Conversao Fresa CNC
Conversao Fresa CNC
Conversao Fresa CNC
Rio de Janeiro
Maro de 2014
ENGENHARIA
MECNICA
DA
ESCOLA
POLITCNICA
DA
NECESSRIOS
PARA
OBTENO
DO
GRAU
DE
ENGENHEIRO MECNICO.
Aprovado por:
________________________________________________
Profa. Carolina Palma Naveira Cotta, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Jeziel da Silva Nunes, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Renato Machado Cotta, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Fernando Pereira Duda, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Luiz Otvio Saraiva Ferreira, D.Sc.
iii
Agradecimentos
Agradeo primeiramente a Deus, pois Ele o responsvel por todas as conquistas em minha
vida. Sem Ele nada teria sido possvel, obrigada Senhor!
Em seguida, agradeo aos meus pais, Clia Regina e Dillon, que me inspiraram na escolha
desta carreira, e sempre me incentivaram e ajudaram a no desistir. Ao que acima de tudo meu
grande amigo, meu namorado Marcos Vincius, nos momentos mais difceis desta caminhada, o
seu apoio foi fundamental, me animando e mostrando que sempre havia uma soluo, no
importando qual fosse o problema.
Agradeo ao professor Jeziel Nunes, e professora Carolina Cotta, pela orientao e apoio
durante todos esses meses de trabalho. Aos amigos do Lab. MEMS, que tanto me ajudaram no
desenvolvimento deste projeto.
E finalmente, agradeo aos membros da minha banca avaliadora, os professores Renato
Cotta, Fernando Duda, e Luiz Otvio Ferreira, por estarem presentes neste momento e pelas
contribuies a este trabalho.
iv
Maro/2014
Este trabalho tem como objetivo converter uma furadeira fresadora manual em uma
fresadora de comando numrico, mais precisa que a mquina original. Uma das
motivaes para este trabalho a necessidade da utilizao pelos alunos do Lab. MEMS
de uma micro fresadora para confeco de micro dispositivos de troca trmica. Por se
tratar de um equipamento delicado, cujas peas de reposio e ferramentas tm um
custo elevado, desejvel que os alunos sejam habilitados a utilizar as mquinas de
controle numrico, fundamentais fabricao dos componentes para suas experincias
atravs de uma sequencia de operaes de fabricao. Os alunos no desenvolvimento de
suas pesquisas tem necessidade de desenvolver e fabricar microcomponentes que
envolvem micro fresamento de preciso. Neste processo os alunos iniciam com a prfabricao de peas na fresadora objeto deste trabalho, onde as operaes de pr
fabricao e os desbastes de maior vulto so executadas preparando as peas para as
operaes de micro fresamento. Em particular, esta fresadora ser utilizada para fabricar
microtrocadores de calor para um sistema de arrefecimento de coletores fotovoltaicos.
March/2014
vi
Sumrio
1.
INTRODUO................................................................................................................. 1
1.1.
Motivao ------------------------------------------------------------------------------------------------ 1
1.2.
Objetivo--------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
1.3.
2.
2.1.
2.2.
3.
4.
4.1.
4.2.
4.3.
5.
4.3.2.
Motores de Passo................................................................................................. 30
4.3.3.
5.1.
5.2.
5.3.
5.4.
6.
7.
CONCLUSO ................................................................................................................ 51
8.
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 53
vii
viii
1. Introduo
1.1. Motivao
O fresamento uma operao de usinagem que consiste na remoo de cavaco,
atravs da rotao e do avano de uma ferramenta multicortante. Este um dos mais
importantes processos de fabricao mecnicos principalmente por ser bastante verstil.
partir da dcada de cinquenta, com o desenvolvimento cada vez maior da
indstria aeronutica americana, havia uma demanda por alta produtividade de peas
complexas e precisas, neste contexto surgiram as primeiras mquinas ferramentas com
controle numrico, que revolucionaram a fabricao de peas.
