Manual - Perfil e Funcoes Do Atendedor
Manual - Perfil e Funcoes Do Atendedor
Manual - Perfil e Funcoes Do Atendedor
ndice
Objetivos gerais.................................................................................................4
Objetivos Especficos.........................................................................................4
Pblico Alvo.......................................................................................................4
1.Caractersticas/ qualidades de um atendedor................................................5
1.1.Atitude positiva/ autoestima............................................................................... 5
1.2.Saber-saber, saber-estar e saber-fazer..............................................................10
1.3.Querer - poder - agir.......................................................................................... 13
1.4.Simpatia............................................................................................................ 15
1.5.Disponibilidade.................................................................................................. 17
1.6.Flexibilidade...................................................................................................... 21
1.7.Assertividade..................................................................................................... 27
1.8.Conhecimento................................................................................................... 36
1.8.1.Da empresa (cultura, procedimentos, produtos/ servios)..........................36
1.8.2.Das tcnicas do atendimento......................................................................39
2.Atividades.....................................................................................................44
3.Corrigenda....................................................................................................51
4.Bibliografia...................................................................................................52
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Atendedor |pg. 2
Objetivos gerais
Enumerar e caracterizar as principais qualidades de um atendedor profissional,
reconhecendo a sua relevncia no desempenho da funo.
Objetivos Especficos
No final da ao os formandos estaro aptos a:
Identificar e reconhecer as tcnicas de atuao no atendimento pblico;
Identificar e aplicar tcnicas de comunicao ajustadas aos diferentes tipos de
clientes;
Identificar situaes de tenso e/ou conflito e escolher a forma mais adequada de a
resolver;
Selecionar o comportamento a adotar ajustado ao perfil do cliente e s suas
necessidades;
Identificar e caracterizar os clientes difceis e as formas de atuao;
Identificar tcnicas que lhes permitam lidar com situaes de alteraes e
cancelamento de servios;
Identificar os motivos inerentes a queixas e reclamaes e comportamentos a
adotar;
Identificar e compreender as regras principais a considerar quando se fala em
pblico e no atendimento telefnico;
Dispor de ferramentas de atuao perante reclamaes e imprevistos;
Identificar e caracterizar diferentes tcnicas de gesto de conflitos.
Pblico Alvo
Pblico em geral, Secretrias, telefonistas, rececionistas e de uma forma geral a
todos os profissionais que sejam responsveis pelo atendimento dentro da empresa.
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Atendedor |pg. 3
1.Caractersticas/ qualidades de um
atendedor
1.1.Atitude positiva/ autoestima
A funo de atendimento uma posio privilegiada para corresponder de forma
positiva e com qualidade s expectativas dos clientes, por exemplo, pela transmisso
de uma imagem positiva.
O profissional de atendimento a pessoa que tem como funes representar a
empresa ou organizao onde trabalha junto dos clientes, logo, alm da imagem
positiva, quem procede ao atendimento deve ser capaz de aplicar as tcnicas
especficas da atividade que exerce, as tcnicas de comunicao e as tcnicas de
relao interpessoal.
Para o desenvolvimento de um bom relacionamento interpessoal, a inteligncia
social tem um grande peso, porque algum que seja socialmente inteligente tem um
alto grau de empatia e de inteligncia social. Essa pessoa est, assim, apta a
compreender os sentimentos dos outros e a reagir de forma adequada a essa
compreenso, com um impacto positivo no desenvolvimento de um processo e nos
resultados da ao.
As organizaes so constitudas por grupos de vrios indivduos, onde cada um tem
as suas prprias percees, opinies e experincias de vida, existindo, entre eles, a
necessidade de cooperarem e interagirem, o que implica conviver, dividir espaos,
vivenciar situaes e tarefas.
Como tal, ser necessrio ter a capacidade de compreender e saber reagir de forma
correta perante as mais diversas situaes, facilitando essa interao com os outros.
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Atendedor |pg. 4
Ento como criar um clima agradvel dentro da organizao para que este tenha um
reflexo positivo para o pblico externo? A resposta a esta pergunta ser a de
conhecer-se a si prprio e queles que o rodeiam.
