Apostila Brigada
Apostila Brigada
Apostila Brigada
BRIGADA DE EMERGNCIA
CONCEITO
A brigada de emergncia caracteriza-se por um grupo ORGANIZADO de pessoas, voluntrias ou
no, treinadas e capacitadas para atuar na preveno, abandono e combate a um princpio de
incndio, tambm funo desta brigada prestar os primeiros socorros dentro de uma rea prestabelecida.
SINOPSE DO CURSO
Este programa aborda contedos e praticas bsicas relativas ao conceito, tcnicas e procedimentos
referentes ao atendimento realizado pela brigada de emergncia, at a chegada do socorro externo
especializado.
OBJETIVO
Reconhecer uma emergncia de incndio, as caractersticas do processo de queima e a rpida ao
em seu principio, impedindo assim a continuidade do mesmo, evitando tomar propores maiores,
preservando vidas e patrimnios.
RECONHECENDO AS EMERGNCIAS
ALARMES DE INCNDIO
Os alarmes de incndio podem ser manuais ou automticos. Os detectores de fumaa, de calor ou
de temperatura acionam automaticamente o aviso. O alarme deve ser audvel em todos os setores
da rea abrangida pelo sistema de segurana. As verificaes nos alarmes precisam ser feitas
periodicamente. A edificao deve contar com um plano de ao para otimizar os procedimentos de
abandono do local, quando do acionamento do alarme.
SISTEMA DE SOM E INTERFONIA
Os sistemas de som e interfonia devem ser includos no plano de abandono do local e devem ser
verificados e mantidos em funcionamento.
ILUMINAO DE EMERGNCIA
A iluminao de emergncia, que entra em funcionamento quando falta energia eltrica, pode ser
alimentada por gerador ou baterias. A iluminao de emergncia obrigatria nos elevadores, faa
constantemente a reviso dos pontos de iluminao. Se possvel, toda a semana.
PORTAS CORTA-FOGO
As portas corta-fogo so prprias para isolamento e proteo de fuga, retardando a propagao do
fogo e da fumaa. Toda porta corta-fogo deve abrir sempre no sentido de sada das pessoas. Seu
fechamento deve ser completo. Alm disso, elas nunca devem ser trancadas com cadeados ou
fechaduras e no devem ser usados calos, cunhas ou qualquer outro artifcio para mant-las
abertas. No se esquea de verificar constantemente o estado das molas, trincos, maanetas e
folhas da porta. Corredores, escadas, rampas, passagens entre prdios geminados e sadas so rotas
de fuga e estas devem sempre ser mantidas desobstrudas e bem sinalizadas. A inspeo das portas
precisa ser realizada semanalmente.
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ROTA DE FUGA
Via considerada mais segura por onde devem se evadir os Colaboradores das reas j atingidas ou
passveis de se tornarem reas de emergncia. Estas rotas devem ser divulgadas a todos, atravs do
processo de integrao.
PONTO DE ENCONTRO
Local sinalizado, onde se recebe maiores instrues de como ser o procedimento adotado de
acordo com o tipo de emergncia, do retorno ao local de trabalho ou mesmo abandono da rea
industrial, devendo ser contabilizado a quantidade de colaboradores neste local, e se possvel o
tempo de chegada de todos ao local.
PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS
RECOMENDAES GERAIS
Em caso de simulado ou incndio adotar os seguintes procedimentos:
Manter a calma;
Caminhar em ordem sem atropelos;
No correr e no empurrar;
No gritar e no fazer algazarras; No ficar na frente de pessoas em pnico, se no puder acalm
las, evite
as. Todos, independente do cargo que ocupar na empresa, devem seguir rigorosamente as instru
es; Nunca voltar para apanhar objetos; Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem tranc
las;
No se afastar dos outros e no parar nos andares; Levar consigo os visitantes que estiverem em se
u local de trabalho; No acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gs; Deixar a r
ua e as entradas livres para a ao dos bombeiros e do socorro mdico; Ver como seguro, local pr
determinado pela brigada e aguardar novas instrues;
Em locais com mais de um pavimento:
Nunca utilizar o elevador;
No subir, procurar sempre descer; No utilizar as escadas de emergncia, descer sempre utilizand
o o lado direito da escada; No saltar mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicaes.
Conhea o plano de emergncia do seu setor de trabalho, saiba como acionar corretamente a
central de atendimento a emergncias.
ACIONANDO A CENTRAL DE EMERGNCIAS
Identifiquese, seja objetivo.
Informe:
O que aconteceu (qual o tipo de acidente),
O nmero de vitimas envolvidas.
O local exato, (observe placa de sinalizao) e pelo menos dois pontos de referncias conhecidos
naquele local. Caso esteja longe de um ramal, ligue diretamente do celular para 0000-0000.