Nos anos que se seguiram, esta tecnologia foi sendo aprimorada, mas somente na
dcada de setenta, foram incorporados estes equipamentos computadores dedicados ao
controlador numrico. Foi quando surgiu de fato a primeira mquina com controle
numrico computadorizado, isto , uma CNC, do ingls Computer Numeric Control.
Estas maquinas continuaram sendo aprimoradas, e atualmente h uma vasta gama de
equipamentos CNC. As fresadoras de comando numrico possuem altssima preciso e
versatilidade, existem inmeros tipos e tamanhos deste equipamento disponveis no
mercado, podendo ir dos grandes centros de usinagem at as micro fresadoras.
No Lab. MEMS (Laboratrio de Nano e Micro Fludica e Microssistemas) h a
necessidade de desenvolvimento e fabricao de microcomponentes para diversas
pesquisas realizadas. Dentre os vrios processos utilizados para fabricao de
microdispositivos a micro usinagem um deles. Para realizar este tipo de trabalho, o
laboratrio conta com uma micro fresadora de comando numrico, equipamento
bastante preciso, porm delicado, cujos insumos so muito caros.
Uma das pesquisas em desenvolvimento, inserida num contexto de cooperao
internacional entre o Lab. MEMS e o LTNT (Laboratrio de Termodinmica em
Tecnologias Emergentes) do ETH Zurich, Suia. a proposta de utilizao de
microtrocadores de calor para a refrigerao de clulas fotovoltaicas com alta
concentrao (HCPV) e o aproveitamento do calor rejeitado para dessalinizao de
gua, atravs de um dessalinizador de membrana.
Clulas fotovoltaicas so dispositivos que convertem a energia solar diretamente
em eletricidade por meio de efeito fotovoltaico. Em painis fotovoltaicos tradicionais,
1
toda a superfcie do painel coberta com material semicondutor, material este que
possui custo elevado. O sistema fotovoltaico de alta contrao se baseia na focalizao e
concentrao da luz solar, atravs da utilizao de lentes especiais sobre pequenas
clulas fotovoltaicas. Com a utilizao deste sistema a rea do painel coberta com
material semicondutor mnima, o que propicia uma considervel diminuio dos
custos de tal sistema se comparado ao sistema tradicional.
Porm, com a utilizao de sistemas de alta concentrao h uma grande
quantidade de energia que perdida na forma de calor. Este calor causa o aumento da
temperatura da clula fotovoltaica, diminuindo assim sua eficincia, como possvel
constatar observando a figura 01.
1.2. Objetivo
O principal objetivo deste trabalho foi converter uma furadeira fresadora manual,
comercializada no Brasil pela Manrod, modelo MR-205, em uma fresadora de comando
numrico, de forma que seja possvel emprega-la na pr-fabricao de peas, cuja
usinagem ser finalizada na micro fresadora CNC, j utilizada no laboratrio.
Originalmente, a MR-205 no um equipamento de muita preciso, e possui
bastante folga em diversos componentes. Um dos objetivos da converso eliminar
estas folgas, permitido assim que as peas fabricadas na mquina convertida sejam
compatveis com a micro fresadora, e tambm, reduzir o tempo total gasto para
fabricao de cada um destes componentes, j que as usinagens de mais pesadas sero
realizadas na fresadora maior diminuindo assim as operaes na micro fresadora.
Ou seja, a micro fresadora dever ser utilizada apenas para execuo de micro
fabricao, e a macro fresadora dever ser capaz de fabricar com a devida preciso as
pr-formas de macro escala.
Alm disso, o funcionamento da macro fresadora aps ser convertida em CNC, ser
muito prximo do funcionamento da micro fresadora j que utilizar o mesmo processo
de controle. Desta forma os alunos podero adquirir experincia na operao de uma
CNC, em um equipamento mais robusto, cujo custo de manuteno, de peas de
reposio, e das prprias ferramentas baixo, se comparado aos da micro fresadora.