Conhecer os atores no processo de atendimento
Aqui os atores so todos aqueles que intervm no processo de atendimento, sendo:
O profissional de atendimento, com um desempenho fundamental na linha da
frente;
Os seus colegas e superiores hierrquicos, com papis, tambm importantes,
mas talvez mais resguardados e atuando numa linha de retaguarda;
Os clientes.
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Atendedor |pg. 5
Conhecer-se a si prprio
Para que a interao pessoal seja realmente eficaz no ambiente organizacional, ser
necessrio que cada colaborador que integra a organizao consiga ter o controlo
sobre as suas emoes e atitudes, conhecendo-se a si prprio, nomeadamente no
que diz respeito ao seu comportamento, atitudes e postura e como estes podero
afetar o ambiente de trabalho, a imagem da organizao e do prprio profissional.
Desta forma, cada colaborador dever fazer uma autoanlise relativamente sua
forma de ser e estar, atravs de algumas perguntas, as quais devem ser respondidas
com sinceridade, pois s assim poder melhor aperceber-se de quais sero os seus
aspetos positivos e negativos.
Autoestima
Todas as pessoas da nossa sociedade apresentam a necessidade ou o desejo de uma
(geralmente) alta avaliao estvel, firmemente baseada em si mesmos, para seu
respeito prprio, e para a estima dos outros.
Tais necessidades aparecem como que em dois estgios: primeiro como desejo de
autoconfiana, independncia, liberdade e, em segundo, como desejo de reputao
ou prestgio, reconhecimento, ateno, importncia (status).
Nas organizaes onde o indivduo trabalha, elas podem aparecer como necessidade
de estima (autoimagem); de valorizao e posio na organizao (valorizao
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Atendedor |pg. 6
As pessoas de mais sucesso em servios de contacto com clientes afirmam que ser
lcido significa dar uma autoimagem positiva. A expresso corporal normalmente
transmite mais de metade da mensagem:
Mensagens positivas
Ar descontrado e controlado revela que est preparado, sabe o que est a fazer e sente-se
Mensagens negativas
papel.
Sorriso ausente ou forado indicador de insegurana em si prprio e no que est a fazer e
que no lhe d prazer servir os clientes.
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Atendedor |pg. 7
Acolher
um
cliente
leva
aproximadamente
30
segundos.
Para
fazer
2. Linguagem verbal:
A linguagem expresso verbal. o que utilizamos para nos apresentarmos e
saudarmos os clientes. Na breve fase de acolhimento, os clientes formam opinies
sobre ns parcialmente a partir das palavras que utilizamos.
Aspetos da linguagem verbal incluem:
3.Linguagem corporal:
A linguagem corporal inclui a postura, os gestos e as expresses faciais. Comunica
atitude como o tom de voz. Os comportamentos fsicos assinalam aos clientes como
realmente nos sentimos acerca deles e acerca do que estamos a fazer.
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Atendedor |pg. 8
conhecimento do cliente;
Prometer apenas o que poder ser cumprido;
Promover perguntas com vista a entender as necessidades do cliente;
Aplicar a voz de forma clara e animadora;
Falar sempre a verdade;
Manter contactos internos e externos, fazendo-se presente;
Dominar as emoes para que no interfiram no bom atendimento ao cliente;
Resistir a frustraes;
Acreditar na capacidade de autodesenvolvimento e dos profissionais da prpria equipa;
Motivar as reas de interface para que se envolvam com os assuntos dos clientes;
Valorizar os colegas para ter maior adeso aos seus projetos;
Elogiar e agradecer aos colegas quando h apoio e sinergia;
Preocupar-se com a autoimagem e imagem do ambiente de trabalho.
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Atendedor |pg. 9
Habilidade de negociao;
Conhecer bem a estratgia da empresa e as suas tendncias;
Conhecer os parceiros de negcios da empresa (traders);
Identificar a estratgia de servios a clientes dos concorrentes, mantendo-se atualizado;
Conhecer as polticas de marketing e vendas da empresa e da concorrncia;
Conhecer o mercado;
Acompanhar e conhecer as aes e mobilizaes dos rgos de defesa do consumidor;
Adotar medidas inovadoras e pr-ativas;
Correr riscos para satisfazer o cliente.
