Apostila Ciência e Tecnologia Dos Materiais
Apostila Ciência e Tecnologia Dos Materiais
Apostila Ciência e Tecnologia Dos Materiais
Os materiais esto em nossa vida e cultura todo o tempo. Nos mais variados eventos da
sociedade humana, em todos os seguimentos de nossa vida diria ocorrem influencias em
maior e menor grau pelos materiais.
Historicamente, o desenvolvimento e o avano das sociedades tm estado intimamente
ligados s habilidades de seus membros em produzir e manipular os materiais para
satisfazer suas necessidades. Ex. Idade da Pedra, Idade do bronze, etc.
[...] Em servio, todos os materiais so expostos a estmulos externos que causam algum
tipo de resposta. Por exemplo, uma amostra submetida a uma ao de foras deformar,
ou uma superfcie metlica polida refletir a luz. Uma propriedade uma caracterstica
de um dado material em termos do tipo e e da magnitude da sua resposta a um estmulo
especfico que lhe imposto.
Processamento
Estrutura
Propriedades
Desempenho
Em relao a estes 4 itens, a estrutura de um material vai depender da maneira como ele
ser processado e tambm, o desempenho de um material funo de suas propriedades.
Metais
Cermicas
Polmeros
Compsitos
Semicondutores
Biomateriais
Materiais Avanados
So os materiais que passaram por processos de alta tecnologia, materiais tradicionais
que foram aprimorados para obter um alto desempenho. Ex. CD, LCD, fibra ptica, etc.
Materiais do Futuro
So os chamados materiais inteligentes, dotados de censores atuantes em funo de
estmulos mecnicos, trmicos, pticos e eltricos, componentes da robtica.
Metais
Concreto: aglomerado formado por areia, cimento, rocha e gua.
Cermica
Madeira
Polmeros
Borracha
um material polimrico que possui vasto campo de aplicao, com destaque situaes
de vedao de juntas evitando a infiltrao de gua e encontro entre peas de materiais
rgidos, tais como vidros e metais por exemplo.
Asfalto
uma mistura entre derivados de petrleo e brita que responsvel por realizar a
impermeabilizao de aterros rodovirios visando garantir maior durabilidade das vias.
Utilizado em situaes de pavimentao flexvel.
Rochas
So materiais compsitos naturais com uma enormidade de aplicaes na Engenharia,
desde matria prima para processos industriais, at insumos para concreto e diversas
demandas da construo civil.
Concreto Armado
um material que em sua essncia busca aproveitar o que h de melhor nas caractersticas
do aglomerado concreto e do ao.
O concreto um aglomerado formado por areia, brita e cimento.
O ao de construo uma liga metlica desenvolvida para atuar na armadura das
estruturas de concreto armado.
Materiais Impermeabilizantes
So produtos utilizados para proteger estruturas visando evitar ao agressiva da
umidade.
Existem vrios tipos, podemos citar mantas asflticas, polmeros aditivos para argamassa
e concreto e pinturas de proteo do tipo imprimao.
O que Fsico-qumica?
um conceito ligado a propriedades fsicas e qumicas dos materiais.
A Fsico-Qumica a cincia que nos proporciona instrumentos para interpretar e
dominar os fenmenos naturais. Na base dessa cincia encontram-se os princpios
fundamentais da termodinmica, classicamente ensinados a partir do comportamento
dos sistemas macroscpicos.
a disciplina que estuda as propriedades fsicas e qumicas da matria, atravs da
combinao de duas cincias: a fsica, onde se destacam reas como a termodinmica
e a mecnica quntica, e a qumica.
Suas funes variam desde interpretaes das escalas moleculares at observaes de
fenmenos macroscpicos.
A Fsico-qumica moderna possui reas de estudo importantes como a termoqumica,
cintica qumica, qumica quntica, mecnica estatstica e qumica eltrica.
A Fsico-qumica tambm fundamental para a cincia dos materiais.
O comportamento fsico-qumico dos materiais em servio refere-se aos eventos que
ocorrem com a estrutura dos materiais quando estes so aplicados. Cada vez mais so
pesquisados e utilizados produtos com maior capacidade de resistir aos agentes fsicos
e qumicos de servio.
O comportamento fsico-qumico dos materiais vai depender diretamente da
constituio molecular atmica e arranjo qumico. A partir destas caractersticas ser
possvel identificar quais so as propriedades dos materiais.
Com a informao das propriedades, ser possvel definir as aplicaes dos materiais.
A partir da especificao de materiais, poderemos realizar com segurana a escolha
do produto que vai solucionar nossa demanda.
Alguns fatores ambientais que influenciam no desempenho dos materiais podem ser
citados, tais como:
Intemperismos: ventos, chuvas e sol.
