Fontes de Direito
Fontes de Direito
Fontes de Direito
PROCESSUAL ADMINISTRATIVO
CONTENCIOSO
Entende-se por fontes do Direito, os modos de formulao e de
revelao do direito objectivo, isto , os diversos processos de
gestao das normas jurdicas1 ou, para parafrasear, JESS
GONZLEZ PREZ: Son los poderes sociais a los que se reconoce la
facultad normativa criadora2.
Por conseguinte, as fontes do Direito Processual Administrativo
Contencioso, so os processos pelos quais se elaboram as normas
jurdicas prprias a este ramo do direito processual.
A aproximao do estudo das fontes do Direito Processual
Administrativo Contencioso pode fazer-se de diferentes maneiras.
Em primeiro lugar, pode-se questionar o porque da existncia da
norma jurdico-processual analizada, quais so as consideraes que
favorizaram a sua adopo, quais so as aspiraes que ela tem a
preocupao de responder. Fazendo isso, escreve REN CHAPUS,
procuram-se as fontes materiais da norma 3. Por exemplo, tratandose da Lei n. 9/2001, de 7 de Julho, a sua ratio legis procede da
preocupao do legislador em alterar o direito anteriormente vigente
por motivos de desaquao da anterior legislao e tambm pela
1
Prembulo
Sobre a teoria geral, vide, BERGEL J.L., Mthodologie juridique, op. cit., p. 175 e
seguintes. A questo do costume como fonte do Direito Processual Administrativo
Contencioso apresenta-se em termos anlogos a aqueles que se encontram no
questionamento do costume como fonte do Direito Administrativo em geral ou, de
uma forma mais ampla, do Direito Pblico. Se teoricamente nada impede de
considerar o costume como fonte do Direito Administrativo (CRETELLA JNIOR J.,
Direito Administrativo Brasileiro, Rio de Janeiro Forense, 2. ed., 2002, n. 69) se
reconhece a sua escasa funcionalidad (GONZLEZ PREZ J., Manual de Derecho
Procesal Administrativo, op. cit., p. 76). Na prtica, da jurisdio administrativa
moambicana no houve ainda pronunciamento do Tribunal Administrativo sobre
esta questo.
5
22
Sobre a teoria geral da hierarquia material das normas, vide, BERGEL J.L.,
Mthodologie juridique, op. cit., p. 178 e seguintes.
23
O Artigo 1 da Lei n. 9/2001, de 7 de Julho precisa: "O processo administrativo
contencioso rege-se pelo disposto na presente Lei, na Lei Orgnica do Tribunal
Administrativo e, subsidiaramente, nas normas do processo civil e outras disposies
gerais, com as devidas adaptaes" (o sublinhado nosso).
24
Artigo 3 da Lei n. 9/2001, de 7 de Julho: O exerccio dos meios processuais da
competncia do Tribunal Administrativo depende dos pressupostos estabelecidos na
presente Lei e, subsidiariamente, nas normas do processo civil (o sublinhado
nosso).
25
JAM, I, p. 5.
Hoje revogada na sua parte relativa ao Contencioso Administrativo (PARTE V) vide
infra SECO 1, 2.
27
Vide, Artigo 208 da LPAC.
26
Demais, como foi referido na introduo desta Parte, considerase a Jurisprudencia do Tribunal Administrativo como uma fonte do
Direito Processual Administrativa Contencioso e ainda mais, como uma
fonte principal deste ramo do direito visto a importncia objectiva
desta como autoridade criadora de normas jurdicas.
Assim, pode-se distinguir, dentro deste conjunto de fontes
principais do Direito Processual Administrativo Contencioso duas
categorias bem distintas: umas so escritas (SECO 1); e outras no
so (SECO 2).
SECO 1. AS FONTES ESCRITAS
A sequncia da apresentao e anlise das fontes principais
escritas do Direito Processual Administrativo Contencioso, obedecer a
uma lgica norteada pelo princpio de hierrquia dessas fontes e pela
idade das mesma, respeitando assim o princpio Lex posterior priori
derogat: Constituio (1), Lei do Processo Administrativo Contencioso
(2), Lei Orgnica do Tribunal Administrativa (3), Regimento do
Tribunal Administrativo (4) e Tabela de custos do Tribunal
Administrativo (5).
1. Constituio da Repblica
Bibliografia. Contributo para o Debate Sobre a Reviso
Constitucional, Coordenao GILLES CISTAC, Universidade Eduardo
Mondlane, Ed. Faculdade de Direito 2004, 362 pginas; SIMANGO A.,
Introduo Constituio Moambicana, AAFDL, Lisboa 1999;
CARRILHO J.N. e RICARDO NHAMISSITANE E., Alguns aspectos da
Constituio, Departamento de investigao e legislao Edicil
Ministrio da Justia, Maputo 1991; STIRN B., Les sources
constitutionnelles du droit administratif, Paris, LGDJ, 3.., ed., 1999;
GONZLEZ PREZ J., Manual de Derecho Procesal Administrativo,
Madrid, Ed. Civitas, 3.. ed., 2001, p. 74.
A Constituio da Repblica28 como lei bsica de toda a
organizao poltica e social na Repblica de Moambique 29 a fonte
directa e indirecta de todas as atribuies e competncias que se
28
desde
logo,
30
35
10
VIGUIER J., Le contentieux administratif, op. cit., p. 14; FREITAS DO AMARAL D., IV,
p. 84 e seguintes; CAETANO M., II, n. 463.
