Avaliação Heurística de Sítios Na Web
Avaliação Heurística de Sítios Na Web
Avaliação Heurística de Sítios Na Web
1. Introduo
Imagine um stio de comrcio eletrnico em que boa parte dos usurios no consegue
efetuar uma compra, ou um grande portal de notcias em que o usurio no sabe aonde
encontrar a informao desejada. Problemas de usabilidade como esses, encontrados em
stios na Web, podem ser determinantes para inviabilizar um negcio na World Wide
Web.
Uma tentativa frustrada de encontrar uma informao ou de carregar uma pgina
pode fazer com que o usurio desista de acessar um determinado stio e procure pela
mesma informao ou servio em um stio concorrente. Em um ambiente onde o
sucesso de um stio ou a lucratividade de um negcio medida proporcionalmente ao
nmero de paginas visitadas (page views) e de cliques bem sucedidos (click throughs), a
preocupao com a usabilidade fundamental para a sobrevivncia de qualquer stio.
Diferentemente do projeto de um software, onde os clientes pagam primeiro e
experimentam a usabilidade depois, na Web, os usurios experimentam a usabilidade
primeiro e tornam-se clientes depois. Desta forma, fundamental a ateno com a
usabilidade de um stio em sua fase de projeto.
Cabe salientar que tais estudos fazem parte da rea de Interface HumanoComputador (IHC), cujo objetivo desenvolver ou melhorar a segurana, utilidade,
efetividade, eficincia e usabilidade de sistemas que incluem o computador.
Com o intuito de auxiliar os desenvolvedores de sistemas a construrem suas
interfaces considerando os princpios de usabilidade, este estudo prope-se uma
adaptao do mtodo de inspeo de avaliao heurstica, proposto por Jakob Nielsen
(1993), Web.
Este trabalho est estruturado de modo que aps a seo 1 (Introduo),
conceitos de usabilidade so abordados na seo 2. Na seo 3, apresentam-se os
mtodos de avaliao, em especial a Avaliao Heurstica e sua adaptao Web. A
seo 4, por sua vez, apresenta exemplos de avaliao heurstica conforme mtodo
proposto. As consideraes finais so apresentadas na seo 5.
2. Usabilidade
A maioria dos mtodos de avaliao de interface baseiam-se em engenharia cognitiva,
cujo objetivo a criao de sistemas computacionais que exijam do usurio baixa carga
cognitiva para serem utilizados, isto , que sejam fceis de apreender, de usar e que
sejam agradveis para as pessoas. Ao medirmos tais caractersticas e propriedades do
sistema com a finalidade de verificar o nvel de aceitao da interface pelo usurio,
estaremos verificando a usabilidade desta interface (NOGUEIRA, 2003)
Medir a usabilidade de uma interface envolve no apenas medir questes
relativas s funcionalidades de um software, mas tambm a facilidade de seu uso como
ferramenta de trabalho, tendo como um dos principais desafios a reduo do tempo
necessrio para aprendermos a utilizar o sistema (NIELSEN, 1993).
Formas de aferio
Facilidade de uso
Mensurar a velocidade e a quantidade de erros durante a execuo de determinada tarefa, que caso
ocorram, devem ser facilmente recuperados; (PREECE, 1994) (NIELSEN, 1993) (ISO 9241-11, 1998)
Facilidade de
aprendizado
Mensurar o tempo e o esforo necessrios para que os usurios tenham um determinado padro de
desempenho; (NIELSEN, 1993) (PREECE, 1994)
Satisfao do usurio
Avaliar se o usurio gosta do sistema e sente prazer em trabalhar com ele; (NIELSEN, 1993) (PREECE,
1994) (ISO 9241-11, 1998)
Produtividade
Flexibilidade
Memorabilidade
3. Mtodos de Avaliao
Designers e profissionais de IHC procuram mtodos rpidos e baratos de avaliao de
interfaces em substituio aos testes de laboratrio que geralmente so caros e carecem
de infra-estrutura (ROCHA et.al, 2003). Em virtude dessa situao indica-se uso de
tcnicas de avaliao denominadas mtodos de inspeo de usabilidade.