Atmosfera qumica: presena de ons agressivos, maresia, chuva cida.
Estes fatores podem modificar as propriedades fsico-qumicas dos materiais.
Por exemplo:
Qual a demanda?
A construo do palcio do Planalto em Braslia DF, para atender a demandas
administrativas do Governo Federal, com escritrios e sales para reunies, a partir
do projeto realizado por Oscar Niemeyer.
As imagens a seguir pertencem ao arquivo do Prof. Hiram e foram retiradas em visitas aos locais. No sero
apresentados os endereos destas imagens nesta aula.
Manchas em
revestimento
cermico de
edificao
Descolamento de placas
cermicas em revestimento de
fachada.
Problemas na madeira
dos tapumes de obra
Problemas na
rampa para
veculos em lava
jato.
Situao de
contato
madeira
alvenaria em
edificao
Revestimento de rua
encontro
paraleleppedos de
rocha e blocos de
concreto
Patologias em
revestimento causadas
pela ao de chuva
Isotropia
Um material isotrpico algo que mantm suas propriedades intrnsecas em todas as
regies de seu corpo slido.
Ex. Um produto que foi fundido em condies controladas, como um metal ou polmero.
Anisotropia
Remete ao conceito oposto ao de isotropia, ou seja, um material que no mantm fixas
suas propriedades em diferentes regies de seu corpo slido.
Ex. uma pea de madeira com alguns ns presentes.
Elasticidade
Remete ao comportamento das borrachas, o termo elasticidade est ligado a capacidade
do corpo se deformar elasticamente aps uma determinada aplicao de carga fora.
Resilincia
um conceito que explica o fato de alguns corpos sofrerem presses de cargas e
apresentarem uma deformao elstica e posteriormente, voltarem exatamente a suas
caractersticas fsicas anteriores a aplicao das cargas externas.
Termo ligado ao poder de recuperao.
Esforos Simples
Os principais esforos simples a serem estudados em Resistncia dos Materiais so:
Esforo Normal
Esforo Cortante
Momento de Toro
Momento Fletor
Momento Fletor
a soma vetorial das componentes, sobre o plano da seo, dos momentos de todas
as foras situadas de um dos lados da seo em relao ao seu centro de gravidade.
1. Conceitos bsicos
As peas que compem as estruturas, possuem, evidentemente, trs dimenses. Trs
casos podem ocorrer:
i) Duas dimenses pequenas em relao 3;
ii) Uma dimenso pequena em relao a outras 2;
iii) As 3 dimenses considerveis
3. Condies de equilbrio
Para um corpo, submetido a um sistema de fora, estar em equilbrio, necessrio
que elas no provoquem nenhuma tendncia de translao nem rotao a este corpo.
Assim, em X, Y, Z, deveremos ter:
Resultante de foras R = 0
Resultante de momentos M = 0
4. Graus de liberdade
Uma estrutura possui 6 graus de liberdade, sendo 3 de movimentos de translao e 3
de movimentos de rotao.
evidente que estes 6 graus de liberdade precisam ser restringidos, de modo a evitar
toda tendncia de movimento da estrutura, garantindo seu equilbrio.
Esta restrio dada por apoios, que devem impedir as tendncias de movimento,
atravs do aparecimento de reaes sobre a estrutura, nas direes dos movimentos
que eles impedem, isto , dos graus de liberdade que eles restringem.
Estas reaes de apoio se oporo s cargas aplicadas estrutura, formando este
conjunto de cargas e reaes um sistema de foras em equilbrio, e regidas, pelos
grupos de equaes j citados.
5. Esforos Simples
Um sistema de foras atuando sobre um corpo, encontra seu equilbrio atravs de
reaes de apoio que provocam. Vejamos os efeitos estticos que estas carga e reaes
provocam em cada uma das sees do corpo.
a) N Esforo Normal
Soma algbrica das componentes, na direo normal seo, de cada uma das foras
atuantes.
Conceitos de TRAO e COMPRESSO.
b) Q Esforo Cortante
Definimos, ento, esforo cortante atuante numa seo com sendo igual soma
vetorial das componentes, sobre o plano da seo, das foras situadas de um dos lados
desta seo.
Conceito de CISALHAMENTO (tendncia de corte).
c) T momento de Toro
Definimos, ento, momento torsor atuante numa seo S como sendo a soma algbrica
dos momentos das foras situadas de um dos lados desta seo em relao ao eixo
normal seo que contm o centro de gravidade.
Tendncia de giro da estrutura eixos de rotao
d) M Momento Fletor
Definimos, ento, como momento fletor atuante numa seo, soma vetorial das
componentes, sobre o plano da seo, dos momentos de todas as foras situadas de
um dos lados da seo em relao ao seu centro de gravidade.
Bibliografia Complementar