Podendo posteriormente operar com maior destreza o equipamento mais delicado e mais
caro.
geometrias de
2. Reviso Bibliogrfica
H tambm uma srie de sites, blogs e fruns de discusso sobre este assunto,
disponveis na internet. O cientista da computao WARFIELD [18], diretor executivo
e presidente da empresa CNC Cookbook, converteu sua prpria furadeira fresadora
manual da Rong Fu, modelo RF-45, em uma mquina CNC, registrou em detalhes todas
as etapas deste processo e publicou-as no site de sua empresa. A mquina que foi
adaptada extremamente parecida com a MR-205, e esta um das razes para o projeto
executado por WARFIELD [18] ser bastante relevante para este trabalho, outra razo
para tal relevncia a qualidade tcnica de seu projeto e a riqueza de detalhes por ele
apresentados. A figura 03 ilustra a RF-45 aps ter sido convertida em uma fresadora
CNC.
12
porm com espessura de 1/4 in (um quarto de polegada), foi cortada uma pastilha para
fabricao da tampa do microtrocador.
A primeira pastilha foi fixada mesa da micro fresadora atravs de uma morsa e
utilizando uma fresa de topo com dimetro de 2,032 mm, foi feito o faceamento dos seis
lados da pastilha, formando finalmente uma pastilha de 3 mm (trs milmetros) de
espessura, por 21 (vinte e um milmetros) de largura, por 25,5 mm (vinte e cinco
milmetros e meio) de comprimento, com faces planas, garantindo devido paralelismo e
perpendicularidade entre cada uma delas.
Em seguida, a ferramenta foi substituda por outra fresa de topo, com dimetro
de 1,016 mm com a qual foram usinados os dois poos de distribuio de fluido.
Substituindo novamente a ferramenta por outra fresa de topo de 400 m (quatrocentos
micrometros) de dimetro, foram usinados os dezoito canais.
Para finalizar a fabricao da base, foram feitos em uma furadeira de bancada,
montada com uma broca de 1,6 mm (um virgula seis milmetros) de dimetro, quatro
furos passantes em cada uma das extremidades da pea. Em cada um desses furos foram
abertas roscas M 2 (rosca mtrica de dois milmetros de dimetro), utilizando-se um
macho. E por ltimo a superfcie da base do microtrocador, que ficar em contato com a
tampa, foi lixada com uma lixa dgua nmero 1500, reduzindo assim sua rugosidade
superficial.
Em seguida, a segunda pastilha foi fixada mesa da micro fresadora, da mesma
forma que a anterior. Com uma fresa de topo de 2,032 mm, foi feito o faceamento das
quatro superfcies laterais da pea, e de sua superfcie inferior Na sexta superfcie foi
feito um fresamento de desbaste, de maneira a formar uma pastilha com 2 mm (dois
milmetros de espessura), com dois pinos proeminentes em sua superfcie, para entrada
e sada de fluido.
Finalizando a fabricao da tampa, foram feitos em uma furadeira de bancada,
montada com uma broca de 2 mm (dois milmetros) de dimetro, quatro furos passantes
em cada uma das extremidades da pea para fixao, e dois furos passantes um em cada
pino proeminente para entrada e sada de fluido. Por ltimo a superfcie inferior da
tampa do microtrocador, que ficar em contato com a base, foi lixada com uma lixa
dgua nmero 1500, de maneira anloga ao que foi feito na base.
13
Alm dos trs graus de liberdade, o cabeote sustentado por um colar que permite
a rotao de todo o cabeote, possibilitando assim a usinagem em ngulos que variam
de menos noventa graus a mais noventa graus.
14
15
16
120 rpm
210 rpm
345 rpm
II
670 rpm
1180 rpm
1970 rpm
17
4. Projeto de Converso
4.1. Descrio Geral
O projeto consiste em converter a furadeira fresadora manual descrita anteriormente,
em uma fresadora de comando numrico, que possibilite a fabricao em srie de peas
em microescala com a devida preciso.
Para isso, primeiramente precisamos adotar um referencial, que ser definido de
forma que o plano XY estar localizado sobre a superfcie da mesa do coordenadas,
sendo: o eixo X paralelo ao fuso horizontal que faz com que a mesa se movimente para
frente e para trs, e o eixo Y paralelo ao fuso horizontal que faz com que a mesa se
movimente lateralmente. O eixo Z dever coincidir com o eixo central do cabeote,
onde as ferramentas sero fixadas, ou seja, ser paralelo ao fuso vertical.
