O documento discute o processamento primário de petróleo, incluindo a formação e composição do petróleo, contaminantes presentes, impactos da água, separação de água, aplicações e compressão de gás natural, condicionamento de gás, tratamento de água produzida e desidratação eletrostática.
O documento discute o processamento primário de petróleo, incluindo a formação e composição do petróleo, contaminantes presentes, impactos da água, separação de água, aplicações e compressão de gás natural, condicionamento de gás, tratamento de água produzida e desidratação eletrostática.
O documento discute o processamento primário de petróleo, incluindo a formação e composição do petróleo, contaminantes presentes, impactos da água, separação de água, aplicações e compressão de gás natural, condicionamento de gás, tratamento de água produzida e desidratação eletrostática.
O documento discute o processamento primário de petróleo, incluindo a formação e composição do petróleo, contaminantes presentes, impactos da água, separação de água, aplicações e compressão de gás natural, condicionamento de gás, tratamento de água produzida e desidratação eletrostática.
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DISCIPLINA DE FONTES DE ENERGIA
QUESTES SOBRE PROCESSAMENTO PRIMRIO DE PETRLEO
1. Como formado o petrleo e qual a sua principal composio? Que contaminantes podem estar presentes na etapa de produo do petrleo? O petrleo, conforme a teoria da origem orgnica, formado pela decomposio de grandes quantidades de material vegetal e animal que, sob ao da presso e calor gera misturas de compostos constitudos majoritariamente por molculas de carbono e hidrognio - os hidrocarbonetos. Por conta desta configurao (gs, leo e gua) no reservatrio e das condies necessrias para a produo, no apenas petrleo e gs so produzidos, mas tambm gua e sedimentos (areia e outras impurezas slidas em suspenso, como material de corroso, produtos de incrustao, por exemplo) em quantidades variadas. Alm destes, deve-se considerar que outros compostos no hidrocarbnicos tambm podem estar presentes no sistema, tais como os contaminantes CO2, e H2S, quer na fase gasosa ou mesmo arrastados/dissolvidos na fase lquida. 2. Quais os impactos causados pela presena de gua no petrleo e como ela pode ser retirada? Qual a importncia da gua na retirada de sais do petrleo? A separao da gua produzida com o petrleo faz-se necessria, pois, alm de no apresentar valor econmico, a gua apresenta sais em sua composio, tais como cloretos, sulfatos e carbonatos de sdio, clcio, brio e magnsio, dentre outras espcies qumicas, que podem provocar a corroso e a formao de depsitos inorgnicos nas instalaes de produo, transporte e refino. As emulses de petrleo do tipo A/O apresentam viscosidade muito superior a do petrleo desidratado, afetando, portanto as operaes de elevao e escoamento em funo do aumento das perdas de carga, que podem levar perda de produo e perda de eficincia do sistema de bombeio e transferncia. Por outro lado, se as emulses forem desestabilizadas durante a elevao e o escoamento da produo, poder haver o aumento da taxa de corroso dos dutos e das linhas de produo e poder ocorrer o aparecimento de depsitos inorgnicos (incrustao), principalmente no interior da coluna de produo, em funo do aparecimento de gua livre contendo sais em sua composio. Nesse caso, dever ser utilizado material construtivo adequado ou usar produto qumico inibidor de corroso e produto qumico antiincrustante. Outro problema decorrente do aparecimento de gua livre durante a elevao e o escoamento a formao de hidrato, que poder bloquear total ou parcialmente as linhas de produo e levar a perda de produo. O hidrato uma estrutura cristalina formada a partir da gua e das fraes leves do petrleo (metano, etano e propano), a baixas temperaturas e em elevadas presses. O surgimento de hidrato crtico durante uma parada de produo, pois a gua livre e o gs, mantidos pressurizados no interior das linhas de produo, sero resfriados pelas correntes martimas profundas. Ademais, se a gua no for removida durante o processo de produo, ela onerar o custo do transporte, pois ser computada como petrleo.
