APOSTILA Gestão de Pessoas e Liderança
APOSTILA Gestão de Pessoas e Liderança
APOSTILA Gestão de Pessoas e Liderança
Por Csar Souza (presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratgia, marketing e recursos humanos,
alm de autor e palestrante)
Gesto de Pessoas
E fazem isso, porque j perceberam que as empresas necessitam de lderes em quantidade muito maior do que no passado.
Vejamos alguns motivos: as grandes empresas esto se reestruturando em unidades negociais menores e mais autnomas, para
se tornarem mais competitivas; em momentos de crise como o atual, as empresas precisam estar muito mais prximas de seus
clientes e comunidades; as reas funcionais precisam mais do esprito empreendedor e menos do burocrtico. Precisam mais
de lderes do que de chefes.
Sabemos que uma maior fatia de mercado, rentabilidade, lucros e ebtida so ativos perecveis, podem desaparecer em pouco
tempo. Como demonstrou a volatilidade de empresas que pareciam slidas at seis meses atrs. Os lderes que desejam perpetuar suas empresas precisam no de seguidores leais, mas de lderes capazes de empunhar a causa da empresa no m omento
seguinte.
Enfim, parece inquestionvel que, em vez de poucos lderes no topo da pirmide como no passado, as empresas competitivas
passaram a necessitar de muitos lderes em todos os nveis. As empresas vencedoras sero aquelas que souberem montar
verdadeiras fbricas de lderes de qualidade, no apenas produtos de qualidade.
Por essas razes, o lder eficaz passou a ser aquele que souber criar condies para que a liderana se manifeste nas outras
pessoas. Em vez do mtico lder carismtico que serviu de modelo na Era do Comando, os lderes eficazes sero aqueles capazes de arquitetar e implantar formas de organizao que permitem o florescimento da liderana nos outros.
Muito diferente daqueles lderes que sofrem da Sndrome da Branca de Neve e preferem cercar-se de pessoas menores para
brilhar na incompetncia da sua equipe. Ou na lealdade cega de seus seguidores.
O lder eficaz cria condies para que seja revelado o potencial de liderana das pessoas com as quais convive. No mais
aquele que tem talento apenas para comandar. Os lderes dessa era que se finda foram especialistas em construir paredes que
delimitavam muito bem o territrio de ao de seus departamentos ou da empresa como um todo. Brilharam na especializao
de atividades e formaram seguidores baseados na cultura do cada macaco no seu galho e no manda quem pode, obedece
quem tem juzo.
Daqui para frente, vo brilhar os lderes que souberem formar outros lderes, que souberem construir pontes entre os diversos
departamentos, entre a empresa e seus clientes, com seus canais de distribuio, investidores e comunidades onde atuam.
Mas isso tema para a prxima coluna aqui no Portal HSM Online. Proporei que voc seja um lder 360 graus, e deixe de ser
apenas um lder 90 graus, como a maioria ainda .
Por Csar Souza, presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratgia, marketing e recursos humanos, alm de
autor e palestrante.
20/03/2009 - Cabea de Lder - Cesar Souza
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apenas pelo carisma. Inspirar pelos valores a tarefa mais importante desses lderes. a cola que une as outras foras do
lder, a que d sentido a tudo. Constri um cdigo de conduta junto com os membros dos grupos dos quais faz parte, em torno
de valores que so explicitados, disseminados e praticados. O Lder Inspirador cria um clima de tica, integridade, confiana,
respeito pelo outro, transparncia, aprendizado contnuo, inovao, proatividade, paixo, humildade, inteligncia emocional.
Cultiva a capacidade de servir clientes, fornecedores, comunidades, parceiros. Esse lder educa pelo exemplo. Fala aos olhos,
no apenas aos ouvidos. E voc,? Quais desses pontos voc j pratica e no se constituem em segredo para voc ? Quais os que
voc precisa praticar mais? Temos de evitar de atuar no novo jogo da liderana usando a velha forma de pensar que nos leva
sempre aos mesmos lugares. Temos de mudar o paradigma da liderana se de fato desejamos criar famlias mais felizes,
empresas mais saudveis e comunidades mais solidrias.
Luluzinha x Bolinha: nenhum dos dois, agora a tendncia ter uma equipe mista!
05 de maio de 2009
Por Luana Cristina de Lima Magalhes InfoMoney
Ter uma equipe predominantemente masculina ou feminina est ficando cada vez mais difcil no mundo corporativo. Segundo o
consultor do IDORT/SP, Francisco Pescuma, a tendncia ter um time de colaboradores mistos.
"O ramo da empresa o que geralmente define se a equipe ter mais mulheres ou mais homens. Em atividades que precisam de
agilidade manual, como em determinadas linhas de produo das indstrias, as mulheres ganham mais espao, j no setor de
construo, os homens so a maioria", diz Pescuma.
Luluzinha x Bolinha
Para o consultor, o maior nvel de instruo e, na maioria das vezes, a habilidade em se comunicar fazem com que cada vez mais as
mulheres ocupem cargos em posies estratgicas. "Oitenta por cento das vagas das faculdades so ocupadas por mulheres. Essa
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preocupao com a formao profissional e, consequentemente, com a carreira possibilita que elas alcancem cargos de liderana
e estratgia".
J em servios operacionais, elas predominam nas reas de call centers e de atendimento ao consumidor, por terem mais facilidade em se comunicar e em conquistar novos clientes.
Com relao aos homens, eles se destacam em indstria pesada, alm dos setores de TI e de Engenharia.
Remunerao
Quanto remunerao, Pescuma ressalta que a mulher ainda tem uma remunerao menor do que os homens no Pas.
"Porm, quando so cargos relacionados a posies estratgicas, no h diferenciao de salrios. A tendncia que os salrios
de homens e mulheres fiquem iguais, com o passar do tempo, em todos os cargos".
Um lder visionrio!
Marizete Furbino
Marizete Furbino
Marizete Furbino, com formao em Pedagogia e Administrao pela UNILESTE-MG, especializao em Empreendedorismo, Marketing e Finanas pela UNILESTE-MG. Administradora, Consultora e Professora Universitria na UNIPAC-Vale do Ao.
+ textos de Marizete Furbino
Nos dias atuais, com excessiva competio, torna-se de fundamental importncia conhecer e compreender as necessidades dos
clientes e ser, alm de um intra-empreendedor, um lder visionrio. Este gestor focado no futuro, possuidor de uma viso micro e
macro do negcio, como tambm do mercado, capaz de discernir e prever, se antevendo ao futuro.
Podemos ressaltar que este profissional indispensvel numa empresa que quer ser competitiva no mercado. Para tal, deve-se
identificar a pessoa que tenha tal talento e t-la a todo custo na empresa. Mas deve-se, igualmente, ter extremo cuidado e saber
distinguir um visionrio realista de um delirante. Nem sempre isso fcil, j que a fronteira entre o ousar de forma conseqente e
com p no cho e o ousar de forma extravagante e onrica bem tnue.
Grandes idias que foram ousadas e deram certo so diferentes de idias insensatas que submergiram uma organizao. Testes
psicolgicos especficos podem ajudar na seleo de um profissional com as caractersticas de lder visionrio conseqente. Outra
estratgia para preservar a companhia de futuros aborrecimentos acatar novos conceitos desse profissional recm-contratado e a
quem se atribui a caracterstica de lder visionrio, mas que tenham baixo impacto nos negcios da empresa. medida que a
confiana cresce, opinies mais arriscadas e de maior impacto podem ser aceitas.
Dentro desse contexto, atravs de um comportamento dinmico, ativo e pr-ativo no exerccio da funo, observa-se que, o lder
visionrio capaz de enxergar oportunidades onde ningum as v, e, por conseguinte, obter alm do resultado esperado, poder,
fazendo assim, o seu diferencial. Nesse sentido, medida que enxerga a realidade em que a empresa est inserida, e atravs do
exerccio do pensar e do repensar sobre o posicionamento da empresa frente ao mercado, o gestor possui a capacidade de no
apenas desvendar a realidade existente, mas de realizar adaptaes.
Alm disso, ele pode provocar mudanas necessrias e, em tempo hbil, transformar a realidade encontrada, criando e inovando
sempre, colocando em prtica suas idias e procurando realizar um verdadeiro trabalho em equipe. O gestor deve preocupar-se
em atuar de forma a estabelecer parcerias com todos os stakeholders, com a finalidade de desenvolver, crescer e melhorar cada
vez mais a empresa no qual exerce sua funo atravs da pr-atividade.
Deve-se ressaltar tambm que, por meio de sua autoconfiana, se permite correr riscos, ousar e at mesmo errar, o que contribui
para que a organizao no apenas alcance resultados alm do esperado, mas esteja um passo frente das ameaas do mercado.
Atravs de suas competncias, habilidades e conhecimentos, o lder visionrio passa a ser um exemplo para a empresa, pois, alm
de ter uma clara viso de onde quer chegar e qual o caminho a percorrer, no perde o foco e nem a viso um instante sequer.
Possui um incansvel entusiasmo, irradiando luz e energia a todos ao seu redor, incentivando e conseguindo mobilizar aos que
prosseguirem a caminhada em prol de objetivos comuns.
O gestor com muita garra e muita vontade de vencer, se esfora ao mximo em prol da empresa, dando o melhor de si e sendo um
agente de mudanas, assim como um ser transformador, dando sempre a sua contribuio de forma perene. Deste modo, conduz
a empresa decolagem frente ao mercado.
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Somados a isso, o lder visionrio, alm de ser cheio de sonho e de f, acredita piamente no resultado favorvel e correspondente a
seus ideais. Enxerga anos-luz frente dos demais profissionais, o que o permite transformar dificuldades, obstculos e ameaas em
oportunidades, fazendo destes entraves um trampolim.
Sabedor de que, apenas atravs da soma que se consegue um bom resultado, o lder visionrio, alm de deixar claro para todos
da empresa a sua viso e a sua proposta de trabalho, age de forma bastante otimista. No se deixa abater pelas dificuldades
encontradas, esbanjando sempre muita energia, muito entusiasmo e muita vontade de fazer acontecer, ficando sempre bem
atento ao seu propsito e, dessa forma, surpreendendo sempre os demais profissionais com os resultados alcanados.
Um outro aspecto que devemos ressaltar a sua transparncia no exerccio da funo, sua boa comunicao e seu poder de
persuaso. Envolve todos ao seu redor despertando e criando um forte esprito de equipe, onde todos, ou a maioria, aprende a
admir-lo por sua sabedoria. Assim sendo, possui o poder de converter tanto os clientes internos quanto os externos em fs incondicionais, levando todos os envolvidos a abraarem e a defenderem determinada causa.
Somados a isso, o lder visionrio geralmente cercado de pessoas que compartilham de sua viso e que contribuem de alguma
forma para fazer das probabilidades, possibilidades; das idias e dos projetos, realidade. Como bastante focado, tem um propsito definido, no admite ser disperso. Assim, com a cabea erguida e os ps no cho, exerce o papel de mediador, orientando e
fornecendo aos demais, subsdios no que tange ao alcance dos resultados. Portanto, transfere simultaneamente o papel de lder aos
liderados, somando foras juntamente com toda equipe e mantendo sempre o foco no alvo a ser atingido, no se deixando dispersar e nem se abater frente s dificuldades.
Entretanto, muito exigente e, por conseguinte, no consegue agradar a todos, mas, os profissionais que permanecem ao seu lado,
so extremamente motivados, satisfeitos e comprometidos. Finalmente, reconhece que est de passagem pelo cargo de liderana.
Tem a humildade para reconhecer que est no cargo para servir, somar foras, e assim, cria e articula sua viso envolvendo os
demais profissionais da empresa, procurando fazer o que for preciso em prol da eficincia, eficcia, e melhoria contnua, como
tambm sempre desejando realizar um trabalho conjunto para acertar o alvo, perseguindo assim, o objetivo esperado.
Diante do exposto, constata-se que, em meio a trajetria neste mercado selvagem, de suma importncia que a empresa seja
composta e apie lderes visionrios, pois, so profissionais altamente comprometidos e de viso estratgica intensa. Isso constitui em
uma vantagem competitiva e contribui para que a organizao faa a diferena e decole no meio corporativo por um perodo
mais longo de tempo.
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oportuno perceber que a ausncia de respeito gera um estresse no ambiente de trabalho, situao essa desnecessria, que
unicamente contribui para que ocorra certo desequilbrio na produtividade, pois o colaborador, quando no se sente respeitado,
no respeita os colegas de trabalho e nem a empresa da qual faz parte. Assim, ele no se dedica, no se empenha, no faz "aliana" com a empresa, no executa suas funes de forma a compartilhar idias em equipe, e no se compromete com suas atividades, atribuies e/ou funes, podendo causar futuros transtornos dentro da organizao.
De outro lado, quando se tem respeito, o ambiente de trabalho fica harmonioso e alegre, prevalecendo a transparncia, a sinceridade e a verdade entre os componentes; assim, alm de facilitar todo o trabalho em equipe, os colaboradores sentem que fazem
parte de todo o processo, sentindo-se valorizados e satisfeitos.
Quando criamos em cada departamento esse clima favorvel, temos o comprometimento e o envolvimento cada vez mais com as
atividades, tendo cada "parceiro" sua natural iniciativa e seu consequente engajamento no trabalho em prol da busca incessante
por resultados e, por conseguinte, maior produtividade.
Por fim, preciso conscientizar que a empresa composta por seres humanos, que devem no somente compartilhar, mas somar
ideias, ideais, valores, princpios, conhecimentos, habilidades, talentos e compromissos; caso contrrio, estar em pouco tempo
fadada ao fracasso. Portanto, verifica-se que de suma importncia a empresa zelar pela agregao de todos esses valores.
2008
Autoritarismo
51,5% 48,2%
Liderana
31,3% 32,8%
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"Ningum pode mudar sua natureza, mas todos podem melhor-la."
mile-Auguste Chartier Alain
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tar entranhado na empresa e na sua administrao; precisa ser medido ou ao menos julgado alm
de ser continuamente melhorado.
Finalmente, a nica e mais importante coisa a lembrar sobre qualquer empresa que os resultados existem
apenas no exterior. O resultado de uma empresa um cliente satisfeito. O resultados de um hospital
um paciente curado. O resultado de uma escola um aluno que aprendeu alguma coisa e a coloca
em funcionamento dez anos mais tarde. Dentro de uma empresa s h custos.
Drucker considera a administrao como uma arte liberal. arte porque, como vimos, prtica e
aplicao e liberal porque trata dos fundamentos do conhecimento, autoconhecimento, sabedoria e
liderana. As origens do conhecimento e das percepes esto nas cincias humanas e sociais, nas cincias
fsicas e na tica, que devem estar focados sobre a eficincia e os resultados das organizaes.
Peter Ferdinand Drucker faleceu aos 95 anos em 11 de novembro de 2005. Foi autor de mais de vinte livros,
e como consultor e professor da New York University, teve influncia decisiva nos destinos da administrao
mundial, atravs de idias modernas, arrojadas e sempre inovadoras.
Eis uma pequena relao de suas idias e afirmaes:
- "Aqui estou eu com 58 anos de idade, e no sei o que vou fazer quando crescer."
Frase pronunciada em 1967, querendo aludir que o aprendizado para ele jamais cessa, no importa a idade.
- "Nenhuma empresa melhor do que o seu administrador permite."
- "Resultados e recursos existem fora da empresa, no dentro dela."
Aqui Drucker quis aludir que os recursos fora da empresa so os clientes, os fornecedores, as tendncias de
mercado, os concorrentes, a comunidade em geral.
- "Os resultados provm do aproveitamento das oportunidades e no da soluo dos problemas. A soluo de
problemas s restaura a normalidade. As oportunidades significam explorar novos caminhos."
- "Uma organizao que visa o lucro , no apenas falsa, mas tambm irrelevante. O lucro no a causa da
empresa, mas sua validao."
- "Todas as inovaes eficazes so surpreendentemente simples. Na verdade, maior elogio que uma inovao
pode receber haver quem diga: isto bvio. Por que no pensei nisso antes?"
- "Existe o risco que voc no pode jamais correr, e existe o risco que voc no pode deixar de correr."
- "Pode ser dito sem grande supersimplificao, que no h pases subdesenvolvidos. H apenas os subadministrados". (esta uma de suas mais famosas frases)
- "Conquistar clientes jogando os preos l embaixo, tem um efeito bumerangue: a prpria empresa acabar sendo a vtima."
- "A pesquisa de mercado s deve ser usada para pesquisar o que j est no mercado, no para o que se
pretende lanar ou na busca de possveis novos produtos. O cliente conservador e s sabe opinar sobre o
que j existe."
- "A inovao sempre significa um risco. Mas ir ao supermercado de carro para comprar po tambm arriscado. Qualquer atividade econmica de alto risco e no inovar isto , preservar o passado muito
mais arriscado do que construir o futuro."
- "A melhor maneira de predizer o futuro cri-lo." (esta outra de suas mais famosas frases)
- "Sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam de ineficcia na comunicao."
- "O planejamento no uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento um instrumento
para raciocinar agora, sobre que trabalhos e aes sero necessrios hoje, para merecermos um futuro. O
produto final do planejamento no a informao: sempre o trabalho."
- "A nica definio de lder algum que tem seguidores."
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chefe que deveria responsabilizar-se pela seleo adequada do subordinado, atribuir-lhe tarefas compatveis
com suas caractersticas e providenciar seu treinamento constante.
Anlise e descrio de cargos, planejamento e programao prvia do trabalho do empregado pelo chefe, centralizao das funes de planejamento, execuo e avaliao e ensino pelo exemplo estes foram
alguns dos pontos inovadores lanados ou defendidos por Taylor.
lgico que as idias de Taylor, refletindo a conjuntura e os cdigos morais, culturais e econmicos da sua
poca teriam que sofrer a ao do tempo e do avano tecnolgico. No entanto, inegvel o mrito de ter
sido o pioneiro na abordagem cientfica da administrao.
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TEORIA X E TEORIA Y
Teoria X
A administrao baseia-se em convices errneas e incorretas sobre o comportamento humano, como
por exemplo:
- O homem indolente e preguioso por natureza: ele evita o trabalho ou trabalha o mnimo possvel, em
troca de recompensas salariais ou materiais;
- Falta-lhe ambio: no gosta de assumir responsabilidades e prefere ser dirigido e sentir-se seguro nessa
dependncia;
- O homem fundamentalmente egocntrico e seus objetivos pessoais opem-se, em geral, aos objetivos da
organizao;
- A sua prpria natureza leva-o a resistir s mudanas, pois procura sua segurana e pretende no assumir
riscos que o ponham em perigo;
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
- A sua dependncia torna-o incapaz de autocontrole e autodisciplina: ele precisa ser dirigido e controlado
pela administrao.
A Teoria X reflete um estilo de administrao rgido e autocrtico, tal como foi definido pela Administrao
cientfica de Taylor, Teoria Clssica de Fayol e Teoria da Burocracia de Weber.
Teoria Y
Moderna concepo da administrao, de acordo com a Teoria Comportamentalista, sem preconceitos
a respeito da natureza humana.
- As pessoas no tm desprazer inerente ao trabalho. Dependendo de condies, o trabalho pode ser uma
fonte de satisfao e de recompensa.
- As pessoas no so, por sua natureza, passivas ou resistentes s necessidades da empresa: elas podem tornar-se assim como resultado de sua experincia negativa em outras empresas.
- As pessoas tm motivao, potencial de desenvolvimento, padres de comportamento adequados e capacidade para assumir responsabilidades.
- O homem aprende sob certas condies no somente a aceitar, mas tambm a procurar responsabilidade.
A fuga responsabilidade, a falta de ambio e a preocupao exagerada com a segurana pessoal so
conseqncias da experincia insatisfatria de cada pessoa.
- A capacidade de alto grau de imaginao e de criatividade na soluo de problemas empresariais amplamente, e no escassamente distribuda entre as pessoas.
Em funo dessas concepes e premissas a respeito da natureza humana, a Teoria Y desenvolve um estilo
de administrao aberto e dinmico, democrtico, atravs do qual administrar um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientao quanto a objetivos.
PRESSUPOSIO DA TEORIA Y
PRESSUPOSIO DA TEORIA X
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Gesto de Pessoas
Veremos a seguir um estudo do casal Blake e Mouton, no qual nota-se que os gestores vistos como verdadeiros lderes tm um conjunto de convices otimistas com relao ao ser humano no trabalho (teoria Y) e
isto parece ser uma das grandes chaves da liderana.
Lderes Y
Lderes X
Comportam-se participativamente
Agem autoritariamente
Ouvem mais
ESTUDO DE CASOS
Ablio, motorista em sua empresa, pediu um emprstimo de R$1500,00. Ele disse que precisa do dinheiro
para quitar uma dvida do financiamento de sua casa que venceu h 3 meses e que se no for paga at
amanh, ele corre srio risco de perder a casa para a CEF.
Ablio funcionrio h pouco mais de 3 anos e podemos consider-lo um funcionrio mediano, cumprindo
corretamente suas tarefas, prestativo, entretanto um pouco atrapalhado. J demonstrou ser de relativa confiana, afinal, realizando auditorias nos registros de suas viagens, nenhum problema foi encontrado.
Analisando se realiza o emprstimo ou no, voc considera ainda outros fatores:
Ablio j havia solicitado um emprstimo de R$300 h 6 meses, tambm para pagar uma taxa na CEF. E,
na poca, voc emprestou o dinheiro sem pedir maiores explicaes. O valor foi descontado no contracheque em 3 parcelas;
O salrio lquido de Ablio cerca de R$550 e o valor solicitado bem mais alto;
Estamos em Setembro. Falta pouco tempo para o final do ano, poca em que a empresa tem mais despesas com folha de pagamento, promoes, frias, etc.
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Gesto de Pessoas
Miranda, Supervisor de Ablio, resolveu checar os gastos em viagens que o setor de expedio estava tendo e, analisando os recibos das estadias e refeies de Ablio, achou incoerentes os valores pagos com os
tipos de "dormitrios" que emitiram tais recibos. Miranda ento telefonou para vrios deles e se fez passar por
viajante perguntando os preos das pernoites e se tinha caf da manh incluso. Deu-se por satisfeito aps
vrias ligaes e concluiu que Ablio no tinha "forjado" os recibos.
Como voc classificaria as atitudes de Miranda?
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Gesto de Pessoas
Nem todo mundo nasceu para ser lder. E isso no tem a ver com dom ou qualquer outra prerrogativa de cunho
gentico ou espiritual. A questo que h pessoas que simplesmente no querem ser lderes. Agem de forma
consciente ou inconsciente contra o papel da liderana. No se sentem tocadas com o esprito da liderana.
Liderar significa correr riscos. Esta ao gera medo em certas pessoas. Ter de assumir uma posio algo incmodo, pois gera ansiedade, dvida, insegurana. H indivduos que preservam mais do que tudo sua sensao de
segurana e assumir o papel da liderana exatamente quebrar este equilbrio.
H vrios exemplos de pessoas que eram excelentes tcnicos, e ao serem iados a uma posio de liderana
tornaram-se fracassos absolutos. Como recusar uma promoo? Eis a um grande dilema para tantas pessoas no
mundo corporativo moderno.
At o incio dos anos 80 era muito presente no ambiente profissional a velha mxima: para ser lder, gerente ou
diretor preciso ter tempo de casa. Dali at os dias atuais vemos cada vez mais este tipo de pensamento e atitude
corporativa sendo extinta. No mundo competitivo atual no h mais espao para protecionismos, mas para competncia.
O grande erro que se cometia era o de promover liderana aquele mais antigo. Hoje o erro continua, mas de
outra forma. Promove-se aquele que muito competente no que faz. O ponto crucial a no observao de que
h diferenas entre a competncia tcnica e a competncia da liderana.
Apesar do exerccio da liderana exigir mtodo, rotina, conhecimento e outras habilidades tcnicas, atuar como lder exige muito mais do comportamento do indivduo, do que o tempo de casa ou sua capacitao acadmica e profissional. Por isso, possvel encontrarmos excelentes Engenheiros ocupando o papel de liderana e
Administradores e Psiclogos sendo pssimos lderes. No basta ter a capacitao tcnica apenas; preciso ter o
preparo comportamental, mas principalmente a vontade de liderar. necessrio ter identificao com o papel da
liderana. Saber que ao assumir esta posio o indivduo lidar com uma atividade que vai alm daquela que
aprendeu na universidade.
Por isso, preciso ter coragem para liderar. fundamental que a pessoa faa o exerccio solitrio de pensar em
si como um lder e todas as suas implicaes. O que ir ganhar e perder; analisar se est preparado para as novas
presses que ir sofrer e como poder lidar como elas. Entender que esta nova posio ir exigir muito mais do que
conhecimento tcnico, mas preparo pessoal para lidar com um fator intangvel: o ser humano.
No h demrito em no ser lder. Imagine se o mundo fosse repleto de lderes, como conseguiramos viver? H
espao para todos, lderes e liderados. Pense em si mesmo e o que te faz bem. Como gosta de trabalhar? Prefere
estar frente de tudo ou executando suas atividades? Gosta de tomar decises e planejar estratgias ou prefere
analisar, pesquisar ou executar o trabalho? Note que possvel agir como um lder em diversas situaes do dia-adia. A diferena de assumir um cargo ou posio de liderana que isso ser constante, e nem todos se dispem a
assumir este papel.
A sociedade atual por vezes induz os indivduos a assumirem uma posio que no lhes diz respeito. Por isso, clarifique para si mesmo o que quer. O que te faz bem. Ao perceber que a atuao como um lder algo instigante,
desafiador, enriquecedor, v em frente: prepare-se, estude, pratique, mas tenha a humildade para saber reconhecer no meio do caminho se isso mesmo o que voc quer. H momentos quando precisamos recuar para avanar. H situaes que melhor esperar, analisar e aprender, para depois seguir em frente. Agora, se perceber que
isto no para voc, seja o melhor naquilo que buscar fazer. Sucesso!
Rogerio Martins graduado em Psicologia e possui Ps-Graduao em Recursos Humanos e Psicodrama.
Scio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. administradores.com.br 17 de junho de 2008
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Gesto de Pessoas
Tenho para mim que as empresas mais bem-sucedidas do mundo
costumam preencher as posies de liderana promovendo seu
prprio pessoal, em vez de procurar talentos l fora
David Packard
LIDERANA PARTICIPATIVA
Vrios especialistas, dedicados ao estudo da administrao e da liderana, referem-se existncia de estilos de gerncia como um dos mais importantes aspectos que interferem no ato de
liderar. Para uma discusso a respeito desse assunto, fundamental comear do comeo: o que
liderana?
Antes, um alerta: a grande maioria das palavras aceita vrias definies. E em cada definio
se esconde um propsito, uma ideologia. Por exemplo, ao definir a liderana como o processo de
obter obedincia de todo um grupo, o responsvel por essa frase embutiu nela uma idia de que
cabe ao lder, e s ao lder, tomar decises. Embutiu ainda toda uma forma de administrar que
supervaloriza a obedincia de um liderado e nega seu potencial criativo, sua motivao pessoal,
sua inteligncia e comprometimento. Esta uma das mais autoritrias e medocres definies de
liderana que conhecemos. . . (mas tem gente que gosta!).
Para a liderana participativa, . . .
a tarefa que um grupo deve realizar no precisa ser necessariamente chata, desmotivadora,
mas pode gerar prazer na medida em que permitir a auto-realizao dos indivduos responsveis por ela; e
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Gesto de Pessoas
O NEGCIO APOIAR
Quem s apia e deixa os subordinados brilhar que faz a diferena
na maioria dos casos, e por isso quem sobe na empresa
Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso
surpreende muita gente. Figuras sem um vistoso currculo acadmico, um grande diferencial tcnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras
como o Raul.
Eu conheo o Raul desde os tempos da faculdade. Na poca, ns tnhamos
um colega de classe, o Pena, que era gnio. Na hora de fazer um trabalho em
grupo, todos ns queramos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo
sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda
desenhava a capa do trabalho com tinta nanquim. J o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um s, apoiar o
Pena.
Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul j estava providenciando, antes que o Pena conclusse a frase. Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de ns passou meio na carona do Pena
que, alm de nos dar uma colher de ch nos trabalhos, ainda permitia que a
gente colasse dele nas provas. No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de "paradigma do estudante que enobrece esta instituio de
ensino". E o Raul ali, na terceira fila, s aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era
a estrela da rea de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admirveis projees estratgicas de cinco e dez anos. E quem
era o chefe do Pena? O Raul. E como que o Raul tinha conseguido chegar
quela posio? Ningum na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ningum ali parecia discordar de tal afirmao. Alm disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na
escola, ele apoiava. Algum tinha um problema? Era s falar com o Raul que o
Raul dava um jeito. Meu ltimo contato com o Raul foi h um ano. Ele havia
sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou
comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na
matriz, o mais burrinho j tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era
a funo dele. Pergunta incua, porque eu j sabia a resposta. O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ningum
precisaria mandar um brasileiro at Miami para fazer. Foi quando, num evento
em So Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa
do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimvel: ele
entendia de gente. Entendia tanto que no se preocupava em ficar na sombra
dos prprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel
Butler, que eu no sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase tima. "Qualquer tolo pode pintar um quadro. Mas s um gnio consegue vend-lo, costumava dizer Butler. Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul
tinha, de facilitar as relaes entre as pessoas; Perto do Raul, todo comprador
normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gnio.
Max Gehringer - Exame (15/09/04)
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Gesto de Pessoas
"A avaliao mais importante do meu desempenho em um jogo est
no quanto consegui fazer meus colegas de equipe jogar melhor."
Bill Russell
ESTILOS DE GESTO
GRID GERENCIAL de Blake e Mouton
Talvez um dos estudos mais completos sobre os estilos de gesto tenha sido conduzido por Robert R. Blake e sua mulher Jane S. Mouton, e ser com base naquelas concluses que desenvolveremos nosso estudo.
Segundo Blake e Mouton, no conjunto de valores e crenas de cada gestor h graus diferentes
de duas preocupaes bsicas: com as pessoas e com a produo.
Preocupao com as pessoas significa como e quanto a satisfao, o desenvolvimento, a proteo e a relao entre os funcionrios so importantes para o gestor e influenciam sua forma de
agir junto sua equipe.
Nesse sentido, h gestores cuja preocupao com pessoas se limita a saber se elas esto em
seus postos de trabalho. Esta baixa ateno com as pessoas pode ter mltiplos significados para o
gestor, mas de qualquer modo sempre conduz o gestor que pensa assim a administrar sua rea
apesar das pessoas.
Por outro lado, h gestores que tm alta preocupao com as pessoas que trabalham com
eles. Uma vez mais, esse alto grau de ateno pode ter diferentes significados para o gestor, mas
sempre estar preocupado com as reaes e consequncias que seus gestos tero para a equipe.
A preocupao com a produo, por sua vez, significa como e o quanto a realizao das tarefas, o atingimento de resultados e objetivos estipulados para a rea sob sua gesto so importantes para o gestor e influenciam seu relacionamento com a sua equipe. Remexendo na memria,
no ser difcil a qualquer um identificar em chefes e ex-chefes alguns que demonstravam graus
diferentes de envolvimento com a tarefa e seus resultados: uns altamente preocupados e outros,
muito pouco.
Graficamente, poderamos considerar estes parmetros relacionados assim:
Entretanto, foi justamente contestando esta viso simplificadora que comeou a grande contribuio de Blake e Mouton: eles constataram que h gestores que, tendo uma alta preocupao com a
realizao de tarefas, no deixam de ter uma alta considerao com as pessoas de sua equipe. O
inverso tambm verdadeiro: h aqueles que, mesmo demonstrando uma baixa considerao para
com os resultados das tarefas e da produo, no demonstram compensar com preocupaes maiores com as pessoas.
17
Gesto de Pessoas
O modelo grfico que esses cientistas desenvolveram para melhor explicar esta maneira de ver
as variaes de estilo gerencial o seguinte:
1/9
9/9
Clube recreativo
Gesto em Equipe
Ateno concentrada
nas necessidades das
pessoas no sentido de
criar um relacionamento amistoso, uma
atmosfera socivel e
ritmo de trabalho confortvel.
5/5
Interesse
por pessoas
Gesto do Homem
Organizacional
1/1
9/1
Gesto empobrecida
AutoridadeObedincia
O emprego do esforo
mnimo para que seja
executado o trabalho
requerido o suficiente para permanecer
como membro da
organizao.
5
Interesse por produo
18
Gesto de Pessoas
Quadro comparativo:
Princpios Bsicos da Cincia do Comportamento X Estilos de Gesto
Princpios
1/1
1/9
5/5
9/1
9/9
Metas e
resultados
O Chefe no
informa sistematicamente quanto s metas e
resultados esperados. Quando
existem, os objetivos so facilmente atingveis
O Chefe define e
negocia o
atingimento de
metas medianas,
de modo a no
correr o risco de
a equipe fracassar e ele se ver
em maus lenis
O Chefe usa as
cotas e padres
para pressionar
por uma produo que atenda
suas exigncias
Administrao de
conflitos
O Chefe, para
garantir a preservao do
ambiente entre
as pessoas,
intervm amaciando as divergncias
O Chefe utiliza os
critrios da tradio, maioria e mdia de
opinies, de
modo que ningum perca
muito
O Chefe resolve
as pendncias a
sua maneira,
fazendo prevalecer sua posio. O Chefe
busca vencer
O lder investe na
preveno de
conflitos pessoais, que podem
gerar desgastes;
quando surgem,
age atravs da
confrontao
participativa
Responsabilidade
funcional
O Chefe no
interfere; cada
um assume o
grau de responsabilidade que
julga melhor
O chefe atribui a
responsabilidade
conforme o
desejo de cada
um; em geral,
no h cobranas por esta
responsabilidade
A distribuio de
responsabilidades feita com
base na ordem
tradicional, que
o Chefe espera
no seja abalada
O Chefe assume
responsabilidade
sobre aes e
resultados; na
maioria das
vezes, cabe
equipe a eventual culpa por
erros
Cada um da
equipe tem a
responsabilidade
prpria de sua
atividade e pela
atuao da
equipe como um
todo
Delegao
e Informao
Os funcionrios
agem por sua
conta e risco,
sem informaes
suficientes para
uma tomada de
deciso adequada
Os funcionrios
atuam sob liberdade vigiada evitando-se
que assumam
riscos; o chefe
evita aes
impopulares
Os funcionrios
so bem informados e encorajados a
influenciar as
decises que
afetam seu trabalho e sua vida
profissional
Diviso e
Estruturao
das Tarefas
Na medida do
possvel, cada
um escolhe as
atividades que
prefere
As tarefas so
organizadas e
distribudas da
forma mais
convencional
possvel
nfase na
simplificao e
metodizao
para tornar o
trabalho acessvel a qualquer
um
19
Gesto de Pessoas
1/1
1/9
5/5
9/1
9/9
Avaliao
de Desempenho
Raramente o
Chefe se expe
comentando o
desempenho do
seu pessoal
O Chefe prefere
o elogio superficial. Se o desempenho for
negativo, apresenta sugestes
tentativas, mas
sem grande
confrontao
Participao
Ativa
O Chefe espera
que cada um
saiba o que
fazer; no h
necessidade de
participar
O Chefe estimula
uma interao
social forte envolvendo a
equipe; h participao social
O Chefe espera
que todos abracem os pontos
de vista da
maioria
O Chefe espera
a obedincia e
no a participao da equipe
O lder estimula a
participao de
todos para obter
envolvimento,
criatividade e
comprometimento bases da
efetividade dos
resultados de
Qualidade
Confiana
Mtua
No h respeito
profissional entre
o Chefe e a
equipe, apenas
tolerncia entre
as partes
A confiana e o
respeito pessoal
so muito fortes,
mas no h
plena confiana
profissional
H algumas
pessoas bem
cotadas com o
Chefe, as quais,
ele cr, no
criaro problemas
O Chefe no
confia na equipe;
h uns poucos
mais confiveis
mas que tambm
devem ser vigiados de perto
Comunicao
O Chefe busca
transmitir mensagens com
fidelidade
equipe e ao seu
chefe sempre
que solicitado
O Chefe estimula
a comunicao
de baixo para
cima; as mensagens de cima
para baixo so
retocadas para
evitar situaes
desconfortveis
A comunicao
de baixo para
cima estimulada como
forma de conhecer as opinies da maioria e
exercitar sua
popularidade
A comunicao
de mo nica
de cima para
baixo com o
objetivo de dar
ordens e orientaes
O lder promove
a manifestao
aberta de pensamentos e sentimentos; a
comunicao
franca, honesta e
multidirecionada
(de cima para
baixo, de baixo
para cima, entre
os pares, entre
fornecedores e
clientes internos,
etc.)
20
Gesto de Pessoas
Todos temos um padro de comportamento que percebido por ns mesmos e
um outro, percebido pelos nossos pares. O que determina meu estilo de liderana
no o que eu acho do meu comportamento, mas sim o que os outros acham.
A realidade aquilo que o mundo enxerga.
Paul Hersey
LIDERANA SITUACIONAL
As primeiras abordagens ao tema da liderana visavam definir quais os traos de personalidade que tornam um mero chefe num bom lder. Todavia, rapidamente os gurus da gesto perceberam que a eficcia de um determinado tipo de lder varia muito, conforme a situao em que
chamado a liderar. Assim, Daniel Goleman no pioneiro ao alertar para o fato de que no existe
um estilo de chefia melhor do que os outros. Em meados da dcada de 60, Fiedler apresentou a
teoria contigencial. E, no final da dcada, Ken Blanchard e Paul Hersey surgiram com o conceito
de Liderana Situacional. Blanchard, popularizado com a coleo "O Gerente Minuto", introduziu
alteraes no modelo, surgindo com a liderana situacional II.
O aspecto mais revolucionrio da teoria da liderana situacional a crena de que no h
um estilo de liderana que seja melhor que os restantes tudo depende da situao. Os estilos de
liderana diferem conforme a varivel situacional mais importante a pessoa que o lder tenta
influenciar: a sua motivao (querer) e a sua competncia e experincia (saber).
Afinal no existe apenas um estilo de liderana, mas seis. Tal como um profissional de golfe
escolhe o taco de acordo com a exigncia da tacada, os lderes eficazes escolhem o estilo consoante a situao.
O mistrio em torno do que os lderes podem e devem fazer para tirar o mximo partido das
pessoas que os rodeiam j antigo. Nos ltimos anos, esse mistrio gerou uma verdadeira indstria:
milhares de especialistas em liderana fizeram carreira testando e treinando executivos, com o
intuito de criarem pessoas capazes de transformar objetivos audazes estratgicos, financeiros ou
organizacionais em realidades.
Uma nova pesquisa, efetuada pela consultora Hay/McBer com base numa amostra aleatria de 3871 executivos de todo o mundo, levanta um pouco o vu em torno do mistrio da liderana eficaz. A pesquisa identificou seis estilos de liderana distintos cada um deles decorrente de
diferentes componentes da inteligncia emocional , e chegou a uma concluso: os lderes com
os melhores resultados no se apoiam somente num estilo de liderana, mas em vrios, dependendo das situaes.
Imagine os estilos como os diferentes tacos existentes num
saco de golfe de um jogador profissional. Durante o jogo, o profissional escolhe os tacos com base nas exigncias da tacada. Por vezes
tem que ponderar a sua seleo, embora normalmente esta seja
automtica. Ele sente o desafio sua frente, escolhe a ferramenta
mais adequada para a situao e
joga. Esta a forma como os lderes
eficazes operam.
21
Gesto de Pessoas
O estilo coercivo
Este estilo, que fora concordncia imediata, pode obter resultados positivos no curto
prazo, mas deixa "traumas" profundos na organizao a mdio prazo.
como funciona - A empresa atravessava uma crise as vendas estavam em queda, a cotao das aes descia vertiginosamente e os
seus acionistas estavam verdadeiramente insatisfeitos. A administrao resolveu contratar um CEO especialista em reestruturaes. Ele
comeou pelas demisses, desmantelamentos de divises e decises
duras que j deveriam ter sido tomadas. A empresa foi salva... no
curto prazo. Mas, desde o incio, o CEO criou um reino de terror, humilhando os executivos. As figuras de topo da empresa foram dizimadas
no s atravs de demisses injustas, mas tambm por desero.
Aqueles que lhe reportavam diretamente, atemorizados pela sua
tendncia de culpar os portadores de ms notcias, deixaram simplesmente de lhe levar notcias. A moral estava arrasada e o CEO foi despedido.
Impacto - fcil perceber por que motivo, de todos os estilos de liderana, o coercivo o menos
eficaz na maioria das situaes. O carter extremo das decises tomadas pelo lder mata quaisquer novas idias pela raiz. As pessoas sentem-se to desrespeitadas que nem se do ao trabalho
de apresentar novas idias. O sentido de responsabilidade acaba igualmente por se evaporar:
incapazes de agir por sua iniciativa, perdem a responsabilidade pelo seu desenvolvimento.
Riscos - A liderana coerciva possui tambm um efeito prejudicial no sistema de recompensas. A
maioria dos trabalhadores de alta performance motivada por algo mais do que o dinheiro
procura a satisfao de um trabalho bem feito. O estilo coercivo corri esse orgulho. E, por fim, este
estilo arruna uma das ferramentas primrias do lder motivar as pessoas, fazendo-as sentir de que
forma a sua funo se enquadra numa misso grandiosa e partilhada.
Como usar - O estilo coercivo dever ser usado com precauo e nas raras situaes em que
absolutamente indispensvel, como durante uma reestruturao ou quando se espera uma mudana radical de hbitos. Nesses casos, ele poder acabar com hbitos de trabalho ultrapassados
e obrigar as pessoas a adotar novos mtodos. Pode igualmente funcionar com empregados problemticos com os quais tudo falhou. Mas se um lder se apia somente neste estilo, o impacto de
longo prazo da sua insensibilidade para os sentimentos daqueles que lidera ser ruinoso.
O estilo paternalista
Este estilo de liderana gira em torno das pessoas valoriza os indivduos e as suas emoes mais do que as suas tarefas ou objetivos.
Um dos defeitos desse tipo de liderana o crescimento e o desenvolvimento apenas dos lderes, que tm oportunidade de tomar decises, cometer erros e aprender com a prpria experincia.
Esse tipo de lder teme entregar seu cargo a outra
pessoa porque nunca est seguro de que outro lder possa
conduzir seu grupo com tanta dedicao, eficincia e proteo como ele. muito trabalhador, exclusivista e perfeccionista. Em discusses, comum ver esse tipo de lder dando conselhos paternais e expressando opinies de peso e
palavras finais, decisivas e importantes. Conta com o respeito e estima do grupo e considerado o paizo.
Como funciona - O lder paternalista luta para manter os seus
funcionrios felizes e para que reine a harmonia entre eles. Ele gerencia atravs da construo de
laos emocionais fortes e colhe os benefcios sob a forma de uma intensa lealdade. Este estilo possui igualmente um efeito extremamente positivo na comunicao. As pessoas que gostam umas
das outras partilham mais facilmente idias e inspiraes, confiam umas nas outras, o que permite
uma inovao contnua e a tomada de riscos. O lder paternalista, tal como um pai ajusta as regras
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
22
Gesto de Pessoas
da sua casa para o filho adolescente, no impe restries desnecessrias forma como os empregados realizam o seu trabalho. Ele d s pessoas a liberdade para agirem da forma que acreditam ser mais eficaz.
Como reconhecimento e recompensa para um trabalho bem feito, o lder paternalista oferece um feedback positivo constante, que produz um poder especial no local de trabalho. Por
ltimo, estes lderes so mestres em construir um sentimento de pertencimento. Eles podem comprar
um bolo para celebrar uma vitria do grupo. So construtores natos de relacionamentos.
Impacto - O estilo paternalista possui um impacto geralmente positivo em todas as abordagens,
mas os lderes devem empreg-lo particularmente nas situaes em que necessrio edificar sentimentos de harmonia nas equipes, aumentar a comunicao, levantar a moral e restabelecer a
confiana perdida.
Riscos - Apesar de todos estes benefcios, este estilo no dever ser utilizado isoladamente. O seu
enfoque exclusivo nos elogios poder permitir que uma performance fraca no seja corrigida e os
funcionrios podero pensar que a mediocridade tolerada. E porque os lderes paternalistas raramente oferecem conselhos construtivos sobre como se deve melhorar, os funcionrios tm que
descobrir por si prprio como fazer. Quando as pessoas precisam de diretrizes claras para navegarem atravs de desafios complexos, o estilo paternalista deixa-os deriva.
Como usar - Quando utilizado em excesso, este estilo pode mesmo levar ao fracasso de um grupo.
Talvez seja esse o motivo por que estes lderes utilizam este estilo em estreita conjuno com o estilo
servidor. Os lderes servidores declaram a viso, definem os padres e informam s pessoas que o
seu trabalho est em concordncia com os objetivos do grupo. Se alternarmos este comportamento com a abordagem paternalista, teremos uma combinao poderosa.
O estilo democrtico
Ao despender tempo com as pessoas e com a anlise das suas idias, um lder democrtico
inspira confiana, respeito e empenho.
Como funciona - O lder democrtico permite que os funcionrios tenham uma palavra a dizer nas
decises que afetam os seus objetivos e a forma como realizam o seu trabalho, estimulando a flexibilidade e a responsabilidade. Ele escuta as preocupaes dos funcionrios, aprendendo o que
deve fazer para manter a moral em alta. Por outro lado, como os funcionrios tm participao na
fixao dos seus objetivos e nos padres de avaliao do processo, tendem a ser realistas sobre o
que pode ou no ser atingido.