37
VIGUIER J., op. cit., p. 15.
38
VIEIRA DE ANDRADE J., op. cit., p. 42.
39
FREITAS DO AMARAL D., IV, p. 86.
40
VIEIRA DE ANDRADE J., op. cit., p. 42.
41
BIGOT G.,Les bases constitutionnelles du droit administratif avant 1875, op. cit.,
p. 218. A separao das autoridades administrativas apenas orgnica e no
funcional. Com efeito, a Administrao Pblica mistura e combina na sua actividade
vrias funes: funo de execuo e funo contenciosa.
42
BIGOT G., La dictature administrative au XIXe sicle: thorie historique du droit
administratif, op. cit., p. 438 e seguintes.
43
FOULQUIER N., Les droits publics subjectifs des administrs. mergence dun
concept en droit administratif franais du XIXe au XXe sicle, op. cit., p. 170.
11
12
13
14
15
16
78
17
18
TRIBUNAL
ADMINISTRATIVO no CAPTULO III ORGANIZAO DOS TRIBUNAIS),
integrado por magistrados com estatuto e carreira prprios.
Assim, a Constituio da Repblica consagra as estruturas
especficas de um controlo jurisdicional da aco administrativa
original consubstanciando a submisso da Administrao Pblica ao
Direito Administrativo e que constitui assim o incio de um processo de
edificao, parafraseando a expresso de ANTNIO-CARLOS PEREIRA
MENAUT89 de um Estado de Justia Administrativa.
b) O modelo processual
Os
modelos
processuais
mais
marcantes
de
justia
administrativa subdividem-se entre o modelo objectivista e o
modelo subjectivista (1). Esta apresentao preliminar contribuir
identificao das caractersticas do modelo processual moambicano
(2).
1.
Os
subjectivista
modelos
processuais
objectivista
89
PEREIRA MENAUT A-C., Rule of Law y Estado de Derecho, op. cit., p. 98.
VASCO PEREIRA DA SILVA estabeleceu um levantamento exaustivo das
caractersticas desses modelos, vide, Para um contencioso administrativo dos
particulares (Esboo de uma teoria subjectivista do recurso directo de anulao), op.
cit., p. 261 e seguintes. Vide, tambm sobre a distino, VIEIRA DE ANDRADE J., A
justia administrativa, op. cit., p. 39 e seguintes e p. 45 e seguintes. Vide, sobre a
teoria geral, LAMPU P., La distinction des contentieux, em, La technique et les
principes du Droit Public. tudes en lhonneur de GEORGES SCELLE, Paris, LGDJ,
1950, Tome Premier, p. 300 e seguintes; DE LAUBADRE A., VENEZIA J.C., GAUDEMET
Y., Trait de Droit Administratif, Tome 1, 13e d., Paris, LGDJ, E.J.A., 1994., n. 625 e
seguintes; GOHIN O., Contentieux administratif, op. cit., n. 191; CHAPUS R., n. 229;
PACTEAU B., n. 14.
90
19
20
Funo
MODELO
SUBJECTIVIST
A
A defesa da Legalidade e A
tutela
de
SCHWARZE J., Droit administratif europen, Bruxelles, Ed. Bruylant, 1994, pp. 127 e
142.
98
VIEIRA DE ANDRADE J., op. cit., p. 46.
99
PEREIRA DA SILVA V., op. cit., p. 265. A concepo alemo muito clara sobre este
aspecto, vide, SCHWARZE J., "Le juge, un regard tranger", AJDA 1995, Chroniques, p.
234.
100
VIEIRA DE ANDRADE J., op. cit., p. 46.
101
VIEIRA DE ANDRADE J., Ibidem
102
GOYARD C., "tat de droit et dmocratie", op. cit., p. 301.
21
contenciosa
do Interesse Pblico
Entidade
controladora
A entidade controladora
tanto pode ser um rgo
da Administrao Pblica
como
uma
entidade
administrativa
jurisdicionalizada
Objecto
Processo
Concepo
Processo
O
juiz
tem
poderes
de
plena jurisdio
Controlo
total
podendo incluir
o cumprimento
de
normas
internas e de
boa
administrao
Os efeitos do Efeitos erga omnes
Efeitos
inter
caso julgado
partes
Execuo
das Depende de um juzo de Estritamente
sentenas
oportunidade
da obrigatria
Administrao Pblica
para
a
Administrao
Pblica
7
8
do Um acto administrativo
do O particular recorrente
tem apenas uma posio
de facto.
Poderes do juiz
Apenas
o
juiz
pode
determinar a anulao de
actos ilegais
mbito
do Controlo de Legalidade
controlo
exercido
direitos
dos
particulares
O controlo
exercido
pela
entidade
jurisdicional
independente
do
Poder
Administrativo
A leso das
posies
jurdicas
subjectivas do
administrado
Processo entre
partes
______________________________
A realidade mostra que, nos pases com sistemas de
administrao executiva, os modelos actuais de justia administrativa
22
modelo
23
107
24
26
27
28
29
Vide, por exemplo em Portugal, PEREIRA DA SILVA V., op. cit., p. 276.
COLAO ANTUNES L.F., A Reforma do Contencioso Administrativo. O ltimo ano
em Marienbad, em, O Direito Administrativo e a sua Justia no Incio do Sculo XXI,
Livraria Almedina Coimbra, 2001, p. 98.
