Paisagismo Panorama Histórico
Paisagismo Panorama Histórico
Paisagismo Panorama Histórico
Contedo
terico
da
Disciplina
Planejamento dos Espaos Pblicos
Urbanos, ofertada no Curso de PsGraduao em Engenharia Urbana.
MARING PARAN
2011
PAISAGISMO E PANORAMA
HISTRICO
1.1. INTRODUO
Plausvel seria resgatar os meandros da histria em seu perodo mais antigo e trazer
luz os primrdios dos jardins. No entanto, nem tudo ainda se conhece sobre os
jardins da antigidade. Ao arquelogo pouco factvel reconstruir esses espaos,
tendo em vista o carter perecvel da vegetao. Os estudos e a reconstituio dos
jardins de ento se baseiam, sobretudo, em pinturas e escritos literrios encontrados
em escavaes arqueolgicas. Os registros histricos apontam que a arte da
jardinagem surgiu pela primeira vez, de forma independente, em dois lugares
distintos: Egito e China. Os jardins egpcios estiveram baseados nas pequenas
reas agrcolas irrigadas do deserto, e os chineses nos parques de caa imperial.
Com a obteno de um certo grau de desenvolvimento, o homem manifesta a
exigncia de construir jardins. Inicialmente vinculado a funes de utilidade, depois
elementos de ligao entre edifcio e espao circundante, natural complemento
residencial ou das cidades, os jardins constituem-se em um dos espelhos do modo
de viver dos povos que o criaram nas diferentes pocas e culturas. Os jardins, com o
passar do tempo, assumiram sempre mais uma funo esttica, verdadeira e prpria
forma de arte. Somente no sculo XIX eles assumem precpua funo utilitria,
sobretudo nas zonas urbanas densamente povoadas.
Para Calcagno (1983) e Chiusoli (1985), possvel identificar nas diferentes pocas
histricas duas tendncias fundamentais com relao evoluo dos jardins:
arquitetnica, prpria dos jardins regulares, nos quais o elemento vegetal
concebido e empregado de maneira rigorosamente geomtrica e moldado em
formas artificiais;
pictrica, prprio dos jardins irregulares nos quais se busca reproduzir o mais
possvel a natureza, para aproxim-la de modo completo e espontneo ao
homem.
Ainda segundo Chiusoli (1985), verifica-se no sculo presente a manifestao de
uma terceira tendncia, qual seja, aquela ligada funcionalidade. Essa
funcionalidade, entretanto, est atrelada, tambm, ao carter arquitetnico e
pictrico, onde o somatrio dos trs enseja um elemento que deva atender a fins
higinico-sanitrios, de melhoramento ambiental, ecolgico, proteo e aspectos
psico-sociais.
Apesar de muito da histria dos jardins ter se perdido no tempo, ainda assim
possvel traar o caminho de sua evoluo. Partindo de seu carter mtico-religioso o paraso prometido no livro Gnesis da Bblia -, ou de seus mitos e lendas, ou
ainda dos registros que comprovam a existncia dos Jardins Suspensos da
Babilnia, at os jardins modernos, passando pelo Egito, Grcia e Roma antiga,
verificamos a importncia de cada momento histrico-cultural na concepo de
outros espaos que no somente o jardim privado. A histria recente mantm vivos
os jardins do Renascimento francs e italiano e a Inglaterra com seu jardim
paisagstico.
EGITO
3.000 a.C.
CHINA
formal
retilneo
arquitetnico
Caractersticas
informal
sinuoso
naturalista
Egito
Grcia
Prsia
ndia
Roma antiga
Mouros
Renascimento
(Frana, Itlia)
Japo
Inglaterra
(Revoluo Industrial)
Moderno Paisagismo
Dos Jardins Suspensos da Babilnia, conhecidos como sendo uma das sete
maravilhas do mundo antigo, nunca se encontrou qualquer runa: sua existncia est
relatada nos escritos de Diodoro Siculo1, Estrabo2 e Xenofonte3, que descrevem
detalhadamente essa obra da engenharia humana (CHIUSOLI, 1985).
1
Diodoro Siculo ou Diodoro da Siclia. Grego de origem e natural da Siclia, nasceu em princpios do sculo I a.C. Escreveu
"Biblioteca Histrica", fruto de suas viagens pela Europa, sia e Egito.
2
Estrabo (60 a.C. - 21 d.C.).Gegrafo e historiador grego nascido em Amsia, no Ponto. Dedicou sua vida a viagens e
estudos, tendo visitado a Grcia e o Egito. Autor de "Geografia", este compndio fornece extensas observaes sobre a regio
do Mediterrneo, assim com copiosas referncias a escritores que o antecederam.
Datados do sculo VII e VIII a.C. segundo alguns autores, a 3.500 a.C. segundo
outros, e restaurado por Nabucodonosor4 no sculo VI a.C., os Jardins Suspensos
da Babilnia so o mais significativo representante de toda uma gama de outros
jardins que foram implantados pela cultura mesopotmica ao longo do Rio Eufrates.
Para se entender melhor a arquitetura, a engenharia, a paisagem e a prpria
existncia dos Jardins Suspensos da Babilnia, mister se faz conhecer o ambiente
geogrfico onde eles estavam inseridos. Entre o planalto desrtico da Arbia e a
cadeia montanhosa do Ir, os Rios Tigre e Eufrates atravessam a plancie
Mesopotmica. Os dois rios nascem ao norte entre as montanhas da Turquia, e
correm paralelos, no grande vale aluvial, para se unirem ao sul antes de
desembocarem no Golfo Prsico. O ambiente similar quele do Vale do Rio Nilo, o
clima desrtico e em ausncia de gua totalmente imprprio para a agricultura.
