOMEU SEBBEN TAE SUNG KIM Outros
653
00041354044134
COSTA
654
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
Crdito
400.000,00
200.000,00
-
Dbito
2009
empresa
2010
EXCITANT
2011
INDSTRIA
COMERCIO
DE
655
10721704000107
00006657202466
00041515366472
00029484863434
00041515366472
11817325000188
00008031690430
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
-
Crdito
Dbito
2006
2007
2008
2009
2010
2011
656
FOMENTO
COMERCIAL
LTDA.
SOFACTORING
657
658
659
Empresas de Medicamentos
Conforme se depreende do grfico abaixo se registram dois saltos
660
Dbitos
Crditos
80.000.000
60.000.000
40.000.000
Crditos
20.000.000
0
Dbitos
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
NOME DO ALVO
1623370420
DATA/HORA
FINAL
661
16233704
55-114-1603
20
28/03/2011
20:02:26
28/03/2011
20:10:02
00:07:36
RESUMO
NOMEAO. CHEFE DO MARKETING DA CAESB ..
PAULO ABREU PERGUNTA QUAL A EMPRESA DE MEDICAMENTO DE CACHOEIRA. VITAPAN, QUE
ALIADO DA NEOQUIMICA E A TEUTO.
FALAM SOBRE A REGULARIZAO DO TRANSPORTE DE COLETORES DE LIXO. ANDRE DIAS DA PRF.
DILOGO
(..)
PAULO ABREU: Deixa eu falar aqui. Qual a empresa de medicamento do CACHOEIRA?
DAD: VITAPAN
PAULO ABREU: Ela nacional ou s Goinia?
DAD: No, ela tem representante nos Estados a, entendeu.
PAULO ABREU: Mas ela maior que uma NEOQUMICA?
DAD: No, no, no. Eles so aliados, n. A NEOQUMICA s divide a cerca. Eles tm um
Instituto l, a NEOQUMICA, a VITAPAN e a TEUTO, para a venda de medicamentos. Quando
um no o outro tem o medicamento.
PAULO ABREU: Ah, t. No beleza, bom saber.
(..)
4.2.
Empresas de Comunicao
662
663
NOME EMPRESA
UF
ATIVA
03/11/2005
GO
ATIVA
31/05/2000
08206896000171
GO
GO
ATIVA
04/08/2006
09580504000100
GO
ATIVA
26/05/2008
10417978000107
GO
ATIVA
20/10/2008
03776518000100
GO
ATIVA
03/11/2005
00096595000120
DF
ATIVA
03/11/2005
00359742000108
PR
ATIVA
03/11/2005
01064278000195
TO
ATIVA
27/08/2005
01115948000155
TO
ATIVA
27/08/2005
01276641000136
GO
ATIVA
03/11/2005
01534494000157
RADIO ANHANGUERA SA
GO
ATIVA
18/06/2005
01534510000101
GO
ATIVA
03/11/2005
GO
BAIXADA
03/07/2001
01559171000118
TO
ATIVA
03/11/2005
01578552000144
TO
ATIVA
03/11/2005
01718697000101
PR
BAIXADA
01/06/1999
01755356000106
GO
ATIVA
18/10/2003
01802064000179
GO
ATIVA
03/11/2005
DF
ATIVA
15/03/2006
02100101000160
SP
BAIXADA
31/12/1997
02126673000118
RJ
ATIVA
31/12/2004
02244205000148
SP
BAIXADA
31/10/2002
73573271000100
03853183000186
01558588000166
02014761000128
SITUAO
DATA
DIAG.
664
02258425000120
PR
ATIVA
03/11/2005
02258426000175
CABOPAR S/A
PR
BAIXADA
08/07/1998
02260777000110
PR
BAIXADA
08/07/1998
02260778000165
PA
BAIXADA
31/10/2006
02260779000100
PR
ATIVA
03/11/2005
02416655000170
GO
ATIVA
03/11/2005
02422746000119
GO
BAIXADA
16/02/2006
02505498000170
SC
BAIXADA
30/11/1998
02526333000184
TV TOCANTINS LTDA.
GO
ATIVA
10/09/2005
02531283000123
GO
ATIVA
03/11/2005
02558132000169
DF
BAIXADA
31/10/2006
02782915000121
LANIS LTDA.
PR
ATIVA
03/11/2005
02798452000196
GO
ATIVA
27/08/2005
02856995000112
TO
ATIVA
27/08/2005
02910917000159
TO
ATIVA
31/12/2004
PR
BAIXADA
18/10/2002
MG
NULA
12/03/1999
MG
BAIXADA
31/05/2002
03043631000186
DF
ATIVA
27/08/2005
03427524000151
RJ
ATIVA
08/07/2001
03549295000148
SP
ATIVA
03/11/2005
03629642000142
RJ
ATIVA
27/08/2005
03736351000153
RJ
ATIVA
30/09/2005
03909719000138
ACOM TV S.A.
ORGANIZACAO DE COMUNICACAO PONTE DE
PEDRA LTDA.
GO
ATIVA
18/10/2003
04299915000109
GO
ATIVA
03/11/2005
04501643000170
GO
ATIVA
11/06/2005
04721634000194
SP
ATIVA
03/11/2005
04973094000136
GO
BAIXADA
31/12/2008
05488210000194
SP
ATIVA
03/11/2005
DF
ATIVA
09/08/2004
07101696000191
RJ
BAIXADA
31/07/2007
07878658000140
GO
ATIVA
23/02/2006
07969816000177
GO
ATIVA
03/05/2006
08474668000182
GO
ATIVA
30/11/2006
08482654000100
GO
ATIVA
13/11/2006
08613367000192
GO
ATIVA
24/01/2007
GO
ATIVA
23/02/2007
02920921000106
03030934000164
03031100000173
06926324000131
08686539000158
665
08710532000124
GO
ATIVA
21/03/2007
08741854000130
GO
ATIVA
27/03/2007
08872140000161
GO
ATIVA
01/06/2007
DF
ATIVA
07/03/2008
10483781000176
DF
ATIVA
12/11/2008
10860126000190
GO
ATIVA
29/05/2009
11012870000105
GO
ATIVA
23/07/2009
11080041000151
CE
ATIVA
03/11/2005
11303488000142
SC
ATIVA
16/10/2009
12376376000184
GO
ATIVA
09/08/2010
BA
ATIVA
24/09/2005
GO
ATIVA
03/10/2011
GO
ATIVA
24/09/2005
GO
ATIVA
03/11/2005
GO
ATIVA
24/09/2005
DF
ATIVA
18/10/2003
26480616000109
DF
BAIXADA
19/09/2002
26937797000141
TO
ATIVA
03/11/2005
33628975000118
GO
ATIVA
03/11/2005
GO
ATIVA
07/05/2005
PR
ATIVA
03/11/2005
44196624000100
SP
ATIVA
16/11/2002
46835633000110
SP
ATIVA
05/03/2001
58162132000108
SP
ATIVA
03/11/2005
58186487000129
SP
ATIVA
03/11/2005
60434149000100
SP
ATIVA
03/11/2005
73436487000123
CE
ATIVA
30/10/2004
75478370000138
SC
ATIVA
03/11/2005
79228094000100
SC
ATIVA
16/10/2004
79375606000161
SC
BAIXADA
18/05/2010
RS
BAIXADA
17/12/2009
09409564000157
13810015000167
14399531000103
24780405000158
24993164000125
25003260000141
26475095000193
37153517000120
40362816000180
93088342000196
666
UF
BA
CE
DF
GO
MG
PA
PR
RJ
RS
SC
SP
TO
TOTAL
ATIVA
1
2
7
35
5
4
3
8
7
72
BAIXADA NULA
TOTAL
1
2
2
9
3
38
1
1
2
1
1
4
9
1
5
1
1
2
5
2
10
7
17
1
90
667
35
35
Ativas
30
Baixadas
25
20
15
8
10
5
0
GO
7
2
SP
5
2
DF
7
4
4
1
PR
TO
RJ
SC
CE
MG
BA
PA
RS
668
669
670
NOME EMPRESA
WCR PRODUCAO E
73573271000100 COMUNICACAO
LTDA.
MAQUINARIA
03853183000186 PUBLICIDADE E
PROPAGANDA LTDA.
ORGANIZACAO
INDEPENDENTE DE
08206896000171
COMUNICACAO
LTDA.
REDE BRASILTUR DE
09580504000100
TELEVISAO LTDA.
UF
SITUAO
DATA
GO
ATIVA
03/11/2005
GO
ATIVA
31/05/2000
GO
ATIVA
04/08/2006
GO
ATIVA
26/05/2008
10417978000107
GO
ATIVA
20/10/2008
03776518000100
FUNDACAO NELSON
CASTILHO
GO
ATIVA
03/11/2005
01276641000136
RADIO ARAGUAIA
LTDA.