122
31
Vide o exemplo recente da ordem jurdica portugusa, PEREIRA DA SILVA V., Todo
o contencioso administrativo se tornou de plena jurisdio, CJA n. 34, Julho/Agosto
2002, pp. 24-32. Vide as crticas de LUS FILIPE COLAO ANTUNES, em A Reforma do
Contencioso Administrativo. O ltimo ano em Marienbad, op. cit., pp. 97-121. Vide,
tambm, o exemplo, do direito espanhol, GARCA de ENTERRA E., "Contenciosoadministrativo objectivo y contencioso-administrativo subjectivo a finales del siglo
XX. Uma visin histrica y comparatista", Revista de Administracin Pblica, Nm.
152. Mayo-agosto 2000, p. 102 ou alemo, vide,
124
Sobre os critrios dos modelas subjectivista e objectivista, vide, supra PARTE I,
CAPTULO I, SECO 1, 1, A, b).
125
ARNOLD R., Le contrle juridictionnel des dcisions administratives en
Allemangne, AJDA 1999, p. 659; SCHWARZE J., Droit administratif europen, op. cit.,
p. 127 e seguintes.
32
126
33
c) O mbito da jurisdio
Constituio da Repblica
administrativa
luz
da
Quando se fala de mbito da jurisdio administrativa, tratase, fundamentalmente, do conjunto de litgios que so atribudos aos
tribunais administrativos130. Esta definio implica necessariamente a
delimitao deste mbito em relao a outras ordens jurisdicionais;
como escreve OLIVIER GOHIN: Definir, ao mesmo tempo, dar
sentido e fixar um limite, isto , considerar a noo por si e em relao
s outras131.
A questo preliminar que surje quando se trata de delimitar a
identificao de critrios susceptveis de caracterizar este mbito e, ao
mesmo tempo, susceptveis de operacionalizar este, no sentido de
integrar no referido mbito, figuras jurdicas pela mera aplicao
desses critrios, isto , aplicando esses critrios a um objecto
determinado, esta operao permite reconhecer este objecto como
parte de um todo chamado ambito da jurisdio administrativa. Por
outras palavras, o que que determina se um acto jurdico ou material
entra ou no entra neste mbito?132 ou parafraseando JEAN RIVERO:
Quais so os litgios que os interessados devem apresentar na
jurisdio administrativa133?
Onde procurar os critrios caracterizadores deste mbito?
Em primeiro lugar, do ponto de vista do contedo, partindo do
pressuposto de que se trata de determinar o mbito constitucional da
jurisdio administrativa, o campo de investigao restringir-se-
Lei fundamental134.
Em segundo lugar, no que diz respeito a alguns aspectos
metodolgicos preliminares, socorrendo dos trabalhos da doutrina
dominante135, esta aponta na classificao formal dos modos de
revelao desses critrios por: ou uma clusula geral (ou um princpio
130
34
Como afirma JOS CARLOS VIEIRA DE ANDRADE, a enumerao pode ser positiva,
concretizando as espcies includas, ou ento negativa, dizendo quais so as
espcies excludas op. cit., p. 118.
137
Vide, por exemplo, no ordenamento jurdico portugus, SRVULO CORREIA J.M.,
Acto administrativo e mbito da jurisdio administrativa, em SRVULO CORREIA,
J.M., DINIZ DE AYALA B., MEDEIROS R., Estudos de Direito Processual Administrativo,
Lisboa, Ed. LEX, 2002, p. 219. Vide, tambm, o exemplo, do ordenamento jurdico
espanhol, GARCA de ENTERRA E., "Contencioso-administrativo objectivo y
contencioso-administrativo subjectivo a finales del siglo XX. Uma visin histrica y
comparatista", op. cit., p. 100 e seguintes.
35
sentidos
do
conceito
de
relao
jurdica
138
36
37
38
39
40
MORIN E., La mthode, Tome 1. La nature de la Nature, Paris, Ed. du Seuil, 1977,
p. 20; FEYERABEND P., Contre la mthode. Esquisse dune thorie anarchiste de la
connaissance, Paris, d. du Seuil, 1979, p. 36.
161
PEREIRA DA SILVA V., Em busca do acto administrativo perdido, op. cit., p. 161 e
seguintes e p. 186 e seguintes.
162
Vide, tambm, a classificao proposta por VITALINO CANAS, Relao jurdicopblica, op. cit., p. 225.
163
PEREIRA DA SILVA V., op. cit., pp. 160-161.
164
VASCO MANUEL PASCOAL DIAS PEREIRA DA SILVA, citando BACHOF, op. cit., p.
161.
41
42
43
como conceito
ainda central da dogmtica
administrativa
moambicana. Por outras palavras, ainda a espcie/acto administrativo
conceptualmente mais importante que o gnero/relao jurdica
administrativa no mbito da determinao da competncia da
jurisdio administrativa.
1.1.2.2.2. A opo objectiva na definio da relao
jurdica administrativa
A simplicidade da questo prinicipal, isto , qual a opo
escolhida pelo legislador constituinte em termos de definio do
conceito de relao jurdica administrativa, no deve afastar a
complexidade da resposta.
Face a esta situao, que no prpria da ordem jurdica
moambicana173, a doutrina estrangeira recomendou uma postura
prudente partindo do entendimento estrito tradicional de relao
jurdica administrativa, no sentidode relao jurdica de direito
administrativo, com excluso nomeadamente das relaes de direito
privado em que intervm a Administrao, sobretudo na medida em
que se considere (...) tratar-se aqui de uma reserva nuclear ou de
princpio, que no exclui solues justificadas de alargamento ou de
compresso do mbito por parte do legislador ordinrio 174.