Na refinaria, durante a destilao do petrleo, poder haver a formao de
depsitos inorgnicos, aps a evaporao da gua. Os cloretos de clcio e magnsio podem hidrolisar-se e formar o cido clordrico, que poder atacar o topo das torres de destilao. Aps a evaporao da gua, cristais de cloreto de sdio ficam dispersos nas fraes pesadas, como o caso do resduo de vcuo, que utilizado para a produo de leo combustvel e de asfalto. O cloreto de sdio no leo combustvel provoca o aparecimento de resduos de queima, capazes de agredir as caldeiras e os fornos. O cloreto de sdio reduz a ductibilidade do asfalto. 3. Diferencie reservatrios de gs associados de reservatrios de gs no associados. O gs natural associado todo aquele proveniente de um reservatrio produtor de leo, podendo ser encontrado em soluo na massa de leo ou em estado livre formando a capa de gs. O gs no associado provem de um reservatrio produtor de gs, onde pequenas quantidades de leo podem ocorrer. 4. Qual a finalidade do processamento primrio? O processamento primrio da produo tem como finalidades: - Promover a separao leo/gs/gua; - Tratar ou condicionar os hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as refinarias ou Unidades de Processamento de Gs Natural (UPGNs); - Tratar a gua para que seja destinada condio ambiental e tecnicamente mais aceitvel (descarte ou reaproveitamento). 5. Quais as principais aplicaes do gs natural? Como feita a sua compresso? O que gs lift? Quanto a sua utilizao, o gs natural prioritariamente consumido nas instalaes de produo, para elevao artificial (gs lift) e para a recuperao secundria (injeo em poos) ou ainda na gerao de energia, nos turbo geradores ou como combustvel em fornos e caldeiras. Quando comercializado, seu uso predominantemente como combustvel (gs liquefeito de petrleo - GLP de uso domstico, lquido de gs natural - LGN de uso industrial ou gs natural veicular - GNV). Enquanto o GNV composto basicamente por metano e algo de etano, o GLP composto por propano e butano e o LGN a poro condensvel do gs, ou a gasolina natural (C5+). O gs ainda pode ser destinado s petroqumicas, como matria prima ou siderurgia, como redutor. Compresso a etapa de passagem do gs por um conjunto de compressores, a fim de fornecer a energia necessria a esse fluido para que ele possa ser transferido para as unidades de processamento de gs ou injetado em poos de gs lift. Deve-se elevar a presso do gs at a maior presso de sua utilizao, que nem geral a necessria ao gas lift, que da ordem de 200 kgf/cm2. O gs lift um mtodo de elevao artificial que utiliza a energia de um gs pressurizado para elevar fluidos (leo e gua) at a superfcie onde ficam as instalaes
de produo, em outra definio, dizendo a mesma coisa, porm em outras palavras,
um mtodo de elevao artificial do petrleo, assim como os diversos tipos de bombeio. Consiste na injeo de gs sob presso na coluna de produo por meio de vlvulas situadas prximas ao intervalo produtor. O gs se mistura ao petrleo, diminuindo sua densidade mdia, fazendo com que a presso do reservatrio seja suficiente para elevar o petrleo at a superfcie. 6. Qual a finalidade do condicionamento do gs natural? Quais so as operaes unitrias envolvidas? E qual a finalidade da remoo dos gases cidos e quais so esses? O objetivo do condicionamento do gs natural a remoo de compostos e materiais, que podem alterar suas caractersticas e danificar os equipamentos utilizados no seu aproveitamento. A remoo destes compostos visa garantir as condies de qualidade mnimas do gs com vistas a realizar sua transferncia de forma eficiente e segura, das reas de produo at os centros processadores, evitando problemas como formao de hidratos, corroso, ao de compostos agressivos, acidentes na manipulao, por exemplo. Os processos unitrios mais comumente utilizados no condicionamento de gs natural so: - Separao de leo e gs ; - Depurao de gs; - Filtrao de gs ; - Dessulfurizao; - Desidratao; - Compresso; - Injeo de inibidor de hidrato. Os gases cidos presentes em vrios campos de produo, quando presentes em teores elevados, comprometem a qualidade do gs a ponto de inviabilizar o seu transporte e utilizao pelos consumidores. Aps a etapa de separao a corrente gasosa entra na etapa de depurao e filtrao, que tem como finalidade a remoo de gotculas de leo de pequeno tamanho. Os principais compostos a serem removidos pelas etapas de condicionamento do gs natural ou reduzidos a determinados teores estabelecidos por normas ou padres so: - gua; - Compostos sulfurados (H2S, CS2, COS, etc); Dixido de carbono (CO2); - Slidos (areia, xidos de ferro, produtos de corroso); - Lquidos (condensado de gs, produtos qumicos). Dois so os gases cidos que costumam estar presentes no gs o CO2 e o H2S, sendo que este ltimo pode tambm ter sido originado da ao de bactrias redutoras de sulfato (BRS). O processo de remoo destes gases cidos designado adoamento e consiste basicamente na absoro com produtos lquidos ou absoro com materiais slidos.
