PCMSO Frigorifico Figo
PCMSO Frigorifico Figo
PCMSO Frigorifico Figo
FRIGORFICO 3A ALIMENTOS
FRIGORFICO 3A ALIMENTOS LTDA.
Br 153 Km 1145 Zona Rural
Jaragu - GO CEP 76330-000
REALIZAO
INDICAO
A Empresa: FRIGORFICO 3A ALIMENTOS LTDA. estabelecida a Br 153 Km
1145 Zona Rural Jaragu - GO CEP 76330-000 , no ramo abate de reses, preparao
de produtos de carne CNAE 15.11-3 Grau de Risco 3 Grupo da NR 5 C -2 com 38
funcionrios, em cumprimento ao estabelecido pela Norma Regulamentadora 7 da
Portaria 24/94, alterada pela Portaria 8 de 08/05/96 da SSST - Secretaria de Segurana e
Sade do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego, observando os itens: 7.3.1
letras C e E, indica para elaborar, implantar e coordenar o PCMSO - Programa de
Controle Mdico e Sade Ocupacional, tendo como Mdico Coordenador o Dr. Milton
Ricardo CRM - GO 2594.
,
IDENTIFICAO DA EMPRESA
Nome Fantasia:
FRIGORFICO 3A ALIMENTOS
Nome Empresarial:
Endereo:
Atividade
Principal:
CNAE:
15.11-3
Grau de Risco:
Horrios de Trabalho
Grupo NR 5:
C -2
Funcionrios:
Masculino:
29
Feminino:
09
00
00
38
NOTA IMPORTANTE
Na regio no tem Mdico do Trabalho, portanto segundo a letra "e" do item 7.3.1 da
Norma Regulamentadora 7:
7.3.1. Compete ao empregador
e) inexistindo mdico do trabalho na localidade, o empregador poder contratar
mdico de outra especialidade para coordenar o PCMSO - Programa de Controle
Mdico e Sade Ocupacional.
A empresa indicou a mim Dr. Milton Ricardo CRM - GO 2594 como Mdico
Coordenador do PCMSO - Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional no
perodo de vigncia de Outubro de 2010 a Setembro de 2011.
6
alteraes. O PCMSO poder ser alterado a qualquer momento, em seu todo ou em
parte, sempre que o Mdico Coordenador detectar mudanas em riscos ocupacionais
decorrentes de alteraes nos processos de trabalho, novas descobertas da cincia
mdica em relao aos efeitos de riscos existentes, mudana de critrios de
interpretao de exames ou ainda reavaliaes do reconhecimento dos riscos.
8
7.2.4. O PCMSO dever ser planejado e implantado com base nos
riscos sade dos trabalhadores, especialmente os identificados nas
avaliaes previstas nas demais NR.
7.3. Das responsabilidades.
7.3.1. Compete ao empregador:
a) garantir a elaborao e efetiva implementao do PCMSO, bem
como zelar pela sua eficcia; (107.001-0 / I2)
b) custear sem nus para o empregado todos os procedimentos
relacionados ao PCMSO; (107.046-0)
c) indicar, dentre os mdicos dos Servios Especializados em
Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT, da
empresa, um coordenador responsvel pela execuo do PCMSO;
(107.003-7 / I1)
d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter mdico do
trabalho, de acordo com a NR 4, dever o empregador indicar mdico
do trabalho, empregado ou no da empresa, para coordenar o
PCMSO; (107.004-5 / I1)
e) inexistindo mdico do trabalho na localidade, o empregador poder
contratar mdico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
(107.005-3 / I1)
7.3.1.1. Ficam desobrigadas de indicar mdico coordenador s
empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com
at 25 (vinte e cinto) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4,
segundo o Quadro 1 da NR 4, com at 10 (dez) empregados.
7.3.1.1.1. As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e
at 50 (cinqenta) empregados, enquadrados no grau de risco 1 ou 2,
segundo o Quadro 1 da NR 4, podero estar desobrigadas de indicar
mdico coordenador em decorrncia de negociao coletiva.
7.3.1.1.2. As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com at
20 (vinte) empregados, enquadrados no grau de risco 3 ou 4, segundo
o Quadro 1 da NR 4, podero estar desobrigadas de indicar mdico do
trabalho coordenador em decorrncia de negociao coletiva, assistida
por profissional do rgo regional competente em segurana e sade
no trabalho.