A prudncia se uma virtude cardeal no suficiente para
fundamentar racionalmente a escolha de uma definio objectiva da
relao jurdica administrativa.
Do ponto de vista do processo contencioso administrativa, a
questo de saber o que faz com que um determinado litgio est
sujeito jurisdio do Tribunal Administrativo e dos tribunais
administrativos?
Equacionar o problema em esses termos, o que abrange tambm
o vinculum iuris das decises, de realar um elemento essencial da
definio da relao jurdica administrativa, o do direito aplicvel a
esses relaes jurdicas que o Direito Administrativo 175.
esta ligao entre o fundo do direito aplicvel a uma
determinada relao jurdica e a jurisdio competente para o
173
Vide, por exemplo, uma situao similar na ordem jurdica portuguesa (vide, por
exemplo, VIEIRA DE ANDRADE J., mbito e limites da jurisdio administrativa, op.
cit., p. 123).
174
VIEIRA DE ANDRADE J., op. cit., p. 124.
175
VIEIRA DE ANDRADE J., A justia administrativa, op. cit., p. 79; CANAS V., Relao
jurdico-pblica, op. cit., p. 207; CAUPERS J., Introduo ao Direito Administrativo,
6. ed., Lisboa, ncora editora, 2001, p. 254.
44
176
45
relao
"deciso"
"relao
jurdica
46
184
JOS CARLOS VIEIRA DE ANDRADE utiliza expressamente esta formulao (op. cit.,
p. 123).
185
VASCO MANUEL PASCOAL DIAS PEREIRA DA SILVA, citando MARGARETHA SUDHOF,
Em busca do acto administrativo perdido, op. cit., p. 161; SRVULO CORREIA J.M.,
Acto administrativo e mbito da jurisdio administrativa, op. cit., p. 222 e 224.
47
48
49
como
uma
203
50
BRAIBANT G., STIRN B., Ibidem; CHAPUS R., op. cit., n. 582 e seguintes.
Vide, tambm, a classificao do ponto de vista material, isto , do ponto de vista
da natureza das modificaes que essas introduzem na ordem jurdica, estabelecida
por JEAN RIVERO, n. 94.
213
CAETANO M., I, n. 184. A ordem jurdica interna estabelece formalmente esta
distino (vide, por exemplo, a SECO III do CAPTULO IV da Lei n. 2/97, de 18 de
Fevereiro com a epgrafe Das deliberaes e decises). Todavia, no parece
estabelecer uma distino estrita em termos de regime jurdico. O Artigo 105 da Lei
n. 2/97, de 18 de Fevereiro sujeita-se ao mesmo regime a executoriedade das
deliberaes e decises e o Artigo 106 do referido diploma legal sob a epgrafe
Deliberaes nulas associa no mesmo regime deliberaes e decises.
214
CAETANO M., Ibidem
215
A palavra decises utilizada na Poltica Nacional de guas (Resoluo n. 7/95,
de 8 de Agosto) (vide, por exemplo: Ser reforada a capacidade administrativa das
empresas de distribuio urbana de gua, atravs do estabelecimento do respective
estatuto legal autnomo, o que contemplar formas de participao do pblico na
tomada de decises (n. 3) (o sublinhado nosso) parece no excluir este
entendimento.
212
51
Concep
o
"Caeta
nense"
Jurdica
ou
Tcnica
mbito da deciso
Concep
o
"Francesa
"
Actos
individuais
ou gerais e
abstractos
Concep
o
"Caeta
nense"
Actos
individu
ais ou
gerais e
abstract
os
rgo
Concep
o
"France
sa"
Singular
ou
colegial
Concep
o
"Caeta
nense"
Singular
52
54
55
56
229
57
4. A declarao de ilegalidade de uma norma determina a repristinao das normas que ela
haja revogada, excepto quando tenha entretanto ocorrido outra causa de cessao da sua
vigncia.
SECO II
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Artigo 96
(Normas ilegais)
1.Pode todo o particular pedir a declarao de ilegalidade de normas emitidas no desempenho
da funo administrativa:
a) Quando tais normas tenham sido julgadas ilegais por qualquer tribunal em trs casos
concretos;
b) Quando os seus efeitos se produzam imediatamente, sem depndncia de um acto
administrativo ou jurisdicional de aplicao.
2. O Ministrio Pblico pode pedir a declarao de ilegalidade com fora obrigatria geral de
quaisquer norma emitidas no desempenho da funo administrativa sem necessidade de
verificao de recusa de aplicao em trs casos concretos.
Artigo 97
(Legitimidade e prazo)
1. A declarao de ilegalidade pode ser pedida a todo o tempo por quem se considere lesado
pela aplicao da norma, ou susceptvel de vir a s-lo em momento prximo, e deve ser
obrigatoriamente pedia pelo Ministrio Pblico quando tenha conhecimento de trs decises
de quaisquer tribunais, transitadas em julgado, que recusem a sua aplicao com fundamento
em ilegalidade.
2. As decises previstas no nmero anterior so comunicadas pelos tribunais que as profiram,
por meio de certido, ao representante do Ministrio Pblico junto da Seco do Tribunal
Administrativo. SECO III
ACTOS PROCESSUAIS
Artigo 98
(Tramitao)
1. O processo de impugnao de normas segue os termos do processo de recurso contencioso
de actos administrativos.
2. O relator pode dispensar a citao do autor da norma, quando este j tenha sido ouvido
sobre os mesmos fundamentos em outro processo pendente no Tribunal.