Mas a grande plancie, em parte desrtica, h dimenses geogrficas
completamente diferentes. Favorecida pela presena do Eufrates e Tigre, a
agricultura floresce graas a um sofisticado sistema de canais de irrigao, existente
h 4.000 a.C., e que permitiu o estabelecimento da civilizao mesopotmica. Ao
longo do Tigre e Eufrates as obras de canalizao e irrigao no somente levavam
gua para os campos cultivados, mas tambm para o interior das cidades, o que
permitiu a criao de jardins suspensos, segundo detalhada descrio de Herdoto5
(ORLANDI, 1994).
Sabe-se que os Jardins foram construdos para alegrar a amada esposa de
Nabucodonosor, a Rainha Amyitis, que sentia saudades das montanhas verdejantes
de sua terra natal. A Rainha Amyitis, filha do Rei de Medes, casou-se com
Nabucodonosor a fim de estabelecer uma aliana entre as duas naes. Medes era
uma terra montanhosa e cheia de pastagens, de forma que a jovem rainha achou
extremamente deprimente o solo plano e arenoso da Babilnia. Seu esposo, ento,
decidiu recriar a paisagem natal de Amyitis com a construo de uma montanha
artificial e um jardim na parte superior.
Os Jardins Suspensos, provavelmente, no eram suspensos propriamente ditos por
cabos ou cordas. Tal nome vem de uma traduo incorreta da palavra grega
kremastos ou da palavra latina pensilis, que significam no apenas suspensos, mas
superpostos, como no caso de um terrao ou balco. O gegrafo grego Estrabo,
que descreveu os jardins no primeiro sculo antes da nossa era, escreveu:
Eles consistem de terraos superpostos, erguidos sobre pilares em forma de cubo.
Estes pilares so ocos e preenchidos com terra para que ali sejam plantadas as
rvores de maior porte. Os pilares e terraos so construdos de tijolos cozidos e
asfalto. A subida at o andar mais elevado era feita por escadas, e na lateral,
estavam os motores de gua, que sem cessar levavam a gua do rio Eufrates at os
Jardins.
Xenofonte (430 - 355 a.C.). Historiador, filsofo e general ateniense, participou da Guerra do Peloponeso e foi discpulo de
Scrates. Entre outras obras, escreveu: "As Helnicas", "Histria da Guerra do Peloponeso" e a "Ciropdia".
4
Nabucodonosor (630 - 562 a.C.). Rei da Babilnia (605 - 562 a.C.), fundou o novo imprio babilnico. Sob sua gide a
civilizao babilnica atingiu o apogeu, estendendo os seus domnios a rinces to afastados quanto o Mar Mediterrneo.
Ordenou a deportao dos judeus para a Babilnia (586 a.C.).
5
Herdoto (490/80-430/20 a.C.). Historiador grego, de Helicarnasso, chamado o "Pai da Histria". Em seus livros ficaram
documentados, sobretudo, os usos e costumes dos povos antigos que visitou.
A parte mais surpreendente do jardim era, sem dvida, o aparato hidrulico que
levava gua at a parte mais alta do mesmo (vide figura 4). No desenho est
esquematizado tem-se duas grandes roldanas, uma em cima da outra, ligadas por
uma corrente. Ao longo da corrente, so conectadas baldes. Na parte de baixo da
roldana inferior encontra-se uma piscina com a gua da fonte. medida que as
roldanas se moviam, os baldes mergulhavam na fonte e eram erguidos at a piscina
localizada no andar superior dos jardins, onde os baldes eram derramados,
descendo ento vazios para a piscina inferior. A piscina na parte superior dos jardins
podia ento ser liberada por comportas nos canais que atuavam como rios artificiais
para irrigar os jardins. A roldana inferior tinha uma manivela e um eixo, movidos por
escravos.
era colocada a terra, numa profundidade suficiente para permitir que fossem
plantadas as rvores mais altas. Qual era o tamanho dos jardins? Diodoro afirmou
que eles tinham cerca de 400 ps de comprimento (121,92 m) por 400 ps de
largura (121,92 m) e mais de 80 ps de altura (24,38 m). Outros relatos indicam que
a altura era igual s muralhas exteriores da cidade. Segundo se sabe, as muralhas
chegavam a 320 ps de altura (97,53 m).
10
11
nem efeitos d'gua (cachoeiras, cascatas, fontes), pois a topografia local era plana. A
vegetao que predominava eram as palmceas, figueiras, videiras, romzeiras e
plantas aquticas: flor-de-ltus e papirus. So conhecidos tambm como ecossistemas
fechados ou jardins ecolgicos.
Calcagno (1983) e Orlandi (1994), descrevem um antigo jardim a partir de pinturas
encontradas na tumba de um alto funcionrio do reino de Amenophis III6, onde o
complexo paisagstico, circundado por altos muros, subdividido em
compartimentos regulares por pequenas muretas; a habitao est construda em
uma ampla rea com videiras; o terreno simetricamente subdividido em canteiros,
com tanques de gua contendo flores e aves aquticas, e circundado, na parte
interna do muro, por fileiras de palmeira, tamarindos, accias e ciprestes. As
influncias dos fatores ambientais e climticas eram certamente, determinantes no
desenho do conjunto: o cinturo de rvores, envolvendo o espao retangular e
perfeitamente geomtrico do jardim, funcionava como barreira ao dos ventos do
deserto; o amplo pergolado assegurava proteo contra os escaldantes raios de sol;
e os tanques de gua propiciavam um ambiente mais fresco e agradvel.