GO
ATIVA
03/11/2005
01534494000157
RADIO ANHANGUERA
SA
GO
ATIVA
18/06/2005
01534510000101
TELEVISAO
ANHANGUERA S/A
GO
ATIVA
03/11/2005
TO
ATIVA
03/11/2005
GO
ATIVA
18/10/2003
GO
ATIVA
10/09/2005
GO
ATIVA
03/11/2005
DF
BAIXADA
31/10/2006
TELEVISAO
02856995000112 ANHANGUERA DE
ARAGUAINA LTDA.
TO
ATIVA
27/08/2005
TO
ATIVA
31/12/2004
SOCIEDADE VALE DO
ARAGUAIA DE
COMUNICACAO
LTDA.
CENTRO NORTE DE
01755356000106 COMUNICACAO
LTDA.
01559171000118
02531283000123
02910917000159
RADIO EXECUTIVA
LTDA.
TELEVISAO RIO
FORMOSO LTDA.
ENDEREO
AVENIDA JK 2343 - JK NOVA
CAPITAL - 75114225 ANAPOLIS - GO
AVENIDA JK 2343 - JK NOVA
CAPITAL - 75114225 ANAPOLIS - GO
RUA CONDE AFONSO CELSO
515 - SETOR CENTRAL 75025030 - ANAPOLIS - GO
AVENIDA NC-01 S/N RESIDENCIAL NOVA CANAA 75690000 - CALDAS NOVAS GO
AVENIDA PRESIDENTE
VARGAS S/N - ALTO DA
SERRA - 75600000 GOIATUBA - GO
AVENIDA PRESIDENTE
VARGAS 390 - CENTRO 75600000 - GOIATUBA - GO
RUA TOMAS EDISON S/N SETOR SERRINHA - 74465539
- GOIANIA - GO
RUA TOMAZ EDISON S/N SETOR SERRINHA - 74465539
- GOIANIA - GO
RUA TOMAZ EDISON S/N SETOR SERRINHA - 74465539
- GOIANIA - GO
- ACSU-NO 10, CONJUNTO
02, LOTE 10 - PARTE S/N CENTRO - 77016524 PALMAS - TO
RUA THOMAS EDISON 400 SETOR SERRINHA - 74835130
- GOIANIA - GO
AVENIDA VENEZUELA 130 1
ETAPA JARDIM DAS
AMERICAS - 75070310 ANAPOLIS - GO
RUA TOMAS EDSON SN QD
07 ST SERRINHA - 74465539 GOIANIA - GO
- SCS QD 02 BLOCO C 7
ANDAR 226 ED TELEBRASILIA
CELUL ASA SUL - 70310500 BRASILIA - DF
RUA CRUZEIRO DO SUL 317 PARQUE DOS SONHOS
DOURADOS - 77818826 ARAGUAINA - TO
AVENIDA MATO GROSSO
1616 - CENTRO - 77403020 -
RAIS RAIS
2008 2009
RAIS
2010
RAIS
2011
33
13
14
19
18
17
20
18
25
24
18
17
411
409
389
409
15
13
41
41
37
33
55
37
35
27
671
GURUPI - TO
LINKNET
TECNOLOGIA E
03043631000186
TELECOMUNICACOES
LTDA.
ADTEL
TELECOMUNICACOES
E COMERCIO DE
06926324000131
EQUIPAMENTOS
ELETRONICOS LTDA. EPP
EXPLORA
PARTICIPACOES EM
10483781000176 TECNOLOGIA E
SISTEMA DA
INFORMACAO LTDA.
SPC SISTEMA
PARANAIBA DE
24780405000158
COMUNICACOES
LTDA.
DF
ATIVA
27/08/2005
DF
ATIVA
09/08/2004
16
21
38
42
42
36
41
49
37
30
20
27
DF
ATIVA
12/11/2008
GO
ATIVA
24/09/2005
TELEVISAO
PIRAPITINGA LTDA.
GO
ATIVA
03/11/2005
SISTEMA DE
26937797000141 COMUNICACAO DO
TOCANTINS S/A
TO
ATIVA
03/11/2005
24993164000125
Alm
das
vinculaes
apontadas
deste
relatrio,
outras
672
empresa
ORGANIZAO
INDEPENDENTE
DE
673
(Edio
133,
link
da
internet:
somente
pela
WCR.
(Edio
134,
link
da
internet:
scio
da
empresas
ORGANIZAO
INDEPENDENTE
DE
674
00059067284149
00040169537153
00041880528134
ROMES XAVIER
As
movimentaes
financeiras
com
os
investigados
so
675
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
Crdi
500.000,00
0,00
Dbito
2005
2008
2009
2010
2011
2012
676
00080981534104
00079338038149
00041410734153
00080671306120
00025195018120
3 - Adtel Telecomunicacoes e Comercio de Equipamentos Eletronicos Ltda. EPP: Atualmente se encontra ATIVA, situada no SETOR SHC SW CLSW 102
BLOCO A LOJA 27 SUBSOLO SN - SUDOESTE - 70670511 - BRASILIA DF.
Possui como scio (ex):
677
00063511860130
00000437877116
00003295368180
00089939999100
00023897759187
00047453516153
ADTEL
TELECOMUNICACOES
COMERCIO
DE
678
3.000,00
2.000,00
Dbito
1.000,00
0,00
Crd
2009
2010
2011
679
03532168000136
00000444464115
00025157590172
00008883378172
00019807066115
00021555184120
00071553720130
680
LTDA.
8.000.000,00
6.000.000,00
4.000.000,00
Dbito
2.000.000,00
0,00
Crd
2004
2007
681
00058554297172
00068832494191
00037443364172
00051500531120
00064258602191
00001223810178
00076720780115
00000269492100
00000001105159
682
LTDA.
50000
40000
30000
20000
10000
0
Crdito
2002
2003
2004
2005
2007
2008
2009
2011
683
00000269492100
00000269522115
00000269492100
00000269484191
00000446912115
00000510203191
FERNANDO CAMARA
684
500.000,00
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
0,00
Dbito
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
685
00031109187149
00069545790172
00076720780115
00031858252920
00004367979172
686
40.000,00
30.000,00
20.000,00
Crdito
Dbito
10.000,00
0,00
2002
2003
2004
2005
2008
2009
00069073040159
03293123000156
ARAGUAIA-PARTICIPACAO
LTDA.
ADMINISTRACAO
687
00070717281191
00070722552149
00060648473104
80.000,00
60.000,00
40.000,00
20.000,00
0,00
Dbito
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
688
689
690
691
denominadas
empresas
fantasmas
so
extremamente
692
foi criada e opera para ocultar transaes suspeitas, dificultando a fiscalizao das
autoridades. Trata-se, na realidade, de um recurso usado larga por organizaes
criminosas em todo o mundo.
Pois bem, nas investigaes feitas pela CPMI, foram utilizados
critrios tcnicos objetivos para definir uma empresa como fantasma.
Em primeiro lugar, est o critrio dos vnculos empregatcios, obtidos
pelas informaes da Relao Anual de Informaes Sociais (RAIS).
Evidentemente, uma empresa que no tenha empregados e que movimente
milhes de reais em suas contas bancrias fortemente suspeita de ser fantasma,
constituda com o intuito de lavar dinheiro e realizar outras operaes suspeitas.
Outro critrio tange incompatibilidade entre o capital social
declarado e as movimentaes financeiras da empresa. Uma empresa que tenha
um capital social baixo, mas que movimente volumes financeiros expressivos,
tambm suspeita de ser fantasma.
Outro critrio ainda o do endereo e localizao fsica da empresa.
Com frequncia nos deparamos, nesta CPMI, com endereos fictcios de
empresas da ORGCRIM, ou ainda com empresas que, embora sejam, em tese, de
natureza inteiramente diferente, possuem o mesmo endereo.
A coincidncia absoluta no volume de dbitos e crditos de uma
empresa outro indicador claro de que ela deve ser fantasma. O dinheiro entre e
sai na mesma proporo, o que algo altamente suspeito de empresa que no
tem atividade econmica real.
693
694
695
Ano
Qtde
Transaes
Crditos
(A)
Crditos
Identificados
(B)
% Identificado
(C=B/A)
Crditos No
Identificados
(D)
% Governo
(H=G/B)
17
1.479.856,42
1.060.720,00
71,68 %
2009
294
16.539.312,06
5.758.195,31
34,82 %
10.781.116,75
65,18 %
162.306,10
2010
1.223
82.583.941,42
68.737.859,19
83,23 %
13.846.082,23
16,77 %
141.031,27
0,21 %
2011
201
43.220.471,00
42.458.725,44
98,24 %
761.745,56
1,76 %
18.600,42
0,04 %
Total
20
1.755
4.962.873,50
148.786.454,40
4.758.792,50
122.774.292,44
95,89 %
82,52 %
204.081,00
26.012.161,96
28,32 %
Crditos do
Governo
(G)
2008
2012
419.136,42
% No
Identificado
(E=D/A)
2,82 %
4,11 %
17,48 %
321.937,79
0,26 %
696
90.000.000
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
2008
2009
2010
2011
2012
* Foram considerados dbitos no identificados aqueles em que o CNPJ/CPF de Origem ou Destino no foi informado.