COMPETNCIAS
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Atendedor |pg. 10
SABERES-SABER
SABERES-FAZER
SABERES-SER
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los da melhor forma, com a maior qualidade por forma a deix-lo satisfeito e a
satisfazer a empresa tambm.
Ento, o cliente :
O tratemos com o devido respeito e considerao uma vez que ele no servido; quem
serve.
No o faam perder tempo.
Lhe prestemos a mxima ateno.
O cliente pretende:
Encontrar por nosso intermdio o caminho mais curto para resolver o seu problema.
Saber com quem e como pode resolver de forma total o seu problema.
Receber no apenas uma resposta eficaz como tambm uma soluo eficaz.
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Atendedor |pg. 13
1.4.Simpatia
De entre os servios prestados ao cliente, o ATENDIMENTO destaca-se, de modo
especial, como um forte instrumento de diferenciao.
Quando um cliente se dirige a uma organizao, ele tem necessidade de se sentir:
Compreendido
Bem recebido
Importante
Confortvel.
1- Dizer o nome dos sentimentos do outro (ex.: "Compreendo que estejas frustrado...)
2- Dizer os motivos que levaram o outro a agir ou a sentir-se dessa forma (ex: "...porque
trabalhaste muito para este projeto e no foi aprovado!")
De qualquer forma, mais importante ter uma atuao emptica do que dizer frases
empticas. Por exemplo, h situaes em que a melhor forma de ser emptico
estar em silncio.
Por vezes, a empatia confundida com concordar, desculpar ou dar razo outra
pessoa. Este um equvoco: quando empatizamos com algum, compreendemos o
seu comportamento, mas no implica que concordemos com ele.
A empatia no implica uma perspetiva passiva face ao comportamento do outro; pelo
contrrio, depois de empatizarmos com algum e compreendermos a sua perspetiva,
estamos em melhores condies de fazer a nossa avaliao do seu comportamento.
nesta altura que podemos emitir a nossa opinio e/ou crtica. Por isso, muitas
vezes, devemos ser primeiro empticos e depois assertivos.
1.5.Disponibilidade
Relacionar-se ou compreender uma das fases mais importantes e mais difceis do
servio aos clientes porque requer que se concentre completamente no que o cliente
est a dizer. Pode ser particularmente difcil centrar-se sobre os seus clientes quando
o interpelam com as mesmas questes e solicitaes dia aps dia. E os clientes
valorizam a ateno personalizada que lhes puder dar.
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Atendedor |pg. 15
Escutar sentimentos e factos postos pelos clientes crtico para manter uma
interao positiva e criar confiana neles. uma competncia que requer muita
concentrao, especialmente em situaes em que o cliente difcil ou est
perturbado.
A escuta ativa orienta-se pela preocupao de compreender o que est a ser dito. A
escuta ativa encoraja o interlocutor a explicitar as suas necessidades, ao mesmo
tempo que d ao emissor a certeza de estar a compreender o que ele est a dizer.
De facto, temos a tendncia para ouvir o que queremos ouvir e ver o que queremos
ver. Devido a este facto, a mensagem recebida por ns muitas vezes
completamente diferente daquela que o emissor desejava transmitir.
As melhores ocasies para recorrer escuta ativa so quando no estamos certos de
ter compreendido o emissor ou quando transmitida uma mensagem fortemente
emocional (uma reclamao, por exemplo).
Quando usamos a escuta ativa, estamos a enviar um sinal ao interlocutor de que
confiamos nele, de que damos importncia s suas palavras e de que o estamos a
ouvir. Isto faz com que este se sinta mais confiante.
No que consiste ento a escuta ativa? Quais as atitudes e aes a tomar para escutar
ativamente?
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Atendedor |pg. 16
No devemos:
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Atendedor |pg. 17
Curtas;
Diretas;
Fechadas
Direcionais (dar sempre duas opes).
1.
2.
3.
4.
