1) Um cientista perverso removeu os cérebros humanos de seus corpos e os colocou em uma cuba de nutrientes, conectando-os a um supercomputador que simula a realidade;
2) Esta situação hipotética levanta questões filosóficas sobre a relação entre mente e mundo externo e o problema do ceticismo;
3) Poderíamos estar todos vivendo uma ilusão coletiva gerada por um mecanismo automático que cuida de uma cuba cheia de cérebros.
1) Um cientista perverso removeu os cérebros humanos de seus corpos e os colocou em uma cuba de nutrientes, conectando-os a um supercomputador que simula a realidade;
2) Esta situação hipotética levanta questões filosóficas sobre a relação entre mente e mundo externo e o problema do ceticismo;
3) Poderíamos estar todos vivendo uma ilusão coletiva gerada por um mecanismo automático que cuida de uma cuba cheia de cérebros.
1) Um cientista perverso removeu os cérebros humanos de seus corpos e os colocou em uma cuba de nutrientes, conectando-os a um supercomputador que simula a realidade;
2) Esta situação hipotética levanta questões filosóficas sobre a relação entre mente e mundo externo e o problema do ceticismo;
3) Poderíamos estar todos vivendo uma ilusão coletiva gerada por um mecanismo automático que cuida de uma cuba cheia de cérebros.
1) Um cientista perverso removeu os cérebros humanos de seus corpos e os colocou em uma cuba de nutrientes, conectando-os a um supercomputador que simula a realidade;
2) Esta situação hipotética levanta questões filosóficas sobre a relação entre mente e mundo externo e o problema do ceticismo;
3) Poderíamos estar todos vivendo uma ilusão coletiva gerada por um mecanismo automático que cuida de uma cuba cheia de cérebros.
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Imagine-se que um ser humano (pode imaginar que voc mesmo) foi sujeito
a uma operao por um cientista perverso. O crebro da pessoa (o seu
crebro) foi removido do corpo e colocado numa cuba de nutrientes que o mantm vivo. Os terminais nervosos foram ligados a um supercomputador cientfico que faz com que a pessoa de quem o crebro tenha a iluso de que tudo est perfeitamente normal. Parece haver pessoas, objetos, o cu, etc.; mas realmente tudo aquilo de que a pessoa (voc) tem experincia o resultado de impulsos eletrnicos deslocando-se do computador para os terminais nervosos. O computador to esperto que se a pessoa tenta levantar a mo, a retroao do computador far com que ela "veja" e "sinta" a mo sendo levantada. Mais ainda, variando o programa, o cientista perverso pode fazer a vtima ter "experincia" (ou alucinao) de qualquer situao ou ambiente que ele deseje. Pode tambm apagar a memria com que o crebro opera, de modo que prpria vtima lhe parecer ter estado sempre neste ambiente. Pode mesmo parecer vtima que est sentada e a ler estas mesmas palavras sobre a divertida, mas completamente absurda suposio de que h um cientista perverso que remove os crebros das pessoas dos seus corpos e os coloca numa cuba de nutrientes que os mantm vivos. Os terminais nervosos esto supostamente ligados a um supercomputador cientfico que faz com que a pessoa de quem o crebro tenha a iluso de que... Quando este tipo de possibilidade mencionado numa conferncia sobre teoria do conhecimento, o propsito, evidentemente, levantar de uma maneira moderna o clssico problema do cepticismo relativamente ao mundo exterior. (Como sabe voc que no est nesta difcil situao?) Mas esta situao difcil tambm um dispositivo til para levantar questes sobre a relao entre a mente e mundo. Em vez de ter apenas um crebro na cuba, podamos imaginar que todos os seres humanos (talvez todos os seres sencientes) so crebros numa cuba (ou sistemas nervosos numa cuba no caso de alguns seres apenas com um sistema nervoso mnimo considerado j "senciente"). Naturalmente, o cientista perverso teria que estar de fora estaria? Talvez no haja cientista perverso,
talvez (embora isto seja absurdo) acontea simplesmente que o universo
consista num mecanismo automtico cuidando de uma cuba cheia de crebros e sistemas nervosos. Agora suponhamos que o mecanismo automtico est programado para nos transmitir uma alucinao colectiva, em vez de uma quantidade de alucinaes individuais no-relacionadas. Assim, quando me parece estar a falar consigo, a si parece-lhe estar a ouvir as minhas palavras. Evidentemente, as minhas palavras no atingem realmente os seus ouvidos porque voc no tem ouvidos (reais), nem eu tenho uma boca e lngua reais. Ao invs, quando produzo as minhas palavras, o que acontece que os impulsos eferentes deslocam-se do meu crebro para o computador, que ocasiona que eu "oua" a minha prpria voz pronunciando essas palavras e "sinta" a minha lngua moverse, etc., e que voc "oua" as minhas palavras, me "veja" a falar, etc. Neste caso, estamos, num certo sentido, realmente em comunicao. No estou enganado sobre a sua existncia real (apenas sobre a existncia do seu corpo e do "mundo exterior" fora dos crebros). De certo ponto de vista, nem sequer importa que "o mundo inteiro" seja uma alucinao colectiva; porque, afinal, voc ouve realmente as minhas palavras quando falo consigo, mesmo que o mecanismo no seja o que supomos que . (Evidentemente, se fssemos dois amantes fazendo amor, em vez de apenas duas pessoas levando a cabo uma conversa, ento a sugesto de que se tratava apenas de dois crebros numa cuba podia ser perturbadora.) Quero agora pr uma questo que parecer muito tola e bvia (pelo menos para algumas pessoas, incluindo alguns filsofos muito sofisticados), mas que nos levar a autnticas profundezas filosficas bastante rapidamente. Suponha-se que toda esta histria era de facto verdadeira. Poderamos ns, se fssemos assim crebros numa cuba, dizer ou pensar que o ramos?