Parece haver convergncias entre Nielsen (NIELSEN, 1993) (NIELSEN, 1994),
Mayhew (MAYHEW, 1999), Preece (PREECE, 1993) (PREECE, 1994) e Rubin
(RUBIN, 1994) sobre as muitas formas de medir a usabilidade de uma interface.
Existem mtodos diretos que analisam dados sobre a interao entre interface e reais
usurios do sistema, detectando problemas; e mtodos indiretos em que os avaliadores
simulam o comportamento dos usurios quando interagindo com uma interface e
predizem problemas.
Os mtodos indiretos de avaliao, tambm chamados de mtodos de inspeo,
caracterizam-se pela inexistncia de usurios reais como fonte de observao
(NIELSEN, 1994). Avaliadores examinam a interface simulando o papel dos usurios.
Desta forma, o avaliador deve entender no s de usabilidade de interfaces, mas tambm
do domnio da aplicao e do usurio.
Como um sistema geralmente no
desenvolvido para um nico usurio, os avaliadores devem considerar o possvel
conjunto de usurios. Muitas vezes, simular pela mdia dos usurios s criar
insatisfao futura. Este conjunto de mtodos pode ser aplicado em qualquer fase de
desenvolvimento de uma interface, mesmo em sua fase conceitual, possibilitando a
deteco de erros graves de interao nas fases inicias do projeto, implicando menor
custo nos ajustes (NIELSEN, 1994) (NIELSEN, 1995a). Apesar de, em casos especiais,
poderem ser aplicados por no-especialistas (NIELSEN, 1994) (NIELSEN, 1995a)
(NIELSEN, 1995b), tais mtodos revelam-se mais eficazes quando utilizados por
especialistas. Porm muitos erros podem ser encontrados por pessoas no especialistas,
seguindo as regras para avaliao heurstica.
Dentre os diversos mtodos indiretos temos: Avaliao Heurstica, Reviso de
Diretrizes, Inspeo de Consistncia e Percursos Cognitivos (Cognitive Walkthrough)
(NIELSEN, 1994).
A ttulo de exposio citamos alguns mtodos diretos de inspeo, que requerem
a participao do usurio, a saber: teste em usabilidade em laboratrio, grupo focal,
Pensando em Voz Alta (Think Aloud), Entrevistas e Questionrios (Nielsen, 1994).
Esta pesquisa est baseada no mtodo indireto conhecido como Avaliao
Heurstica, apresentado com mais detalhe a seguir.
importante observar que algumas fases podem ser descartadas quando realizadas por
uma equipe de especialistas.
Na Tabela 2, apresentada a seguir, os critrios para Avaliao Heurstica
propostos por Nielsen (1994) so apresentados.
Tabela 2 Heursticas Propostas por Nielsen(NIELSEN, 1994, p.30)
Heursticas
Descrio
Status do sistema
o usurio deve ser informado pelo sistema em tempo razovel sobre o que est
acontecendo.
Compatibilidade do sistema
com o mundo real
o modelo lgico do sistema deve ser compatvel com o modelo lgico do usurio.
Consistncia e padres
Preveno de erros
Ajuda e documentao
(PRATES, 2003). Spool et.al (1999), com relao a avaliaes de stios na Web,
consideram que a informao deve ser o foco destes. Sendo assim, a usabilidade est
relacionada capacidade do stio em prover informaes s pessoas na tomada de
decises.
Lynch e Palmiter (2002) props uma extenso ao conjunto de heursticas para
uso em stios da Web, incluindo, por exemplo: contexto, organizao e estrutura; temas
e objetos de pginas e sub-nveis; entre outros.
Com o intuito de auxiliar os desenvolvedores de sistemas a construrem suas
interfaces considerando os princpios de usabilidade, apresenta-se na seo a seguir uma
adaptao Web do mtodo de inspeo de Avaliao Heurstica.
3.1.1.1. Heursticas adaptadas Web
A seguir as heursticas propostas por Nielsen (1994) so apresentadas, j adaptadas ao
ambiente Web. Algumas dicas so fornecidas e exemplificadas com aplicaes em
domnios especficos.