Ano
Qtde
Transaes
Dbitos
(A)
Dbitos
Identificados
(B)
% Identificado
(C=B/A)
114
1.349.404,45
2009
1.130
16.663.739,40
64.352,52
0,39 %
16.599.386,88
99,61 %
2010
1.922
82.115.482,40
47.364.867,29
57,68 %
34.750.615,11
42,32 %
2011
1.017
43.684.780,29
23.271.093,84
53,27 %
20.413.686,45
46,73 %
2012
289
4.982.781,79
2.903.061,04
58,26 %
2.079.720,75
4.472
148.796.188,33
73.603.374,69
0,00 %
1.349.404,45
% No
Identificado
(E=D/A)
2008
Total
0,00
Dbitos No
Identificados
(D)
49,47 %
75.192.813,64
90.000.000
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
2008
2009
2010
2011
2012
100,00 %
41,74 %
50,53 %
697
698
Valor da Transao
R$
Origem de Recursos
R$
R$
R$
R$
Soma
R$
98.928.491,10
699
700
Ano
Qtde Transaes
Crditos
(A)
Crditos
Identificados
(B)
2009
13
2010
459
22.949.275,94
22.949.275,94
100,00 %
2011
60
57.197,82
57.197,82
100,00 %
532
Total
21.503,61
% Identificado
(C=B/A)
21.503,61
23.027.977,37
100,00 %
23.027.977,37
100,00 %
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
2009
2010
2011
* Foram considerados dbitos no identificados aqueles em que o CNPJ/CPF de Origem ou Destino no foi informado.
Ano
Qtde Transaes
Dbitos
(A)
Dbitos
Identificados
(B)
% Identificado
(C=B/A)
2009
13
21.503,61
21.503,61
100,00 %
2010
508
24.697.137,25
24.697.137,25
100,00 %
2011
82
57.457,82
57.457,82
100,00 %
2012
13
130,00
130,00
100,00 %
Total
616
24.776.228,68
24.776.228,68
100,00 %
701
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
2009
2010
2011
2012
702
parte de sua participao em jogos ilcitos, tal como vimos em sees anteriores
deste Relatrio, conduziu formao de uma sociedade oculta entre os dois.
Para CARLOS CACHOEIRA, essa sociedade lhe possibilitava a
participao em grandes negcios da DELTA Centro Oeste, principalmente na
rea da construo e de alguns servios pblicos, como a coleta de lixo, por
exemplo. Essa participao na DELTA Centro Oeste lhe permitia tambm injetar
dinheiro de sua participao em jogatinas ilcitas nas atividades legais.
Para Claudio Abreu, a participao de CARLOS CACHOEIRA era
bastante til. Cachoeira disponibilizava sociedade oculta seus contatos polticos
e sua influncia no governo de GOIS, apoio logstico para as operaes
suspeitas da sociedade, particularmente as que visavam ao pagamento de
propinas a agentes pblicos e ao financiamento eleitoral e, muito provavelmente,
tambm dinheiro no registrado em operaes bancrias para o funcionamento da
sociedade. Observe-se, alm disso, que eram das empresas fantasmas da
sociedade oculta que saia o dinheiro para a compra de patrimnio pessoal, tanto
para Cludio Abreu, quanto para membros da ORGCRIM, como veremos mais
adiante.
A respeito da constituio dessa sociedade oculta, h udios da
POLCIA FEDERAL que nos parecem conclusivos e irretorquveis como visto na
Parte II deste Relatrio.
Como visto, a relao de CARLOS CACHOEIRA com a DELTA era,
na realidade, uma relao pessoal entre ele e seu scio-amigo, Claudio Abreu, que
atuava em GOIS e na Regio Centro Oeste.
703
704
705
5.1
O destino do dinheiro
Como vimos, a maior parte do dinheiro que entrou nas empresas
706
707
708
como alguns dados acerca das mesmas. Ressalta-se, porm, que o fato de
constarem das listas como destinos de recursos no significa que as operaes
foram irregulares ou representam qualquer tipo de ilcito, cabendo o
aprofundamento das investigaes para cada caso.
Passa-se, ento anlise de cada uma das empresas fantasmas:
709
TOTAL
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTR S A
SITUAO
ORIGEM
QTDE.
TRANSAES
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
Inves ti ga do
3
5
2
2
3
3
4
2
2
3
2
2
33
VALOR
2.206.462,00
4.642.240,00
1.699.850,00
2.483.450,00
1.336.000,00
2.876.650,00
2.567.515,00
2.066.910,00
1.848.110,00
2.791.625,00
1.728.240,00
1.348.155,00
27.595.207,00
710
711
712
713
714
Qtde.
UF
Data Inicial
Data Final
GO
03/03/2011
03/03/2011
28.000, 00
SP
20/12/2010
14/01/2011
354.000, 00
SP
24/11/2010
24/11/2010
196.000, 00
TO
28/03/2011
28/03/2011
10.000, 00
PR
12/04/2011
12/04/2011
168.000, 00
PR
12/04/2011
12/04/2011
168.000, 00
GO
18/01/2011
18/01/2011
120.000, 00
SP
07/07/2010
07/07/2010
13.321, 66
Transaes
VALOR
715
166
17
183
23
231
242
249
261
267
28
283
303
320
325
GO
30/09/2010
30/09/2010
30.000, 00
GO
17/06/2010
22/06/2010
340.680, 00
GO
28/09/2010
28/09/2010
116.500, 00
DF
14/06/2010
14/06/2010
95.000, 00
GO
26/08/2010
26/08/2010
98.720, 00
SP
04/04/2011
02/05/2011
650.000, 00
TO
09/12/2010
09/12/2010
400.000, 00
GO
31/03/2011
31/03/2011
152.000, 00
GO
15/04/2011
15/04/2011
10.000, 00
GO
22/06/2010
22/06/2010
50.000, 00
GO
30/09/2010
30/09/2010
25.000, 00
GO
18/06/2010
18/06/2010
70.000, 00
GO
25/03/2011
18/04/2011
400.000, 00
MT
28/03/2011
28/03/2011
100.000, 00
331
DF
28/02/2011
13/05/2011
366.666, 00
351
MT
31/03/2011
31/03/2011
100.000, 00
DF
28/06/2010
18/08/2010
80.000, 00
361
1.011.000,
372
GO
11/08/2010
25/03/2011
380
GO
21/09/2010
21/09/2010
150.000, 00
382
R A P DE CARVALHO ME
GO
20/01/2011
02/03/2011
100.000, 00
SP
08/02/2011
08/02/2011
42.000, 00
393
00
397
GO
01/03/2011
01/03/2011
8.467, 20
399
DF
03/03/2011
03/03/2011
22.000, 00
MG
03/03/2011
03/03/2011
42.750, 00
GO
10/09/2010
10/09/2010
113.000, 00
40
404
ACOL DISTRIBUIDORA DE
COMBUSTIVEIS LTDA.
WCR PRODUCAO E COMUNICACAO
LTDA.
716
412
418
42
DF
28/02/2011
29/04/2011
266.667, 00
SP
15/12/2010
15/12/2010
303.000, 00
GO
26/11/2010
26/11/2010
188.000, 00
43
GO
18/11/2010
18/11/2010
42.900, 00
454
GO
21/02/2011
23/02/2011
60.000, 00
TO
01/04/2011
01/04/2011
86.200, 00
GO
24/11/2010
24/11/2010
23.791, 12
GO
03/03/2011
03/03/2011
60.000, 00
SP
08/06/2010
08/06/2010
200.000, 00
SP
06/09/2010
19/11/2010
87.866, 00
GO
14/06/2010
27/08/2010
26
456
466
48
60
61
88
CONSTRUTORA E INCORPORADORA
2.402.000,
00
LTDA.
TOTAL
85
9.351.528,
98
717
718
719
720
721
empresa
TERRA
DAS
CATARATAS
IMPORTACAO
722
S/A,
ALBERTO
&
PANTOJA
CONSTRUES
723
724
COMRCIO
DE
CONFECES
LTDA.,
LIBRA
FACTORING,
725
726
727
728
empresa
EXCITANT
INDSTRIA
COMERCIO
DE
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
729
730
SANTOS,
DEOCLECIANO
MAXIMO
JUNIOR,
731
732
733
734
735
ROSSINE
AIRES
GUIMARES,
ALBERTO
&
PANTOJA
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
736
737
738
739
740
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
741
CONSTRUES
TRANSPORTES
LTDA.,
CNPJ
742
743
os
investigados
CONSTRUES
FBIO
PASSAGLIA,
E TRANSPORTES
INCORPORAES
(ADRCIO
INCORPORAES)
LTDA.,
&
MIRANDA
ALBERTO
G&C
RAFAEL
E
SILVA
&
PANTOJA
CONSTRUES E
CONSTRUES
CONSTRUES
744
TRANSPORTES
LTDA.
