Notas de Aula - Mec. Solos I
Notas de Aula - Mec. Solos I
Notas de Aula - Mec. Solos I
Notas de Aula de
Mecnica dos Solos I
1 Edio
2009
Termos Iniciais
Este documento foi elaborado com a finalidade de auxiliar no estudo e
compreenso da matria que compe os conhecimentos bsicos da Mecnica dos Solos
aos alunos dos cursos de Engenharia Civil, assim como os profissionais atuantes nesta
rea de especializao. Segundo o Prof. Mitsuo Tsutsumi para quaisquer destes
interessados, as principais razes que levam necessidade de se compreender a
Mecnica dos Solos so:
a) Aprender a entender e poder avaliar as propriedades dos materiais geolgicos, em
particular o solo;
b) Aplicar o conhecimento dos solos de uma maneira prtica para projetar obras
geotcnicas de forma segura e econmica;
c) Desenvolver e progredir no conhecimento da Mecnica dos Solos atravs da pesquisa
e experincia, e ento acrescentar novos conhecimentos conceituais, e
d) Estender conhecimentos a outros ramos do aprendizado ainda a serem desenvolvidos.
Alm da importncia do conhecimento destas razes, o engenheiro geotcnico
tem ainda que lembrar de duas importantes responsabilidades: primeiro, projetar e
construir estruturas seguras, e segundo, dar proteo s vidas das pessoas que usam ou
passam sob estas estruturas. Por causa destas razes, e tambm porque o solo
considerado no apenas material de fundao (que serve de suporte s estruturas), mas
tambm como material de construo (barragens de terra, rodovias, etc), os engenheiros
devem ter um slido conhecimento das propriedades e comportamento dos solos.
Sumrio
12
17
20
Prospeco do Subsolo
28
30
39
44
48
59
70
79
89
100
118
126
137
153
162
Engenharia Civil
Material de construo
(tijolo, aterro, etc...)
Importncia do
estudo dos solos
Assentamento de obras
de engenharia
Capacidade de suporte de
materiais geolgicos
Condio
Natural
Fundao
Solo
Estrutural
Material de
construo
Estrutura
Pavimento
Estrutura
enterrada
Corte
Vala
Fundao e Galerias
Aterro
Bases e Sub-bases
Solo
Material
natural
Parmetros de
projeto no so
conhecidos a
priori (ao,
concreto, etc...)
Conhecimentos
Terico-Prticos
(Mecnica dos
Solos)
Dados
experimentais
(Campo e
Laboratrio)
Bom Senso!
Projeto
Geotcnico
NBR 12.722/1992
Resistncia ao corte
Coeso
Veloc. de escoamento
Coeficiente de permeabilidade
Gradiente hidrulico
Teoria da consolidao.de
Terzaghi (1925)
Duas fases de um
solo saturado
Presso efetiva
Presso neutra
Aps Terzaghi...(Brasil)
Milton Vargas;
Costa Nunes;
Carlos Souza Pinto;
e etc...
Engenharia Civil
B
C
A - Angular
B - Sub-angular
C - Sub-arredondada
D - Arredondada
E - Bem arredondada
Granulometria
Dimetro equivalente
D
Superfcie Especfica
0,03m/g
10m/g
Partcula
Superfcie Especfica
Ilita
100m/g
Montmorilonita
1000m/g
Argilominerais
Principais formadores da frao fina dos solos.
Determinantes das propriedades plsticas e de coeso dos solos.
OH Hidroxila
OH
Oxigneo
Tetraedro de Slica
O
OH
Al, Mg
Si
Oxigneo
OH
Silico
Hidroxilas
OH
OH
OH
OH
Silcio
Alumnio
Al
Si
Folha tetratrica
SiO4
Al
Si
Al
Si
7,2 A
Folha octatrica
Al2 (OH)6
Ensaios em Laboratrio
Exemplo com bentonita
Atividade: Ensaios de expanso livre com os seguintes materiais: cido
sulfrico (H2SO4), hidrxido de sdio (NaOH) e gua destilada (H2O).
Objetivo: O objetivo dos ensaios foi de verificar a capacidade de
expanso da bentonita, em meio s diferentes solues.
Mtodos: O ensaio foi realizado segundo a Norma ASTM D 5890-95 Standard Test Method for Swell Index of Clay Mineral Component of
Geosynthetic Clay Liners.
2 g de bentonita sdica com 100 ml de gua destilada (H2O);
2 g de bentonita sdica com 100 ml de hidrxido de sdio 5% (NaOH),
2 g de bentonita sdica com 100 ml de cido sulfrico 5% (H2SO4).
Ensaios em Laboratrio
Exemplo com bentonita
Tabela 1: Valores de pH medidos logo aps
a mistura.
+-50ml
+-40ml
Aplicao
Geocomposto de bentonita
- 50 % em bases de aterros sanitrios.
- 35 % em coberturas de aterros sanitrios.
- 10 % em proteo secundria de tanques de combustveis.
- 5 % outros.
Capacidade de regenerao da
bentonita sdica quando perfurada
Detalhe da
aplicao do
Geocomposto
de Bentonita
Engenharia Civil
Estrutura de macroporos
Engenharia Civil
Investigao Geolgica e
Geotcnica
Mecnica dos Solos I
Engenharia Civil
Prospeco do Subsolo
Prospeco do subsolo
Sondagens de Simples Reconhecimento
NBR 6484. A sondagem consiste essencialmente em dois
tipos de operao: Perfurao e Amostragem.
Perfurao acima do nvel de gua;
Determinao do nvel de gua;
Perfurao abaixo do nvel de gua.
Prospeco do subsolo
Resistncia penetrao SPT NBR 7250
A Resistncia penetrao referida como o nmero N do SPT ou
SPT do solo, sendo SPT as iniciais de Standart Penetration Test.
Nmero
N do SPT
Compacidade
da areia
Nmero
N do SPT
Consistncia
da argila
0a4
Muito fofa
<2
Muito mole
5a8
Fofa
3a5
mole
9 a 18
Compacidade mdia
6 a 10
Consistncia mdia
18 a 40
Compacta
11 a 19
Rija
Acima de 40
Muito compacta
> 19
Dura
Prospeco do subsolo
Resistncia penetrao SPT NBR 7250
Obra:
Rojas Engenharia
Rojas
Perfil de Sondagem
Engenharia
Cotas:
RN: 100,00
Furo: 95,60
Escala:
Complementos: Nenhum
1 / 100
Nivel
gua
(m)
N de Golpes
Cotas
(m)
Amostra
01
1
15cm
2
15cm
3
15cm
Perfurado a Trado
02
01
02
Prof. da
Camada
(m)
1,00
02
2,00
Percusso
Datas:
Inicial: 17/10
Final: 18/10
Furo:
02
Nmero de Golpes
(1 + 2) Interrompido
(2 + 3) Continua
03
02
02
03
3,00
04
03
04
05
4,00
05
03
03
04
5,00
06
02
03
03
6,00
14
03
05
05
14,00
15
05
07
09
15,00
16
08
06
09
15,90
17,00
IMPENETRVEL A PERCUSSO
18/out
13,70
79,70
Impenetrvel a
percusso
17
Engenharia Civil
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Um solo pode ser considerado como um conjunto formado por
partculas de diversos tamanhos.
De acordo com seu tamanho, as partculas de um solo podem ser
classificadas como:
Pedregulho
4,76mm
<
Areia grossa
2,00mm
<
<
4,76mm
Areia mdia
0,42mm
<
<
2,00 mm
Areia Fina
0,05mm
<
<
0,42mm
Silte
0,005mm
<
Argila
<
0,05mm
<
0,005mm
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
(NBR 7181, 1984)
Peneiramento: Srie de peneiras Padro.
ASTM
Abertura
(mm)
ASTM
Abertura
(mm)
76,2
16
1,2
50,8
20
0,84
38,1
30
0,60
0,42
25,4
40
19,1
50
0,30
3/8
9,5
60
0,25
6,4
90
0,18
4,8
100
0,15
2,4
200
0,074
10
2,0
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
A medida do tamanho das partculas constituintes de um solo feita por meio
da granulometria e para representao dessa medida costuma-se utilizar uma
curva de distribuio granulomtrica.