Colocar uma questo de cada vez; ser breve e conciso e fazer perguntas concretas de modo
1.6.Flexibilidade
A flexibilidade consiste na capacidade do atendedor adequar os procedimentos e a
postura tipologia de clientes com os quais se depara, no decorrer do quotidiano da
organizao, e diversidade de circunstncias da resultantes.
Numa primeira anlise, os clientes podem dividir-se em dois grupos:
Clientes internos
Clientes externos.
Clientes internos
So todos os colaboradores da organizao no seu constante relacionamento,
inerente ao desenvolvimento de toda uma atividade que, para ser eficiente e eficaz,
dever ter internamente um bom clima organizacional, que ir ter reflexos positivos
nos contactos com os clientes externos.
Clientes externos
Sero todos aqueles que contactam uma organizao, quer sejam clientes potenciais
(clientes em consulta ou fase de negociao), quer efetivos a quem a organizao j
presta servios ou vende produtos.
Por conseguinte, o bom relacionamento da organizao com os seus clientes
externos assenta essencialmente numa boa interao com os clientes internos, o que
quer dizer que na organizao existe um bom relacionamento interpessoal, uma boa
comunicao e cooperao entre os diversos sectores, clima que geralmente
transparece para o exterior.
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Atendedor |pg. 19
Como argumentar:
Bem-humorado
Caractersticas:
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Como argumentar:
Importante/Presunoso
Caractersticas:
Como argumentar:
Descuidado/Confuso
Caractersticas:
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Como argumentar:
Tome cuidado;
Desconfie dele;
Procure ter certeza do que ele pediu;
Registe por escrito o combinado.
Desconfiado/Curioso
Caractersticas:
Como argumentar:
Dar-lhe confiana;
Incentiv-lo;
Ser firme;
Dar detalhes lgicos;
Ser seguro ao expor seus argumentos;
Demonstrar segurana atravs de dados reais;
Fazer afirmaes que possam ser provadas naquele momento;
Procurar no dar muitas oportunidades para novas perguntas;
Inteligente
Caractersticas:
bem informado;
Sabe o que diz;
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No facilmente influencivel;
No gosta de argumentos fracos;
Tem muita confiana em si prprio;
Como argumentar:
Tmido/Calado/Silencioso
Caractersticas:
Procura conselhos;
No demonstra o que pensa;
No gosta de falar;
Tem medo de tomar decises;
No responde aos argumentos de vendas;
No se impressiona com as vantagens do produto.
Como argumentar:
Transmita-lhe confiana;
Aconselhe-o;
No o pressione;
Seja breve e sensato;
Faa-o demonstrar o que realmente sente;
D-lhe segurana e coragem para decidir;
Force um dilogo atravs de perguntas que exijam respostas;
Aproveite as oportunidades em que ele demonstrou um ponto de vista;
Irritado
Caractersticas:
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extremamente nervoso;
Discute por qualquer coisa;
No hesita em expor opinies;
Tem pavio curto;
Costuma ofender;
Critica o produto, a empresa, o vendedor, a concorrncia;
Como argumentar:
1.7.Assertividade
Os estilos de comunicao relacionam-se com a forma que escolhemos para
exprimirmos o nosso ponto de vista. Podemos faz-lo de uma forma:
1- Direta (de forma explcita) ou indireta (de forma implcita e que d lugar a vrias
interpretaes);
2- Diplomtica (expressar o ponto-de-vista prprio e respeitar que o outro tenha um
diferente) ou persuasiva (procurar convencer o outro a adotar o nosso prprio
ponto-de-vista).
A combinao destes critrios gera os 3 estilos de comunicao:
Forma de Expresso de um
Ponto-de-Vista
Direta
Diplomtia
Persusiva
Assertivo
Agressivo
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 24
Passivo
Passivo
(Geral)
(Manipulador)
Indireta
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Atendedor |pg. 25
ESTILO PASSIVO
Quando se expressa o ponto-de-vista de forma indireta e diplomtica; ou indireta e
persuasiva (vertente manipulador).
Utilizao Adequada:
til em situaes em que, por prudncia, reserva, ou desejo de escutar o outro,
prefira no expor (explicitamente) o seu ponto de vista. Pode tambm ser utilizado
quando se quer convencer de forma implcita os outros a agir de acordo com a nossa
vontade (vertente manipulador).