3. No despacho que ordene ou dispense a citao do autor da norma, or elator manda publicar,
pelo meio e no local utilizados para dar publicidade norma, anncio do pedido de declarao
da sua ilegalidade a fim de permitir a interveno no processo de eventuais interessados.
4. A interveno prevista no nmero anterior admissvel at ao incio da fase de alegaes.
5. ordenada a apensao dos processos relativos mesma norma, excepto quando o seu
estado ou outra razo especial a torne inconveniente.
Artigo 99
58
59
236
60
61
62
do
acto
63
RIVERO J., n. 92; VEDEL G. e DELVOLV P., I, p. 243 e seguintes; DEBBASCH C.,
Droit administratif, Ed. Economica, Paris, 2002, p. 475 e seguintes; CHAPUS R., Droit
administratif gnral, Tomo 1, op. cit., n. 553 e seguintes; SEILLER B., Droit
administratif, 2., op. cit., p. 116 e seguintes.
249
RIVERO J., Ibidem. SEILLER B., Droit administratif, 2., op. cit., p. 118. Vide,
tambm, FREITAS DO AMARAL D., Curso de Direito Administrativo, Vol. II, op. cit., p.
221.
250
RIVERO J., Idem. Vide, tambm, a distino entre provvedimenti amministrativi y
atti amministrativi strumentali da doutrina italiana, vide, LAFARGE F., Le contrle des
dcisions de ladministration en Italie, AJDA n. 9/1999, p. 678.
251
CHAPUS R., Droit administratif gnral, Tomo 1, op. cit., n. 564; SEILLER B., Droit
administratif, 2., op. cit., p. 126 e seguintes.
252
MORAND-DEVILLER J., Cours de Droit administratif, op. cit., p. 322 e seguintes.
64
65
259
66
Vide, supra, p.
vide, por exemplo, MAX REMONDO, Le droit administratif gabonais, Paris, LGDJ,
1987, n. 529 e seguintes.; vide, tambm, VAN LANG A., GONDOUIN G., INSERGUETBRISSET V., Dictionnaire de droit administratif, 2. ed., Edi. Dalloz, Paris, 1999, vide,
Acte administratif. a concepo que vigorou principalmente no Sculo XIX no
sentido de qualquer ato proveniente da Administrao, CRETELLA JNIOR J., Direito
Administrativo Brasileiro, op. cit., n. 167; EHRHARDT SOARES R., Acto
administrativo, Polis, 1, p. 101.
267
No sentido de que o acto trata da situao de particulares estranhos a sua
266
67
68
Artigo 120 do CPA. FREITAS DO AMARAL D., Curso de Direito Administrativo, Vol.
II, op. cit., p. 210 e seguintes.
278
FREITAS DO AMARAL D., op. cit., p. 147 e seguintes.
279
Vide, por exemplo, VEDEL G. e DELVOLV P., I, p. 269 e seguintes.
280
MOREAU J., n. 111.
281
FREITAS DO AMARAL D., Curso de Direito Administrativo, Vol. II, op. cit., p. 207.
282
SRVULO CORREIA J.M., "Impugnao de actos administrativos", CJA n. 16,
Julho/Agosto 1999, p. 12.
69
Acto
administrativo
mbito
da
jurisdio
70
71
72
295
73
74
75
EISENMANN C., Cours de droit administratif, Tome II, Paris, LGDJ, 1983, p. 11.
Vide, a demonstrao geral de GILLES DARCY, La dcision excutoire. Esquisse
mthodologique, op. cit., p. 675; como escreve este autor: Por outras palavras,
apenas se pode apreender uma palavra jurdica atravs da sua funo, isto , pelos
tipos de uso que se faz da expresso, pelas propriedades que a relao com o
mundo lhe confere, ibidem.
312
DARCY G., op. cit., p. 674.
313
Sobre o conceito, vide, EISENMANN C., Cours de droit administratif, Tome II, Paris,
LGDJ, 1983, p. 15.
314
FREITAS DO AMARAL D., Curso de Direito Administrativo, Vol. II, op. cit., p. 206.
315
apenas, parafraseando JOS MANUEL SRVULO CORREIA: um tpico de
referenciao da existncia de jurisdio administrativa, op. cit., p. 225.
311
76
77
78
323
79
a) A teoria do campo
1. A estrutura do campo
2. A lgica do campo
b) A juridicidade do campo
DUNCAN MITCHELL G., Novo Dicionrio de Sociologia, Porto, RS-Editora, Lda, vide
Posio social
328
Vide, os trabalhos do socilogos Pierre BOURDIEU, em particular, Rponses (com
Loc J.D. WACQUANT), Paris, Ed. du Seuil, 1992; Leon sur la leon, Paris, Les Editions
de Minuit, 1982; "La force du droit. Elments pour une sociologie du champ
juridique". Actes de la recherche en sciences sociales, n. 64, septembre 1986, pp. 319.
329
Vide, por exemplo: Artigo 3, alnea e) do Artigo 11, Artigo 56, Artigo 249 da
Constituio da Repblica.
81
82
83
336
84
341
342
Dans un sens
EISENMANN C., II, op. cit., p. 11.
85
86
Vide, por exemplo, FAVOREU L., Droit constitutionnel, Paris, Ed. Dalloz 1998, p.
863 e seguintes.
87
garantia
constitucional
de
88
"Todos os cidados lesados nos seus direitos pelos poderes pblicos tm direito a
recurso jurisdicional...".
351
"Todos os cidados pode recorrer aos tribunais para salvaguardar os seus direitos
e interesses legtimos ...".