12
De acordo com o estudioso alexandrino Apolodoro, Perseu, o lendrio fundador de Micenas, nunca teria nascido se seu av
tivesse conseguido seu intento. Acrsio, rei de Argos, era pai de uma linda filha, Dnae, mas estava desapontado por no ter
um filho. Quando consultou o orculo sobre a ausncia de um herdeiro homem, recebeu a informao que no geraria um filho,
mas com o passar do tempo teria um neto, cujo destino era matar o av. Acrsio tomou medidas extremas para fugir deste
destino. Trancou Dnae no topo de uma torre de bronze, e l permaneceu numa total recluso at o dia em que foi visitada por
Zeus na forma de uma chuva de ouro; assim deu luz a Perseu. Acrsio ficou furioso, mas ainda achava que seu destino
poderia ser evitado. Fez seu carpinteiro construir uma grande arca, dentro da qual Dnae foi forada a entrar com seu beb,
sendo levados para o mar. Entretanto, conseguiram sobreviver s ondas, e aps uma cansativa jornada a arca foi jogada nas
praias de Srifo, uma das ilhas das Ciclades. Dnae e Perseu foram encontrados e cuidados por um honesto pescador, Dictis,
irmo do menos escrupuloso rei de Srifo, Polidectes. Com o passar do tempo, Polidectes apaixonou-se por Dnae, mas
enquanto crescia Perseu protegeu ciumentamente sua me dos indesejados avanos do rei. Um dia, durante um banquete,
Polidectes perguntou a seus convidados que presente cada um estava preparado a oferecer-lhe. Todos os outros prometeram
cavalos, mas Perseu ofereceu-se a trazer a cabea da grgone. Quando Polidectes o fez cumprir sua palavra, Perseu foi
forado a honrar sua oferta. As grgones eram em nmero de trs, monstruosas criaturas aladas com cabelos de serpentes;
duas eram imortais, mas a terceira, Medusa, era mortal e assim potencialmente vulnervel; a dificuldade era que qualquer um
que a olhasse se transformaria em pedra. Felizmente, Hermes veio em sua ajuda, e mostrou a Perseu o caminho das Grias,
trs velhas irms que compartilhavam um olho e um dente entre si. Instrudo por Hermes, Perseu conseguiu se apoderar do
olho e do dente, recusando-se a devolv-los at que as Grias mostrassem o caminho at as Ninfas, que lhe forneceriam os
equipamentos que necessitava para lidar com Medusa. As Ninfas prestimosamente forneceram uma capa de escurido que
permitiria a Perseu pegar a Medusa de surpresa, botas aladas para facilitar sua fuga e uma bolsa especial para colocar a
cabea imediatamente aps a ter decepado. Hermes sacou uma faca em forma de foice, e assim Perseu seguiu
completamente equipado para encontrar Medusa. Com a ajuda de Atena, que segurou um espelho de bronze no qual podia ver
a imagem da grgone, ao invs de olhar diretamente para sua terrvel face, conseguiu finalmente despach-la. Acomodando a
cabea de modo seguro na sua bolsa, retornou rapidamente a Srifo, auxiliado por suas botas aladas. Ao sobrevoar a costa da
Etipia, Perseu viu abaixo uma linda princesa atada numa rocha. Esta era Andrmeda, cuja ftil me Cassiopia tinha incorrido
na ira de Possidon ao espalhar que era mais bonita do que as filhas do deus do mar Nereu. Para puni-la, Possidon enviou
um monstro marinho para devastar o reino; apenas poderia ser parado se recebesse a oferenda da filha da rainha, Andrmeda,
que foi assim colocada na orla martima para esperar o terrvel destino. Perseu apaixonou-se imediatamente, matou o monstro
marinho e libertou a princesa. Os pais dela, em jbilo, ofereceram Andrmeda como esposa a Perseu, e os dois seguiram na
jornada para Srifo. Polidectes no acreditava que Perseu pudesse retornar, e deve ter sido bastante gratificante para Perseu
observar o tirano ficar lentamente petrificado sob o olhar da cabea da grgone. Perseu deu ento a cabea a Atena, que a
fixou como um emblema no centro de seu protetor peitoral. Perseu, Dnae e Andrmeda seguiram ento juntos para Argos,
onde esperavam se reconciliar com o velho rei Acrsio. Mas quando Acrsio soube desta vinda, fugiu da presena ameaadora
de seu neto, indo para a Tesslia, onde, no conhecendo um ao outro, Acrsio e Perseu acabaram se encontrando nos jogos
fnebres do rei de Larissa. Aqui a previso do orculo que Acrsio temia se realizou, pois Perseu atirou um disco, o qual se
desviou do curso e atingiu Acrsio enquanto estava entre os espectadores, matando-o instantaneamente. Perseu com
sensibilidade decidiu que no seria muito popular voltar a Argos e reivindicar o trono de Acrsio logo aps t-lo morto; assim, ao
invs, fez uma troca de reinos com seu primo Megapentes. Megapentes se dirigiu a Argos enquanto Perseu governou Tirinto,
onde considerado como responsvel pelas fortificaes de Midia e Micenas.