1. Status do sistema
No force a abertura do stio em uma nova janela que oculte a barra de status do
navegador, pois a partir desta barra o usurio pode visualizar a URL completa e
acompanhar o progresso do carregamento da pgina.
2. Compatibilidade do
sistema com o mundo
real
3. Controle do usurio e
liberdade
4. Consistncia e padres
os navegadores utilizados pela grande maioria dos usurios do stio. D preferncia para
as linguagens padronizadas pelo W3C - World Wide Web Consortium7.
Utilize o recurso de meta-tags, para que os mecanismos de busca localizem
eficientemente as pginas do stio.
5. Preveno de Erros
As informaes devem ser bem organizadas e os elementos clicveis devem ser bem
descritos para que o usurio no cometa o erro de acessar uma pgina, no obtendo a
informao esperada e forando-o a voltar para a pgina anterior para efetuar uma nova
tentativa.
Em formulrios de cadastro, informe quais campos so de preenchimento obrigatrio.
Informe tambm a forma correta de preenchimento de cada campo ou incorpore ao
formulrio recursos de software para corrigir a digitao do usurio. Por exemplo: um
campo CPF pode ser preenchido como 999.999.999-99 ou 999999999-99 ou
simplesmente 99999999999. Mesmo assim, caso usurio cometa algum erro no
preenchimento, o sistema deve alertar o usurio quanto ao preenchimento incorreto e
oferecer uma forma simples e construtiva de corrigi-lo.
6. Reconhecimento ao
invs de lembrana
Informaes importantes como o valor total de uma compra e os itens que esto sendo
comprados em um stio de comrcio eletrnico devem ser facilmente acessadas pelo
usurio a qualquer momento.
Mantenha o usurio informado sobre sua localizao dentro do stio. Uma boa soluo
que est sendo muito adotada exibir o caminho percorrido pelo usurio dentro do stio.
Na Figura 5 pode-se visualizar, em uma barra superior, a localizao da pgina dentro
do stio.
7. Flexibilidade e eficincia O stio deve ser projetado para atender a todos os perfis
de usurios, de iniciantes a experientes.
de uso
7
8
Uma prtica comum oferecer uma pgina especial para os usurios que esto
acessando o stio pela primeira vez. Normalmente disponibilizado um link do tipo
meu primeiro acesso.
importante tambm fornecer atalhos para que os usurios mais experientes acessem a
informao desejada com um menor nmero de cliques.
Utilize
o
recurso
de
personalizao de pginas de erro,
oferecido pela grande maioria dos
provedores
de
hospedagem,
evitando a apario de pginas de
erro do tipo 404 pgina no
encontrada. Tal exemplo
apresentado na Figura 7.
10
11
4. Estudos de Caso
De posse das heursticas e do mtodo proposto na seo 3.1.2., pode-se efetuar o
preenchimento das tabelas apresentadas a seguir, sendo o prprio desenvolvedor um
avaliador do stio.
As Figuras 9a e 9b so utilizadas para ilustrar este mtodo, sendo que o
problema de usabilidade encontra-se na heurstica 3 (Consistncia e Padres). Para tal
foi preenchido o formulrio proposto, conforme Tabela 3.
(a)
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(b)
(
(
) Problema Principal
) Problema Falso
( X ) Problema Secundrio
( ) Problema Novo
) No se aplica
Contexto: O usurio acessou a pgina principal da seo Ps-Graduao do stio (Figura 9a) e logo em
seguida clicou no link Cursos de ps-graduao (Figura 9b).
Causa: Diferentes pginas do mesmo stio possuem padres visuais diferentes.
Efeito sobre o usurio: Desconforto e breve desorientao.
Efeito sobre a tarefa: Nenhum
Correo possvel: Padronizar as pginas do stio, seguindo uma mesma identidade visual.
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( ) Barreira
( X) Problema Geral
( X) Problema Principal
( ) Problema Falso
( X)
( )
( )
( )
Obstculo
Problema Preliminar
Problema Secundrio
Problema Novo
Grau de Severidade:
( ) 0 - Sem importncia
( ) 1 - Cosmtico
( ) 2 - Simples
( X) 3 - Grave
( ) 4 - Catastrfico
( ) Rudo
( ) Problema Especial
(
) No se aplica
Contexto: O usurio acessou o sitio para efetuar uma compra de um produto ofertado em uma lista. Logo em
seguida clicou sobre a imagem do produto e a tela da Figura 10 foi exibida.