A preveno a incndios;
A guarda e manuteno dos equipamentos de combate a incndio;
Combate a incndios;
Salvamento de vidas;
A evacuao de pessoal;
Isolamento predial, de mquinas ou equipamentos.
Organograma da Brigada
Treinamento
Os Treinamentos devero ser realizados sempre intercalando treinamentos tericos e prticos.
Terico - Plano de Atendimento Emergncia, Plano de Abandono, Utilizao de Equipamentos de
Combate a Incndio e reviso dos procedimentos internos de preveno e combate a incndio.
Prtico - Podem ser realizados na fbrica e em campo externo. Ex.: Corpo de Bombeiros, executar
as atividades relacionada aos treinamentos tericos.
Evacuao de rea
a ao de desocupar um ambiente, pavilho ou todo prdio, em razo de uma emergncia,
quando autorizado pelo coordenador da rea ou central de comando. Tem o objeto de assegurar o
bem estar fsico das pessoas em iminncia de um sinistro.
Rota de Fuga
o caminho ou a direo a ser seguida em caso de emergncia, visando a sada segura das pessoas.
Fazem parte da rota de fuga: escadas, passagens, corredores, portas corta-fogo, etc.
Procure nunca utilizar os elevadores nos casos de suspeita de incndio;
Sempre descer pelas escadas( nunca subir);
Conhecer todas as rotas de fuga do local.
Todas as escadas de emergncia para rotas de fuga possuem portas corta-fogo, construda para
resistir ao fogo por um perodo de, no mnimo,90 minutos. Portanto, no obstrua e nem danifique
as portas.
Kit-Vazamento
Kit Vazamento
Equipe responsvel para
conter vazamentos ou
derramamentos de
produtos qumicos (leos,
cidos, etc).
Descrio de funes
Lder da Brigada
Conhecer as atribuies de cada um dos membros da brigada;
Estar familiarizado com os ECIs (Equipamentos de Combate Incndio);
Coordenar a sequncia de aes dos brigadistas;
Comando atravs de rdio para Segurana e Eletricista;
Autorizar combate com gua (aps a certeza de que a energia eltrica foi desligada);
Autorizar de chamada do Corpo de Bombeiros (toda ocorrncia deve ser comunicada ao CB);
Estabelecer prioridades de aes tais como, socorro as vtimas, evacuao de pessoal
(acionamento via sistema de deteco e alarme), isolamento e combate s chamas.
Certificar-se da inexistncia de focos de fogo (rescaldo);
Entregar o comando ao Corpo de Bombeiros e colocar a Brigada prpria a disposio.
Requisitar equipamentos necessrios para movimentao de material (carrinhos,
empilhadeiras, etc..)
Eletricista
Avaliar a necessidade de desligar a energia eltrica (Subestaes, cabine primria ou
equipamentos) do local onde est ocorrendo o incndio.
Conhecer as manobras das linhas das subestaes e cabine primria.
Transportar rdio (HT) para comunicao com o lder da Brigada.
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Portaria
Dirigir-se caixa dgua para manobras do sistema, caso solicitado.
Transportar o Rdio (HT) para comunicao
Aguardar instrues do Lder para atuao
Realizar manobras dos registros e ligar a bomba, caso solicitado.
KIT Mangueiras
Avisar o Lder sobre eventuais faltas
Conhecer os equipamentos e saber manejar corretamente os hidrantes e mangueiras
existentes.
Dirigir-se ao local da ocorrncia e montar a linha de mangueiras - independente de comando
Aguardar ordem de ataque ao fogo.
Caso haja necessidade, o Lder poder solicitar ao pessoal da Equipe de Extintores, Servios
ou Reservas para formar quantas linhas de mangueiras julgar necessrio.
Equipe de Servios
Dirigir-se ao local da ocorrncia
Localizar macas e remover vtimas
Orientar a retirada de pessoas do interior das edificaes.
Remover os materiais ou objetos que possam queimar.
Remover os materiais ou objetos que possam atrapalhar o desenvolvimento das aes.
Isolar as reas de risco, impedindo a permanncia de curiosos prximo ao fogo.
Substituir ausncias.
COMBATE INCNDIO
1. Introduo
O efetivo controle e extino de um incndio requerem um entendimento da
natureza qumica e fsica do fogo. Isso inclui informaes sobre fontes de calor, composio e
caractersticas dos combustveis e as condies necessrias para a combusto.
Combusto uma reao qumica de oxidao, auto-sustentvel, com liberao de
luz, calor, fumaa e gases.
Para efeito didtico, adota-se o tetraedro (quatro faces) para exemplificar e explicar
a combusto, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da combusto.
A figura abaixo representa a unio dos quatro elementos essenciais do fogo, que so:
Calor, Combustvel, Comburente e Reao Qumica em Cadeia.