13
Por volta de 500 a.C. os reis da Prsia criaram jardins de grande exuberncia
destinados diverso, consagrados ao prazer, ao amor, sade e ao luxo.
Eminentemente formais - uma verso modificada do plano egpcio -, de linhas
geomtricas retilneas, so considerados o expoente mximo da jardinagem
enquanto arte. Esses jardins tm por base dois canais que se interceptam
ortogonalmente em sua rea central, delimitando quatro reas distintas,
representando, segundo a cultura local, as quatro moradas do universo - gua, terra,
ar, fogo. Em seu centro localiza-se um grande tanque de gua revestido por azulejos
e decorado com fontes. Como a religio islmica probe a representao humana,
estas no fazem parte do complexo, como seria plausvel supor. No entanto, a arte
escultrica est presente atravs de quiosques finamente trabalhados. As aves
ornamentais - paves, cisnes, faises - foram introduzidas pelos persas em seus
jardins, para dar mais colorido e vida. Muros altos, associados a rvores que do
frutos - tamareiras, romzeiras, laranjeiras - e sombra, outro dos elementos
presente. As flores - tulipas, lrios, prmulas, narcisos, jacintos, jasmins, aucenas,
rosas, violetas, agapantos - utilizadas em profuso, balizaram o nome dado a esses
jardins de jardins perfumados (JONHSON, 1979; LLARDENT, 1982; LAURIE,
1983).
A extrema aridez da Prsia faz com que seus jardins, com a sombra proporcionada
pelas rvores e o ar refrescado pelos canais de gua e fontes, representem o
prprio paraso.
De acordo com Jonhson (1979), a promessa que Maom fez do paraso
precisamente o de um jardim ornado com palmeiras e romzeiras, junto a riachos
no s de gua, como tambm de leite e mel. Originalmente a palavra paraso
significava parque de caa, e continua sendo a palavra empregada na Prsia (hoje
Ir) para designar um jardim. Dessa descrio feita por Maom com relao ao
paraso, associado beleza impar desses espaos, advm a alcunha de parasos
fechados, como tambm so conhecidos.
Os persas ocupam um lugar especial na histria da jardinagem: nenhum outro povo
teve tamanha sensibilidade e inclinao para a arte dos jardins. Nas palavras do
historiador Pope (apud JONHSON, 1979, p. 206), na Prsia a necessidade de se
possuir um jardim est mais profundamente arraigada, mais articulada e mais
universal que a paixo dos japoneses pelas flores e a predileo dos ingleses pelo
campo.
14
15
16
17
11
Andr Le Ntre (1613-1700). Jardineiro, pintor, desenhista e arquiteto, nasceu e morreu em Paris. Os jardins de Versalhes,
sua obra prima e expoente maior do estilo francs renascentista, foi construdo em um perodo de dez anos (1662 a 1672), em
uma regio totalmente pantanosa. Deixou provas da perfeio de sua arte, em: Vaux-le-Vicomte, Tullerias, Fointainebleau,
Saint-Cloud, Saint-Germain, Chantilly, Sceaux, entre outros.
12
Principais Villa renascentistas: Villa Medice em Florena, por Michelozzo; Villa Lante em Begnaia, por Vignola; Villa Farnese
em Caprarola, por Vignola; Villa Aldobrandini em Frascati, por Giacomo della Porta; Villa Giulia em Roma, por Vignola; Villa
Doria Pamphili em Roma, por Algardi; Villa Medice em Roma, por Lippi.
18
19
Em que pese toda crtica a respeito dos jardins franceses dessa poca, preciso
registrar a influncia exercida pelos mesmos e sua importncia no surgimento das
reas verdes (praas e parques) abertas a toda populao. Llardent (1982), que
critica a ostentao e fausto desses jardins, reconhece, todavia, que o estilo
imperante dos mesmos tm seu correspondente reflexo, respeitada a escala, na
cidade. Surgem nestas, as praas grandiosas, as extensas esplanadas com
monumentos, as avenidas arborizadas com perspectivas profundas e os bulevares.
Contribuiu para isso o fato de os parques reais serem abertos, com certas condies
e em dias especficos, ao pblico. Assim, por exemplo, Lus XIV mandava abrir os
portes de Versalhes aos domingos para desfrute dos habitantes de Paris. Nesse
contexto, Calcagno (1983), coloca que os grandes jardins franceses lavaram a
arquitetura da paisagem a sua mxima expresso, influenciando tambm a
urbanstica: o renovamento se manifestou na restruturao e criao de praas, e na
fundao de cidades - reflexo daqueles ideais do Renascimento.
20
JARDINS DE VERSALHES
Com os seus trs palcios, os seus jardins, o seu parque e as suas dependncias,
Versalhes um domnio imenso. Embora tenha sido Lus XIII quem mandou edificar
um pavilho de caa embelezado com um jardim, o verdadeiro criador foi Lus XIV.
De 1682 a 1789, Versalhes foi a capital da monarquia absoluta e tornou-se o
smbolo porque o local, modelado pela vontade do Rei-Sol, reflete a sua concepo
de poder.