9
7.3.1.1.3. Por determinao do Delegado Regional do Trabalho, com
base no parecer tcnico conclusivo da autoridade regional competente
em matria de segurana e sade do trabalhador, ou em decorrncia
de negociao coletiva, as empresas previstas no item
7.3.1.1 e subitens anteriores podero ter a obrigatoriedade de
indicao
de
mdico
coordenador,
quando
suas
condies
10
dever ser, no mnimo, semestral, podendo ser reduzida a critrio do
mdico coordenador, ou por notificao do mdico agente da inspeo
do trabalho, ou mediante negociao coletiva de trabalho. (107.015-0 /
I2)
7.4.2.2. Para os trabalhadores expostos a agentes qumicos noconstantes dos Quadros I e II, outros indicadores biolgicos podero
ser monitorizados, dependendo de estudo prvio dos aspectos de
validade toxicolgica, analtica e de interpretao desses indicadores.
(107.016-9 / I1)
7.4.2.3. Outros exames complementares usados normalmente em
patologia clnica para avaliar o funcionamento de rgos e sistemas
orgnicos podem ser realizados, a critrio do mdico coordenador ou
encarregado, ou por notificao do mdico agente da inspeo do
trabalho, ou ainda decorrente de negociao coletiva de trabalho.
(107.017-7 / I1)
7.4.3. A avaliao clnica referida no item 7.4.2, alnea "a", com parte
integrante dos exames mdicos constantes no item 7.4.1, dever
obedecer aos prazos e periodicidade conforme previstos nos subitens
abaixo relacionados:
7.4.3.1. no exame mdico admissional, dever ser realizada antes que
o trabalhador assuma suas atividades; (107.018-5 / I1)
7.4.3.2. no exame mdico peridico, de acordo com os intervalos
mnimos de tempo abaixo discriminados:
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situaes de trabalho que
impliquem
desencadeamento
ou
agravamento
de
doena
11
b) para os demais trabalhadores:
b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45
(quarenta e cinco) anos de idade; (107.021-5 / I2)
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e
45 (quarenta e cinco) anos de idade. (107.022-3 / I1)
7.4.3.3. No exame mdico de retorno ao trabalho, dever ser realizada
obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador
ausente por perodo igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de
doena ou acidente, de natureza ocupacional ou no, ou parto.
(107.023-1 / I1)
7.4.3.4.
No
exame
mdico
de
mudana
de
funo,
ser
12
de comum acordo entre as partes ou por profissional do rgo regional
competente em segurana e sade no trabalho.
7.4.3.5.3. Por determinao do Delegado Regional do Trabalho, com
base em parecer tcnico conclusivo da autoridade regional competente
em matria de segurana e sade do trabalhador, ou em decorrncia
de negociao coletiva, as empresas podero ser obrigadas a realizar
o exame mdico demissional independentemente da poca de
realizao de qualquer outro exame, quando suas condies
representarem potencial de risco grave aos trabalhadores.
7.4.4. Para cada exame mdico realizado, previsto no item 7.4.1, o
mdico emitir o Atestado de Sade Ocupacional - ASO, em 2 (duas)
vias.
7.4.4.1. A primeira via do ASO ficar arquivada no local de trabalho do
trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras,
disposio da fiscalizao do trabalho. (107.026-6 / I2)
7.4.4.2. A segunda via do ASO ser obrigatoriamente entregue ao
trabalhador, mediante recibo na primeira via. (107.027-4 / I2)
7.4.4.3. O ASO dever conter no mnimo:
a) nome completo do trabalhador, o nmero de registro de sua
identidade e sua funo; (107.048-7 / I1)
b) os riscos ocupacionais especficos existentes, ou a ausncia deles,
na atividade do empregado, conforme instrues tcnicas expedidas
pela Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho -SSST; (107.049-5 /
I1)
c) indicao dos procedimentos mdicos a que foi submetido o
trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que
foram realizados; (107.050-9 / I1)
d) o nome do mdico coordenador, quando houver, com respectivo
CRM; (107.051-7 / I2)
e) definio de apto ou inapto para a funo especfica que o
trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; (107.052-5 / I2)
f) nome do mdico encarregado do exame e endereo ou forma de
contato; (107.053-3 / I2)g) data e assinatura do mdico encarregado do
13
exame e carimbo contendo seu nmero de inscrio no Conselho
Regional de Medicina. (107.054-1 / I2)
7.4.5. Os dados obtidos nos exames mdicos, incluindo avaliao
clnica e exames complementares, as concluses e as medidas
aplicadas devero ser registrados em pronturio clnico individual, que
ficar sob a responsabilidade do mdico-coordenador do PCMSO.