352
"Cada tem direito proteco legal pelos tribunais e pode expor perante eles os
seus pontos de vista sobre os seus direitos e interesses, nos termos da lei".
353
"Todas las personas tienen derecho a obtener la tutela efectiva de los que jueces
y tribunales en el ejercicio de sus derechos e intereses legtimos, sin que, en ningn
caso, pueda producirse indefensin".
354
"A todos assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus
direitos e interesse legtimos, no podendo a justia ser denegada por insuficincia
de meios econmicos".
355
Mesma lgica no Artigo 69 da mesma : "O cidado pode impugnar os actos que
violam os seus direitos estabelecidos na Constituio e nas demais leis (o
sublinhado nosso). LUS FILIPE COLAO ANTUNES defende, neste sentido, um
alargamento da noo de acto (e no uma lesividade assente na patrimonializao
da relao jurdico-administrativa), o que no deixa de ter projeces ao nvel dos
meios processuais, mesmo dos acessrios, nomeadamente ao nvel da execuo de
julgados, A Reforma do Contencioso Administrativo. O ltimo ano em Marienbad,
op. cit., p. 106.
356
Sobre este princpio de interpretao, vide, STARCK B., ROLLAND H., BOYER L.,
Introduction au Droit, Paris, Ed. Litec, Paris, 1988, n 316.
357
MELO FRANCO J. e ANTUNES MARTINS H., Dicionrio de Conceitos e Princpios
Jurdicos, op. cit., vide Acto; CRETELLA JNIOR J., Direito Administrativo Brasileiro, op.
cit., n. 168.
89
90
91
CHAPUS R, n. 4.
GOMES CANOTILHO J.J. e MOREIRA V., Fundamentos da Constituio, op. cit., p. 42.
368
Vide, Konrad HESSE citado por VASCO MANUEL PASCOAL DIAS PEREIRA DA SILVA,
Em busca do acto administrativo perdido, op. cit., p. 180.
367
92
Artigo 62
2.1.1.
Nos termos do Artigo 100 da Constituio da Repblica: 1. O
Estado garante o acesso dos cidados aos tribunais (...) e o direito a
assistncia e patrocnio judicirio. 2. O Estado providencia para que a
justia no seja denegada por insuficincia de recursos. Nesta
perspectiva, a garantia de acesso dos particulares aos tribunais
administrativos constitui, ao mesmo tempo, um direito de defesa
contra as "agresses ilegais" e a concretizao do direito de recorrer
aos tribunais administrativos.
Custo da justia. No deve ser excessivo sob pena de proibir de
facto o acesso do cidado aos tribunais. No que diz respeito ao Tribunal
Administrativo, os custos so moderados e as nicas despesas que
podem surgir so as relativas ao patrocnio jurdicirio. Todavia, na
primeira instncia est patrocinio no obrigatrio o que permite
limitar os custos. Alm disso, o dirieto a assistncia e patrocnio
judicirio
IPAG permite s pessoas desfavorecidas
. direito
fundamental dos cidados de acesso geral e efectivo justia
administrativa.
2.2.2.
O carcter centralizado da organizao jurisdicional actual da
justia administrativa torna-a dificilmente acessvel e conhecida e
constitui, de alguma forma, um obstculo extenso do controlo das
administraes locais do Estado e das autarquias locais. As limitaes
de ordem geogrfica ao acesso justia administrativa que tentou
corrigir a lei 9/2001, sem totaqlemnte trazer uma resposta satisfatria.
Baixar de um nvel distrito, admitir os meios tecnolgicos e criao de
tribunais regionais.
2.2. A obrigatoriedade de comprimento das decises dos
tribunais
93
369
94
C. A obrigao de conformidade
Repblica da aco da Administrao Pblica
Constituio
da
95
96
97
379
98
matsinhe
2. A Lei do Processo Administrativo Contencioso (LPAC)
A Lei do Processo Administrativo Contencioso deve-se entender,
na sua filosofia geral, como uma verdadeira codificao do ramo de
direito processual administrativo contencioso383. A LPAC constitui a
fonte de Direito Objectivo principal quantitativamente e
qualitativamente do processo administrativo contencioso.
A LPAC estabelece a normatividade bsica do processo
administrativo contencioso e se substitui PARTE V da RAU at ento
em vigor - (Do contencioso administrativo) revogando, na integra, as
suas disposies384.
Na o lugar, neste desenvolvimento, em entrar nos pormenores
das disposies da referida lei que sero objecto de estudos
especficos durante toda a presente obra. Apenas sero apresentados
os grandes traos formais e materiais da LPAC (A).
A.
Assim,
1. O Captulo I refere-se s disposies gerais, comuns a toda a
matria que se contm no contencioso administrativo, isto, aquele
que privativo da jurisdio administrativa;
2. O Captulo II respeita ao contencioso administrativo
propriamente dito, ou seja, ao contencioso administrativo de anulao,
que um contencioso de mera legalidade, privativo, em termos
exclusivos, do acto administrativo, qualquer que seja a sua
classificao e provenincia;
3. O Captulo III aborda, igualmente, figuras aplicveis ao
contencioso administrativo, na media em que abrange a intimao s
autoridades administrativas Administrao Pblica para informao,
consulta e processo ou passagem de certido a favor dos particulares,
pessoas singulares ou colectivas.
4. O Captulo IV reporta-se s aces, isto , ao contencioso das
aces relativas a contratos administrativos, responsabilidade da
383
384
Vide,
Artigo 208 da LPAC.