MIRANDA
SILVA
Designao para
exercer funo
DNIT (MS)
14/12/2010
Recebimento
A&P
Sada da
Sociedade
8/2/2011
8/3/2011
745
Contrato 598/2010
(R$ 42.862.02,11):
publicao
1/7/2010
Termo Aditivo
112476 (incluso
novos preos)
22/11/2011
Recebiment A&P
Sada da Sociedade
8/2/2011
8/3/2011
746
MZ
CONSTRUES
LTDA.
ALBERTO
&
PANTOJA
747
748
(ADRCIO
INCORPORAES)
&
MIRANDA
RAFAEL
E
SILVA
CONSTRUES
CONSTRUES
749
E TRANSPORTES
INCORPORAES
(ADRCIO
INCORPORAES)
LTDA.,
&
MIRANDA
G&C
RAFAEL
E
SILVA
CONSTRUES E
CONSTRUES
CONSTRUES
750
751
empresa
CAMARADA
CONFECCAO
COMERCIO
752
753
TRANSPORTES
LTDA.
VITAPAN
INDSTRIA
754
755
756
empresa
SAGA
SOCIEDADE
ANONIMA
GOIAS
DE
PEREIRA
DA
SILVA,
MCGL
EMPREENDIMENTOS
757
758
ESTRUTURADOS
ERMOFORMADOS
LTDA.),
BRAVA
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
759
09
Quede.
UF
Data Inicial
Data Final
GO
25/3/2011
25/3/2011
10.000, 00
Transaes
VALOR
111
GO
3/9/2010
3/9/2010
13.340, 00
117
GO
2/3/2011
2/3/2011
5.000, 00
138
GO
12/8/2010
12/8/2010
22.500, 00
145
RJ
15/4/2011
15/4/2011
5.000, 00
146
RJ
10/12/2010 10/12/2010
4.000, 00
159
DF
25/11/2010 25/11/2010
170.000, 00
160
CE
25/2/2011
25/2/2011
50.000, 00
17
PR
2/3/2011
2/3/2011
51.800, 00
172
GO
6/9/2010
6/9/2010
56.000, 00
760
184
MG
2/5/2011
2/5/2011
10.000, 00
216
GO
18/6/2010
23/12/2010
125.600, 00
240
GO
24/11/2010 24/11/2010
45.000, 00
241
MS
23/11/2010 21/12/2010
300.000, 00
247
GO
30/9/2010
30/9/2010
20.000, 00
256
GO
11/6/2010
30/9/2010
75.000, 00
26
PR
9/12/2010
9/12/2010
8.750, 00
276
DF
11/6/2010
22/6/2010
33.000, 00
305
GO
22/6/2010
1/7/2010
119.650, 00
307
GO
22/12/2010 22/12/2010
116.000, 00
325
GO
2/9/2010
25/3/2011
33.720, 00
359
GO
22/2/2011
22/2/2011
22.782, 75
375
GO
30/9/2010
30/9/2010
40.000, 00
386
GO
21/12/2010 21/12/2010
3.000, 00
GO
19/11/2010 19/11/2010
17.500, 00
394
398
GO
7/7/2010
7/7/2010
30.000, 00
399
GO
26/8/2010
26/8/2010
25.000, 00
407
GO
30/9/2010
30/9/2010
15.000, 00
417
GO
8/2/2011
8/2/2011
157.000, 00
428
GO
3/3/2011
3/3/2011
50.000, 00
429
GO
4/11/2010
4/11/2010
250.000, 00
431
GO
27/8/2010
10/12/2010
33.500, 00
457
TO
22/2/2011
22/2/2011
25.000, 00
465
GO
2/5/2011
2/5/2011
62.360, 00
469
GO
13/12/2010
4/3/2011
40.000, 00
474
GO
26/8/2010
31/8/2010
100.000, 00
478
GO
30/8/2010
30/9/2010
50.000, 00
48
MG
2/9/2010
2/9/2010
11.400, 00
GO
8/7/2010
30/8/2010
45.000, 00
485
526
SP
13/5/2011
13/5/2011
37.290, 00
539
GO
30/9/2010
30/9/2010
150.000, 00
569
GO
28/2/2011
2/5/2011
178.260, 00
575
GO
21/9/2010
21/9/2010
60.000, 00
577
KEILA GNUTZMAM
PR
9/12/2010
9/12/2010
8.750, 00
637
CECILIA BARCELOS
GO
30/9/2010
30/9/2010
30.000, 00
655
GO
14/4/2011
14/4/2011
45.000, 00
761
659
MS
21/12/2010 21/12/2010
50.000, 00
664
GO
30/9/2010
30/9/2010
7.500, 00
673
GO
19/11/2010
21/1/2011
335.250, 00
92
GO
30/9/2010
30/9/2010
25.000, 00
99
GO
3/3/2011
3/3/2011
38.200, 00
766
GO
24/5/2010
04/5/2011
93
8.656.000, 00
74
11.873.152, 75
TOTAL
762
763
TELEMARKETING
LTDA.
ME,
OFFICER
SOFT
COMERCIO
DE
764
EQUIPAMENTOS
LTDA.,
COMTECH
ORGANIZACAO
765
ADMINISTRACAO
DE
EVENTOS
LTDA.,
ESSEBM
COMERCIO
DE
766
767
&
MARGARETH
FREITAS
ADVOGADOS
ASSOCIADOS,
JBT
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES LTDA., BRAZ E FREITAS ASSESSORIA DE COBRANCA LTDA. - ME, J.B.B. CONSULTORIA E
ASSESSORIA S/S LTDA. Quanto a vnculos empregatcios, identificou-se que a
pessoa em anlise manteve relao trabalhista para com CENTRO
768
ANHANGUERA
DE
ARAGUAINA
LTDA.,
TELEVISAO
ANHANGUERA S/A. Foi verificada como renda mensal mdia R$5052, 84. Teria
desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es) de professor de
ensino superior na rea de orientao educacional, diretor de operaes de
servios de telecomunicaes.
769
SA,
DELTA
CONSTRUCOES
SA,
HELIO
CORREA
770
LANCHECAFE ACAI NA TIGELA LTDA., REVISTA TURISMO BRASIL LTDA. ME, HAVANA COMUNICACAO & EVENTOS LTDA. No foram localizados
vnculos empregatcios da pessoa em anlise.
771
772
773
774
775
776
ALIMENTICIOS
LTDA.,
ATTENDE
CALL
CENTER
777
778
mdia R$822, 05. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo
(es) de vendedor de comrcio varejista, gerente administrativo.
779
verificada como renda mensal mdia R$1165, 07. Teria desempenhado em sua
trajetria profissional a (s) funo (es) de professor de ensino superior na rea de
orientao educacional, professor de arquitetura.
780
781
LTDA.,
IDEA
INSTITUTO
DE
DESENVOLVIMENTO
782
AGENCIA
MUNICIPAL
DE
783
784
785
786
787
788
789
790
791
Data Inicial
GO
03/08/2010 03/08/2010
199.300, 00
120
TO
17/05/2010 28/05/2010
46.000, 00
130
RJ
23/03/2010 28/04/2010
401.887, 04
GO
11/05/2010 11/05/2010
18.000, 00
GO
12/05/2010 12/05/2010
50.000, 00
DF
15/09/2009 15/09/2009
715, 00
254
258
301
Data Final
Qtde.
UF
Transaes
VALOR
407
CIELO S.A.
SP
29/10/2009 30/12/2009
455, 85
49
GO
07/05/2010 07/05/2010
110.000, 00
792
AUTOMOVEIS
62
SP
19/05/2010 19/05/2010
25.000, 00
87
RJ
12/04/2010 28/04/2010
119.442, 27
GO
15/04/2010 11/08/2010
53
4.985.000, 00
75
5.955.800, 16
89
TOTAL
793
794
795
para
com
os
investigados
FLEXAFACTORING
FOMENTO
796
797
798
799
Jurdica
ADTEL
TELECOMUNICACOES
COMERCIO
DE
800
MOREIRA,
PAULO
ROGERIO
CAFFARELLI,
DENILSON
MAURICIO
PEREIRA
COELHO,
CLOVIS
POGGETTI
JUNIOR,
801
empresa
SAGA
SOCIEDADE
ANONIMA
GOIAS
DE
802
cliente,
tenha
sido
paga
pela
BRAVA
CONSTRUES
803
804
UF
Data Inicial
Data Final
Qtde.