Peneiras (ASTM)
200
100
40
20
10
90
10
80
20
70
30
60
40
50
50
40
30
20
Sedimentao
10
0
5 6 7 8 9
0,001
5 6 789
0,01
Peneiramento
5 6 789
5 6 789
0,1
Composio:
Pedregulho
Areia grossa
Areia mdia
Areia fina
Silte
Argila
0%
2%
9%
49%
18%
22%
5 6 789
10
Argila
Silte
Areia fina
Areia mdia
Areia
grossa
Pedregulho
60
70
80
90
100
Porcentagem retida
270
100
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Tipos de Curvas Granulomtricas (graduao).
Distribuio dos tamanhos de
gros de um solo de
granulometria contnua.
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Detalhes do ensaio de granulometria.
t=0
t=t1
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
ROTEIRO para realizao da
anlise Granulomtrica segundo a
NBR 7181
Uso do defloculante.
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Parmetros de uma Curva Granulomtrica.
Dimetro Efetivo: D10 = o dimetro correspondente a 10% , em peso
total, de todas as partculas menores que ele.
Coeficiente de uniformidade: Cu
D60 = dimetro atravs do qual 60% do total do solo passa.
Coeficiente de curvatura: Cc
D30 = dimetro correspondente a 30%
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Peneiras (ASTM)
270
200
100
40
20
10
90
10
11
80
20
70
30
60
40
50
50
40
30
20
Sedimentao
10
0
5 6 7 8 9
5 6 789
0,001
Peneiramento
5 6 789
0,01
5 6 789
0,1
Composio:
Pedregulho
Areia grossa
Areia mdia
Areia fina
Silte
Argila
0%
2%
9%
49%
18%
22%
5 6 789
Porcentagem retida
100
60
70
60
78
80
90
100
10
Argila
Silte
Areia fina
Areia mdia
Areia
grossa
Pedregulho
Ensaios de caracterizao
Anlise Granulomtrica
Peneiras (ASTM)
80
D30
100
40
20
10
10
20
Cc: = 4,69
70
30
60
40
50
50
Composio:
Pedregulho
Areia grossa
Areia mdia
Areia fina
Silte
Argila
40
30
20
D10
90
D60
200
Sedimentao
10
0
5 6 7 8 9
0,001
5 6 789
0,01
Peneiramento
5 6 789
5 6 789
0,1
5 6 789
0%
2%
9%
49%
18%
22%
2
10
Argila
0,00082
Silte
0,023
Areia fina
0,13
Areia mdia
Areia
grossa
Pedregulho
60
70
80
90
100
Porcentagem retida
270
100
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Um solo argiloso, dependendo de seu teor de umidade, pode apresentar
caractersticas iguais s de um lquido ou de um slido. Entre esse dois
estados limites, o solo passa por um estado plstico e por um estado semislido. So os estados de consistncia do solo.
Foram definidos pelo Eng. Atterberg, em 1908, para caracterizar as
mudanas entre os estados de consistncia. Posteriormente Casagrande
apresentou uma padronizao da forma de se proceder nos ensaio para a
determinao desses limites.
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Limite de Liquidez: o teor de umidade que indica a passagem do estado
plstico para o estado lquido. (NBR 6459)
Est relacionado com a capacidade do solo em absorver gua.
realizado no aparelho de Casagrande.
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Procedimentos: (1) Camada de 1 cm de solo, (2) Com um cinzel feita uma
ranhura no centro, (3) ira-se ento a manivela do aparelho, com uma rotao
constante de 2 golpes por segundo, at que a ranhura se feche numa extenso de
1,0 cm, (4) Anota-se o nmero de golpes at esse ponto e retira-se uma amostra
do local onde o solo se uniu,
para determinao do teor de
umidade. (5) O limite de
liquidez igual ao teor de
umidade correspondente a 25
golpes. (6) Realizar o ensaio at
que se tenha, no mnimo, 4
pontos, 2 acima e 2 abaixo de
25 golpes.
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Limite de Plasticidade: o teor de umidade que indica a passagem do
estado semi-slido para o estado plstico. (NBR 6459)
Equipamento: placa de vidro com uma face esmerilhada e cilindro padro
com 3mm de dimetro.
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Procedimento: faz-se uma pasta com o solo passado na peneira 0,42 mm,
com um teor de umidade inicial prximo ao limite de liquidez. Em seguida
rola-se esta pasta at que duas condies sejam simultaneamente alcanadas:
Dimetro igual ao do cilindro padro e aparecimento de fissuras.
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
ndice de Plasticidade: calculado pela diferena entre LL e LP.
IP = LL LP
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
Valores Tpicos de LL e IP
Solos
LL
IP
29-40
11-20
Residual de gnaisse
45-55
20-25
Residual de basalto
45-70
30-30
Residual de granito
45-55
14-18
70
30
120
80
65-85
25-40
40-80
15-45
20-40
5-15
64
45
Ensaios de caracterizao
ndices de Consistncia (Limites de Atterberg)
ndice de Atividade (Skempton)
Engenharia Civil
Formas de Classificao
Origem: solos residuais e solos transportados.
Evoluo pedogentica: classificao pedolgica dos solos.
Caractersticas peculiares: presena de MO, estrutura, ...
Tipo e comportamento das partculas constituintes: sistemas classificao dos
solos baseados em propriedades ndices.
Pedregulho
Areia
Silte
Argila
Solo orgnico
Bem graduado
Exemplos:
Mal graduado
Alta compressibilidade
Baixa compressibilidade
Pt
Turfa
Linha B
Classificao Unificada
50
40
CH
ha
Lin
30
CL
MH ou OH
20
10
7
CL
10
ML ou
OL
ML
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Argila
70
de
50
Argila Arenosa
Argila Siltosa
40
70
30
80
Silte Argiloso
20
Areia Siltosa
Areia Arenosa
10
% de Silte
0
10
90
80
70
60
50
40
30
Silte
20
0
10
Areia
10
ila
Arg
de
60
50
Ar
eia
40
60
Areia Argilosa
90
0
90
80
30
Empregado na classificao de
solos em engenharia rodoviria e
em Pedologia.
Diagrama textural empregado em
levantamentos de solos no Brasil
(Lemos e Santos, 1982).
100
10
Engenharia Civil
Horizonte 1
(evoluo
pedolgica)
Horizonte 2
(residual
intermedirio)
Horizonte 3
(residual
profundo)
Horizonte 4
1 a 10m
5 a 15m
0 a 70m
0 a 100m
Rocha S ou fissurada
Solos orgnicos
Solos que contm uma quantidade razovel de matria
orgnica (vegetal ou animal).
A matria orgnica pode se apresentar em diferentes
estgios de decomposio e em teores que variam de 4 a 20%
em peso, determinados por secagem a 440oC.
Os solos orgnicos so geralmente problemticos pois
apresentam
elevado
ndice
de
vazios
(elevada
compressibilidade).
So encontrados no Brasil principalmente em depsitos
litorneos em espessuras de dezenas de metros e em vrzeas
de rios em camadas de 3 a 10 metros.
Solos onde predominam matria orgnica vegetal formado
em ambientes pantanosos so chamados turfas.
Solos laterticos
So solos residuais ou transportados que sofreram uma
evoluo pedolgica na sua poro mais superficial
(laterizao), tpica de regies tropicais.
Os solos laterticos se caracterizam por uma frao argila
predominantemente caolintica com elevada concentrao de
ferro e alumnio na forma de xidos e hidrxidos que recobrem
as partculas de argila, o que lhes confere uma colorao
avermelhada.
Na natureza, apresentam-se no saturados com ndices de
vazios elevados e, portanto, baixa capacidade de suporte.
Quando compactados, no entanto, apresentam elevada
capacidade de suporte e, em funo da mineralogia da frao
argila, no apresentam feies expansivas.
Identificao tactil-visual
Permite identificar o tipo de solo (pedregulho, areia, silte,
argila) e obter alguma informao qualitativa sobre o seu
estado.
O primeiro passo consiste em definir se o solo
predominantemente grosso ou fino.
Para tanto deve-se umedecer uma poro de solo a fim de
desmanchar eventuais torres de argila.
A proporo de areia ou pedregulho pode ser sentida pelo
tato ao manusear-se o solo mido.
A distino entre areia e pedregulho feita avaliando-se
visualmente o tamanho das partculas.
Identificao tactil-visual
Engenharia Civil
Estado do solo
ndices fsicos entre as trs fases
Grandezas que expressam propores entre pesos e volumes
em que ocorrem as 3 fases na estrutura do solo.