Utilizao Inadequada:
Resulta numa atitude de submisso, insegurana, desresponsabilizao, vitimizao
ou manipulao negativa.
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 27
3- Fazem-se afirmaes absolutas (so "certezas"; usa-se a 3 pessoa do singular) e pode serse muito argumentativo (ex: recorre-se a factos), eloquente ou dramtico;
4- Ameaa-se com represlias ou consequncias negativas.
1- Fala-se na primeira pessoa (Eu), -se claro e objetivo a dizer o que pensamos e queremos
do outro, mas sempre sob a forma de um pedido (tom colaborativo);
2- Procura ser-se relativo e valorizar a nossa perspetiva, sem diminuir outras;
3- Valoriza-se a opinio do outro, mas critica-se de forma construtiva (usa-se um discurso
elaborado e "cirrgico").
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 28
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 29
Estes foram alguns exemplos de como se pode "passar" de um estilo para outro, em
que se salientam as diferenas nas frases utilizadas.
A assertividade um treino sistemtico, em que o indivduo tem de reaprender a
autenticidade atravs de uma prtica gradual e regular. Ser verdadeiro no consiste
em "dizer tudo o que me vem cabea", mas sim em exprimir-me eficazmente,
tendo como objetivo a evoluo satisfatria e realista da situao.
necessrio, ento, saber que tipo de comportamento provoca esta reao; evitar a
mmica e a entoao contrria s palavras; tentar descrever as prprias reaes, em
vez de avaliar as aes dos outros; exprimir-me de forma positiva em vez de
desvalorizar, julgar, criticar, ridicularizar ou fazer interpretaes, facilitando a
expresso dos sentimentos dos outros.
Auto Estima
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 30
Determinao
Surge como o resultado da energia associada nossa fora de vontade para
prosseguir com os nossos objetivos at ao fim.
Empatia
Consiste na capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procurando
compreend-lo, escut-lo no fazendo juzos de valor.
Adaptabilidade
a capacidade de nos adaptarmos ao tipo de comunicao do outro. Ex: se
estamos a falar com adultos falamos de uma forma diferente de quando estamos
a falar com crianas; falar com um familiar diferente de falar com desconhecido.
Autocontrolo
a nossa capacidade de controlar os nossos sentimentos e emoes negativas de
modo a no interferirem na relao com o outro.
Tolerncia frustrao
Tem a ver com a nossa resistncia aos aspectos mais negativos da nossa vida.
Caracteriza-se pela capacidade de gerir as tenses e conflitos nas nossas relaes
com os outros.
Sociabilidade
Um comunicador assertivo deve ter prazer em comunicar e relacionar-se com os
outros.
Direitos da assertividade
Cada pessoa tem a sua sensibilidade e reage de forma diferente sem por isso, ser
considerado melhor ou pior que os outros.
Dizer No sei
O direito de dizer no sei quando realmente no sabemos, revela capacidade
para aceitarmos as nossas limitaes.
Ser escutado
O direito livre expresso de ideias e sentimentos s faz sentido quando algum
escuta. A capacidade de escuta vai para alm da nossa capacidade de ouvir.
Cometer erros
Este direito, parte da ideia de que errar humano.
No ser perfeito
Este direito tem a ver com o referido anteriormente. importante sabermos lidar
com as nossas limitaes que so prprias da condio humana.
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 32
Dizer No
Poder ser to assertivo dizer no, como dizer sim, depende do contexto.
1.8.Conhecimento
1.8.1.Da empresa (cultura, procedimentos, produtos/
servios)
A imagem de uma organizao corresponde expresso da sua identidade. Para uma
organizao, a sua imagem institucional um instrumento estratgico, que tem por
objetivo criar e fixar na memria do seu pblico, os seus valores reforados atravs
do desenvolvimento da sua atividade de comunicao.
Dentro deste princpio, uma organizao de sucesso redefine continuamente as suas
estratgias, reconhecendo a importncia do cliente no seu universo de negcio,
mantendo sempre o foco no cliente como fator primordial de sobrevivncia.