Transaes
VALOR
118
GO
22/4/2010
28/5/2010
47.019, 00
160
CE
20/4/2010
20/4/2010
65.000, 00
167
JOSE PINHEIRO
GO
21/5/2010
21/5/2010
35.000, 00
172
GO
24/5/2010
24/5/2010
35.000, 00
18
DF
24/8/2009
19/3/2010
14
10.900, 00
187
GO
19/4/2010
19/4/2010
35.000, 00
276
DF
18/5/2010
26/5/2010
43.125, 00
313
WU KOU JUI
GO
11/5/2010
11/5/2010
24.000, 00
329
GO
17/5/2010
17/5/2010
200.000, 00
353
GO
3/8/2010
3/8/2010
41.550, 00
361
27/7/2010
27/7/2010
100.000, 00
367
GO
18/5/2010
18/5/2010
21.600, 00
369
GO
18/5/2010
18/5/2010
20.400, 00
382
GO
13/5/2010
13/5/2010
21.500, 00
431
GO
11/5/2010
12/5/2010
35.500, 00
442
DF
30/9/2009
9/10/2009
3.000, 00
451
DF
2/9/2009
20/10/2009
1.400, 00
466
GO
19/4/2010
19/4/2010
65.000, 00
476
GO
12/5/2010
12/5/2010
15.000, 00
71
DF
4/5/2010
28/5/2010
37.500, 00
766
GO
23/4/2010
23/4/2010
30.000, 00
TOTAL
51
887.494, 00
805
806
807
AVENIDA ANAPOLIS S/N QD 10 LOTE 14, PARQUE INDUSTRIAL, GOIANIA GO. No foram encontrados vnculos societrios em qualquer perodo. No foram
localizados vnculos empregatcios da pessoa em anlise.
DE
PRODUTOS
FARMAC
LTDA.,
VITAPAN
INDSTRIA
808
809
810
LTDA.,
INTERCALDAS
INCORPORADORA
LTDA.,
811
EXPERTISES
CONSULTORIA,
CONTABILIDADE
CONTROLES
812
EMPREENDIMENTOS
EVENTOS
LTDA.,
SOUZA
RAMOS
813
814
NIP/SR/DPF/DF),
inmeros
indcios
indicavam
que
empresa
G&C
TOTAL
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTR S A
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
DELTA CONSTRUCOES SA
SITUAO
ORIGEM
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
Investigado
QTDE.
TRANSAES
VALOR
2,00
5,00
9,00
3,00
7,00
4,00
5,00
3,00
1,00
6,00
3,00
6,00
3,00
4,00
3,00
3,00
8,00
6,00
4,00
966.000,00
1.915.150,00
5.323.080,00
1.025.340,00
2.933.820,00
2.012.170,00
2.362.010,00
1.992.680,00
413.265,00
3.054.436,00
1.003.560,00
2.220.670,00
1.060.305,00
1.854.172,00
1.168.540,00
1.309.370,00
2.410.890,00
2.311.855,00
1.725.720,00
85
37.063.033,00
815
816
817
818
819
820
2
4
7
UF
Data Inicial
Data Final
Qtde.
Transaes
VALOR
GO 16/09/2011 16/09/2011
73.000, 00
MG 20/01/2012 20/01/2012
5.000, 00
GO 03/11/2011 03/11/2011
45.000, 00
105
GO 27/06/2011 20/01/2012
36.704, 00
108
GO 26/12/2011 26/12/2011
2.750, 00
114
SP
18/10/2010 04/11/2010
753.560, 00
MT 10/02/2011 10/02/2011
22.000, 00
129
140
GO 19/10/2011 19/10/2011
22.870, 00
142
GO 23/01/2012 22/02/2012
40.000, 00
MG 10/02/2012 10/02/2012
25.480, 00
GO 20/12/2010 20/12/2010
115.000, 00
151
156
158
ESQUADROS LTDA.
TO 01/10/2010 01/10/2010
200.000, 00
159
GO 28/06/2011 28/06/2011
114.000, 00
GO 12/12/2011 12/12/2011
21.000, 00
PR 07/04/2011 18/05/2011
313.100, 00
161
164
172
GO 09/05/2011 07/02/2012
62.535, 00
174
GO 19/10/2011 19/10/2011
17.193, 00
821
LTDA.
179
181
199
GO 19/10/2010 19/10/2010
15.800, 00
GO 12/01/2012 12/01/2012
20.000, 00
GO 14/12/2011 14/12/2011
280.000, 00
207
J B TEIXEIRA CARVALHO
MT 09/12/2010 09/12/2010
72.000, 00
213
GO 10/05/2011 10/05/2011
12.500, 00
215
GO 15/09/2011 09/12/2011
207.000, 00
22
GO 31/01/2012 31/01/2012
3.649, 00
233
RS
27/06/2011 22/07/2011
30.400, 00
236
GO 11/11/2011 12/12/2011
19.800, 00
240
GO 21/11/2011 21/11/2011
88.083, 35
SP
01/03/2011 31/03/2011
750.000, 00
GO 11/08/2011 21/10/2011
20.100, 00
TO 29/10/2010 29/10/2010
200.000, 00
GO 20/05/2011 20/05/2011
72.000, 00
244
246
257
262
268
GO 07/04/2011 19/10/2011
55.000, 00
270
GO 21/10/2010 21/10/2010
30.000, 00
GO 30/09/2010 30/09/2010
50.000, 00
279
280
L I ENGENHARIA LTDA.
GO 18/11/2011 18/11/2011
20.000, 00
285
MG 24/06/2011 24/06/2011
29.166, 67
287
W T E ENGENHARIA LTDA.
TO 13/12/2010 13/12/2010
316.800, 00
PR 20/10/2011 20/10/2011
29.500, 00
292
30
GO 08/08/2011 17/01/2012
18.650, 00
305
GO 26/12/2011 26/12/2011
3.800, 00
317
GO 26/11/2010 26/11/2010
5.000, 00
321
GO 11/04/2011 23/05/2011
400.000, 00
RS
20/10/2011 26/10/2011
89.000, 00
323
329
GO 19/07/2011 19/07/2011
16.000, 00
333
DF 03/05/2011 03/05/2011
133.333, 00
822
339
34
MG 11/11/2011 11/11/2011
6.549, 00
GO 16/05/2011 16/05/2011
44.900, 00
347
TO 01/10/2010 01/10/2010
100.000, 00
348
GO 09/05/2011 15/02/2012
88.000, 00
352
MT 18/02/2011 18/02/2011
30.000, 00
357
GO 21/10/2011 21/10/2011
15.477, 00
358
GO 08/11/2010 13/09/2011
60.000, 00
36
GO 11/11/2011 07/12/2011
30.000, 00
366
GO 22/11/2011 22/11/2011
80.460, 00
GO 20/10/2011 20/10/2011
3.800, 00
376
381
GO 23/09/2010 23/09/2010
150.000, 00
383
R A P DE CARVALHO ME
GO 27/09/2010 16/02/2012
19
1.775.500, 00
388
GO 28/06/2011 28/06/2011
19.370, 00
395
GO 28/07/2011 29/07/2011
500.000, 00
405
GO 22/09/2010 08/08/2011
584.467, 00
GO 20/01/2012 10/02/2012
227.091, 42
DF 29/12/2010 09/02/2012
10
1.003.733, 00
SP
15/12/2010 17/01/2011
10.000, 00
GO 25/07/2011 16/09/2011
36.238, 16
GO 20/01/2012 23/02/2012
71.039, 26
411
413
429
431
436
439
GO 01/10/2010 01/10/2010
100.000, 00
441
GO 12/12/2011 23/02/2012
28.000, 00
457
GO 08/04/2011 08/04/2011
44.640, 00
DF 05/08/2011 05/08/2011
49.500, 00
460
461
ARQUIDIOCESE DE GOIANIA
GO 18/05/2011 18/05/2011
50.000, 00
462
G H TURISMO LTDA.
GO 08/12/2010 08/12/2011
146.460, 00
TO 28/09/2010 28/09/2010
300.000, 00
GO 16/02/2011 15/02/2012
94.476, 18
SP
88.745, 00
53
54
63
21/10/2010 14/01/2011
823
EPP
76
80
82
91
PR 20/10/2011 20/10/2011
4.129, 27
PR 19/10/2011 03/11/2011
127.600, 00
GO 06/04/2011 06/04/2011
100.000, 00
GO 14/12/2010 14/12/2010
40.000, 00
TOTAL
10.866.949,
31
824
Nas
linhas
seguintes,
detalham-se
as
Pessoas
Jurdicas
Beneficirias de Recursos.