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
Vs
Fases do solo
Volumes
Solo
Ps
Pesos
Estado do solo
Teor de Umidade
Relao expressa em porcentagem, entre o peso (massa) da gua e o
peso (ou massa) dos slidos).
W=
Pw
100
PS
P1
P2
capsula
Forma de
obteno
estufa
Ps = P2 P3
P3
Teor de Umidade
h=
P2 P1
P2 P3
Estado do solo
ndice de Vazios
Relao entre o volume de vazios e o volume de slidos.
VV
e=
VS
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
Vs
Volumes
Solo
Ps
Pesos
Estado do solo
Porosidade
Relao, expressa em porcentagem, entre o volume de vazios e o
volume total.
VV
n=
100
V
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
Solo
Vs
Volumes
Ps
Pesos
Estado do solo
Grau de Saturao
Relao, expressa em porcentagem, entre o volume de gua e o
volume de vazios.
VW
S=
100
VV
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
Vs
Volumes
Solo
Ps
Pesos
Estado do solo
Peso especfico real dos slidos (ou dos gros)
Relao entre o peso das partculas slidas e o seu volume.
PS
S =
VS
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
kN/m
Solo
Vs
Volumes
Ps
Pesos
Estado do solo
Peso especfico da gua
Relao entre o peso da gua e o volume de gua correspondente.
PW
=
VW
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
kN/m
Vs
Volumes
Solo
Ps
Pesos
Estado do solo
Peso especfico natural
Relao entre o peso total do solo e o volume total do solo
correspondente.
P
n =
V
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
kN/m
Solo
Vs
Volumes
Ps
Pesos
Estado do solo
Peso especfico aparente seco
Relao entre o peso dos slidos e o volume total do solo.
PS
d =
V
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
kN/m
Vs
Volumes
Solo
Ps
Pesos
Estado do solo
Peso especfico aparente saturado
Corresponde ao peso especfico do solo na condio de saturao
(S=100%).
Sat
P
= ...S = 100%
V
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Vv
da ordem de 20kN/m.
de pouca aplicao prtica.
Solo
Vs
Volumes
Pesos
Estado do solo
Peso especfico submerso
Corresponde ao peso especfico do solo quando submerso.
Sub = n W
N.A.
Reservatrio
cheio
Reservatrio
esvaziado
rpidamente
sub
sat
Solo Submerso
da ordem de 10kN/m.
Serve para o clculo de tenses no solo.
Ps
P
Solo Saturado
Estado do solo
Determinao dos ndices fsicos em laboratrio
Teor de umidade: mtodo da estufa (NBR 6457)
Cpsulas
Estufa
Estado do solo
Determinao dos ndices fsicos em laboratrio
Peso especfico dos slidos: mtodo do Picnmetro (NBR 6458)
Picnmetro
com gua
Solo seco
Picnmetro com
gua e solo
gua
deslocada
Estado do solo
Determinao dos ndices fsicos em laboratrio
Peso especfico natural: cravao do cilindro.
Cravao do cilindro.
Cilindro: Peso e dimenses conhecidas.
Estado do solo
Calculo dos ndices fsicos
Equaes teis e correlaes.
Va
Ar
Pa
Vw
gua
Pw
Ar
Vv
Vs
Solo
Volumes
d =
n
1+ W
Ps
Pesos
n =
S (1 + W )
1+ e
s.w
Solo
s(1+w)
gua
(e+1)
S.e
Volumes
n=
e
1+ e
Pesos
Sat =
S + e W
1+ e
Estado do solo
Estado das areias
Compacidade
ndice de vazios mximo (NBR 12004)
ndice de vazios mnimo (NBR 12051)
Descrio da areia
emin
emx
0,70 1,10
0,45 0,75
0,45 0,45
0,35 0,65
Estado do solo
Estado das areias
Compacidade
CR
Areia Fofa
Abaixo de 0,33
Compacidade Relativa
CR =
Classificao
Areia compacta
e mx e nat
e mx e min
Areia B
Areia A
0,2
Acima de 0,66
emin
emx
emin
emx
Estado do solo
Molde tri-partido
h = 10,0 cm
= 5,0 cm
Consistncia
Classificao em funo da resistncia
compresso simples
Consistncia
RCS em kPa
Muito mole
< 25
Mole
25 a 50
Mdia
50 a 100
Rija
100 a 200
Muito rija
200 a 400
Dura
> 400
Corpos-de-Prova
Estado do solo
Estado das argilas
ndice de consistncia
IC =
LL w
LL LP
Mole
< 0,5
Mdia
0,5 a 0,75
Rija
0,75 a 1,0
Dura
> 1,0
Argila B
LL
Argila A
LL
h LP
LP
20
40
60
80
Teor de midade (%)
100
Estado do solo
Estado das argilas
Sensitividade
ndice de consistncia
Insensitiva
1a2
Baixa sensitividade
2a4
Mdia Sensitividade
4a8
Sensitividade
>8
Sensitividade
Ri
S=
RA
Ri
Ri= Resistncia no estado indeformado.
RA= Resistncia no estado amolgado
RA
Engenharia Civil
Compactao do solo
Introduo
Compactao do solo
Introduo
Conseqncia de uma compactao deficiente
Compactao do solo
Introduo
Compactao de solo definido como o mtodo de aumentar
mecanicamente a densidade do solo.
Objetivo: Melhoria e estabilidade de propriedades mecnicas do
solo, tais como:
Reduo da compressibilidade, aumento da resistncia, reduo
da variao volumtrica por umedecimento e secagem, reduo da
permeabilidade.
Utilizao da compactao
Aterros
Pavimentao
Barragens
Muros de arrimo
Compactao do solo
Introduo
Princpios fundamentais na compactao dos solos
Eng. americano Ralph Proctor (1933) estabeleceu os princpios
bsicos da tcnica e controle de compactao : ... a densidade
que um solo atinge quando compactado sob uma dada energia de
compactao depende da umidade do solo no momento da
compactao.
Compactao do solo
Ensaio Normal de Compactao
Ensaio de Proctor (NBR 7182).
=100mm
h=127,5mm
Cilindro de compactao
Compactao do solo
Ensaio Normal de Compactao
Ensaio de Proctor (NBR 7182).
Clculo do ensaio:
P
n =
V
d =
n
1+ W
W=
Pw
100
PS
umidade
Compactao do solo
Ensaio Normal de Compactao
Curva de compactao.
d
S de 80 a 90%
Curva de
saturao
dmx
Ramo seco
Ramo mido
Wtima
Compactao do solo
Ensaio Normal de Compactao
Curva de compactao (valores tpicos).
2.1
Areia
2.0
(a)
1.9
1.8
(b)
(c)
1.7
(d)
1.6
1.5
(b)
(e)
1.4
(f)
1.3
(g)
argila
1.2
0
10
15
20
25
30
35
40
Umidade (%)
Compactao do solo
Mtodos alternativos de Compactao
Ensaio sem reuso de material:
(1) Amostras virgens para cada ponto da curva;
(2) Maior quantidade de solo;
(3) Resultados mais confiveis;
(4) Procedimento pouco empregado.
Compactao do solo
Energias de compactao
M H Ng Nc
EC =
V
Normal:
Modificado:
Intermedirio:
2,5 kg
5 kg
5 kg
25 golpes
30 golpes
45 golpes
H = 30cm
H = 30cm
H = 45cm
3 camadas
3 camadas
5 camadas
Compactao do solo
Influncia da energia de compactao
Curva de compactao (Energia Normal, Intermediria e
Modificada).
18
Energia
dmx
Wtima
15
Intermedirio
Normal
14
13
14
16
18
20
22
Umidade (%)
24
26
Compactao do solo
Aterros experimentais
Compactao do solo
Estrutura dos solos compactados
Ramo seco (baixa umidade)
a atrao face-aresta das partculas no
vencida pela energia de compactao estrutura floculada;
Ramo mido (prximo a saturao) a repulso entre partculas aumenta e a
compactao orienta as partculas estrutura dispersa;
Para uma mesma umidade
compactao.
Alta energia de
compactao
D
C
Baixa energia de
compactao
Umidade (%)
Compactao do solo
A compactao no campo
Princpios da compactao no campo
Esttica: aplicada por rolos estticos (cilindro liso, de pneus e
p de carneiro).
Rolo p de carneiro
Rolo pneumtico
Compactao do solo
A compactao no campo
Princpios da compactao no campo
Dinmica: aplicado por apiloadores, soquetes e cargas de
impacto. gerada uma onda de presso que atua em grande
profundidade.