(107.033-9 / I3)
7.4.5.1. Os registros a que se refere o item 7.4.5 devero ser mantidos
por perodo mnimo
de 20 (vinte) anos aps o desligamento do trabalhador. (107.034-7 / I4)
7.4.5.2. Havendo substituio do mdico a que se refere o item 7.4.5,
os arquivos devero ser transferidos para seu sucessor. (107.035-5 /
I4)
7.4.6. O PCMSO dever obedecer a um planejamento em que estejam
previstas as aes de sade a serem executadas durante o ano,
devendo estas ser objeto de relatrio anual. (107.036-3 / I2)
7.4.6.1. O relatrio anual dever discriminar, por setores da empresa, o
nmero e a natureza dos exames mdicos, incluindo avaliaes
clnicas
exames
complementares,
estatsticas
de
resultados
14
sintomatologia ou sinal clnico, dever o trabalhador ser afastado do
local de trabalho, ou do risco, at que esteja normalizado o indicador
biolgico de exposio e as medidas de controle nos ambientes de
trabalho tenham sido adotadas. (107.040-1 / I1)
7.4.8. Sendo constatada a ocorrncia ou agravamento de doenas
profissionais, atravs de exames mdicos que incluam os definidos
nesta NR; ou sendo verificadas alteraes que revelem qualquer tipo
de disfuno de rgo ou sistema biolgico, atravs dos exames
constantes dos Quadros I (apenas aqueles com interpretao SC) e II,
e do item 7.4.2.3 da presente NR, mesmo sem sintomatologia, caber
ao mdico-coordenador ou encarregado:
a) solicitar empresa a emisso da Comunicao de Acidente do
Trabalho - CAT; (107.041-0 / I1)
b) indicar, quando necessrio, o afastamento do trabalhador da
exposio ao risco, ou do trabalho; (107.042-8 / I2)
c) encaminhar o trabalhador Previdncia Social para estabelecimento
de nexo causal, avaliao de incapacidade e definio da conduta
previdenciria em relao ao trabalho; (107.043-6 / I1)
d) orientar o empregador quanto necessidade de adoo de medidas
de controle no ambiente de trabalho. (107.044-4 / I1)
7.5. Dos primeiros socorros.
7.5.1. Todo estabelecimento dever estar equipado com material
necessrio prestao dos primeiros socorros, considerando-se as
caractersticas da atividade desenvolvida; manter esse material
guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para
esse fim. (107.045-2 / I1)
15
.ESTRATGIAS DE AO
O PCMSO prope o planejamento e subseqente implantao de um Programa de
Promoo de Sade/Preveno de Doenas em ambiente de trabalho, dentro do esprito
de uma meta "Sade para todos os funcionrios".
O desenvolvimento do PCMSO ser um projeto de melhoria da qualidade de vida do
funcionrio e que dever ser disseminando em toda a empresa FRIGORFICO 3A
ALIMENTOS LTDA..
A idia bsica do PCMSO ser promover a sade, estimulando os funcionrios a
mudar o seu estilo de vida, englobando a prtica de exerccios fsicos, antitabagismo,
controle de colesterol, hipertenso etc.
O PCMSO SER dividindo em duas fases.
A Primeira fase: ser de informao sobre o programa, levantamento de dados
(primeiros exames clnicos, preenchimento dos pronturios, exames laboratoriais e
aplicao de questionrio) com o objetivo de traar o perfil da sade e os fatores de
riscos de todos os funcionrios.
A Segunda fase ser educativa, forme Cronograma de Aes em anexo, visando o
objetivo da conscientizao dos funcionrios, atravs de palestras, vdeos e cartazes.
Oferecendo ao funcionrio uma melhoria nas condies de sade e preveno de
doenas.
O desenvolvimento de um projeto de sade no questo de paternalismo. A qualidade
de vida significa aumento de produo, alm de racionalizar os custos.
O grande diferencial da empresa FRIGORFICO 3A ALIMENTOS LTDA.. so
seus funcionrios, por isso necessrio se dedicar sade dos mesmos .