99
385
100
101
389
102
2. definio do mbito
4. O regimento do tribunal administrativo
Aprovado em Junho de 1933 393, o Regimento do Tribunal
Administrativo (Portaria n. 1984 de Junho de 1933 394) uma das
fontes principais do Direito Processual Contencioso Administrativo.
sobre tudo a Seco III do Captulo VI desta Portaria ("Processo e
julgamento") que estabelece e consagra as regras bsicas do processo
administrativo contencioso.
J no referido processo Abel AUGUSTO ZITA de 27 de Dezembro
de 1994395, a Primeira Seco do Tribunal Administrativo afirmou
implicitamente o carcter de fonte do Direito Processual Administrativo
contencioso do Regimento fazendo referncia formalmente ao
contedo de um dos seus dispostos (???) e ao texto mesmo do referido
Regimento (????) para determinar a sua prpria competncia.
391
103
1. A jurisprudncia administrativa
Bibliografia. RIVERO J., Direito Administrativo, Livraria Almedina
Coimbra, 1981, n. 69 e seguintes; MOREAU J., Droit administratif,
Paris, PUF, 1989, n. 394 e seguintes; CRETELLA JNIOR J., Direito
Administrativo Brasileiro, Rio de Janeiro, Ed. Forense, 2002, n. 73;
LARZUL T., Les mutations des sources du droit administratif, Paris, Ed.
LHerms, 1994.
Sousa p. 77
TA-S: CASTELO SAIBO IAHAlA, 18 de Setembro de 2001, Proc.
22/2000-1
Acrdo TA-S: ELECTRICIDADE DE MOAMBIQUE, 13 de
Janeiro de 2000, Proc. 15/97-1 (A/2) + TA-S: BONAR FISHERIES
HOLDINGS LDA, 18 de Abril de 2000, Proc. 2/2000-1
Conselho Executivo da Beira Constituio de advogado Suspenso de eficcia dos actos administrativos
396
(TA-S, Issufo Joo TAIBO MAHOMED, de 30 de Maio de 1995, Col. I p. ; TA-S, INSIDE
MOAMBIQUE, LDA, de 29 de Junho de 1999, Col. I, p. ).
104
397
105
STARCK B., ROLAND H., BOYER L., op. cit., n. 833 e seguintes.
CAETANO M., I, n. 39.
403
ROUGEVIN-BAVILLE M., DENOIX de SAINT-MARC R., LABETOULLE D., Leons de
droit administratif, op. cit., p. 21 ; EISENMANN C., Cours de droit administratif, Tomo
1, op. cit., p. 181.
404
MOREAU J., n. 395.
402
106
litgio, o juiz tem apenas um meio: Enunciar ele prprio a regra geral
que lhe permitiria de decidir405 e isto motivao
Demais, quando o Plenrio do Tribunal Administrativo, no seu
acrdo, se afasta das contingncias da causa para dar uma
interpretao da regra de direito segundo uma formulao geral, a
referida formao contenciosa lhe d uma aptido a reger um conjunto
de outras situaes. assim que a interpretao da regra de direito sai
definitivamente da incerteza.
Neste sentido, pode-se dizer que a jurisprudncia fixada. Por
outras palavras, esta sentena estabelece a definio em termos
genricos, do sentido que deve ser dado nos julgamentos futuros a
uma norma legal de entendimentos duvidosos. Disso, poder se
deduzir que ter um efeito obrigatrio para todos os tribunais
dependentes daquela formao solene do Tribunal Administrativo que
o proferiu406.
b) A funo de adaptao
A funo da jurisprudncia tambm uma funo de adaptao
da legislao ultrapassada s necessidades modernas afastando-se, se
for necessrio do sentido primitivo do texto objecto de interpretao.
Assim, como escreve MARCELLO CAETANO, os tribunais podem
em certas circunstncias desempenhar um papel relevante na criao
de novas formas jurdicas e de novos direitos individuais407.
A jurisprudncia deste modo uma forma de fixar o sentido da
lei, isto , de interpret-la e s por excepo pode ser modo de criao
e revelao do Direito atravs do suprimento dos casos omissos,
devendo notar-se que o modo mais frequente que reveste a sua
contribuio para a formao do Direito mediante a revelao de
casos cujas caractersticas ou circunstncias exorbitam dos quadros
legislativos e a demonstrao da necessidade de novas solues legais
e do respectivo sentido.
B. O papel do juiz em Direito Administrativo
a) Em direito comparado
405
107
j
substancialmente consistente do ponto de vista das suas fontes
escritas (Constituio, leis, regulamentos administrativos) o que vai
necessariamente limitar o papel inovador do juiz administrativo
408
409
410
108
REALE M., Lies preliminares de Direito, op. cit., p. 306. Vide, tambm,
PESCATORE P., Introduction la science du droit, Luxembourg, Centre Universitaire
de ltat, 1960, n. 71.
412
REALE M., op. cit., p. 305.
413
GONZLEZ PREZ J., Manual de Derecho Procesal Administrativo, op. cit., p. 77.
414
PESCATORE P., Introduction la science du droit, op. cit., n. 72.
109
110
BOUFFANDEAU, Livre jubiliaire du Conseil dtat, citado por MOREAU J., n. 396.