O sentido do eixo Z apontar de baixo para cima, e o sentido do eixo X apontar da
parte posterior da mquina para a parte frontal da mquina. Como se trata de um sistema
de coordenadas cartesiano, tendo sido definidos os sentidos dos eixo X e Z, o sentido do
eixo Y s poder ser apontando da esquerda para a direita, do ponto de vista de
observador parado em frente a mquina. O referencial adotado fica claro observando-se
a figura 11, seguir.
18
Ser feita a automao da fresadora, porm sero abordados por este projeto apenas
os deslocamentos nas trs direes X, Y, e Z. No sendo consideradas neste projeto as
possveis rotaes do cabeote, nem movimentaes do fuso secundrio. Quando a
mquina operar controlada computacionalmente, ter trs graus de liberdade, e a
posio do cabeote ser fixada, com ngulo de rotao igual a zero grau. J o porta
ferramentas, movimentado pelo fuso secundrio, ser fixado de forma que a ponta onde
as ferramentas so acopladas fique o mais prximo possvel do cabeote, esta posio
foi definida com intuito de diminuir vibraes da ferramenta. Quando a mquina estiver
em operao. Porm caso opte-se por sua operao manual, estas partes podero ser
utilizadas da mesma forma que se fazia no equipamento original.
A maquina original apresenta folga acentuada no deslocamento da mesa nas
direes X e Y, sendo na direo X uma folga de 0,30 mm e na direo Y a folga
ainda maior, igual a 1,85mm. Estes valores foram quantificados utilizando-se os colares
com escala, de ambas as direes, que serve para medir deslocamentos lineares da mesa
horizontal.
O procedimento foi o seguinte, primeiro giramos o manpulo em sentido horrio, at
que a mesa comeasse a se mover, em seguida o colar foi fixado ao manpulo na
posio zero, por fim giramos o manpulo no sentido anti-horrio at que a mesa
estivesse na eminencia de se movimentar. A folga do fuso definida como este percurso
no qual o fuso se movimenta, porm no gera movimentao linear da mesa. Na figura
12, possvel verificar fotos desta tomada de dados, onde pudemos ver que a folga em
X menor que um oitavo de volta, enquanto que em Y quase trs quartos de volta,
considerando que o passo do fuso de 2,5 mm (dois e meio milmetros), foi feita a
leitura dos valores lineares da folga citados anteriormente.
19
a)
b)
Figura 12 Folga dos fusos horizontais.
continuamente
posio
da
ferramenta.
figura
14
mostra
Foi feita a opo pela utilizao do motor de passo, devido justamente preciso de
seu posicionamento, que propicia a utilizao de um sistema de controle de malha
21
aberta. Sistema esse, mais simples e mais barato que o sistema de malha fechada, que
deveramos utilizar, caso optssemos por um servo motor. Em um micro computador
convencional, sero instaladas trs placas controladoras (driver controlador do motor de
passo), compatveis com os motores selecionados, uma para comandar o funcionamento
de cada um deles.
As movimentaes horizontais da mesa no necessitam de um torque muito elevado,
operando manualmente a mquina possvel movimentar as mesas facilmente sem
grande esforo fsico, isto ocorre pois todo o peso das prprias mesas e o peso da pea a
ser usinada so descarregados sobre as guias rabo de andorinha. Havendo uma
lubrificao adequada entre as superfcies da guia, o atrito diminui e com isso o torque
necessrio para mover a mesa tambm diminui. A figura 15 mostra um detalhe da mesa
de coordenadas.
22
A soluo encontrada para essa questo que o novo fuso da direo X tenha um
comprimento maior que o fuso original, de forma que possa atravessar toda a extenso
da base. Desta forma, extremidade frontal do novo fuso ser acoplado o volante
original, mantendo-se assim a opo do acionamento manual. J a outra extremidade do
fuso dever atravessar a parte posterior da base, na qual dever ser aberto um furo para
permitir a passagem do fuso. esta extremidade livre e acessvel do novo fuso X, ser
acoplado o motor de passo da direo X.