Cabos
de
madeira
Cilindro
de
Madeira
Dinmico e vibratrio
Compactao do solo
A compactao no campo
Princpios da compactao no campo
Vibrao: aplicada por rolos e compactadores vibratrios.
Produz-se o deslocamento de sucessivas e rpidas ondas de
presso que movimentam as partculas e reduzem o atrito
entre elas;
Compactador Vibratrio
Compactao do solo
A compactao no campo
Princpios da compactao no campo
Resumo dos princpios:
Presso
esttica
Impacto
Vibrao
Nvel do terreno
Nvel do terreno
Nvel do terreno
Onda de presso
Rpida sucesso das ondas de presso
Sistemtica dos mtodos de compactao no campo ou em laboratrio.
Compactao do solo
A compactao no campo
Tipo de equipamento versus tipos de solos
Tipo de rolo
Peso
Espessura Uniformidade
mximo (t) mxima
da camada
Tipo de solo
P de carneiro esttico
20
40cm
Boa
Argila e siltes
P de carneiro vibratrio
30
40 cm
Boa
Mistura (A_S_AR)
Pneumtico leve
15
15 cm
Boa
Mistura (A_S_AR)
Pneumtico pesado
35
35 cm
Muito boa
Praticamente todos
30
50 cm
Muito boa
A_Casc_M.Gran.
20
10 cm
Regular
M.Gran_Brita
Grade (malhas)
20
20 cm
Boa
M.Gran_Blocos
Combinados
20
20 cm
Boa
Praticamente todos
Compactao do solo
A compactao no campo
Escolha da rea de emprstimo
Acerto da umidade
Controle de compactao
Compactao do solo
Exerccio
Procedimentos adotados. (acompanhar atravs do exerccio em anexo).
gua adicionada ao solo penerado (#4)
Solo:2200g
gua:264g
14%
12%
5CP's
1CP para
cada
dosagem
Peso e
volume
conhecidos
10%
16%
Solo:2200g
18%
gua:352g
2 cpsulas
por CP
Compactao do solo
Exerccio
Desenhando e obtendo os parmetros de compactao
Engenharia Civil
Tenses no solo
Conceito de tenses
Os solos so constitudos de partculas e que foras
aplicadas a eles so transmitidas de partcula a partcula,
alm das que so suportadas pela gua dos vazios.
As FORAS APLICADAS so transmitidas de partcula a
partcula de forma complexa e dependendo do tipo de
mineral.
Areias e silte
Argilas
Tenses no solo
Conceito de tenses
Diversos gros transmitiro foras placa, foras estas
que podem ser decompostas em foras normais e
tangenciais superfcie da placa.
As tenses de contato so
resultante de duas parcelas:
Tenso normal
N
rea
Tenso cisalhante
T
rea
N F
N
T
F
T
rea
Tenses no solo
Tenses devido ao peso prprio
No solo a tenso vertical em uma determinada
profundidade devida ao peso de tudo que se encontra
acima.
Ou seja, gros de solo, gua, fundaes.
A tenso normalmente aumenta com a profundidade.
V =
N V Ah
=
=
= h n
A
A
A
Tenses no solo
Tenses devido ao peso prprio
Peso Prprio, gua e Cargas
Tenses no solo
Relembrando
Lembre-se que o peso de tudo (solo e gua) por unidade
de volume.
Como z advm do peso total do solo ele conhecido como
tenso total.
Note que a gua no lago mostrado anteriormente aplica
uma tenso total na superfcie do solo da mesma forma que a
gua aplica um tenso na base de um copo de gua.
O peso especfico de solos varia aproximadamente entre
20kN/m3 para um solo saturado e 16kN/m3 para um solo seco.
E o peso especfico da gua vale 10kN/m 3.
Existem tambm as tenses horizontais h, mas no existe
uma relao simples entre z e h.
Tenses no solo
Tenses devido ao peso prprio
Clculo do peso prprio Tenso Total.
20
40
60
Areia Fofa
80
100
1 (KPa)
n = 16 kN/m
-3
48
Pedregulho
n = 21 kN/m
-5
metros
Rocha
90
Tenses no solo
Presso neutra e conceitos de tenses efetivas
Poro Presso ou Presso Neutra
gua nos poros de um solo saturado possui uma presso
conhecida como pro presso ou presso neutra - u.
u = w hw
Tenses no solo
Presso neutra e conceitos de tenses efetivas
Princpios das Tenses Efetivas
Terzaghi enunciou o princpio das tenses efetivas: A
tenso efetiva do solo a soma das tenses totais menos a
presso neutra.
v '= v u
v ' = ( n h ) ( w h w )
Tenses no solo
Presso neutra e conceitos de tenses efetivas
Princpios das Tenses Efetivas
Terzaghi constatou ainda que todos os efeitos resultantes
das variaes de tenses (deformaes, deslocamentos, etc)
so devido a variao de tenses efetivas.
Deformao concreto mudanas de forma e volume.
Deformaes solo variaes de e, deslocamento das partculas.
Deformao no solo
como conseqncia
de deslocamento de
partculas.
Tenses no solo
Presso neutra e conceitos de tenses efetivas
Conceito de Tenso efetiva
...tenso que efetivamente atua nos contatos gro a gro
N.A.
N.A.
N.A.
a - Esponja em repouso
b - Peso aplicado
c - Elevao da gua
Tenses no solo
Presso neutra e conceitos de tenses efetivas
Conceito de Tenso efetiva
'= t-u
t
N.A.
t
u
Poro com
gua
Solo saturado
Poro presso, atua com igual intensidade em todas as direes e,
como conseqncia, = t u.
Tenses no solo
Tenses totais, neutras e efetivas no solo
Clculos , , u.
40
20
0
Areia Fina
80
60
100
120
-1
n = 19 kN/m
140
160
180
200
, ', u (KPa)
N.A.
20
-3
57
Argila mole
'
n = 16 kN/m
64 + 57 = 121
u 40 + 20 = 60
-7
Pedregulho
n = 21 kN/m
-10
metros
30 + 40 + 20 = 90
63 + 57 + 64 = 184
Tenses no solo
Clculo das tenses efetivas com o gsub
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
-3
, ', u (KPa)
Argila mole
' = 24
n = 16 kN/m
-7
u 40 + 20 = 60
64 + 57 = 121
metros
= n x z = 16 x 4 = 64kPa
u = w x z = 10 x 4 = 40kPa
= - u = 64 - 40 = 24kPa
Tenses no solo
Ao da gua capilar no solo
Por efeito da tenso superficial entre a gua e a superfcie das
partculas a gua consegue subir acima do nvel fretico a uma
altura maior quanto menor forem os vazios.
Peso da gua:
hc.w h
P = r2 hc w
F = 2 r 2 T
hc
D
hc =
2T
r w
T = 0,073N/m
Para 20C
Tenses no solo
Ao da gua capilar no solo
Da mesma forma que nos tubos capilares, a gua nos vazios do
solo, na faixa acima do lenol fretico, mas com ele comunicado,
est sob uma presso abaixo da presso atmosfrica.
, u (kPa)
metros
-10
57
N.A.
1
Areia Fina
n=19 kPa
A altura de ascenso
capilar
depende
do
tamanho do vazios do
solo e pode chegar a at
10m em argila:
Valores tpicos:
'
Silte
Pedregulho
0 metros
Areia
2 metros
Silte
3 metros
Argila
10 metros
Tenses no solo
A gua capilar no solo
N.T.
A partir do solo
saturado
(rebaixamento do N.A.)
Elevao
A partir do
solo seco
Final
N.A.
100
Grau de saturao (%)
Tenses no solo
Meniscos capilares independentes do nvel dgua
A gua no se comunica com o lenol fretico;
Exemplo: umidade entre placas de vidro;
Tendncia de aproximar as partculas conferindo coeso
aparente seca ou saturadas as areias perdem esta parcela de
resistncia;
T
T
Nas argilas levam a elevadas
presses, o que parcela
importante da resistncia, muitas
vezes
responsveis
pela
estabilidade
de
taludes
e
P
P
escavaes.
Tenso capilar em gua suspensa e
coeso aparente.
Engenharia Civil
Tenses verticais
Tenses induzidas por cargas externas
Alm do peso prprio da massa de solo, as tenses no
solo podem ser originadas por carregamentos externos.