Impacto - O estilo democrtico encerra, porm, algumas dificuldades, o que o leva a ter um impacto mais reduzido no ambiente empresarial do que os outros estilos. Uma das consequncias
mais negativas podem ser as reunies interminveis, onde as
idias so repisadas continuamente, o consenso permanece
ilusrio e o nico resultado visvel agendar novas reunies.
Riscos - Alguns lderes democrticos usam este estilo para
adiarem decises cruciais. Na verdade, os seus colaboradores
acabam por sentirem-se confusos e desorientados. E este tipo
de abordagem poder intensificar conflitos. Claro que este
estilo faz muito menos sentido quando os empregados no
so competentes ou informados o suficiente para poderem
gerar conselhos teis. E no ser preciso dizer que a procura
de consenso perigosa em algumas ocasies particularmente quando, por exemplo, a empresa
est pressionada pela concorrncia e tem de tomar decises rpidas.
Como usar - Esta abordagem ideal nos casos em que o prprio lder no tem certeza quanto
melhor direo a tomar e precisa de idias e de orientao de colaboradores capazes. E mesmo
quando o lder possui uma viso forte, este estilo funciona bem, pois gera idias novas, que tornam
possvel a execuo dessa viso.
23
Gesto de Pessoas
O estilo autoritrio
O lder autoritrio, alm estabelecer elevados padres de desempenho, busca colocar-se
como exemplo. obcecado em fazer as coisas melhor e de forma mais rpida e exige o mesmo
dos que o rodeiam.
No ambiente autocrtico, o lder, designado para a chefia do grupo por alguma autoridade, atua como dirigente e toma as decises. O lder autoritrio determina os programas do grupo,
faz os planos mais importantes, s ele conhece a seqncia de passos futuros nas atividades do
grupo, s ele dita as atividades dos membros e o padro de inter-relaes entre eles. o encarregado de prmios e castigos.
Esse tipo de lder no tem confiana em que as pessoas possam tomar decises, escolher os
objetivos mais adequados, e poder vencer as dificuldades. Tende a produzir, depois de certo tempo, indivduos imaturos.
Como funciona - O lder autoritrio identifica os colaboradores com fraco desempenho e busca
exigir mais deles. Se no estiverem altura das exigncias, sero substitudos por quem esteja.
Impacto - Podemos ser levados a pensar que este tipo de abordagem aumenta os resultados, mas
no assim. Na verdade, ele destri o ambiente. Muitas pessoas sentem-se esmagadas pelas exigncias de excelncia, o que tem efeitos prejudiciais na sua moral. Os procedimentos para a realizao do trabalho podem ser claros na cabea do lder, mas nem sempre ele os apresenta dessa
forma.
Riscos - O lder autoritrio espera que as pessoas saibam o que fazer. O
trabalho transforma-se no numa questo de se dar o melhor, mas sim
numa tentativa de adivinhao dos desejos do lder. Ao mesmo tempo,
as pessoas sentem que o lder no confia na sua forma de trabalho nem
na sua capacidade de iniciativa. A flexibilidade e a responsabilidade
desaparecem; o trabalho to rotineiro, que se torna extremamente
aborrecido.
No que diz respeito a recompensas, o lder autoritrio ou no d
qualquer tipo de feedback s pessoas ou simplesmente assume o controle quando pensa existirem atrasos. E caso o lder precise sair, as pessoas sentem-se desorientadas, na medida em que j se habituaram a
seguir as regras ditadas pelo "especialista".
Como usar - Contudo, este estilo nem sempre significa desastre. A abordagem funciona bem
quando todos os funcionrios se sentem motivados, so competentes e precisam de pouca orientao e coordenao. E quando se tem uma equipe talentosa, este estilo atinge exatamente
aquilo que se prope: cumpre, ou at antecipa, os prazos determinados.
O estilo treinador
Os lderes treinadores ajudam os colaboradores a identificar os pontos fortes e fracos e estimulam-nos a perseguir os objetivos pessoais e profissionais.
Como funciona - Estes lderes encorajam os funcionrios a estabelecer objetivos de longo prazo e ajudam-nos a conceber um
plano para atingi-los. Fazem acordos com os colaboradores
sobre o seu papel e responsabilidades na realizao de planos
de desenvolvimento e so frteis em instrues e feedback.
Estes lderes so exmios em delegar; conferem aos seus funcionrios tarefas desafiantes, mesmo que isso signifique alguma
morosidade. Em outras palavras: eles esto dispostos a aceitar
fracassos de curto prazo, se isso implicar numa aprendizagem
24
Gesto de Pessoas
para o futuro.
Impacto - bvio o paradoxo existente no efeito positivo que o estilo treinador exerce na performance do negcio, pois ele concentra-se primeiramente no desenvolvimento pessoal, e no em
tarefas imediatamente relacionadas com o trabalho. Mas, mesmo assim, este estilo aumenta os
resultados. A razo: ele exige um dilogo constante, que funciona como catalisador de energia. O
dilogo contnuo do lder treinador com os funcionrios permite-lhes saber o que se espera deles e
de que forma o seu trabalho se encaixa na viso ou estratgia da empresa, o que, obviamente,
tem efeitos sobre o sentido de responsabilidade.
Riscos - No entanto, este estilo faz muito pouco sentido quando os funcionrios so resistentes
aprendizagem ou mudana. E falha quando o lder no possui as capacidades necessrias para
ajud-los a progredir. Muitos gestores no esto familiarizados ou simplesmente no tm jeito para
servir de treinadores, particularmente no que diz respeito a dar feedback contnuo do desempenho, o que desperta sentimentos de medo ou apatia. Algumas empresas j perceberam o impacto
positivo deste estilo e esto transformando-o numa competncia-chave. Mas tambm existem
muitas organizaes que tm ainda que aprender a tirar vantagens deste estilo. Embora possa no
evidenciar resultados "gritantes", eles existem.
Como usar - O estilo treinador funciona muito bem em diversas situaes, mas talvez seja mais eficaz quando as pessoas esto dispostas a "aceit-lo". Por exemplo, ele particularmente positivo
quando os funcionrios esto conscientes das suas fraquezas e verdadeiramente dispostos a aperfeioar o seu desempenho, ou quando percebem de que forma o desenvolvimento de novas capacidades pode ajud-los em termos profissionais. Em resumo: este estilo funciona melhor com os
funcionrios que querem ser ensinados.
O estilo servidor
Dos seis estilos, este parece ser o mais eficaz, repercutindo-se em todos os aspectos do ambiente de trabalho.
Como funciona - O lder servidor um visionrio: motiva as
pessoas, fazendo-as sentir que a sua contribuio se enquadra numa viso abrangente para a organizao.
Quem trabalha para estes lderes percebe que aquilo que
faz importante e porqu.
Impacto - A liderana servidora maximiza o empenho em
relao aos objetivos e estratgia da organizao. Ao
alinhar as tarefas individuais com a viso do setor e da
organizao, o lder servidor define os padres que dizem
respeito a essa viso. Quando fornece um feedback sobre
o desempenho, o critrio que utiliza se ele est de acordo com a viso ou no. As medidas para o sucesso so
claras para todos, tal como as recompensas.
Um lder servidor define o fim a atingir, mas geralmente proporciona s pessoas espao de
manobra para agirem, dando-lhes liberdade para inovar, experimentar e correr riscos calculados.
Riscos - Este estilo, contudo, apresenta tambm alguns possveis fracassos. A abordagem falha, por
exemplo, quando um lder est trabalhando com uma equipe que tem mais experincia do que
ele, pois podem consider-lo como algum pomposo ou intocvel. Uma outra limitao: se um
gestor tenta ser servidor e fica insuportvel, pode destruir o esprito igualitrio de uma equipe eficaz.
Como usar - Devido ao impacto positivo que produz, o estilo servidor funciona em quase todas as
situaes. Mas particularmente eficaz quando uma empresa se encontra em crise. Um lder servidor traa uma nova rota e conduz os seus colaboradores para uma viso renovada e de longo
curso.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
O seu estilo
numa frase
Competncias
de inteligncia
emocional
COERCIVO
SERVIDOR
PATERNALISTA
Exige
concordncia
imediata
Mobiliza as
pessoas em
torno da viso.
Cria harmonia e
constri laos
emocionais.
"Faa aquilo
que eu digo"
"Venha comigo"
AUTORITRIO
TREINADOR
Procura o
Estabelece
Prepara os colaconsenso atra- elevados nveis boradores para o
vs da partici- de performance.
futuro
pao.
"As pessoas
"O que voc
esto sempre em pensa sobre o
primeiro lugar"
assunto?"
"Faa como eu
fao, j."
"Tente dessa
forma"
Determinado Autoconfiana,
Empatia,
Cooperao, Fora para atingir Desenvolver os
para atingir
empatia,
construo de
liderana
objetivos, iniciati- outros, empatia,
objetivos, inicia- catalisador de relacionamentos,
de equipa,
va.
autoconscincia.
tiva, autoconmudana.
comunicao. comunicao.
trole.
Numa crise,
Quando a
Quando
Quando que o
numa
reestrutumudana
necessrio
estilo funciona
rao ou em
requer uma
motivar as pesmelhor
problemas com nova viso ou
soas que esto
determinadas uma orientao sob forte prespessoas.
clara.
so.
Impacto global
na organizao
DEMOCRTICO
Negativo
Fortemente
positivo
Positivo
Negativo
Positivo
Condensado de "Leadership that gets results" (Harvard Business Review, Maro/Abril de 2000Adaptado por
Helena Oliveira para a Revista Executive Digest ed. 70 - Portugal
Daniel Goleman autor de Emotional Intelligence e de Working with Emotional Intelligence. consultor da
Hay/McBer na rea de desenvolvimento da liderana.
26
Gesto de Pessoas
"Voc no pode ajudar os homens todo o tempo,
fazendo para eles o que poderiam e deveriam fazer sozinhos."
Abraham Lincoln
Cada vez mais me conveno de que ns, gestores, no podemos utilizar apenas o nosso estilo de liderana predominante, mas sim navegar pelos sete estilos existentes, em funo do nvel de maturidade de nossos
liderados e dos contextos que enfrentamos.
So identificados hoje sete modos de liderar: diretivo, participativo, modelador, autoritrio, afetivo, coach
e visionrio. Normalmente nos apossamos de um deles e o utilizamos para todos os funcionrios, sem identificar
qual estilo seria mais apropriado para conduzir e motiv-los individualmente. Peguemos como exemplo o lder
modelador. Este estilo, como o prprio nome diz, modela seu funcionrio, isto , determina o que ele deve
fazer e como deve fazer, detalhando passo-a-passo as atividades necessrias para alcanar o seu objetivo.
Essa forma de liderar adequada quando o liderado possui baixa ou mdia competncia, pois o lder no
pode permitir falhas na realizao do projeto. J para um liderado com alta competncia, esse estilo perigoso, pois no permite que ele participe, crie ou d opinies para a soluo do problema ou evoluo do
projeto. Com o tempo, o funcionrio ficar desmotivado, pois no lhe permitido contribuir com suas idias.
Para colaboradores de alta competncia, os estilos ideais so o participativo (solicita que o funcionrio participe do como) ou o diretivo (determina-se o objetivo a cumprir e o funcionrio desenvolve seu modo de
proceder, empregando sua competncia).
Vejamos um caso inverso, isto , de um lder que aplica o estilo diretivo (determina apenas o que deve fazer, no explicando o como) para um funcionrio de baixa/mdia competncia. fato que este liderado
no possui conhecimentos suficientes para elaborar um plano de ao para atingir o objetivo de seu setor ou
da empresa, portanto corre-se um grande risco da tarefa no ser executada de forma assertiva. Nesse caso, o
estilo modelador seria mais apropriado, pois o lder especifica os detalhes para a execuo das atividades.
At mesmo estilos autoritrio e afetivo so importantes pontualmente, principalmente em contextos de crise, pois no h tempo para discutir solues. Lembro-me do presidente de uma empresa que recebeu do
diretor de logstica, a notcia de que no conseguiria carregar todos os caminhes para a entrega de um
pedido muito importante. O presidente ordenou de forma arbitrria que todos os gerentes e diretores fossem
ao armazm, arregaassem as mangas e ajudassem a carregar as carretas. O pedido foi entregue e a empresa, consolidada como fornecedor efetivo daquele produto, isto , de forma autoritria e pontual o presidente
atendeu a um pedido importante para a companhia.
A sensao do momento o estilo coach, no qual o lder desenvolve em seus liderados as competncias
necessrias para alcanarem patamares mais elevados de excelncia em suas atividades. No h dvida de
que esse estilo importante e necessrio para desenvolvermos nossas equipes, mas at ele pode ser prejudicial se no aplicado na dose certa, pois pode fazer com que o lder se distancie das atividades do dia-a-dia e
deixe de obter resultados a curto e mdio prazos.
O gestor no deve ser lder e sim "estar" lder, aplicando os sete estilos pontualmente de acordo com o nvel de maturidade de seu liderado (competncia e comprometimento) ou com o contexto existente (normal
ou de crise). Como vimos, nossos funcionrios so diferentes, de modo que necessrio aplicarmos estilos
diferentes para alcanarmos patamares de excelncia mais elevados.
Ricardo Piovan - Consultor Organizacional
27
Gesto de Pessoas
ESTUDO DE CASOS
1- Isabelita a nova funcionria do setor de Atendimento ao Cliente de sua empresa. Ela estava bastante
motivada h questo de 3 meses, quando foi contratada, porque o seu primeiro emprego em nosso pas. Ela
argentina e tem experincia de 3 anos nessa funo. Ela foi contratada para atender o nmero crescente
de ligaes que sua empresa vem recebendo de latino-americanos.
Entretanto, voc percebeu que ela no tem mais aquele sorriso que lhe era caracterstico, e tambm tem
evitado conversar com as colegas de setor, com quem almoava todos os dias e formava animadas rodas de
bate-papo.
Ao investigar, voc descobriu que ela estava chateada com a gozao crescente que se formou por
causa de seus hbitos diferentes de se maquiar e vestir e at suas dvidas em relao lngua portuguesa e
hbitos de nosso pas.
Que atitude voc vai tomar? Qual o estilo de gesto adotado?
2- Ablio, o motorista de sua empresa*, foi deslocado para cobrir as frias de um motorista de uma das filiais.
Como Miranda, seu supervisor j previa, Ablio no gostou da mudana, mesmo que temporria, pois durante
4 semanas ficaria na outra cidade, s retornando pra casa nas sextas-feiras a noite. Miranda sabia que isso
ocorreria e, alem disso, sabia que Ablio no conhecia a cidade. Porem, era o nico que tinha habilitao
para dirigir o caminho da filial.
No se sabe se por no ter gostado da mudana, o fato que seu desempenho (medido em volume de
entregas/km rodado) caiu muito. Cerca de 35%.
Miranda foi contatado pelo Supervisor de Expedio da filial, que pediu para que ele tomasse uma providncia.
Que atitude Miranda deve tomar? Qual o estilo de gesto a ser adotado?
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Gesto de Pessoas
3- O setor de Produo est empenhado em resolver uma srie de problemas adotando a metodologia
MASP na qual foram treinados. Sempre que possvel, eles fazem reunies de anlise e melhoria dos processos,
seja na hora do cafezinho ou mesmo no horrio do almoo.
entusiasmante para um Diretor perceber esse clima positivo na produo. Por isso, voc chamou Renato, o Gerente de Produo, para uma conversa a respeito. Renato tem alcanado sempre os objetivos do
setor, mas no comum ele permitir que reunies aconteam no horrio de trabalho. At mesmo o treinamento sobre o MASP foi duramente negociado com o Diretor de RH para que as mquinas ficassem o menor
tempo possvel paradas. Ainda bem que j na realizao do treinamento se pde perceber que alguns ndices de qualidade melhoraram.
4- Silvrio o ajudante de produo responsvel pelo transporte de produtos em processo e acabados. Ele
trabalha na empresa h alguns anos e sempre teve um desempenho sofrvel. O fato que os supervisores que
ele j teve foram bastante complacentes com ele devido sua idade avanada. Mais uns 3 ou 4 anos ele
deve se aposentar.
Entretanto, Renato, o Gerente de Produo, est a ponto de pedir a demisso de Silvrio. Srgio, o Supervisor de Produo, j advertiu Silvrio vrias vezes, alertando-o sobre seu baixo desempenho por desateno
e as graves conseqncias de seus erros, que normalmente resultam em entregas erradas para os clientes ou
atrasos na produo.
Em sua opinio, o que dever ser feito? Qual estilo Srgio deve adotar?
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Gesto de Pessoas
Mesmo que esteja muito ocupado, voc deve sempre
arranjar tempo para fazer algum se sentir importante.
Mary Kay Ash, presidente da Mary Key Cosmetics
LIDERANA SITUACIONAL II
Para Ken Blanchard, o lder deve conduzir as pessoas ao longo de uma linha de evoluo:
de direo delegao, passando pela fase de orientao e apoio.
A Liderana Situacional aplica-se principalmente quando um funcionrio transferido, promovido ou mesmo quando trata-se de um novo funcionrio na organizao.
certo que um lder deve tratar todos os seus funcionrios com igualdade. Entretanto, no
corpo a corpo inevitvel que passem a existir tratamentos diferenciados. E isso inevitvel.
Cada pessoa tem seu desempenho, suas habilidades e suas dificuldades.
O Ciclo da Liderana Situacional demonstra as etapas necessrias para se levar um funcionrio novo a uma condio em que ele possa ser considerado apto a caminhar sozinho, a ser um
Dono do Processo pelo qual ele dever ser o responsvel.
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ensine
explique os
porqus
informe
decida e
comunique
controle
d feedback
d exemplo
Gesto de Pessoas
ensine
explique os
porqus
informe
controle
pea
sugestes
convena
sobre as
decises
d feedback
d exemplo
apoie
informe
pea
sugestes
decida junto
encoraje
acompanhe
d feedback
delegue
informe
acompanhe
d feedback
fundamental que nenhuma destas etapas seja deixada de lado. As primeiras principalmente.
E bom entendermos que justamente quando cedemos s presses do dia-a-dia que corremos o
risco de queimar um funcionrio que poderia vir a ser o melhor. A adaptao ao Deus dar frequentemente incorre em funcionrios frustrados, desmotivados, descomprometidos e que aprendem
na base da tentativa (inevitavelmente cometendo muitos erros) e possveis demissionrios, fazendo
com que todo o tempo e dinheiro investido em sua contratao v por gua abaixo.
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Gesto de Pessoas
a atividade em si;
Nveis de Influncia
De modo geral, podemos imaginar uma graduao da disposio e da influncia de algum
em uma atividade atravs de uma rgua que considere tanto a extrema participao quanto a
extrema sabotagem e que leve em conta estgios intermedirios.
A nossa rgua teria a seguinte forma:
boicote
apatia
apoio
deciso
Boicote Predisposio e comportamentos, conscientes ou no, que objetivam a sabotagem dessa atividade: m vontade, desleixo, relatrios falsos, descumprimento proposital ou no
de acordos e regulamentos, no comunicao de dados importantes, atos falhos, etc.
Apatia Predisposio e comportamentos de mera obedincia s ordens explcitas e que objetivam isentar a pessoa de qualquer responsabilidade pelos resultados finais: fiz assim porque me mandaram fazer assim, para mim tanto faz, s quero uma definio do chefe.
Apoio Predisposio e comportamentos de participao, em que as pessoas se empenham para
a consecuo dos objetivos e metas, atravs de idias, opinies, empenho nas discusses e/ou adequado cumprimento das orientaes. Empenho em apoiar a deciso de
outras pessoas. Argumenta em defesa de uma posio em que acredita. Sua diferena
para o ltimo estgio (deciso) est no grau relativamente menor em que influencia a
deciso final.
Deciso Predisposio e comportamentos de participao em que a colaborao dada influencia diretamente a deciso tomada.
O nvel de influncia de qualquer pessoa est intimamente vinculado ao clima de trabalho
que prevalece em seu ambiente.
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Gesto de Pessoas
boicote
apatia
baixo
compromisso
apoio
mdio
compromisso
deciso
alto
compromisso
Situao 1 Atividades com clima opressivo, autoritrio e altamente competitivo, onde a comunicao flui apenas de cima para baixo, os estmulos motivacionais se restringem punio e
recompensa, visando as necessidades fisiolgicas e de segurana.
Reao mais comum: baixo compromisso (apatia ou boicote). H no mercado inmeras
empresas com esse perfil.
Situao 2 Atividades com clima paternalista (tambm autoritrio), onde os conflitos recebem panos quentes, a comunicao importante flui de cima para baixo, mas com alguns canais
de baixo para cima (sem que disto resultem mudanas ou alguma influncia). H alguns estmulos
motivacionais que consideram fortemente a proteo e o acobertamento das falhas (segurana),
os vnculos de bom relacionamento social (sociais) e, talvez, prestgio e tapinhas nas costas (autoestima).
Reao mais comum: mdio compromisso (apatia ou apoio). Com o tempo, h tendncia ao
baixo compromisso devido superficialidade dos estmulos.
Situao 3 Atividades com clima burocrtico (tambm autoritrio) reguladas pelos manuais,
regras e procedimentos, onde o conflito negado ou punido. A comunicao pessoal quase inexiste e no h preocupaes motivacionais.
Reao mais comum: baixo compromisso. A existncia de padronizao e regras explcitas, via
de regra, imprescindvel nas organizaes. No entanto, frequente haver tal devoo aos manuais
que as pessoas passam a ser meras cumpridoras de ordens escritas. Nesses casos, qualquer emoo ou
idia que j no estejam nos manuais so dispensadas.
Situao 4 Atividades onde h fortes e confiveis canais de comunicao formais e informais e multilaterais, onde os conflitos positivos (de idias) prevalecem e so bem vistos, os conflitos
negativos (entre pessoas) so reconhecidos e administrados. As pessoas se sentem seguras, desfrutando de ambiente cooperativo e no competitivo, so reconhecidas e valorizadas como pessoas
e como profissionais e so estimulados em suas necessidades de auto-estima e auto-realizao.
Reao mais comum: alto compromisso. Ao contrrio do que muitos imaginam, esse clima
participativo existe em muitas empresas, quer generalizado, quer situado em guetos sem dvida,
guetos de excelncia.
Esses climas diferentes so resultados de relaes diferentes entre as pessoas, em especial da
relao de liderana que se estabelece nas equipes de trabalho. A maturidade das pessoas e das
equipes de trabalho depende muito do ambiente e do clima de trabalho.
importante tambm frisar que todos numa organizao podem desenvolver comportamentos tanto produtivos quanto improdutivos.
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Gesto de Pessoas
EXERCCIOS
Quais so os Estilos de Liderana adotados em cada uma das situaes?
Na situao 2, por que a reao da equipe pode ser de apatia ou apoio? D 4 exemplos de fatos
que podem ocorrer de forma negativa no ambiente de trabalho.
Na situao 3, por que a reao da equipe ser de baixo compromisso? D 4 exemplos de fatos
que podem ocorrer de forma negativa no ambiente de trabalho.
Descreva uma situao (se possvel real) que possa levar a equipe a um mdio ou baixo compromisso e quais so suas possveis causas.
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Gesto de Pessoas
No incio era o dom. Era ele que determinava quem seria lder no mundo corporativo. Ou voc
nascia com as caractersticas de liderana (ambio, honestidade, integridade, autoconfiana e
desejo de influenciar e liderar pessoas) ou iria passar a vida sendo liderado. Depois vieram os resultados, e a o novo lder precisava ser bom de gente e de nmeros. Isso valeu at que o primeiro
lder fracassasse numa situao de caos. Foi ento que um novo elemento surgiu: o cenrio. Alm
de ser bom com pessoas e trazer resultado, o lder precisava dominar os inmeros cenrios de incerteza do mundo empresarial. Chegamos ao final, certo? Errado. As empresas querem mais.
O mercado est em busca de profissionais que sejam muito mais do que lderes de equipes. As
organizaes querem algum que articule e envolva pessoas, sim. Mas no se trata apenas de
subordinados. Elas esto procura de gente que consiga influenciar chefes, pares e colegas de
outras reas. E que saiba exatamente por que est fazendo isso. O lder agora vai alm da gesto
de pessoas para ser efetivo na entrega de resultados, na construo de uma relao com os clientes e com o mercado. Deve falar a lngua do acionista e, principalmente, ser lder de si mesmo. Isso
significa ter um plano de carreira consistente e coerente com os prprios valores e, claro, encontrar
muito prazer no que faz. Esse o perfil do lder completo. "O conceito de liderana evoluiu", diz
Jos Valrio Macucci, professor do Ibmec So Paulo e consultor de liderana em empresas como
Gerdau. "No se trata mais de fazer curso de gerenciamento de equipes. preciso ir alm."
Valrio, ex-diretor de desenvolvimento de pessoas do Ita, diz que o lder hoje, para ser completo, precisa saber responder a cinco perguntas:
1) Quais so os produtos e servios que entrego e para quem?
2) Como estabeleo relaes de identidade com meus clientes?
3) Quais resultados dou?
4) Sou um exemplo e uma referncia na gesto de pessoas (no apenas na minha equipe)?
5) Qual o meu ponto de equilbrio? sou dono da minha agenda?
Se voc tem essas respostas, est no caminho certo. Agora, se no tem ou sua empresa s oferece treinamentos focados exclusivamente em como gerenciar equipes, bom voc mesmo fazer
a lio de casa. "No a mo de Deus que vai torn-lo lder", diz o consultor Pedro Mandelli.
"Liderana matria de estudo, preciso estudar e aprender como se tornar um lder no contexto atual." O ponto de partida compreender bem esse conjunto de competncias que o mundo corporativo vem exigindo. Veja como voc pode ser completo em cada uma delas:
Produtos e servios
Voc sabe exatamente o que sua empresa faz? Isso est alm de responder: celular, carro ou
alimento. Por trs do produto e dos servios h um conceito. Qual o exerccio a ser feito? Fuar.
Comece articulando conversas com pessoas de outras reas para saber qual a parte delas no
todo. Quando fechar esse ciclo, estude o seu mercado. Saiba o que e como a concorrncia faz o
mesmo produto e servio, e trabalhe para ser melhor, levando idias para as pessoas.
Clientes
Se voc j conhece bem o que faz na empresa, hora de cultivar o cliente, seja l qual for sua
rea. Mais do que telefonar uma vez por semana, necessrio manter um relacionamento mesmo.
Sabe a histria do networking que voc deve manter e cultivar porque nunca se sabe o dia de
amanh? Ento, aqui vale o mesmo. Cliente precisa ser cultivado o tempo todo. dele que voc
vai tirar o que precisa melhorar no seu negcio, o que precisa desenvolver e o que a concorrncia
est fazendo.
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Gesto de Pessoas
Resultados
A entrega de resultados depende de um processo anterior, chamado negociao. Estude
bem seu negcio (e o histrico do seu negcio) antes de negociar as metas. O exerccio aqui
conhecer bem em que voc trabalha e, principalmente, o seu mercado. No d para estabelecer
metas altssimas quando o cenrio for pessimista. Para isso, tem que estudar o negcio globalmente. O lder completo no pensa no resultado local, mas no resultado global. Ele sabe para onde vai
a empresa no mundo e, antes de bater sua meta, pensa como aquele resultado vai afetar o todo
da companhia.
Gesto de pessoas
V alm da sua equipe. Ser exemplo na gesto de pessoas no significa ser um bom chefe
apenas, e sim se envolver com outras reas da empresa. Faa suas idias chegarem a outros ouvidos alm da sua unidade de negcios. Circule no ambiente de trabalho, entenda o dia-a-dia dos
outros e conduza os times de diferentes reas para um lugar comum.
Lder de si mesmo
As empresas buscam algum que saiba exatamente o que quer. E
isso ser lder de si mesmo. preciso saber equilibrar bem vida profissional e pessoal e encarar o trabalho como um prazer, no um fardo.
Segundo os especialistas, apenas quem tem equilbrio emocional e
feliz capaz de criar bons ambientes no trabalho, impulsionando o time
a fazer o melhor da melhor forma. Seja dono da sua agenda, estabelea o que urgente, negocie, se for preciso, horrios flexveis.
Assimiladas essas competncias, preciso alinh-las. "No adianta
ser um timo articulador de pessoas se no trouxer resultados. E no
adianta trazer resultados se no conhecer bem o negcio todo", diz
Magui Lins de Castro, scia-diretora da Southmark, empresa de contratao de executivos de alto escalo, de So Paulo. Ningum pretende
que voc seja um super-heri em seu desempenho. Est claro que todo
profissional vai ser melhor em uma competncia do que em outra. E ao longo de sua carreira, a
partir de escolhas conscientes, voc vai aprimorar o que tem de bom e desenvolver o que tem de mais
fraco. O que as empresas querem algum que tenha essa noo de conjunto e saiba equilibrar as
competncias, os desafios do cargo e os do negcio.
Aqui vale lembrar que, mesmo desejando um lder completo, as empresas criam a identidade
de seus lderes exigindo mais uma competncia do que outra. Isso faz com que, por mais competente que um profissional seja, ele pode ser timo em uma empresa e no to bom em outra. Cabe a voc, portanto, saber qual companhia casa mais com seus prprios valores e seu momento
de carreira antes de assumir novos desafios. Para o especialista em liderana George Kolrieser, s
sabendo controlar suas emoes que voc ser capaz de entender e influenciar os outros para
criar um clima de cooperao e confiana no trabalho. George professor de comportamento
organizacional do International Institute for Management Development (IMD), na Sua.
Algumas companhias j tm lderes com esse perfil e mantm programas para treinar seus talentos em todas as dimenses citadas anteriormente: pessoas, resultados, cultura do negcio e
relacionamento com o mercado. VOC S/A ouviu seis empresas que esto na ponta. A IBM, por
exemplo, nutre essa preocupao antes mesmo de o profissional atingir um cargo de gerente. Os
profissionais que so identificados como potenciais lderes so orientados para chegar ao topo de
acordo com os valores da empresa. Por meio de treinamentos, a IBM desenvolve as competncias
que ela considera fundamentais para o negcio, como foco em estratgia, gesto de pessoas,
tica, conhecimento do negcio global e do cliente. "Eles participam de workshops, palestras,
programas e-learning e presenciais, e por fim h um feedback para todos sobre seu desempenho",
diz Luana de Matos, gerente de desenvolvimento da IBM. Depois disso, o profissional ainda passa
por um processo de mentoring, no qual um executivo snior orienta seus prximos passos.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
1970-1980
1980-1990
Anos 2000
Lder nato
Lder comportamental
Lder situacional
Lder completo
Detectaram-se falhas no
modelo anterior. Um lder
9/9 acabou levando uma
empresa runa,
enquanto o 1/1 levantou
um negcio de forma
brilhante. O que fez a
diferena? A situao. O
lder situacional surge
porque traz resultados
num cenrio especfico,
desenvolvendo pessoas.
Agora, o conceito de
liderana exige nova
postura profissional.
O lder traz resultados,
constri relao com
clientes e mercado,
fala a lngua do acionista,
exemplo na gesto de
pessoas (subordinados,
chefes, pares e colegas
de outras reas). E lder
de si mesmo.
Mas no s de dentro que nasce essa liderana. Ela vem tambm de pessoas recmcontratadas. Dos seus 11 000 funcionrios, a IBM conta hoje com 750 gerentes. Desses, 30% tem
menos de 11 meses no cargo. Foram promovidos ou recrutados no mercado exatamente por demonstrarem ter as competncias exigidas ao novo modelo de lder. Um deles o engenheiro paulista Antonio Zubieta Alves, de 35 anos, que acaba de ser contratado como gerente de consultoria
da IBM, depois de receber mais trs propostas de emprego. Engenheiro agrnomo, Antonio passou
por empresas bem diferentes, como Schincariol, Avon, Ita e Vivo.
Na Schincariol, Antonio comeou como trainee no laboratrio e no final do terceiro ano de casa migrou para a rea de RH. Foi nessa rea que atuou nas empresas seguintes at ser fisgado pela
IBM no ms passado. Ele vai tocar projetos demandados pelos clientes da empresa. Em cada
companhia por onde passou, Antonio teve duas preocupaes contnuas: "Tudo que eu falo e
fao precisa ter coerncia com meus valores" e "No tenho pressa em crescer". Com essas duas
premissas na cabea, ele d mostras de que quem lidera sua vida - e sua carreira - ele mesmo.
Antes de ir para a IBM, Antonio estudou bem a empresa e s disse estar preparado para assumir o desafio porque, alm da rea de consultoria encant-lo, se identifica com os valores da organizao: " uma empresa que incentiva o autodesenvolvimento de seus profissionais, alm de ser
tica e ter um claro compromisso com o cliente", diz. Valrio, do Ibmec-SP, foi seu chefe no Ita e
afirma que o executivo desenvolveu bem as dimenses do lder completo. "O Antonio um profissional que cria valor para o cliente interno, busca alternativas de produtos e servios, focado em
resultados a ponto de apoiar a equipe a buscar as metas que a empresa traou. um bom exemplo para seus pares e demonstra ter um equilbrio de vida bem interessante", diz Valrio. Antonio
mais modesto. "Tenho conscincia dessas cinco dimenses, mas sei que preciso desenvolver e
aprender mais, principalmente no ponto de gesto de pessoas", diz. "Embora todas as competnCasa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
37
Gesto de Pessoas
cias sejam exigidas, uma delas sempre vai pesar mais, dependendo do negcio. a cultura da
empresa que dita as regras de como voc vai exercer sua liderana."
Ele tem razo. As empresas que esto frente trabalham o conceito de lder completo considerando sua cultura, constituindo um estilo de liderana prprio.
Gesto de ns mesmos
Na Johnson & Johnson Produtos Profissionais, um dos pontos mais importantes para ser um lder
ter aquele autoconhecimento e autocontrole citados pelo professor do IMD. "Quando se fala em
liderana, esquecemos do mais importante, a gesto de ns mesmos", diz Jos Luiz Weiss, diretor de
RH da companhia. " fundamental ter um equilbrio na vida pessoal e profissional para trazer resultados de uma forma saudvel." A empresa estimula seus profissionais a sair no horrio e aproveitar a
vida fora do escritrio. O mineiro Haroldo Junqueira, de 38 anos, diretor de supply chain e planning
para a Amrica Latina da J&J leva essas recomendaes ao p da letra.
Adepto do equilbrio no dia-a-dia, Haroldo costuma dizer que no adianta tirar frias de 30 dias
para resolver se libertar do estresse. "Isso um exerccio que deve ser praticado diariamente", afirma. Mesmo trabalhando bastante, ele se mantm bem praticando atividades fsicas, promovendo
happy hours com a equipe e fazendo escaladas. Alm de ser lder da sua prpria vida, ele tem
outras caractersticas importantes do lder completo. Seu trabalho exige o envolvimento constante
com outras reas e ele busca sempre entender o que cada um faz na empresa, para levar a melhor soluo para o cliente, mantendo um eficiente relacionamento com chefes, equipe e pares.
Para fechar o rol de competncias, Haroldo trabalha pensando alm de sua unidade de negcios e at da operao brasileira. Ele tem cabea de acionista. "s vezes, a melhor deciso
para o Brasil no a melhor deciso para o grupo, e no grupo que eu penso quando tenho que
bater resultados locais", diz. Um exemplo disso quando reduz custos. Um novo projeto para o Brasil
pode ser interessante para a regio, mas pode no significar nada globalmente alm de despesas.
Por isso, to importante quanto trazer resultados ter
claro como voc consegue atingi-los. Pesa aqui o relacionamento e o equilbrio emocional. No adianta chegar ao
final de cada trimestre com olheiras, sem energia, parecendo que vai desmoronar. A General Electric, por exemplo, faz avaliaes anuais para medir como seus lderes
chegam aos resultados. "Mais do que entregar nmeros, os
lderes precisam se conectar bem com os funcionrios,
respeitar as diferenas, engajar e motivar em ambientes
diversos", diz Carlos Griner, diretor de RH para a Amrica
Latina da GE. "Ele tambm deve ter capacidade de entregar resultados em diferentes reas, trabalhando com equipes diversas", afirma Vera Durante, diretora de RH da Unilever.
So muitas exigncias para se tornar o lder que as empresas querem? Sim, so mesmo. Essa a
regra do jogo atualmente. Vale dizer outra vez que, se voc ainda no tem as cinco dimenses do
lder completo bem desenvolvidas, v com calma e parta para reforar uma de cada vez. As organizaes esto cientes de que precisam moldar suas lideranas. Entrevistamos dois executivos
que esto nesse processo de aprendizado. O administrador de empresas paulista Kleber Assanti, de
33 anos, gerente de compras da Arvin Meritor do Brasil, fabricante de autopeas, e o analista de
sistemas Caio Briski, 30 anos, gerente de suporte da IBM.
No caso da Arvin Meritor, o foco no relacionamento de pessoas. "Eu tenho que 'vender' para
a equipe o nosso negcio e o que temos de fazer para atingir os resultados", diz Kleber. "Por isso, o
relacionamento o foco." A Arvin Meritor oferece treinamento como o workshop do psicoterapeuta Paulo Gaudncio sobre como usar a agressividade no papel profissional. Em contrapartida,
avalia constantemente a performance de Kleber para saber se ele est no caminho certo.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
O mesmo ritual de treinamento e acompanhamento feito com Caio, que entrou h nove
anos na IBM como estagirio e praticamente recebeu uma promoo a cada ano. Enquanto Caio
ganha prmios pelo seu desempenho, a IBM fica de olho para checar se suas competncias esto
alinhadas cultura da empresa. Ele conta at mesmo com uma mentora. Um dos pontos que Caio
est bem atento em desenvolver seu lado inovador. Ele sabe, e voc tambm deve ter isso claro,
que sem esforo e parceria com a empresa e seus colegas a liderana nunca estar completa.
Auto-retrato do lder
Pesquisa exclusiva da FGV-RJ com 100 presidentes de empresas nacionais e estrangeiras revela o
perfil do lder brasileiro e seus principais desafios no dia-a-dia do negcio:
PERFIL
- formado em engenharia - 58%
- Tem experincia profissional no exterior - 52%
- Tem idade entre 46 e 50 anos - 29%
- Assumiu o cargo por volta dos 41 anos - 33%
- Trabalha em mdia 11 horas por dia - 47%
- casado - 90%
- Tem filhos - 95%
- Prepara algum para suced-lo - 73%
- Pensa em se aposentar com 60 anos - 30%
DESAFIOS
- Atrair, treinar e reter os melhores talentos - 45%
- Manter um clima de alta performance - 45%
- Alinhar viso, estratgia e comportamento - 38%
- Conciliar metas ao planejamento sustentvel da empresa - 35%
- Pensar e planejar estrategicamente - 31%
- Atender s expectativas de vrios pblicos
(clientes, funcionrios e fornecedores) - 29%
- Estimular a inovao na empresa - 22%
- Aumentar a satisfao do cliente - 18%
- Equilibrar a vida pessoal e o trabalho - 15%
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Gesto de Pessoas
As ltimas pesquisas revelam que o modelo mental do lder a chave. Quando lderes criam um
senso de segurana, mesmo no pior cenrio de incerteza e perigo, seus seguidores esto protegidos de qualquer conseqncia negativa dessa incerteza.
Qual o perfil de lder que as empresas procuram hoje?
Alm de ter boas habilidades de negcios, os lderes precisam estar preparados para entender e
influenciar os outros:
Um lder precisa ter habilidade para controlar suas emoes.
Habilidade para inspirar e criar um clima de cooperao e confiana.
Ajudar pessoas que sofrem com rejeio, injustia, humilhao.
Unir pares e subordinados.
Influenciar e persuadir.
Lderes devem estar preparados para tenses, conflitos e problemas e resolver as diferenas.
Um lder deve estar preparado para dar um senso de proteo, ajudar a comunicar e entender
por que a mudana necessria.
Quais os mitos mais comuns em relao liderana?
MITO: O lder nasce lder e no aprende a ser lder.
REALIDADE: No se nasce lder, voc aprende a ser lder com estudo, formao, observao e
desenvolvimento na empresa.
MITO: Liderana s para presidentes ou posies seniores.
REALIDADE: Qualquer pessoa envolvida no negcio precisa exercer a liderana. Onde estiver um
grupo de pessoas com um objetivo em comum, a liderana deve ser trabalhada.
MITO: Liderana significa controlar e dizer o que as pessoas precisam fazer.
REALIDADE: Liderana no tem a ver com comando ou controle e sim com envolvimento de pessoas e comprometimento para que elas cheguem no resultado comum.
MITO: Lder que lder nunca mostra suas fraquezas.
REALIDADE: Qualquer lder precisa mostrar que conhece seus prprios limites.
Liderana mais do que apenas gerenciar pessoas?
Liderana tem a ver com viso, misso e inspirao. criar um mundo no qual os profissionais querem pertencer. a habilidade de criar estratgias, gerenciar sistemas, desenvolver culturas para as
boas prticas de negcios. Os lderes devem criar sistemas e estruturas para as pessoas se desenvolverem, fazerem o seu melhor, quebrar barreiras que limitam a inovao. O problema que
muitos lderes esto mais confortveis dirigindo nmeros do que ajudando pessoas a dirigir nmeros.
Revista VOC S.A. ed. 109 / julho-07 e site da revista
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Gesto de Pessoas
"Basta um minuto para fazer um heri; mas necessrio
uma vida inteira para fazer um homem de bem."
Paul Brulat
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Gesto de Pessoas
Na opinio de Tejon, o lder precisa fazer esforos conscientes para envolver a equipe, pblico
externo e a sociedade numa essncia. No significa que ele deva se transformar num condutor
de massas, mas deve saber ouvir, usar smbolos, significados e ser preciso com as palavras, administrando suas aparies, recomenda.
Para o Dr. J, o posicionamento deve ser muito cuidadoso quando est num ambiente diferenciado, porque o lder algum que est acostumado a influenciar e ter uma evidncia no grupo. As pessoas confundem o que desejam fazer com a importncia que elas tm no processo. O
lder algum que ajuda algo a ser realizado, define.
Crenas e valores
Csar Souza acredita que inspirar pelos valores o grande diferencial do lder. Muitas vezes, os
valores so decorrentes do ambiente que a pessoa viveu, de sua histria de vida. Se uma pessoa
viveu a tenso da guerra em Angola, vai desenvolver certos valores muito diferentes de algum
que vive confortavelmente no Brasil, exemplifica.
Quando ela est no centro da liderana, por meio dos seus valores que vai determinar a
causa, como vai formar outros lderes, se vai liderar para fora ou para dentro, que tipo de resultado
ele vai buscar, se quantitativo ou qualitativo, completa.
Dr. J Furlan explica que a liderana focada em resultados tem como base a inteligncia
comportamental, um novo conceito que ele est desenvolvendo no meio acadmico com o Prof.
Dr. Jos Roberto Leite, coordenador do curso de Medicina Comportamental da UNIFESP e trazendo
para o meio empresarial com o consultor Bernardo Leite Moreira.
Segundo Dr. J, inteligncia vem do latim intellegere e significa entre escolhas. Inteligncia
comportamental a capacidade de realizar aquilo a que se prope. a inteligncia do xito,
conceitua.
Ele ressalta que a inteligncia comportamental rene algumas das chamadas inteligncias mltiplas, em maior ou menor grau. impossvel ter as nove plenamente, sentencia.
O treinador explica que o lder comportamental extremamente comprometido, tem crenas
e valores que so alinhados com o que ele est disposto a fazer, porque a sua capacidade de
influncia vai depender do que ele acredita; tem uma grande habilidade de relacionamento, tem
uma grande inteligncia intra e interpessoal, que o capacita a lidar com conflitos internos e externos; enxerga alm das nuvens, descobrindo o problema real; verifica o processo continuamente,
avaliando-o de forma estratgica e exerce fortemente a influncia, contagiando as pessoas em
prol de um resultado. E essa influncia pode ser baseada no exemplo, na presso, no relacionamento, na viso, ou seja, a liderana no fica restrita a um modelo, destaca.
Lder nato ou formado?
Existem correntes defensoras de que o lder j nasce feito e outras que defendem o seu desenvolvimento e formao. Para Csar Souza, formar um lder, no significa utilizar modismos, truques, conceitos, ferramentas, questionrios e tentar fazer a pessoa ser o que no . O sonho de
todo grande executivo ser como o Jack Welch e que as outras pessoas de sua empresa sejam
como ele. Isso no vivel, no d para se clonar um lder, avalia.
Para ele, toda empresa deveria ter uma fbrica de lderes, pois uma das principais caractersticas do lder eficaz ter a capacidade de formar outros lderes e no apenas seguidores. Boa
parte das pessoas que trabalharam com Jack Welch hoje ocupam posies de presidncia em
grandes empresas nos Estados Unidos e h outros que no trabalharam diretamente com ele e
tambm so lderes empresariais, ou seja, o lder no deve ter medo de algum que venha fazer
sombra'. Quando a GE passou por crises enormes que exigiram cortes de custos e de pessoal, o
nico custo que ele nunca reduziu foi o do Centro de Treinamento de Lderes, em Crottonville, prximo Nova York, conta o consultor.
Confira algumas das principais caractersticas que formam o lder:
Acreditar e defender valores positivos: No basta falar em tica, integridade, humildade e outros
valores efetivamente positivos. preciso acreditar, defender e, principalmente, praticar esses valoCasa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
res no dia-a-dia. No adianta voc pregar na empresa onde trabalha que fundamental respeitar
o outro, se na fila de check-in do aeroporto, neste perodo de crise area, voc quer dar o famoso
jeitinho e passar na frente dos demais que esto aguardando h mais tempo que voc. Liderana no cargo, nem quantidade de pessoas que voc comanda, nem smbolo de dinheiro ou
posio. uma atitude, um estado de esprito. Seja lder pelo exemplo!