Um suporte para o motor dever ser fabricado, este ser fixado parte posterior da
base. Alm disso, h tambm a necessidade de fabricao de um suporte para a nova
castanha X, este suporte dever fixar a castanha parte inferior da mesa X
23
pode ser
sendo:
[ ],
]e
[ ].
25
O avano
sendo:
]e
].
de
sendo:
]e
].
O avano por dente, como o prprio nome j diz, a grandeza de corte que indica o
percurso de avano por dente ou por aresta principal de corte da ferramenta.
No caso de operaes de furao, sabemos que brocas possuem duas arestas
principais de corte, logo, o avano por dente nestes tipos de operao igual a metade
26
sendo:
]e [
].
profundidade de corte
],
], temos:
[ ]
e a fora de avano
enquanto a fora de corte normal aresta principal de corte. A fora de corte atua
distribuda simultaneamente sobre as duas arestas principais de corte, e gera momento
toror
da broca, do avano
da ferramenta, e
e , da seguinte forma:
[
sendo:
]e
].
27
da broca, do avano
da seguinte forma:
[
sendo:
]e
].
Utilizando-se uma velocidade de avano de 1,5 mm/s (um milmetro e meio por
segundo), encontramos o seguinte valor para o avano:
28
[ ]
Tendo sido calculadas as magnitudes dos principais esforos atuantes sobre cada um
dos fusos, utilizamos um fator de segurana de uma vez e meia sobre os valores
calculados. Assim, selecionamos um mesmo modelo de fuso que pudesse atender s
necessidades das trs direes, e que aliasse maior capacidade de carga dinmica e
melhor preciso, isto , maior dimetro com menor passo. Com isso, as caractersticas
do fuso selecionado so: dimetro primitivo de vinte e cinco milmetros e passo de
cinco milmetros.
A castanha selecionada foi do modelo FSI, isto , uma castanha com flange
bifiletado e recirculador de esferas interno. Levando em conta que a mquina possui
uma severa limitao de espao nos locais onde sero posicionadas as novas castanhas,
dentre as opes encontradas venda para pronta entrega no mercado brasileiro, este
modelo foi o de menor dimenso.
As informaes completas sobre o fuso e a castanha selecionados, encontram-se
no Apndice II Catlogo dos Fusos. A figura 19 ilustra a geometria da castanha que
ser utilizada.
29
Ento, aps terem sido definidas todas as especificaes dos fusos e das
castanhas que sero utilizados, foi possvel calcular o valor do torque de acionamento de
cada um deles. Estimando, para o pior dos casos, a eficincia do fuso em torno de
noventa por cento, e considerando a carga de trabalho
movimentaes lineares como sendo igual a fora de avano
horizontais temos:
,
, necessria para
. Para ambos os fusos
. Onde
, so:
30
a)
b)
c)
31
32
34
35
Foi feito o acoplamento direto do motor de passo ao fuso, atravs de uma cavidade
usinada na ponta do fuso, onde o eixo do motor foi introduzido. Todos os detalhes da
usinagem da ponta deste fuso podem ser observados no Apndice I Desenho 01.
36
Optou-se por fazer a usinagem com o prprio fornecedor dos fusos, a figura 25 ilustra o
novo fuso da direo X com as extremidades usinadas, montado com sua castanha.
A fabricao desta pea foi feita na fresadora ser convertida. Foi necessrio
desmontar a mquina, para serem tomadas as medidas de cada um dos componentes, e
posteriormente elaborado um modelo computacional em 3D. A fresadora foi remontada
ainda sem nenhuma modificao, posto que teria que ser utilizada para fabricar as
prprias peas, necessrias para converso.
Na parte posterior da base foi aberto um furo de 1 (uma polegada) de dimetro, por
onde passar uma das extremidades do novo fuso. Por este motivo, este furo alinhado
37
com o furo frontal j existente. Na figura 27 possvel perceber que parte do furo passa
pela base, e parte passa pela coluna.