A determinao das tenses devido a cargas externas e
sua distribuio no subsolo muito importante na avaliao
de deformaes e da capacidade de carga dos terrenos onde
so instaladas obras de engenharia.
Aterros
Barragens
Estradas
Entre diversos outros tipos de obras
Edifcios
Tenses verticais
Tenses induzidas por cargas externas
Tipos principais:
Carga Pontual
Linha de Cargas
Carregamento Circular
Carregamento Retangular
Carregamento Triangular
Carregamento Irregular
Tenses verticais
Distribuio de tenses
Experincias dos primrdios da Mecnica dos Solos:
Os acrscimos de tenses a uma certa profundidade excedem a
rea de projeo da rea carregada;
O somatrio dos acrscimos de tenses verticais constante em
profundidade;
Como a rea de atuao
0
0
aumenta o valor das tenses
v verticais diminuem com a
profundidade.
Conclui-se: O acrscimo
maior no eixo do
carregamento e diminui com
a profundidade e horizontalmente.
Tenses verticais
Distribuio de tenses
Bulbos de Tenses:
Bulbos de tenses ou isbaras so superfcies (curvas) unindo
pontos de mesmo acrscimo de tenses ou de tenses induzidas.
0,80
0,50
1,0P
0,20
0,5P
0,1P
0,10
Tenses verticais
Mtodo do espraiamento das tenses
Simplificadamente o mtodo considera as tenses
verticais uniformemente distribudas com a profundidade,
com um ngulo de espraiamento de 30.
2L
30
z.tg30
30
2L
z.tg30
V = 0
2 L
2 L + 2 z tg30
Tenses verticais
Mtodo do espraiamento das tenses
O mtodo do espraiamento no satisfaz o princpio da
superposio dos efeitos.
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Para a estimativa das tenses atuantes no interior da
massa de solo em virtude de diferentes tipos de
carregamento externo so muito utilizadas solues
baseadas na Teoria da Elasticidade.
Hipteses adotadas:
O meio semi-infinito (solo) contnuo, homogneo e isotrpico.
A superfcie do solo horizontal.
Homogneo
Isotrpico
Elstico
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Hipteses adotadas:
Homogneo
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Hipteses adotadas:
Isotrpico
mesmas propriedades em todas as direes
O solo em muitos casos anisotrpico pela natureza e arranjo
de suas partculas. Entretanto, a condio de isotropia
vlida para terrenos onde o solo mantm constituio
uniforme por distncias da ordem de algumas vezes a menor
dimenso da rea carregada.
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Hipteses adotadas:
Elstico
= E
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Os solos so Elsticos?
Na medida em que as tenses induzidas no subsolo de uma estrutura,
com um coeficiente de segurana adequado contra a ruptura, so
relativamente pequenas em comparao com a resistncia ltima do
material, o solo pode ser considerado de comportamento elstico para as
tenses admissveis atuantes.
Ruptura
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Boussinesq
Determinou tenses, deformaes e deslocamentos no interior
de uma massa elstica, homognea e isotrpica, num semi-espao
infinito de superfcie horizontal, devido a uma carga pontual
aplicada na superfcie deste semi-espao.
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Boussinesq
No que se refere s tenses, interessam, no momento, os
acrscimos de tenses verticais resultantes, em qualquer ponto, da
aplicao da carga pontual Q, na superfcie.
r
NT
3 P cos5
V =
2 z2
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Boussinesq
NT
Ou
3 Q z3
V =
z
5
2 2
2 (r + z )
V =
0,48 Q
z2
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Boussinesq
As
tenses
variam
inversamente
com
quadrado
Profundidade (m)
4
6
8
10
12
14
16
18
20
20
40
60
80 100 120
da
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Newmark (reas retangulares)
A partir da integrao da equao de Boussinesq, Determina
z a uma profundidade z abaixo de uma vertical passando pela
aresta de uma rea retangular. So definidas as seguintes
relaes com os parmetros m e n:
n=
nz
a = mz
b
m=
z
a
z
z
Definio dos parmetros m e n.
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Newmark (Expresso)
z =
P 2mn m 2 + n 2 + 1 m 2 + n 2 + 2
2mn m 2 + n 2 + 1
2
+
arctg
4 m + n 2 + m 2 n 2 + 1 m + n 2 + 1
m 2 + n 2 m 2 n 2 + 1
z = I 0
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
Soluo de Newmark
Aplicao da soluo de Newmark para qualquer posio
A
M
J
P
B
K
P J
L A
K
B
M C
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
baco dos quadradinhos baseado na soluo de Love.
I
0,0
0,00
0,00
0,1
0,27
2,70
0,2
0,40
4,00
0,3
0,52
5,20
0,4
0,64
6,40
0,5
0,77
7,70
0,6
0,91
9,10
0,7
1,11
11,10
0,8
1,39
13,90
0,9
1,91
19,10
1,0
A
N = 200
Valor de influncia = 0,005
Tenses verticais
Aplicao da Teoria da Elasticidade
baco dos quadradinhos baseado na soluo de Love.
Para reas carregadas de formato qualquer:
z = N I 0
N = nde quadrados cobertos.
I = valor da influncia de cada quadrado.
N = 200
Valor de influncia = 0,005
10m
Engenharia Civil
Permeabilidade do solo
A gua no solo
O objetivo desta aula o estudo da migrao da gua e das
tenses por elas provocadas ao solo.
Permeabilidade a propriedade que o solo apresenta de
permitir o escoamento de gua atravs dele. Todos os solos so
mais ou menos permeveis.
O conhecimento do valor da permeabilidade muito
importante em algumas obras de engenharia, principalmente, na
estimativa da vazo que percolar atravs do macio e da
fundao de barragens de terra, em obras de drenagem,
rebaixamento do nvel dgua, adensamento, etc.
Permeabilidade do solo
A gua no solo
Tenses em um solo sem fluxo:
, u
Z
Areia
(z+L)w
Peneira
zw+Ln
'=L(n-w)=Lsub
Permeabilidade do solo
A permeabilidade dos solos
h
Q = k A
l
A lei de Darcy
Q = k i A
Como vazo a relao entre rea e
velocidade, ento:
= k i
Permeabilidade do solo
Determinao do coeficiente de permeabilidade
Permemetro de carga constante
k=
Q
i A
Darcy (1850)
Permeabilidade do solo
Determinao do coeficiente de permeabilidade
Permemetro de carga varivel
dh
hi
k = 2,3
Esquema de permemetro de carga varivel
aL
h
log i
At
hf
Permeabilidade do solo
Determinao do coeficiente de permeabilidade
Ensaios de Campo
Teoria de escoamento
Mtodos indiretos
A velocidade com que um solo recalca quando submetido a uma
compresso depende da velocidade como que a gua sai dos
vazios. Depende, portanto, de seu coeficiente de permeabilidade.
Permeabilidade do solo
Determinao do coeficiente de permeabilidade
Valores tpicos de coeficiente de permeabilidade
Os Coeficientes de permeabilidade so tanto menores quanto
menores os vazios nos solos e, consequentemente, quanto
menores as partculas.
Valores tpicos de K:
k = 100 D 2 efetivo
Hanzen
Argilas
<10-9m/s
Siltes
10-6m/s a 10-9m/s
Areias argilosas
10-7m/s
Areias finas
10-5m/s
Areias mdias
10-4m/s
Areias grossas
10-3m/s
Baixo
k = 2,45 10 6 m / s
k = 2,45 10 4 cm / s
Alto
Permeabilidade do solo
Variao do K de cada solo
Esta equao indica que K funo do quadrado do dimetro
das partculas, o que d suporte equao de Hanzen, que a
antecede e que emprica.
Dimetro de uma esfera equivalente ao tamanho dos gros
k = D2
w
e
C
1+ e
Taylor (1948)
Coeficiente de forma
Viscosidade do lquido
Permeabilidade do solo
Fatores que influenciam a permeabilidade
Influncia do estado do solo
A equao de Taylor correlaciona o coeficiente de
permeabilidade com o ndice de vazios do solo. Quanto mais fofo o
solo, mais permevel ele . Conhecido o k para um certo e de um
solo, pode-se calcular o k para outro e pela proporcionalidade: Esta
equao boa para as areias.
3
e1
k1 (1 + e1 )
=
3
k2
e2
(1 + e 2 )
k = 1,4k 0,85 e
Permeabilidade do solo
Fatores que influenciam a permeabilidade
Influncia do grau de saturao
A percolao de gua no remove todo o ar existente num solo
no saturado. Permanecem bolhas de ar, contidas pela tenso
superficial da gua.