Causa: O produto esta em falta, mesmo assim a opo para o usurio prosseguir o processo de compra
permanece disponvel.
Efeito sobre o usurio: Frustrao dada a falsa impresso que o sitio proporciona.
Efeito sobre a tarefa: Perda de tempo na execuo.
Correo possvel: Desabilitar o boto Colocar na Cesta e o campo Quantidade. Dar destaque ao aviso de
que o produto esta indisponvel.
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Natureza do problema:
Perspectiva do usurio:
Perspectiva da tarefa:
Perspectiva do Projeto:
Descrio do Problema:
( ) Barreira
(X) Problema Geral
(X) Problema Principal
( ) Problema Falso
(X)
( )
( )
( )
Obstculo
Problema Preliminar
Problema Secundrio
Problema Novo
Grau de Severidade:
( ) 0 - Sem importncia
( ) 1 - Cosmtico
( ) 2 - Simples
(X) 3 - Grave
( ) 4 - Catastrfico
( ) Rudo
( ) Problema Especial
(
) No se aplica
Contexto: O usurio clicou no hiperlink Histria localizado na barra de navegao superior. A pgina
mostrada na figura 11 foi exibida. Logo em seguida o usurio clicou no boto Histria localizado esquerda,
e a mesma pgina foi carregada novamente.
Causa: Existem dois hiperlinks na pgina que possuem representao grfica e hierarquia diferentes, mas
ambos apontam para a mesma pgina.
Efeito sobre o usurio: Desorientao.
Efeito sobre a tarefa: Perda de tempo.
Correo possvel: Eliminar o boto Histria do menu de navegao esquerda da pgina.
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O especialista deve ter em mente o nvel mnimo de qualidade que deseja alcanar no
projeto das interfaces. Aps cada avaliao, deve-se priorizar as correes mais
relevantes, at atingir o nvel de qualidade estipulado pelo especialista. A determinao
de graus de severidade facilita o estabelecimento de prioridades, mas deve ser analisada
em conjunto com os demais critrios (natureza do problema e perspectivas do usurio,
da tarefa e do projeto). Por exemplo, um problema geral, verificvel para qualquer tipo
de usurio , logicamente, mais prioritrio que um outro que se verifique somente para
alguns tipos de usurios. Pode-se considerar tambm prioritrio o problema de
usabilidade que possa causar perda de tempo em tarefas com elevada freqncia de
realizao ou o que cause falhas ou perda de dados em tarefas de elevada importncia.
5. Concluses
O nmero de especialistas em usabilidade ainda reduzido no mercado. Acredita-se que
a disseminao de tcnicas de avaliao possa contribuir para que as equipes
desenvolvedoras de sistemas obtenham maior proveito do produto por elas gerado, uma
vez que de posse das heursticas muitos problemas podem ser diagnosticados.
Ainda no se tm resultados substancias de pesquisas comparando os mtodos de
avaliao para que se possa definitivamente dizer qual mais indicado para cada caso.
Importante enfatizar que o mtodo de Avaliao Heurstica, mesmo sendo um dos mais
utilizados, no aprecia todos os critrios de avaliao de usabilidade. Critrios como os
de memorabilidade e produtividade no so possveis de serem aferidos (NOGUEIRA,
2003). J o critrio de satisfao do usurio, por sua subjetividade, s pode ser aferido
por um avaliador ao identificar a possvel insatisfao do usurio durante a aplicao da
avaliao (NOGUEIRA, 2003). Desta forma, os critrios a serem plenamente aferidos
com este mtodo so facilidade de uso, facilidade de aprendizado e flexibilidade.
Sugere-se a utilizao de outros mtodos de inspeo, de forma possibilitar a aferio
dos demais critrios, como por exemplo, o mtodo Questionrio.
Cabe salientar ainda que o no-envolvimento de usurios reais pode tornar o teste
econmico e rpido, contudo a utilizao de representantes deles pode gerar
distores na avaliao.
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