Face ao clima de constante mudana e competio que caracterizam a atividade
econmica, as empresas e organizaes tm que construir uma imagem slida e
credvel junto dos clientes.
Como tal, a construo da imagem de uma organizao deve passar por um
planeamento criterioso sobre o impacto que pretende ter nos seus clientes e
diferentes pblicos, nomeadamente no que diz respeito a certos aspectos que se
prendem com:
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 33
Uma empresa que passe uma imagem positiva dos seus produtos e servios, do seu
modo de organizao, dos seus recursos humanos, procurada por mais clientes e
tem tendncia a mant-los fiis.
. Espao fsico
. Localizao
. Decorao
. Ambiente geral
. Imagem geral sobre a empresa
. Tipo de informao disponibilizada
. Pessoal em contacto
Ter vontade ser capaz e cada vez melhor no desempenho da sua funo;
Respeitar a pessoa do cliente.
exigncia;
Emitimos crticas mais severas na avaliao das pessoas e dos servios que nos so
fornecidos;
Os conflitos com os clientes so mais frequentes;
A motivao dos colaboradores diminui;
A sensao de pertencer a uma equipa perdedora e sem entusiasmo aumenta;
A nossa satisfao e a implicao nas tarefas que executamos enfraquecem;
A competncia evidenciada pela maioria dos profissionais que nela trabalham foi posta em
organizao;
A normalidade encontrar pessoas motivadas no seu trabalho;
Os colaboradores sentem orgulho por ver reconhecida a sua competncia e por
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 35
Discusso da
tcnica
tcnica
Reter a importncia
A primeira
do primeiro
impresso
o aborda
contacto com o
condiciona todo o
cliente
desenrolar do
atendimento
Aplicao da tcnica
- Evite falar
simultaneamente com
vrias pessoas
- Focalize e concentre a sua
ateno apenas no cliente
- Se estiver a tratar de algo
ou ao telefone diga ao
cliente que aguarde um
momento
- Procure criar condies
para que o cliente se sinta
vontade
Procure perceber o
- Aperceba-se do tipo de
perfil do cliente, no
personalidade do cliente
o categorizando
atendido
- No condicione o
atendimento pelo aspeto,
forma de vestir, etc.
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 36
Identificao da
Discusso da
tcnica
tcnica
postura corporal
mos
o fluxo de
informao
Aplicao da tcnica
- No se incline demasiado
sobre o cliente
- Procure ficar face a face
- Assegure a distncia
indicada
- Costas direitas, sem
rigidez
- No balancear enquanto
fala
- No levante muito a
cabea (sinal de arrogncia)
- Evite cruzar as pernas
- Evite mos nos bolsos
Avalie a implicao
Adeque o
das barreiras
atendimento ao tipo
internas e externas
de objeto que o
cliente
separa do cliente
Adote um rosto
A utilizao de um
- Adeque o sorriso
natural e um sorriso
situao
sincero
um ambiente de
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 37
acolhimento ao
cliente
sinceridade e naturalidade
- Um sorriso forado e
plstico afasta o cliente
- Um sorriso sincero
aproxima o
Cliente
Identificao da
Discusso da
tcnica
tcnica
Utilize o contacto
Um elemento chave
ocular
no atendimento
(mas no
consiste em olhar
exageradamente!)
para o cliente.