Estas bolhas de ar constituem obstculos ao fluxo de gua.
Desta forma, o coeficiente de permeabilidade de um solo no
saturado menor do que o que ele apresentaria se estivesse
totalmente saturado. A diferena, entretanto no muito grande.
Permeabilidade do solo
Fatores que influenciam a permeabilidade
Influncia da estrutura e anisotropia
A permeabilidade depende no s da quantidade de vazios do
solo mas tambm da disposio relativa dos gros.
Solos quando compactados, no ramo seco, a disposio das
partculas permite maior passagem de gua (estrutura floculada).
Solos quando compactados, no ramo mido, a disposio das
partculas permite menor passagem de gua (estrutura dispersa).
Estrutura
Anisotropia
Kh Kv
Permeabilidade do solo
Fatores que influenciam a permeabilidade
Influncia da temperatura
k inversamente proporcional viscosidade da gua. Por isso,
os valores de k so referidos temperatura de 20C, o que se faz
pela seguinte relao:
k 20 = k
20
Valor de k para a
temperatura do ensaio
Viscosidade da gua a
temperatura de 20C
0,0178
2
1 + 0,033T + 0,00022T
Permeabilidade do solo
A velocidade de descarga e a velocidade real da gua
A velocidade considerada pela Lei de Darcy a vazo dividida pela
rea total. Mas a gua no passa por toda a rea, passa s pelos vazios.
Relao entre a rea de vazios e volumes correspondentes, que por
definio, a porosidade da areia, n. Considerando-se a viscosidade a
velocidade do fluxo pode ser expressa como:
Q = A = Af f
T
S
A
f =
=
Af n
Esquema referente s velocidades de
percolao e de fluxo.
Vf
Af
R
P
V
A
Permeabilidade do solo
Cargas Hidrulicas
No estudo de fluxo de gua conveniente expressar as
componentes de energia pelas correspondentes cargas em
termos de altura de coluna de gua.
C.h. = Carga Altimtrica + Carga Piezomtrica + Carga Cintica
C.h. = Carga Altimtrica + Carga Piezomtrica
Carga Altimtrica = diferena de cota do ponto considerado e da referncia.
Carga piezomtrica = Presso neutra no ponto.
Permeabilidade do solo
Fora de percolao
A diferena entre as cargas totais na face de entrada e de
sada h, e a ela corresponde a presso h x gw.
Esta carga se dissipa em atrito viscoso na percolao atravs do solo:
Gerando esforo
F = h w A
A fora dissipada :
j=
gua percolando em um
permemetro
h w A h
= w = i w
AL
L
Permeabilidade do solo
Tenses no solo submetido a percolao
Considere-se um solo submetido a um fluxo ascendente
como na qual esto indicadas as tenses totais e neutras ao
longo da profundidade.
A tenso efetiva varia linearmente com a profundidade e, na face inferior, vale:
' = u
' = ( z w + L n ) ( z w + L w + h w )
Expresso que pode sofrer as seguintes alteraes:
' = L ( n w ) ( h w )
' = L ( sub ) (
Lh
) w
L
Como:
j = i w
Permeabilidade do solo
Tenses no solo submetido a percolao
Fluxo ascendente
Fluxo descendente
,u
, u
L
Areia
Peneira
(z+L+h)w
Zw+Ln
' = L ( sub j)
Areia
Peneira
(z+L-h)w
Zw+Ln
' = L ( sub + j)
Permeabilidade do solo
Gradiente Hidrulico Crtico
Quando durante o fluxo ascendente a tenso efetiva em um
ponto do solo se torna nula.
Permeabilidade do solo
Ruptura Hidrulica Areias Movedias
Como a resistncia das areias proporcional a tenso efetiva,
quando esta se anula, a areia perde completamente sua
resistncia. A areia fica num estado definido como areia movedia.
No existe argilas movedias, pois as argilas apresentam
consistncia mesmo quando a tenso efetiva nula.
Engenharia Civil
Deformaes devidas a
carregamentos verticais
Deformaes no solo
Introduo
Deformaes no solo
Introduo
Definem-se ento alguns conceitos importantes:
1. Compresso (ou expanso): o processo pelo qual uma massa
de solo, sob a ao de cargas, varia de volume mantendo sua
forma. Os processos de compresso podem ocorrer por
compactao (reduo de volume devido ao ar contido nos vazios
do solo) e pelo adensamento (reduo do volume de gua contido
nos vazios do solo).
2. Compressibilidade: Relao independente do tempo entre
variao de volume e tenso efetiva. a propriedade que os solos
tm de serem suscetveis compresso.
3. Adensamento: Processo dependente do tempo de variao de
volume do solo devido drenagem da gua dos poros.
Deformaes no solo
Recalques devidos a carregamentos na superfcie
Deformaes no solo
Recalques devidos a carregamentos na superfcie
Os recalques so causados por deformaes de dois tipos:
Deformaes rpidas que ocorrem imediatamente aps o
carregamento;
Deformaes no solo
Ocorrncias indesejveis
Deformaes no solo
Recalques devidos a carregamentos na superfcie
A resposta dos solos perante os carregamentos depende
da sua natureza e do estado em que se encontra;
Esta resposta pode ser expressa atravs de parmetros de
deformabilidade.
Parmetros de deformabilidade so obtidos a partir de:
Ensaios de
laboratrio
Ensaios de
campo
Correlaes
empricas
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
Um corpo-de-prova cilndrico submetido a um carregamento
axial.
Corpo-de-prova pode ser previamente submetido a um
confinamento, quando, ento, chamado de ensaio de
compresso triaxial.
Materiais quando solicitados podem apresentar diferentes
comportamentos tenso-deformao anteriores ao colapso:
Rgido
Elstico linear
ou no linear
Elastoplstico
Deformaes no solo
Deformaes no solo
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
O solo no um material nem rgido nem elstico, mas sim
elasto-plstico.
No entanto, possvel utilizar a teoria da elasticidade para
representar o comportamento tenso-deformao de um
solo.
Isto feito definindo-se um mdulo de deformao e um
coeficiente de Poisson , para uma certa faixa de tenses.
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
Comportamento tpico de um solo
l =
h
h
R =
R
R
C
B
E=
r
l
Deformaes no solo
Comportamento tpico de um solo
Triaxial
Triaxial
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
Valores tpicos de mdulos de deformao no drenados para
argilas sedimentares saturadas:
Consistncia
Muito mole
< 2,5
Mole
2,5 a 5
Consistncia mdia
5 a 10
Rija
10 a 20
Muito Rija
20 a 40
Dura
> 40
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
Valores tpicos de mdulos de deformao drenados para areias
(tenso de confinamento de 100 kPa)
Descrio da areia - Compacidade
Compacta
15
35
55
100
10
24
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
O mdulo de deformao do solo depende ainda da presso
confinante a que o solo est submetido.
Em uma camada de solo, o mdulo de deformao varia com a
profundidade.
Para os casos mais comuns, admite-se um mdulo constante
como representativo do comportamento da camada de solo.
Para problemas especiais, pode-se expressar o mdulo de
elasticidade em funo do nvel de tenses atuante
(confinamento).
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso axial
Para outros valores de tenso confinante (c) pode-se aplicar a
equao emprica de Janbu na estimativa de E(c).
c
E (c ) = E a Pa
Pa
Onde:
Pa = Presso Atmosfrica (100KPa)
E = Mdulo a Pa
n = geralmente 0,5
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
Consiste na compresso do solo dentro de um molde que
impede qualquer deformao lateral.
Simula o comportamento do solo quando ele comprimido
pela ao do peso de novas camadas que sobre ele se
depositam.
representativo de situaes em que se pode admitir que o
carregamento feito na superfcie, ainda que em rea restrita
(sapatas), provoca no solo uma deformao vertical sem haver
deformaes laterais.
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
No ensaio, uma amostra colocada num anel rgido ajustado
entre duas pedras porosas.
Os anis que recebem o corpo de prova tm dimetro cerca de
trs vezes a altura, com o objetivo de reduzir o efeito do atrito
lateral durante os carregamentos.
O carregamento feito em etapas atravs de uma prensa.
Para cada estgio de carga aplicada, registra-se a deformao
a diversos intervalos de tempo, at que as deformaes
tenham praticamente cessado.
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
Seqncias usuais de cargas:
Em kPa: 3, 6, 12, 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600 (em geral so aplicados de 8 a
10 carregamentos, podendo chegar a duas semanas de ensaio.
Exemplo:
Estgio de Carregamento: (5)
Presso = 200 kPa
Tempo (min): 0,1; 0,25; 0,5; 1; 2; 4; 8; 15; 30; 60; 120; 240
Leitura (mm): 7,84; 7,81; 7,77; 7,70; 7,60; 7,46; 7,31; 7,18; 7,08; 6,99; 6,92; 6,88
Resultados de todos os estgios:
Presso (kPa): 0; 25; 50; 100; 200; 400; 800
ndice de Vazios: 0,870; 0,860; 0,852; 0,840; 0,815; 0,755; 0,673.
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
Cessados os recalques, um novo estgio de carga aplicado.
As carga so ento elevada para o dobro do seu valor anterior.
Considerando-se a altura final do corpo-de-prova ao final de
cada estgio de carga, pode-se representar a variao de
altura ou os recalques em funo das tenses verticais
atuantes. Os ndices de vazios finais de cada estgio de
carregamento so calculados a partir do ndice de vazios inicial
do corpo de prova e da reduo de altura.
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Ensaios de compresso edomtrica
Resultado tpico de compresso edomtrica em areia e argilas moles:
3
ndice de vazios
ndice de vazios
0,7
0,6
0,5
0,4
500
1000
1500
Tenso vertical, kPa
200
400
600
Tenso vertical, kPa
Deformaes no solo
Ensaios para determinao da deformabilidade dos solos
Parmetros da Compresso Edomtrica
Deformaes no solo
Clculo dos recalques
Clculo pela teoria da Elasticidade
A teoria da Elasticidade indica que os recalques na superfcie
de uma rea carregada podem ser expressos pela equao:
= I
0 B
(1 2 )
E
onde:
o a presso uniformemente
distribuda na superfcie;
E e so os parmetros do solo
j definidos;
B a largura (ou dimetro) da
rea carregada, e
I um coeficiente de forma.
Deformaes no solo
Clculo dos recalques
Coeficientes de forma para clculo de recalques
I
Tipo de placa
Rgida
Circular
Quadrada
Retangular
Flexvel
centro
Borda/canto
0,79
1,00
0,64
0,86
1,11
0,56
L/B = 2
1,17
1,52
0,75
L/B = 5
1,66
2,10
1,05
L/B = 10
2,00
2,54
1,27
Deformaes no solo
Clculo dos recalques
Dificuldades para aplicao pela teoria da Elasticidade
A grande variao dos mdulos de cada solo, em funo do
nvel de tenso aplicado (no linearidade) e do nvel de
confinamento do solo.
Os solos so constitudos
de camadas de diferentes
compressibilidades.
Deformaes no solo
Clculo dos recalques
Clculo pela compressibilidade edomtrica:
H1 = H 0 (1 + e1 )
Vazios
H 2 = H 0 (1 + e 2 )
Vazios
H1
H2
H0
Slidos
= H1
H0
Slidos
H 2 = H1
(1 + e 2 )
(1 + e1 )
(e e )
(1 + e1 1 e 2 )
= H1 1 2 = e
(1 + e1 )
1 + e1
1 + e1
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
x e
av = - e
'
ndice de vazios
ei =
e
'
200
400
600
Tenso vertical, kPa
Hi
1
Hs
onde:
Hi altura do CP em i
Hs altura de slidos
Hs =
H0
1 + e0
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
Log x e
ndice de vazios
Cr
C r = Cc = Cd =
e
log '
3
onde:
Cr = ndice de recompresso
Cc = ndice de compresso
Cd = ndice de descarga
Cc
e
reta
virgem
log
Cd
1
10
100
Tenso vertical, kPa
1000
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
A tenso de pr-adensamento
Mudana de comportamento
Baixas
deformaes
recompresso
ndice de vazios
Tenso de Pr-Adensamento a
mxima tenso que um elemento de
solo j sofreu em toda sua histria.
determinada no ensaio edomtrico
como o ponto de mudana de
gradiente na curva de adensamento.
MUDANA DE
COMPORTAMENTO
Altas
deformaes
Compresso
virgem
C
ciclo de descarga
e recarga
Tenso de pr-adensamento
(vm)
Mxima tenso efetiva sofrida pelo solo
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
Razo de Sobre-Adensamento
a razo entre a tenso de pr-adensamento e a tenso
efetiva atuante no solo.
RSA = 1
Solos Sobre-Adensados
RSA < 1
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
Determinao da tenso de pr-adensamento:
Mtodo de Casagrande
Passos:
ndice de vazios
3,3
2,3
'vm
10
100
1000
Tenso vertical, kPa
10000
Deformaes no solo
Adensamento das argilas saturadas
Determinao da tenso de pr-adensamento:
Mtodo de Pacheco Silva
Passos:
3,3
ndice de vazios
e0
2,8
2,3
'vm
1,8
10
100
1000
Tenso vertical, kPa
10000
Engenharia Civil
Teoria do Adensamento
O Processo do adensamento
Fenmeno pelo qual deformaes e recalques ocorrem
com expulso da gua do interior dos vazios do solo no
decorrer do tempo aps o carregamento.
O adensamento ocorre em funo da variao das tenses
no solo causada por uma solicitao externa.
Adensamento
Processo gradual dependente do tempo de variao de
volume do solo devido drenagem da gua dos poros,
compresso e aumento de tenses efetivas com a
conseqente diminuio de presso neutra.
Teoria do Adensamento
O Processo do Adensamento
Analogia Mecnica de
Terzaghi (Taylor, 1948).
Teoria do Adensamento
A Teoria de Adensamento Unidimensional de Terzaghi
Hipteses da Teoria do Adensamento
1. O solo totalmente saturado (Sr = 100%);
2. A compresso unidimensional;
3. O fluxo de gua unidimensional e governado pela Lei de Darcy;
4. O solo homogneo;
5. As partculas slidas e a gua so praticamente incompressveis
perante a incompressibilidade do solo;
6. O solo pode ser estudado como elementos infinitesimais;
7. As propriedades do solo no variam no processo de adensamento e
no h diferena de comportamento entre massas de solos de pequenas
e grandes dimenses;
8. O ndice de vazios varia linearmente com o aumento da tenso efetiva
durante o processo de adensamento.
Teoria do Adensamento
A Teoria de Adensamento Unidimensional de Terzaghi
Grau de Adensamento (Uz)
a relao entre a deformao ocorrida em um elemento de solo
numa profundidade z em um determinado tempo () e a
deformao deste mesmo elemento quando todo o processo de
adensamento tiver ocorrido (f).
UZ =
=
Onde:
e1 e 2
1 + e1
f =
e1 e
1 + e1
Teoria do Adensamento
A Teoria de Adensamento Unidimensional de Terzaghi
Grau de Adensamento (Uz)
Pode-se dizer que o Grau de Adensamento a relao entre a
variao do ndice at o instante t e a variao total do ndice de
vazios devida ao carregamento.
UZ =
e1 e AB BC ''1
u u
=
=
=
= i
e1 e 2 AD DE '2 '1
ui
Teoria do Adensamento
A Teoria de Adensamento Unidimensional de Terzaghi
Grau de Adensamento (Uz)
O Grau de adensamento equivalente ao Grau de acrscimo de
tenso efetiva.
''1 u i u
UZ =
=
ui
'2 '1
UZ =
e e
''1 u i u
= 1
=
=
f e1 e 2 '2 '1
ui
Teoria do Adensamento
A Teoria de Adensamento Unidimensional de Terzaghi
Coeficiente de compressibilidade (av)
a inclinao da reta que representa a variao entre as tenses
efetivas e os ndices de vazios.
aV =
e1 e 2
e e2
e e
= 1
=
=
'2 '1
'2 '1
' u
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Equao Diferencial do Adensamento
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Equao Diferencial do Adensamento
v 2 h
2h
2h
= kx
+ k y 2 + k z 2 dxdydz = 0
t x 2
y
z
v 2 h
dxdydz
= k
t z 2
e
e dxdydz
=
dxdydz =
t t 1 + e
1+ e
t
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Equao Diferencial do Adensamento
2h
e dxdydz
k 2 dxdydz =
t
1+ e
z
2 h e
1
k 2 =
z
t 1 + e
u
h=
w
k (1 + e) 2 u u
=
a v w z 2 t
de = a v du
2 u u
cv = 2 =
z
t
cv =
k (1 + e)
av w
Coeficiente de Adensamento
Equao diferencial do
Adensamento
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Equao Diferencial do Adensamento
(Resultado da Integrao)
2
M z M 2T
e
sen
H
m =0 M
d
Uz = 1
cv t
T=
2
Hd
M=
(2m + 1)
2
Fator Tempo
Hd Altura de Drenagem
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Grau de Adensamento em funo da profundidade e do
tempo (Iscronas)
U z = f ( Z, T)
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Grau de Adensamento mdio da amostra
U=
U z dz = f (T)
2
M 2T
e
2
m =0 M
Uz = 1
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Teoria do Adensamento
Deduo da Teoria
Drenagem por uma s face
A soluo para este caso igual da situao anterior;
necessrio simplesmente considerar a metade do grfico que
apresenta as curvas iscronas;
Hd passa a ser a espessura da camada;
A curva da porcentagem de adensamento vlida tanto para duas
quanto para uma face de drenagem.