Nem demasiado prximo de Paris sempre pronta a revoltar-se, nem demasiado
longe, o stio oferecia a possibilidade de construir; respondia assim ao desejo do rei
de fixar para sempre toda a sua corte volta dele, o que nenhuma outra residncia
real das cercanias o permitia. custa de obras considerveis de construo e de
decorao, de terraplenagem, de abastecimento de gua, tudo foi criado para o
servio do rei, os seus prazeres e a sua magnificncia. E tudo foi ordenado segundo
um eixo que atravessa o centro da moradia real, onde a partir de 1701, foi instalado
o quarto do rei.
Os nmeros da obra do uma boa idia de suas dimenses. Em 1683 o total de
trabalhadores na construo chegava 30 mil pessoas. Mas ainda no eram
suficientes. Foram ento convocados os soldados do exrcito real para ajudar.
Durante praticamente todo seu reinado Luis 14 conviveu com a terra, poeira, barulho
e imensas despesas da construo de Versalhes. Um dos maiores desafios foi a
construo dos parques e jardins que deveriam cercar o palcio, e para eles foi
criado um sistema independente de abastecimento de gua. No centro do parque
localiza-se o Grand Canal com 1,6 km de extenso, e Petit Canal com 1 km. Seus
800 hectares de parques e jardins comportavam 20 km de trilhas, 200 mil rvores,
200 mil flores plantadas a cada ano, 50 fontes e 2100 esculturas.
O traado geral geomtrico: o jardim est ordenado a partir de um eixo central com
eixos secundrios, avenidas em forma de estrela, tanques circulares e
semicirculares. Um conjunto simtrico organizado em vrios nveis. Quando
projetado, os jardins que acompanhavam o grande canal eram formados por
espcies arbreas locais. Inicialmente Versalhes tinha quatorze bosques, restando
apenas nove hoje. As frutferas que compunham os pomares eram, sobretudo as
ctricas, tendo sido plantadas em caixas de madeiras, algumas com mais de 200
anos. Essas rvores davam poucos frutos, uma vez que eram podadas em forma de
bola, para uso meramente decorativo. Havia em Versalhes uma grande horta, a qual
produzia frutas e hortalias destinadas ao consumo do rei e sua corte, alm de um
arboreto com mais de duas mil rvores provenientes da Europa, do Cucaso, China,
Japo, Canad, Estados Unidos, Chile,...
21
22
Joseph Addison (1672-1719). Escritor, moralista, telogo, latinista e crtico, foi uma das personalidades mais importante que
figurou no mundo literrio da Inglaterra.
23
William Kent (1686-1748). Arquiteto, pintor, decorador e paisagista britnico, introduziu nos jardins ingleses o desenho
romntico, em contraste com as formas clssicas dos conjuntos arquitetnicos francs e italianos reinantes at ento. Em 1727
projetou a residncia-parque de Chiswick em Middlesex, considerado por muitos como o primeiro exemplo de jardim
paisagstico.
15
Lancelot Brown (1715-1783). Arquiteto e paisagista, demonstrou, segundo o entendimento de grande parte dos crticos, a
maior fora criativa na projetao do jardim paisagstico. Por sua fama e habilidade foi nominado jardineiro real de Hampton
Court. A sua total reinveno da paisagem, com novas ondulaes do terreno, com amplos cursos de gua, com plantaes de
rvores agrupadas na parte mais alta das colinas, originaram numerosas sistematizaes em grande escala.
16
Humperey Repton (1725-1818). Arquiteto, considerado a personalidade de maior relevo dentro do movimento paisagstico
ingls. A sua notvel produo est contida nos famosos "Livros Vermelhos", nos quais ele habitualmente registrava todos os
seus projetos e realizaes. Com Repton a arquitetura dos jardins torna-se quase uma cincia: ele estudou as reaes
humanas no ambiente; a sucessiva percepo dos espaos ligados ao movimento; a possibilidade de ampliar as imagens, de
dilatar as perspectivas, de desfrutar o complexo jogo claro-escuro, das luzes, das sombras, das diversas tonalidades da
vegetao.
17
William Chambers (1727-1796). Arquiteto e escritor ingls, autor do livro "A Dissertation on Oriental Gardening". Nesse livro,
publicado em 1772, e fruto de suas viagens ao Oriente, expe as mais difusas idias romnticas de seu tempo sobre jardim. As
suas realsticas descries sobre os diversos tipos de jardins chineses suscitaram profundo interesse e exerceram notvel
influncia sobre os artistas ingleses.
18
Jean Jacques Rousseau (1712-1778). A potica sobre a natureza desse expoente do pensamento iluminista francs, que
conferiu vigor ao movimento naturalista ingls, est contida em sua obra-prima literria "La Nouvelle Heloise", publicada em
1761.
19
John Milton (1608-1764). Poeta, pedagogo e erudito ingls, mais conhecido por seu poema pico "O Paraso Perdido". Esta
obra, terminada em 1667, uma epopia em versos no rimados sobre a histria bblica do pecado original.