825
826
827
828
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
829
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
830
831
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
832
DELTA
INCORPORAES
CONSTRUES
(ADRCIO
S/A
&
G&C
RAFAEL
CONSTRUES
CONSTRUES
E
E
833
834
835
836
DE
CAMPOS
RORIZ
EXPANSAO
PARTICIPACAO
TRAFFIC,
LIBRA
FACTORING,
INCORPORAES
(ADRCIO
INCORPORAES)
&
MIRANDA
G&C
RAFAEL
E
SILVA
CONSTRUES
CONSTRUES
CONSTRUES
837
CELIA
DO
ROSARIO
MACHADO
SOUZA,
MARIO
838
839
20
funcionrios.
pessoa
Jurdica
MARCHER
BRASIL
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
840
empresa
EXCITANT
INDSTRIA
COMERCIO
DE
841
(ADRCIO
INCORPORAES)
&
MIRANDA
RAFAEL
E
SILVA
CONSTRUES
CONSTRUES
842
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
843
844
845
846
847
848
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
GOIATUBA-GO.JOSE
BENJAMIM
BARBOSA
aparece
como
para
com
os
INCORPORAES
(ADRCIO
INCORPORAES)
investigados
&
MIRANDA
G&C
RAFAEL
E
SILVA
CONSTRUES
CONSTRUES
CONSTRUES
849
850
851
852
853
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
854
855
856
857
INCORPORAES)
MIRANDA
SILVA
CONSTRUES
858
859
LTDA.
LESSA
PARTICIPACOES
LTDA.
VDL
860
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
861
862
G&C
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
863
864
865
866
867
868
CONSTRUES
INCORPORAES)
EMPRODATA
869
INCORPORAES),
MIRANDA
SILVA
CONSTRUES
870
INCORPORAES)
MIRANDA
SILVA
CONSTRUES
871
SALA 04 , AEROPORTO,
872
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
873
EQUIPAMENTOS
EMPREENDIMENTOS
LTDA.
manteve
CONSTRUES
INCORPORAES
(ADRCIO
&
RAFAEL
874
Qtde.
UF
Data Inicial
Data Final
GO
9/5/2011
9/5/2011
145.000, 00
GO
18/1/2012
18/1/2012
20.000, 00
Transaes
VALOR
109
RO
1/2/2012
1/2/2012
11.570, 00
115
MG
19/1/2012
19/1/2012
20.205, 00
116
MT
13/2/2012
13/2/2012
15.000, 00
12
GO
4/10/2010
14/3/2011
21
2.225.000, 00
121
GO
10/12/2010
10/12/2010
10.000, 00
122
GO
16/9/2011
21/11/2011
301.225, 00
132
DF
12/12/2011
24/1/2012
33.100, 00
136
SP
12/12/2011
12/12/2011
20.000, 00
140
MG
11/11/2011
11/11/2011
4.539, 00
141
MG
31/1/2012
31/1/2012
3.391, 00
144
RJ
1/2/2012
1/2/2012
10.000, 00
145
RJ
16/5/2011
16/5/2011
5.000, 00
147
JAIRES DE ALMEIDA
GO
10/1/2012
15/2/2012
66.666, 00
153
MG
7/2/2012
7/2/2012
3.600, 00
160
CE
26/1/2011
26/1/2011
51.300, 00
173
GO
30/9/2010
30/9/2010
30.000, 00
174
MG
16/1/2012
16/1/2012
22.220, 00
179
RO
2/8/2011
2/8/2011
20.000, 00
181
DF
3/2/2011
3/2/2011
50.000, 00
188
WALTERCI DE MELO
GO
12/11/2010
12/11/2010
400.000, 00
19
MG
8/8/2011
8/8/2011
5.300, 00
190
GO
24/2/2012
24/2/2012
4.576, 00
191
GO
10/2/2012
10/2/2012
2.020, 06
192
GO
26/10/2010
26/10/2010
7.320, 00
195
GO
23/9/2010
23/9/2010
25.000, 00
202
GO
21/10/2010
21/10/2010
25.000, 00
210
ATAIDES DE OLIVEIRA
TO
9/11/2011
6/2/2012
320.000, 00
214
SP
8/11/2011
8/11/2011
18.840, 00
215
SP
3/5/2011
3/5/2011
50.000, 00
216
GO
17/1/2011
17/1/2011
50.000, 00
222
GO
20/1/2012
10/2/2012
21.500, 00
875
226
23
GO
8/7/2011
21/10/2011
60.000, 00
GO
16/1/2012
16/1/2012
7.000, 00
240
GO
14/10/2010
17/2/2011
305.000, 00
241
MS
16/2/2011
17/2/2011
320.000, 00
GO
20/12/2011
20/12/2011
200.000, 00
MG
5/10/2010
5/10/2010
70.000, 00
SP
13/1/2012
13/1/2012
28.336, 00
242
254
255
281
MG
1/2/2012
1/2/2012
4.250, 00
286
JOSE PIRES
MG
18/1/2012
18/1/2012
10.900, 00
288
GO
28/6/2011
28/6/2011
6.000, 00
295
STEPAN NERCESSIAN
RJ
14/1/2011
9/3/2011
33.000, 00
31
GO
14/3/2011
9/9/2011
18.600, 00
310
GO
21/10/2010
21/10/2010
15.000, 00
325
GO
5/10/2010
10/2/2012
56.750, 00
334
GO
1/2/2012
1/2/2012
175.000, 00
339
GO
11/1/2012
11/1/2012
5.850, 00
341
LAILTON DA SILVA
GO
30/9/2010
30/9/2010
30.000, 00
348
GO
15/2/2011
15/2/2011
20.000, 00
360
GO
27/1/2012
27/1/2012
10.000, 00
362
TO
30/9/2010
30/9/2010
30.000, 00
363
PR
28/10/2011
28/10/2011
20.183, 00
369
GO
13/12/2011
25/1/2012
124.480, 00
382
GO
22/12/2010
22/12/2010
3.787, 00
384
GO
12/1/2012
12/1/2012
7.320, 00
385
GO
30/9/2010
30/9/2010
25.000, 00
389
DF
11/1/2012
11/1/2012
50.000, 00
395
GO
26/10/2010
26/10/2010
95.000, 00
GO
21/10/2010
21/10/2010
25.000, 00
40
406
GO
8/4/2011
8/4/2011
15.000, 00
408
DALTON DE ABREU
GO
20/5/2011
20/5/2011
51.000, 00
417
GO
7/1/2011
7/1/2011
55.000, 00
423
GO
21/10/2010
21/10/2010
18.000, 00
424
GO
7/10/2010
21/10/2010
85.000, 00
429
GO
4/2/2011
4/2/2011
100.000, 00
876
437
GO
21/10/2010
21/10/2010
17.000, 00
444
MG
22/7/2011
13/12/2011
37.500, 00
446
MT
9/9/2011
9/9/2011
150.000, 00
448
EDMARCIO DANTAS
GO
8/7/2011
24/2/2012
11
75.210, 00
450
GO
13/12/2011
13/12/2011
350.000, 00
453
GO
13/10/2010
13/10/2010
88.000, 00
454
GO
25/2/2011
25/2/2011
4.000, 00
459
PR
16/12/2010
16/12/2010
8.750, 00
46
GO
1/10/2010
1/10/2010
60.000, 00
465
GO
9/9/2011
9/9/2011
100.000, 00
469
GO
14/1/2011
11/4/2011
45.103, 00
47
MT
22/12/2010
15/2/2012
50.000, 00
474
GO
27/10/2010
27/10/2010
95.000, 00
481
MG
11/11/2011
26/1/2012
56.935, 00
488
MT
12/4/2011
4/5/2011
200.000, 00
496
GO
13/12/2011
13/12/2011
4.000, 00
GO
8/7/2011
8/7/2011
10.500, 00
497
499
GO
22/9/2010
22/9/2010
10.000, 00
50
RJ
15/2/2011
15/3/2011
10.000, 00
508
GO
20/1/2012
20/1/2012
4.250, 00
510
GO
23/1/2012
23/1/2012
8.850, 00
514
MT
3/10/2011
31/1/2012
174.000, 00
GO
18/10/2010
18/10/2010
30.000, 00
519
528
TO
30/6/2011
30/6/2011
33.000, 00
536
GO
16/5/2011
16/5/2011
110.000, 00
540
GO
18/10/2010
18/10/2010
30.000, 00
544
GO
21/10/2010
21/10/2010
15.000, 00
552
MT
13/12/2011
10/2/2012
150.000, 00
554
MG
27/1/2012
27/1/2012
9.735, 00
556
GO
12/12/2011
12/1/2012
108.000, 00
561
GO
18/5/2011
20/10/2011
13.210, 00
569
GO
5/5/2011
17/11/2011
12
833.440, 00
577
KEILA GNUTZMAM
PR
16/12/2010
16/12/2010
8.750, 00
58
GO
16/1/2012
16/1/2012
20.084, 85
581
GO
3/5/2011
3/5/2011
24.000, 00
586
GO
22/9/2010
22/9/2010
40.000, 00
877
590
TO
19/10/2011
19/10/2011
33.500, 00
592
DF
28/10/2010
28/10/2010
230.280, 00
624
MG
16/11/2011
16/11/2011
30.800, 00
63
ES
12/1/2012