O PCMSO objetivando a melhoria da qualidade de vida visa capacitar as pessoas para o
gerenciamento de sua prpria sade, pois o Mdico Coordenador., acredita que
funcionrios saudveis garantem o aumento da produtividade e colaboram na formao
de um ambiente interno mais agradvel.
16
Setor
Funo
Produo
Produo
Auxiliar de Produo
Cozinhas
Cozinheira
Bucharia
Auxiliar de Bucharia
Transporte
Motorista
Embarque
Balanceiro
Produo
Encarregado de Abate
Administrao
Gerente Administrativo
Administrao
Financeiro
Administrao
Auxiliar Administrativo
Segurana
Vigilante
Exposio a
Riscos
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
Rudo
Esforo Fsico
Trabalho em P
Esforo Repetitivo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
No est exposto a
risco especfico
conforme NR 9
SEXO
M F
06
00
15
05
00
00
02
00
04
00
00
00
01
00
01
00
00
01
00
01
00
00
17
Setor
Produo
Carregamento
Administrao
Produo
Produo
Funo
Exposio a
Riscos
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Trabalho em P
Serrador
Movimento
Repetitivo Contnuo
Esforo Repetitivo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Encarregado de Carregamento Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Jardineiro
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Magarefe
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
Rudo Biolgico
Esforo Fsico
Faqueiro
Trabalho em P
Movimento
Repetitivo Contnuo
SEXO
M F
01
00
01
00
01
00
01
00
01
01
18
Auxiliar Administrativo
Auxiliar de Servios Gerais I
Auxiliar de Produo
Auxiliar de Buxaria
Balanceiro
Cozinheira
Encarregado de Abate
Encarregado de Carregamento
Faqueiro
Financeiro
Gerente Administrativo
Jardineiro
Magarefe
Motorista
Secretria
Serrador
Vigilante
ANUAL
: < 18 e 45 : Anual
18 e <Idade
45 : Bienal
SETOR/FUNO
Admissional
AUDIOMETRIA
19
20
Audiometria
Dever ser
realizado
antes que o
trabalhador
assuma suas
atividades
Demissional
Peridico
Repetir
audiometria
aps 6 meses e
primeira e
posteriormente
anual.
Obrigatoriamente
realizada at a
data da
homologao.
Mudana de
Funo
obrigatoriamente
realizada antes
da data da
mudana.
Retorno ao
Trabalho
Obrigatoriamente
no primeiro dia da
volta ao trabalho
de trabalhador
ausente por
perodo igual ou
superior a 30
(trinta) dias
A critrio
Mdico
21
Anexo I
Riscos Biolgicos
Embora no conste do PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais,
elaborado em Agosto de 2002, a indicao de Riscos Biolgicos, importante citar
que h funes que se pode enquadrar como insalubre e expostas a riscos
biolgicos.
Citando primeiramente o anexo 14 da Norma Regulamentadora 15:
22
Este anexo pode deixar dvidas em sua interpretao porm transcrevemos partes
do Trabalho apresentado pelo Engenheiro Antonio Carlos Vendrame, em cujo
parecer estamos nos baseando assim como consulta realizada ao Engenheiro Luiz
Rosa do SESI GO, que tem elabora Laudos Tcnicos para frigorficos e
determinando a insalubridade e os riscos biolgicos para algumas atividades e
setores de frigorficos:
A INSALUBRIDADE POR AGENTES BIOLGICOS
THE INSALUBRITY BY BIOLOGICAL AGENTS
Trabalho apresentado no XV Congresso Mundial de Segurana e Sade no
Trabalho e artigo de capa da Revista CIPA edio n. 241.
23
2. Histrico
24
classificados como periculosos, como foram s radiaes ionizantes, que
esto classificadas como insalubres, mas quando existe o manuseio ou
exposio direta a fontes naturais, a atividade caracterizada como
periculosa.
Outra questo importante a ser citada quanto exposio do
trabalhador; o anexo n14 prescreve que o contato deve ser permanente,
alis, dentro do preceito legal da insalubridade.
A rigor, particularmente os trabalhadores rurais que tm como exemplo de
atividade o corte da cana e o desmatamento, sujeitos a riscos de picadas
de peonhentos e mordeduras de animais, tambm deveriam ser
contemplados com o adicional; no entanto, nossa legislao, divorciada de
modernos conceitos, ainda no faz referncias a tais riscos biolgicos.