24
25
espaos. O Jardim Botnico do Rio de Janeiro (Horto Real) uma das primeiras
manifestaes paisagsticas no Brasil, implantado por D. Joo VI com o propsito
inicial de uma plantao de rvores exticas (Albizia lebeck, Melia azedarach e
Eucalipto gigantea) que com seu lenho transformado em carvo, fornecessem a
matria prima mais importante para uma fbrica de plvora ali instalada. Em 1809,
D. Joo VI invadiu a Guiana Francesa, revidando a ocupao de Portugal pelos
franceses. Como despojos dessa guerra, chegaram ao Brasil espcies frutferas
como o abacateiro, o licheiro, a caramboleira, o jambeiro, a jaqueira, o tamarindeiro,
a noz-moscada e a fruta-po. De 1836 a 1860 desenvolve-se no Rio de Janeiro um
projeto de arborizao urbana, capitaneado por Ludwig Riedel20. Em 1858 D. Pedro
II contrata Auguste Marie Francisque Glaziou21 que, pela primeira vez, usou rvores
florferas no paisagismo. Comeara o uso da: sibipiruna, pau-ferro, diversas cssias,
paineiras, jacarand, suin, oiti, diversos ips, quaresmeira, e outras.
Segundo Macedo (1999), o paisagismo brasileiro se define no sculo XIX a partir do
surgimento de uma rede consolidada de cidades grandes e mdias que, situadas
principalmente no litoral e sob forte influncia urbanstica europia - francesa e inglesa
-, possuem condies para a criao de obras significativas, tanto de espaos pblicos
- parques, praas e boulevards - como privados - jardins de palacetes e chcaras. O
paisagismo no Brasil alcana no sculo XX uma identidade projetual prpria,
especialmente aps os anos 40 com o trabalho de Roberto Burle Marx. Juntamente
com a influncia das obras dos paisagistas norte-americanos Thomas Churchill, Garret
Eckbo e Lawrence Halprin, Burle Marx muito influi na definio dos paradigmas do
paisagismo moderno brasileiro.
Ainda de acordo com Macedo (1999), o paisagismo no Brasil divide-se em trs
perodos, cada um correspondendo a um iderio e a linhas de projetos especficos.
So eles:
Ecletismo - Definido pelo surgimento dos primeiros parques pblicos, das praas
ajardinadas, dos jardins das manses dos bares do caf no Rio de Janeiro e em
So Paulo. Inicia-se com a construo do Passeio Pblico no Rio de Janeiro e perde
sua hegemonia no final da primeira metade do sculo XX, com os grandes projetos
pblicos em So Paulo, Rio de Janeiro e Braslia. Durante o ecletismo, total a
influncia francesa e inglesa sobre todos os projetos.
Moderno - Tem como marco inicial as obras de Roberto Burle Marx em Recife e os
jardins do Ministrio da Educao e Cultura no Rio de Janeiro. At hoje, a maioria
dos projetos segue seus paradigmas como o uso da vegetao nativa e o total
rompimento com as escolas clssicas.
Contemporneo - Reflete a inquietao dos anos 80 e 90 e ainda no est
consolidada. Recebe uma forte influncia dos paisagistas japoneses, americanos e
franceses, em especial na seleo de estruturas construdas e de vegetao.
20
21
Naturalista (1790-1861), fundou em 1831 o primeiro herbrio do Brasil, hoje conhecido como Herbrio do Museu nacional
Botnico francs e paisagista.
26
CONCLUSO
Dos Jardins Suspensos da Babilnia, passando pelos jardins do Egito antigo, da
Prsia, pelo Renascimento francs e italiano, at adquirir a maturidade e transformarse em cincia paisagstica, a partir da Revoluo Industrial, a histria da jardinagem
sempre esteve intimamente ligada do prprio homem. Inicialmente, enquanto
jardinagem, tinha um carter de embelezamento, e restrito unidade familiar: ora
compondo o espao cnico de uma pequena casa, ora ornando palcios e Villa. A
partir do sculo XVIII, Inglaterra, o homem passa a preocupar-se com sua condio de
vida e do ambiente no qual vive. ento que a arquitetura paisagstica ganha status de
Cincia, fazendo uso do conhecimento de outras reas (botnica, irrigao, edafologia,
fisiologia vegetal, arquitetura, etc.), e avana, embasada por critrios tcnicocientficos, rumo ao estudo, anlise, compreenso e interveno sobre a paisagem.
Essa paisagem, de dimenso variada, constitui o locus onde habita, vive e goza a vida
o ser humano. Harmonizando e buscando o equilbrio com a paisagem, o arquiteto
paisagista tem-se preocupado, ao mesmo tempo, com a qualidade dos espaos
trabalhados, associado ao carter esttico de sua interveno.
Sculos de conhecimentos propiciaram uma histria nica que encanta e desafia. Que
encanta pelos trabalhos de rara beleza, como os Jardins Suspensos da Babilnia,
aqueles da antiga Prsia (denominados de parasos fechados), os jardins formais
franceses, ou ainda o jardim naturalista ingls. Mas que tambm desafia! Desafia
justamente pelo fato de que o homem, h sculos, mesmo sem o conhecimento e toda
a tecnologia atual, foi capaz de produzir obras to delicadas que se perpetuam at
hoje. Nisso reside o desafio: em sermos capazes de, com todo o aparato,
conhecimento e tcnicas atuais, produzirmos algo que se perpetue pelos sculos
futuros.
REFERNCIAS
(BIBLIOGRAFIA REFERENCIADA NO
TEXTO E OUTRAS CORRELATAS)
ALEXANDER, Christopher, et. al. Un lenguaje de patrones. Barcelona : Gustavo Gili, 1980.
ALLEGRI, Luigi. La piazza come luogo di spettacolo nel Medioevo. In: VITALE, Marina;
SCAFOGLIO, Domenico (orgs.). La piazza nella storia : eventi, liturgie, rapresentazioni.