Demonstra
interesse na
situao do cliente
Aplicao da tcnica
Escute atentamente
O sinal distintivo do
o cliente
Homem de dilogo
que escuta to
situao
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 38
situao
- A escuta permite filtrar a
informao
Utilize a tcnica da
Permite clarificar
- Quando pretende
reformulao
melhor as palavras
do cliente
cliente pretende
- Permite reter a informao
importante e colocar de
lado informao acessria
- Quando pretende obter
um compromisso do cliente
Identificao da
Discusso da
tcnica
tcnica
Utilize
O gesto correto
convenientemente o
facilita a
gesto
transmisso de
gesto
informao
Aplicao da tcnica
- Evite gesticular
demasiado, pode distrair o
cliente
- Evite gestos pontiagudos
ou cerrar punhos
- Evite gestos acima da
linha da Cabea
O timbre, entoao
adequado situao
e tom de voz
utilizados
cliente
influenciam o
atendimento. A voz
revela a
personalidade do
atendedor, projeta
sentimentos e
facilita o
entendimento da
informao pelo
voz
- Utilize um tom de voz
seguro
- Evite alteraes de timbre
(alto/baixo)
- Evite voz trmula
cliente
Utilize os
Uma utilizao
mecanismos verbais
correta de
diga; espere um
adequados
expresses
bocadinho; s um
momentinho; ento
profissionalizao
do atendimento
Identificao da
Discusso da
tcnica
tcnica
Controle as
Importa ter
consequncias de
conscincia das
longo do dia
uma sobrecarga de
implicaes que
trabalho/tempo
uma sobrecarga de
trabalho/contacto
podem ter no
atendimento
Aplicao da tcnica
- No exija demasiado de si
perante situaes de
atendimento mais leves
- No se esquea que o
ltimo cliente merece ser
to bem atendido como o
1
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 40
2.Atividades
ATIVIDADE A
APRESENTAO PESSOAL
Dever fazer uma apresentao pessoal aos restantes participantes, utilizando a lista
de adjetivos que se segue.
Dever selecionar os 5 adjetivos da lista que considere que tenham mais a ver
consigo, escrev-los no quadro e centrar a sua apresentao nesses 5 atributos.
Poder falar sobre a sua profisso, sobre si, a famlia, um hobby, ...
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 41
AGRESSIVO
ALEGRE
AMBICIOSO
ANALTICO
ATENCIOSO
CALMO
CANSADO
CORAJOSO
CRIATIVO
DEDICADO
DISTRAIDO
ESFORADO
FLEXVEL
FRANCO
GENEROSO
INOVADOR
NERVOSO
ORGANIZADO
POUPADO
PRTICO
RABUGENTO
SONHADOR
TMIDO
INDECISO
PERFEITO
RPIDO
ATIVIDADE B
O MEU PERFIL DE COMUNICAO
1 = Nunca
2 = Algumas vezes
3 = Habitualmente
4 = Muitas vezes
5 = Sempre
1
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 42
ATIVIDADE C
SOU ASSERTIVO/A?
NO
M
1. Quando uma Pessoa injusta, voc tende a no lhe dizer nada?
2. Faz sempre os possveis para evitar conflitos com as outras pessoas?
3. Costuma evitar contactos com outros com medo de fazer ou dizer algo
inadequado?
4. Se um amigo o prejudica ou revela um segredo seu, diz-lhe realmente aquilo
que pensa?
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 43
5. Se divide um trabalho com outra pessoa, insiste para que ela cumpra com a
sua parte?
6. Quando atendem primeiro que chegou antes de si, chama a ateno para o
facto?
7. Conhece poucas pessoas com quem esteja vontade e se sinta bem?
8. Hesita antes de pedir ajuda a um colega?
9. Quando algum se compromete consigo e no cumpre, faz questo de lhe
lembrar a falha?
10. Quando algum se aproveita do seu trabalho, tem dificuldade em expressar a
irritao?
11. Prefere sentar-se no fundo de uma sala em vez de se sentar num lugar
frente?
12. Se durante uma sesso de trabalho algum o incomoda, capaz de lhe
chamar a ateno?
13. Se o seu chefe lhe telefona tarde na noite para tratar de assuntos pendentes,
pedir-lhe-ia que lhe ligasse a horas mais convenientes?
14. Se estiver a conversar com algum que interrompe a conversa para falar com
um terceiro, expressa a sua irritao?
15. Se o trabalho que pediu a um colega contiver alguns erros, pede-lhe que os
corrija?
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 44
ATIVIDADE D
QUEM CONTA UM CONTO
INSTRUES DE PROCEDIMENTO:
1. ETAPA
1- O formador divide o grupo em formandos do lado direito e formandos do lado
esquerdo, imaginando uma linha divisria longitudinal na sala.