Tenha uma causa ou ajude outros lderes a defender a deles: Voc pode no ter uma causa para
oferecer, mas trabalha ou conhece algum que defende uma. Pode ser um lder comunitrio, seu
patro, o padre da igreja que voc freqenta. Tome a iniciativa de ajudar essas pessoas a conseguirem os resultados e sua liderana vai aflorar naturalmente.
Lderes so humanos: O lder no um super-heri infalvel. um ser humano como voc! E pode
fraquejar, se cansar, ficar doente e, principalmente, errar! nessas horas que o lder precisa de
outros lderes que o ajudem a continuar sua misso.
Seja lder 24 horas por dia: Ser lder no significa apenas comandar pessoas. comandar a si prprio, provendo qualidade de vida para voc e para quem o cerca. estabelecer e criar sempre
melhores relacionamentos com sua famlia, amigos, colegas de trabalho. dar uma parcela de seu
tempo ao prximo, servindo comunidade, igreja, a seu vizinho. Seja lder em todos os lugares e
no s no seu local de trabalho.
Estude sempre: O lder nunca estaciona, est sempre em busca de aprendizado. O lder sabe
tudo', na verdade, no sabe nada. Prossiga seus estudos. Terminou o Ensino Mdio? Faa um curso
superior! Acabou a faculdade? Comece uma ps-graduao! J fez um MBA? Inicie um mestrado
ou doutorado! No tem dinheiro para fazer cursos superiores? Leia muito! Livros, jornais, revistas, sites
de contedo formativo e informativo na Internet. Os grandes lderes tambm so grandes estudiosos.
Tenha foco e crie metas claras: O lder que oferece uma causa absolutamente centrado nela,
apesar de no deixar as tarefas do dia-a-dia de lado. Tenha foco em suas aes ou correr o risco
de se perder pelo caminho. Ter uma meta um passo importante, mas saber estabelecer o percurso para alcan-la o que caracteriza o lder campeo. Depois de definir suas metas, anote-as na
agenda, fixe-as em sua mesa de trabalho, pea a opinio de amigos e, principalmente, lembre-se:
o compromisso mais importante com voc mesmo!
Vencer.com.br
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Gesto de Pessoas
DE MOS DADAS
Marizete Furbino
Em pleno Sculo XXI, v-se de maneira urgente e emergente que temos de ser, alm de gerente, um grande lder; caso contrrio,
estaremos fadados no apenas ao fracasso, mas tambm a sucumbirmos no mercado em que atuamos.
Enquanto lder, o gerente, alm de se preocupar em demasia com todos os recursos humanos envolvidos no processo organizacional, procurando investir, manter e reter os talentos dentro da organizao, ele possui tambm a preocupao incansvel em incentivar toda a equipe de trabalho, fazendo destes um verdadeiro time, e assim, alcanar resultados mais do que esperados.
Enquanto gerente, o lder se preocupa em descentralizar aes, realizando um trabalho em equipe, de forma a somar talentos,
habilidades e conhecimentos, colocando de forma clara as atribuies para cada um dentro da organizao, deixando de maneira transparente o que se espera de cada profissional. Alm disso, realiza o planejamento de forma conjunta, atuando de forma a
atender a satisfao de seus clientes, estipulando prazos para cumprimentos de tarefas e, assim, buscando alcanar eficincia e
eficcia.
Enquanto lder, o gerente entende bastante de gente, sabe como ningum lidar com o ser humano, procurando no somente
conhecer os seus anseios e reais necessidades, mas buscando atend-los, pois tem conscincia que profissional satisfeito sinnimo
de produtividade.
Enquanto gerente, o lder busca controlar, assegurando a compreenso e monitorando as aes realizadas, detectando falhas em
tempo hbil e corrigindo-as, demonstrando indignao diante de um erro ou falha, mas tambm vibrando com seus colaboradores
a cada conquista.
Enquanto lder, o gerente sabe ouvir, dialogar e respeitar seus colaboradores, pois sabe que cada ser humano da organizao tem
algo a contribuir, uma vez que so seres dotados de inteligncia, conhecimentos, habilidades e talentos. Nesse vis, alm de valorizar todos dentro da empresa, energiza-os com muita paixo. Atravs do carisma que possui, envolve, de certa forma, todos no
trabalho, fazendo com que seus colaboradores se entreguem de "corpo e alma" ao que se propem a fazer, e com muito gosto.
Enquanto gerente, o lder preocupa-se com a qualidade da prestao de servio e fabricao do produto. s vezes impe suas
idias e opinies, esquecendo-se que est cercado de pessoas que podem colaborar e muito com a organizao, se estas tiverem
vez e voz.
Ainda, importante notar que um grande lder um gerente orientado para resultados. Os lderes so profissionais que, alm de
aguar a vontade de toda equipe em trabalhar mais, melhor e com gosto, incentiva-os sempre, desenvolvendo a difcil arte de
trabalhar em equipe. Entre seus necessrios talentos, sabe ouvir seus colaboradores, possuindo muita facilidade em se relacionar.
Inspirado sempre na confiana se apia nas pessoas envolvidas no processo, procurando atuar sempre inovando, tomando continuamente a deciso mais acertada, contribuindo assim para o desenvolvimento e crescimento da organizao em que atua.
Ressalta-se que o lder, alm de possuir um forte equilbrio emocional, exerce sua funo com muita humildade e sabedoria, sabendo reconhecer seus erros, driblar as crises e conflitos que porventura podero surgir. Lida muito bem com as presses, procurando
transform-las em desafios e, como resultado, obtendo grandes conquistas.
pacfico dizer que, sendo pr-ativo, o lder muitas vezes quebra regras e se antecipa aos problemas, sendo flexvel e adaptando s
mudanas, trilhando um novo caminho. com essa sutil ttica que reinventa uma nova forma de caminhar, pois um profissional
que se encontra sempre obcecado pelas transformaes, procurando sempre olhar para alm do plano j traado com o objetivo
de fazer acontecer. Em sntese, atravs dessa viso futurista que enxerga o que o outro ainda no viu, "abocanhando", assim, as
grandes oportunidades de mercado.
No se pode esquecer que o lder preocupa-se muito com a tica e a moral, zelando ento pelo seu comportamento, tendo um
autocontrole invejvel, sendo sempre gentil e extremamente transparente em suas aes, pois quando comunica, expe de fato o
que realmente sente; expe sua alma, o seu corao. admirvel verificar que suas aes refletem sempre a sinceridade do momento.
Pautados em trs pilares - inteligncia, conhecimento e criatividade - o gerente atua na organizao canalizando esforo em prol
da produtividade, agindo com maestria. J para o lder existem trs pilares que o sustentam: viso, valores e comportamentos, e
exatamente esta trade que o conduz habitualmente ao sucesso.
Por fim e diante todo o exposto, conclui-se que liderar e gerenciar predispe papis diferentes, porm complementares. Um gerente
no sobrevive sem ser um grande lder e vice-versa. Assim, torna-se essencial que gerentes se preocupem em desenvolver capacidades que os tornem grandes lderes, pois a liderana est intimamente ligada a comportamento interpessoal, e a boa notcia
que se pode aprender, bastando querer ser.
Marizete Furbino
Marizete Furbino, com formao em Pedagogia e Administrao pela UNILESTE-MG, especializao em Empreendedorismo, Marketing e Finanas pela UNILESTE-MG. Administradora, Consultora e Professora Universitria na UNIPAC-Vale do Ao.
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Gesto de Pessoas
Aqueles que tm um grande autocontrole, ou que esto totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ao juntas no andam bem.
Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silncio.
M. Gandhi
COMPETNCIAS COMPORTAMENTAIS
O que mais relevante num perfil profissional? Habilidade tcnica ou comportamental?
Uma pesquisa realizada pela Thomas International Brasil, empresa de origem inglesa especializada
em prover sistemas para gerenciamento e desenvolvimento de pessoas, revelou que a exigncia
das empresas que procuram candidatos com competncias comportamentais aumentou 40%.
Veja a entrevista com o vice-presidente da companhia.
"O perfil comportamental representa cerca de 70% das razes de sucesso ou fracasso de um indivduo em uma funo"
Vencer!: Quais so os principais motivos da procura por profissionais com competncias comportamentais adequadas?
Edson Rodriguez: O mercado torna-se cada dia mais e mais consciente de que o perfil comportamental dos indivduos tem importncia muito grande quando se trata da obteno de resultados
no preenchimento de uma vaga. Cada empresa tem sua cultura e seus valores particulares, que se
refletem no nvel de exigncia ao candidato, isso sem falar das caractersticas de comportamento
inerentes funo em si. Pessoas so contratadas por seu currculo e experincia profissional, mas
so demitidas por suas falhas comportamentais ou por no se adaptarem ao ambiente de trabalho.
V!: Isso quer dizer que conhecimento tcnico j no mais o bastante?
ER: Na verdade, nunca foi o bastante. Ocorre que no passado no havia formas eficazes de avaliar
perfil comportamental. relativamente simples avaliar conhecimento tcnico, testes de proficincia existem para isso. Conhecimento tcnico informao que pode ser aprendida. Perfil comportamental inerente e representa cerca de 70% das razes de sucesso ou fracasso de um indivduo
em uma funo. Isso no quer dizer que as pessoas esto "presas" a seus perfis. Comportamentos
podem ser mudados, atravs de treinamento e desenvolvimento. A questo que quanto m'ais o
indivduo tem o perfil comporta mental prximo do ideal para o cargo, mais fcil ser seu aprendizado, sua adaptao e seus resultados.
V!: Sobre competncias comportamentais, quais foram as grandes mudanas que ocorreram no
mercado nacional?
ER: Existe uma busca muito forte de competncias voltadas liderana, ao empreendedorismo, ao
foco no resultado, comunicao, persuaso, capacidade de demonstrao, bem como adaptabilidade, resilincia, flexibilidade e ritmo. Esse perfil torna-se cada vez mais requisitado porque as atividades que exigem capacidade de negociao e relacionamento interpessoal aparecem em nmero
cada vez maior, em detrimento das atividades de execuo que esto diminuindo ou mesmo desaparecendo, em funo da automao e da informatizao da sociedade.
V!: A pesquisa mostrou, tambm, o quanto est difcil encontrar profissionais com esse perfil. Por que
isso ocorre?
ER: Essa mudana nos perfis desejados relativamente recente, vem ocorrendo h poucas dcadas e est se acirrando rapidamente. Entretanto, as caractersticas procuradas no aparecem no
"mix" de perfis da populao com a mesma freqncia. Afinal, esse mesmo mix no mudou nas
ltimas dcadas, ou pelo menos no mudou na mesma velocidade. O perfil da populao ainda
o mesmo do passado e isso significa que h grande quantidade de pessoas que buscam segurana,
estabilidade de emprego, rotina e previsibilidade, quando o mercado busca outros valores. Assim,
sobram pessoas com essas caractersticas antigas e faltam pessoas com aquelas.
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Gesto de Pessoas
V!:At que ponto o conhecimento tcnico e o embasamento terico so menos importantes para
uma empresa?
ER: No uma questo do que mais ou menos importante, uma questo do que mais fcil de
encontrar e/ou preparar. Perfil comportamental inerente ao indivduo. Pode ser modificado? Sem
dvida que pode, mas, ao mesmo tempo, se a pessoa j tem naturalmente a competncia comportamental desejada fica bem mais fcil.
V!: Qual o impacto que os profissionais que no possuem competncias comportamentais adequadas gera nas empresas?
ER: Usualmente o maior impacto est nos resultados obtidos, que costumam ser entre sofrveis e medocres. Outros problemas, tais como relacionamentos internos e externos e imagem da empresa.
H excees, claro, mas elas so exatamente isso: excees.
V!: O que as empresas esto fazendo para trabalhar os estilos comportamentais de um profissional?
ER: Existem processos de treinamento onde o profissional inicialmente submetido a uma bateria
de testes que identificam suas caractersticas comportamentais e cruzam com as caractersticas
desejadas pela empresa e nesse processo aparecem os gaps. No passo seguinte, o profissional
convidado a fazer uma reflexo acerca desses gaps, de sua carreira e sua disposio em trabalhar
seu estilo comportamental de modo a se aproximar do modelo.
V!: Quais so os resultados desses trabalhos, tanto para as empresas quanto para os profissionais?
ER: Para as empresas, melhoria de resultados e de lucratividade, alm de melhoras significativas no
clima organizacional e maior reteno dos talentos. Para os profissionais envolvidos, melhoria em
seu desempenho, suas carreiras e em sua qualidade de vida.
V!: Um profissional bem sucedido tem obrigatoriamente competncias comportamentais adequadas rea?
ER: Em mais de 70% dos casos, sim.
V!: Quem est disposto a melhorar sua competncia comportamental, o que deve fazer?
ER: Em primeiro lugar, visualizar a si prprio na funo em que est e no quanto bem (ou mal)
sucedido. Buscar processos de orientao de carreira que contemplem uma anlise de perfil pessoal e uma linha de aconselhamento e monitoramento o segundo passo. Importante: as mudanas comportamentais s se implementam de forma consistente se estiverem alinhadas com o motivador maior do indivduo, que usualmente est relacionado com seus sonhos. Mudanas
comportamentais e crescimento de carreira tm a ver diretamente com a realizao dos sonhos.
Aline Oliveira - Aline Oliveira faz estgio na redao da Revista Vencer! Cursa o 4 ano de jornalismo na Universidade Metodista de So Paulo.
Revista vencer! Ed 101
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Gesto de Pessoas
Voc consegue inspirar as pessoas e possui intuio para antever mudanas, qualidades necessrias para liderar?
Ou possui a capacidade de tomar decises e de inspirar respeito, para no falar na comunicabilidade que a gesto de pessoas e projetos exige?
Ou voc tem a habilidade de persuadir, de intuir o que esto pensando e de se recuperar aps
uma rejeio atributos essenciais para o sucesso em vendas?
Ou, ainda, apresenta o desejo de atender os outros, ateno para detalhes e o talento organizacional necessrios para ter sucesso numa posio de atendimento ao cliente?
Essas so as qualidades que nos movem. Cada um de ns tem diferenciados pontos fortes. A
grande questo descobrir quais so e focar neles toda a nossa ateno.
Existem, claro, dezenas de outras qualidades que avaliamos para tentar identificar os pontos
positivos e o potencial de uma pessoa. Alm disso, tambm temos de levar em conta a cultura da
organizao, os atributos da personalidade dos superiores e a dinmica da equipe.
Em suma, o que aprendemos que podemos ser bem-sucedidos se tivermos um elo com as
nossas qualidades mais fortes e tirarmos o mximo proveito do que temos de melhor. S assim o
nosso potencial pode se realizar.
Encontre a qualidade dominante - Ao longo dos anos, verificamos que, sendo o talento essencialmente igual, como ocorre na seleo preliminar de novos atletas para o esporte profissional, a
diferena entre uma super-estrela e um atleta competente, mas sem brilho, est na garra, no desejo de vencer, e no impulso de obter sucesso sua maneira. Sua empresa estar um passo frente
se voc compreender as suas prprias qualidades e aquelas que movem todos os seus funcionrios
de alto desempenho.
Estamos, claro, partindo do pressuposto de que somos todos uma mistura singular de vrias
qualidades distintas. Mas se voc comear identificando a sua qualidade dominante, aquela que
o impulsiona e o define, imagine a vantagem que ter?
A seguir, destacamos apenas algumas das qualidades que distinguem as pessoas de sucesso.
Alm de descrev-las, mencionaremos alguns indivduos que possuem cada uma dessas qualidades num grau extraordinrio, como se fossem parte da sua prpria natureza.
Resilincia: a capacidade de se recuperar rapidamente
A maneira como lidamos com a rejeio, a derrota ou simplesmente o desnimo que a vida
sempre acaba colocando em nosso caminho, tem muito a ver com a maneira como alcanamos
o sucesso. Pessoas com forte auto-estima se restabelecem rapidamente quando so derrubadas,
seguindo em frente com ainda mais determinao.
Essa qualidade exemplificada por Muggsy Bogues, que, com 1,60 m de altura, foi o jogador
de basquete mais baixo de todos os tempos. Muggsy personifica essa qualidade descrevendo o
que sentiu quando foi escolhido, "de primeira", para ingressar num time profissional. Disse: Todos
disseram: Ele baixo demais. Sempre me disseram isso, na escola primria, no ginsio, no colgio,
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
na faculdade, na liga profissional. Num certo sentido, isso nunca me abalou. Voc sabe, entrava
por um ouvido e saa pelo outro. S que doa. Mas, em outro sentido, serviu para eu provar que
estavam enganados. At que chega a um ponto em que se torna ainda mais importante do que
provar que eles estavam errados.
Esse um homem que sabe o que fazer com a rejeio.
Metas em mente
Se duas pessoas esto escalando juntas uma montanha, qual a coisa mais importante para
que cheguem ao cume? Trabalho em equipe? Cooperao? O equipamento certo? Treinamento? Tudo isso necessrio, mas a coisa mais importante de que precisam da montanha. Precisamos ter uma meta clara.
De uma perspectiva psicolgica, constatamos que pessoas orientadas a seguirem metas possuem uma combinao de autodisciplina, forte senso de responsabilidade, assertividade e determinao. Rebecca Stephens, a primeira britnica a escalar o Monte Everest, tem autoridade de
sobra para afirmar que, quando interiorizamos uma meta, ela pode transformar nossa vida. Depois
que decidiu escalar a montanha mais alta do mundo, todas as outras facetas da sua vida ficaram
muito mais claras. Foi a primeira vez que eu efetivamente soube o que queria fazer, explicou.
Antes, eu vivia vagando, meio sem destino. No era infeliz, acho bom esclarecer, mas estava
ciente de que eu era 'pau para toda obra'. No havia encontrado uma direo para a minha
vida. Depois que decidi escalar o Monte Everest, porm, vi que nunca tinha buscado algo com
tanta convico. Com isso, metade da batalha j estava vencida talvez mais. Quando temos um
objetivo claramente definido, todo o resto fica mais fcil. Muito, muito mais fcil.
Paixo
impossvel ter sucesso sem amar o que fazemos. Sucesso de verdade significa entregar a alma e o corao quilo que se faz. Quando agimos com paixo, todos nossa volta sabem que
esto na presena de algum que tem no s talento, mas potencial para a grandeza. Na ltima
vez que Joo Carlos Martins tocou um concerto de Bach no Carnegie Hall, o New York Times referiu-se sua pirotecnia arrebatadora: a paixo de interpretar Bach emanava de todo o seu corpo,
sua cabea gingava para trs, as mos voavam sobre o teclado, a platia em xtase. Chegaram
a colocar trs fileiras de poltronas no prprio palco.
Toquei como nunca havia tocado em minha vida, ele disse. Cada vez que subo ao palco,
tenho de tocar como se fosse o ltimo concerto da minha vida. Tenho de me apresentar com toda
a paixo do mundo. a nica maneira que consigo. Na poca, Joo Carlos estava perdendo o
movimento da mo direita. Precisou abandonar o piano por um tempo, para retornar com mais
paixo ainda, chegando a gravar um CD chamado S para a mo esquerda.
Esse apenas um rpido panorama de trs das qualidades que nos motivam ao sucesso. Existem dezenas de outras. Quais delas voc possui? Quais delas impulsionam os seus melhores profissionais?
Talvez voc tenha mais propenso para a coragem, ou para a diverso, ou para confiar nos
outros, ou para conhecer a si mesmo. Talvez as qualidades que mais reverberem em voc sejam a
autodisciplina, a integridade ou a paixo. Ou voc mais voltado para o cumprimento de metas,
mais persuasivo ou mais competitivo? Voc sente mais otimismo, empatia ou confiana? Voc
paciente? Ou sente necessidade premente de realizar as coisas de imediato? Consegue intuir o
que os outros esto pensando e se solidarizar com suas necessidades? capaz de lidar com a
rejeio e se recompor com um senso de propsito ainda mais forte?
No h resposta certa ou errada. Existe apenas a sua resposta.
Quando for capaz de identificar as qualidades que definem quem voc e as das pessoas
sua volta ento estar no caminho de tirar o mximo proveito de seus pontos fortes e de alcanar o sucesso sua maneira.
* Este artigo foi publicado em 2007 no Portal HSM on-line.
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EXERCCIO
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Gesto de Pessoas
No acredito muito em cursos sobre tica. Se, aos 21 anos de
idade, voc no sabe a diferena entre o certo e errado, no
sabe o que ser ntegro, ento tem um problema grave
Jack Welch
Hoje em dia, muito se fala sobre liderana. Existem milhares de "cursos" sobre liderana, treinamento para desenvolvimento das habilidades dos lderes, livros sobre o assunto etc. Depois de ler
muito sobre o assunto, observar casos prticos, ver exemplos de grandes lderes mundiais, no s no
mundo dos negcios, mas em todas as reas do conhecimento humano, fiquei intrigado em descobrir a principal qualidade, habilidade, conhecimento, enfim, o que diferencia, efetivamente, um
lder das outras pessoas.
Ouvi falar muito do trip "CONHECIMENTO-HABILIDADE-ATITUDE", o famoso CHA, ou como diria
um gerente que conheci: "O ch da vida". Basicamente, esse conjunto de fatores define a vida
profissional e pessoal de qualquer indivduo, pois a soma deles que vai definir a trajetria profissional, no s em uma empresa, mas em toda a vida da pessoa, bem como vai influir em sua vida
pessoal tambm.
O primeiro fator - CONHECIMENTO - no define uma liderana, pois existem lderes com grande
conhecimento em vrias reas, mas tambm so encontrados verdadeiros gestores sem grandes
conhecimentos, apenas com um ideal e a capacidade de fazer com que as pessoas lutem pelo
mesmo ideal. Tome como exemplo muitas ONGs nascidas em comunidades mais carentes e que
se desenvolveram atravs da capacidade de seus lderes infundirem a necessidade de lutar por
aquele objetivo.
O fator seguinte - HABILIDADE - pode ser definido como a capacidade de fazer algo, destreza,
e aqui entramos em uma nova controvrsia, pois alguns estudiosos dizem que somente as habilidades motoras - dirigir um carro ou pilotar um avio - podem ser aprendidas, enquanto que outras
habilidades, como, por exemplo, a capacidade de influenciar as outras pessoas, so inatas, enquanto outros estudiosos acreditam que podemos desenvolver qualquer habilidade.
Em relao ao terceiro fator - ATITUDE - podemos entend-lo como o posicionamento do indivduo em relao s diversas situaes que vivemos no dia-a-dia. Podemos ter uma atitude arrogante em relao a determinadas pessoas (ou uma atitude acolhedora), em outros assuntos
podemos ter uma atitude positiva - a pessoa que enxerga o copo sempre meio cheio. Iniciativa,
pr-atividade e outros so exemplos de atitudes que fazem a diferena quando avaliamos funcionrios ou procuramos algum para determinado cargo.
Como j definimos que conhecimento no o diferencial de um lder, nos restam as habilidades e as atitudes. As atitudes so fundamentais para o crescimento pessoal e profissional de uma
pessoa, pois, como j disse, elas so o diferencial, algo que faz com que um funcionrio trabalhe 35
anos em uma mesma funo, muitas vezes reclamando por no receber o que merece ou por no
ser reconhecido e outro galgue novos cargos rapidamente, por ter uma atitude pr-ativa, uma
atitude que chama as responsabilidades para si e luta pelos seus ideais de vida. Mas muitas das
atitudes derivam das habilidades intrnsecas das pessoas. Independente das habilidades serem
inatas ou desenvolvidas, algumas influenciam as atitudes das pessoas.
Ento, a chave para nossa pergunta inicial est nas habilidades! Mas qual habilidade especificamente?
Existe uma histria sobre Jack Welch, que conta que, quando a GE adquiriu a NBC, ao ser
questionado como ele ia gerir uma empresa de uma rea que ele no entendia, Welch respondeu
que tambm no entendia como eram construdas as turbinas de avio fabricadas pela GE, mas
entendia a alma humana, sabia gerir recursos humanos e financeiros.
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Esse apenas um exemplo, dentre muitos que podemos destacar na histria da humanidade.
Sempre houve grandes lderes, alguns com muito conhecimento - no sentido amplo - e outros nem
tanto... Sempre houve grandes lderes, alguns com atitude positiva e outros nem tanto... Mas todos
tinham a habilidade de influenciar as pessoas - positiva ou negativamente - sabiam inspirar um
ideal, um objetivo, que todos compartilhavam e seguiam o lder em sua empreitada!
Ento, a habilidade de influenciar as pessoas a principal qualidade de um lder?
possvel desenvolver esta habilidade? Como?
- Tendo uma outra habilidade essencial. A habilidade de Jack Welch: entender a alma humana!
Quando ns temos empatia pelas pessoas que esto nossa volta, quando ns sabemos entender suas nsias e seus desejos, compreendemos seus problemas e limitaes, enfim, efetivamente conseguimos nos colocar em seu lugar, ns conseguimos descobrir o que faz com que essas
pessoas ajam, com que elas se motivem a trabalhar mais, produzir mais ou at mesmo a marchar
de braos dados em uma passeata em luta de algum direito!
Agora cabe a cada um de ns descobrir o melhor caminho para tentar desenvolver essa habilidade. Talvez funcione atravs de um curso de psicologia para alguns, atravs da simples observao diria para outros... Ou talvez atravs do amor, como foi dito no livro "O Monge e o Executivo".
O que importa que desenvolvamos essa qualidade.
Srgio D. Nievola - Administrador formado pela Universidade Federal do Paran.
Site rh.com.br 16/10/2006
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A tarefa do lder conduzir seu pessoal de onde eles esto
para onde eles ainda no estiveram.
Henry Kissinger
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Gesto de Pessoas
sobre como motivar funcionrios nos ltimos seis meses? Como voc pode tomar decises crticas
baseado em experincias que voc sequer teve no passado?
O simples fato de no freqentarmos uma escola, e no termos nenhum professor a cobrar
novos conhecimentos, no motivo para dizer que no precisamos aprender coisas novas, tirar
boas notas e passar de ano todos os anos. preciso sim!
Voc precisa adquirir novos conhecimentos para passar de ano, seno, os anos que vo
passar por voc.
Se voc deseja ser um grande Gestor de Pessoas, comece hoje a fazer essa transio. No
seja apegado a tarefas, processos, clientes, produtos e departamentos. No seja apegado a papis de qualquer formato.
Voc nunca vai crescer na vida com uma atitude de gestor de atividades.
Como Gestor de Pessoas, voc deve ser apegado Viso, Misso, Valores, Lucratividade,
Crescimento da empresa como um todo, alm de Marketing, Tecnologia e Inovao.
Todos perdem quando promovemos algum que no est preparado. A empresa perde um
excelente gestor de papel e ganha um pssimo gestor de pessoas. A equipe perde um excelente
colega e ganha um pssimo lder. Os clientes perdem um excelente aliado e ganham um horrvel
gestor.
Um dia desses voc ser chamado a ser Gestor de Pessoas. Quando esse dia chegar, seja
um Gestor de Pessoas. As pessoas precisam de voc. Os papis nem tanto.
* Ricardo Jordo Magalhes fundador e presidente da Bizrevolution.
Definio de lder
Existe de tudo no cardpio da liderana; as respostas esclarecedoras dos vestibulares ou Enem podem nos ajudar nas definies. Vejamos: lder democrtico (palavra
derivada de demo, demonstrao, isto , voc s tem uma pequena idia de como
funciona); lder autoritrio (palavra derivada de automvel, que se movimenta, com
ou sem direo, que atropela e passa por cima de tudo que encontra pela frente);
lder pragmtico (palavra derivada de praga, que age sem pensar e roga praga
com base em numerologia matemtica); lder carismtico (palavra derivada do
ingls "car", traduzida como carro automtico, que segue e muda a velocidade sem
esforo e usa sempre o piloto automtico); e, finalmente, o lder situacional (palavra
que derivada de situao, pois, dependendo da situao, o lder est dentro, e se
a coisa estiver "preta", o lder est fora, e delega).
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Lder aquele que tem infinita necessidade dos outros
Saint-Exupry
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Alm de definir metas claras, os lderes que sabem executar comunicam suas prioridades de uma forma
simples e direta. Eles falam simples e francamente sobre o que pensam. Eles sabem como simplificar as coisas
de modo que os outros possam entend-las, avali-las e agir sobre elas, de modo que aquilo que dito por
eles se torne senso comum.
Ampliar as habilidades das pessoas
preciso maturidade para reunir as habilidades gerenciais e compartilh-las, sem egosmo, com a equipe.
Ampliar as habilidades do seu grupo , fundamentalmente, orientar, educar, treinar enfim compartilhar. Um
lder s atinge esse status quando adquire conhecimento e experincia ao longo do caminho. Uma das partes
mais importantes de seu trabalho pass-lo para a prxima gerao de lderes.
A forma mais eficiente de orientar observando a ao do outro e dar o feedback especfico. O feedback deve destacar exemplos de comportamento e desempenho que so ideais ou que precisam ser mudados. Os lderes mais eficientes na arte de executar so orientadores positivos. A habilidade de orientar a arte
de questionar. Fazer perguntas objetivas fora s pessoas a pensar, a descobrir e a buscar solues. O treinamento uma parte importante para ampliar as habilidades das pessoas.
Segundo uma pesquisa feita pela McKinsey com mil companhias americanas e apresentada pela revista
Exame em abril de 2005, o desenvolvimento de subordinados figura como uma das principais atividades em
que os diretores gostariam de gastar mais tempo. Desenvolver colaboradores a essncia da ampliao das
habilidades pela orientao.
Se um lder quiser dominar os comportamentos essenciais precisa reunir essas quatro habilidades para executar com consistncia, combinando suas habilidades s dos outros na sua equipe. Todos, na equipe, precisam se envolver. No pode haver nenhum peso morto muito pesado... e custa muito caro.
Wilson Mileris- www.mileris.com.br
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Gesto de Pessoas
OS 7 PECADOS DA LIDERANA
Aline Oliveira
se
Ser centralizador
Se quiser que algo fique bem feito, faa voc mesmo. Esse o
mantra que rege a cabea de um lder centralizador. Ele acredita que
ningum tem capacidade de produzir algo do jeito que deseja, por isso
prefere fazer sozinho. Esse perfil mais comum do que se imagina e
ocorre porque muitos dos lderes j passaram por quase todas as funes da empresa e sabem fazer tudo, diz Ricardo Mesquita, empresCasa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
rio, diretor e professor de empreendedorismo da Escola Internacional de Alphaville. Essa atitude pode gerar
competio dos liderados com o lder ou a transferncia das responsabilidades, ou seja, os subordinados
deixarem de fazer suas tarefas porque sabem que o lder ir fazer. Por isso, essa ao tem causa ambgua e
pode virar contra o prprio lder, pois medida que ele faz todas as funes do departamento, abre precedentes para desencadear uma srie de outros problemas.
No dar feedback
Um dos preceitos da comunicao o feedback. O ato de falar algo que
est indo bem ou mal para um funcionrio proporciona ganhos incalculveis.
E no caso negativo, ou seja, no dar feedback, as perdas tambm so incontveis. O funcionrio pode achar que est agradando e, na verdade, no
est. A nica maneira de ele saber isso falando com ele, diz Ricardo Mesquita.
Ele completa que o feedback fundamental para o colaborador formar outros
lderes, porque d oportunidade para eles crescerem. importante ressaltar que o
feedback no deve ser dado apenas para aquelas pessoas que apresentam
problemas nas tarefas, mas tambm quelas que esto desempenhando seu
papel muito bem.
Assdio moral
Assdio moral est presente em quase todas as organizaes. Em alguns
casos, humilhaes e constrangimentos tornaram-se cenas dirias em muitas companhias. De acordo com a Ong Assdio Moral, a humilhao no
trabalho definida da seguinte forma: Exposio dos trabalhadores a situaes ofensivas, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e
no exerccio de suas funes. Por isso, expor um funcionrio a situaes de
ridicularizaro ir contribuir para o afastamento do lder. Isso tem a ver com
falha de carter e se comprovado caso de demisso, esclarece Ricardo
Mesquita.
A causa desse tipo de atitude desenvolver na equipe um sentimento de insegurana e medo. Afinal,
nunca se sabe quem ser a vtima do dia, quem sofrer com acusaes, gritos e humilhaes em pblico.
Ser egocntrico
O psicanalista Sigmund Freud (1856-1939) defendia que a personalidade dividida em trs sistemas principais: id, ego e superego. Sintetizados de uma maneira superficial, esses elementos podem ser entendidos da
seguinte forma: Id o princpio do prazer, Ego o princpio da realidade e Superego o da moralidade. Portanto,
de acordo com a psicanlise, o ato de se preocupar somente consigo mesmo est ligado ao Id. Entretanto
independentemente da terminologia, quando um lder coloca seus interesses frente dos interesses da empresa e de seus colaboradores est fadado ao fracasso. O ego exacerbado de um lder compromete todo o
desempenho de seus colaboradores e esta postura transforma-se em custo, sem nenhum retorno para a empresa, defende Marcelo Mariaca, presidente da Mariaca Consultoria.
Desequilbrio emocional
O lder tem um ajustamento em que as emoes prevalecem sobre a razo, determinando um comportamento excessivamente emocional. imprevisvel. A definio de Paulo Gaudncio explica bem o que
um funcionrio desequilibrado emocionalmente. Para Tnia Zapelo, esse perfil afasta o grupo e perguntas do
tipo como ele (o chefe) est hoje? so freqentes na equipe. Os funcionrios comeam a evitar a falar com
o lder, pois sabem que a qualquer momento podem presenciar cenas como choro incontrolvel, raiva e
medo. H casos que os problemas domsticos influenciam as aes do lder no ambiente de trabalho ele
passa a resolver suas questes pessoais no ambiente corporativo.
Caractersticas como pavio curto e humor varivel so predispostos ao desequilbrio, defende Ricardo
Mesquita. Ele acrescenta que h empresas que estimulam o comportamento desequilibrado. A presso por
prazos e resultados pode contribuir para o quadro.
No fazer parte da equipe
Quem no conhece um lder que no assume os erros do grupo? Ou, ento, aquele que se glorifica para o
superior dizendo que os bons feitos so originrios de suas idias. Esse perfil de liderana definido por Gaudncio da seguinte maneira: Eu ganhei, ns empatamos e vocs perderam. Creditar as vitrias para si e os
erros para os funcionrios mostra, alm de insegurana, falta de honestidade. necessrio compartilhar
vitrias e derrotas e no fazer parte da equipe espanta outras futuras lideranas, completa Ricardo Mesquita.
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Gesto de Pessoas
E acrescenta: Quem no sabe trabalhar em equipe no poderia nem ser lder, pois no tem futuro no meio
empresarial.
Os ensinamentos de John C. Maxwell
O norte-americano John C. Maxwell mais que um simples consultor de liderana. Com mais de 13 milhes
de livros vendidos no todo o mundo, tornou-se um verdadeiro guru da liderana nos quatro cantos do planeta.
Seus ensinamentos viram leis para muitos executivos e empresrios de inmeros pases. Na sua primeira visita
ao Brasil, em fevereiro de 2008, ele ministrou uma palestra em que exps algumas lies de liderana:
Tentar transformar qualquer pessoa em lder um erro. Eu fiz isso durante muitos anos e errei. Voc deve
saber quais so as pessoas que podem ser lder. No d para investir em todo mundo, preciso escolher
algum.
Para escolher um lder preciso colocar 21 qualidades num papel e na hora da entrevista deve avaliar se
o candidato tem as qualidades que voc precisa. Por isso, preciso saber o que est procurando.
Vou citar trs qualidades que julgo essenciais para um lder:
1 Influenciar outras pessoas: Procuro pessoas que tm influncia e que atraem outras para perto de si. Isso
mostra que ela j tem um talento de liderana. Sempre procuro um influenciador, porque l tem um bom
lder.
2 Gerar resultados: Procuro pessoas que tm a capacidade de gerar resultados e de execuo. Melhor ainda
quando voc d uma tarefa e ela faz mais do que voc pediu. Isso importante para a liderana porque
se eu no consigo produzir para mim mesmo, no posso ensinar os outros a produzir. Se no gero resultados, no posso influenciar os outros a ter resultados.
3 Ter carter e integridade: Saber se o profissional digno de confiana. Falar a verdade e ter bom carter
fundamental. Quando voc confia uma responsabilidade a uma pessoa, essa pessoa tem que ser digna
de confiana, porque seno ela vai usar o poder que voc deu para atrapalhar os outros.
Aline Oliveira - Aline Oliveira faz estgio na redao da Revista Vencer! Cursa o 4 ano de jornalismo na Universidade Metodista de So Paulo. Edio 102 da revista Vencer!
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Gesto de Pessoas
"Longo o caminho ensinado pela teoria,
curto e eficaz, o do exemplo."
Sneca
FALTAM LDERES
Outro dia li um artigo sobre uma pesquisa global conduzida nos Estados Unidos. Estavam querendo saber
como a questo da corrupo nos servios pblicos.
Antes de comear a pesquisa, todos tinham como certo que o problema da corrupo era uma questo
de salrios baixos. O sujeito ganha pouco, portanto rouba. A pesquisa foi feita em vrios pases. Concluso? A
corrupo nos servios pblicos no causada por salrios baixos, mas pelo exemplo dos lderes. EXEMPLO.
Dos LDERES.
Quando os lderes no respeitam a lei, os liderados vo atrs. E entra gerao, sai gerao, criamos a cultura do desrespeito s leis. Aquela flexibilidade do jeitinho, do quebra galho, do "todo mundo faz", to brasileira... O desrespeito s leis arraigado ao jeito de ser do brasileiro.
A eu quebro o pau com o velho amigo que tenta me provar que todo poltico no presta, que essa cambada que est a no vale nada, que no tem como ter esperana... E eu insisto: quem o reflexo de quem?
O povo reflexo de seus polticos ou os polticos so o reflexo do povo? A Cmara de Deputados, ou o Senado so micro-Brasis. O espelho da nossa sociedade. (...)
A encrenca que o problema muito mais complexo do que parece. Para tentar, eu disse tentar resolvlo, tem que ter gente competente em todos os escales, da estratgia execuo. Tem que ter lideranas
competentes em Braslia, nos ministrios, nos estados, nas cidades e nos sem-terra. Lideranas com capacidade de analisar causa e conseqncia. Mas que encrenca!
No Brasil, s temos analistas de conseqncias. Gente que trata a dor de cabea com aspirina, sem buscar
a causa. Lderes que no so lderes. So chefes. E meia-boca. No conhecem o escopo de suas funes.
No entendem onde que agregam valor. No conseguem avaliar o impacto de suas atitudes junto a seus
subordinados.
Lderes assim so mortais, pois so exemplos que a turba segue. E quem conhece o assunto, diz que 75% de
todo o conhecimento que uma pessoa adquire ao longo da vida, vem do EXEMPLO de outros...
Agora disfarce e olhe em volta. Olha ali seu chefe. E l seus subordinados. E acol seus colegas em cargos
de liderana. Quantos voc admira? Quantos do prazer de ficar perto? De ouvir? De trocar idias? Quantos?
S um? Parabns! Voc acaba de encontrar um exemplo. Cuide muito bem dele, afinal, pode ser que seja
voc...
Luciano Pires formado em Comunicao Social, diretor de Comunicao Corporativa da Dana,
artigo da seo "Caf Brasil" Jornal Carreira & Sucesso - 186. edio
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Gesto de Pessoas
FRANQUEZA
Jack Welch
A falta de franqueza o maior pequeno truque sujo em negcios. E como srio esse problema. A falta de
franqueza bloqueia as idias inteligentes, retarda as aes rpidas e impede que as pessoas capazes contribuam com todo o seu potencial. algo devastador. Quando se pratica a franqueza - e nunca se absolutamente franco, esteja certo - tudo funciona com mais rapidez e mais eficcia. Mas quando digo "falta de
franqueza", no me refiro desonestidade mal intencionada. Estou falando de como tantas pessoas - com
tanta freqncia -, instintivamente, no se expressam com sinceridade. No se comunicam com objetividade
nem manifestam suas idias de modo a estimular o verdadeiro debate. Simplesmente no se abrem com
transparncia. Em vez disso, engolem seus comentrios e crticas. Ficam de boca fechada para no ofender
os outros e para evitar conflitos, alm de adoarem as ms notcias para manter as aparncias. Reprimem
sentimentos e idias e guardam as informaes para si mesmas.
Tudo isso falta de franqueza, um arsenal absolutamente destrutivo.
Em minhas viagens ouo histrias de pessoas descrevendo a completa falta de franqueza que experimentam no dia-a-dia. Quase todas se queixam da burocracia, dos intermedirios, da politicagem e da falsa polidez, como pragas disseminadas pela falta de franqueza. Perguntam como podem transformar suas empresas
em lugares onde as pessoas pem na mesa seus pontos de vista, falam sobre o mundo com realismo e debatem as idias sob todas as perspectivas. Quase sempre tambm reclamam de que a falta de franqueza compromete as avaliaes do desempenho.
Ouo tudo isso tantas vezes que sempre acabo pedindo que o pblico responda seguinte pergunta, levantando mo: "Quantos de vocs participaram de uma sesso de avaliao no ano passado, na qual
receberam feedback honesto, direto nos olhos, e da qual saram sabendo exatamente o que tinham de fazer
para melhorar e qual era sua situao na organizao naquele momento?"
Nos melhores dias, apenas 20% dos presentes erguiam a mo. Quase sempre, o resultado ficava perto de
10%. Curiosamente, quando reformulo a pergunta no sentido contrrio e pergunto quantos dos presentes
geralmente oferecem avaliaes honestas e francas ao seu pessoal, os nmeros no melhoram muito.
Por que no a praticamos?
O fato que somos educados desde a infncia para atenuar as ms notcias e adoar os temas amargos.
Isso verdade em todas as culturas, em todos os pases e em todas as classes sociais. No importa que voc
esteja em Portugal ou na Islndia, voc no deve dizer que a comida da sua me ruim, chamar seu melhor
amigo de gordo ou reclamar do presente de casamento que recebeu de sua tia. Essas atitudes so condenadas. A franqueza pode irritar as pessoas. Evidentemente, esse foi um exemplo simples, sem grandes implicaes, mas quando se tenta compreender a franqueza, realmente se est procurando compreender a natureza
humana.
Voc acaba concluindo que as pessoas no dizem o que pensam porque mais fcil agir assim. Quando
voc diz a verdade, muito provvel que da resulte uma situao embaraosa - raiva, dor, confuso, tristeza,
ressentimento. Para piorar ainda mais as coisas, voc se sente forado a consertar a situao, o que geralmente terrvel, constrangedor e demorado. Assim, justifica-se a falta de franqueza, para evitar tristeza ou dor
em outra pessoa, ou seja, no dizer tudo ou mentir um pouco o comportamento mais gentil e adequado.
Mas, de fato, os filsofos clssicos, como Immanuel Kant, desenvolvem argumentos poderosos no sentido de
que no ser franco, no final das contas, sempre melhor para nossos prprios interesses - ou seja, facilita nossa
vida.
Kant tambm sustenta outro aspecto. Para ele, as pessoas geralmente tendem a no ser francas por no
encararem o panorama geral. Elas receiam que, se falarem com franqueza e o que disserem no for bom, so
fortes as chances de que afastem a outra pessoa. Mas o que elas no percebem que a falta de franqueza
uma forma extrema de alienao.
De l para c
A importncia fundamental da franqueza nas empresas americanas algo relativamente novo. At o princpio da dcada de 1980, grandes empresas como a GE e milhares de outras no cultivavam esse atributo.
Poucos eram os confrontos abertos sobre estratgia ou valores; as decises eram tomadas quase sempre a
portas fechadas. E quando se tratava de avaliaes, tambm elas eram conduzidas com uma espcie de
distncia corts. O bom desempenho era elogiado, mas como as empresas desfrutavam de excelente sade
financeira, o mau desempenho tambm era tolerado, e quem no se desincumbia a contento geralmente
era congelado num departamento ou diviso distante, at a aposentadoria.
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Gesto de Pessoas
Sem franqueza, todo mundo mantinha as aparncias e a empresa navegava em guas tranqilas. A dissimulao era rotina. E as pessoas com iniciativa, coragem e energia eram rotuladas de problemticas.
Talvez se pudesse prever que, considerando todas as suas vantagens competitivas, a franqueza entraria
triunfante nas empresas americanas com a chegada dos japoneses. Mas, ao contrrio, a maioria das empresas combateu a competio global por meio de armas mais convencionais: demisses de pessoal, redues
de custo drsticas e, nos melhores casos, inovao. A franqueza, embora insinuando-se aos poucos, ainda
parte muito pequena do arsenal.
Mas possvel faz-lo
Agora, a notcia realmente ruim. Embora a franqueza seja vital para a vitria, institu-la em qualquer grupo
difcil e demorado, no importa o tamanho.
difcil porque se est enfrentando a natureza humana e comportamentos organizacionais arraigados,
que se transformam apenas ao longo de muitos anos.
No entanto, possvel faz-lo. No h nada de cientfico no processo. Para conseguir franqueza, necessrio elogi-la, recompens-la e falar sobre ela. Acima de tudo, importante demonstr-la de maneira exuberante e at exagerada - ainda que voc no seja o chefe.
Imagine que voc esteja numa reunio na qual o tema crescimento. Todos esto sentados em torno da
mesa, conversando de maneira civilizada sobre as dificuldades de vencer nesse mercado ou setor. Todos
falam sobre a intensidade da competio. Todos abordam as mesmas velhas razes sobre por que no conseguem crescer e ainda se congratulam por ainda produzirem resultados razoveis nesse ambiente adverso.
Na verdade, ao fim da reunio, ainda se cumprimentam pelo "sucesso" que vm alcanando, "sob circunstncias to negativas".
No ntimo, voc est prestes a estourar, pensando consigo mesmo: "L vamos ns de novo. Sei que vrias
pessoas que estavam na mesa, sentem o mesmo que eu - toda essa complacncia nos est matando".