Napoli : Edizioni Scientifiche Italiane, 1995. p. 359-372.
ANDRADE, Carlos Roberto Monteiro de. Camillo Sitte, Camille Martin e Saturnino de Brito :
tradues e transferncias de idias urbansticas. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz;
PECHMAN, Robert (orgs.). Cidade, povo e nao. Rio de Janeiro : Civilizao Brasileira,
1996. p. 287-310.
AZEVEDO, Aroldo. Embries das cidades brasileiras. In: Boletim Paulista de Geografia, So
Paulo, (25) : 31-69, mar. 1957.
BARTENSTEIN, F. The future of urban forestry. Journal of Arboriculture, 7(10), 1981.
BENEVOLO, Leonardo. Histria da cidade. So Paulo : Retrospectiva, 1993.
BERNATZKY, A. Tree ecology and preservation. 2.ed. Amsterdan : Elsevier, 1980.
27
28
29
URBANA (2. : 1994 : So Lus). Anais... So Lus : Imprensa EMATER/MA, 1994. p. 539553.
LLORCA, Vicen. La plaza e lo potico. Villanueva y Geltr : [s.n.], 1997.
LOMBARDO, M. A. Vegetao e clima. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE
ARBORIZAO URBANA (3. : 1990 : Curitiba). Anais... Curitiba : FUPEF, 1990. p. 1-13.
LORENZI, H. rvores brasileiras : manual de identificao e cultivo de plantas arbreas
nativas do Brasil. Nova Odessa : Plantarum, 1996. v. 1.
_____ et al. Palmeiras no Brasil : nativas e exticas. Nova Odessa : Plantarum, 1997.
LORENZI, H. rvores brasileiras : manual de identificao e cultivo de plantas arbreas
nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa : Plantarum, 1998. v. 2.
_____; SOUZA, H. M. Plantas ornamentais no Brasil : arbustivas, herbceas e trepadeiras.
2. ed. Nova Odessa : Plantarum, 1999.
LYNCH, David. Guidelines for development of open space in downtown San Francisco. In:
Landscape Architecture, nov. 1978.
LYNCH, Kevin. La imagem de la ciudad. Madrid : Ediciones Infinito, 1966.
MACEDO, Silvio Soares. A vegetao como elemento de projeto. In: Paisagem e ambiente ensaios 4. So Paulo : FAUUSP, 1982.
_____. Plano de massas - um instrumento para o desenho da paisagem. In: Paisagem e
ambiente - ensaios 3. 2. ed. So Paulo : FAUUSP, 1990.
_____. Os espaos livres de edificao e o desenho da paisagem. In: SEMINRIO SOBRE
DESENHO URBANO NO BRASIL (2. : 1986 : Braslia). Anais... So Paulo : Pini; Braslia :
CNPq; Rio de Janeiro : FINEP, 1986. p. 103-110.
MARX, Murillo. Cidade brasileira. So Paulo : Melhoramentos/EDUSP, 1980.
_____. Cidade no Brasil terra de quem? So Paulo : Nobel/EDUSP, 1991.
MASCAR, Juan Lus. Desenho urbano e custos de urbanizao. Braslia : Ministrio da
Habitao, Urbanismo e Meio Ambiente, 1987.
_____. Infra-estrutura habitacional alternativa. Porto Alegre : Sagra, 1991.
MATAS COLOM, Jaime; NECOCHEA VERGARA, Andrs; BALBONTN VICUA, Pilar. Las
plazas de Santiago. Santiago : Ediciones Universidad Catlica de Chile, 1983.
MAYER, R.; ULRICH, B. Conclusions on the filtering action of forests from ecosystem
analysis. Oecol. Plant., 9(2): 157-168, 1974.
MILANO, Miguel Serediuk. Avaliao quali-quantitativa e manejo da arborizao urbana :
exemplo de Maring - PR. Curitiba, 1988. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) - Setor
de Cincias Agrrias, Universidade Federal do Paran.
_____. Planejamento da arborizao urbana : relaes entre reas verdes e ruas
arborizadas. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAO URBANA (3. : 1990 :
Curitiba). Anais... Curitiba : FUPEF, 1990. p. 60-71.
MORETTI, Ricardo de Sousa. Critrios de urbanizao para empreendimentos
habitacionais. So Paulo, 1993. Tese (Doutorado em Engenharia de Construo Civil e
Urbana) - Escola Politcnica, Universidade de So Paulo.
MOUGHTIN, James Clifford. Urban design : street and square. Oxford : ButterworthHeinemann, 1992.
MUMFORD, Lewis. A cidade na histria : suas origens, desenvolvimento e perspectivas. 2.
ed. Trad. Neil R. da Silva. So Paulo : Martins Fontes, 1982.
NUCCI, Joo Carlos. Qualidade ambiental e adensamento : um estudo de planejamento da
paisagem no distrito de Santa Ceclia (MSP). So Paulo, 1996. Tese (Doutorado em
Geografia Fsica) - Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas, Universidade de
So Paulo.
OMEGNA, Nelson. A cidade colonial. Rio de Janeiro : Olympio, 1961.
ORLANDI, Alessandro. Il paesaggio deli citt : spazi aperti, giardini, parchi e struttura
urbana. Roma : Gangemi, 1994.