2- O formador explica o objetivo do exerccio e as regras de funcionamento:
transmitir o texto oralmente, desde o primeiro colega at ao ltimo de cada lado da
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 45
divisria. No podem tomar notas do que esto a ouvir, nem pedir para repetir mais
do que uma vez. O emissor deve ser claro na transmisso.
2 ETAPA
I - O formador l o texto ao ouvido do primeiro formando do lado direito e depois ao
primeiro formando do lado esquerdo.
II - Cada um destes deve contar a histria ao ouvido do colega do lado e assim
sucessivamente at ao ltimo colega do final da divisria.
Depois de terem transmitido a mensagem, cada participante dever escrever aquilo
que disse.
III - O ltimo formando da linha da direita, diz em voz alta a mensagem que lhe
chegou. De igual forma, o ltimo formando da linha da esquerda, diz o que lhe
chegou.
IV - Discutem-se os resultados e indagam-se razes para este fenmeno de distoro.
ATIVIDADE E
O CLIENTE AGRESSIVO
INSTRUES DE PROCEDIMENTO:
Dividir a turma em grupos de trs formandos.
Cada grupo deve preparar e dramatizar uma situao de atendimento de uma
reclamao tendo em ateno os seguintes aspectos:
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 46
Intervenientes:
Rececionista
Empregado de andares
Cliente
Situao:
Um hspede chega recepo de um hotel aborrecido. Informa o/a rececionista que
o quarto que lhe foi reservado est inabitvel porque cheira imenso a tabaco.
Nem ele nem a esposa fumam e o cheiro provoca-lhe nuseas. O hspede exige uma
soluo imediata.
O/A rececionista chama o empregado/a de andares e ambos tentam resolver a
reclamao e controlar a agressividade do cliente.
Durao:
Preparao da dramatizao: 20 minutos
Dramatizao: 10 minutos
ATIVIDADE F
EU TENHO O DIREITO DE
Objetivos
Metodologia
Desenvolvimento
Discusso
SITUAO 1
Ests com os teus amigos numa fila para comprar bilhetes de cinema. Algum tenta
meter-se tua frente. Reages.
SITUAO 2
Num restaurante sentes-te incomodado pelo fumo de uma pessoa da mesa ao lado.
Pedes-lhe para apagar o cigarro. Ela recusa, respondendo incorretamente.
SITUAO 3
Faltam 5 minutos para a repartio fechar. A funcionria recusa-se a atender-te
dizendo para voltares no dia seguinte. Defendes o teu direito de ser atendido.
3.Corrigenda
ACTIVIDADE B
Se atingir uma pontuao de 40 ou acima, tem com certeza uma boa relao com os seus
clientes.
Entre 39 e 15, tem necessidade de cultivar a sua capacidade de relacionamento com outras
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 48
ACTIVIDADE C
Comportamento Assertivo:
1-Sim, 2-No, 3-No, 4-Sim, 5-Sim, 6-Sim, 7-No, 8-No, 9-Sim, 10-No, 11No, 12-Sim 13-Sim, 14-Sim, 15-Sim, 16-Sim, 17-Sim, 18-Sim, 19-Sim, 20-Sim.
Comportamento no assertivo:
1-No, 2-Sim, 3-Sim, 4-No, 5-No, 6-No, 7-Sim, 8-Sim, 9-No, 10-Sim, 11Sim, 12-No 13-No, 14-No, 15-No, 16-No, 17-No, 18-No, 19-No, 20No.
4.Bibliografia
Marinho, Elsa, Qualidade no atendimento ao pblico Manual Tcnico-Formando,
Associao Diogo de Azambuja, s/d;
Moreira, Isabel, A Excelncia no Atendimento, Lidel, 2010;
Rodrigues, Ana Isabel, Workshop de Tcnicas de Atendimento. Instituto Politcnico de Beja, 2008;
Leite, A., Relaes interpessoais e comunicao, Ed. CECOA, 2008;
Stuart, R., Jogos para formadores: desenvolvimento de equipas, Ed. Monitor, 2000;
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 49
Vieira, A., Manual de Tcnicas de Comunicao, Ed. Instituto Bento de Jesus Caraa,
2007.
Perfil e Funes do
Atendedor |pg. 50