No entanto, para efeitos externos, todos esto participando do jogo. Todos se limitam a acenar, como se
concordassem com tudo.
Agora, suponha-se num ambiente em que vocs assumem responsabilidade pela franqueza. Voc e seus
amigos fariam perguntas do seguinte tipo:
"Ser que no existe alguma idia sobre novo produto ou servio que ns ainda no tenhamos explorado?"
Estamos todos tecnicamente preparados para analisar, planejar e implementar o projeto?
"Esse negcio est consumindo muitos recursos. Por que simplesmente no nos livramos dele?"
Podemos confiar tais informaes todas as pessoas envolvidas?
Que reunio diferente! Muito mais dinmica e muito melhor para todos.
Outra situao que acontece a toda hora a de um negcio de alto crescimento, gerenciado por uma
multido satisfeita consigo mesma. A cena tpica de uma reunio de planejamento a longo prazo muito
conhecida: Todos os gerentes exibem taxas de crescimento de dois dgitos - digamos, 15% - e projetam sucessivos slides demonstrando a excelncia dos resultados. A alta administrao acena com ares de aprovao,
mas voc est sentado l, sabendo que o negcio tem muito mais suco. Para agravar a situao, as pessoas
que esto apresentando os slides so seus colegas, e um velho cdigo de conduta prega o seguinte: "No me
questiona que eu no te questiono."
Francamente, a nica maneira que conheo de sair desse aperto e estimular a franqueza - espicaar
de leve, sem ameaar:
"Puxa, que maravilha! timo trabalho! Acho que esse o nosso melhor negcio. Por que no injetar mais
recursos nele e conseguir resultados ainda melhores?" .
"Com uma equipe fantstica como a sua, aposto que voc poderia alcanar pelo menos mais 20% do
mercado. Voc j pensou nisso?"
Essas perguntas, e outras semelhantes, so capazes de mudar o tom da reunio, de congratulatrio dos feitos do passado para instigador de novas realizaes. No entanto, talvez voc esteja pensando que no pode
levantar essas questes para no parecer diferente e esquisito. Voc quer ser um jogador da equipe.
A verdade e suas conseqncias
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Gesto de Pessoas
verdade que certos comentrios autnticos de incio tomam as pessoas antipticas. Na verdade, quanto
mais polida, burocrtica ou formal a sua organizao, mais a sua franqueza assustar e aborrecer as pessoas, e, sim, tambm pode destru-la. A franqueza torna-se um risco, e apenas voc pode decidir corr-lo.
Eu falava com franqueza quando tinha quatro funcionrios em Noryl, a menor e mais nova unidade de
uma empresa que tinha uma viso muito estreita sobre conversas objetivas. Eu era muito jovem e politicamente ingnuo para avaliar minhas condies na poca, mas minha situao era segura, pois o nosso negcio
crescia aos saltos.
Se tivemos a coragem de ser francos, no tnhamos conscincia dessa franqueza na poca - ainda no
ramos bastante experientes para saber o que era franqueza. Simplesmente parecia natural falar de maneira
aberta, argumentar e debater, e fazer com que as coisas acontecessem rpido. Se tnhamos alguma qualidade, era a de sermos extremamente competitivos.
Sempre que eu era promovido, no primeiro ciclo de reunies - qualquer que fosse o tema - oramentos ou
avaliaes - a situao era sempre constrangedora e desagradvel. A maioria dos membros da nova equipe
sob minha superviso no estava acostumada a debates escancarados sobre tudo e qualquer coisa. Por
exemplo, se estivssemos conversando sobre um subordinado direto numa reunio de avaliao do pessoal,
todos concordavam, durante a conversa, que o cara era mesmo horrvel. No entanto, as avaliaes escritas faziam-no parecer um prncipe. Quando eu questionava essa dissimulao, a resposta era sempre a mesma: "Sim, eu
sei, mas por que dizer isso por escrito?"
Eu explicava a razo, defendendo a necessidade de franqueza.
Na prxima avaliao, j percebamos os efeitos positivos da franqueza, com o melhor desempenho da
equipe, e com o tempo e a repetio dos ciclos, cada vez mais pessoas defendiam a franqueza ao meu lado.
Entretanto, eu no estava cantando com todo o coro.
Desde o dia em que entrei na GE at quando fui nomeado CEO, vinte anos depois, meus chefes sempre
me advertiam quanto ao excesso de franqueza. Eu era considerado custico e sempre me avisavam que meu
excesso de franqueza acabaria com minha carreira.
Agora, minha histria na GE chegou ao fim e garanto-lhes que a franqueza muito contribuiu para o meu
sucesso. Muito mais gente entrou no jogo, juntando suas vozes e sua energia. ramos absolutamente objetivos
nos nossos relacionamentos, e assim nos tornamos melhores.
Extrado do livro Paixo por Vencer - Jack Welch
EXERCCIO
Voc o Gerente Comercial de sua empresa e na Avaliao de Desempenho de seu pessoal, se viu numa
situao um tanto embaraosa. Marinete, a Supervisora de Atendimento ao Cliente, a nica entre os 15
supervisores da empresa que poder deixar de receber uma bonificao neste final de ano, porque na
avaliao que voc dever preencher e em seguida dar um feedback a ela, h os seguintes fatos a serem
considerados:
- devido a problemas pessoais (Marinete se separou do marido h 6 meses), ela mudou seu comportamento e
tem se apresentado a clientes e funcionrios de forma desleixada, com cabelo desgrenhado, mal vestida e,
s vezes, com um cheiro desagradvel como o de quem no tomou banho naquele dia;
- seu desempenho caiu muito e sua equipe teve que, em muitos momentos, realizar algumas de suas tarefas,
pois ela estava emocionalmente abalada e no conseguia concentrar-se para realiz-las. Quanto a esse
problema, voc teve oportunidade de chamar-lhe a ateno 2 vezes h 4 e h 2 meses - , mas nas duas
oportunidades a reao de Marinete no foi de compreenso, mas de choro e descontrole, tendo inclusive
sado mais cedo.
1. Como voc agiria quanto Avaliao de Desempenho?
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Os dois so importantes. Numa empresa, o presidente o carismtico. E o gerente quem manda. Agora
no podemos esquecer que estamos vivendo na Era do Conhecimento, na qual surge um novo tipo de lder.
o lder educador, que forma pessoas e d a elas condies para se desenvolverem, d poder e responsabilidade aquilo que os americanos chamam de empowerment. Esse lder educador tem a capacidade de
convencer as pessoas usando a lgica e no apenas a emoo, o que uma caracterstica do lder carismtico. Ele mostra por qu. Ele mostra o sentido. A grande vantagem desse lder que ele cria equipes que so
autodirigveis. Numa empresa, aquele cara que comanda, mas, se passar um ms viajando, quando volta
est tudo normal, funcionando direitinho.
Mas o carisma ainda um atributo muito valorizado no lder.
O lder carismtico importante, mas tem uma coisa. Quando ele no est presente, a coisa no anda.
Tem de pr a fotografia dele na parede para as pessoas lembrarem o tempo todo. E, nesse mundo em que
vivemos, a gente precisa daquele tipo de lder que transmite com clareza suas idias e capaz de colocar
lgica no que fala. A lgica prima-irm da coerncia. E a coerncia, o que ? dizer: Puxa, eu tenho de
ser coerente. Coerente com meus ideais, sim, mas com a realidade, com o mundo em que estou vivendo.
(...)
Como Lula e FHC se encaixam nesses trs tipos de lder?
Fernando Henrique se encaixa melhor no perfil do lder educador, que trabalha com a lgica. J o Lula
um lder carismtico, um Nelson Mandela, um cara coerente com os desejos da populao. Embora no
seja necessariamente coerente e eu espero que passe a ser com a lgica. Uma campanha contra a fome
algo espetacular como campanha, como smbolo. Mas enquanto essa campanha for assistencialista ser
apenas um calmante, que no transforma a realidade. No adianta dar a comida, preciso dar a quem tem
fome a chance de ganhar sua prpria comida. Essa campanha contra a fome caracterstica do lder carismtico, no do lder educador.
O sr. um estudioso do funcionamento do crebro. Quais so as armadilhas em que incorremos quando precisamos tomar decises sob forte presso?
O crebro tem reas bem definidas. O lugar do crebro onde as decises deveriam ser tomadas aquela
que a gente chama de crtex. Crtex cerebral. Por qu? Porque ali que reside a lgica, o pensamento, o
raciocnio, o tirocnio, que devem ser as ferramentas principais da tomada de decises. E tem uma outra rea
do crebro que mais poderosa que essa: o sistema lmbico, que onde mora a emoo. Ento a gente
acaba, no mais das vezes, tomando decises emocionais. Quando se toma uma deciso emocional, a chance de se cometer um erro absurdamente grande. pedir para errar. Quando voc toma uma deciso racional, a chance de acertar muito maior.
Por que a rea do crebro que rege as emoes mais poderosa?
Porque a mais antiga. Na evoluo da espcie humana, a emoo surgiu muito antes do pensamento. E
antes da emoo surgiu o instinto. O instinto de sobrevivncia. So as trs reas. A rea do instinto, que responde pela sobrevivncia do indivduo. A rea da emoo, que responde pelo prazer e pelo afastar-se do
desprazer, para evitar sofrimento. E a rea cortical, a rea do pensamento, que uma exclusividade humana,
pelo menos com essas caractersticas que esto a. Ela nos d a lgica, faz com que a gente pense. E a gente
se bate com essas trs reas o tempo todo. O tempo todo somos cobrados pelas trs reas. A rea do instinto
a mais presente na nossa vida. Voc come porque tem um instinto que se chama fome. Dorme porque tem
um instinto que se chama sono. Faz sexo porque tem um instinto que se chama libido. O instinto manda na
nossa vida, sim. Agora, a gente no bicho. O ser humano tem outras reas e aprendeu a lig-las com o
instinto. Por exemplo: voc faz sexo porque agradvel. Bicho tambm faz. Mas se voc faz sexo com amor,
melhor. E se voc fizer sexo com amor e com segurana, melhor ainda. A gente d uma racionalizada no
processo. Agora quanto mais simples a pessoa , menos racional ser e mais se aproximar de um comportamento biolgico primitivo. T cheio de gente por a que age assim.
Mesmo pessoas de slida formao intelectual?
A instruo no garantia de absolutamente nada. Eu conheo pessoas extremamente eruditas que so
idiotas completos na tomada de decises. Porque erudio apenas isso: acmulo de conhecimento. No
significa que o sujeito tem uma boa inteligncia emocional. Inteligncia no negar as emoes, saber lidar
com elas. Inteligncia emocional no significa no ter raiva, significa saber o que fazer com ela. No significa
no ter cime, medo ou inveja... Ns somos humanos. S que a pessoa que desenvolvida intelectualmente
sabe lidar com esses fantasmas. Voc d o espao pra raiva, mas depois digere, processa essa raiva e no
permite que ela mande em voc. Agora, isso vem do amadurecimento, no vem da erudio.
Explique melhor.
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Gesto de Pessoas
H quatro aprenderes. H o aprender a conhecer, e a entra a erudio. Voc leu, se formou, fez doutorado, aprendeu a conhecer. Mas hoje ns precisamos aprender a fazer, o que exige habilidade para usar o que
se sabe. Temos de aprender a conviver, porque hoje tudo equipe, tudo relacionamento humano, tudo
comunicao. E temos de aprender a ser, o que implica o desenvolvimento de tica e de moral. Sem tica e
moral, o resto se perde.
Como Lula se situa em meio a essas diferentes habilidades?
Ele tem menos o aprender a conhecer, o que eu lamento profundamente. Ele est a h 20 anos, nessa estrada. Poderia ter feito o supletivo, ou um curso superior bem simples, como administrao de empresas. Veja
o Vicentinho, est a fazendo faculdade. Esse o nico lado da biografia do Lula de que eu realmente no
gosto. Ele podia ter estudado um pouquinho. Esse lado do estudo no d pra substituir. Assim como s a leitura
no substitui a vivncia e a experincia.
Mas a idia que o presidente eleito transmite a de algum que compensa essa lacuna em sua formao intelectual com a habilidade de se cercar de assessores muito preparados.
H dois aspectos a considerar nessa postura. Um favorvel: algum que sabe se cercar adequadamente. Ele monta a equipe. Hoje, ns no podemos fazer nada sozinhos. Formar uma boa equipe fundamental.
uma caracterstica do lder atrair as pessoas que interessam para o lado dele. Agora, muitas vezes a questo
ter de ser resolvida pelo presidente. Ento, em resumo: espetacular formar uma boa equipe, ponto para
Lula. Mas preciso ter em conta que uma boa equipe ajuda o presidente, jamais o substitui. Eu espero que
essa equipe colabore com ele no exerccio do aprendizado. Mas no faa as coisas por ele.
Revista Amanh ed 183 novembro/2002
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Gesto de Pessoas
" impossvel para um homem aprender
aquilo que ele acha que j sabe."
Epteto
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Gesto de Pessoas
"Os homens so parecidos em suas promessas.
Eles s diferem em seus atos."
Molire
centralizam as decises
no estimulam a criatividade
As empresas que buscam o sucesso e a sobrevivncia perceberam o quanto estas pessoas so danosas
e buscaram rapidamente substitu-las pelo que chamamos de "lderes".
Como reconhecer um "lder" e correr para apoi-lo?
cumprimentam com um sorriso ou um "Bom dia" todas as pessoas com quem encontram
aceitam cada funcionrio com suas peculiaridades de comportamento, desde que os trabalhos
fluam satisfatoriamente
jamais usam de ironia para mostrar sua insatisfao com algum comportamento inadequado
chamam ateno com respeito dignidade das pessoas, colocando-se no lugar delas
deixam absolutamente claro para cada colaborador o que esperam que ele faa
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Gesto de Pessoas
sempre tm uma palavra de estmulo s pessoas que os ajudaram a executar o seu trabalho
estabelecem diretrizes de forma clara e objetiva, sem impor determinaes e pontos de vista exclusivamente pessoais
sabem que todos ns somos ignorantes; uns dominam um assunto e outros dominam outros impossvel saber tudo de tudo e esto sempre dispostos a aprender, mesmo que seja com o seu mais simples funcionrio
se interessam pelos funcionrios, por sua carreira, pelos cursos que fazem e pelos hobbies que cultivam
mantm uma agenda atualizada com os aniversrios dos membros da equipe e no se esquecem
de cumpriment-los nesses dias
sabem que a funo do verdadeiro lder fazer desabrochar talentos, despertar em cada colaborador o que ele tem de melhor
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Gesto de Pessoas
"Todos tentam realizar alguma coisa grande
no percebendo que a vida composta de pequenas coisas"
Frank A. Clark
OS SONS DA FLORESTA
No sculo II d.c., o rei Tsao mandou seu filho, o prncipe Tai, ir estudar no
templo com o grande mestre Pan Ko.
O objetivo era preparar o prncipe, que iria suceder seu pai no trono, para
ser um grande administrador. Quando o prncipe chegou ao templo, o mestre
Pan Ko logo o mandou sozinho floresta de Ming-li. Ele deveria voltar um ano
depois com a tarefa de descrever os sons da floresta.
Passando o prazo, Tai retornou e Pan Ko lhe pediu para descrever os sons
de tudo aquilo que tinha conseguido ouvir.
- Mestre disse o prncipe pude ouvir o canto dos cucos, o roar das folhas, o alvoroo dos beija-flores, a brisa batendo suavemente na grama, o
zumbido das abelhas e o barulho do vento cortando os cus...
Quando Tai terminou, o mestre mandou-lhe de volta para a floresta para ouvir tudo o mais que fosse possvel.
Tai ficou intrigado com a ordem do mestre. Ele j no tinha distinguido cada som da floresta?
Por longos dias e noites o prncipe se sentou sozinho na floresta, ouvindo, ouvindo,... mas no conseguia distinguir nada de novo, alm daqueles sons j mencionados ao mestre Pan Ko. Ento, certa manh, sentado
entre as rvores da floresta, comeou a discernir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes.
Quanto mais ateno prestava, mais claros os sons se tornavam.
Uma sensao de encantamento tomou conta do rapaz. Esses devem ser os sons que o mestre queria
que eu ouvisse, pensou. Sem pressa, o prncipe passou horas ali, ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria
ter a certeza de que estava no caminho certo.
Quando Tai retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais ele tinha conseguido ouvir.
- Mestre, quando prestei ateno, pude ouvir o inaudvel: o som das flores se abrindo, do sol aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da manh.
O mestre acenou com a cabea em sinal de aprovao.
- Ouvir o inaudvel ter a disciplina necessria para se tornar um grande administrador observou o mestre
Pan Ko Apenas quando aprende a ouvir o corao das pessoas, seus sentimentos mudos, os medos no
confessados e as queixas silenciosas, um administrador pode inspirar confiana a seu povo, entender o que
est errado e atender s reais necessidades dos cidados. A morte de um pas comea quando os lderes
ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir
seus sentimentos, desejos e opinies reais.
Parbola Budista
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Gesto de Pessoas
Oua. No h maior honra que voc possa manifestar a algum que
prestar ateno naquilo que ele tem a dizer.
- Dalai Lama
APRENDA A OUVIR
No h delcia maior do que perceber algum nos escutando, com toda a ateno. um prazer encontrar uma pessoa que acompanhe cada palavra do que estamos dizendo e capaz de nos compreender
com todo o corao. Se bom ser escutado, tambm timo escutar, estar disponvel para o outro, com
toda a tranqilidade. No bastante ter ouvidos para ouvir o que dito. preciso tambm que haja silncio
dentro da alma, escreveu o poeta portugus Fernando Pessoa sob o pseudnimo de Alberto Caiero.
isso silncio dentro da alma. No d para escutar ningum se os pensamentos esto nos atropelando
sem cessar, se estamos pensando no que temos de fazer daqui a pouco. preciso estar calmo, aberto, atento
ao momento presente para poder ouvir com ateno. Escutar uma experincia transformadora. testemunhar a existncia, diz o psiclogo e professor Miguel Perosa. Ele garante que aprendemos muito sobre ns
mesmos ao ouvir os outros. uma forma de nos aproximarmos da nossa alma, concorda Silvana Lancia Osti,
tambm psicloga.
Algumas pessoas percebem claramente a vantagem de escutar. Quando a gente ouve algum com
ateno, d o sinal verde para a pessoa se abrir. A relao de troca que se forma ento muito mais rica e
profunda
A arte da escutatria
Escutar mesmo um grande exerccio que poucos dominam. Sempre vejo anunciados cursos de oratria. Nunca vi anunciado um curso de escutatria. Todo mundo quer aprender a falar. Ningum quer aprender a ouvir, escreveu o escritor e psicanalista paulista Rubem Alves no livro O Amor que Acende a Lua (ed.
Papirus). Saber escutar esquecer um pouco de si mesmo enquanto o outro fala, resume com sabedoria a
dona de casa paulista Maria Vaz de Souza, considerada tima ouvinte pelo marido e por seus oito filhos. E
tambm quem aprendeu a ficar quieto esperando o que outro tem para dizer. Quem fala demais no deixa
o outro falar. E, claro, no abre espao para ouvir, sentencia a experiente Maria.
Para desenvolver esse silncio interior, to necessrio para o florescimento dessa arte, existem vrios caminhos. Alguns podem aprender a escutar ouvindo com ateno os sons da natureza: o murmrio de um rio, o
barulho da chuva... O compositor carioca Tom Jobim, por exemplo, aprendeu a ouvir com os pssaros. Ele
costumava se embrenhar pelas matas brasileiras munido de gravador e flauta. Queria justamente atrair a
ateno dos passarinhos para depois escut-los com calma. Jobim acreditava que as aves emitiam o canto
mais sagrado da natureza. Para ele, todas as melodias provinham daquele cantar. Escutar os pssaros, ento,
funcionava como um exerccio de refinamento interior, alm de aprimorar o ouvido. Diante deles, a ansiedade desaparecia para dar lugar ao encantamento. Depois aplicava esse aprendizado ouvindo atentamente
as pessoas.
Texto: Liane Camargo de Almeida Alves
Reportagem: Lina de Albuquerque
Revista Bons Fludos
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Gesto de Pessoas
"Voc no pode criar um mundo melhor sem melhorar os indivduos.
Para que isso acontea, cada um de ns precisa se esforar para o
prprio aperfeioamento e, ao mesmo tempo, compartilhar uma
responsabilidade geral por toda a humanidade, sendo nosso dever particular o de ajudar aqueles para os quais possamos ser mais teis."
Madame Marie Curie
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Gesto de Pessoas
com que os outros gostem de trabalhar com elas? Precisam ter o ttulo mximo para alcanar resultados e ajudar os outros a serem produtivos? Precisam ser o presidente ou CEO para ensinar s pessoas que se reportam a
elas a ver, pensar e trabalhar como lderes? claro que no. Influenciar os outros uma questo de disposio,
no de posio.
Todo nvel de uma organizao depende da liderana de algum. O importante que a liderana uma escolha que se faz, no um lugar em que se senta. Qualquer pessoa pode optar por tornar-se um lder onde estiver.
Voc pode fazer diferena, independentemente de onde esteja.
5. Personalidade
4. Desenvolvimento
Pessoal
3. Produo
2. Permisso
1. Posio
Respeito
As pessoas seguem voc em razo
de quem e do que representa.
Esse passo se destina a lderes que
passaram anos promovendo o crescimento de pessoas e organizaes.
Poucos conseguem. Os que conseguem so muito bons.
Reproduo
As pessoas seguem voc em razo daquilo que fez
por elas.
aqui que acontece o crescimento de longo
alcance. Seu compromisso com o desenvolvimento
de lderes assegurar o crescimento contnuo da
organizao e do pessoal. Faa todo o possvel
para atingir e permanecer nesse nvel.
Resultados
As pessoas seguem voc em razo daquilo que fez pela organizao.
aqui que a maioria das pessoas percebe o sucesso. Elas gostam de
voc e daquilo que que est fazendo. Problemas so solucionados
com o mnimo esforo em virtude do momento.
Relacionamentos
As pessoas seguem voc porque querem.
As pessoas iro segui-lo alm de sua autoridade declarada. Esse nvel permite que o
trabalho seja divertido. Mas, cuidado: permanecer por muito tempo nesse nvel sem
vrescer far com que pessoas altamente motivadas fiquem inquietas.
Direitos
As pessoas seguem voc porque tm de faz-lo.
Sua influncia no ultrapassar as linhas da descrio de seu trabalho. Quanto mais tempo permanecer
nesse nvel, maior ser a rotatividade e mais baixo ser o moral.
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Gesto de Pessoas
"Estar no poder como ser uma dama.
Se tiver que lembrar s pessoas que voc , voc no .
Margaret Tatcher
CONSELHOS DE UM LDER
Donald R. Grimes - CEO do NetBank nos EUA - d algumas dicas para aqueles que desejam ser Lderes.
A qualidade mais importante de um Lder: "Saber como ser a Melhor Torcida da sua equipe"
O melhor treinamento que um Lder pode ter: "Trabalhar ou ter trabalhado para outro lder"
Como um lder deve investir o seu tempo livre: "Fazer esportes e investir tempo pensando na empresa com
uma viso mais ampla do negcio ao invs de pensar sobre problemas operacionais do dia-a-dia.
Conselho para uma pessoa que deseja ser Lder: "Desenvolver habilidades de comunicao fator crtico
de sucesso. preciso aprender a ouvir, compreender e saber falar para diferentes tipos de audincias, tais
como: Clientes, Funcionrios, Colegas de Trabalho, Investidores, Fornecedores, Pblico em geral, Imprensa, etc.
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Gesto de Pessoas
"Somos o que fazemos, mas somos principalmente,
o que fazemos pra mudar o que somos."
Eduardo Galeano
A MUDANA DE ESTILO
As maiores dificuldades para um lder disposto a adotar posturas e prticas participativas no estaro em
entender a sua filosofia, mas principalmente em aceit-la como uma real alternativa para ajud-lo no trabalho de gerenciar pessoas. Esta dificuldade tem vrios aspectos. Os principais empecilhos mudana que
encontramos so:
as dificuldades que ele sente em colocar estas idias em prtica, devido ao seu dia-a-dia corrido;
sentimento de culpa, pela constatao do que poderia ter feito de bom ou evitado de ruim;
sentimento de perda, pelo poder que agora sabe que precisa dividir.
Na verdade esses lados do problema esto intimamente ligados, pois, se o seu conjunto de valores e crenas for guiado pela teoria X, ficar difcil para ele enxergar a possibilidade de colocar a Participao na
prtica, mesmo que aceite racionalmente como uma forma muito mais adequada de gerenciar.
H ainda outro tipo de presso contrria s mudanas para um estilo participativo: a reao corporativista
de outros lderes, incomodados com a demasiada liberdade de um nico ou de umas poucas equipes na
organizao.
Tal reao pode-se expressar explicitamente, o que raro, ou disfaradamente, na maior parte das vezes.
No difcil compreender seus porqus, mas necessrio considerar alguns pontos importantes:
o ambiente descontrado e de liberdade que caracteriza uma relao de liderana participativa reflete-se nos funcionrios de lderes no-participativos, fazendo despertar uma certa insatisfao.
Forma-se assim um ciclo vicioso:
O lder no cr na possibilidade real de mudana . . .; H presses fortes contra a mudana . . .;
A mudana, se iniciada, naturalmente lenta . . .; O lder no v resultados de curto prazo, o que . . .;
Refora a hiptese de que no h possibilidades de mudanas, o que . . .
Faz aparecer desnimo e crescerem as presses contra a mudana, o que . . .
Torna a mudana mais lenta . . .; E assim por diante . . .
Este ciclo vicioso que parece amarr-lo sem alternativas s formas tradicionais de administrar pessoas, s
poder ser revertido por ele prprio e ningum mais. Para tanto, precisar experimentar continuamente e
analisar os resultados alcanados dentro de uma perspectiva de mdio e longo prazos. Esta a parte de
aprendizagem que tanto valorizamos.
Outra preocupao ser a de envolver a organizao como um todo: seus colegas e sua prpria chefia
com estratgia, argumentos fortes e principalmente com pacincia.
Mas ser com as pessoas da equipe o momento mais delicado, pois o discurso dever ser substitudo pela
prtica. J vimos que, para alterar seu estilo, ser essencial mudar a imagem que a equipe tem dele. E isto s
ocorrer na medida em que alterar seu comportamento.
O processo de tomar decises sem dvida aquele que mais caracteriza o lder e ser, provavelmente, uma
das principais chaves para a mudana desejada. Utilizar adequadamente os campos de liderana ser um passo
decisivo, mas talvez no baste. Para ajudar a si mesmo, o lder poder recorrer a um importante auxlio: a prpria
equipe.
Reunir a equipe e discutir abertamente a sua deciso de mudar, provavelmente, ser um primeiro passo
importante para abrir caminhos, mesmo que no gere uma grande onda de confiana: afinal, a equipe pode
achar ser apenas mais uma febre passageira. A coerncia entre seus atos e esse primeiro contato, sem
dvida, o que far a mudana ser acreditada e, com ela, a mudana de imagem.
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Gesto de Pessoas
HUMILDADE
Ser humilde significa aceitar
seus limites, aceitar as
diferenas, reconhecer os
mritos do outro e, acima de
tudo, ter a conscincia de
quanto ainda tem para
aprender.
Eugnio Mussak
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Gesto de Pessoas
Uma grande pessoa dura consigo;
uma pessoa medocre dura com os outros
Confcio
Recentemente li um artigo motivacional que dizia que a nossa capacidade depende 10% de nossas habilidades, 20% de nossos conhecimentos e 70% de nossas atitudes. Mas o que significa a palavra atitude?
Atitude a maneira como as pessoas se sentem a respeito de si mesmas e do mundo que as cerca, inclusive
valores e sentimentos bastante especficos, tais como gostar ou no gostar das coisas.
Muitos gestores afirmam conhecer as pessoas atravs da observao de suas atitudes. Entretanto, a atitude ocorre na cabea de cada um. Ento, como que esses gestores podem saber o que se passa na cabea das pessoas atravs de uma simples observao? Na realidade, ningum consegue saber qual a atitude
de uma pessoa a partir da observao de seu comportamento. O que eles realmente fazem observar o
comportamento de algum, tentando adivinhar a atitude com relao a esse comportamento.
Tampouco possvel conhecer o significado das
atitudes das pessoas atravs de perguntas, pois elas
nem sempre sabem o que significam suas atitudes,
embora digam o contrrio. Mas, mesmo que saibam
o significado de suas atitudes, como saber se elas
esto dizendo a verdade? Normalmente, as pessoas
tendem a dizer aquilo que julgam apropriado e no
aquilo que realmente pensam e at costumam
mentir sobre o verdadeiro significado de suas atitudes por um simples motivo: auto-preservao.
O treinamento gerencial atual baseia-se em teorias que descrevem por que as pessoas fazem as
coisas, tentando explicar que as pessoas fazem as
coisas por impulsos, motivaes e atitudes interiores.
Entretanto, como dificilmente saberemos o que
significam as atitudes das pessoas, geralmente o
gestor perde tempo brincando de adivinho ou de psiclogo amador, sem nenhum resultado positivo.
Felizmente, existe uma alternativa mais prtica e eficaz: o coaching (termo derivado da palavra inglesa
coach: treinador, orientador, monitor), tcnica gerencial desenvolvida por Ferdinand F. Fournies, baseada na
teoria do comportamento humano conhecida como behaviorismo, que tem como premissa que todo comportamento humano baseia-se em suas conseqncias. Isso significa que as pessoas fazem o que fazem pensando nos resultados ou conseqncias que isso lhes trar.
um fato que o comportamento das pessoas pode ser modificado, independentemente de quais sejam
suas atitudes, porm, da mesma forma que um iceberg, onde somente uma pequena parte visvel, enquanto que a maior parte dele permanece oculta abaixo da superfcie, a modificao do comportamento trata
apenas do comportamento mensurvel, em contraste com as atitudes, que no so mensurveis por estarem
internalizadas na mente humana.
A teoria comportamental ou behaviorista nos diz que para cada ao, existem duas conseqncias para o
indivduo: uma conseqncia positiva e uma conseqncia negativa.
As regras bsicas do conceito de modificao de comportamento so:
1) O comportamento que seguido por uma conseqncia positiva para o indivduo responsvel pelo comportamento, tende a se repetir.
2) Qualquer conseqncia que ocorra aps uma ao e que venha a aumentar a freqncia dessa ao
chamada de reforo positivo.
3) O comportamento que seguido de uma conseqncia negativa ou de um castigo tende a diminuir de
freqncia.
bvio que o mtodo mais eficiente para diminuir a freqncia de um comportamento aplicar punio
ou castigo pessoa autora daquele comportamento, porm, uma conseqncia ser positiva ou negativa de
acordo com a interpretao do recebedor dessa conseqncia, podendo inclusive provocar efeitos colaterais indesejveis, tais como apreenso, preocupao e agressividade.
Por essa razo, a melhor maneira do gestor evitar aplicar punies ou castigos s pessoas dirigir a sua
ateno para diminuir a freqncia de comportamentos indesejveis nos seus funcionrios, procurando aumentar a freqncia dos comportamentos desejveis. Isso pode ser obtido atravs do uso adequado e freCasa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
qente da mais forte e poderosa influncia motivacional existente: o reconhecimento da conquista. Entretanto, por incrvel que parea, muitos gestores se esquecem totalmente de reconhecer as conquistas de seus
funcionrios, gerando assim a reao oposta: desmotivao.
O homem motivado aos poucos, atravs de pequenas conquistas que o incentivam a lutar por novas
pequenas conquistas, por isso, reconhecer significa elogiar e premiar tanto aqueles que atingiram grandes
conquistas, como aqueles que se esforaram em alcanar pequenas conquistas. Os gestores devem demonstrar reconhecimento quando os funcionrios conseguem reduzir seu nmero de erros e, com isso, motiv-los a
errar cada vez menos, pois o valor do reconhecimento como fator de motivao, est em que os gestores
faam o possvel para que todos disputem o primeiro lugar.
O trabalho do gestor no administrar resultados, mas sim, administrar os aspectos do desempenho (comportamento) que causaro o resultado, e a tcnica de coaching, quando utilizada adequadamente, uma
ferramenta vital para obter comportamento e desempenho adequados.
Afinal, o gestor no ganha pelo que ele faz, mas pelo que os seus funcionrios fazem, por isso, sua tarefa
fazer tudo o que estiver a seu alcance para ajudar seus funcionrios a serem o mais bem-sucedidos possvel,
pois ele s ser bem-sucedido quando seus colaboradores forem bem-sucedidos.
Matria includa em 02/06/2005no site vendamais
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Gesto de Pessoas
No se pode ensinar alguma coisa a algum;
pode-se apenas auxili-la a descobrir por si mesmo.
Galileu Galilei
H uma obra vigorosa sobre a mudana humana, escrita h mais de trinta anos por Allen Wheelis, que
sempre recomendo. Trata-se de How People Change (Como as pessoas mudam), que discorre sobre o processo
de transformao pessoal em quatro estgios: sofrimento, percepo, vontade e, por fim, a mudana propriamente dita.
Com base em minha experincia com lderes servidores, ajudando-os no processo de crescimento e mudana, constatei que esses estgios resumem bem o assunto.
Sofrimento (Conflito)
O primeiro estgio o que costumo chamar de estgio de conflito, ou aquilo a que Wheelis se refere como
"sofrimento". A maioria das pessoas precisa de algum atrito ou desconforto para sair da chamada zona de conforto.
Desejada ou no, a dor uma poderosa motivao para a mudana.
Diz Stephen Covey, autor de Os sete hbitos das pessoas altamente eficazes: "A principal fonte de mudana pessoal a dor. Se voc no sente dor, raramente tem motivao ou humildade suficiente para mudar."
claro que h pessoas que no precisam de uma boa dose de conflito para sair da inrcia e promover
uma mudana. Mas no quase sempre a dor ou sintomas desconfortveis que nos levam a procurar mdicos, psiclogos, igrejas, clnicas de emagrecimento, reunies dos AA e uma variedade de outros lugares?
medida que esse desconforto (sofrimento) se aplica liderana, surge uma srie de sintomas
que podem levar as pessoas a desenvolverem melhor suas habilidades nessa rea. O conflito pode vir de muitas fontes diferentes: um chefe que exige a melhoria das habilidades de liderana,
crises de relacionamento, dramas familiares, problemas de sade, feedback corretivo dos subordinados, divrcio ... a lista extensa.
Percepo
Depois que conquistamos sua ateno, vem a fase da educao e da percepo.
Por educao entenda estar atento para a maneira como seus comportamentos e hbitos podem ser prejudiciais a seus relacionamentos. Essa compreenso envolve a concordncia intelectual de que a mudana
possvel, alm da disposio para mudar e crescer e ainda a compreenso de que a mudana difcil.
Sobre a percepo, preciso considerar a grande liberdade de que desfrutamos como seres humanos, de
refletir sobre a nossa condio, de explorar alternativas e de decidir mudar. No podemos esquecer de incluir
a palavra esperana. dela que deriva a compreenso e a crena de que a mudana acontece: escroques
tornam-se cidados srios, alcolatras viram abstmios e chefes descontrolados e ditatoriais mudam seu
comportamento.
Vontade = Inteno + Aes
L vamos ns outra vez, de volta s escolhas!
No encerramento de meus seminrios, costumo dizer o seguinte: "Se vocs sarem daqui hoje e no aplicarem pelo menos uma coisa do que aprenderam, ento tivemos um desperdcio de tempo e esforo. uma
bobagem aprender o que certo e continuar sem fazer o que certo."
Para mudar, preciso que se esteja comprometido de forma absoluta. Isso significa ter a inteno de mudar e a disposio de aceitar os esforos necessrios para alcanar o objetivo com aes concretas. E estar
determinado a se comportar de uma maneira diferente muitas e muitas vezes, at que os novos hbitos estejam consolidados.
As pessoas podem at dizer as coisas certas, tipo Quero crescer e ser o melhor que puder ser ou Acredito na melhoria contnua, mas suas aes s vezes, deixam transparecer o contrrio. Por que isso acontece?
(...)
Mudar exige muito mais do que boas intenes e declaraes impressionantes. Ao longo dos anos em que
venho trabalhando para desenvolver habilidades de liderana, identifiquei que apenas 10% das pessoas tm
um impulso fenomenal em seu desenvolvimento pessoal. sobre elas que os outros diro: "No sei o que aconteceu com Bob, mas ele virou um cara diferente."
Sempre fiz questo de explorar o que se passa com esse grupinho bem-sucedido. "Pode me contar como
fez isso? Se tivesse de escrever um livro sobre a maneira como passou de um lder melanclico para um lder
eficaz, o que diria?" A resposta sempre a mesma:
"Simplesmente tomei a deciso. Cansei de ser o que era. E resolvi que estava mais do que na hora de mudar."
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
No parece o comentrio de uma pessoa que conseguiu perder todo o peso extra? De algum que finalmente se livrou do lcool? Aquele momento em que a pessoa diz para si mesma: "J chega." Simples assim:
sem sinos repicando, sem fogos de artifcio, sem epifanias ou mensagens de anjos - apenas uma mudana
moda antiga: "Decidi que estava na hora de mudar."
Parece simples? E ... para as pessoas que nunca tentaram realmente mudar.
Mudana
Quando os comportamentos so praticados de uma forma sistemtica ao longo do tempo, mudanas reais e permanentes podem ocorrer. importante ter conscincia dos sobressaltos e paradas, avanos e retrocessos que viro. Isso desanima muitas pessoas, porque nossa cultura de gratificao imediata nos impele a
querer tudo no menor tempo. A realidade que a mudana duradoura ocorre aos poucos.
Diz John Wooden, um lendrio treinador de basquete:
"Quando voc melhora um pouco a cada dia, coisas grandes comeam a ocorrer. No procure por melhoras rpidas e grandiosas, busque a pequena melhoria, um dia de cada vez. o nico modo para que
acontea - e, quando acontece, dura."
A ANATOMIA DE UM HBITO
William James dizia que os seres humanos so "colees de hbitos". Para compreender melhor as foras
que entram em ao quando uma pessoa est realmente determinada a mudar importante compreender
a dinmica envolvida em romper os hbitos que controlam nossa vida.
Est provado que os hbitos passam por quatro estgios antes de serem incorporados ao nosso comportamento. Vamos fazer uma breve anlise desses quatro estgios.
Estgio 1: Inconsciente e sem habilidade
Neste primeiro estgio, no temos conhecimento e estamos alheios habilidade ou comportamento. o
estgio pr-tudo: antes do primeiro drinque ou cigarro, antes de aprender a esquiar, tocar piano, jogar
basquete, ler, escrever ou mesmo de se tornar um lder melhor.
Nesta fase, voc est inconsciente ou desinteressado em determinado comportamento e, por isso, no
possui a habilidade.
Estgio 2: Consciente e sem habilidade
o momento em que nos tornamos conscientes de um novo comportamento, mas ainda no desenvolvemos as habilidades e hbitos necessrios para um bom desempenho.
Ocorre quando a me comea a sugerir que usemos aquela enorme bacia branca em vez das fraldas, ou
quando fumamos o primeiro cigarro, tomamos a primeira e horrvel bebida alcolica, aprendemos a usar
computador, e assim por diante.
a fase do constrangimento. Se no resistimos aos sentimentos de desconforto, podemos desistir antes de completarmos o caminho para o crescimento e a melhoria.
Para o lder, essa sensao de embarao pode ocorrer quando ele comea a considerar seus funcionrios
responsveis, passa a avali-los por seus esforos e a trat-los com respeito, da mesma maneira que age com
seus superiores. Pode ser constrangedor, desconfortvel, at mesmo intimidativo, mas preciso no ceder a
estes sentimentos e seguir em frente. por isso que a determinao to importante.
Estgio 3: Consciente e com habilidade
Nesta fase, adquirimos mais e mais habilidade e nos sentimos confortveis com o novo comportamento,
que passa a ser uma habilidade e um hbito. quando a criana raramente sofre um acidente antes de
chegar ao banheiro; o cigarro ou a bebida comeam a ter um gosto aceitvel; esquiar na neve j no to
difcil, e o pianista no precisa mais "pensar" na tecla em que vai bater.
Ainda temos de pensar um pouco a respeito, pressionar para entrar em ao, continuar a praticar, mas est se tornando mais "natural". o estgio em que se comea a "pegar o jeito".
Estgio 4: Inconsciente e com habilidade
O estgio final quando no precisamos mais "pensar" a respeito, porque o comportamento se
tornou "segunda natureza".
Por acaso temos de "pensar" em escovar os dentes de manh?
Pois . Nesta quarta etapa, o fumante inveterado tem trs cigarros acesos em trs cinzeiros, e o lder no
precisa mais tentar ser um bom lder - ele j se tornou um bom lder.
Assim como os hbitos, bons e maus, levam tempo para se desenvolver, eles tambm levam tempo para
serem rompidos. Minha experincia mostra que necessrio um mnimo de seis meses para comear a extinguir um antigo hbito de carter e fazer com que a nova reao se torne automtica. Esse o mnimo, mas
h hbitos mais srios que exigem anos de tentativa.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
A boa notcia que os seres humanos so colees de hbitos.
A m notcia que os seres humanos so colees de hbitos. Os hbitos podem ser mudados, e para melhor. Temos total capacidade de sermos diferentes do que somos hoje. Se voc acha que muito velho e
preguioso para aprender e crescer, tambm muito velho e preguioso para liderar.
James C. Hunter Como se tornar um Lder Servidor
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Gesto de Pessoas
No so nem as espcies mais fortes, nem as mais inteligentes as que sobrevivem, mas sim aquelas que melhor se adaptam s mudanas no ambiente.
Charles Darwin
TEMPERAMENTOS X LIDERANA
A Psicologia tem estudado o comportamento humano e tentado compreend-lo para auxiliar o autoconhecimento. Muitas teorias tem se sucedido, muitas vezes se completando, outras vezes eliminando crenas
tidas como verdades at ento.
Hoje aceito o conceito de que h uma parte da personalidade humana que gentica, ou seja, j nasce conosco e outra parte moldada a partir de nossa interao com o meio em que vivemos, por meio de
nossas experincias de vida, relacionamentos e traumas. A Teoria dos Temperamentos trata da parte gentica
da nossa personalidade.
Existem 4 tipos de temperamentos, que interferem na maneira das pessoas agirem e reagirem nos seus relacionamentos e acontecimentos de um modo geral. Conhecer nosso prprio temperamento fundamental
para que possamos buscar uma canalizao positiva de nossas atitudes advindas do temperamento e o
fortalecimento das nossas qualidades.
A inteno aqui abordar algumas caractersticas a fim de nortear alguns aspectos dos temperamentos,
para facilitar o entendimento e, consequentemente, a abordagem mais apropriada de comunicao para
com as demais pessoas, em se tratando de liderana. Obviamente, no existe temperamento melhor ou pior,
mas sim diferentes. O que vale salientar a habilidade de saber identificar essas caractersticas nas pessoas (e
em si prprio). Longe de querer enquadrar as pessoas em determinadas denominaes, o objetivo aqui
dar uma explanao geral sobre conceitos e histria dos temperamentos.
A palavra temperamento deriva do latim temperamentum, que significa uma mistura de propores.
Pode-se dizer que, em essncia, temperamento um estilo pessoal inerente, uma predisposio que forma a
base de nossas tendncias naturais: pensar, sentir, desejar e agir.
De acordo com as definies do psiclogo californiano David Keirsey, temperamento so nossas inclinaes, diferente de carter, que so nossos hbitos.
Hipcrates (460 370 a.C.) foi o primeiro a estudar temperamentos, onde o estudo foi enriquecido, posteriormente, pelo mdico romano Galeano. Nesta etapa, Galeano denominou os quatro tipos de temperamentos como: sanguneo, colrico, fleumtico e melanclico. Cada um deles possui pontos fortes e pontos fracos,
onde constantemente, h a identificao de mais que um por pessoa, mas um deles sendo o dominante.
A seguir, os quatro tipos de temperamentos onde, certamente voc se identificar (bem como as pessoas
que voc conhece):
Temperamento Sanguneo
Qualidades Comunicativo, eufrico, destacado, entusiasta, afvel, simptico, bom companheiro, compreensivo, crdulo.
O sanguneo aquele que fala antes de pensar. uma pessoa jovial, com seu esprito descontrado e com
seu encanto pode ser, com toda a razo, chamado de o temperamento que "aproveita" a vida. Ele tem uma
personalidade calorosa, vivaz e, corretamente, s vezes o chamam de "alma da festa". o tipo de pessoa que
costumamos encontrar que em qualquer reunio toma conta das conversas. Se h um grupo de pessoas
reunidas e rindo, com certeza tem um sangneo falando.
Pontos crticos Fraco de nimo, volvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocntrico, barulhento, exagerado, medroso.
O sanguneo aquele que se ira com facilidade e pega logo fogo; impulsivo. O termo relativo ao sangue, que tem ou parece ter aumento da massa sangunea (dic. Aurlio). emocionalmente instvel.
Temperamento Colrico
Qualidades Enrgico, visionrio, resoluto, independente, otimista, prtico, eficiente, decidido, lder, audacioso.
A principal qualidade do colrico a fora de vontade, que faz dele uma pessoal enrgica, eficiente, resoluta, e um lder cheio de audcia e otimismo. O colrico extrovertido, e tambm, provavelmente o que
mais produz ; isso lhe d o direito de ser chamado o temperamento mais ativo. Ele auto-confiante e possui
vontade forte. o tipo de pessoa que resolve as coisas, que transforma idias em fatos reais. Toma atitude
definida diante dos problemas.
Defeitos Iracundo, sarcstico, impaciente, prepotente, intolerante, vaidoso, auto-suficiente, insensvel, astucioso.