30
PELIZZARI, Maria Rosaria. Vita di piazza nel mezzogiorno moderno. In: VITALE, Marina;
SCAFOGLIO, Domenico (orgs.). La piazza nella storia : eventi, liturgie, rapresentazioni.
Napoli : Edizioni Scientifiche Italiane, 1995. p.91-106.
PLACANICA, Augusto. La piazza come spazio fisico e come allusione sociale. In: VITALE,
Marina; SCAFOGLIO, Domenico (orgs.). La piazza nella storia: eventi, liturgie,
rapresentazioni.
Napoli : Edizioni Scientifiche Italiane, 1995. p. 43-59.
PORTOGHESI, Paolo. Piazza della convivenza pacifica. In: VITALE, Marina; SCAFOGLIO,
Domenico (orgs.). La piazza nella storia : eventi, liturgie, rapresentazioni. Napoli : Edizioni
Scientifiche Italiane, 1995. P. 15-23.
RASMUSSEN, S. E. Londra citt nica. Roma, 1972.
REETHOF, G.; HEISLER, Gordon M. Trees and forest for noise abatment and visual
screening. United States Forest Service General Technical Report. NE-22, 1976.
REIS FILHO, Nestor Goulart, Contribuio ao estudo da evoluo urbana no Brasil
(1500/1720). So Paulo : EDUSP, 1968.
RIGOTTI, Giorgio. Urbanistica - la tecnica. 2. ed. Torino : Editrice Torinese, 1956.
ROBERTS, Bruce R. The physiology of trees in and near human settlements. In:
ANDRESEN, John W. (ed.). Trees and forests for human settlements. Toronto : Centre for
Urban Forestry Studies, 1976.
RODRIGUES-AVIAL LLARDENT, Luis. Zonas verdes y spacios libres en la ciudad. Madrid :
Closas-Orcoyen, 1982.
ROSSI, Aldo. Arquitetura da cidade. Trad. Eduardo Brando. So Paulo : Martins Fontes,
1995.
SALDANHA, Nelson. O jardim e a praa : o privado e o pblico na vida social e histrica.
So Paulo : EDUSP, 1993.
SCHUBERT, T. H. Trees for urban use in Puerto Rico and Virgin Island. United States Forest
Service General Technical Report. SO-27, 1979.
SEGAWA, Hugo. Ao amor do pblico : jardins no Brasil. So Paulo : Studio Nobel, 1996.
SELIGMANN, Eleonora. Pesquisa exploratria em 85 praas pblicas do Municpio de So
Paulo. In: ABBUD, Benedito (coord.). Cadernos Brasileiros de Arquitetura, So Paulo, v. 11,
p. 55-59, out. 1982.
SERRA, Josep Ma. Elementos urbanos : mobilirio y microarquitectura. 2.ed. Barcelona :
Gustavo Gilli, 1997.
SITTE, Camillo. A construo das cidades segundo seus princpios artsticos. ed. Trad.
Ricardo Ferreira Henrique. So Paulo : tica, 1992.
SMITH, William; DOCHINGER, L. S. Capability of metropolitan trees to reduce atmospheric
contaminants. United States Forest Service General Technical Report. NE-22. Upper Darby,
Pa., Northeastern Forest Experiment Station, 1976.
SOULIER, Louis. Espaces verts et urbanisme. 2. ed. Paris : Centre de Recherche
dUrbanisme, [s.d.].
SPIRN, Anne Whiston. O jardim de granito : a natureza no desenho da cidade. Trad. Paulo
Renato Mesquita Pellegrino. So Paulo : EDUSP, 1995.
STEVENS, David. Il giardino in citt. Torino : Mondadori, 1990.
TANDY, Cliff (ed.). Paisaje urbano. Madrid : Blume, 1980.
TERRA, Carlos Gonalves. Jardins pblicos e sua importncia no espao urbano : Rio de
Janeiro - sculo XIX. In: CONGRESSO NACIONAL DE HISTRIA DA ARTE. (5. : 1995 :
So Paulo). Anais... So Paulo : USP, Escola de Comunicao e Artes, 1995. p. 97-101.
UNWIN, Raymond. Una introduccion al arte de proyectar ciudades y barrios. Barcelona :
Gustavo Gili, 1984.
VELASCO, Alonso. Ciudad y spacios verdes. Madrid : Servicio Central de Publicaciones,
Ministerio de la Vivienda, 1971.
WEBB, Michael. The city square. London : Thames and Hudson, 1990.
WINTERS, Gustaaf. Curso avanado de paisagismo. Campinas, 1992. [apostila].
31
YZIGI, Eduardo. O mundo das caladas - por uma poltica de espaos pblicos em So
Paulo. So Paulo, 1997. Tese (Livre-Docncia referente disciplina de Planejamento) Faculdade de Filosofia Letras e Cincias Humanas, Universidade de So Paulo.
ZMITROWICZ, Witold; ANGELIS NETO, Generoso De. Infra-estrutura urbana. So Paulo:
EDUSP, 1997 (Texto Tcnico da Escola Politcnica da USP, Departamento de Engenharia
de Construo Civil, TT/PCC/17).
ZUCKER, Paul. Town and square: from the agora to the village green. New York : Columbia
Press, 1959.
ZULIANI, Stefania. Lenigma della piazza. In: VITALE, Marina; SCAFOGLIO, Domenico
(orgs.). La piazza nella storia : eventi, liturgie, rapresentazioni. Napoli : Edizioni Scientifiche
Italiane, 1995. p. 279-289.