Conforme estatsticas do Hospital Vital Brazil do Instituto Butant de So
Paulo, alis, o nico servio especializado no atendimento de acidentes
causados por animais peonhentos de todo o mundo, os pacientes so,
geralmente, das reas rurais, vtimas de picadas de cobras, aranhas e
escorpies.
Segundo a Coordenao de Segurana do Trabalho na Agricultura da
FUNDACENTRO, os episdios por picadas de cobras, variando de 1.000 a
1.200 ao ano, so os campees de acidentes no campo, sendo, inclusive,
superiores aos casos de intoxicao por agrotxicos.
Apesar da nfase que demos aos riscos de picadas e mordeduras de
animais no trabalho rural, no podemos olvidar que no so estes os
nicos riscos; alis, o trabalhador do campo est sujeito a uma infinidade
de outros agentes biolgicos oriundos de plantas, animais e do solo.
4. A transmisso do agente biolgico
[ III ]
25
cosmticos ou perfumes sobre a pele dentro de tais recintos. Medidas
simples, como por exemplo, o hbito de lavar as mos, funciona como
eficiente medida contra as contaminaes pelas mucosas.
A mucosa gastrintestinal, quando habitada por flora bacteriana normal,
oferece proteo contra infeco por agentes patognicos; no entanto,
esta barreira destruda quando administrada terapia com uso de
antibiticos.
A hiptese mais trivial de risco biolgico o contato dos profissionais da
sade - incluindo-se nestes os patologistas, laboratoristas, cirurgies,
dentistas, flebotomistas, pessoal que lida com emergncias, banco de
sangue, dilise e oncologia - com pacientes, particularmente os infectocontagiosos. A atmosfera do interior de um hospital possui grande carga
microbiana, expondo no s os pacientes, que por sua vulnerabilidade se
tornam presa fcil, mas tambm os trabalhadores, que em algumas
oportunidades, atuam como vetores de agentes.
"Aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados infectam-se,
freqentemente em conseqncia de procedimentos invasivos ou de
terapia imunossupressora. Essas infeces so mais comumente causadas
por estafilococos sensveis meticilina, enterobactrias e pseudomonas; a
identidade do organismo causador pode fornecer alguma indicao em
relao sua fonte. As infeces com esses patgenos nem sempre so
investigadas, a no ser que haja evidncia de um surto de fonte comum,
ou infeco cruzada com um significante colapso nos procedimentos de
controle de infeces." (Howard, Casewell, 1996:52) [IV]
A infeco hospitalar pode ser adquirida de fontes exgenas e endgenas,
que so as mais comuns. "Se o agente causador da doena surgir da flora
microbiana normalmente presente no corpo da pessoa (flora nativa), a
infeco resultante chamada endgena. Por exemplo, muitas infeces
do trato urinrio so causadas por agentes como E. Coli ou Pseudomonas
spp., que so normalmente encontrados nas fezes do paciente." (Plog,
1996:405) [V].
A transmisso de fontes exgenas feita atravs das mos, ar, fmites
[2] ou ingesto de gua ou alimento contaminado. Existem trs fontes
exgenas de microorganismos:
o meio hospitalar, representado por microambientes abundantes em gua
e nutrientes, alm do prprio ar atmosfrico, que, no entanto, possui
importncia secundria;
os equipamentos mdicos, que indevidamente esterilizados constituem-se
em fontes de microorganismos;
os profissionais que lidam com pacientes cronicamente enfermos, que
eventualmente podem se transformar em fontes de microorganismos
capazes de infectar outros pacientes.
"As infeces em hospitais podem ser classificadas como:
26
adquiridas na comunidade: transmitidas para pacientes ou trabalhadores;
adquiridas ocupacionalmente: resultado de exposio dos trabalhadores;
nosocomial: infeces hospitalares adquiridas de pacientes." (Plog,
1996:407) [VI].
.........
6. O controle dos agentes biolgicos
27
difundida em outros pases. Medida da Secretaria de Estado da Sade
(SP) tornou obrigatria, a partir de julho de 1997, vacinao em todos os
profissionais de sade, da rede pblica ou privada, com a utilizao da
vacina Trplice Viral, inicialmente devido ocorrncia de casos de sarampo
ocupacional, alm do controle da Rubola e da Sndrome da Rubola
Congnita.