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Gesto de Pessoas
O nome colrico vem de clera, que o impulso violento contra o que nos ofende, fere ou indigna, ira. O
colrico propenso clera, cheio de clera, irado, atacado de clera (dic. Aurlio).
Temperamento Melanclico
Qualidades Habilidoso, talentoso, minucioso, sensvel, perfeccionista, esteta, idealista, leal, dedicado e
auto-disciplinado.
Defeitos Egosta, deprimido ou amuado, pessimista, terico, confuso, anti-social, crtico, vingativo, inflexvel.
O temperamento melanclico aquele que sofre de melancolia que um estado mrbido de tristeza e
depresso, pesar (dic. Aurlio). O melanclico se esconde dos outros, no se mistura, gosta de andar s.
voltado para si mesmo, e, s vezes, pensamos nele como o que possui o temperamento "sofredor", pois
muito exigente consigo mesmo, atravs de uma constante auto-anlise. Ele uma pessoa naturalmente sombria, tristonho e pessimista, entretanto muito bem dotado e com tendncias para gnio.
Temperamento Fleumtico
Qualidades Calmo, tranqilo, digno de confiana e cumpridor de deveres, eficiente e organizado, conservador, pratico, objetivo, lder, diplomata, bem-humorado. Embora seja tmido, aprecia o convvio social.
Defeitos Calculista, temeroso, indeciso, contemplativo, desconfiado, pretensioso, introvertido, desmotivado.
O nome fleumtico vem de fleuma, que quer dizer frieza de nimo, impassibilidade (dic. Aurlio). Logo, o
fleumtico aquele que tem fleuma. desatento, desligado. Introvertido, tem uma tranqilidade singular que
lhe confere um temperamento de fcil relacionamento, manso e bem equilibrado. Ele teimoso e indeciso.
A Teoria dos Temperamentos um modelo cientfico que tenta nos ajudar a conhecermo-nos melhor, no
havendo ningum que seja exclusivamente de um ou outro temperamento. bastante comum termos um
temperamento dominante e um secundrio.
Durante a nossa vida, devido s nossas experincias, traumas e necessidades, certas caractersticas de
nossos temperamentos podem se sobressair e outras se ocultarem, o que no significa dupla personalidade ou
fingimento.
O correto desenvolvimento de uma pessoa deve passar pelo aperfeioamento das caractersticas positivas
de seu temperamento e a luta constante por vencer seus pontos crticos.
No meu caso, apenas para ilustrar um exemplo, sou uma colrica convicta em se tratando de minha praticidade em resolver as coisas e meu otimismo contagiante, mas sou muito impaciente. Isto predomina. Tenho
tambm um toque de sangunea visto que sou muito comunicativa, e dentro deste temperamento, meu ponto crtico, certamente, minha impulsividade.
Cabe ressaltar ainda que, todo temperamento influenciado pelo carter, personalidade e comportamento de cada indivduo. Da a importncia do lder possuir este conhecimento a fim de aplic-lo no seu diaa-dia, na convivncia com os demais, respeitando seus limites, enfatizando as qualidades peculiares de cada
um e auxiliando em alguma fraqueza que se possa e se queira melhorar.
necessrio entender porque se apresentam comportamentos totalmente diferenciados em cada ocasio, e como compatibilizar toda esta energia para uma convivncia oportuna e uma produtividade agradvel
e sadia. A com certeza apresenta-se o x da questo, saber aproveitar as diferenas e formar um time vencedor!
Cinthya_Faccioli - Doutoranda em Gesto de Negcios e Master em Gesto de Negcios pela FCU - Flrida
Christian University. Colaboradora da Naoki Sistemas da Qualidade, desenvolvendo palestras e treinamentos
nas reas de Gesto de Pessoas e Marketing de Servios.
Administradores.com.br 07 de maio de 2008
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Gesto de Pessoas
Gesto de Pessoas
sentir confiante. Mas no precisa adotar no ambiente
de trabalho a mesma produo que usa em um
encontro a dois", exemplifica Sandra.
AS HORAS EXTRAS DIRIAS Se voc acredita que o
chefe ficar bem impressionado porque voc
sempre a primeira a chegar e a ltima a sair da
empresa, cuidado. Passar os dias em jornadas de
trabalho interminveis nem sempre sinal de competncia. "Eu j tive funcionrios que ficavam
muitas horas no escritrio porque eram pouco
produtivos", afirma Tlio Rodrigues. "Um deles, particularmente, era muito centralizador e perfeccionista. Concluso: nunca entregava os projetos no prazo,
porque no dividia as tarefas com ningum e sempre
achava que podia melhorar algum ponto."
Por outro lado, com as diminuies freqentes
no quadro de funcionrios de muitas empresas,
quem continua empregado acaba tendo que
fazer tambm as tarefas daqueles que foram demitidos. A, o nico jeito de dar conta do recado so
as horas extras. "Eu mesmo j trabalhei em uma
empresa em que saa s 2 da manh porque no
havia ningum mais para fazer aquilo que meu
gerente cobrava", acrescenta Tlio. O importante
saber avaliar se o motivo de ficar no escritrio 14
horas por dia : I. a necessidade; 2. a falta de
habilidade para administrar seu tempo; ou 3. a
iluso de que, agindo dessa forma, ser considerada mais eficiente do que os outros. E a dar um jeito
de voltar a cumprir um expediente mais saudvel.
Revista NOVA /janeiro 2004
EXERCCIO
Relacione mais exemplos de atitudes rotineiras que
podem causar uma avaliao ruim (ou mesmo
constrangedora) por parte do lder:
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Ms companhias so como um mercado de peixes.
Acaba-se acostumando com o cheiro.
Ditado Chins
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Quando falamos de mudanas comportamentais, um longo caminho tem que ser percorrido por aquele
que se prope a crescer. o caminho mais longo de mundo, apesar de seus extremos estarem to prximos
um do outro.
Em matria de mudanas comportamentais, a maior distncia a ser percorrida pelo ser humano est entre a cabea e o corao.
Gostaria muito que esta frase fosse minha, mas no . Ouvi-a, dias atrs, do fantstico Steven Dubner, professor de educao fsica que trabalha com portadores de necessidades especiais na rea do esporte e os
transforma em vencedores olmpicos.
Conheo um monte de gente que tenta justificar certos comportamentos absolutamente negativos como
um mecanismo de defesa, uma forma de dar o troco. Eu poderia argumentar, de maneira simplista, que um
erro no justifica outro. Mas prefiro permanecer no terreno da psicologia e lembrar que comportamento
uma deciso exclusivamente pessoal.
Quem conta que agiu desta ou daquela forma porque algum ofendeu ou gritou primeiro ou que seu
comportamento foi apenas reativo por ter-se sentido ofendido ou agredido, est admitindo publicamente que
bastante vulnervel a provocaes e que tem muito pouca autonomia sobre suas prprias atitudes e comportamentos.
Claro que no estou me referindo ao direito universal da legtima defesa em situaes especiais. Quero falar aqui dessas batalhas verbais sem sentido que podem ser assistidas diariamente na maioria das empresas,
na forma de bate-bocas, fofocas, gritos, ironias e desqualificaes.
Uma empresa uma entidade meramente jurdica. No existiria se no fossem as pessoas que nela do o
melhor de si para que metas e objetivos sejam atingidos. Isso nos permite concluir que falar de empresa corresponde a falar de equipe, de grupo de trabalho, de parceiros e, se possvel, amigos, que trabalham olhando
na mesma direo.
Certamente as pessoas que compem essas equipes so diferentes entre si, cada uma com sua individualidade. No entanto, ao invs dessas diferenas serem vistas como geradoras de conflitos, devem ser tratadas
como um sistema coletivo de complementao de competncias, onde um supre eventuais limitaes ou
desconhecimentos do outro.
exatamente aqui que costuma surgir o problema comportamental, na figura de um elemento desagregador.
Todos vocs conhecem talvez at por convivncia diria profissionais arrogantes, agressivos, injustos,
desrespeitosos e puxadores-de-tapetes ou de sacos. Eles esto em toda parte, em todas as empresas, em
todos os segmentos da sociedade e do mercado. A questo : como manter uma equipe unida e coesa se
nela existe um elemento assim?
Como esperar que aquela seja uma equipe de alta performance, se no seu meio est um instrumento desagregador, fomentador de conflitos e de ressentimentos?
Algumas empresas e gestores, justamente aqueles que no praticam o feedback ou que no do segunda
chance, optam pelo caminho mais cmodo e rpido da demisso. Outras organizaes, as mais atualizadas e
exemplares no campo da gesto de pessoas, investem no treinamento comportamental daquele profissional
para que, havendo mudanas, possa haver uma reintegrao do mesmo equipe, com a to esperada
harmonia produtiva.
No entanto, ainda que louvveis todos os esforos da empresa para que ocorram transformaes saudveis, o maior responsvel por essas mudanas no outro seno o prprio indivduo desagregador.
Mudanas comportamentais no ocorrem pelo conhecimento, seno pela vivncia. O entendimento de
um conceito no implica sua aplicao prtica. Todo gestor sabe muito bem o que motivao, sabe o que
empatia, o que respeito mas muitos deles, no dia a dia, no reservam um minuto sequer para aplicar tais
conceitos na equipe.
O desejo de mudar e a concretizao dessa mudana tm de vir de dentro da pessoa. O melhor psiclogo do mundo muito pouco poder fazer se o paciente no se comprometer com as transformaes desejadas e as sesses de anlise podem at ser muito agradveis, mas certamente sero muito pouco eficazes.
Como algumas pessoas sentem-se mais seguras diante do conhecido, do tradicional, do habitual que
no trazem surpresas nem imprevistos e, portanto no geram desconforto nem inseguranas preferem continuar como so, mantendo o status quo e partindo para o famoso eu sou assim mesmo, esse o meu jeito!
E tudo seria to mais simples e to melhor para si mesmo, para a equipe e para a empresa se o profissional
pensasse menos no seu prprio umbigo e um pouquinho mais nos seus colegas...
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Bastaria a ele percorrer o caminho que vai da cabea ao corao. Bastaria a ele reavaliar seus conceitos,
valores, paradigmas, mensagens aprendidas na formao familiar ou acadmica e preocupar-se mais em
sentir do que entender. Em ser, mais do que em ter e poder.
Bastaria entender que o verdadeiro sucesso aquele que pode ser compartilhado e que nenhuma empresa, nenhum departamento, nenhum gestor e nenhuma equipe ser vencedora se seus membros tambm no
o forem.
Como disse anteriormente, toda organizao formada por seres humanos e estes, desde que nascem, buscam e apreciam o reconhecimento, o respeito, o carinho espontneos. Mas estas so coisas que vm do corao.
A cabea est ocupada com nmeros, metas, prazos e responsabilidades.
Ambos, cabea e corao esto ali pertinho um do outro. Poderiam encontrar-se a qualquer momento.
Imagino at que o corao algumas vezes tente manter contato. Mas, quem sabe, talvez por estar anatomicamente acima e se achar superior, a cabea nem sempre atende a esses apelos de aproximao. E tudo
continua como est, o comportamento no muda.
Intrigante o Homem! Escala altssimas montanhas, atravessa ridos desertos, mares e cus infinitos, percorre distncias sabticas, invade o espao csmico... e no capaz de vencer a pequena grande distncia
que vai da cabea ao prprio peito!
Floriano Serra psiclogo, palestrante e Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN Farmacutica e autor do recm-lanado "A Terceira Inteligncia" (Butterfly Editora).
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rado atravs da bajulao, atravs de boatos, traies e intrigas, ou seja, tudo que desejam
tentar derrubar o outro, a qualquer custo.
Podemos dizer que, no mundo dos negcios, essas pessoas se tornam especialistas em fazer o
mal. Esse tipo de profissional faz do mal um hbito, realizando planos mirabolantes, fazendo tudo
de forma detalhada, mas no em prol da organizao, e sim com o objetivo de se auto-promover,
o que lamentvel. Ele age como um psicopata, sem se importar se est prejudicando outras
pessoas ou mesmo a organizao. o chamado desagregador.
Por este raciocnio percebe-se que o mais interessante que as intrigas, assim como as fofocas,
tm um custo alto. O profissional deixa de produzir para dedicar o seu precioso tempo conspirando
contra os outros; enquanto isso, a organizao perde e muito. Por conseguinte, os demais profissionais podem ficar ressentidos e aquele que vtima da maledicncia perde muito na produtividade,
criatividade e melhoria contnua, tornando o ambiente de trabalho, bem como a convivncia, um
grande obstculo.
importante ressaltar uma curiosidade: alguns lderes se deixam influenciar por determinados
funcionrios invejosos e maquiavlicos, no enxergando que o colaborador competente prejudicado de grande valia para a sua organizao. Deixa, ento, consumar o arrastar do tapete,
no entanto, quem acaba sendo o maior prejudicado, talvez, seja a prpria organizao. Dessa
forma, deixa de ganhar um grande profissional, que com certeza contribuiria muito para que sua
empresa decolasse no mercado.
Sabedor de que o maior bem que uma organizao possui so os profissionais que a compem, este lder deve reconhecer certos limites e saber de fato gerenciar, mostrando aos joios
que o lder da organizao ele. O gestor quem rege a orquestra, pois ele o maestro da organizao, e no a erva daninha a ser eliminada; do contrrio, as intrigas e fofocas ganharo fora
total e iro muito alm, causando dificuldades e transtornos empresa.
Nesse contexto, o profissional deve conscientizar-se que est no servio para trabalhar, para
contribuir com a organizao com seus conhecimentos, habilidades e talentos. Portanto, est em
prol da empresa; est sendo remunerado para realizar suas atribuies. O mnimo que se tem a
fazer esquecer a vida alheia e dedicar-se muito, desempenhando suas funes de modo a alcanar resultados alm do esperado; deve-se manter o foco no trabalho.
Ser necessrio enfatizar que - nesta era de desafios, incerteza, grande competitividade - este
tipo de profissional intriguento, o qual no se conseguiu recuperar com iniciativas na empresa, j
citadas acima, deve ser banido da organizao. A razo para esta atitude a de ele no ser um
colaborador, no representar uma soma dentro da organizao, sendo um inimigo em potencial,
levando todos, bem como a prpria empresa, ao inevitvel naufrgio.
Isto posto, o lder dever saber administrar o problema, pois as maledicncias desencadearo
conflitos. Se o mesmo no estiver disposto a passar por um estresse e/ou um desgaste desnecessrio, estas intrigas podero impulsionar a demisso voluntria de um exmio profissional; isso faria com
que a organizao, alm de perder grandes talentos, fique comprometida perante o mercado. Em
resumo, todos saem perdendo, quando o propsito ganhar.
O que fazer com gente que atrapalha o andamento do trabalho? Aquele tipo de pessoa que no
chega a incomodar a chefia, mas que "empata" as tarefas de todos os colegas? (Ashley Prisant,
Cambridge, Massachusetts)
Voc est com um problema e tanto nas mos. A m notcia que no tem como resolv-lo.
Um colega no pode controlar o comportamento do outro. Existe uma certa influncia, mas nenhum poder de fato. Portanto, entenda que, se voc tentar lidar com esse elemento desagregador
por conta prpria, como se decidisse ir guerra desarmado.
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Nada impede, porm, que voc chame o indivduo parte para uma conversa na sala de
reunies. Voc pode tambm convid-lo para um almoo demorado fora da empresa ou escrever-lhe uma carta apelando para seu bom senso. Contudo, pouco importa a estratgia utilizada, a
resposta vir no mesmo tom. "Voc no entende", dir o sujeito, "estou tentando salvar a empresa".
Ou ento: "Se voc tivesse a experincia que eu tenho, veria que estou agindo certo".
claro que no estamos nos referindo aqui queles cticos moda antiga, que tm de fato
um papel importante na empresa cutucando-a o tempo todo para que ela encare novos desafios.
Muitos cticos, apesar de ranzinzas e desagradveis, preocupam-se de verdade com a empresa.
Eles so duros de convencer, mas se comportam dessa forma com todos, inclusive com os chefes.
J os elementos desagregadores no se deixam persuadir por coisa alguma, tampouco aceitam sugestes. H outras coisas ocupando sua mente, idias que no lhes permitem jogar de maneira justa com os demais. A menos que voc seja psiquiatra, o melhor a fazer manter distncia
desse tipo de pessoa. No diga nada, concentre-se em seu trabalho. Espere at que seu chefe, ou
o departamento de recursos humanos, perceba o que est acontecendo e resolva o problema, o
que acabar ocorrendo - desde que voc tenha escolhido uma boa companhia para trabalhar.
Sabemos que alguns discordaro de nosso ponto de vista. Quando levantamos a questo do
elemento desagregador durante uma aula na Escola de Administrao Sloan, do MIT, um grupo de
alunos apoiou a estratgia do "almoo demorado" j mencionada. Eles disseram que os membros
da equipe so responsveis uns pelos outros. No devem esperar que um "salvador da ptria" do
alto escalo resolva seus problemas. Apesar de sensata, essa posio, de acordo com nossa experincia, insuficiente para resolver a questo.
Jack e Suzy Welch so autores do best-seller internacional Paixo por Vencer.
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Casos como o de Joo ficam ainda mais complicados medida que se sobe na hierarquia
da empresa. Em maro de 2005, o ex-presidente da Boeing Harry Stonecipher, casado, foi demitido
por manter um caso com uma executiva da empresa. O romance foi denunciado anonimamente
por um funcionrio (sabe-se l se "amigo") para o comit de tica da empresa. Carto vermelho
para ele. "Quando se trata de um lder, como o ex-CEO da Boeing, a situao fica mais complicada", diz Andra, da Huggard-Caine. "Se ele no transparente com a vida pessoal, como ser na
vida profissional?"
Quando no arranha a carreira, a fofoca e as crticas dos colegas podem minar o relacionamento. "O que mais me incomodavam eram os palpites e o julgamento da minha postura", diz a
paulista Adriana Cavalcanti*, de 30 anos, que trabalha no departamento jurdico de uma empresa
em So Paulo e manteve relacionamento de sete meses com um colega de trabalho. No demorou muito para que a histria se espalhasse. "Meu chefe nunca perguntou nada da minha vida
pessoal e, de uma hora para a outra, comeou a me questionar sobre possveis namoros", conta
Adriana. Nas reunies, ela no escapava de olhares curiosos - o que, obviamente, a deixava muito
constrangida. O namoro acabou em dezembro do ano passado, os dois continuam trabalhando
na mesma empresa e tm uma relao saudvel. " claro que a interferncia de colegas influenciou o relacionamento. Eu me sentia muito controlada. Pessoas que nem sabiam oficialmente do
nosso namoro se achavam no direito de comentar nossa relao", diz Adriana.
COMPORTE-SE!
Infelizmente, no d para escapar dos olhares (e da lngua) dos colegas. Mas voc pode
minimizar os comentrios e se proteger de insinuaes maldosas. Antes de qualquer coisa, adote
realmente uma postura tica. Lembra da mxima "Quem no deve, no teme"? por a. Informese sobre a poltica da empresa e, caso existam normas sobre esse assunto, siga a cartilha. Se no
houver uma regra a esse respeito, haja da forma mais profissional possvel. Um dos dois chefe do
outro? Melhor algum mudar de rea. Ele ou ela tem acesso a dados estratgicos, limitados ao seu
cargo? Nada de dividir essas informaes com o amante, entre uma taa de vinho e outra. Por fim,
mas no menos importante, essencial manter a discrio. No incio do romance, o melhor mesmo
guardar segredo. " melhor esconder no comeo, at ter certeza de que o relacionamento
realmente firme", diz a psicloga Ana Fraiman.
Mesmo depois de achar que pode dar em casamento e tornar pblico o envolvimento,
preciso manter a discrio. No pega nada bem ficar se agarrando no estacionamento, trocando
beijinhos antes da reunio ou at mesmo chegar de mos dadas. "Oficialmente, ns poderamos
namorar, pois no trabalhvamos na mesma rea", diz Fabiane, namorada de Delfo. "Mesmo assim, mantnhamos o mximo de discrio." A empresa era uma espcie de zona proibida para os
dois. L, eles no pegavam nas mos, no davam sequer um beijinho e evitavam falar um com o
outro ao telefone. A discrio era tanta que muitas pessoas nem imaginavam que eles estavam
namorando, o que fez Fabiane ser obrigada a engolir o cime em algumas situaes. "Uma vez,
uma colega pediu para o Delfo carregar a pasta dela, toda sedutora. Eu estava do lado, s olhando, mas tive de ficar quietinha!".
DORMINDO COM O INIMIGO
Todos os cuidados acima no adiantam nada se voc comete um erro fatal, anterior a todas as outras atitudes: escolhe mal a pessoa com quem se envolve no trabalho. Alguns casos acabam em barracos no escritrio, com direito a brigas acompanhadas por toda a equipe e outras
baixarias. Tem situao ainda pior. Em 2000, o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, ex-diretor
do jornal O Estado de S. Paulo, matou a ex-namorada Sandra Gomide, sua subordinada, por no
aceitar o fim do relacionamento. Recentemente, outro romance corporativo virou caso de polcia.
Em janeiro deste ano (2006), uma ex-estagiria da Petrocoque, subsidiria da Petrobras em Cubato, So Paulo, matou uma funcionria, pois queria ocupar seu lugar na empresa. O motivo? Ficar
ao lado do ex-namorado, o gerente de produo, um homem casado, de 42 anos, com quem
manteve um relacionamento de sete meses.
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"A situao tende a ficar muito complicada quando h rompimento e os dois continuam na
empresa", diz Mario Sergio Cortella. Nos casos mais radicais (como os dois exemplos citados acima),
isso acaba em tragdia fatal. Nos demais, o que normalmente acontece uma expressiva queda
de produtividade, s vezes resultando em demisso. "Imagine o seguinte cenrio: num dia voc era
especial para aquela pessoa. No outro, no significa mais nada", diz a psicloga Ana Fraiman.
"Voc se sente diminudo. E claro que isso interfere no seu desempenho profissional." Ana explica
que, se o profissional no tiver maturidade suficiente, corre o risco de se sentir desestabilizado, a
ponto de ter de abandonar a empresa. A paulista Adriana Cavalcanti no chegou a tanto, mas
enfrenta situaes delicadas na empresa: "H uma nova funcionria na empresa que vive se atirando para ele. Apesar de no estarmos mais juntos, o cime inevitvel. No posso ver essa menina na minha frente".
Claro que isso tira o foco de Adriana do trabalho, o que pode acontecer mesmo quando o
relacionamento vai bem. Os apaixonados, no entanto, dizem que d para administrar as duas
coisas numa boa. Para o advogado Marcos Krause, a convivncia diria no trabalho faz mais bem
do que mal para a carreira. "Voc vai mais feliz para o trabalho e com mais disposio." Sua noiva
concorda. "At a produtividade aumenta, pois voc est com a pessoa que ama ao seu lado o
tempo todo, o que um motivo a menos para sair do trabalho", brinca. Segundo Fabiane, da Hewitt, h ganhos e perdas em trabalhar sob o mesmo teto. " bom ter a pessoa de quem voc gosta
por perto. Mas, porque no trabalho mais com ele, tenho mais individualidade e no preciso me
preocupar com o comentrio dos outros."
*Nomes trocados a pedido dos entrevistados
PINTOU UM CLIMA. E AGORA?
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"No devemos ter medo dos confrontos.
At os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."
Charles Chaplin
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Um conflito uma luta expressa em que duas ou mais partes
independentes experimentam fortes emoes resultantes de uma
diferena perceptvel de necessidades ou valores."
John W. Lawyer
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6. Qual foi a utilidade de revelar informaes sobre mim, meu adversrio e o problema em questo?
7. Algum de ns mudou de opinio?
8. O que aprendi sobre meu estilo, minhas estratgias e minhas formas de lidar com conflito e as de
meu adversrio?
9. O que farei diferente na prxima vez?
10. O que gostaria que meu adversrio fizesse diferente na prxima vez?
Esse mtodo promove a compreenso e as mudanas. Ningum dono da verdade. Posso
adotar novas idias e mtodos, ou incorporar parte da abordagem de meu adversrio. Por outro lado,
meu adversrio pode adotar a minha. Esse mtodo melhora a comunicao em momentos de stress.
Tambm existe uma terceira alternativa. As duas partes podem desenvolver juntas uma soluo criativa
para questes importantes do conflito.
A melhor vantagem desse sistema que lidar de maneira eficaz com o conflito aprofunda e
enriquece os relacionamentos. Os relacionamentos sofrem porque os indivduos no sabem como
lidar com as diferenas. Ignorar as diferenas e utilizar mtodos inadequados de lidar com conflitos
significa que voc aceita ter relaes superficiais. Brigar por causa de diferenas utilizando mtodos inadequados causa sofrimento e aumento dos conflitos.
Conceitos principais abordados
A quantidade de causas do conflito proporcional ao nmero de pessoas que dele participam;
Quando administrados de maneira construtiva, os conflitos oferecem vantagens para os participantes;
H cinco abordagens bsicas para o conflito:
1. Neutralidade;
2. Reparao;
3. Conciliao;
4. Competio;
5. Negociao.
H momentos apropriados para usar cada estratgia de conflito;
O objetivo principal da resoluo de conflitos amenizar obstculos emocionais que no permitem aos participantes resolver as questes importantes do problema.
Agora reflita
1. Pense em um conflito recente em sua vida pessoal. Quem participou? Quem gerou o conflito? O
que voc fez? Qual foi a resposta? O que aconteceu? Como voc se sentiu? Que estilo utilizou? Ele
foi adequado situao? Depois de pensar sobre a experincia, faria o mesmo? Faria algo diferente?
2. Pense em um conflito recente em sua vida profissional. Quem participou? Quem gerou o conflito? O que voc fez? Qual foi a resposta? O que aconteceu? Como voc se sentiu? Que estilo utilizou? Ele foi adequado situao? Depois de pensar sobre a experincia, faria o mesmo? Faria
algo diferente?
Contedo Virtual PANDORA Como Se Comunicar Com Sucesso
Colleen Mckenna
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Para falarmos sobre preveno de conflitos, creio ser oportuno comearmos por entender o
que conflito e por que eles surgem. Uma das definies mais elucidativas que j ouvi diz que
conflito qualquer situao onde exista uma oposio pessoal, interpessoal ou grupal sobre algum interesse ou valor. Essas oposies surgem quando as pessoas contestam idias, atitudes e/ou
comportamentos, se apegam aos seus pontos de vista e lutam por eles, muitas vezes de forma
irracional.
Sabemos que os conflitos se originam no processo de comunicao humana, na maioria das
vezes, inconscientemente. De forma geral, no temos a inteno de gerar ou participar de uma
situao conflituosa e desgastante. Mesmo assim, freqentemente nos damos conta de que j
estamos envolvidos em uma dessas situaes, sem saber exatamente como ela comeou.
Para aprofundar um pouco mais este tema, precisamos entender melhor o processo bsico de
comunicao, o qual surge da interao e da inteno do emissor em transmitir uma mensagem
ao(s) receptor (es), independente do meio que se utiliza para tal. Parece simples, no mesmo?
Porm, o que vemos acontecer, na prtica, uma grande dificuldade em se atingir este objetivo.
Geralmente, no somos bem compreendidos porque no conseguimos transmitir assertivamente aquilo que pretendemos. E para quem no sabe muito bem o que assertividade, vale lembrar
que ter a capacidade de expor de maneira clara, madura e no-agressiva o que se pensa,
sente ou quer. Mas, como somos formatados desde crianas para buscar aceitao social, acabamos dizendo aquilo que o outro gostaria de ouvir, o que nem sempre corresponde ao que gostaramos de falar.
Olhando agora a questo sob outra perspectiva percebemos que, quando falamos, tendemos
a partir do pressuposto que o outro est recebendo nossa mensagem da forma como a concebemos, ou seja, sem nenhuma interpretao pessoal. No entanto, nossas palavras so captadas por
nosso interlocutor passando obrigatoriamente por seus filtros mentais, que por sua vez so fruto de
suas referncias e experincias anteriores, as quais decididamente no so semelhantes s nossas.
Pessoas distintas, mundos distintos... Quando nos expressamos estamos colocando em palavras
(alm, claro, da linguagem no verbal) nosso mundo interno, composto por idias, pensamentos,
sentimentos, sensaes, intuies, valores e crenas pessoais. Em outras palavras, nossa comunicao verbal e no-verbal a representao do nosso mundo interno interagindo com o mundo
externo.
Neste processo comum e involuntrio que usemos omisses, pois tentamos falar sobre uma
experincia complexa e detalhada por meio de uma descrio verbal limitada, que fatalmente
suprimir uma grande parte da experincia em si.
Por outro lado, cada vez que ouvimos algum, recorremos s nossas prprias experincias pessoais para fazer uma representao interna do que a outra pessoa fala para sermos capazes de
compreend-la. E isto ocorre o tempo todo, com todas as pessoas, acrescido das famosas generalizaes e distores que coroam o processo.
Bem, considerando somente estes fatores bsicos de transmisso e processamento de mensagens j conseguimos vislumbrar o quo complexo o processo de comunicao e como se torna
fcil a gerao de conflitos decorrentes do mesmo.
Ah, ento nos basta conhecer um pouco melhor este processo e interferir conscientemente na
qualidade de nossa fala para prevenirmos muitos conflitos, certo? Errado! As empresas investem
altas somas em treinamentos de comunicao para seus colaboradores e os conflitos continuam
brotando incessantemente nos ambientes corporativos.
Olhando de uma perspectiva ainda mais ampla, devemos admitir que conflitos so inevitveis
na vida em sociedade, de modo que tentar elimin-los simplesmente uma utopia. Alis, vale
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ressaltar que eles no so necessariamente negativos. Em algumas situaes promovem a oportunidade de crescimento e coeso entre as pessoas, permitindo o desenvolvimento de uma maior
capacidade de compreenso, estmulo mudana, motivao para resolver problemas, transformao de valores e, sobretudo, aprofundamento de relacionamentos. Mas tentar prevenir os excessos de conflitos (que se tornam grandes desperdiadores de tempo e energia) e lidar com eles
de forma inteligente uma posio benfica e realista.
Como podemos prevenir esses excessos, ento? A meu ver, o caminho mais curto rumo a uma
soluo est em desenvolvermos a capacidade de sermos mais assertivos e de estabelecermos um
ambiente de confiana com as pessoas com as quais convivemos, estimulando relacionamentos
que abrem menos brechas a situaes ambguas. E como fazer isso? Desapegando-nos um pouco
de nosso ego e nos apaixonando menos por nossas prprias idias. Como pr-requisito a esta
conquista, precisamos reavaliar como anda nossa maturidade emocional e nosso auto-conceito.
Observem que, quando defendemos nossas posies com unhas e dentes, muitas vezes de
forma insana, uma srie de significados implcitos, subliminares, est presente, nos proporcionando
emoes que suprem fragilidades normalmente no percebidas ou, pelo menos, no admitidas
por ns mesmos. E, se no as admitimos, no as resolvemos, e repetimos sempre o mesmo padro
de comportamento obtendo sempre os mesmos resultados.
Como podemos ver, a preveno de conflitos comea na motivao pessoal de fazer uma auto-anlise, por meio de um questionamento sincero sobre nossa capacidade de ouvir o outro verdadeira e completamente, sem precisar interromp-lo ou contest-lo antes mesmo que sua frase
esteja terminada. Ou, ainda, observando como anda nossa capacidade de aceitar que os outros
tm todo o direito de discordar de nossas idias e pontos de vista, sem com isso nos sentirmos rejeitados, diminudos ou incompreendidos.
Outro ponto importante na preveno de conflitos a real aceitao das inevitveis diferenas que existem entre as mais diversas personalidades que povoam nossos ambientes sociais e a
compreenso de que no existem verdade nem razo absoluta, somente verdades e razes pessoais, relativas, desenvolvidas a partir de um ponto de vista individual e nico.
Sendo assim, percebo que no ambiente corporativo existem tcnicas e teorias sobre este tema,
que visam a minimizar as perdas de negcios geradas por conflitos declarados ou mascarados
no ambiente de trabalho, que minam a lucratividade das empresas, a qualidade dos relacionamentos e o clima organizacional. No entanto, para que tais tcnicas sejam bem utilizadas e alcancem seus objetivos adequadamente, precisamos estimular as pessoas a se abrirem a um processo
reflexivo de auto-desenvolvimento, visando elevar a cada dia sua maturidade emocional, a qual
alicera nossas aes e comportamentos. Este foi, e continuar sendo o grande desafio a ser
enfrentado por quem busca prevenir conflitos em quaisquer ambientes sociais.
Sandra Cruz consultora de carreira da BSP Career em coaching e gesto de carreira. 02/07/2008
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"Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento no inteligente."
Lao-Tse
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PEIXE FRESCO
Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porm, as guas perto do Japo no produzem
muitos peixes h dcadas. Assim, para alimentar a sua populao, os japoneses aumentaram o
tamanho dos navios pesqueiros e comearam a pescar mais longe do que nunca.
Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem
de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe j no era mais fresco. E os japoneses no gostaram do gosto destes peixes.
Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos.
Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo.
Os japoneses conseguiram notar a diferena entre peixe fresco e peixe congelado e, claro, eles
no gostaram do peixe congelado. Entretanto, o peixe congelado tornou os preos mais baixos.
Ento, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar
e enfiar esses peixes nos tanques, como "sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espao, eles
paravam de se debater e no se moviam mais. Eles chegavam vivos, porm cansados e abatidos.
Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferena do gosto. Por no se mexerem por
dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe
fresco e no o gosto de peixe aptico.
Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japo peixes
com gosto de puro frescor? E voc, o que voc recomendaria?
Antes da resposta, leia o que vem a seguir:
Quando as pessoas atingem seus objetivos - tais como: quando encontram uma namorada maravilhosa, quando comeam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas
dvidas, ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixes.
Elas podem comear a pensar que no precisam mais trabalhar tanto, ento, relaxam. Elas
passam pelo mesmo problema dos ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro, o mesmo
problema de herdeiros, que nunca crescem, e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remdios de tarja preta.
Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a soluo bem simples...
L. Ron Hubbard observou, no comeo dos anos 50:
103
Gesto de Pessoas
Quantas vezes voc j chegou em casa exausto, irritado, desejando nunca mais voltar empresa por causa de algum colega de trabalho? Muitos j passaram por situaes estressantes ou
tiveram de suportar comportamentos desagradveis no ambiente corporativo. E o panorama no
dos mais otimistas, pois voc pode trocar de emprego, mas vai continuar encontrando os mesmos problemas em qualquer lugar. Ento, o jeito aprender a reagir a tudo isso da forma mais
inteligente, saudvel e produtiva.
E como evitar que mau comportamento e hbitos nocivos das pessoas prejudiquem a carreira
e a sade dos colegas de trabalho? Vamos comear com uma constatao simples: se voc
lder, no pode evitar comportamentos ruins e fofocas de seus funcionrios. Afinal, voc est ali
justamente para administrar as atitudes deles.
No existem equipes perfeitas. Cada funcionrio vai testar seu chefe e por isso que cada lder deve aprender a cuidar de si mesmo emocionalmente e fisicamente, para que no seja influenciado pelo comportamento dos outros, esclarece Katherine Crowley, uma das autoras do livro
Trabalhar com Voc Est me Matando, que ensina como lidar com o fator de maior impacto sobre
a satisfao e sucesso das pessoas no trabalho: as emoes delas e dos outros.
Conviver com tantos perfis e comportamentos especiais em um grupo uma das atribuies
do lder. Afinal, as melhores equipes so feitas de pessoas, cada uma trazendo qualidades distintas
ao projeto. E o lder deve cuidar para no interpretar mal essas diferenas. Antes de reagir ou
rotular algum, ele deve aprender a apreciar o que cada pessoa faz de melhor e valorizar suas
contribuies. No preciso gostar dela ou de tudo nela, complementa Katherine.
Cada integrante de um grupo tem uma personalidade diferente, com suas foras e fraquezas particulares. Logo, no podem ser tratados do mesmo modo. Como lder, voc precisa aprender a lidar
com os diferentes perfis de cada um, deixando o ambiente mais produtivo e saudvel para todos.
No entanto, voc j deve ter se perguntado: o que fazer com os colaboradores difceis demitir ou desenvolv-los? Katherine sugere que, antes de demiti-los, o lder faa um treinamentoteste: Coloque objetivos especficos para que os funcionrios saibam o que precisam fazer para
melhorar. Propsitos vagos criam resultados vagos, e tenha certeza de que eles so mensurveis.
Ento, voc pode medir seu desempenho (e no a personalidade) e a ser capaz de julgar se esse
colaborador vale mais investimento de seu tempo e dinheiro.
, no tem jeito. O lder precisa mesmo aprender a lidar de maneira positiva com funcionrios
problemticos, pois assim fica muito mais fcil se libertar das armadilhas emocionais e trabalhar
com todos na equipe. At porque os colaboradores tendem a recorrer a seus superiores pelas
mesmas razes que as crianas procuram seus pais: ateno, orientao, correo e reconhecimento. E voc no vai decepcion-los, certo?
Cleverson Uliana - Redator-chefe da revista Liderana - e-zine liderana Ano 5 N 25 18/06/08
104
Gesto de Pessoas
"Qualquer um pode zangar-se - isto fcil.
Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa,
pelo motivo certo e da maneira certa - no fcil."
Aristteles
105
Gesto de Pessoas
cada vez maior o nmero de organizaes que adotam o enfoque da disciplina progressiva,
segundo o qual as punies por desempenho aqum dos padres, maus hbitos de trabalho ou
violao de regras vo se tornando mais rgidas a medida que essas condies persistem ou se repetem.
Vejamos agora com realizar discusses eficazes sobre medidas disciplinares corretivas. A
discusso formal sobre disciplina deve ser encarada como o ltimo recurso e deve ser feita com
intenso de solucionar o problema, no a ttulo de punio e/ou meio de se livrar do funcionrio.
Passos crticos
Os passos crticos abaixo, usados em conjunto com os princpios de auto-estima ajudaro a
conduzir reunies eficazes, sempre que a disciplina se fizer necessria.
1. Descreva a situao (e reveja reunies anteriores) se houver.
2. Pergunte as causas da situao.
3. Oua e responda com empatia.
4. Indique qual medida ser aplicada e porqu.
5. Combine medidas especficas e data para follow-up.
6. Demonstre confiana no funcionrio.
1. Descreva a situao e reveja reunies anteriores.
Esta basicamente uma etapa de esclarecimento, com a apresentao de:
. . . detalhes sobre tudo que tenha (ou no) acontecido desde o ltimo bate-papo; ou
. . . dados especficos sobre uma situao suficientemente grave para exigir uma medida
disciplinar imediata.
Se houver reunies anteriores, recapitule o problema, o que havia sido combinado e o que j
foi feito. Se houve alguma melhora (mesmo que insuficiente), reconhea-a.
Nas nossas duas ltimas reunies, voc concordou em chegar na hora e tinha aes
especficas para cumprir o combinado. Desde esse ltimo bate-papo, voc j se
atrasou 15 minutos na Tera, dia 19, 20 minutos na Segunda, dia 25 e 15 minutos hoje.
Embora tenha melhorado um pouco, a situaoainda inaceitvel.
Seja o mais especfico possvel, referindo-se a dados disponveis que o ajudaro a mostrar a
gravidade do problema.
Mostre que quer ouvir o lado da pessoa na histria. Isto manter a auto-estima.
Faa perguntas abertas para testar aspectos especficos, mas tenha cuidado para no
parecer que est conferindo informaes.
106
Gesto de Pessoas
Oua com ateno e tente entender como a pessoa se sente. A conversa pode se tornar
emocional para o funcionrio, e ao ouvir e responder com empatia, o funcionrio fica a
vontade para descarregar essas emoes.
Mesmo que estiver escutando a mesma histria de sempre, no faa julgamentos precipitados
nem demonstre que no acredita. Voc no obrigado a concordar com o que est
ouvindo.
Descreva a medida disciplinar que ser adotada e porque ela necessria. Caso seja a
primeira discusso, refira-se gravidade da falta.
Tenha certeza de que o funcionrio entende que a medida disciplinar entra em vigor
imediatamente. Na maioria dos casos, voc confirmar a medida pro escrito.
Deixe claro que cabe ao funcionrio evitar as consequncias futuras, resolvendo o problema.
Passe rapidamente para o passo crtico 5 para focalizar a soluo do problema.
Sua meta corrigir o problema. Mostre que quer ajudar. Isso manter a auto-estima do
funcionrio.
Faa um resumo dos objetivos a atingir e pea ajuda para identificar os passos necessrios
para a sua realizao.
Marque uma data razovel para follow-up e verificao do progresso. Assim voc demonstra
uma inteno sria de solucionar o problema e a disposio de fazer o que puder para apoiar
os esforos do funcionrio.
Termine a reunio em tom positivo. A no ser em casos extremos, esta uma discusso voltada
para o futuro.
107
Gesto de Pessoas
Se for a terceira ou quarta discusso disciplinar e voc sentir que a demisso a nica soluo,
desconsidere este passo crtico.
EXERCCIOS
Situao 1
Medida: Voc est em uma reunio com o Joo, que vem apresentando um problema de
frequncia nos ltimos meses. J tiveram trs reunies a respeito desse problema, sem resultados.
Voc o considera um bom tcnico e agora est mudando o horrio de entrada dele, para ele
entrar 30 minutos mais tarde. Mas, para isso, vai alterar o horrio de Ana, que tambm mora muito
longe, para ela cobrir a ausncia de Joo no incio do expediente.
Histrico: H trs meses voc se reuniu com Joo para falar de seus atrasos (em mdia 20 minutos,
trs vezes por semana). Na ocasio, ele disse que o fato de marar numa cidade vizinha estava
atrapalhando. Voc o lembrou que, na poca de sua contratao, ele disse que isso no seria
problema. H dois meses tiveram outra renio sobre a falta de melhora. Voc avisou Joo das
possveis consequncias. Mesmo assim nada mudou, e no ms passado voc se reuniu novamente
com ele para avis-lo de que estava chegando a um ponto intolervel e que iria tomar alguma
atitude se o problema persistisse.
Justa ( )
Injusta ( )
Por qu?
Situao 2
Medida: Eliane trabalha no seu setor h trs meses e durante este perodo no conseguiu alcanar
a taxa de produo padro. Vocs j discutiram o problema vrias vezes. Hoje tero outra reunio.
Voc acha que no tem escolha, ter que demiti-la.
Histrico: Eliane recebeu o treinamento padro quando veio para o setor. Depois do treinamento,
sua taxa de produo era de 70 peas por dia, quando o padro 100. A taxa mdia de 95 a
110 peas por dia. Nos ltimos trs meses a taxa de Eliane variou entre 75 e 85 peas por dia. Voc
j chamou a atencao dela vrias vezes sobre o assunto, mas no houve melhora.
Justa ( )
Injusta ( )
Por qu?
108
Gesto de Pessoas
Situao 3
Medida: Brito um de seus funcionrios mais graduados. A semana passada ele gritou com o vicepresidente durante uma discusso, fazendo uma cena terrvel. Voc vai se reunir agora com ele para
discutir o incidente. Seu plano ressaltar, mais uma vez, a necessidade de evitar essas exploses.
Observao: Investigando o assunto, voc descobriu que Brito no tinha motivos para discutir. Seus
dados estavam incorretos e ele no ouviu o ponto de vista do vice-presidente.
Histrico: Esta no a primeira vez que Brito age dessa maneira. Aconteceu algo parecido h
quatro meses e, na ocasio, ele perdeu a cabea na frente de clientes. O resultado foi a perda de
uma conta importante. Voc falou com Brito, oferecendo-se para ajud-lo a traar um plano para
acabar com essas atitudes tempestuosas. Educadamente ele recusou sua oferta.
Justa ( )
Injusta ( )
Por qu?
Situao 4
Medida: Marisa est na empresa h 4 meses e, para no demiti-la, j que ela to esforada e
bem vista pelos colegas, voc far uma troca de setores entre ela e Srgio, o responsvel pelas
aes de Cobrana. O fato de serem profissionais difceis de encontrar no mercado, tambm influenciou a sua deciso.
Histrico: aps quatro meses de experincia voc chegou concluso de que Marisa no vai servir
para o setor de Anlise de Crdito. Ela muito insegura e no consegue se adaptar aos procedimentos do setor. Por outro lado, Srgio tem se mostrado bastante proativo e se adaptou rapidamente ao setor de Cobrana da empresa. H 3 meses, na entrevista, ele j havia deixado claro
que gosta muito desse setor e que no gosta de fazer anlises de crdito, apesar de ter uma boa
experincia nessa rea tambm.
Justa ( )
Injusta ( )
Por qu?
109
Gesto de Pessoas
CASE DO COMPRADOR*
Braga um dos Compradores de sua empresa. Havia trabalhado durante 5 anos como supervisor em uma grande loja de departamento. Foi contratado h 1 ano pelo mesmo salrio que recebia na loja e logo se destacou pela sua competncia em negociar bons preos, fretes e prazos
de pagamento. Alm disso, consegue manter os estoques abastecidos com as quantidades adequadas, mesmo sendo o responsvel por uma linha de matria-prima de maior mix e tambm maior rotatividade. Os outros dois Compradores da empresa, mesmo com tipos de produtos mais
fceis de serem comprados no conseguem ter o mesmo desempenho que Braga.
Entretanto, logo no primeiro ms de trabalho, Braga foi convidado a trabalhar como Representante em outra empresa. Esse sempre foi o seu objetivo profissional: Representante. Porm, no
aceitou o convite porque precisaria mudar para Salvador e viajar constantemente pelo interior
daquele estado e isso o obrigaria a abandonar o curso superior em Marketing, que tambm sempre fez parte de seus objetivos. Alm disso, sua esposa funcionria pblica e no pode deixar o
estado. Foi uma deciso difcil, pois o salrio inicial oferecido era o triplo do salrio de Comprador.