38
a)
b)
40
O espao entre as mesas inferior e superior, onde deveria ser fixado o suporte da
castanha Y e a prpria castanha Y, tinha uma severa limitao de altura, que no era
suficiente para que a castanha pudesse ser acoplada nesta regio. Para resolver esta
questo, foi necessrio executar um rasgo na parte superior da mesa X, rebaixando
assim a superfcie onde o suporte da castanha Y deveria ser fixado.
41
43
Alm disso, foi tambm fabricado e um suporte superior para fixao do motor
de passo da direo Z, cujo desenho tcnico para sua fabricao encontra-se no
Apndice I Desenho 10. A figura 36 ilustra a geometria destas peas.
44
45
46
a)
b)
Estas
placas
tero
faces
planas
com
devido
paralelismo
47
48
das pastilhas. A figura 44 ilustra este ltimo pao para a fabricao da placa base de dez
pastilhas pr-forma de microtrocadores de calor.
50
7. Concluso
Aps serem feitas todas as adaptaes especificadas anteriormente na Furadeira
Fresadora MR-205, o equipamento passar a ter uma preciso superior original. As
folgas que antes eram de at 1,85mm, no novo sistema, com a utilizao de fusos de
esfera recirculantes montados com pr-carga, sero iguais a zero.
Alm disso, o passo do motor um ngulo incremental de 1,8 graus, repetido
precisamente a cada pulso eltrico, em geral o erro destas rotaes no acumulativo, e
de menos de 5% (cinco por cento) do passo. O motor diretamente acoplado ponta
do fuso, este tipo de acoplamento tambm garante maior preciso na transmisso do
torque. Considerando que o passo do fuso igual a 5 mm (cinco milmetros), cada passo
do motor ter como resultado um deslocamento linear de precisamente 25 m (vinte e
cinco micrometros). Originalmente, o menor valor na escala utilizada para medir os
deslocamentos lineares era o dobro deste.
O curso til da mesa foi aumentado na direo X em 100 mm (cem milmetros),
passando a ser igual a 275 mm (duzentos e setenta e cinco milmetros). Nas outras
direes, foram mantidos os cursos originais, sendo de 500 mm (quinhentos milmetros)
na direo Y, e de 475 (quatrocentos e setenta e cinco milmetros) na direo Z.
A interface entre a fresadora adaptada e o operador feita atravs de uma tela
touch screen de 16(dezesseis polegadas), utilizando-se para o programa Mach3,
instalado no sistema de controle. A micro fresadora tambm utiliza este mesmo
programa.
Enfim, todas as caractersticas citadas demonstram que a mquina adaptada,
alm de mais precisa que a original, tambm bastante parecida com a micro fresadora
existente no Lab. MEMS, atendendo desta forma aos principais objetivos deste trabalho,
e tornando vivel a fabricao em srie de microtrocadores de calor para clulas
fotovoltaicas de alta concentrao, que motivou todo este estudo.
A figura 46, uma ampliao de uma das figuras mostrada no capitulo 4, ilustra
novamente a montagem final da furadeira fresadora MR-205 aps sua converso em
fresadora com controle numrico computadorizado.
51
8. Bibliografia
53
[13] BRITES, FELIPE G., ALMEIDA SANTOS, VINICIUS P., Tutorial Motor de
Passo, Programa de Educao Tutorial PET-Tele, Universidade Federal Fluminense.
54
Lista de desenhos:
Desenho 01: Fuso X
Desenho 02: Fuso Y
Desenho 03: Fuso Z
Desenho 04: Suporte da Castanha X
Desenho 05: Suporte da Castanha Y
Desenho 06: Suporte da Castanha Z
Desenho 07: Suporte Posterior
Desenho 08: Mancal Direito
Desenho 09: Mancal Esquerdo
Desenho 10: Suporte Superior
Desenho 11: Suporte do Olhal
II
III
IV
VI
VII
VIII
IX
XI
XII
Apndice II Catlogos
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI