ARMAZENAGEM
ARMAZENAGEM
ARMAZENAGEM
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2.1.
O Processo de Armazenagem
A armazenagem envolve a administrao dos espaos necessrios para que
os materiais sejam mantidos estocados na prpria fbrica ou em armazns
terceirizados. Essa atividade muito importante, j que, muitas vezes, diminui a
distncia entre vendedor e comprador, alm de abranger diversos processos como:
localizao, dimensionamento, recursos materiais e patrimoniais (arranjo fsico,
equipamentos etc.), pessoal especializado, recuperao e controle de estoque,
embalagens, manuseio de materiais, fracionamento e consolidao de cargas e a
necessidade de recursos financeiros e humanos (GUARNIERI, 2006).
Moura (1997) define a armazenagem como sendo a denominao genrica e
ampla, que compreende todas as atividades de um ponto destinado guarda
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2.1.1.
Funes da armazenagem
De acordo com Ballou (1993, p.158), depsitos prestam quatro classes
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2.1.2.
Manuseio e acondicionamento do produto
O manuseio ou movimentao interna de produtos e materiais est
associado com a armazenagem e tambm manuteno dos estoques. Tal
atividade envolve a movimentao de materiais no local de estocagem, que pode
ser tanto estoques de matria-prima como de produtos acabados. Pode ser a
transferncia de materiais do estoque para o processo produtivo ou deste para o
estoque de produtos acabados. Pode ser tambm a transferncia de um depsito
para outro.
O manuseio ou movimentao interna de produtos e materiais significa transportar
pequenas quantidades de bens por distncias relativamente pequenas, quando
comparadas com as distncias na movimentao de longo curso executadas pelas
companhias transportadoras. Esta atividade executada em depsitos, fbricas e
lojas, assim como no transbordo entre modais de transporte. Seu interesse
concentra-se na movimentao rpida e de baixos custos das mercadorias
(BALLOU, 1993, p.172).
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2.1.2.1.
Equipamentos
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Paleteira ou carrinho
hidrulico
Esteira
Empilhadeira
Guincho
Elevador
Figura 1 - Equipamentos de Manuseio - Sistemas Mecanizados.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do Google Imagens.
De
acordo
com
Barros
(2005),
os
sistemas
semi-automatizados
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2.1.2.2.
Codificao e Marcao de Itens
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(Figura 8).
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cdigo de barras, porm com vantagens adicionais. Tal iniciativa foi do GCI
Global Commerce Iniciative, uma associao das principais empresas industriais e
comerciais do mundo. Inicialmente, o propsito era o de aprimorar o sistema de
informao baseado at ento no cdigo de barras, que embora funcionasse ainda
apresentava limitaes, como por exemplo, a possibilidade de haver problemas na
qualidade de impresso, o que poderia dificultar ou impedir sua leitura, com a
necessidade de redigitao do cdigo, ao invs de haver uma leitura automatizada.
Barros (2005 apud CZAPSKI, 2003) tambm comenta um importante fato,
uma diferena, o qual pode abrir uma ampla gama de usos para a descrita
tecnologia. que o cdigo de barras identifica uma categoria de produtos ou um
conjunto de produtos similares com o mesmo cdigo, no possibilitando, por
exemplo, identificar o lote de fabricao. Por conseguinte, a rastreabilidade do
produto, no que diz respeito sua origem e ao seu trnsito ao longo da cadeia,
uma das limitaes do cdigo de barras. Em contrapartida, por apresentar mais
campos de informao, a etiqueta eletrnica oferece a possibilidade de conter
tanto a informao genrica do produto quanto poder ter cada embalagem de
venda com uma identificao diferente.
Outro fator positivo das etiquetas inteligentes a possibilidade de
automao do processo de leitura, pois no preciso que o leitor passe na frente
do produto e nem que este passe perto de algum leitor, como acontece com o
cdigo de barras hoje em dia. Por exemplo, Barros (2005 apud CZAPSKI, 2003)
relata que quando um caminho chega num Centro de Distribuio (CD), dever
passar por algum controle ou porto que poder ter um leitor com capacidade de
ler todo o seu contedo de uma nica vez, fazendo com que o processo de
recebimento de mercadorias seja agilizado. Todavia, lembra-se que o grande
ponto negativo quanto adoo dessa tecnologia o fator custo, que depende do
tamanho da etiqueta, do alcance, da faixa de frequncia em que opera e de ser ou
no regravvel.
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2.1.3.
Embalagem
A embalagem passou a ter importante papel no processo empresarial,
assumindo trs funes essenciais de acordo com Pozo (2004). A primeira funo,
que a origem da embalagem, um dispositivo de proteo ao produto, para o
manuseio, transporte e armazenagem. Tal conceito vem ganhando fora medida
que existe uma tendncia de que a embalagem seja analisada em termos de valores
que ela oferece na Logstica, em vez de isolada nos materiais e forma
(BOWERSOX & CLOSS, 2001).
A proteo uma funo valiosa porque o dano em trnsito pode destruir todo o
valor que foi agregado ao produto. O tipo de proteo que uma embalagem pode
oferecer depende do valor do produto, bem como suas caractersticas fsicas e os
riscos esperados no sistema logstico (BANZATO, 2004 apud BARROS, 2005,
p.23).
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2.2.
Gesto da Cadeia de Suprimentos (GCS) - Suppy Chain Management
(SCM)
Das muitas mudanas que ocorreram no pensamento das empresas nos
ltimos anos, talvez a mais significativa tenha sido a nfase dada procura de
estratgias que proporcionassem produtos com maior valor agregado para seus
clientes. Para Pozo (2004), a base da vantagem competitiva fundamenta-se,
primeiramente, na capacidade da empresa diferenciar-se de seus concorrentes aos
olhos do cliente e, em segundo lugar, pela capacidade de operar a baixo custo e,
portanto, oferecer maior satisfao e proporcionar melhor retorno ao negcio. Por
conseguinte, isto gera benefcios na operao do Centro de Distribuio
O gerenciamento logstico traz consigo potencial para ajudar a organizao
a obter tanto a vantagem em custo/produtividade como a vantagem em valor.
Todavia, h tambm uma necessidade crucial de estender a lgica da integrao
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dificult-las quando se trabalha com pedidos de caixas quebradas. Tudo isso ainda
pode ser somado s variaes nos tamanhos das embalagens com que os produtos
so comercializados no varejo, aumentando o nmero de itens a serem
controlados, processados e manuseados nos armazns, implicando em diminuio
da produtividade, maior necessidade de espao e maiores custos administrativos
(RIBEIRO, 2005).
Com o advento dos sistemas de controle de endereamento, como o sistema
WMS, propiciou-se o uso mais intensivo do conceito de armazenagem dinmica
ou aleatria, em que as mercadorias deixaram de ter locais fixos de armazenagem
e passaram a ser estocadas em qualquer local do depsito, visto que estes locais
passaram a ter uma identificao, devidamente cadastrada e controlada pelo
computador (SUCUPIRA, 2007).