Hoje de manh, numa reunio com Jadiel, seu Supervisor de Compras, ele lhe informou que
percebeu que vez ou outra Braga sutilmente pergunta a representantes e vendedores que o visitam sobre a possibilidade de vir a trabalhar como Representante da empresa deles. Alm disso,
informou tambm que tinha quase certeza ser Braga o causador de boatos sobre dificuldades
financeiras que a empresa estaria passando - o que mentira e que fizeram com que alguns
fornecedores cogitassem diminuir o crdito de sua empresa (voc conseguiu reverter a situao
com diplomacia), e do vazamento freqente de informaes sobre alianas estratgicas, acordos
praticados e negociaes com fornecedores. Esses vazamentos vinham prejudicando sistematicamente o fator surpresa to necessrio no seu negcio. Jadiel baseia-se no fato de Braga sair
frequentemente com alguns desses representantes para happy-hours.
Imediatamente voc decidiu que algo deveria ser feito (bvio!). Mas, o qu? Demitir Braga
sumariamente? Pedir para Jadiel dar um feedback a ele?
Voc lembrou tambm das seguintes alternativas:
Tnia, a Supervisora de Marketing est planejando demitir Raul, um funcionrio mediano
que atua como Assistente de Marketing e que sai antecipadamente com muita freqncia, acumulando trabalho e perdendo prazos. Tnia percebeu que isso sempre acontece aps telefonemas de sua esposa. Seria interessante transferir Braga para o setor de Marketing? (afinal de contas,
ele estuda Marketing na faculdade e a sua experincia no setor de Compras enriqueceria muito o
trabalho naquele setor). E se fizer essa transferncia, como ficar a motivao de Braga?
Voc est planejando colocar mais um representante na regio norte do estado para aumentar as vendas de uma nova linha do seu produto. Provavelmente um trabalho que Braga assumiria com dedicao, j que poderia ganhar at 3 vezes mais e sua peculiar habilidade de
negociao traria rapidamente os resultados esperados.
Voc decide!
110
Gesto de Pessoas
CASE DO VENDEDOR
Solidnio um dos melhores vendedores de sua empresa. Sempre consegue boas vendas,
frequentemente aumenta a carteira de clientes e sugere melhorias nos seus produtos a partir de
informaes que traz do mercado.
Apesar disso, voc percebe que ele no administra muito bem o seu prprio dinheiro. Por maior
que sejam suas comisses, ele sempre est com problemas financeiros. Voc j notou inclusive que
empresas de cobrana j ligaram para a empresa procurando por ele e que ele deixou de fazer
algumas visitas para resolver este tipo de problema.
Na ltima semana, porm, um fato o surpreendeu: Solidnio procurou o seu Diretor Comercial e
disse que conseguiu um novo cliente, e que esse cliente se props a fazer uma grande compra
programada por um ano, desde que fosse feita uma pequena alterao no produto (algo fcil de
ser feito). Essas vendas mensais aumentariam em quase 20% o faturamento total da empresa. Porm, Solidnio disse que s traria o pedido se, nesse pedido, a sua comisso fosse aumentada de
3% para 10%, caso contrrio, entregaria o pedido para o seu principal concorrente, que h tempos
o procura para ser seu vendedor.
Qual a sua deciso?
111
Gesto de Pessoas
Demitir pessoas horrvel. Mas se voc tem uma organizao
aberta comunicao, com claras expectativas e metas de
performance e processos de avaliao freqentes... nesse caso, geralmente, aqueles 10% dos empregados lanterninhas em
performance tm conscincia de sua posio.
Muitos vo embora antes que voc tenha de pedir
Jack Welch
ABAIXO A MEDIOCRIDADE!
H quem diga que apenas 5% das pessoas de um grupo, seja ele qual for, far a diferena e
deixar uma marca para o futuro. No sei sobre as bases desse percentual e ele pode ser exagerado,
mas tenho observado, ao longo da minha experincia, que sempre encontramos nas equipes pessoas
que nada agregam, no meio de outras que se empenham para apresentarem resultados.
Quando h um processo efetivo de avaliao e acompanhamento de desempenho, aliado a um programa de treinamento bem direcionado, com a substituio dos elementos que destoam, quando isso se mostra indispensvel, d para aceitar a presena dos maus profissionais.
Afinal, trabalhando com grupos heterogneos e com competncias variadas, nunca vamos encontrar uma equipe perfeita e acabada.
As equipes so organismos em constante evoluo. Perdem partes que no aproveitam,
mas agregam outras, que devero atender s suas necessidades. Um bom processo de seleo
evitar a entrada de funcionrios inadequados. O acompanhamento identificar as necessidades
de treinamentos e orientaes. Um programa de T&D acertar as arestas. Essas trs engrenagens,
bem calibradas e lubrificadas, ajudam a assegurar um time de alto nvel e com baixo turn-over.
Mas as incompatibilidades sempre existiro e indivduos que destoam do conjunto, mesmo com
todo o esforo descrito acima, sempre surgiro.
O que no d para entender a razo para que tais pessoas sejam mantidas no grupo. A
influncia delas sobre as demais nociva. Para a empresa, trazem mais problemas e prejuzo do
que agregam. Por que permanecem? Por que no so demitidas, uma vez esgotados todos os
meios razoveis de recuperao?
O funcionrio incompetente pode pr a perder todo o esforo de desenvolvimento da empresa. Todo esforo para alavancar a motivao e obter resultados vai por gua abaixo, se a empresa convive sistematicamente com funcionrios ruins e sem recuperao. Por que os outros
haveriam de se esforar, se no precisam apresentar resultados para continuarem trabalhando?
Por que trabalhariam bem, se vo ganhar o mesmo que o incompetente ao lado?
Na maioria das vezes, as justificativas para a manuteno de maus funcionrios so pouco
inteligentes e no convencem.
Pode-se alegar o custo da demisso - mas no preciso ser um gnio das finanas para
saber que a perda que esses indivduos acarretam muito maior do que qualquer despesa rescisria: Perda de imagem; influncia negativa sobre o grupo; prejuzo direto por um trabalho mal executado; perdas por um esforo no aplicado; etc.
Algumas vezes so evocados motivos humanistas - afinal de contas estamos lidando com
seres humanos, no com peas da mquina que se chama Empresa. As consideraes humanistas
s se justificam se estamos tratando com profissionais usualmente competentes, que estejam passando por uma fase particularmente difcil, provocados quase sempre por problemas pessoais. A
esses, cabe o apoio da empresa e toda a ajuda possvel, para que superem o momento mais
complicado e voltem ao padro anterior. Mas o mesmo argumento no pode ser aplicado aos
incompetentes crnicos.
Ter pena desses no fazer justia. Primeiro porque ao premiar a inrcia e o descaso, perpetua-se o vcio. Segundo, porque uma injustia flagrante contra os outros funcionrios, que so
obrigados a se desdobrarem para darem conta do prprio trabalho e das atividades do incompetente. Isso derruba o moral de qualquer time. E, por ltimo, porque tambm se comete injustia
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
112
Gesto de Pessoas
contras outras pessoas, realmente preparadas e dispostas a contribuir, mas que amargam o desemprego porque incompetentes roubam-lhes as vagas de trabalho.
Todo gestor tem por obrigao principal a formao e a manuteno de equipes de alto
nvel e boa performance. E no conseguiro fazer isso convivendo com a mediocridade e deixando de fora profissionais de valor. Alm do mais, a permanncia no time de um ou mais jogadores
despreparados e sem possibilidade de ajustamento, levar derrota - no deles, mas de toda a
equipe.
Jos Loureno de Sousa Neto
rh.com.br
113
Gesto de Pessoas
Como demitir um funcionrio sem causar ressentimento e sem macular o nome da empresa? Como dizer a um profissional com uma funo at ento importante dentro do quadro de funcionrios que a empresa agora no est mais satisfeita com o resultado de seu
trabalho?
Mauro Danezi, gerente geral da Candle Software do Brasil, define como demisso o produto de um defeito de convivncia entre o superior e o funcionrio. Ele acrescenta que ningum
pede demisso da empresa, mas sim do chefe, desconsiderando os casos de pessoas que
largam seus empregos por uma proposta de trabalho melhor. "A empresa geralmente demite
por conteno de despesas ou inadequao do profissional ao papel que ele deveria desempenhar. Muitas vezes as pessoas no percebem que o mercado mudou e que elas tm que ter
novas habilidades para garantir seu emprego, por isso, quando so demitidas, acham que
foram pegas de surpresa".
O momento da demisso pode ser pacfico ou no, dependendo do motivo pela qual a
empresa desiste do funcionrio. Segundo a mesma pesquisa citada no incio da matria, as
cinco razes mais importantes para a demisso so:
falha na obteno dos resultados desejados
falta de competncia tcnica
falta de bom relacionamento dentro da empresa
eliminao do cargo
desonestidade
Mauro Danezi concorda, e acredita que a antiga demisso por justa causa no existe mais.
"No nosso atual momento, as pessoas s so dispensadas quando a empresa j tentou todas as
alternativas para aproveit-la, inclusive a recolocao, e por mais incrvel que possa parecer,
uma empresa tambm demite quando descobre que determinado profissional muito bom
para o cargo que ocupa".
Demisso Traumtica
O processo de desligamento de uma empresa sempre vem acompanhado de um choque, ou para a empresa ou para o funcionrio, e em determinadas situaes esse choque
pode causar traumas. Conforme pesquisa do Grupo Catho, as empresas so cruis em 24% das
demisses. E em 52% dos casos, as empresas exigem que o funcionrio demitido deixe a empresa imediatamente.
A explicao de Mauro Danezi para os traumas ocorridos no processo de demisso est na
iluso que a pessoa tem que ela existe somente por causa do trabalho. Quando o emprego
deixa de existir, ela acredita que no tem razo nenhuma para continuar vivendo. " comum
pessoas que trabalham durante 10 anos ou mais em uma empresa no perceberem que esto
correndo o risco de serem demitidas. Acham que tm lugar garantido ali para sempre."
Mauro alerta ainda que importante ficar atento aos sinais que a empresa costuma dar
de que a relao entre funcionrio e empresa no esto mais se entendendo.
Algumas empresas preferem, em vez de demitir, exercer presso para que o funcionrio se
demita. "J vi superior estipulando metas impossveis para aqueles funcionrios que ele quer demitir, e j vi planos maquiavlicos, onde a empresa mostra projetos e deixa claro, em reunies,
que determinado funcionrio no est includo ali.", exemplifica Mauro. "A pior coisa que um
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
114
Gesto de Pessoas
funcionrio pode sentir que no exerce mais nenhum papel dentro da empresa", complementa.
Demisso sem Traumas
As vezes a empresa tem cautela na hora da demisso, mas mesmo assim pode deixar seu
ex-funcionrio insatisfeito. Vale a pena arriscar e tentar cumprir algumas dicas sugeridas por
Mauro Danezi:
Algum tem que fazer a demisso e, se no tem outro jeito, o funcionrio deve ser chamado para uma reunio particular;
a notcia tem que ser dada olhando nos olhos do funcionrio, e pessoalmente;
O funcionrio dispensado deve ser o primeiro a receber a notcia da demisso;
Se existir amizade entre superior e funcionrio, os dois devem ter uma postura profissional,
deixando claro que aquele momento no ir interferir na amizade dos dois;
Nunca demitir na vspera de um feriado, na sada ou chegada de frias. A melhor opo
a segunda-feira, pela manh, porque assim o funcionrio ter tempo de arrumar suas
coisas, se despedir dos colegas e ter a semana inteira para pensar no que ir fazer;
Na hora de demitir, no tente provar que estava certo nem tampouco justificar sua atitude.
No censure a pessoa que est sendo demitida, apenas aja da forma mais profissional possvel, sem ressentimentos;
Certifique-se de dispor de todas as informaes necessrias sobre auxlio-desemprego,
pagamento de frias no usufrudas, data de resciso e recebimentos, etc;
importante ter sempre o mdico da empresa de planto e, em alguns casos, para profissionais com perfil agressivo, manter o sistema de segurana da empresa alerta;
Se voc estiver conversando com o funcionrio sobre seu desempenho e relatando os
motivos de sua demisso, no necessrio falar sobre cada infrao cometida, que resultou na deciso de demiti-lo. Deixe o funcionrio falar como se sente a respeito da demisso, mas no se sinta na obrigao de apresentar argumentos. Se possvel, tenha esta
conversa na sala dele ou em um lugar neutro, de modo que voc possa se retirar se o funcionrio tornar-se inconveniente ou insistir em negociar sua deciso;
A menos que voc esteja realmente aberto possibilidade de voltar atrs em sua deciso,
sequer discuta esta possibilidade. Isto s serve para dar falsas esperanas ao funcionrio,
prolongando a conversa sem necessidade;
Ao trmino da conversa, voc deve expressar seu desejo de que ele encontre um novo
emprego, para o qual esteja mais bem preparado. No deixe nenhuma dvida de que o
est demitindo. Alguns supervisores ficam to preocupados em no se mostrar severos demais ao demitir algum que a pessoa sequer percebe que est sendo demitida. Seja firme
em sua deciso, mas seja tambm polido.
Demitir um funcionrio de sua equipe talvez seja uma das decises mais desagradveis a
serem tomadas. A menos que ele tenho feito algo imperdovel (como, por exemplo, roubar a
empresa ou ter colocado a vida de algum colega em perigo, intencionalmente), esta uma
deciso que s deve ser tomada depois de vrias tentativas de reabilitao do funcionrio.
Ainda assim existe a possibilidade de que ele se sinta injustiado com a deciso.
Ana Paula Ruiz reprter do Jornal Carreira & Sucesso
115
Gesto de Pessoas
A HORA DA DEMISSO
Sabe aquele futuro que comea a se desenhar e voc tem certeza de que vai se concretizar,
s no sabe quando? A, voc adia at ficar impraticvel e no existir outra sada seno demitir
um dos momentos mais frgeis e desafiadores na vida de um lder. E no h como fugir da responsabilidade de comunicar ao colaborador que ele no far mais parte do quadro de funcionrios
da empresa. Para ajudar voc a se preparar para esse momento, conversei com Mario Persona,
especialista em Comunicao e Desenvolvimento Profissional. Acompanhe!
Quem deve demitir: o RH ou o lder direto do funcionrio? Quando h um relacionamento mais
prximo entre o profissional e seu lder direto, creio que o ideal que haja uma conversa franca,
por mais constrangedor que isso possa ser para ambos. Em qualquer caso o RH deve estar envolvido, pois nem sempre o lder sabe como tratar do assunto ou tem o tato necessrio para uma notcia desagradvel como a demisso. Ele pode ser um tcnico, contudo precisar contar com a
experincia de profissionais especializados em tratar com talentos humanos.
possvel mostrar para o funcionrio um lado estimulante na demisso? Ou o melhor reconhecer que esse um processo desagradvel e desconfortvel? Embora isso seja verdadeiro, e eu
mesmo j experimentei a satisfao de crescer na carreira graas a uma demisso, no algo
que deve ser dito por quem demite, porque alm de pegar o funcionrio em um momento de
fragilidade emocional, vai parecer piegas. Dificilmente, algum consegue dizer algo sentindo na
pele o que isso significa para o profissional que foi dispensado.
Por que importante que o lder seja educado e cordial ao demitir? Por outro lado, pedir desculpas ou
elogiar em excesso pode ser prejudicial? Educao e cordialidade nunca fazem mal, e o lder precisa
entender que ele s est desempenhando um papel circunstancial. Amanh, pode ser ele o demitido
e outro o que demite. Trata-se de um momento de extrema sensibilidade emocional para o funcionrio, e, dependendo da relao que existiu antes, poder no ser conveniente se desculpar ou elogiar.
Se o lder tiver sido um carrasco, um pedido de desculpas poder trazer a memria do outro uma lista
enorme de fatos indesculpveis e a conversa da demisso virar uma exumao de velhos cadveres.
Os pedidos de desculpas e elogios deveriam ter acontecido antes, durante o relacionamento que
tiveram, para no tornar o momento da demisso mais delicado ainda.
Como comunicar para a equipe a demisso de um colega? Informao o melhor antdoto ao
boato. Quando as pessoas no conhecem as razes elas acabam imaginando, e a lenda vira fato.
claro que nem tudo pode ser revelado, principalmente, coisas que poderiam criar uma legio de
simpatizantes favorveis ao demitido e contrrios ao que demitiu.
correto demitir um funcionrio com uma justificativa mais amena ou o lder deve sempre apresentar
o real motivo da demisso, por mais delicado que seja? Geralmente, quando se trata de uma falta
grave o funcionrio sabe o motivo. Quando o caso se relaciona ao baixo desempenho, o lder deve
amenizar, pois no hora de colocar sobre o demitido uma carga ainda maior. s vezes, as limitaes nem so por uma questo de esforo e de nada vai adiantar dizer que o profissional no est
altura da funo. Sermes, nessa hora, tm pouco efeito, porque ele sempre estar pensando nas
contas a pagar e achar que foi uma injustia acontecer justo nesse momento.
O que fazer quando o funcionrio pede demisso? Quando indicativo propor que ele permanea
na empresa? Depende do valor que essa pessoa agrega companhia. Se for algum de difcil
substituio, o jeito negociar sua permanncia. O custo de encontrar outro com o mesmo talento
e trein-lo pode ser grande, alm de ser sempre uma incgnita. importante entender que a negociao no deve necessariamente envolver valores. H casos em que o colaborador est descontente com a funo, algum colega ou chefe, ambiente de trabalho ou no h possibilidade
de crescimento. Antes de qualquer deciso preciso ouvir o que ele tem a dizer.
Espero que essas dicas sejam muito teis e que voc possa demitir sem culpa, mas com o devido
respeito e profissionalismo.
Cleverson Uliana, Redator-chefe da revista Liderana. E-zine novembro/08
116
Gesto de Pessoas
"Quando falamos sobre as necessidades dos seres humanos,
estamos falando sobre a essncia de suas vidas.
A. H. Maslow
MOTIVAO
No se pode falar em competitividade sem que se tenha pessoas competentes e dedicadas tarefa de fazer de sua empresa a melhor do mundo.
Portanto, todo planejamento de crescimento das organizaes deve ser baseado em
aes que levem em considerao este aspecto.
A obra de Maslow representa uma filosofia diferente da natureza humana, uma nova imagem do homem. Essa filosofia baseada em dois pontos fundamentais:
O potencial mental das pessoas (sua maior ou menor velocidade de aprendizado) aleatoriamente distribudo na face da terra. Ele poder diminuir, mas nunca aumentar durante
a vida do ser humano.
Isto significa que ns, seres humanos, temos uma limitao em nossa capacidade de
aprendizado na unidade de tempo. Por exemplo, um menino leva 8 anos para fazer o curso fundamental em qualquer lugar do mundo. E difcil ensinar s pessoas. Isso traz algumas consequncias para as organizaes:
todo programa de educao e treinamento deve ser baseado no lema Educar, Treinar, Fazer. Se difcil educar e treinar as pessoas, s devemos faz-lo quando diante de uma necessidade clara;
como a educao e treinamento so limitados no tempo, deve-se faz-lo por toda a vida do
funcionrio de forma contnua e planejada;
como difcil educar e treinar, conclumos que as pessoas hbeis nas atividades necessrias
sobrevivncia da organizao devem ser retidas na organizao.
A insatisfao um estado natural do homem. Ele fica satisfeito em situaes momentneas, retornando sempre ao seu estado natural que a insatisfao. Se um ser humano
convive com um grupo de pessoas que tm suas necessidades bsicas atendidas ele desfrutar do estado de satisfao mais frequentemente e o grupo de pessoas estar num
estado de sade mental ou com o moral elevado.
Isto significa que impossvel avaliar o grau de satisfao de um grupo de pessoas (moral)
a partir de uma s pessoa, pois esta poder estar satisfeita hoje e insatisfeita amanh. O que
realmente importante o nvel de satisfao mdio do grupo, a que Maslow atribui o nome de
Moral. Este nvel mdio de satisfao a motivao.
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Gesto de Pessoas
MORAL
ZONA DE INSATISFAO
NECESSIDADES BSICAS
ATENDIDAS
ESTADO PROPCIO A
PATOLOGIAS MENTAIS
Uma forma que as organizaes podem utilizar para medir o nvel do moral de suas equipes atravs dos ndices de turn-over, absentesmo, procura aos postos mdicos, ndice de reclamaes trabalhistas, participao com sugestes e melhorias, etc..
Cabe ao lder considerar o moral de sua equipe e procurar construir, ao longo do tempo,
um ambiente de trabalho que todos tenham prazer em trabalhar. A motivao no pode ser conseguida atravs de campanhas ou programas especiais. A motivao pelo trabalho conseguida
pelo gerenciamento conduzido por todos os lderes da organizao por um longo tempo, medindo
o moral e atuando a partir da satisfao das necessidades bsicas.
O ser humano tem necessidades bsicas que devem ser satisfeitas simultaneamente. No entanto, quando o homem est ainda num estado muito primitivo de ter suas necessidades bsicas atendidas, ele dar mais importncia s necessidades fisiolgicas que
s outras e assim por diante. Em cada estgio haver nfase em uma das necessidades,
mas todas estaro presentes sempre.
Portanto, para que a liderana possa manter o moral elevado (alta motivao) de sua equipe necessrio zelar para que as necessidades bsicas humanas sejam atendidas.
Cabe ao lder procurar atender principalmente s necessidades bsicas sociais, de auto-estima e
de auto-realizao. Isso pode ser feito, por exemplo:
elogiando as realizaes
118
Gesto de Pessoas
Observando o diagrama anterior, percebe-se que se voc acha que poder elevar o moral
da equipe apenas elevando os seus salrios, ficar desapontado. As pessoas ficaro satisfeitas por
um pequeno tempo, retornando insatisfao logo em seguida. preciso observar que salrio
um meio para se satisfazer somente s necessidades fisiolgicas. No entanto, para manter o moral
elevado, necessrio satisfazer todas as necessidades simultaneamente.
NECESSIDADES BSICAS
DO HOMEM
SIMULTANEIDADE DAS
NECESSIDADES
AUTO-REALIZAO
Fi Se So Es AUTO-REALIZAO
AUTO-ESTIMA
Autoconfiana, reputao,
reconhecimento
Fi
Se So
AUTO-ESTIMA
Re
SOCIAIS
Sentimento de aceitao,
amizade, pertencer ao grupo
Fi
Se
SOCIAIS
Es
Re
SEGURANA
Proteo sua e da famlia,
estabilidade no lar e no emprego
Fi
SEGURANA So
Es Re
FISIOLGICAS
FISIOLGICAS
Sobrevivncia, alimentao,
roupa e teto
119
Se
So Es Re
Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
AUTO-ESTIMA
ASSOCIAO
ASSOCIAO
FATORES DE
HIGIENE
SEGURANA
FISIOLGICAS (bsicas)
Luis Antonio Pasquetti, doutorando em Historia (UnB), Mestre em Administrao PUC/SP(1998), Professor da
FASA/UniCEUB,curso Administrao.
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Gesto de Pessoas
Para se fazer grandes coisas no se deve estar acima dos homens,
mas junto deles - Charles de Montesquieu
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Gesto de Pessoas
"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma
pessoa de sucesso. O sucesso conseqncia
Albert Einstein
Se voc quer que algum se atire num rio, precisa oferecer algum incentivo para que essa
pessoa o faa. E os gerentes, sempre procurando formas de motivar equipes, costumam pensar
imediatamente em recompensas financeiras. A lgica do incentivo indiscutvel: as pessoas precisam de uma razo para fazer as coisas e no se ouse pensar em altrusmo, porque assim como as
empresas existem em funo do lucro, os profissionais trabalham pela remunerao. Gerentes
sabem que precisam dar incentivos para motivar pessoas e vivem procurando jeitinhos para dar
alguma coisa que resulte em que a equipe apresente os comportamentos desejados. Funciona
assim em todas as empresas.
Embora soe lgico, isso no totalmente verdade, porque existem alternativas para os incentivos. Que no somente so desnecessrios, como muitas vezes ineficazes, porque a lgica que
reside por trs deles est errada. E enquanto os gerentes no entenderem porque essa lgica est
errada, continuaro a cair na armadilha do incentivo.
Pular num rio no uma boa analogia para o que esperamos de uma equipe. Este o insight crucial que revela porque os incentivos falham. Esperamos da equipe que faa a coisa certa.
E isto requer bom senso e comprometimento pessoal para desempenhar o trabalho corretamente.
Existem centenas de estudos que mostram que os incentivos no so a maneira certa de
encorajar o bom senso nem o comprometimento pessoal. At porque, alm de no incentivar boas
atitudes, os incentivos podem encorajar coisas erradas. Pague algum para que leia um livro e ele
perder o interesse pela histria. Pague algum para parar de fumar e ele mentir que parou de
fumar e passar a faz-lo escondido de voc.
Mas o fato de entendermos que os incentivos so contraproducentes no nos
ajuda. Precisamos de uma alternativa, e para chegar l necessrio entender a motivao humana.
Por que razo as pessoas se associam ao Rotary Club ou outra organizao voluntria qualquer? Qual o incentivo delas? Talvez porque possa ajudar na carreira, ou talvez porque gostem,
ou talvez porque se sintam bem ajudando outras pessoas. O que h para ser notado aqui quo
vago o conceito de incentivo se torna. No devemos acreditar em altrusmo puro e simples, mas
tambm no h lgica em acreditarmos em uma ligao clara entre mudanas de comportamento e recompensas financeiras. Para a maioria dos comportamentos, os motivos so em geral
difceis de serem apontados. Nas atividades profissionais, a motivao humana baseada no hbito, no senso de fazer a coisa certa, no senso de que pode ser bom no futuro, ou porque divertido.
disso que um gestor precisa se dar conta quando pesquisa uma alternativa para incentivos.
Uma empresa na Malsia desenvolveu uma base de conhecimento. Para que funcione,
preciso que os gerentes de projeto a atualizem regularmente. No comeo havia a preocupao
de que ningum o faria, j que no havia incentivo. No entanto, qualquer gerente experiente pode imaginar o que aconteceria se introduzisse o hbito de aplicar recompensas em dinheiro: se
fossem pequenas, as pessoas as ignorariam; se fossem polpudas, as pessoas colocariam qualquer
tipo de lixo no banco de dados s para receber a recompensa. E, finalmente, esse tipo de recompensa criaria uma cultura de exigir pagamento meramente por executar a obrigao. Querem
que eu treine um novo membro da equipe qual a recompensa? Querem que eu ajude com o
grmio recreativo o que eu ganho com isso? Uma alternativa o castigo. Ajude com a base de
dados ou vai receber uma avaliao ruim. E que tipo de resultado essa atitude permite alcanar?
Punio no uma boa ferramenta para motivar pessoas embora seja uma maneira tima de
convencer as pessoas a pularem no rio.
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
O que uma pessoa mais deseja que os outros a amem.
Se ningum a amar, que os outros gostem dela. Se ningum gostar,
que os outros a respeitem. Se ningum respeitar, que os outros a admirem. Se
ningum admirar, que os outros a temam. Se ningum temer,
que os outros a odeiem. Mas o que ningum quer ser ignorado
Ditado Noruegus
Todos ns desejamos ardentemente que a vida nos conceda duas coisas: sucesso e felicidade. Somos todos diferentes uns dos outros. O conceito de sucesso pode variar de pessoa para
pessoa, mas existe um fator muito importante e decisivo para o sucesso de todos os homens: ningum pode obter a realizao e a felicidade sozinho.
na convivncia com o seu semelhante que o homem encontra as bases de sustentao
para ser feliz. Mas esta convivncia nem sempre fcil. Ao mesmo tempo em que nossos relacionamentos nos abastecem de gratificao, por meio deles que experimentamos nossas agruras e
aborrecimentos.
Todos j encontramos pela frente aquelas pessoas difceis de suportar e que sempre mostram aos outros sua faceta mais negativa. Pode ser um chefe, um colega, um subordinado ou at
um parente ou conhecido. So as malas sem ala. Apesar de serem irritantes e despertarem em
ns, s vezes, os piores sentimentos, a verdade que elas esto aqui para ficar, e a sada aprendermos a maneira certa de carreg-las.
Nunca se esquea de que ningum muda ningum, mas voc pode mudar a sua maneira
de receber e dar sentimentos para as pessoas. Para lidar com pessoas difceis use o preceito de
Eleanor Roosevelt: Ningum pode faz-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento.
Se todas as pessoas que cruzassem o nosso caminho nos mostrassem o seu melhor lado, no
haveria problemas. muito fcil construir relacionamentos com aqueles que se encontram nas mais
altas esferas evolutivas. Geralmente so pessoas plenas de amor, dispostas a reparti-lo sem cobrar
retorno ou reconhecimento. So humildes e sempre prontas a servir ao seu prximo. No patamar
em que a maioria da humanidade se encontra, essas criaturas se destacam nas grandes causas
humanitrias, e quando deixam a vida, seu lugar fica irremediavelmente vazio.
Segundo estudiosos, os seres humanos de todos os continentes possuem quase que na sua
totalidade quatro caractersticas bsicas:
1- Todos tm sede de alimentar o prprio ego. Necessitam aumentar sua auto-estima.
2- Todos esto mais interessados em si mesmos do que em qualquer outra coisa.
3- Todos querem se sentir importantes e chegar a ser algum.
4- Todos desejam ter a aceitao dos outros para poderem ento se aceitar.
Quando encontramos pessoas que possuem alta dose de auto-estima, fica fcil nos darmos
bem com elas. Geralmente so leves, generosas, tolerantes, dispostas a escutar as idias dos outros, possuem jovialidade nas atitudes. como se estivessem saciadas de auto-estima e por isso
podem se dar ao luxo de suprir, em grande quantidade, a carncia das outras pessoas. Como se
gostam e se aprovam, aceitam s vezes correr alguns riscos ao se submeterem avaliao dos
demais.
Admitem, sem nenhum problema, que no so perfeitas, que cometem erros, que se equivocam.
Podem ser criticadas, pois a crtica no abala a sua slida e elevada auto-estima.
Quando surge a nossa frente algum com baixa auto-estima que a coisa se complica sobremaneira. Isso porque estas pessoas so o estopim para criar situaes de brigas e desentendimentos. Se esta pessoa tiver um baixssimo nvel de auto-estima ento, ser inevitvel que a atitude
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Gesto de Pessoas
mais insignificante do mundo se transforme numa ameaa. Um simples olhar ou um gesto podem
ter um efeito devastador sobre ela.
Os arrogantes, briguentos e prepotentes tm um baixo conceito de si mesmos, por isso tm
uma necessidade enorme de aumentar a sua importncia como pessoas, e conseguem isso diminuindo os outros. Eles tambm tm muito medo. Esse medo faz com que se sintam extremamente
vulnerveis. Eles trazem consigo a convico de que qualquer humilhao vinda de voc os deixar completamente destrudos. Presumindo o ataque iminente, preferem no se arriscar, e atacam
primeiro, procurando rebaixa-lo.
As pessoas mais hbeis em relaes humanas sabem lidar muito bem com estes tipos. Primeiramente aplicam diariamente os preceitos ensinados por Deepak Chopra em seu livro As Sete
Leis Espirituais do Sucesso: "Hoje no julgarei nada". D a si prprio e aos outros a liberdade de ser
o que so.
Percebendo que as pessoas que agem assim carecem de auto-estima, voc estar melhor
preparado para um relacionamento produtivo com elas, se no agravar a situao em que se
encontram. Vena o impulso quase natural de desprez-las ainda mais. Evite comentrios que
possam soar como deboche, observaes sarcsticas e cortantes. No adote posies polmicas
e faa tudo para se esquivar de qualquer confronto, principalmente os de opinio. No se esquea tambm de jamais falar mal destas pessoas para colegas de trabalho ou conhecidos de ambos, pois tomando conhecimento de seu comentrio se transformaro em suas eternas inimigas.
Desarme o gatilho usando um elogio sincero. No exato momento em que o
mala estiver preparado para odi-lo, faa-o gostar de voc. Expresse seu apreo por qualquer
coisa que ele faa bem, fale sobre seus interesses e oferea sugestes teis. Quebre o ciclo de
antagonismo. Raiva gera raiva. Intimidao gera intimidao e retaliao tambm. Pergunte-se:
Como posso virar este jogo e ao mesmo tempo fazer com que esta pessoa fique minha amiga?
A nica forma de lidarmos bem com as malas sem ala fazendo-as gostarem mais de si
mesma. Quando voc aprender a alimentar o ego das pessoas elas jamais se entraro em conflito
com voc.
Afaste o medo destas pessoas aproximando-se delas com autoconfiana. Nunca demonstre medo, mas tambm no deixe transparecer nada de agressivo em suas atitudes. Chegue sempre perto delas sinalizando que vem em paz, que amigo e que jamais ser uma ameaa para
elas. O sorriso, o tom de voz equilibrado e o elogio colocado na hora e na dose certa funcionaro
como verdadeiros passes de mgica, aplacando qualquer indcio de agressividades destas
bombas de dinamite.
A segunda caracterstica que os seres humanos possuem a que os faz estarem primeiro mais
interessados em si mesmos que nos outros. Portanto, quando voc quiser persuadir uma pessoa a fazer
algo, dever sempre dar uma razo que enaltea o ego dela. Isso funciona com todas as pessoas, em
todos os nveis: crianas, executivos, operrios ou reis.
Voc sempre deve dar ao outro uma razo para ajud-lo, mas esta razo deve contemplar
sempre algum benefcio para ele e no s para voc. As pessoas tornam-se automaticamente cooperativas quando sentem que ganharo com isso. Sempre devemos procurar encontrar uma razo pela
qual as outras pessoas queiram fazer algo, e elas faro.
Outra caracterstica muito importante no homem que um dos seus desejos universais se
sentir importante, ter sua dignidade confirmada pelos outros, ser valorizado e reconhecido. Todos
desejam isto, at mesmo os artistas famosos ou os mais ricos e aparentemente bem-sucedidos.
Por esta razo, o indivduo no consegue manter por muito tempo seus sentimentos de dignidade e valor, to necessrios ao seu bem-estar, se todos aqueles que cruzam o seu caminho o
tratam como se fosse um Nada ou um Ningum. As boas maneiras e a cortesia so as ferramentas mais importantes para demonstrarmos que reconhecemos a importncia da outra pessoa.
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Gesto de Pessoas
Quando voc se mostra avesso a ouvir o que os outros tm a dizer, quando no olha para a
pessoa que fala com voc, quando no trata esta pessoa pelo nome, depois de j ter conhecimento dele, quando cumprimenta com a mo mole, quando quer impor suas opinies, quando
mede as pessoas de cima abaixo com o seu olhar, quando deixa que esperem por voc sem lhes
dar nenhuma justificativa, estar sinalizando com estas coisas aparentemente pequenas que no
considera a outra pessoa importante.
Saiba que os pressupostos da etiqueta, ao contrrio do que muitos pensam, no esto distantes do dia-a-dia das pessoas e no se restringem somente a ensinar o manuseio correto de copos e talheres. Com eles voc estar construindo as bases para o edifcio de seus relacionamentos
em todos os nveis.
Como no est escrito na testa de ningum o nvel de auto-estima que cada um possui,
encontrando-se com algum que carece dela, automaticamente voc estar criando um cenrio
favorvel a brigas e desentendimentos.
Mas reconhecer e demonstrar que considera todas as pessoas importantes deve ser algo
verdadeiro dentro de voc. No pode ser falso, da boca para fora. Ningum consegue todo o
tempo fingir aquilo que no sente. Os que fazem gentilezas mentirosas logo so percebidos pelos
seus pares como pessoas medocres e bajuladoras. No isto que voc deve ser.
Desenvolva um real interesse pelas necessidades das outras pessoas, aprenda a prestar
ateno nas outras pessoas e jamais queira se colocar perante elas como sendo voc o mais importante. Por isso, o principal H do profissional de sucesso a humildade. Sempre que voc conseguir inculcar no outro a idia de que o considera importante, ter marcado um tento nas
relaes humanas. Voc tambm se tornar muito mais capaz de carregar os malas sem ala.
Voc tambm pode aprender a controlar as emoes destas pessoas consideradas difceis. Se decidir previamente que ter uma conversa difcil, bem possvel que voc se aproxime
de uma forma hostil, com os punhos fechados, pronto para brigar. Assim voc prprio monta o
cenrio no qual a outra pessoa vai agir. Ela agir segundo o seu roteiro.
Quando nos relacionamos com as outras pessoas, vemos nossas prprias atitudes refletidas
no comportamento dos outros. como se estivssemos diante de um espelho. Quando sorrimos, a
pessoa do espelho tambm sorri. Quando fechamos a fisionomia, o outro tambm fecha. Nosso tom
de voz tambm pode pilotar o do outro. Se algum gritar com voc, responda num tom equilibrado. Isto far com que o outro baixe o tom.
Procure plantar dentro de seu corao e de sua mente a empatia, aprenda a trocar de lugar com o outro. No tome as ofensas que receber dos outros para si. A resoluo de conflitos
uma atribuio humana. para isto que voc est aqui na escola do planeta Terra. Por isso voc
s cresce no convvio com o seu semelhante. Mas voc s conseguir construir relacionamentos
slidos e bem-sucedidos se mentalmente e emocionalmente estiver sintonizado com a compaixo.
Quando algum cruzar o seu caminho, saiba que no ser por acaso, voc certamente ter algo a compartilhar com esta pessoa. Dizem os grandes mestres que na vida no temos amigos
nem inimigos, todos so nossos instrutores.
Maria Aparecida A. Arajo consultora do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear.
Artigo do Jornal Carreira & Sucesso - 21 de outubro de 2005 - 283 edio
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Gesto de Pessoas
"Estar no poder como ser uma dama. Se tiver que
lembrar s pessoas que voc , voc no .
Margaret Tatcher
FONTES DE PODER
Francisco Bittencourt
O estudo das fontes de poder indica um conjunto de seis estilos, a serem considerados pelos
gestores e pelos que exercem posies que impliquem liderana de grupos ou de equipes produtivas:
Poder de recompensa
Poder de coero
Poder da legitimidade
Poder legitimado
Poder da informao
Poder do conhecimento
Poder pessoal ou poder de persuaso
Este conjunto de fontes de poder, aliados ao uso da autoridade decorrente do cargo ou posio exercida, e a prtica da influncia decorrente da situao existente podem levar consolidao da busca de resultados, do exerccio da liderana e de processos negociais.
Poder de recompensa - O poder de recompensa o poder que permite a possibilidade de trocar,
de fazer concesses, de barganhar durante o processo de busca de resultados, de exerccio da
liderana ou de negociao.
Sob este aspecto, alguns cuidados so fundamentais:
Estar consciente de que h disponibilidade para oferecer algo em troca do que se pretende
obter.
Estar seguro do que se pretende obter de um interlocutor, em troca do que se pode e se quer
oferecer.
Conhecer o valor real de tudo o que se tem para oferecer, sabendo o quanto custa para si;
conhecer tambm o quanto vale para o interlocutor, o que se tem para oferecer.
Saber o valor do que se pretende obter, em troca do que se vai oferecer; neste ponto importante saber quanto custa para o interlocutor e quanto vale para si.
Poder da coero - O poder de coero um recurso vlido na ao de busca de resultados,
desde que usado no como intimidador, mas como um verdadeiro restaurador do equilbrio na
relao produtiva busca de resultados, exerccio da liderana e na negociao.
O poder de coero pode ser um recurso extremo, que no deve ser usado como obstculo
na ao, mas to somente como um agilizador.
O poder de coero se caracteriza pelas manifestaes por meio dos quais consegue-se reduzir
ou reverter um quadro extremamente favorvel a qualquer dos envolvidos.
Nas negociaes que envolvem, por exemplo, sindicatos e empresas, um exemplo tpico do
poder coercitivo, pode ser visto assim:
uma declarao de greve, por parte dos trabalhadores;
uma deciso de demitir pessoal, por parte da empresa;
um boicote as aes da empresa, por parte dos trabalhadores;
um corte de benefcios, por parte da empresa.
Numa negociao comercial, o poder de coero pode ser manifestado de formas diversas:
uma suspenso de compra de um determinado bem ou servio;
a perspectiva de troca de fornecedor ou de cliente;
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
John Gottman em seu livro Inteligncia Emocional e a arte de educar nossos filhos enfatiza e
analisa a base de poder como o elemento de relao entre pais e filhos, que permite aos pais
colocarem limites na educao de seus filhos.
Esta colocao de limites algo que toda criana quer e sente necessidade. importante
que os pais encontrem o caminho adequado para estabelecer esta base de poder na educao
de seus filhos.
Pais que usam como base de poder a ameaa, a humilhao e o castigo fsico, provavelmente vo encontrar nos filhos o desejo de vingana e no a vontade de agrad-los.
Da mesma forma, pais permissivos, que sentem que no tm nenhuma base de poder com os
filhos, vo encontrar srias dificuldades na educao familiar.
Para os pais preparadores emocionais a base de poder o elo que existe entre eles e seus filhos. O respeito e a afeio so de grande importncia neste processo.
crucial desmerecer e humilhar a criana quando se quer corrigi-la. Uma relao familiar deve ser baseada na confiana e no na intimidao.
Pais acostumados a agredir seus filhos e humilh-los para corrigi-los podem modificar esta postura desde que se dediquem a esta mudana.
Trs aspectos so essenciais para quem quer fazer esta mudana na relao com os filhos:
1- Todos os sentimentos so permissveis mas nem todos os comportamento o so.
2- A relao pais-filhos no democrtica. Cabe aos pais determinar os comportamentos permissveis.
3- Com os filhos adolescentes e pr adolescentes os pais podem discutir diretamente estas questes de base de poder. Devem estabelecer as regras e quais as conseqncias da transgresso
a partir de uma negociao respeitosa.
Os pais no devem e no podem ter medo de serem firmes, pois como pessoas mais amadurecidas sabem melhor quais so os comportamentos de risco.
Pesquisas mostram que a criana cujos pais sabem com quem ela anda, o que ela faz e por
onde anda menos sujeita a comportamentos de risco, a usar drogas e cometer delitos e crimes
futuramente.
Se necessrio, estes pais devem recorrer terapia familiar. O desenvolvimento natural do ser
humano uma grande fora positiva. O crebro de uma criana naturalmente programado
para procurar segurana, amor, conhecimento e compreenso.
Os filhos desejam ser afetuosos e altrustas. Desejam explorar o que os cerca, saber o que certo e o que errado. Querem acertar e os pais, com todas as foras naturais do seu lado, podem
confiar nos sentimentos dos filhos e devem saber que no esto ss neste processo. Devem estar
cientes de que preparar um filho emocionalmente requer um trabalho interior constante, e mesmo
nesta loucura de vida que levamos imprescindvel acharmos um tempo para nos dedicarmos a
este trabalho.
Estabelecer e manter uma adequada base de poder na relao com os filhos o fio da meada para todo o preparo emocional que podemos oferecer a eles.
Varuna Viotti Victoria pedagoga.
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"Quem quiser ser grande seja vosso servo; e quem quiser ser o
primeiro seja o escravo de todos. Eu no vim para ser servido.
Eu vim para servir e dar a minha vida para a salvao
Jesus Cristo segundo Marcos 10,35-45
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Como admirvel o lder que no perde o corao por causa do poder! Como louvvel o lder que usa a
fora do seu poder para produzir e transmitir paz, confiana, bom humor e felicidade dentro da sua organizao
sem o menor prejuzo capacidade produtiva da mesma! E claro que estes existem eu mesmo desfruto da
amizade de alguns deles.
Tenho certeza de que voc tambm conhece presidentes de empresas vencedores - que cumprimentam
do porteiro ao vice-presidente, com a mesma espontaneidade, simplicidade e entusiasmo, sem que, com isso,
percam um milmetro da sua autoridade. Pelo contrrio, ganham em afeto, admirao e respeito. E mesmo em
outros nveis hierrquicos diretores, gerentes, chefes, supervisores, encarregados , aos quais se aplicam os mesmos
conceitos, h aqueles que igualmente tratam o prximo com a simplicidade dos vencedores, dos verdadeiramente poderosos, dos que tm a serena certeza da sua importncia, da sua competncia e da sua misso.
Claro, h os outros infelizmente em maioria, at. Justamente por isso o mundo corporativo anda to conturbado. Mas eu no tenho a menor dvida de que a simplicidade vencer e a muito curto prazo. Cada vez mais sou
chamado por empresas para falar sobre o gerenciamento de resultados e sentimentos. Ah, e com que prazer eu o
fao! Pena que eu no consiga operar milagres e produzir transformaes comportamentais com a velocidade
que gostaria. Mas bem que eu tento: diariamente peo inspirao ao nico guru que conheo e que, na Sua
breve passagem pela terra, deixou como exemplo o mais eficaz e duradouro modelo de uso do poder e
simplicidade que a histria j conheceu.
Floriano Serra psiclogo, palestrante e consultor de empresas na rea comportamental e presidente do IPAT
- Instituto Paulista de Anlise Transacional - e da SOMMA4 Desenvolvimento Pessoal e Organizacional
"Ouvir um acontecimento raro entre os seres humanos. Voc no pode ouvir as palavras que a outra pessoa est falando se estiver
preocupado com sua aparncia ou em impressionar o outro, ou tentar
decidir o que ir dizer quando o outro parar de falar, ou discutir se o que
foi dito verdadeiro, ou relevante, ou agradvel.
Tais assuntos tm sua importncia, mas somente aps ouvir a palavra
sendo pronunciada. Ouvir uma arte de amar primitiva na qual uma
pessoa se entrega a palavra de uma outra pessoa, tornando-se
acessvel e vulnervel a essa palavra."