18/1/2012
23.552, 00
634
GO
30/9/2010
30/9/2010
25.000, 00
641
ADALBERTO VIEIRA
GO
12/12/2011
10/2/2012
20.329, 27
643
ROGERIO DINIZ
GO
22/2/2012
22/2/2012
30.000, 00
647
GO
3/11/2010
3/11/2010
30.000, 00
651
GO
20/10/2011
22/2/2012
413.025, 01
654
GO
22/10/2010
22/10/2010
7.000, 00
655
GO
18/5/2011
18/5/2011
45.000, 00
656
GO
14/9/2010
14/9/2010
25.000, 00
665
GO
24/9/2010
24/9/2010
12.000, 00
GO
8/12/2011
8/12/2011
62.080, 00
666
67
SP
16/3/2011
22/2/2012
25.000, 00
680
GO
14/9/2010
14/9/2010
25.000, 00
684
MT
29/10/2010
29/10/2010
80.000, 00
69
GO
16/9/2011
16/9/2011
5.100, 00
690
GO
27/6/2011
27/6/2011
7.800, 00
691
RODRIGO BERTOTTO
MS
27/10/2010
27/10/2010
30.000, 00
694
EDMILSON DANTAS
GO
27/6/2011
13/1/2012
86.390, 40
696
GO
7/12/2011
7/12/2011
3.000, 00
699
RJ
11/11/2011
27/1/2012
26.500, 00
70
DF
4/1/2011
4/1/2011
186.850, 00
701
GO
14/10/2010
14/10/2010
79.400, 00
71
DF
6/4/2011
16/8/2011
57.741, 00
76
GO
1/10/2010
1/10/2010
45.000, 00
77
GO
30/9/2010
30/9/2010
20.000, 00
78
GO
31/1/2012
31/1/2012
21.666, 66
81
RN
13/2/2012
13/2/2012
5.000, 00
83
ES
12/1/2012
12/1/2012
3.640, 00
84
TO
15/2/2012
15/2/2012
100.000, 00
86
PR
18/5/2011
18/5/2011
45.700, 00
90
JOAO BATISTA
GO
3/10/2011
3/10/2011
276.285, 00
230
11.179.785, 25
TOTAL
878
879
880
trabalhista
para
com
DELTA
CONSTRUCOES
SA,
DELTA
881
CREDITO
DOS
EMPRESARIOS
DE
GOIANIA
LTDA.,
QUEBEC
882
883
para com RONAN GONCALVES SOUSA. Foi verificada como renda mensal mdia
R$636, 81. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es)
de gerente administrativo.
vnculos
societrios,
apareceu
no
quadro
societrio
de
884
885
R$442, 83. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es)
de auxiliar de escritrio, em geral.
886
S/A,
NOVA
PIRATININGA
EMPREENDIMENTOS,
PESQUISAS,
INDUSTRIA,
COMERCIO,
IMPORTACAO,
887
(ADRCIO
&
RAFAEL
CONSTRUES
888
cadastral RUA SETE 318 CASA, VALE DAS PEROBAS, CONTAGEM - MG. No
foram encontrados vnculos societrios em qualquer perodo. Quanto a vnculos
empregatcios, identificou-se que a pessoa em anlise manteve relao trabalhista
para com PLANTAO SERVICOS DE VIGILANCIA LTDA., BELO HORIZONTE
PREFEITURA, VIGIMINAS SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA.
Foi verificada como renda mensal mdia R$994, 87. Teria desempenhado em sua
trajetria profissional a (s) funo (es) de vigilante, guarda-civil municipal,
vigilante.
889
890
891
JOQUEI
EMPREENDIMENTOS
EVENTOS
LTDA.,
FIORI
RESTAURANTE E DIVERSOES LTDA., BET CO. LTD., BET DO BRASIL SERVICOS DE INFORMATICA LTDA. No foram localizados vnculos
empregatcios da pessoa em anlise.
&
MARGARETH
FREITAS
ADVOGADOS
ASSOCIADOS,
JBT
892
ANHANGUERA
DE
ARAGUAINA
LTDA.,
TELEVISAO
ANHANGUERA S/A. Foi verificada como renda mensal mdia R$5052, 84. Teria
desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es) de professor de
ensino superior na rea de orientao educacional, diretor de operaes de
servios de telecomunicaes.
893
ADMINISTRACOES
REGIONAIS,
SECRETARIA
DE
ESTADO
DE
MANZUA
LTDA.,
CASTELO
CONSTRUCOES
894
SA,
DELTA
CONSTRUCOES
SA,
HELIO
CORREA
895
SOLIDARIO,
GRANITOS
POLIGRANNI
LTDA.,
AGORA
896
897
CASA
DOS
ARTISTAS, CENTRO
CULTURAL DERCY
898
899
900
901
LTDA.,
INTERCALDAS
INCORPORADORA
LTDA.,
902
903
societrio
AGROPECUARIOS
de
LTDA.
AGROTRINTA
EPP,
PARA
COMERCIO
COMERCIO
DE
PRODUTOS
DE
PRODUTOS
904
905
906
907
de
MATO
GROSSO
COMERCIO
REPRESENTACAO,
908
909
mdia R$3240, 85. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo
(es) de gerente administrativo.
910
NUCLEAR CDI - SOCIEDADE SIMPLES. Foi verificada como renda mensal mdia
R$953, 51. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es)
de auxiliar de escritrio, em geral, tcnico de enfermagem.
911
912
BANCO ITAU S/A. Foi verificada como renda mensal mdia R$2144, 77. Teria
desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es) de gerente de
contas - pessoa fsica e jurdica.
913
914
GOVERNO
DO
ESTADO,
PREFEITURA
MUNICIPAL
DE
915
916
917
918
INTERVENCIONISTA
LTDA.,
C.E.T.H.
CENTRO
DE
919
920
921
922
CADASTRAIS
LTDA.
ME,
JD-GO
ASSESSORIA
923
924
mdia R$918, 57. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo
(es) de trabalhador na cultura de soja, supervisor administrativo, assistente
administrativo, trabalhador na cultura de soja, trabalhador agropecurio em geral.
925
PRESIDENTE
2009,
BARBOSA,
GUIMARAES
ZANONI
926
927
928
929
para com GOIAS TRIBUNAL DE CONTAS. Foi verificada como renda mensal
mdia R$3498, 56. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo
(es) de assistente administrativo.
930
931
932
ROSSINE
AIRES
GUIMARES
(CPF
933
934
935
936
937
938
939
940
941
Qtde.
UF
Data Inicial
Data Final
20/12/2011
09/02/2012
128.000, 00
SP
27/10/2010
27/10/2010
155.910, 52
GO
01/07/2004
15/10/2004
202.833, 62
10
486.744, 14
Transaes
VALOR
942
943
Nas
linhas
seguintes,
detalham-se
as
Pessoas
Jurdicas
Beneficirias de Recursos.
944
945
DEM
UF
Data Inicial
Data Final
108
GO
24/2/2012
24/2/2012
130.000, 00
185
DIVINO DE ANDRADE
GO
11/11/2009 11/11/2009
6.430, 00
450
GO
20/12/2011 20/12/2011
270.000, 00
DF
15/9/2011
15/9/2011
421.250, 00
559
Transaes
VALOR
619
SP
15/9/2011
15/9/2011
210.625, 00
90
JOAO BATISTA
GO
9/3/2012
9/3/2012
104.000, 00
91
GO
23/2/2012
23/2/2012
170.000, 00
1.312.305, 00
TOTAL
946
947
948
INCORPORADORA
LTDA.,
COMPACTA
949
950
951
952
953
954
955
956
UF
Data Inicial
Data Final
Qtde.
Transaes
VALOR
144
GO 22/12/2011 22/12/2011
12.031, 79
154
SP
07/06/2011 07/06/2011
62.500, 00
GO 18/10/2011 18/10/2011
70.000, 00
GO 29/07/2011 02/08/2011
600.000, 00
MG 16/06/2011 16/06/2011
17.750, 00
GO 06/06/2011 06/06/2011
55.000, 00
SP
09/11/2011 09/11/2011
4.772, 24
194
200
208
216
228
230
GO 27/02/2012 27/02/2012
1.850, 00
232
GO 08/11/2011 08/11/2011
24.702, 00
234
RS
19/08/2011 19/08/2011
15.200, 00
GO 06/02/2012 06/02/2012
11.200, 00
GO 10/10/2011 10/10/2011
26.900, 00
GO 21/12/2011 21/12/2011
10.000, 00
247
253
265
269
GO 17/06/2011 10/11/2011
36.000, 00
281
L I ENGENHARIA LTDA.