A ttulo de proteo coletiva, podemos citar as boas prticas especialmente das tcnicas microbiolgicas seguras - advindas do
constante treinamento e aperfeioamento do pessoal envolvido com riscos
biolgicos, alm das cabines, que segregam o trabalhador da rea
contaminada, bem como da padronizao dos procedimentos frente a
acidentes, das rotinas de limpeza e desinfeco das reas e dos
equipamentos e do destino dos resduos slidos.
Dentre as boas prticas laboratoriais, inclusive preconizadas na Instruo
Normativa n7 [IX] da Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana CTNBio, para trabalho com organismos geneticamente modificados OGMs [X], citamos as seguintes:
deve ser dada ampla informao a todos os trabalhadores sobre o potencial de risco
existente no laboratrio;
no interior do laboratrio devem ser utilizadas roupas apropriadas e mscaras; nos
casos de alto risco, devem ser utilizadas roupas do tipo escafandro e respiradores com
presso positiva;
preferencialmente, os trabalhos devem ser realizados sob situao de conteno, que
no permite o escape ou liberao para o meio ambiente;
em situaes de risco elevado, as roupas devem ser descontaminadas antes de serem
encaminhadas lavanderia ou descarte;
as superfcies de trabalho devem ser descontaminadas, pelo menos uma vez ao dia ou
sempre que ocorrer derramamento;
todo resduo slido ou lquido contaminado deve ser descontaminado antes de ser
descartado;
todo material e equipamentos que entrarem em contato com microorganismos devem
ser descontaminados;
todo lixo proveniente de laboratrio e sala de animais deve ser descontaminado antes
de ser descartado;
nunca pipetar com a boca; utilizar sempre as peras automticas ou outros equivalentes;
devem ser usadas somente seringas com agulha fixa e em uma unidade nica, as quais
devem ser autoclavadas no descarte;
em casos de alto risco, devem ser utilizados ambientes selados ou com fluxo de ar
unidirecional.
28
papilomatose bovina;
brucelose;
toxoplasmose.
.......
8. Concluso
Enfim, vrias atividades laborais submetem os trabalhadores exposio de agentes
biolgicos, que ao contrrio dos tpicos agentes insalubres - que agem insidiosa e
cumulativamente no organismo humano agem de forma abrupta, sendo
caracteristicamente letais em alguns casos; alm do que, dadas suas peculiaridades, via
de regra, o trabalhador no sabe que est se expondo a um agente biolgico, que por ser
microscpico, o impede de se preservar ou evitar a exposio.
A legislao brasileira pobre na caracterizao dos riscos biolgicos, instituindo
adicional para uns poucos riscos nominados; no exige qualquer anlise quantitativa,
mas, to somente uma anlise qualitativa (inspeo no local de trabalho), deixando de
lado atividades tpicas classificadas como de risco biolgico, a exemplo dos trabalhadores
rurais.
A melhor proteo que podemos oferecer ao trabalhador a informao e treinamento,
pois de nada valeria uma parafernlia de equipamentos de proteo individual, se estes
forem incorretamente empregados; a negligncia ainda forte aliada dos riscos
biolgicos, que fazem do trabalhador, especialmente o desqualificado, presa fcil desta
ameaa.
29
2. so os utenslios que podem veicular o parasito entre os hospedeiros, por
exemplo: roupas, seringas, espculos etc.
3. esta descontinuidade pode ser devida, por exemplo, a uma dermatite crnica,
eczema ou psorase.
30
P
Frigorfico A3
R
Indicar
funcionrio e
promover
curso de
primeiros
socorros
Frigorfico A3
Realizar o
PPRA
Frigorfico A3
Realizar
Anlise
Ergonmica
e
Implantao
de
Ginstica
Laboral
Campanha
de Sade
sobre
DST/AIDS
Controlar o
uso de EPI
Realizar
Dosimetria
do rudo
Relatrio
Anual
Manter
Caixa de
Primeiros
socorros
abastecida
Ja
n.
Responsvel
P
R
P
R
P
Frigorfico A3
R
P
Dr. Milton Ricardo
R
P
Frigorfico A3
R
P
Frigorfico A3
R
P
Fe
v.
Ma Ab M
r.
r.
ai
Ju
Ag S Ou No
Jul
n
o
et t.
v.
De
z.