William Stringfellow, filsofo
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Gesto de Pessoas
"Os tolos assumem para si o respeito que dado ao cargo que ocupam"
Esopo
EMPOWERMENT
Poder. o que todo mundo quer e ningum parece ter o suficiente. Lderes mundiais, donas de casa,
executivos, amantes, . . . O desejo de poder inerente natureza essencial e fundamental nossa sobrevivncia. Sem ele, nada teramos realizado.
O homem da caverna inventou o fogo, Napoleo conquistou a Europa e Alexander Graham Bell inventou o telefone, todos pela mesma razo. Cada um queria mais poder sobre o seu mundo. Essa busca universal
do poder ajuda a moldar a histria. uma das foras motrizes que existem por trs de todo esforo humano. E
em nenhum lugar a busca de poder mais evidente do que no ambiente de trabalho. Alguns profissionais
podero utilizar o poder visando vantagens pessoais; outros, o benefcio da empresa. O fato que sem poder
so incapazes de atingir algo significativo.
Portanto, a pergunta de que maneira conseguimos mais poder?. Para responder, precisamos primeiro
como funciona o poder. Funciona sob o mesmo princpio que o amor: quanto mais a pessoa d aos outros,
mais recebe em troca. Infelizmente muita gente julga haver um estoque limitado de poder; que dar poder a
uma outra pessoa significa diminuir o seu prprio poder.
Poder no se d, poder se conquista; poder no se impe, poder se cultiva. O segredo para alcanar o
sucesso como lder e como organizao consiste em aprender a liberar o potencial oculto das pessoas. Consiste em ajudar os trabalhadores em todos os nveis, do faxineiro ao executivo, a sentir o seu prprio poder.
Quando pensamos na palavra poder, muitas imagens nos vm mente. Muitas pessoas associam poder a temor como algo que vem de cima para control-las, inibi-las. O verdadeiro poder, entretanto, funciona exatamente de maneira oposta. Ele flui de baixo para cima, e no de cima para baixo. O poder supremo
no provm da intimidao das pessoas pela fora bruta, mas da libertao delas de modo que sejam tudo
o que podem ser. Um lder maximiza o seu prprio poder e oportunidades de sucesso quando d s pessoas
que trabalham com ele condies para alcanar um sentido de poder e sucesso.
Em busca da autonomia, envolvimento e solidariedade
Estilo de gesto baseado no fortalecimento de pessoas e de equipes de trabalho, envolvendo tambm
aspectos de liderana, motivao e desenvolvimento. Assim definido o Empowerment, cujo conceito surgiu
por volta dos anos 70, provocado por consultores focados no comportamento organizacional, e que somente
agora atingiu seu apogeu. Trata-se de uma maneira envolvente de lidar com as pessoas e equipes para
proporcionar alavancagem na gesto da mudana organizacional e na busca de flexibilizao e resultados
promissores", explica um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na rea de administrao de
empresas e RH, Idalberto Chiavenato, mestre e doutor em Administrao pela City University of Los Angeles. E
completa: "o Empowerment cria as condies bsicas para o alcance daquilo que chamamos de solidariedade dentro da empresa. Uma relao mais humana de trabalho em que as pessoas se sintam privilegiadas e
impulsionadas por uma maneira elegante e democrtica de lidar com elas. Afinal, uma organizao nada
mais do que um conjunto articulado e integrado de pessoas que colaboram entre si para o alcance de
objetivos gerais. Colaborao essencial para o sucesso da empresa. Ainda mais na Era da Informao em
que o conceito de empresas est mudando radicalmente. Antes, eram conjuntos articulados de recursos
organizacionais para alcanar objetivos organizacionais. Hoje, so conjuntos integrados e articulados de
competncias, sempre atualizadas e prontas para qualquer oportunidade. De um mundo fsico e concreto
(recursos), as empresas esto hoje atuando em um mundo cada vez mais intangvel e invisvel (competncias)".
Tendo como principal objetivo colocar as pessoas em primeiro lugar - "quando isso acontece, o cliente,
seja ele interno ou externo, se torna mais satisfeito", comenta Chiavenato o Empowerment faz de quatro
palavras suas metas imediatas: Poder (dar importncia e confiar nas pessoas, delegar autoridade e responsabilidade a elas, proporcionar liberdade e autonomia em suas atividades, fazer com que possam pensar antes
de atuar, refletir antes de executar), Motivao (incentivar as pessoas reconhecendo o trabalho excelente,
permitindo que elas participem dos resultados, recompensando-as pelos resultados alcanados, festejando o
alcance de metas, envolvendo emoo no trabalho), Liderana (orientar as pessoas, definir metas e objetivos
a alcanar, abrir novos horizontes, avaliar seu desempenho e proporcionar retroao em tempo real) e Desenvolvimento (proporcionar recursos s pessoas - treinamento, capacitao, aprendizado, conhecimentos,
habilidades, atitudes, informao constante, apoio e retaguarda -, treinar e desenvolver, compartilhar conhecimento e, sobretudo, criar e desenvolver talentos).
Por ser um estilo de gesto, o Empowerment deve ser aplicado desde a cpula da organizao at a
sua base: presidente e diretores (no nvel institucional), gerentes (no nvel intermedirio ou ttico) e supervisores
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(no nvel operacional) precisam aplic-lo em seu cotidiano. Trata-se de uma revoluo cultural em certas
empresas, pois tem a ver com uma nova atitude gerencial em relao s pessoas e uma nova atitude das
pessoas com relao aos seus lderes", explica o professor. A partir de sua aplicao, o Empowerment proporciona flexibiIidade estrutura organizacional da empresa no sentido de dar prioridade s pessoas e no
arquitetura. "Esta deve funcionar como plataforma para incentivar as relaes interpessoais e no como um
fim em si mesma", comenta Chiavenato. Tambm a partir do estilo de gesto possvel descentralizar o processo decisrio nas empresas, tornando-o mais adequado e ajustado s demandas locais. E mais: revitaliza a
cultura organizacional atravs de maior participao das pessoas nas decises e no prprio negcio da empresa, alm de criar condies e colaborar para o processo de transformar pessoas em talentos. "O capital
humano no constitudo apenas de talentos, mas tambm do contexto organizacional (estrutura + cultura
corporativa + estilo de gesto) em que os talentos trabalham, agregam valor e alcanam resultados. Talento
precisa de um nicho adequado para que possa florescer, desenvolver e acontecer", refora.
O principal resultado da aplicao do Empowerment a mudana radical da atitude das pessoas em
relao ao seu trabalho. Elas passam a ter condies prprias de executar o trabalho com responsabilidade,
autonomia e nveis elevados de excelncia. "Em funo da autonomia concedida, elas podem e devem
melhorar continuamente suas atividades. Chamem a isso de kaizen ou melhoria contnua, mas o importante
a mudana de atitude em relao ao trabalho que fazem. Elas tm autoridade suficiente para agregar melhorias ao seu prprio trabalho e passam a focar metas e objetivos. O trabalho deixa de ser um fim em si mesmo para se tornar um meio no sentido de alcanar metas cada vez mais desafiadoras. As pessoas deixam de
trabalhar isoladamente em cargos para atuar socialmente em equipes. De uma atividade solitria, passam a
uma atividade solidria e de responsabilidade compartilhada. O trabalho individual substitudo pela incluso
social. As pessoas passam a se relacionar com seus clientes internos no sentido de satisfaz-Ios cada vez mais.
O empowerment produz esse tipo de envolvimento, engajamento, participao e satisfao das pessoas",
finaliza.
Informativo REDE DE EXECUTIVOS da Associao das Conveniadas da FGV Maio/Junho de 2006
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Gesto de Pessoas
Os princpios para o Empowerment so descritos a seguir. Baseados em antigas verdades, so idias simples, de bom senso, de fcil compreenso, porm poderosas na sua capacidade de alcanar resultados.
Quanto mais arduamente voc trabalha para aplicar cada um desses princpios s pessoas que trabalham para voc, mais poder ter para alcanar as suas prprias metas e objetivos.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Confie nelas.
9.
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Gesto de Pessoas
Uma pessoa fica extremamente limitada na sua capacidade de utilizar as suas qualidades e
aptides em prol da empresa se no tiver autoridade de coloc-las em prtica. Ela acabar
perdendo o desejo de utilizar suas qualidades se for constantemente bloqueada nos seus esforos para alcanar o sucesso devido falta de autoridade.
Existe sempre a possibilidade de uma pessoa abusar da autoridade que lhe conferida. Na
maioria dos casos, entretanto, prefervel pecar por conferir excesso de autoridade do que
autoridade de menos. Quando as pessoas tm autoridade, tendem a ter mais iniciativa.
Qual o grau de autoridade que se deve dar a um funcionrio ? O suficiente para que ele
cumpra as responsabilidades que lhe foram delegadas. Se uma pessoa ser responsabilizada
pelos resultados que alcana, precisa ter o direito de tomar decises na esfera de suas responsabilidades.
A autoridade um meio de conferir crescimento e orgulho nas pessoas. As grandes organizaes j perceberam isso e crescem, partindo da premissa que o crescimento invivel
quando todas as decises so tomadas pela cpula.
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Gesto de Pessoas
Quando atingem a excelncia, as pessoas no apenas se destacam aos olhos dos outros,
como tambm experimentam a indiscritvel sensao de conseguir o extraordinrio. Elas se
sentem vencedoras. Infelizmente, no ambiente de trabalho de muitas organizaes, esse direito roubado de muitas pessoas. Ningum as desafia ou exigem que faam algo alm de um
trabalho medocre.
Definimos padro como um critrio para medir o desempenho. E vamos considerar quatro
maneiras de medir o desempenho: quantidade, qualidade, custo e tempo necessrio.
Fazer com que as pessoas alcancem a excelncia no tarefa fcil. Principalmente se estas
pessoas estiverem acostumadas a realizar um trabalho medocre. Elas esto satisfeitas, ou pelo menos acham que esto. As pessoas simplesmente no gostam de mudar e lutam contra
isso o tempo todo. Mudana incomoda. Elas tm que exercitar msculos, principalmente os crtices
cerebrais. Lembre-se que isso perfeitamente normal. Faz parte do processo.
No espere que as pessoas passem da mediocridade para a excelncia da noite para o dia.
A sua funo lev-las passo a passo, de forma quase imperceptvel.
Voc saber que atingiu o objetivo quando notar o orgulho das pessoas e quando comearem a cobrar padres mais elevados daqueles que trabalham para elas. Esse o ponto em
que isso passou a ser padro delas e no seu.
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Gesto de Pessoas
MATURIDADE
No uma qualidade rara que faz por si o encanto de uma pessoa;
a harmonia entre todas as qualidades.
Condessa Diane
Maturidade
Talento
Potencial
Talento
Potencial
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Gesto de Pessoas
Quando voc d a uma pessoa uma nova aptido, voc aumenta o valor dela para a empresa. Voc lhe d tambm condies de satisfazer mais algumas de suas necessidades bsicas.
Quanto mais variada a forma de treinar as pessoas, melhor. Veja algumas das mais conhecidas formas: treinamento terico formal; treinamento prtico; reunies de equipe; e orientao individual.
Veja a seguir uma lista parcial de informaes que deveriam ser constantemente dadas a
funcionrios:
metas e objetivos da empresa
planos da empresa e do departamento
informaes de outros setores da empresa
atualizao da evoluo
informaes sobre o ramo de atividade
informaes sobre disciplina
atualizaes profissionais
mudanas iminentes
O lder no precisa passar horas e horas tomando pequenas decises e/ou corrigindo erros
cometidos porque as pessoas no dispunham das informaes necessrias.
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Gesto de Pessoas
Para as pessoas serem bem sucedidas, precisam saber quando e como melhorar o seu desempenho. Muitos lderes no do feedback porque acham que as pessoas sabem quando
esto fazendo um bom trabalho ou no.
Quando as pessoas no recebem o feedback necessrio, no se sentem notadas, admiradas e seguras. impossvel estabelecer uma relao de trabalho eficaz com as pessoas se
no lhes der feedback.
Veja algumas das maneiras pelas quais voc poder dar feedback s pessoas que trabalham para voc:
pequenas reunies, abordando seus pontos fortes e fracos, desempenho e/ou reas em
que podem se superar;
avaliaes de desempenho (formal);
memorandos e cartas personalizadas;
reunies da equipe;
reconhecimento por parte de seus superiores;
pequenos gestos.
fundamental tambm que o feedback seja sincero e adequado a cada pessoa. Alm de
ser na frequncia e intensidade corretas.
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
rincia...", "Pelos anos que tenho na rea...", "Seu trabalho est bom, mas acredito que pode
melhorar...".
4 - Apresente sugestes de como o processo realizado pelo colaborador poderia ter tido um resultado melhor. Apenas dizer que algo no deu certo, sem comentrios consistentes deixa o feedback sem sentido.
5 - Mostre que sempre estar aberto para trocar idias, caso a pessoa tenha dificuldades para
realizar determinada atividade.
6 - Observe como o ouvinte reage s suas colocaes. A expresso facial do colaborador ir orient-lo se o feedback est sendo construtivo ou apenas complicando uma situao que poderia
ser contornada sem grandes "atropelos" de comunicao.
7 - Quem fala tambm deve estar preparado a escutar a outra parte. Uma comunicao unilateral
no surte os melhores efeitos. Por isso, esteja pronto para ver o "outro lado da moeda".
8 - Lembre-se que fazer anotaes, tanto para quem d quanto para quem recebe feedback
importante. Isso porque, depois da conversa nenhum fator importante correr o risco de ser esquecido.
9 - O processo de feedback pede um local reservado, pois isso deixar quem faz parte do processo
mais tranquilo. A presena de terceiros pode causar constrangimento.
10 - Se a organizao no possui em sua cultura a prtica do feedback preciso que seja realizado um processo de conscientizao sobre a importncia do mesmo. Muitos profissionais tm
reais chances de ascenso na carreira, depois que recebem feedback sobre sua atuao na
empresa, pois essa uma oportunidade para identificar os pontos fortes e os que precisam ser
melhorados no colaborador.
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
de feedback para que possamos de fato reter informaes importantes que possam nos direcionar
dentro do nosso processo de desenvolvimento. Essas diferentes formas de agir so tambm fases
normalmente atravessadas pelas pessoas ao receberem feedback. Dessa maneira, normal que
antes de chegar fase de reflexo, uma pessoa atravesse uma ou mais fases anteriores. O tempo
em que a pessoa fica em cada fase, depende do seu grau de maturidade, da sua disposio em
evoluir e do seu comprometimento com seus prprios objetivos e propsito.
Ento, reflita sobre seus comportamentos, hbitos e atitudes. Verifique como voc pode se
tornar ainda mais eficaz, como pode atingir a excelncia e conquistar melhores resultados. Preste
ateno no seu padro de linguagem. Observe como voc se comunica com o mundo. Um dos
mais graves problemas de comunicao que temos o excesso de negligncia com o processo
da fala. Muitas vezes ns s abrimos a boca e deixamos sair todo tipo de verbalizao, por vezes
em formatos improdutivos e no construtivos.
H alguns dias, por exemplo, recebi uma ligao de uma amiga e ao perguntar como estavam as coisas, ela me respondeu: Estou por aqui, correndo atrs do prejuzo. Ao que imediatamente respondi: J que voc est atrs dele, espero que o encontre logo. Foi a forma que
encontrei de faze-la perceber que este um exemplo de linguagem no construtiva. So os chamados slogans limitadores, expresses banalizadas que se instalam por repetio em nosso sistema de comunicao e que produzem de forma, inicialmente assintomtica, efeitos negativos em
nosso sistema de crenas.
Alguns dos slogans limitadores so velhos conhecidos nossos, como:
melhor um pssaro na mo do que dois voando que instala uma crena que impele a
segurana desanimada e impede o esprito de ousadia.
Tudo que bom dura pouco que lhe ensina a aceitar que os perodos de bonana sero
sempre curtos.
Observe que em ambos os casos, a mensagem nas entrelinhas produz um padro limitador
na formao do seu sistema de crenas e muitas dessas crenas podem estar soltas por a, prejudicando sua performance e seu desempenho. De posse destes exemplos, reflita sobre o padro de
linguagem que voc utiliza no seu dia-a-dia. Observe se o seu repertrio construtivo, possibilitador, entusiasta e confiante ou se sofrvel, limitador e negativo. Inicie um processo amplo de gerenciamento da sua linguagem e oua com ateno as suas prprias palavras. Avalie se os seus
contextos de mundo e suas crenas so limitadoras ou possibilitadoras. Acredito que estas percepes o levaro a uma surpreendente viagem de descobertas.
So reflexes importantes e algumas podem ser desconfortveis at um pouco duras - mas,
lembre-se, a rapadura dura, mas doce.
E j que mencionamos tantos slogans, segue um que instala uma crena positiva: gua mole em pedra dura...
Ento continue, siga em frente com a certeza de que a persistncia um comportamento vital para o sucesso.
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Gesto de Pessoas
Uma das funes bsicas do lder fazer com que as pessoas se sintam vencedoras. Quando as pessoas se sentem vencedoras, agem como tal. Quando temos uma sensao boa,
fazemos naturalmente o que for preciso para ter novamente a mesma sensao.
O reconhecimento, assim como o feedback, deve ser sincero, adequado a cada pessoa e
na intensidade correta.
Veja algumas das maneiras pelas quais voc pode reconhecer aqueles que trabalham para
voc:
elogio
promoo
avaliao de desempenho
maior autoridade
carta personalizada
reconhecimento financeiro
arregaar as mangas e trabalhar junto com ela
surpresas
Quando as pessoas se sentem admiradas e de bem consigo mesmas, ficam mais motivadas.
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Gesto de Pessoas
Etiqueta ainda um tema desconhecido por muitas pessoas. Erroneamente associada prtica de comportamentos estereotipados, falsos e superficiais, ela encarada pelos que desconhecem sua verdadeira face como sendo algo que s deve ser aprendido pelos que ambicionam
fazer parte da elite da sociedade, freqentar ambientes palacianos e jantar em mesas com nove
talheres e quatro taas.
A realidade que Etiqueta Empresarial deve ser entendida como Gentileza Empresarial,
Cortesia Empresarial ou Boa Educao Empresarial. Nessa acepo, nada que fizermos para
conquistar uma imagem de Empresa Bem-Educada poder ser considerado suprfluo ou mesmo
frescura.
Preceitos bsicos de uma boa educao so as palavrinhas mgicas do bem viver: Bom Dia!,
Boa Tarde!, Boa Noite!, Com Licena, Desculpe-me e Muito Obrigado. Vamos nos fixar naquela que
considerada a mais importante de todas: Muito Obrigado (para os homens) e Muito Obrigada
(para as mulheres). A palavra que expressa uma de nossas maiores virtudes: a Gratido.
Em todas as religies, a gratido destacada como um dos mais nobres sentimentos que o
homem pode externar e justamente por isso ela abre as portas para o sucesso em todos os setores
de sua vida.
Examinando o que nos diz o grande humanista Gonzlez Pecotche, criador da Logosofia, Da
gratido surgem a nobreza e os sentimentos mais puros, posto que nela reside o mais excelso da
natureza do homem, percebemos que a gratido d origem a uma srie de sentimentos edificantes:
amor, amizade, caridade e fidelidade, dentre outros.
Dentro da gratido no h espao para noes como bajulao ou servilismo. O ato de
agradecer no depende de hierarquia e sempre transitar na horizontal, nivelando quem agradece pessoa que recebe o agradecimento.
Andr Comte-Sponville em seu Pequeno Tratado das Grandes Virtudes diz que a gratido a
mais agradvel das virtudes, privilgio de gigantes, de pessoas felizes, seguras, serenas, que se
permitem emoes.
Mas no das mais fceis. Primeiro porque exige de ns humildade, pois s exercita a gratido
aquele que se despe da vaidade e reconhece o auxlio recebido do outro.
Exige de ns tambm altrusmo, porque aquele que se prende ao egosmo no se permite reconhecer que deve algo a outras pessoas. Acha que todos lhe devem tudo de bom, e ponto final.
A maturidade outro requisito da gratido, pois devemos ser gratos tanto ao que nos faz bem,
como tambm ao que aparentemente nos faz mal.
Habitualmente tendemos a agradecer as coisas e pessoas que nos fazem felizes e que nos do
aquilo que desejamos. Nessas circunstncias o agradecimento mais facilmente externado, embora ainda seja raro. Como clientes, percebemos que raramente algum nos agradece por comprarmos um produto ou contratarmos um servio. Nesses vinte e dois anos em que me dedico ao
estudo do comportamento dos profissionais, rarssimas vezes algum me agradeceu uma venda
antes que eu o fizesse.
So poucas as empresas que agradecem efetivamente, de viva voz e com atitudes, a preferncia dos clientes, no obstante esse agradecimento estar presente no seu slogan.
Em tempos de alta tecnologia vemos sites bem produzidos, com animaes, cores e variadas
ferramentas de marketing. Lamentavelmente os profissionais que trabalham nessas empresas costumam se esquecer do mais elementar: responder s mensagens, agradecendo a visita e resolvendo as solicitaes. Graas a este esquecimento, produzem a cada dia milhares de ex-futuros
clientes.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
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Gesto de Pessoas
Comemorar e celebrar so a mesma coisa? Com o passar dos anos e das geraes, palavras
novas vo surgindo, algumas vo caindo em desuso e outras adquirem novos significados. Penso que
este o caso de celebrao, quando comparada com comemorao, no seu sentido popular.
Comemorao, por exemplo, interpretada e realizada como festa. Comemoram-se aniversrios da nascimento, de casamento, de fundao, prmios obtidos e momentos especiais.
Algumas empresas tm vrias e boas razes para comemorar: lanamentos de novos produtos, metas atingidas ou superadas, prmios diversos, lucros extraordinrios, inaugurao de novas
instalaes, aquisies ou fuses e muitos outros motivos.
Em princpio, a celebrao teria mais ou menos o mesmo sentido da comemorao, mas hoje,
no jargo organizacional, celebrar passa a ter um significado mais profundo, mais interativo, menos
festeiro.
Celebrar compartilhar alegrias e vitrias, sem bandas e fanfarras. Celebra-se de modo discreto, quase silencioso, mas nem por isso menos intenso e verdadeiro. Para serem celebradas, no
precisam ser grandes as alegrias e vitrias, at porque estas no tm tamanho, peso nem altura.
Ou so ou no so. Se so, devem ser celebradas.
Voc celebra, por exemplo, quando manifesta claramente que reconhece a importncia ou a
qualidade de um colega. Em toda pessoa, h sempre um componente que merece ser celebrado,
basta querermos ver e reconhecer. Talvez poucas formas de celebrao sejam to poderosas e gratificantes quanto o reconhecimento por um trabalho bem feito, ou uma atitude digna. Voc pode celebrar juntamente com o colega a alegria dele pela entrada na faculdade, pela compra da primeira
casa ou do primeiro carro, pelo nascimento de um filho, pelo casamento, pela promoo.
Um elogio, um abrao, um gesto carinhoso ou fraternal, um e-mail de afago, um presente, um
alegre telefonema inesperado... celebrao algo que tem muito mais a ver com o corao do que
com a razo, e pode-se faz-la apenas com palavras ou gestos, o que no seria possvel numa comemorao, que est mais para festa. Portanto, so coisas diferentes, mas nem por isso uma mais ou
menos importante que outra.
Uma significativa diferena entre ambas que as comemoraes geralmente tm data certa
para acontecer. As celebraes, no. Podem ocorrer a qualquer momento, em qualquer dia,
basta saber que algum realizou um sonho, superou um desafio, ganhou uma nova competncia
ou est vivenciando algo que o deixa feliz.
Com um abrao caloroso e sincero, voc pode celebrar o encontro dirio com o colega a
cada manh que o encontra no trabalho. As equipes sinrgicas e coesas costumam permutar
celebraes entre seus membros, porque a alegria ou o sucesso de um compartilhado com os
demais. A base de qualquer modelo de gesto que pretenda ser um diferencial competitivo est
diretamente condicionada capacidade dos seus membros em celebrar as alegrias, vitrias e
talentos uns dos outros.
As comemoraes agradam ao ego; as celebraes agradam ao esprito.
Por fim, importante destacar que, mesmo com tantas diferenas prticas, h algo em comum e essencial entre comemorao e celebrao. Algo to fundamental que quem de fato
legitima sua autenticidade: em ambas, comemorao ou celebrao, absolutamente indispensvel a presena do sorriso que sai do corao. Sem isso, estaremos falando de outras coisas, menos de celebrao e comemorao.
Floriano Serra psiclogo, palestrante e Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN Farmacutica e autor do recm-lanado "A Terceira Inteligncia" (Butterfly Editora).
matria includa em: 22/12/2005 no site motivaonline.com.br
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Gesto de Pessoas
VAI EM FRENTE!
O ABC do Desempenho
A = Ativador, Aquilo que d origem ao desempenho.
B = Comportamento, o desempenho que efetivamente ocorre.
C = Conseqncia, sua resposta ao desempenho.
"Vamos comear com o A, o Ativador", disse Anne Marie. "O que queremos dizer com Ativador algo que
estimule o comportamento ou o desempenho desejado. Um Ativador pode ser uma srie de instrues, uma
experincia de treinamento - ou mesmo um chefe gritando. Os Ativadores mais comuns so metas. Em organizaes, peo aos gerentes que me falem sobre as metas de seu pessoal. Em seguida, converso com as pessoas e lhes pergunto quais so suas metas. Em comparao, vemos que os dois grupos so quase sempre
diferentes. Muitas vezes nem parecem semelhantes. Como resultado, as pessoas so criticadas pelos chefes
por no fazerem o que elas nem sabiam que deveriam fazer, para incio de conversa. Essa no uma forma
muito eficaz de gerenciar nem de ser gerenciado.
Todo bom desempenho comea com metas claras. Se os gerentes no trabalham junto com seus funcionrios para desenvolver metas inteligentes e executveis que sejam claras para os dois lados, o seu pessoal
no ter idia alguma do que esperam dele ou o que considerado bom desempenho. Se as pessoas sob
sua superviso no souberem o que precisam fazer, a sua funo como gerente no ter importncia alguma.
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
Ento a letra A, do ABC importante porque impulsiona o desempenho", continuou Anne Marie, "mas essa certamente no a histria toda. Depois de motivar o desempenho que voc deseja, definindo metas
claras, preciso observar o comportamento (Behavior) que o acompanha. isso que o B representa. Com as
pessoas no trabalho, esse comportamento pode ser falar eficazmente com clientes ou atingir metas de vendas. Com os filhos, pode ser limpar o quarto ou fazer dever de casa. Observar o comportamento que ocorre
aps a ativao inicial uma etapa que normalmente no percebida pelos gerentes mesmo quando eles
obtm o desempenho desejado. Assim que as metas so definidas e o treinamento necessrio estiver encerrado, elas desaparecem. Quando isso acontece, no h a menor chance de eles aproveitarem a terceira e
mais importante etapa na gesto do desempenho: o item C, ou Conseqncia - o que acontece depois que
o comportamento desejado obtido. Mas antes de prosseguirmos, deixe-me fazer uma pergunta muito
importante: quando voc faz alguma coisa certa no trabalho, que resposta normalmente obtm?"
Algum expressou: "No acontece nada! Ningum diz nada!"
"Voc est certo", concordou Anne Marie. "A resposta mais freqente que as pessoas recebem por seu desempenho nenhuma. Ningum percebe nem comenta nada at quando?"
Todos na platia sabiam a resposta: quando as coisas do errado.
"Quando eu pergunto s pessoas de qualquer parte do mundo: 'Como voc sabe quando est fazendo um
bom trabalho?', a resposta mais comum que recebo : 'Quando faz tempo que no levo bronca do meu
chefe'. Em outras palavras, quando ningum diz nada porque est tudo bem".
"Todo mundo percebeu onde est o foco? Isso para indicar que das trs etapas, A, B ou C, a C tem maior
impacto no desempenho geral. Ainda assim, acabamos de reconhecer que normalmente a resposta sobre
nosso desempenho que ficamos sozinhos. Na verdade, existem outros trs tipos de resposta. A 1 como j
vimos: nenhuma Resposta; a 2: Resposta Negativa; a 3: Redirecionamento; e a 4: Resposta Positiva.
At certo ponto, j falamos sobre os dois primeiros tipos de resposta. A mais popular a primeira: Nenhuma Resposta. As pessoas esto to acostumadas a ser ignoradas, e pensam que essa uma situao
normal do trabalho. S ouvem falar do chefe quando fazem besteira. Nenhuma Resposta seguida por uma
"Resposta Negativa" que pode assumir a forma de um olhar irado, crticas verbais ou algum tipo de penalidade.
As ltimas duas respostas de nossa lista - Redirecionamento e Positiva - so as menos usadas, porm mais
poderosas. Vamos analisar a resposta de Redirecionamento. As pessoas me dizem, no se pode simplesmente ignorar o mau desempenho ou o comportamento negativo e eu concordo. O Redirecionamento a
forma mais eficiente de lidar com o comportamento indesejado. E como esse Redirecionamento funciona
com as pessoas? O Redirecionamento a melhor maneira de transformar, por completo, inmeras situaes de moral baixo. Vocs vero que essa resposta funcionar em 99% dos casos em que voc possa estar
tentando usar a Resposta Negativa a algum. uma resposta muito poderosa porque coloca novamente a
pessoa em ao e, ao mesmo tempo, mantm o respeito e a confiana, no chamando a ateno para o
comportamento indesejado de forma negativa. Enquanto Anne Marie falava, apareceu um slide na tela:
Respostas do Redirecionamento
- Descrever o erro ou o problema o quanto antes, de forma clara e sem apontar culpados
- Mostrar seu impacto negativo
- Se adequado, assumir a culpa por no tornar a tarefa clara
- Repassar a tarefa em detalhes observando se est sendo compreendida
- Expressar sua confiana contnua na pessoa
Anne Marie continuou: A quarta reao que as pessoas podem ter ao seu desempenho uma Resposta
Positiva. No trabalho, a resposta pode ser elogiar ou mesmo uma promoo. Com os filhos, so elogios, abraos ou um presente. Quando um bom desempenho seguido por algo positivo, naturalmente as pessoas
querem continuar esse comportamento. importante enfatizar aqui que no se deve esperar um comportamento exatamente certo antes de se responder de forma positiva. Caso contrrio, voc pode ficar esperando
para sempre." Nesse momento, outro slide apareceu na tela:
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Gesto de Pessoas
Anne Marie continuou. "O que voc acha mais fcil, pegar as pessoas fazendo coisas erradas ou peg-Ias
fazendo coisas certas?" A resposta do grupo foi unnime: "Errado!". "Vocs esto certssimos! Muito bem!", disse
ela, e seu pblico percebeu que ela reforara o acerto de maneira exagerada. "Pegar as pessoas fazendo
coisas erradas fcil, basta esperar que elas faam besteira, depois, voc pode assumir um ar inteligente e
apontar seus erros. Chamo isso de Resposta Te Peguei. Na verdade muitos chefes deixam seu pessoal em paz
at eles fazerem alguma coisa errada. A eles entram em ao, fazem muito barulho e sobra pra todo mundo."
"Surpreender as pessoas fazendo coisas certas o que chamarei de resposta VAI EM FRENTE. Essa resposta
muito mais difcil porque exige pacincia e autocontrole, especialmente, se voc vem ignorando o que as
pessoas fazem certo e usando a ttica de apontar os erros. preciso aprender a observar o que as pessoas
esto fazendo, de uma maneira inteiramente nova. Voc talvez ainda tenha de ignorar comportamentos
indesejados que costumavam prender sua ateno. Em outras palavras, ter de mudar de atitude. Sua busca
por algo bem feito pode exigir maior esforo, mas tem compensaes maiores gerando o tipo de comportamento desejado de seu pessoal no trabalho, e dos filhos em casa. bom manter respostas positivas incluindo
tapinhas nas costas de vez em quando, do tipo Bom trabalho e Continue assim. Chamo essas respostas de
incentivos. Mas a verdadeira Resposta VAI EM FRENTE mais do que isso. Uma resposta VAI EM FRENTE autntica e completa inclui vrias etapas ...". Um novo slide aparece:
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Gesto de Pessoas
dor quando as pessoas esto superando as expectativas ou quando corrigiram os erros que cometeram. Sem
dvida alguma, este um ponto que gostaria de enfatizar no comportamento dos gestores." Anne Marie virou-se
e apontou para um novo slide:
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Gesto de Pessoas
Fonte: VAI EM FRENTE! Motivando com palavras e aes positivas - Ken Blanchard
Para que as pessoas mostrem o que tm de melhor, elas precisam sentir que desfrutam da
sua confiana.
Faa a distino entre confiana no carter das pessoas e confiana nas suas aptides.
Construa o alicerce para relaes de confiana acreditando que as pessoas so basicamente boas e que realmente desejam fazer um bom trabalho. A partir desse alicerce, a confiana crescer ou no. Ou seja, a sua confiana dever ser conquistada cada vez mais.
Lembre-se de que os sentimentos e as atitudes falam mais alto do que palavras quando voc deseja transmitir confiana s pessoas.
Quando a confiana for violada, verifique se foi um erro inocente ou um erro devido a motivos escusos. Depois tome as providncias cabveis.
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Gesto de Pessoas
Em toda a histria, as pessoas que alcanaram o maior sucesso na vida foram aquelas que
no tiveram medo de errar. Alis, a maioria delas vez por outra falhou e, quase sempre, seriamente.
Se uma certa dose de fracasso faz parte da natureza intrnseca do sucesso, por que ento
esta uma palavra to malfica ? Por que a maioria de ns impe severas limitaes a fim
de evitar o fracasso ?
Para que as pessoas percebam todo o seu potencial, precisam ter permisso para falhar.
Consumidas pelo medo de serem rejeitadas, de ficar com cara de bobas e at de perderem
o emprego, existem pessoas que nunca alcanam a plenitude de suas potencialidades.
Para que o fracasso seja uma experincia positiva, eis alguns passos para voc administrar o
fracasso de seus funcionrios:
minimize a possibilidade de falhas aplicando os outros 9 princpios de Empowerment. Assim,
voc estar criando um ambiente propcio ao sucesso.
preveja as falhas e suas consequncias.
avalie o custo potencial da falha.
no constranja uma pessoa na frente dos outros.
seja solidrio com as pessoas quando errarem.
conclua junto com o funcionrio a lio que se aprendeu com aquele erro.
Criar um ambiente em que as pessoas no tenham medo de erra no uma tarefa fcil.
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Gesto de Pessoas
Os lderes devem ter uma arraigada filosofia que diz: respeite o indivduo, faa das pessoas vencedores, deixe que as pessoas se sobressaiam, trate as pessoas como adultos. Os
lderes bem-sucedidos do nfase ao sucesso e no ao fracasso.
Ningum quer ser apenas uma pecinha em uma mquina ou um nmero na folha de pagamento. Todos desejam ser respeitados na empresa como so respeitados pela famlia, pelos amigos, . . . A maneira como voc trata um funcionrio, influencia na maneira como
essa pessoa se sente em relao a si prpria. Trata-se da auto-estima.
Praticamente tudo o que dizemos ou fazemos a uma pessoa transmite respeito ou desrespeito. Estas so algumas maneiras de demonstrar respeito em relao s pessoas.
d-lhes a orientao necessria
oferea-lhes os recursos adequados
fornea-lhes as informaes necessrias na hora certa
respeite o seu tempo
no usurpe a autoridade
procure formas de facilitar o seu trabalho
entre em sintonia com as suas dificuldades
oua-as
d-lhes feedback
defenda-as
respeite a sua privacidade
d-lhes o direito de expressar seus sentimentos
reconhea suas dificuldades
respeite as sua obrigaes pessoais
Quando as pessoas so tratadas dessa maneira todos vencem. As pessoas sentem que o
lder e a empresa se preocupam com elas. Tm maior respeito e confiana em si mesmas.
Preservando o respeito prprio e a dignidade das pessoas, o lder passa a contar com lealdade e compromisso, e no cooperao passiva.
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Gesto de Pessoas
Todas as idias apresentadas sobre o Empowerment giram em torno de um tema central: voc
atinge o poder como lder ao dar poder queles que trabalham para voc.
Mas, para que isso funcione, preciso no omitir um nico princpio. Todos precisam ser cumpridos. Agindo assim, voc no apenas prestar uma contribuio significativa para a vida de seu
pessoal e da sua empresa, mas tambm estar fazendo o mais importante para conquistar o sucesso.
E lembre-se de que, se quiser ter, voc tem que dar.
Boa sorte na busca do sucesso !
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Gesto de Pessoas
Um dia voc se torna um lder. Numa segunda-feira est rindo e conversando com os colegas sobre a vida e o trabalho, e fofocando sobre quo estpida
pode ser a chefia. E na tera-feira voc a administrao. Voc o chefe. De
repente, tudo pode parecer diferente porque diferente. A liderana requer
comportamentos e atitudes diferentes, tudo novidade na nova funo. Antes
de se tornar um lder, o sucesso diz respeito exclusivamente ao seu crescimento
pessoal. Quando voc vira um, o sucesso passa a depender do crescimento dos
outros.
H, sem dvida, muitas maneiras de ser lder. Basta olhar para a desenvoltura e espontaneidade de Herb Kelleher, que pilotou a Southwest Airlines por 30
anos, e para Bill Gates, o discreto inovador da Microsoft, para se dar conta de
como pode ser variado o espectro de lderes. Na poltica, compare Churchill e
Gandhi. No futebol, Garrincha e Pel. Cada um deles fornecia uma lista de regras. Eu tenho oito. Elas no
me pareciam regras quando eu as usava. Pareciam apenas a maneira certa de liderar. Ao longo dos ltimos
trs anos, em minhas conversas com estudantes, executivos e empreendedores, surgiam invariavelmente
questes a respeito de liderana: O que realmente faz um lder?, Acabei de ser promovido e nunca liderei
nada antes. Como posso ser um bom lder?. Perguntas como essas me foraram a refletir sobre minhas experincias de liderana por mais de 40 anos. Comandei equipes com trs pessoas e divises com 30.000. Administrei negcios que estavam morrendo e outros que cresciam explosivamente. Houve aquisies,
desinvestimentos, crises organizacionais, momentos de sorte inesperada, boas e ms fases da economia. Ainda
assim, algumas maneiras de liderar sempre pareceram funcionar. Elas se transformaram em minhas oito regras.
Antes, uma palavra sobre paradoxos. A liderana est repleta deles.
O pai de todos os paradoxos o que se refere ao curto prazo - longo prazo. uma questo que sempre
me colocam. Como eu posso gerenciar os resultados trimestrais e ainda fazer o que correto para meu
negcio daqui a cinco anos? Minha resposta : Bem-vindo ao trabalho. Esse o lado divertido de liderar cada dia um desafio. A nica sada dar o melhor de si mesmo. Veja como:
1) Lderes so incansveis no aperfeioamento da equipe
Depois que o Red Sox, time de beisebol de Boston, finalmente quebrou 86 anos de jejum e ganhou a
World Series no ano passado, no se podia ligar a televiso ou abrir um jornal sem ver, ouvir ou ler especulaes sobre as razes do feito. O Red Sox tinha os melhores jogadores. Todos eram sensacionais e estavam
unido por um esprito de vitria to palpvel que era possvel senti-lo no ar. Em qualquer campeonato, existem
momentos de sorte e de azar, mas o fato que a equipe com os melhores jogadores geralmente vence. E
esse o motivo por que, sem muita complicao, voc precisa investir quase todo seu tempo e energia como
lder em trs atividades.
Voc precisa avaliar - certificando-se de que as pessoas certas esto nas funes certas, apoiando e
promovendo as que esto bem colocadas e afastando as que no esto.
Voc precisa treinar - orientando, criticando e ajudando cada um a melhorar seu desempenho sob
todos os aspectos.
Finalmente, preciso construir a autoconfiana - promovendo encorajamento, cuidados e reconhecimentos em sua equipe. A autoconfiana energiza, dando ao pessoal a coragem para ousar, para assumir
riscos e para superar os prprios sonhos. o combustvel das vencedoras.
Com freqncia, os executivos acham que o desenvolvimento de pessoas ocorre uma vez por ano, nas avaliaes de desempenho. Esto muito longe da verdade.
O desenvolvimento da equipe deve ser uma tarefa diria, integrada em todos os aspectos do cotidiano.
Tome como exemplo as revises do oramento. Elas so a ocasio perfeita para se concentrar nas pessoas.
Nessas horas, preciso falar a empresa e seus resultados, mas ao revisar o oramento voc realmente pode
ver a dinmica da equipe em ao. Se todos em torno da mesa ficarem sentados em silncio, congelados,
enquanto o lder da equipe faz sua pregao, necessrio concentrar-se com urgncia no treinamento do
pessoal. Se todos participarem da apresentao e toda a equipe demonstrar interesse, essa uma excelente
oportunidade para oferecer o feedback imediato de que voc est gostando desse tipo de atitude. Se a
equipe tiver uma verdadeira estrela ou um paspalho consumado entre seus membros, troque suas impresses
com o lder o mais cedo possvel.
No h evento em qualquer dia que no possa ser usado para o desenvolvimento de pessoas. As visitas
dos clientes so uma chance para avaliar a fora de vendas. Os passeios pela fbrica so oportunidades
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
para conhecer novos gestores de linha promissores e ver se eles tm capacidade para dirigir algo maior. O
intervalo para o caf durante uma reunio um bom momento para treinar um membro da equipe na vspera de fazer sua primeira apresentao importante. Aproveite todas as oportunidades para estimular a autoconfiana em quem merece. Abuse dos elogios. Quanto mais especficos eles forem, melhor.
2) Lderes fazem com que todos vivenciam a viso
Lideres devem projetar a viso da equipe e fazer com que ela ganhe a vida. Como obter isso? Primeiro,
nada de jargo. As metas no podem ser nebulosas a ponto de parecer inatingveis. necessrio falar sobre a
viso constantemente para todos. Um problema recorrente nas empresas que os lderes comunicam a viso
a seus colegas mais prximos, mas ela nunca chega ao pessoal da linha de frente. Lembre-se de todas as
vezes que voc topou com um funcionrio grosseiro ou apressado numa loja de departamentos ou ficou
esperando ser atendido pelo callcenter de uma empresa que promete velocidade e convenincia. Por algum
motivo, essas pessoas no ouviram a misso, talvez porque ela no tenha sido apresentada ou reafirmada
para eles com freqncia.
3) Lderes emitem energia positiva e otimismo
Um executivo vibrante, com atitudes positivas, de alguma forma acaba liderando uma equipe ou uma
empresa repleta de pessoas vibrantes, com atitudes positivas. J o pessimista crnico, sempre de mau humor e
de cara fechada, acaba rodeado por uma tribo de infelizes. Tribos infelizes tm pouca facilidade para vencer.
O trabalho s vezes pesado. Mas sua misso como lder combater o impulso do negativismo. Isso no
se confunde com adoar os desafios de sua equipe. Significa exibir uma atitude energizante e corajosa diante
das dificuldades.
4) Lderes conquistam confiana com transparncia
Seus subordinados precisam sempre estar cientes do desempenho deles. Precisam saber como vo os
negcios. Por vezes, as noticias no so boas - como no caso da iminncia de demisses em massa - e qualquer pessoa normal no gosta de passar essas informaes. Mas preciso frear o impulso de atenuar mensagens duras ou o lder sofrer as conseqncias com a perda de energia e de confiana por parte da equipe.
Os lideres tambm conquistam a confiana reconhecendo o devido mrito. Jamais tapeiam seu pessoal, apropriando-se de uma idia alheia. No adulam os de cima e chutam os de baixo, pois so suficientemente autoconfiantes e maduros para saber que o sucesso da equipe lhes dar reconhecimento, mais cedo
do que se supe. Em tempos difceis, os lideres assumem responsabilidade pelo que se d errado. Nos bons
tempos, repassam generosamente os elogios.
Ao se tornar lder, voc s vezes sente o impulso de dizer: Veja o que eu fiz! Quando a equipe supera
as expectativas, normal querer algum credito para si prprio. Afinal, voc dirige o espetculo. Seu pessoal
escuta cada uma de suas palavras (ou finge que escuta) e ri de todas as suas piadas (ou finge que ri). Tudo
isso sobe cabea. Voc pode comear a se sentir muito grande. No deixa que isso acontea. Lembre-se:
ao se tornar lder, voc no recebe uma coroa, apenas passa a ter a responsabilidade de conseguir o mximo
dos outros. Por isso, seu pessoal precisa confiar mais em voc. E confiar, desde que voc demonstre franqueza, reconhea os mritos e mantenha os ps no cho.
5) Lderes ousam tomar decises impopulares
H ocasies em que preciso tomar decises difceis - demitir pessoas, reduzir os recursos de um projeto ou fechar uma fbrica. Obviamente, essas medidas provocam queixas e resistncias. Sua tarefa ouvir e
explicar-se com clareza, mas ir adiante. Voc no um lder para ganhar um concurso de popularidade Voc lder para liderar. No se candidate ao cargo. Voc j foi eleito.
Muitas vezes, certas decises so difceis no por ser impopulares, mas por se basearem no instinto e
desafiarem argumentos tcnicos. o que se chama de intuio, mas apenas o reconhecimento de um
padro de comportamento.
Voc j viu algumas coisas tantas vezes que simplesmente sabe o que vai acontecer. Os fatos talvez
estejam incompletos e os dados podem ser limitados, mas a situao aparenta ser muito familiar para voc.
