Comissão de Ética Enf SAMU
Comissão de Ética Enf SAMU
Comissão de Ética Enf SAMU
COMISSO DE TICA
EM
ENFERMAGEM
APLICAO NA EMERGNCIA
CAMPINAS . 2015
R EGIMENTO I NTERNO
CAPTULO I
DA DEFINIO
Art. 1 - A Comisso de tica de Enfermagem (C.E.E.) do SAMU do Municpio de
Araujo de Almeida exerce, mediante delegao do Conselho Regional de Enfermagem de So
Paulo (COREN-SP), atividade destinada prestao idnea de servios de Enfermagem na
instituio de sade e congneres, assumindo funo educativa, fiscalizadora e consultiva do
exerccio profissional e tico de Enfermagem nesta instituio.
1. A C.E.E. atuar de modo preventivo visando a conscientizao dos profissionais
de enfermagem da instituio, quanto ao exerccio de suas atribuies legais, bem como
necessidade de salvaguardar a segurana do paciente.
2. A atuao da C.E.E. abrange a preveno de condutas de risco imagem
profissional e institucional.
CAPTULO II
DAS FINALIDADES
Art. 2 - A Comisso de tica de Enfermagem reconhecida pelo SAMU do
Municpio Araujo de Almeida, estabelecendo com a mesma uma relao de independncia e
autonomia em assuntos pertinentes tica.
Pargrafo nico. A Comisso de tica de Enfermagem dever notificar chefia de
Enfermagem o cronograma de suas atividades.
1 Municpio Araujo de Almeida - Fictcio
1
preventivas,
funcionrios
com
educativas
registro
no
orientadoras,
conscientizando
COREN-SP sobre
questo
os
das
responsabilidades tico-profissionais.
Pargrafo nico. A C.E.E. por ser o rgo representativo do COREN-SP, criada nos
moldes das Resolues e Decises do COFEN e CORENSP, ter sua formao e
funcionamento de acordo com as normas regimentais existentes para tal fim.
Art. 8 - Compete ao presidente da Comisso de tica Enfermagem:
a) Presidir, coordenar e dirigir as reunies da Comisso;
b) Planejar e controlar as atividades programadas;
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de
enfermagem
para
cincia
demais
providncias administrativas;
d) Elaborar relatrio, nos termos do disposto na alnea d, artigo 7, deste
Regimento;
e) Representar a Comisso de tica de Enfermagem perante as instncias
superiores, inclusive no COREN-SP;
f) Solicitar a participao de membros suplentes nos trabalhos, quando
necessrio;
g) Nomear os membros sindicantes para convocar e realizar audincias.
Art. 9 - Compete ao secretrio da Comisso de tica de Enfermagem:
a) Proceder aos registros das reunies em ata;
b) Verificar o qurum de deliberao, conforme o relatado no art. 17;
c) Realizar as convocaes dos denunciados e denunciantes, bem como das
testemunhas;
d) Organizar arquivo referente aos relatrios de sindicncia;
e) Colaborar com o presidente, no que lhe for por este solicitado, nos
trabalhos atribudos C.E.E..
Art. 10 - Compete aos membros efetivos e suplentes:
a) Eleger Presidente e Secretrio;
b) Comparecer s reunies da Comisso, discutindo e opinando sobre as
matrias em pauta;
c) Garantir o exerccio do amplo direito de defesa aos profissionais de
enfermagem sindicados;
d) Desenvolver demais atribuies previstas neste Regimento.
CAPTULO V
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DAS ELEIES
Art. 11 - Os membros da Comisso de tica de Enfermagem sero eleitos atravs de
voto facultativo, secreto e direto da equipe de Enfermagem.
1. Na impossibilidade de cumprimento do disposto no caput deste artigo, os
membros da C.E.E. podero ser indicados pelo Enfermeiro Responsvel Tcnico, ou
voluntariar-se candidatos, atendendo-se aos critrios do 1 pargrafo do artigo 6.
2. Nos casos do pargrafo anterior, devero ser observados os requisitos impostos
pelo artigo 13 deste Regimento.
3. Os membros da C.E.E. voluntrios ou indicados pelo Enfermeiro Responsvel
Tcnico podero exercer tal funo por um perodo mximo de 1 (um) ano, contados a partir
da posse, devendo prestar compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo e de
promover novas eleies dos membros da Comisso de tica, lavrando-se o respectivo termo.
Art. 12 - O enfermeiro RT Gestor do Servio de Enfermagem do SAMU do
Municpio Araujo de Almeida designar uma comisso eleitoral que ser responsvel pela
organizao, apurao e divulgao dos resultados do pleito.
1. Os membros da Comisso Eleitoral no podero ser candidatos, assim como o
enfermeiro Responsvel Tcnico da instituio.
2. A convocao para eleio ser feita atravs de ampla divulgao interna, com
antecedncia mnima de 60 (sessenta) dias da data estabelecida para as inscries.
3. A lista dos inscritos ser divulgada na Instituio, em rol organizado em ordem
alfabtica, durante o perodo mnimo de uma semana, em lista a ser afixada pela Comisso
Eleitoral em local de fcil acesso aos profissionais de enfermagem.
4. O rol de candidatos dever ser enviado ao Coren-SP para apreciao das
condies necessrias de elegibilidade impostas no art. 13 deste.
5. Os candidatos podero pertencer as categorias de Enfermagem, como:
Enfermeiro e Tcnico de Enfermagem.