GO 17/10/2011 17/10/2011
20.000, 00
282
MT 28/09/2011 28/09/2011
28.000, 00
DF 19/08/2011 11/10/2011
47.399, 60
296
31
GO 09/11/2011 09/11/2011
15.762, 80
318
GO 10/06/2011 10/06/2011
5.000, 00
324
RS
02/12/2011 02/12/2011
14.650, 00
326
GO 06/06/2011 06/06/2011
23.000, 00
GO 06/10/2011 06/10/2011
116.000, 00
MG 16/08/2011 16/08/2011
9.128, 00
334
340
957
349
354
GO 22/12/2011 22/12/2011
2.700, 00
GO 21/06/2011 21/06/2011
13.835, 00
355
GO 06/12/2011 06/12/2011
40.000, 00
359
GO 14/06/2011 16/08/2011
30.000, 00
37
GO 10/10/2011 10/10/2011
15.000, 00
GO 07/06/2011 07/06/2011
17.575, 55
370
384
R A P DE CARVALHO ME
GO 29/07/2011 01/11/2011
390.000, 00
387
GO 12/07/2011 12/07/2011
17.050, 00
394
SP
21/07/2011 21/07/2011
75.000, 00
406
GO 03/06/2011 06/06/2011
172.165, 00
DF 06/06/2011 02/12/2011
333.333, 00
414
422
GO 29/08/2011 29/08/2011
200.000, 00
426
GO 15/06/2011 15/06/2011
100.000, 00
432
GO 20/12/2011 06/02/2012
22.492, 45
GO 20/12/2011 20/12/2011
35.519, 63
437
463
G H TURISMO LTDA.
GO 06/06/2011 21/12/2011
268.600, 00
55
GO 05/12/2011 23/12/2011
48.177, 68
69
GO 10/11/2011 10/11/2011
22.842, 00
70
GO 10/11/2011 10/11/2011
9.060, 00
77
MG 23/09/2011 23/09/2011
6.670, 00
81
SP
14/06/2011 14/06/2011
14.075, 00
92
GO 05/12/2011 05/12/2011
4.219, 49
95
D.C.DE PAULA
GO 06/10/2011 06/10/2011
4.000, 00
TOTAL
65
3.069.161,
23
958
Nas
linhas
Beneficirias de Recursos.
seguintes,
detalham-se
as
Pessoas
Jurdicas
959
960
empresa
TECHLINE
IMPORTACAO,
EXPORTACAO
961
962
963
964
965
966
967
968
969
GOIATUBA-GO.JOSE
BENJAMIM
BARBOSA
aparece
como
970
971
972
973
974
975
976
977
978
979
980
981
982
983
984
DA
SILVA
MIRANDA
SILVA
CONSTRUES
985
TERRAPLANAGEM
LTDA.
EMPRODATA
986
987
09
Qtde.
UF
Data Inicial
Data Final
GO
10/6/2011
17/10/2011
30.000, 00
Transaes
VALOR
132
DF
10/10/2011 10/10/2011
11.000, 00
147
JAIRES DE ALMEIDA
GO
20/12/2011 20/12/2011
91.666, 66
295
STEPAN NERCESSIAN
RJ
17/6/2011
17/6/2011
160.000, 00
325
GO
20/12/2011 20/12/2011
45.000, 00
334
GO
28/2/2012
28/2/2012
102.083, 33
360
GO
14/6/2011
31/10/2011
79.949, 35
369
GO
17/10/2011 21/12/2011
184.158, 00
408
DALTON DE ABREU
GO
6/6/2011
6/6/2011
53.000, 00
448
EDMARCIO DANTAS
GO
6/2/2012
6/2/2012
10.000, 00
465
GO
6/10/2011
17/10/2011
121.000, 00
469
GO
10/6/2011
10/8/2011
130.456, 00
47
MT
9/11/2011
9/11/2011
25.000, 00
476
GO
6/6/2011
6/6/2011
24.000, 00
514
MT
24/8/2011
2/12/2011
130.000, 00
988
FALCAO
536
GO
8/8/2011
8/8/2011
18.000, 00
556
GO
8/11/2011
8/11/2011
54.000, 00
561
GO
17/6/2011
22/12/2011
11.485, 00
569
GO
6/6/2011
17/10/2011
384.232, 00
GO
20/12/2011 20/12/2011
163.083, 33
SP
28/2/2012
28/2/2012
30.000, 00
GO
12/7/2011
12/7/2011
8.400, 00
651
67
69
694
EDMILSON DANTAS
GO
26/8/2011
27/2/2012
28.800, 00
699
RJ
14/6/2011
17/10/2011
10.000, 00
711
GO
27/2/2012
27/2/2012
8.000, 00
712
GO
15/6/2011
15/6/2011
20.000, 00
BA
6/10/2011
6/10/2011
21.000, 00
DF
27/2/2012
27/2/2012
22.500, 00
713
714
CLAUDIA VASCONCELOS
AMORIM
SERGIO MESQUITA DE
AVILANETO
716
ES
14/6/2011
14/6/2011
18.000, 00
720
MT
27/2/2012
27/2/2012
8.985, 00
721
RJ
31/10/2011 31/10/2011
10.000, 00
MG
28/2/2012
28/2/2012
18.000, 00
722
724
MG
22/12/2011 22/12/2011
40.000, 00
725
GO
13/7/2011
13/7/2011
80.000, 00
728
MG
16/8/2011
17/8/2011
9.904, 00
GO
11/10/2011 11/10/2011
53.636, 61
729
730
731
GO
6/2/2012
6/2/2012
15.200, 00
RJ
9/11/2011
9/11/2011
50.000, 00
732
MARCELOS DA FONSECA
GO
14/6/2011
14/6/2011
9.600, 00
736
GO
18/10/2011 18/10/2011
10.000, 00
737
GO
18/10/2011 18/10/2011
7.000, 00
738
GO
23/12/2011 23/12/2011
3.000, 00
741
GO
17/6/2011
17/6/2011
13.071, 00
742
MG
22/12/2011 22/12/2011
50.000, 00
744
GO
9/11/2011
40.000, 00
22/11/2011
989
745
GO
16/8/2011
16/8/2011
8.464, 00
746
GO
23/12/2011 23/12/2011
4.000, 00
GO
14/10/2011 14/10/2011
86.960, 00
750
751
TO
20/12/2011 20/12/2011
110.000, 00
753
MT
27/2/2012
27/2/2012
2.585, 20
754
EDERTON DANTAS
GO
20/12/2011 20/12/2011
15.000, 00
758
GO
20/12/2011 20/12/2011
105.000, 00
GO
22/11/2011 22/11/2011
30.000, 00
761
RAPHAEL DE PAULA
DOMINGUES DE SOUZA
762
GO
31/10/2011
5/12/2011
15.570, 84
763
MG
14/6/2011
14/6/2011
8.000, 00
764
GO
22/12/2011 22/12/2011
8.220, 00
GO
13/10/2011
6/12/2011
50.000, 00
TO
9/8/2011
9/8/2011
120.000, 00
765
84
TOTAL
2.977.010, 32
990
991
vnculos
societrios,
apareceu
no
quadro
societrio
de
TRANSPORTADORA JAONE LTDA. Quanto a vnculos empregatcios, identificouse que a pessoa em anlise manteve relao trabalhista para com BANCO DO
BRASIL SA. Foi verificada como renda mensal mdia R$3686, 43. Teria
desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es) de escriturrio de
banco.
CASA
DOS
ARTISTAS, CENTRO
CULTURAL DERCY
992
verificada como renda mensal mdia R$28094, 76. Teria desempenhado em sua
trajetria profissional a (s) funo (es) de ator.
993
LTDA.,
INTERCALDAS
INCORPORADORA
LTDA.,
994
995
cadastral RUA TIMOR 158, SHANGRI LA, CUIABA - MT. No foram encontrados
vnculos societrios em qualquer perodo. Quanto a vnculos empregatcios,
identificou-se que a pessoa em anlise manteve relao trabalhista para com
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO. Foi verificada
como renda mensal mdia R$1540, 7. Teria desempenhado em sua trajetria
profissional a (s) funo (es) de assistente administrativo.
GOVERNO
DO
ESTADO,
PREFEITURA
MUNICIPAL
DE
996
997
CADASTRAIS
LTDA.
ME,
JD-GO
ASSESSORIA
998
999
1000
cadastral RUA A 8 n 140 APT 104 BL B, VILA DOS ALPES, GOIANIA - GO. No
foram encontrados vnculos societrios em qualquer perodo. Quanto a vnculos
empregatcios, identificou-se que a pessoa em anlise manteve relao trabalhista
para com DELTA CONSTRUCOES SA. Foi verificada como renda mensal mdia
R$4787, 74. Teria desempenhado em sua trajetria profissional a (s) funo (es)
de engenheiro civil.