Por vezes, as intuies mais fortes se manifestam na hora de contratar pessoas. Voc entrevista um candidato
que preenche todos os requisitos do cargo. O currculo dele perfeito: timas escolas e experincia. A entrevista impressionante: aperto de mo firme, olhos nos olhos, perguntas inteligentes e assim por diante. Mas
algo incomoda. Talvez ele tenha mudado muito de emprego - esteve em vrias posies em pouco tempo,
sem uma explicao plausvel. Sua energia parece meio frentica. Um ex-chefe falou bem dele, mas suas
palavras no lhe pareceram convincentes. Algo o incomoda. No contrate o sujeito.
6) Lderes pressionam sua equipe em busca de ao
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Gesto de Pessoas
Quando voc um especialista, esfora-se para dar todas as respostas e ser o melhor no que faz.
Quando voc um lder, sua tarefa fazer todas as perguntas. Voc deve se sentir inacreditavelmente confortvel em parecer a pessoa mais burra da sala. Em cada conversa sobre uma deciso, uma proposta ou
alguma informao sobre o mercado, voc deve intervir com perguntas do tipo: E se?, Por que no? e
Por que assim?
Questionar, contudo, no basta. preciso garantir que suas perguntas provoquem debates e levantem temas que exigem ao.
7) Lderes incentivam a tomada de riscos e o aprendizado
Muitos executivos insistem para que seu pessoal tente novas experincias e depois metem o pau nos
mais ousados quando no d certo. Se voc quer que seu pessoal experimente, d o exemplo. Aceite correr
riscos. Voc no precisa ser moralista ou depressivo a respeito de seus erros. De fato, quanto mais humorado e
espontneo puder ser, mais as pessoas captaro a mensagem de que os erros no so fatais. Pode-se criar uma
cultura propcia tomada de riscos ao admitir abertamente seus erros e ao explicar o que aprendeu com eles.
No consigo me lembrar de quantas vezes contei a algum sobre meu primeiro grande erro, uma
mancada sem tamanho, explodir uma planta piloto em Pittsfield, Massachusetts, em 1963. Eu estava do outro
lado da rua, na minha sala, quando ocorreu a exploso, provocada por uma fagulha. O barulho foi enorme e
pedaos do telhado e fragmentos de vidros se espalharam por todos os lados.
Apesar da enormidade do meu erro, o chefe do meu chefe, um ex-professor do MIT chamado Charlie
Reed, no me hostilizou. Em vez disso, as explicaes dele sobre as causas do incidente me ensinaram no s
a melhorar o processo de fabricao, mas tambm, o mais importante, a lidar com algum por baixo. Esse
no foi o nico erro em minha carreira; cometi muitos outros. Comprei o banco de investimentos Kidder Peabody - um desastre em matria de incompatibilidade cultural - e contratei muita gente inadequada. Essas
experincias no foram nem um pouco animadoras, mas falei sobre elas abertamente para mostrar que
normal fazer apostas ousadas e perder, desde que delas se extraia alguma lio.
O fato de ser o chefe no significa que voc seja a fonte de todo o conhecimento. Sempre que eu descobria alguma boa prtica em outra companhia, voltava para a GE e armava o circo. Talvez eu exagerasse o
caso, mas com isso queria que as pessoas soubessem quo entusiasmado eu estava em relao nova idia.
8) Lderes celebram
Porque ser que comemoraes deixam os executivos to nervosos? Talvez porque festejar no parea muito profissional ou por imaginarem que, se tudo ficar muito alegre no escritrio, as pessoas deixaro de
levar as coisas a srio. Insisti na importncia de comemorar por 20 anos. Mas durante minha ltima viagem
como CEO ao nosso centro de treinamento em Crotonville, perguntei aos cento e tantos gerentes presentes:
Vocs comemoram a vitria em suas unidades?. Mesmo sabendo qual seria a resposta que eu esperava,
menos da metade disse que sim. Que perda de oportunidade. As comemoraes criam uma atmosfera de
reconhecimento e de energia positiva. Imagine uma final de campeonato sem que a equipe vencedora
festeje a vitria! Ainda assim, as empresas no raramente realizam grandes proezas e deixam tudo passar em
branco. O trabalho est muito presente na vida de todos para que no se reconheam os momentos de
realizao. Explore-os tanto quanto possvel. Transforme-os em grandes feitos.
Sou frequentemente questionado se os lderes nascem prontos ou so produzidos. A resposta, evidentemente, : ambos. Algumas caractersticas, como Q.I. e energia, parecem vir na embalagem. Por outro lado
voc aprende algumas habilidades de liderana, como autoconfiana, ainda no colo da me e na escola,
na faculdade e nos esportes. E voc aprende ainda outras coisas no trabalho ao tentar algo novo, errando e
aprendendo com o erro, ou acertando e conquistando confiana para fazer novamente, melhor ainda. Para
a maioria a liderana acontece um dia quando voc se torna chefe e as regras passam a ser outras. Antes,
seu trabalho era voc mesmo. A partir do momento em que voc se torna um lder, so os outros.
Artigo da revista Exame n 841 abril/05
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Gesto de Pessoas
Floriano Serra
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Gesto de Pessoas
Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas s grandes questes sobre o mercado de
trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:
Pergunto: Ainda possvel ser feliz num mundo to competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimentos conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta
muito para aprendermos. por isso que sofremos. Trabalhar em excesso como perseguir o vento.
A felicidade s existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.
Segunda pergunta: O profissional do futuro ser um individualista?
Resposta: Pelo contrrio. O azar ser de quem ficar sozinho, porque se cair, no ter ningum para
ajud-lo a levantar-se.
Terceira pergunta: Que conselho o Sr. d aos jovens que esto entrando no mercado de trabalho?
Resposta: melhor ser criticado pelos sbios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios so
como gravetos atirados em uma fogueira.
Quarta pergunta: E para os funcionrios que tem Chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos so tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que algum parea ser, essa pessoa ainda ser incapaz de dominar a prpria respirao.
ltima pergunta: O que exatamente sucesso?
Resposta: o sono gostoso. Se a fartura do rico no o deixa dormir, ele estar acumulando, ao
mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraa.
Belas e sbias respostas.
Eu s queria me desculpar pelo fato de que no existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito h 2.300 anos: o
ECLESIASTES, que voc encontra na Bblia. Mas, se eu digo isso logo no comeo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo.
Max Gheringer para a CBN.
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Gesto de Pessoas
Querida(o) Amiga(o),
Quando atingir a idade de ser chefe de algum, lembre-se de uma coisa: eu vou medir voc pela emoo que voc sente pelos outros,
pela maneira que voc ajuda os pequenos a crescer. Por cada estagirio que voc tirar das ruas, e transformar em gerente; por cada
assistente que voc ajudar a ser independente, deixar passar acima de voc, e virar supervisor, voc ser promovido, recompensado.
Eu vou medir voc pelas pessoas que voc ajudar a serem melhores do que elas mesmas. Melhores do que voc. Independentes.
A sua vida vale as pessoas que voc desenvolver.
A voc no ser permitido perder ningum no meio do caminho. A voc no ser permitido criar regras, mandamentos e leis que
faam as pessoas se sentirem inferiores por natureza e menores por tradio. Pais e Mes tm que se esforar para merecerem ser
chamados de Pais e Mes.
A voc ser permitido viver como Jesus e Scrates; pense, questione, aponte, emocione, mas no deixe nada por escrito. No ensine a
receita do bolo. Mostre onde esto os ingredientes. No escreva nada que possa ser seguido e usado por mentes preguiosas aprisionadas em corpos apressados. Escreva livros de auto-ajuda no bblias.
Deixe as pessoas decidirem sozinhas.
No aprenda a dizer o que os outros tm de fazer.
Abrace a diferena.
Eu vou medir voc pela virtude dos seus filhos, pelos atos dos seus funcionrios. A voc sero dadas Pessoas para que voc as
devolva Seres Humanos. A voc ser dado poder para que voc se apodere dele e deixe-o para os outros.
Eu confio em voc para ajudar os jovens a encontrar o seu prprio evangelho e no aquele escrito por outras pessoas.
Todos os dias eu viajo at as mentes brilhantes dos EUA, China, Europa, frica. Entro sem apresentar passaporte, permaneo sem ter
visto, contribuo sem ter dinheiro, deixo minha mensagem de paixo. A tecnologia do Sculo Vinte e Um me permite isso. A filosofia do
Sculo Um me levou at l.
Leve essa Boa Nova para os outros. O Ser Humano independente. O seu corao bom. A sua mente no mente. Ningum precisa
ser o que a sociedade quer que seja.
Seja Humano. Faa Escolhas. Exponha-se s escolhas mais difceis. Elas vo te afastar do sonambulismo. Elas vo te ensinar a
pensar por si mesmo.
Enquanto algumas pessoas acreditam que milhares precisam de Motivao, milhares de Seres Humanos j superaram essa fase e
precisam de Independncia; precisam de outro Ser Humano com quem possam ser verdadeiros, francos, independentes. Precisam de
Voc.
A Independncia odeia os Tmidos.
A Coragem espera por Voc. Nada menos que isso interessa.
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DESENVOLVIMENTO PESSOAL
"O fracasso a oportunidade de se comear de novo, com inteligncia." -- Henry Ford
"Falta de tempo desculpa daqueles que perdem tempo por falta de mtodos." -- Albert Einstein
No acredito muito em cursos sobre tica. Se, aos 21 anos de idade, voc no sabe a diferena entre o
certo e errado, no sabe o que ser ntegro, ento tem um problema grave
Jack Welch
"As pessoas no resistem a mudanas, resistem a ser mudadas." Peter Senge
"Eu nunca vejo o que j foi feito. Eu somente vejo o que ainda falta para ser feito."
Marie Curie
ditado chins que diz: "Teoria sem prtica
intil, prtica sem teoria perigosa".
"Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora hora de
compreender mais para temer menos."
Marie Curie
"Conhecimento sem vivncia mero intelectualismo.
Conhecimento com vivncia, isso sim sabedoria." Buda
Educao a habilidade de escutar praticamente qualquer coisa
sem perder sua calma ou sua autoconfiana
Robert Frost
Os frutos bons da vida acabam nas mos daqueles que sobem nas
rvores para colh-los
Lance Armstrong
Nossa educao ensina dogmas e no ensina a pensar. E os filhos
so ensinados a no aprenderem com seus pais, e a gente ensinado a no aprender com seus chefes: quem tem carto no vota
em patro. Precisamos trabalhar a maturidade, o crescimento e a
viso das pessoas.
Prof. Marins
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Gesto de Pessoas
Observe uma pessoa em um momento de dvida e perigo e voc
ir perceber no momento de adversidade o que ela realmente
Lucrcio
No uma qualidade rara que faz por si o encanto de uma pessoa;
a harmonia entre todas as qualidades.
Condessa Diane
"Somos o que repetidamente fazemos. A excelncia, portanto, no um feito, mas
um hbito."
Aristteles
"A m informao mais desesperadora que a falta de informao."
Charles Caleb Colton
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensao de vitria."
Jack Kemp
"No so os grandes planos que do certo. So os pequenos detalhes."
Stephen Kanitz
"A grandeza no consiste em receber honras, mas em merec-las."
Aristteles
"O encontro da preparao com a oportunidade gera o rebento que chamamos sorte."
Anthony Robins
"H os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os que procuram ajustar as velas."
William G. Ward
"Nunca andes pelo caminho traado, pois ele conduz somente onde outros j foram."
Alexander Grahan Bell
"Ningum pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus d o talento; o trabalho transforma o talento em gnio."
Ana Pavlova
"Lucro subproduto das coisas bem-feitas."
Philipp Kotler
Cincia o conhecimento organizado; Sabedoria a vida organizada...
"Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser
uma pessoa de sucesso. O sucesso conseqncia
Albert Einstein
"A virtude de uma pessoa mede-se no por aes excepcionais, mas pelos hbitos cotidianos. "
Blaise Pascal
"Um mau comeo leva a um mau final."
Eurpides
"Todo nosso conhecimento tem princpio nos sentimentos."
Leonardo da Vinci
"Pense como uma pessoa de ao e aja como uma pessoa que pensa."
Henri Louis Bergson
"O importante aproveitar o momento e aprender sua durao, pois a vida
est nos olhos de quem sabe ver."
Gabriel G. Mrquez
"No faa do seu cargo uma arma; a vtima pode ser voc."
A. Leonelli
"Domar o tempo no mat-lo, viv-lo."
Afonso Arinos
"Sei que meu trabalho uma gota, mas sem ele o oceano seria menor"
Madre Teresa de Calcut
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
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Gesto de Pessoas
"Os pequenos atos que se executam so melhores que todos aqueles grandes que se planejam."
George C. Marshall
"No tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo, apenas, de ficar parado.
Provrbio chins
"Quem na vida nunca foi louco nunca foi sbio."
Heinrich Heine
"De todos os caminhos que conduzem riqueza, os mais seguros so a perseverana e o trabalho."
Luis Reybaud
"Linguagem a roupa do pensamento." Samuel Johnson
"As palavras no tm nenhum significado em si mesmas.
Somente as experincias tm significado.
Somente se voc experimentou alguma coisa,
isso ter algum significado para voc."
Osho
Para evitar a crtica, no faa nada, no diga nada, seja ningum.
Elbert Hubbard
No fim tudo d certo. Se no deu porque ainda no chegou ao fim.
Fernando Sabino
TOMADA DE DECISO:
"Somos responsveis por aquilo que fazemos, o que no fazemos e o
que impedimos de ser feito." Albert Camus
"O discernimento consiste em saber at onde podemos ir." -- Jean Cocteau
"Existe o risco que voc no pode jamais correr e existe o risco que voc no pode deixar de correr." -- Peter
Drucker
"A arte de vencer a arte de ser ora audacioso, ora prudente." -- Napoleo Bonaparte
"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma rvore, passaria seis afiando meu machado." -- Abraham Lincoln
"Quando voc precisa tomar uma deciso e no toma, est tomando a deciso de no fazer nada." -- William James
Quantas vezes eu tentei falar/ que no mundo no h mais lugar/
pra quem toma decises na vida/ sem pensar. Conte ao menos at
trs/ e se precisar conte outra vez...
Roberto Carlos ensinando sobre tomada de deciso
Se s tiveres um martelo todos os problemas parecem um prego.
Abraham Maslow
CRIATIVIDADE
"Em momentos de crise, s a imaginao mais importante que o conhecimento." - Albert Einstein
A lgica leva voc do ponto A ao ponto B. A imaginao o leva a qualquer lugar
Albert Einstein
"Gnio a habilidade de reduzir o que complicado a algo simples." -- C.W. Ceran
"O que destri a criatividade o senso do ridculo." Confcio
Nada mais perigoso que uma idia, se voc tem apenas uma
Leonardo Da Vinci
"Alguns homens vem as coisas como so, e dizem 'Por qu?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que no?."
Geroge Bernard Shaw
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Gesto de Pessoas
RELACIONAMENTO HUMANO
"A primeira lei da natureza a tolerncia - j que temos todos uma poro de erros e fraquezas." Voltaire
"O homem verdadeiramente prudente no diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz." -- Aristteles
Aquele que te deixa com raiva, te controla annimo
"Mais difcil do que ter uma grande idia reconhecer uma.
Especialmente se for de outra pessoa."
Washington Olivetto
"Negcios baseiam-se no segredo, mas o sucesso tem base na cooperao."
John H. Patterson
"Cuidado! As atitudes negativas so mais
contagiosas que as positivas.
Philip Crosby
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa nica e nenhuma substitui
a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte nunca vai s nem
nos deixa a ss. Leva um pouco de ns, deixa um pouco de si mesmo. H os que levam muito, mas
h os que no levam nada.
Saint-Exupry
"Os homens so parecidos em suas promessas.
Eles s diferem em seus atos."
Molire
O que uma pessoa mais deseja que os outros a amem. Se ningum a amar, que os outros gostem dela. Se
ningum gostar, que os outros a respeitem. Se ningum respeitar, que os outros a admirem. Se ningum admirar, que os outros a temam. Se ningum temer, que os outros a odeiem. Mas o que ningum quer ser ignorado
Ditado Noruegus
Se duas pessoas no mesmo trabalho concordam o tempo todo, uma delas intil. Se elas discordam o tempo todo, as duas so inteis
Darryl F. Zanuck
"Ningum pode mudar sua natureza, mas todos podem melhor-la."
mile-Auguste Chartier Alain
Uma grande pessoa dura consigo; uma pessoa medocre dura com os outros
Confcio
O modo como voc diz uma coisa to importante quanto o que voc diz
H. Jackson Brown Jr
"Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento no inteligente."
Lao-Tse
"Tudo o que voc diz fala de voc. Principalmente quando fala do outro." -- Paul Valry
Ms companhias so como um mercado de peixes.
Acaba-se acostumando com o cheiro.
Ditado Chins
Sorria, pois isso aumenta o valor percebido do seu rosto
Dolly Parton
No se pode ensinar alguma coisa a algum; pode-se apenas auxili-la a descobrir por si mesmo. Galileu Galilei
ERROS
" impossvel para um homem aprender aquilo que ele acha que j sabe."
Epteto
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Gesto de Pessoas
"Se voc no perguntar o porqu das coisas, logo estaro perguntando o porqu de voc."
Annimo
"Os tolos assumem para si o respeito que dado ao cargo que ocupam"
Esopo
"Um homem que no l bons livros no leva vantagem alguma sobre o homem que no sabe l-los."
Mark Twain
"No seja insubstituvel! Se no puderem substitu-lo, nunca ser promovido."
Annimo
"A definio de insanidade fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente."
Albert Einstein
"Se voc no for melhor que hoje no dia de amanh, ento para que voc precisa do amanh? "
Rabbi Nahman de Brastslav
"Os que so incapazes de recordar o passado so condenados a repeti-lo. "
George Santayana
" preciso menos tempo para fazer algo da maneira certa do que
para explicar por que foi feito da maneira errada."
Henry Longfellow
OS VENCEDORES/ SUCESSO
"Lembre-se de que os vencedores fazem aquilo
que os perdedores no querem fazer."
H. Jackson Brown Jr
"Tudo vem quando voc vai atrs."
Silvia Duailib
"Os vencedores sempre fazem mais, muito mais que o suficiente."
Stan Rapp e Tom Collins
No so nem as espcies mais fortes, nem as mais inteligentes as que sobrevivem, mas sim aquelas que melhor se adaptam s mudanas no ambiente.
Charles Darwin
"O sol nasce para todos. Mas a maioria prefere dormir um pouco mais."
Eno Teodoro Wanker
"O pessimista v a dificuldade em cada oportunidade,
o otimista, a oportunidade em cada dificuldade."
Albert Flanders
"Ou eu encontro um caminho ou eu o fao."
Philip Sidney
"Sorte o que acontece quando a preparao encontra a oportunidade."
Elmer Letterman
"Pessimista aquela pessoa que reclama do barulho enquanto a oportunidade bate porta."
Michel Levine
"Alcanou muito sucesso aquele que viveu bem, riu com freqncia e amou muito."
Bessie Stanley
H dois tipos de pessoas que no interessam a uma boa empresa: as
que no fazem o que se manda e as que s fazem o que se manda
Henry Ford
LIDERANA
"A m qualidade de liderana , hoje, responsvel pelo maior desperdcio existente
nas organizaes: o desperdcio das inteligncias e da criatividade das pessoas. In-
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Gesto de Pessoas
felizmente, os programas de qualidade no medem esse tipo de desperdcio."
Roberto Tranjan, consultor
Gerenciamento a eficincia em subir a escada do sucesso;
liderana verificar se a escada est apoiada na parede certa
Stephen Covey
"Jesus Cristo o maior de todos e seus ensinamentos de liderana so muito atuais. Tinha um plano e uma misso grandiosa e envolvente ("que todos tenham vida e que tenham em abundncia"). Era focado e tudo o que fazia era voltado
para sua misso. Selecionou pessoalmente seus colaboradores e montou sua
equipe. Sabia que a vitria no se conquista sozinho. Era um educador por excelncia. Esteve sempre presente, nos bons e maus momentos. Era radical com seus
valores, principalmente com a verdade. Soube obter o comprometimento e o
melhor desempenho de pessoas comuns. Com eles, assumiu riscos e rompeu com
os velhos paradigmas."
Roberto Tranjan, consultor
Tenho para mim que as empresas mais bem-sucedidas do mundo
costumam preencher as posies de liderana promovendo seu
prprio pessoal, em vez de procurar talentos l fora
David Packard
"O cansao de muitos chefes advm de um imenso esforo em tentar conduzir as pessoas para onde elas no sabem ou no desejam
ir. Nessas condies, resta para o chefe utilizar-se de mecanismos de
recompensa e punio, na rdua tentativa de controlar e movimentar as pessoas. O lder precisa ter uma viso estimulante e envolvente, a partir da qual os liderados aceitem disponibilizar seus esforos,
tempo, conhecimentos e potenciais."
Roberto Tranjan, consultor
"A nica definio de lder algum que tem seguidores."
Peter Drucker
Lideres srios que so leitores srios constroem bibliotecas pessoais dedicadas a livros sobre como pensar,
no sobre como competir. Fabiano Caruso
Demitir pessoas horrvel. Mas se voc tem uma organizao aberta comunicao, com claras expectativas e metas de performance e processos de avaliao freqentes... nesse caso, geralmente,
aqueles 10% dos empregados lanterninhas em performance tm
conscincia de sua posio. Muitos vo embora antes que voc tenha de pedir
Jack Welch
Margaret Tatcher
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Gesto de Pessoas
Um lder aquele que conhece o caminho, anda pelo caminho e mostra o
caminho
John Maxwell
Lder aquele que tem infinita necessidade dos outros
Saint-Exupry
A confiana das pessoas nos lderes reflete a confiana dos lderes nas pessoas
Paulo Freire
Para resolver grandes problemas, voc deve estar disposto a fazer
coisas que desagradam
Lee Iacocca
"Para que possam sobreviver, os lderes devem deixar de ser os condutores autoritrios do passado e converter-se em integrantes das equipes do futuro."
Peter Drucker
Gerenciamento funciona dentro do como as coisas so feitas. Liderana funciona sobre o modo como as coisas so feitas
Stephen Covey
"A avaliao mais importante do meu desempenho em um jogo est no quanto consegui fazer meus colegas de equipe jogar melhor."
Bill Russell
A tarefa do lder conduzir seu pessoal de onde eles esto para onde
eles ainda no estiveram.
Henry Kissinger
Delegue o que fcil.
As coisas que voc faz com facilidade, so as coisas que
voc deve delegar. Mantenha com voc aquelas coisas
que so desafiadoras e difceis de fazer. Essa a maneira de
crescer.
Ricardo Jordo Magalhes
"Um bom lder faz com que homens comuns faam coisas incomuns." -- Peter Drucker
Lderes no produzem discpulos; Produzem mais lderes.
Tom Peters
"Longo o caminho ensinado pela teoria, curto e eficaz, o do exemplo." Sneca
"No conheo a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso tentar
agradar a todo mundo." -- Bill Cosby
Liderana uma ao, no uma posio
Donald H. McGannon
Um lder se assemelha a um maestro que, por si s, no produz som algum depende das habilidades dos
outros para fazer sua msica. E a orquestra, sem o maestro, no conseguiria reproduzir com perfeio nem
Parabns pra Voc.
Millr Fernandes
"Um processo estruturado para a soluo de problemas
Sempre produz melhores solues que um processo desordenado.
H necessidade de se ter ordem nas coisas. Principalmente
quando se fala em qualidade."
- J. M. Juran
As duas coisas mais importantes no aparecem no balano de
uma empresa: sua reputao e seus homens.
Henry Ford
174
Gesto de Pessoas
"Imagine um dia em que voc ficou extremamente satisfeito consigo. No aquele dia em que voc relaxa toa, sem fazer nada;
aquele no qual voc tinha tudo para fazer, e conseguiu faz-lo"
Margaret Thatcher
"Um dos talentos mais valiosos que existem o de nunca usar duas
palavras quando basta uma"
Thomas Jefferson
"Todas as pessoas sonham, mas no da mesma maneira. Aqueles
que sonham noite, em um canto empoeirado de suas mentes,
acordam de manh para descobrir que tudo no passou de vaidade. Mas os sonhadores do dia so pessoas perigosas, pois sonham
com olhos abertos, e fazem seus sonhos virarem realidade"
T. E. Lawrence
, sem dvida, prprio do homem enganar-se na escolha das companhias, mas
tambm o no dar facilmente o brao a torcer.
mile-Auguste Chartier
O que voc consegue ao atingir as suas metas no to importante quanto
o que voc se torna ao atingir suas metas
Zig Ziglar
A vida encolhe ou se expande de acordo com a coragem de cada um
Anais Nin
"Temos que tomar cuidado de no fazer do intelecto nosso deus. Ele tem, sem dvida, msculos fortes, mas
nenhuma personalidade. No capaz de liderar, s de servir".
Albert Einstein
O que duradouro no o que resiste ao tempo, mas o que sabiamente muda com ele Peter Muller
"Todos tentam realizar alguma coisa grande no percebendo que a vida composta de pequenas coisas"
Frank A. Clark
Aqueles que tm um grande autocontrole, ou que esto totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ao juntas no andam bem. Repare na natureza:
trabalha continuamente, mas em silncio.
M. Gandhi
Casa do Mdico Qualidade atravs das Pessoas
175
Gesto de Pessoas
"Voc no pode criar um mundo melhor sem melhorar os indivduos. Para que isso acontea, cada um de ns precisa se esforar para o prprio aperfeioamento e, ao mesmo tempo, compartilhar uma
responsabilidade geral por toda a humanidade, sendo nosso dever particular o de ajudar aqueles para os quais possamos ser mais teis."
Madame Marie Curie
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Gesto de Pessoas
Gesto de Pessoas
Contedo
Liderana definio e estilos de gerncia ......................................................... 1
Txt Estilos de liderana. Qual o melhor? ........................................................... 6
Liderana Situacional ................................................................................................. 9
Txt as 5 grandes reas da liderana .................................................................. 12
Txt os comportamentos essenciais do lder ....................................................... 13
Um pouco de histria da administrao ............................................................ 14
Teoria X, Teoria Y - A Liderana e as crenas do lder ...................................... 18
Txt - Personalidade lapidada (maturidade) ........................................................ 22
O fim do "Touro Sentado"......................................................................................... 23
Txt O negcio apoiar ......................................................................................... 25
Gestores de pessoas e gestores de papel .......................................................... 26
Liderana inspiradora .............................................................................................. 28
A gesto do invisvel ................................................................................................. 28
CONDUZINDO COM VISO +- PAG 18
Os sons da floresta ................................................................................................... 17
Decises centralizadas X descentralizadas ........................................................ 18
Clima e ambiente de trabalho ............................................................................. 20
Decidindo em equipe ............................................................................................. 23
A mudana de estilo ............................................................................................... 32
Ser carrancudo no impe respeito .................................................................... 34
Liderana Situacional .............................................................................................. 35
Aplicando medidas disciplinares .......................................................................... 38
artigo sobre feedback: A IMPORTANCIA DO FEEDBACK FRANCO E DIRETO
rapadura dura, mas doce............................................................................... 45
CONFLITOS e DEMISSO ASSUNTOS INICIADOS NA PAG 49 +Motivao - segundo Maslow .............................................................................. 48
A teoria higiene-motivao de Herzberg ........................................................... 54
Aes de Liderana para a Motivao ............................................................ 55
Texto: O discreto charme da simplicidade ......................................................... 59
Empowerment .......................................................................................................... 61
INCLUIR Maturidade e atitudes
CONSIDERAR A POSSIBILIDADE DE REUNIR TODOS OS TEXTOS NUMA SEO DE ANEXOS NO FINAL DA APOSTILA
NDICE
Gesto de Pessoas
Gesto de Pessoas
Parte1 -
Liderana
& Gesto
"A abundncia de recursos naturais no um pr-requisito para a prosperidade. A riqueza de uma nao est no seu povo, na sua
gerncia e no seu governo, mais do que em seus recursos naturais.
O problema onde encontrar uma boa liderana.
Dr. Edward Deming
Gesto de Pessoas
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Parte 4 -
Motivao
& Empowerment
"O cansao de muitos chefes advm de um imenso esforo
em tentar conduzir as pessoas para onde elas no sabem ou
no desejam ir. Nessas condies, resta para o chefe utilizarse de mecanismos de recompensa e punio, na rdua tentativa de controlar e movimentar as pessoas. O lder precisa
ter uma viso estimulante e envolvente, a partir da qual os liderados aceitem disponibilizar seus esforos, tempo, conhecimentos e potenciais." Roberto Tranjan, consultor
Gesto de Pessoas
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Parte 3 -
Sobre Pessoas
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada
pessoa nica e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte nunca vai s nem nos deixa a
ss. Leva um pouco de ns, deixa um pouco de si mesmo.
H os que levam muito, mas h os que no levam nada.
Saint-Exupry
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Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
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Parte 2 -
Ser Lder
"Jesus Cristo o maior de todos e seus ensinamentos de liderana so muito atuais. Tinha um plano e uma misso grandiosa e envolvente.
Era focado e tudo o que fazia era voltado para sua misso.
Selecionou pessoalmente seus colaboradores e montou sua equipe. Sabia
que a vitria no se conquista sozinho.
Era um educador por excelncia.
Esteve sempre presente, nos bons e maus momentos.
Era radical com seus valores, principalmente com a verdade.
Soube obter o comprometimento e o melhor desempenho
de pessoas comuns. Com eles, assumiu riscos e rompeu
com os velhos paradigmas."
Roberto Tranjan, consultor
O Mestre na arte da vida faz pouca distino entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educao e a sua recreao, entre o
seu amor e a sua religio. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele
simplesmente persegue sua viso de excelncia em tudo que faz, deixando para
os outros a deciso de saber se est trabalhando ou se divertindo. Ele acha que est sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.
texto zen-budista
Gesto de Pessoas
Para se fazer grandes coisas no se deve estar acima dos homens, mas
junto deles - Charles de Montesquieu
Todos possuem vontade de vencer, mas poucos possuem a vontade
de se preparar para vencer.
Vince Lombardi
"A vontade de triunfar nada significa sem a vontade de se preparar."
Henry David Thoreau
O nmero de pessoas que falham diretamente proporcional ao nmero de pessoas que desistem
Joseph Mc Clendon III
Que Deus me d serenidade para aceitar o que no posso mudar coragem para mudar o que pode ser mudado e sabedoria para distinguir
a diferena.
Orao da Serenidade So Francisco
No me fale sobre seu trabalho de parto; mostre-me o beb.
Jeanne Robertson
Um gnio uma pessoa de talento que faz toda a lio de casa.
Thomas Edison
O lder do passado era uma Pessoa que sabia dizer.
O lder do futuro uma Pessoa que sabe perguntar
Peter Druker
"Quando sua mente ampliada por uma idia nova, ela nunca retornar o seu tamanho original."
Oliver Wendell Holmes
"As coisas passam por ns a uma grande velocidade, tornando-se cada
vez mais complexas. No podemos acompanh-las. muito complicado. Elas esto passando com muita velocidade. Portanto, criamos uma
viso de como queremos que o futuro parea...Ento essa viso nos esclarece, pelo caminho contrrio, como chegar at l. A viso seleciona
nossas decises."
John Nasbitt, Megatrends 2000.
"Existindo a pergunta, a mente pensa de novo."
Nancy Kline, Time to Think
"A chave, ento, a ao. No so as palavras, so os resultados. No
aquilo que voc conhece. o que faz. Portanto, aceite a responsabilidade total e aja de modo persistente."
Citado por Antony Falsone, de autor desconhecido
"Se um homem no sabe onde quer chegar, qualquer direo parece
certa."
Sneca
"Procurar ouro no o mesmo que projetar e construir uma casa. Anlise e julgamento no so suficientes quando existe uma necessidade de
abrir um novo caminho."
Edward De Bono
"Voc no pode ajudar os homens todo o tempo, fazendo para eles o
que poderiam e deveriam fazer sozinhos."
Abraham Lincoln
"Voc ganha fora, coragem e confiana em toda experincia na qual
voc realmente enfrente o medo. Voc precisa fazer aquilo que pensa
Gesto de Pessoas
no poder realizar."
Eleanor Roosevelt
"A confiana pode muito bem ser o mais importante dos atributos humanos porque somente ela libera as pessoas de receios inibidores. A
confiana a qualidade que permite s pessoas progredirem na vida e
administrar suas crises. Sem confiana as pessoas se evadem da realidade, buscando continuamente proteo externa para as tarefas que
precisam realizar sozinhas."
Judith Bardwick
"No aquilo que voc no sabe que pode prejudic-lo; mas aquilo
que julga saber e realmente no sabe."
Satchel Paige, jogador de beisebol
"s vezes parece que uma vontade intensa cria no somente oportunidades, mas seus prprios talentos."
Eric Hoffer
"O mar perigoso e suas tempestades so terrveis; mas esses obstculos
nunca foram suficientes para manter o homem em terra."
Ferno de Magalhes, 1520, capito da primeira expedio conhecida
a circunavegar o globo.
"Ouvir um acontecimento raro entre os seres humanos. Voc no pode ouvir as palavras que a outra pessoa est falando se estiver preocupado com sua aparncia ou em impressionar o outro, ou tentar decidir
o que ir dizer quando o outro parar de falar, ou discutir se o que foi dito
verdadeiro, ou relevante, ou agradvel.
Tais assuntos tm sua importncia, mas somente aps ouvir a palavra
sendo pronunciada. Ouvir uma arte de amar primitiva na qual uma
pessoa se entrega a palavra de uma outra pessoa, tornando-se acessvel e vulnervel a essa palavra."
William Stringfellow, filsofo
"Aqueles que enxergam o invisvel fazem o impossvel."
Citado por Charlene Bernal
"Quando voc torna o mundo tolervel para a sua pessoa, voc cria
um mundo tolervel para os demais."
Anais Nin
"No tenha receio de abrir mo daquilo que bom para ir em busca do
excelente."
Kenny Rogers, cantor
"Quanto mais silencioso voc se tornar, mais poder ouvir."
Baba Ram Dass
"O caminho para o fracasso muitas vezes decorado pelas flores das
realizaes passadas."
Scrates
"A excelncia o resultado de preocupar-se mais do que os outros consideram apropriado, arriscar mais do que os outros pensam ser seguro,
sonhar mais alto do que os outros consideram prtico e prometer mais
do que os outros pensam ser possvel."
Autor desconhecido
"Se existe uma maneira melhor para fazer algo, encontre-a."
Thomas A Edison
"O sucesso...parece estar ligado ao. Homens bem sucedidos vo
em frente. Eles cometem erros, mas no desistem."
Conrad Hilton
Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
Gesto de Pessoas
"Quando observamos a natureza, o que vemos o universo exposto a
nosso prprio mtodo de anlise."
Werner Heisenberg
"Somente quando suas aspiraes e desejos estiverem fora do alcance
de seus recursos ocorre a criatividade, porque voc tem de criar novas
maneiras para competir e mudar as regras do jogo."
C K Prahalad, escritor
"Que eu seja o vencedor. Mas se no puder vencer, que eu seja corajoso na tentativa."
Juramento especial da Olimpada
"A aprendizagem no ocorre quando se tem todas as respostas, mas
quando se convive com as perguntas."
Max Dupree
"Para conhecer aquilo que voc no conhece, voc precisa IR onde
no esteve, VER o que ainda no viu, FAZER o que ainda no fez e SER o
que ainda no foi."
Joyce Wycroff, escritor
"Liderana: A arte de fazer com que algum realize algo que voc deseja porque ele quer faz-lo."
Dwight Delano Eisenhower
"Quanto mais quero fazer algo, menos o considero trabalho."
Richard Bach
"A maioria das organizaes supergerenciada e subliderada."
John Kotter, escritor
"Se voc deseja que sua empresa seja grande amanh, comece a atuar desse modo hoje."
Thomas J Watson Jr, IBM
"O que voc faria se soubesse que no poderia falhar?"
Annimo
"Decida quanta energia voc est disposto a empregar para atingir sua
meta. Quantas horas por dia voc est disposto a trabalhar?"
Les Brown
"Nosso poder no est tanto em ns, mas existe por nosso intermdio."
Harry Emerson Fosdick
"O poder no corrompe as pessoas; as pessoas corrompem outras pessoas."
William Gaddis
"Poder a faculdade ou capacidade para agir, a fora e a potencia
para realizar algo. a energia vital para fazer escolhas e tomar decises. Tambm inclui capacidade de suplantar hbitos profundamente
arraigados e cultivar outros melhores e mais eficazes."
Stephen Covey
"Os lderes aprendem ao exercer a liderana, e aprendem melhor ao liderar frente obstculos.
Assim como as intempries moldam as montanhas, os problemas moldam os lderes.
Warren Bennis
"A vida mais importante do que a gente pensa; basta aceitar o impossvel, dispensar o indispensvel e suportar o intolervel. "
Kathleen Norris
Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
Gesto de Pessoas
"Somos responsveis no s pelo que fazemos, mas tambm pelo que
deixamos de fazer. "
Molire
"Enquanto o poo no seca, no sabemos dar valor gua."
Thomaz Fuller
"A direo mais importante do que a velocidade."
Roberto Scaringella
"As invenes so resultado de um trabalho teimoso."
Santos Dumont
"Voc seu maior patrimnio."
Louise Hay
"Sou uma parte de tudo aquilo que encontrei no meu caminho."
Alfred Tennyson
"Sabemos o que somos, mas no o que poderemos ser."
William Shakespeare
"Todos os erros humanos so impacincia, uma interrupo prematura
de um trabalho metdico."
Franz Kafka
"Um homem um sucesso se pula da cama de manh e vai dormir
noite, e nesse meio tempo faz o que gosta."
Bob Dylan
"Mais vale um jovem pobre e sbio do que um rei velho e insensato que
no aceita mais conselho."
Eclesiastes 4,13
"Ningum pode mudar sua natureza, mas todos podem melhor-la."
mile-Auguste Chartier Alain
"A mente sua prpria rea. E, em si mesma, ela pode fazer do Paraso
o inferno e do Inferno, o paraso."
John Milton
"O homem no produto das circunstncias. As circunstncias so produto dos homens."
Benjamin Disraeli
"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fssemos de ferro."
Sigmund Freud
"Sabedoria saber o que fazer; virtude fazer."
David Starr Jordan
"A esperana o bem que mais se consome e aquele que menos se
esgota."
Octave Feuillet
"Basta um minuto para fazer um heri; mas necessrio uma vida inteira
para fazer um homem de bem."
Paul Brulat
"O dia mais desperdiado de todos aquele no qual no demos uma risada."
Nicolas Chamfort
"A chave para participar de negcios globais estar l."
Charles Miller
"Resiste-se melhor adversidade do que prosperidade."
Victor Hugo
Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
Gesto de Pessoas
"O nico homem que no erra aquele que nunca fez nada."
Franklin Delano Roosevelt
"Tem-se, apesar de tudo, a idade que se apresenta no rosto."
mile Augier
"Longo o caminho ensinado pela teoria, curto e eficaz, o do exemplo."
Sneca
"No confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um ajuda a ganhar a vida, o outro a construir uma vida."
Sandra Carey
"Mude seus pensamentos e estar mudando seu mundo."
Norman Vicent Pearle
"Antever sucessos grandioso, antever insucessos, mais ainda."
Lcia Maria Andrade Maia
"Toda sada a entrada para algum lugar."
Tom Stoppard
"Lucro subproduto das coisas bem-feita."
Philipp Kotler
"A m informao mais desesperadora que a falta de informao."
Charles Caleb Colton
"Se voc no for melhor que hoje no dia de amanh, ento para que
voc precisa do amanh? "
Rabbi Nahman de Brastslav
"As crianas encontram tudo em nada. Os homens encontram nada em
tudo. "
Giacomo Leopardi
"A pacincia o melhor remdio para qualquer problema."
Plauto
"Os vencedores sempre fazem mais, muito mais que o suficiente."
Stan Rapp e Tom Collins
"Ou eu encontro um caminho ou eu o fao."
Philip Sidney
"Sorte o que acontece quando a preparao encontra a oportunidade."
Elmer Letterman
"Quem sabe aproveitar a ocasio um homem de oportunidade."
Johann Wolfgang von Goethe
"Meu interesse est no futuro, pois l que vou passar o resto de minha
vida."
Charles Kettering
"Pessimista aquela pessoa que reclama do barulho enquanto a oportunidade bate porta."
Michel Levine
"Que sentido tem corrermos quando estamos no sentido errado?"
Provrbio Alemo
"Pense como uma pessoa de ao e aja como uma pessoa que pensa."
Henri Louis Bergson
"Aquele que pretende ser um lder tem que ser uma ponte."
Provrbio Gals
Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
Gesto de Pessoas
"Olhe para seu trabalho como se ele tivesse sido realizado por seu inimigo. Se voc olha para admir-lo, ento est perdido."
Samuel Butler
"Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitria o desejo de vencer!"
Gandhi
"No tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo, apenas, de ficar
parado."
Provrbio chins
"Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio."
Freud
" preciso aprender com a prtica, pois, embora voc pense que sabe,
s ter certeza depois que experimentar."
Sfocles
"O conformismo carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento."
John Kennedy
"A virtude de uma pessoa mede-se no por aes excepcionais, mas
pelos hbitos cotidianos. "
Blaise Pascal
"Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser
modificado at que seja enfrentado."
Helena Besserman Viana
"Somos responsveis por aquilo que fazemos, o que no fazemos e o
que impedimos de ser feito."
Albert Camus
"Aquele que fala irrefletidamente assemelha-se ao caador que dispara
sem apontar."
Montesquieu
"Quem decide pode errar, quem no decide j errou."
Karahjan
"Tolo aquele que naufragou seus navios duas vezes e continua culpando o mar."
Publilus Syrus
"Quando tua mo direita estiver hbil, pinta com a esquerda; quando a
esquerda estiver hbil, pinta com os ps."
Paul Gauguin
"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, o inatingvel. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade."
Victor Hugo
"Pacincia e tempo do mais resultado do que a fora e a raiva."
La Fontaine
"Liberdade significa responsabilidade. Por isso tantos a temem."
Bernard Shaw
"O fracasso a oportunidade de se comear de novo, com inteligncia."
Henry Ford
"Para que possam sobreviver, os lderes devem deixar de ser os condutores autoritrios do passado e converter-se em integrantes das equipes
Gesto de Pessoas
do futuro."
Peter Drucker
"Sua viagem para a realizao impulsionada pelos objetivos que voc
determina ao longo do caminho."
Chrie Carter-Scott
"Existe um tempo para melhorar, para se preparar e planejar; igualmente existe um tempo para partir para a ao."
Almyr Klink.
"A vida s pode ser compreendida olhando-se para trs, mas s pode
ser vivida olhando-se para frente."
Soren Kierkegaard
"Nunca diga s pessoas como fazer as coisas. Diga-lhes o que deve ser
feito e elas surpreendero voc com sua engenhosidade."
George Patton
"Reparta o seu conhecimento. uma forma de alcanar a imortalidade."
Dalai Lama
"Melhor estar preparado para uma oportunidade e no ter nenhuma,
do que ter uma e no estar preparado."
Whitney Young Jr.
"O homem deve criar as oportunidades e no somente encontr-las."
Francis Bacon
"Por mais humilde que seja, um bom trabalho inspira uma sensao de
vitria."
Jack Kemp
"O verdadeiro herosmo consiste em persistir por mais um momento
quando tudo parece perdido."
W. F. Grenfek
"Trate as pessoas como se elas fossem o que poderiam ser e voc as
ajudar a se tornarem aquilo que so capazes de ser." Goethe
"No possuir algumas das coisas que desejamos parte indispensvel
da felicidade."
Bertrand Russel
"O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstculos."
Lao Ts
"Pensar em fazer grandes coisas o melhor pretexto para no fazer as
pequenas."
Jacinto Benavente
"As pessoas so solitrias porque constrem paredes ao invs de pontes."
Joseph Newton
"Qualquer um pode zangar-se - isto fcil. Mas zangar-se com a pessoa
certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira
certa - no fcil."
Aristteles
"Tenho de segui-los, sou o lder deles."
Ledru-Rallin
Gesto de Pessoas
"A grandeza no consiste em receber honras, mas em merec-las."
Aristteles
"H os que se queixam do vento. Os que esperam que ele mude. E os
que procuram ajustar as velas."
William G. Ward
"Somos o que fazemos, mas somos principalmente, o que fazemos pra
mudar o que somos."
Eduardo Galeano
"A priso no so as grades, e a liberdade no a rua; existem homens
presos na rua e livres na priso. uma questo de conscincia."
Gandhi
"O trabalho a coisa mais importante do mundo. Por isso, devemos
sempre deixar um pouco para o dia seguinte."
Don Herold
"A glria no consiste em jamais cair, mas sim de erguer-se o quanto antes e toda vez que for necessrio.
"As pegadas na areia do tempo, no so deixadas por pessoas sentadas"
"Aquele que conhece os outros um sbio, aquele que conhece a si prprio um iluminado."
( Lao-Ts )
No so apenas nossos erros que nos arrunam, mas o modo como agimos depois de comet-los
Yvette Gilbert
"Um homem jamais deve ser indicado para um cargo gerencial se sua viso foca
as deficincias das pessoas em vez dos pontos fortes."
Peter Drucker (1909 2005)
Conscincia voc fazer sem que ningum veja, o que voc faria na frente de uma multido
"Somos responsveis por aquilo que fazemos, o que no fazemos e o que impedimos de ser feito."
Casa do Mdico - Qualidade atravs das Pessoas
Gesto de Pessoas
Albert Camus
"H pessoas que amam o poder e outras que tm o poder de amar." -- Bob Marley
Se voc quer que as pessoas o julguem inteligente, basta concordar com elas.
Voltaire
No concordo com o que voc diz, mas defenderei at
a morte seu direito de diz-lo.
Voltaire
"S pode ser feliz sempre o que sabe ser feliz com tudo."
Confcio