Art. 13 - Os candidatos que iro concorrer na eleio da Comisso de tica de
Enfermagem devero atender os seguintes requisitos:
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___________________________________________________________________________
Nome completo do Presidente e de todos os Membros da C.E.E.
(Carimbo e assinatura)
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UM CONCEITO LACNICO
tica representa um atributo de conscincia ou ainda carter, particularmente dos
valores morais, que traz a distino do certo ou errado. Cada profisso tem sua Comisso de
tica, esclarecendo aquilo que h necessidade de se tornar senso comum, que deve ser
respeitada por todos os indivduos integrados a profisso. O senso comum, por sua vez, se
refere ao modo de pensar da maioria das pessoas, com conhecimentos advindos da
experincia, vivncia e observao.
O INCIO
Na bibliografia disponvel, pouco se encontrou a respeito do incio exato, ou como
surgiram as comisses de tica de Enfermagem no mundo, ou seja, tem seu incio um tanto
confuso na histria. Trataremos ento de esclarecer acerca das comisses de tica relacionadas
a rea da sade de uma forma geral, pois, segundo Oguisso (OGUISSO, T. & SCHMIDT, M.
J. - O exerccio da enfermagem, Uma abordagem tico-Legal, 2 edio, 2007), as C.E.E em
seu incio, usaram como modelo as comisses de tica de medicina.
As primeiras comisses apareceram devido ao aumento das indstrias farmacuticas
e a necessidade de criar e aplicar um consentimento esclarecido em ensaios teraputicos com
doentes. Teve um inicio pouco marcado, sem datas precisas e tinham participao exclusiva
de mdicos, mas teve um desenvolvimento acelerado na dcada de 1980 e passaram a
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incorporar outros profissionais como telogos, juristas, filsofos e socilogos (PASSINI, L. &
BARCHIFONTAINE - Problemas atuais da biotica 6 edio, 2002).
H relatos, em algumas bibliografias disponveis, de que a histria das Comisses de
tica de Enfermagem no Brasil antecede criao do Sistema COFEN/CORENS. Gelain e
Silva (GELAIN, I O significado do ETHOS e da conscincia tica do enfermeiro em suas
relaes de trabalho 1991, Tese de doutorado; SILVA, M. J. P. Comunicao tem remdio:
a comunicao nas relaes interpessoais em sade. Gente/Cedas. 1996) citando Correa
afirmam que no Brasil, a primeira Comisso de tica foi criada em 1956 durante o IX
Congresso Brasileiro de Enfermagem promovido pela Associao Brasileira de Enfermagem
(ABEn). Esta Comisso recebeu a incumbncia de elaborar o anteprojeto do Cdigo
Brasileiro de tica de Enfermagem. A Comisso apresentou o resultado dos seus trabalhos no
X Congresso Brasileiro de Enfermagem e, finalmente, em 1958, durante o XI Congresso o
Cdigo Brasileiro de tica de Enfermagem foi aprovado e vigorou at 1975.
Em 1993, o COREN-SP promoveu um seminrio para discutir sobre a criao de
C.E.E., e o COFEN, no ano seguinte, normatizou e oficializou o Regimento das comisses,
incentivando assim, a implantao dessas comisses dentro das instituies de sade. De
acordo com esse Regimento, as C.E.E. so rgos representativos do COREN de forma
permanente, tem funes educativas, consultivas e fiscalizadoras do exerccio da enfermagem
(Modelo de regimento interno das comisses de tica de enfermagem das instituies de
sade de Santa Catarina 002/2006). Foi um passo importante a favor dos profissionais de
enfermagem, bem como a favor dos clientes ou pacientes que so cuidados por estes.
As comisses so reconhecidas nas instituies onde so implantadas, assessorandoas em assuntos pertinentes sua categoria e as reunies devero ser comunicadas
instituio.
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CONCLUSO
A tica se constitui atributo formador do carter, possibilitando uma reflexo a
respeito de valores morais e trazendo conhecimento em relao profisso, direitos e deveres.
necessrio que mais espaos sejam abertos para a discusso de casos clnicos relacionados
tica e para um estudo mais profundo do Cdigo de tica de Enfermagem.
Assim sendo, as Comisses de tica em Enfermagem merecem em seu conjunto uma
ateno particular: a sua prpria existncia indica a importncia que adquiriu a tica na
relao profissional/cliente/hospital. Trata-se de uma organizao que visa o benefcio e no
malefcio tanto do cliente, como do profissional. Tem uma viso decisiva sobre o julgamento
do certo e o errado dentro do exerccio profissional, tanto que tem autonomia e voz critica
junto constituio e s instituies na qual esto estabelecidas. Tem conscincia
promocional sobre justia e ancoragem a princpios de salvaguarda dos valores do ser
humano, tanto no mbito profissional, como do ponto de vista de quem cuidado por esses
profissionais.
Busca prevenir possveis ocorrncias que causem danos aos envolvidos ou que os
exponham a riscos desnecessrios. A sua meta assegurar uma assistncia livre de maus
tratos, indisciplina, negligencia, falsidade ideolgica, impercia, ineficincia e imprudncia. E
o objetivo de qualquer instituio a segurana de seus clientes, portanto, a relao entre
C.E.E. e a Instituio que a abriga vantajosa para ambas as partes.
necessrio que haja educao continuada dos profissionais em atividade, de forma
que possam obter novos conhecimentos e estejam sempre reconstruindo o j absorvido a partir
dos avanos nas vr ias esferas do aprendizado, estando, assim, capacitados para o exerccio
profissional em suas vrias dimenses.
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