Vide, por exemplo, o CAPTULO II do Decreto n. 30/2001, de 15 de Outubro com
epgrafe Princpios da actuao da Administrao Pblica ou os princpios de
estrutura contidos no Artigo 3 da Lei n. 8/2003, de 19 de Maio. Vide, sobre esses
princpios, TAVARES J.F.F., Administrao Pblica e Direito Administrativo. Guia de
estudo., Livraria Almedina Coimbra, 3. Ed., 2000, p. 83 e seguintes.
420
PESCATORE P., Introduction la science du droit, op. cit., n. 71; BERGEL J.L.,
Teoria Geral do Direito, Livraria Martins Fontes Editora, 2001, n. 72.
421
BOUFFANDEAU, idem. Vide, tambm, BERGEL J.L., Teoria Geral do Direito, op. cit.,
n. 73.
422
PESCATORE P., Introduction la science du droit, op. cit., n. 72. O referido autor
acrescenta: Isto significa que os princpios podem ns encaminhar para uma
soluo, mas seria desapropriado buscar nestes solues j feitas. So demasiados
gerais, demasiados abstractos, demasiados vagos, para servir de premissa a uma
deduo jurdica, Ibidem.
423
BERGEL J.L., Teoria Geral do Direito, op. cit., n. 74.
424
BERGEL J.L., op. cit., n. 69.
419
111
425
112
JAM, I, p. ?????????????
113
conferncia,
na
Primeira
Seco
do
Tribunal
114
115
116
NACIONAIS
DO
117
439
- o n 2 do artigo 144.,
440
;
;
437
438
118
442
TA-S, Aires Setete MANGUE, 23 de Maio de 1995, Col. I p. ; TA-S, Joo Silvestre
CHILENGUE, 25 de Outubro de 1995, Col. I, p. ; TA-S, Abdul SUAL PATENTE, 8 de
Julho de 1999, Col. I, p. ; TA-S, CARLOS FRANCISCO PANZAMBILA, 24 de Agosto de
1999, Col. I, p. ; TA-S, PETROMOC, 5 de Outubro de 1999, Col. I, p. ; TA-S, Empresa
Transportes Virgnia (TVL), 1 de Dezembro de 1999, Col. I, p.
443
TA-S, Issufo Joo Taibo MAHOMED, 30 de Maio de 1995, Col. I p. ; TA-S, Teresinha
Xavier JOAQUIM MUCHANGA, 6 de Junho de 1995, Col. I p. ; TA-S, PALVIDRO, 30 de
Maio de 1995, Col. I p. ; TA-S, Marcos Alexandre TAMELA, 20 de Junho de 1995, Col. I
p. ; TA-S, Companhia de Moambique, SARL, 20 de Junho de 1995, Col. I p. ; TA-S,
Rodolfo Silvestre TOVELA, Col. I p. ; TA-S, Companhia de Moambique, SARL
(CHIMONICA), 20 de Junho de 1995, Col. I p.
444
TA-S: JAIME EUSBIO MANJATE, 01 de Setembro de 2000, Proc. 20/99-1;
TA-S: ABDUL GANI, 25 de Maio de 2000, Proc. 36/99-1; TA-S: DOMINGOS INCIO
DOMINGOS, 10 de Abril de 2001, Proc. 21/97-1.
445
TA-S, Rudolf HERMAN FLEISCHER, 30 de Dezembro de 1998, Col. I, p. ; TA-S,
VIRIATO SIMEO MASSANGO, 30 de Dezembro de 1999, Col. I, p.
446
TA-S, MARIA DOMINGOS CEBOLA, de 7 de Novembro de 1995, Col. I p. ;
447
TA-S, RUDOLF HERMAN FLEISCHER, 30 de Dezembro de 1998, Col. I, p. ; TA-S,
VIRIATO SIMEO MASSANGO, 30 de Dezembro de 1999, Col. I, p. (passamento do
recorrente).
448
TA-S: FRANCISCO CAZAMULA, 28 de Junho de 2001, Proc. 65/94-1; TA-S: ITALTEL,
S.P.A., 09 de Outubro de 2001, Proc. 26/2001-1.
449
TA-S: ANSIO CASSAM ISMAIL, 4 de Abril de 2000, Proc. 52/98-1; TA-S:
ALEXANDRE DIOGO DA FONSECA, 18 de Abril de 2000, Proc. 1/2000-1.
119
295 n. 2450
- 399 e 401 15/99
- alnea b) do nmero 1 do Artigo 474.
451
?456.
450
120
no artigo
279
n 4 do artigo 358 do Cdigo Civil. TA-S: MARIA PALMIRA CHACHUAIO,
03 de Maio de 2001, Proc. 48/99-1
Acrdo TA-S: ALBERTO NHAMPULE, 24 de Abril de 2001, Proc.
33/98-1 (A/03)
Acrdo TA-S: ARMANDO VICENTE NHATAVE, 10 de Janeiro de 2002,
Proc. 77/2000-1 (A/01) 352
3. O Cdigo de Processo Penal
TA-S, ANTNIO Simes MALTEZ de ALMEIDA, 20 de Abril de 1999,
Col. I p.
4. As legislaes ou regulamentaes avulsas
121
459
Col. I, p.
122
123
467
468
CAETANO M. I, n. 72.
CISTAC G., ??????
124
C. independente
D. Imparcial
C.
A inovao maior do Pacto reside na criao de um Comit dos
direitos humanos, cuja sede est em Ginebra e que entrou em funo
o 1 de Janeiro de 1977. Orgo no jurisdicional encarregado de zelar
pelo respeito das liberdades pblicas, composto de 18 membros
independentes, eleitos ao escrutnio secreto pelos Estados partes
469
125
126
127