7. Qual a composio da gua produzida nos processos de refino? Qual a importncia
do tratamento dessa e como realizada? Use um exemplo de um sistema tpico para tratamento de gua e desenhe este fluxograma. A separao da gua produzida com o petrleo faz-se necessria, pois, alm de no apresentar valor econmico, a gua apresenta sais em sua composio, tais como cloretos, sulfatos e carbonatos de sdio, clcio, brio e magnsio, dentre outras espcies qumicas, que podem provocar a corroso e a formao de depsitos inorgnicos nas instalaes de produo, transporte e refino. A utilizao de produtos qumicos para o tratamento da gua muito importante e no caso das guas oleosas, utilizam-se polieletrlitos que atuaro na desestabilizao e coalescncia das gotculas de gua e de leo. Polieletrlitos so agentes floculantes polimricos que atuam neutralizando as cargas superficiais das gotculas, evitando a repulso entre as mesmas e induzindo a floculao. Como as gotas de leo normalmente apresentam cargas negativas, os agentes floculantes mais usados so os polieletrlitos catinicos, por exemplo, poli (diamina vinlica), poli(brometo de piridnio vinlico), poli(imina vinlica), poli(acrilamida quaternria). O fluxograma mostra um exemplo de um sistema tpico para tratamento de gua produzida em ambiente Offshore, onde comum o uso de hidrociclones seguido de flotador.
8. Como funciona o processo de desidratao eletrosttica, aplicada ao petrleo a fim
de removermos gua, na forma de emulses? H, basicamente, dois tipos de tratadores eletrostticos utilizados na indstria de petrleo. O de baixa velocidade, usado pelo E&P em que a emulso introduzida no
vaso em escoamento laminar e o de alta velocidade, usado nas Refinarias, em que a
carga alimentada em regime turbulento. No tratador de baixa velocidade, a carga introduzida pela parte inferior do vaso cilndrico horizontal e distribuda ao longo do seu comprimento. Desta forma, a emulso sofre uma pr- lavagem pela camada de gua, podendo remover-se sais e outras partculas slidas presentes na emulso, alm de promover-se alguma coalescncia das maiores gotculas de gua. Por diferena de densidade a emulso, j com teores menores de gua vai subindo em direo ao campo eltrico, sofrendo sucessivas redues no seu contedo de gua medida que o campo eltrico vai se intensificando desde o nvel da interface gua-leo at os eletrodos. Assim, quando a emulso alcana o campo eltrico principal, entre os dois eletrodos, onde o gradiente de tenso mais elevado, ocorre a eliminao das gotas de menor dimetro, completando-se o processo. Nos tratadores eletrostticos de alta velocidade, a carga diretamente introduzida na regio entre os eletrodos, favorecendo a coalescncia mais rpida das gotas de gua, quer pela maior populao de gotas na regio entre eletrodos, quer pela captura das gotas menores pelas maiores. Desta maneira, os tratadores eletrostticos de alta velocidade apresentam dimenses ligeiramente inferiores aos tratadores de baixa velocidade. Apesar da injeo de carga de entrada na regio entre os eletrodos favorecer a coalescncia, esse tipo de configurao muito suscetvel s variaes na carga de entrada, principalmente em relao ao teor mximo de gua, presena de gua livre e ao tamanho das gotas de gua, que poder acarretar uma desestabilizao do sistema eltrico, ocasionado curto-circuito na regio entre os eletrodos. Como as correntes de fluidos produzidos no E&P esto sujeitas a maiores flutuaes composicionais, preferencialmente os tratadores de baixa velocidade so adotados no segmento upstream. 9. Quais so as principais especificaes que o gs gua e leo produzidos devem ter? Apresente um esquema simplificado do processamento primrio desses fluidos. O gs natural no pode conter quantidades excessivas de CO2 e H2S, e deve ser liberado a uma presso especificada. O gs no deve conter vapor de gua que pode condensar e formar hidratos e causar perdas de carga adicionais ou causar corroso nas tubulaes. Conforme a especificao para Gs Natural constante da Portaria 104/2002 da Agncia Nacional de Petrleo (ANP), o mximo aceitvel de 3 a 5 libras por milho de p cbico (lb/Mscf) sendo a especificao interna da Petrobras mais rgida (mximo 2 lb/Mscf). O leo no pode conter excessivas quantidades de gua e sedimentos (BS&W) e sais dissolvidos na gua. Valores tpicos mximos so 1% de BS&W e 570 ou 285 mg/L (ou ppm - partes por milho) de sal no leo, o primeiro limite para consumo interno e o segundo para exportao. A gua produzida deve possuir um valor limitado de leo disperso (teor de leo e graxas - TOG) para poder ser descartada. As regulamentaes internacionais para plataformas limitam em 10 a 40 mg de leo por litro de gua. No Brasil este valor de 20 mg/L. Tambm a temperatura deve ser controlada para o descarte.
O esquema simplificado abaixo mostra o Processamento Primrio de Fluidos