Comparando-se as duas condies de drenagem, para uma
mesma espessura de camada, conclui-se que o valor total do
recalque o mesmo, mas o tempo para que ocorra um determinado
recalque quatro vezes maior quando a drenagem ocorre por uma
s face.
Engenharia Civil
Teoria do Adensamento
Tpicos complementares
Teoria do Adensamento
Relao entre Porcentagem de Adensamento e Fator
Tempo: Mtodos Aproximados
A curva terica UxT pode ser aproximada pelas seguintes
expresses:
Teoria do Adensamento
Obteno do Coeficiente de Adensamento em Ensaio
Edomtrico
Teoria do Adensamento
Obteno do Coeficiente de Adensamento em Ensaio
Edomtrico
O ajuste da curva experimental terica permite determinar o
coeficiente de adensamento, suposto constante durante o
adensamento, atravs da expresso:
Teoria do Adensamento
Obteno do Coeficiente de Adensamento em Ensaio
Edomtrico
Mtodo de Casagrande (logaritmo do tempo)
Teoria do Adensamento
Mtodo de Casagrande (logaritmo do tempo)
1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de
adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de
prova e no eixo das abscissas o logaritmo do tempo;
2Determinar o ponto correspondente a 100% do adensamento primrio
pela interseco das retas tangentes aos ramos da curva que definem as
compresses primria e secundria. Transportar o ponto encontrado
para o eixo das abscissas, obtendo-se a altura H100;
3 Para determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento
primrio, selecionar duas alturas do corpo de prova (H1 e H2)
correspondentes respectivamente aos tempos (t1 e t2), cuja relao t2 /t1
seja igual a 4. A altura do corpo de prova correspondente a 0% de
adensamento primrio, calculada por: H0 = H1 + (H1 - H2);
Teoria do Adensamento
Mtodo de Casagrande (logaritmo do tempo)
4 A altura do corpo de prova, correspondente a 50% do adensamento
primrio, obtida pela expresso: H50 = (H0 - H100)/2;
5Calcular o coeficiente de adensamento pela expresso:
t 50 Hd 2
CV =
t 50
0,197 (0,5 H 50 ) 2
CV =
t 50
Onde:
Cv = coeficiente de adensamento, em cm2 /s.
H50 = altura do corpo de prova correspondente a 50% do adensamento primrio, em cm.
t50 = tempo correspondente ocorrncia de 50% do adensamento primrio, em s.
Teoria do Adensamento
Mtodo de Taylor (raiz quadrada do tempo)
Teoria do Adensamento
Mtodo de Taylor (raiz quadrada do tempo)
1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de
adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de
prova e no eixo das abscissas a raiz quadrada do tempo;
2 Determinar o ponto correspondente a 0% do adensamento primrio,
prolongando-se a reta definida pelos pontos iniciais da curva de
adensamento at o eixo das ordenadas;
3 Traar por esse ponto uma linha reta com coeficiente angular igual a
1,15 vezes o coeficiente angular da reta obtida no item anterior. A
interseco desta reta com a curva de adensamento primrio, cujas
coordenadas so respectivamente t90 e H90;
Teoria do Adensamento
Mtodo de Taylor (raiz quadrada do tempo)
4 A altura do corpo de prova, correspondente a 50% do adensamento
primrio, obtida pela expresso: H50 = H0 - 5/9 (H0 - H90);
5Calcular o coeficiente de adensamento pela expresso:
t 90 Hd 2
CV =
t 90
0,848 (0,5 H 50 ) 2
CV =
t 90
Teoria do Adensamento
Condies de Campo que Influenciam o Adensamento
Fluxo lateral no adensamento
Teoria do Adensamento
Condies de Campo que Influenciam o Adensamento
Influencia de lentes de areia
Teoria do Adensamento
Condies de Campo que Influenciam o Adensamento
Efeito do amolgamento do solo
Teoria do Adensamento
Obteno do Coeficiente de Adensamento atravs da
Retro- Anlise de Casos Reais
Teoria do Adensamento
Anlise das Hipteses Consideradas na Teoria do
Adensamento Unidimensional
Propriedades dos solos constantes: constncia de Cv
Tanto o coeficiente de permeabilidade como o coeficiente de
compresso volumtrica do solo diminuem com a reduo do
ndice de vazios.
Teoria do Adensamento
Anlise das Hipteses Consideradas na Teoria do
Adensamento Unidimensional
Variao linear do ndice de vazios com a tenso efetiva:
constncia de av
A dissipao da presso
neutra pode ocorrer mais rpida
ou mais lentamente do que o
desenvolvimento
das
deformaes acarretando uma
incorreo na estimativa da
dissipao das presses neutras
e do desenvolvimento das
tenses efetivas.
Teoria do Adensamento
Anlise das Hipteses Consideradas na Teoria do
Adensamento Unidimensional
Acrscimo de tenso uniforme ao longo da camada de
solo
Se a rea carregada for limitada, sabe-se que o acrscimo de
tenso na face superior da camada maior do que na face
inferior.
Para outras hipteses de diagrama de sobre-presso
estabelecidas pelo carregamento, solues rigorosas so
disponveis.
A considerao destes detalhes, entretanto, no produz
resultados muito mais representativos da realidade.
A soluo estudada at aqui considerada uma representao
adequada para os casos tpicos de carregamentos em engenharia.
Teoria do Adensamento
Compresso ou Adensamento Secundrio
Compresso lenta
desenvolvimento dos
adensamento;
Teoria do Adensamento
Compresso ou Adensamento Secundrio
Funo da deformao
especfica.
Teoria do Adensamento
Compresso ou Adensamento Secundrio
Teoria do Adensamento
Compresso ou Adensamento Secundrio
Acrscimo de tenso uniforme ao longo da camada de
solo
O adensamento secundrio
provoca uma reduo do ndice
de vazios enquanto a tenso
efetiva se mantm constante.
A tenso de pr-adensamento
determinada nos ensaios no ,
na realidade, a mxima tenso
efetiva a que o solo foi submetido
no passado.
Engenharia Civil
K 0 = 1 sen'
Frmula de Jaki
O Valor de K0 de muito
difcil de avaliao
K 0 = (1 sen') (RSA )
sen '
K 0 = 0,5 (RSA )
0,5
a =
1
(1 + cos 2 ) + 3 (1 + cos 2 )
2
2
1 + 3 1 3
+
cos 2
2
2
a = (1 3 ) sen cos
a =
1 3
sen 2
2
Atrito
Coeso
Esquemas referentes
ao atrito entre dois
corpos
Esquema da cmara
de ensaio triaxial.
Engenharia Civil
Resistncia ao Cisalhamento do
Solo
AREIA
Mecnica dos Solos I
Areias Fofas
Areias Compactas
Areias Compactas
Atingida a resistncia mxima, a resistncia decresce at se
estabilizar em torno de um valor que definido como a resistncia
ltima;
A envoltria de ruptura (de pico e ltima) uma reta que passa
pela origem e a resistncia expressa pelo de atrito interno
efetivo correspondente.
Variao do e de areias em
compresso triaxial, a partir de
ndices de vazios iniciais diferentes.
Predominantemente fina
Predominantemente grossa
Gros arredondados
Gros angulares
Engenharia Civil
Resistncia ao Cisalhamento do
Solo
ARGILA
Mecnica dos Solos I
permeabilidade
frente
velocidade
do
Comportamento drenado
Comportamento no drenado
Argilas
semelhante
perante
tenses