2. Calor
Forma de energia que eleva a
temperatura, gerada da transformao de outra
energia, atravs de processo fsico ou qumico.
Pode ser descrito como uma condio da matria
em movimento, isto , movimentao ou vibrao
das molculas que compem a matria. As
molculas esto constantemente em movimento.
Quando um corpo aquecido, a velocidade das
molculas aumenta e o calor (demonstrado pela
variao da temperatura) tambm aumenta.
Conveco
a transferncia de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de
lquidos dentro de si prprios.
Quando a gua aquecida num recipiente de vidro, pode-se observar um
movimento, dentro do prprio lquido, de baixo para cima. medida que a gua aquecida, ela se
expande e fica menos densa (mais leve) provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o
ar aquecido se expande e tende a subir para as partes mais altas do ambiente, enquanto o ar frio
toma lugar nos nveis mais baixos. Em incndio de edifcios, essa a principal forma de propagao
de calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho atravs de
escadas, poos de elevadores, etc.
Conduo
Conduo a transferncia de calor atravs de um corpo slido de molcula a
molcula. Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro prxima a uma fonte
de calor, as molculas desta extremidade absorvero calor; elas vibraro mais vigorosamente e se
chocaro com as molculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essas molculas vizinhas, por sua vez,
passaro adiante a energia calorfica, de modo que o calor ser conduzido ao longo da barra para a
extremidade fria. Na conduo, o calor passa de molcula a molcula, mas nenhuma molcula
transportada com o calor. Quando dois ou mais corpos esto em contato, o calor conduzido
atravs deles como se fossem um s corpo.
Irradiao
a transmisso de calor por ondas de energia calorfica que se deslocam atravs do
espao. As ondas de calor propagam-se em todas as direes, e a intensidade com que os corpos
so atingidos aumenta ou diminui medida que esto mais prximos ou mais afastados da fonte de
calor.
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Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorfica para um outro mais frio
at que ambos tenham a mesma temperatura. O bombeiro deve estar atento aos materiais ao
redor de uma fonte que irradie calor para proteg-los, a fim de que no ocorram novos incndios.
Para se proteger, o bombeiro deve utilizar roupas apropriadas e gua (como escudo).
3. Combustvel
toda a substncia capaz de queimar e alimentar a combusto. o elemento que
serve de campo de propagao ao fogo.
Os combustveis podem ser slidos, lquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa
passar pelo estado gasoso para, ento, combinar com o oxignio. A velocidade da queima de um
combustvel depende de sua capacidade de combinar com oxignio sob a ao do calor e da sua
fragmentao (rea de contato com o oxignio).
3.1. Combustveis Slidos
A maioria dos combustveis slidos transforma-se em vapores e, ento, reage com o
oxignio. Outros slidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se em lquidos, e
posteriormente em gases, para ento se queimarem.
Quanto maior a superfcie exposta, mais rpido ser o aquecimento do material e,
consequentemente, o processo de combusto. Como exemplo: uma barra de ao exigir muito
calor para queimar, mas, se transformada em palha de ao, queimar com facilidade. Assim sendo,
quanto maior a fragmentao do material, maior ser a velocidade da combusto.
3.2. Combustveis Lquidos
Os lquidos inflamveis tm algumas propriedades fsicas que dificultam a extino
do calor, aumentando o perigo para os bombeiros.
Os lquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os
lquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Tomando como base o peso da gua, cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os
demais lquidos como mais leves ou mais pesados. importante notar que a maioria dos lquidos
inflamveis so mais leves que gua e, portanto, flutuam sobre esta.
Outra propriedade a ser considerada a solubilidade do lquido, ou seja, sua
capacidade de misturar-se gua. Os lquidos derivados do petrleo (conhecidos como
hidrocarbonetos) tm pouca solubilidade, ao passo que lquidos como lcool, acetona (conhecidos
como solventes polares) tm grande solubilidade, isto , podem ser diludos at um ponto em que a
mistura (solvente polar + gua) no seja inflamvel.
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concentrao
Limite Inferior
1,4 %
5%
4%
2%
Limite Superior
7,6 %
17 %
75 %
85 %
4. Comburente
o elemento que possibilita vida s chamas e intensifica a combusto. O mais
comum que o oxignio desempenhe esse papel.
A atmosfera composta por 21% de oxignio, 78% de nitrognio e 1% de outros
gases. Em ambientes com a composio normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de
maneira completa. Notam-se chamas. Contudo, a combusto consome o oxignio do ar num
processo contnuo. Quando a porcentagem do oxignio do ar do ambiente passa de 21% para a
faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e no mais
chamas. Quando o oxignio contido no ar do ambiente atinge concentrao menor que 8%, no h
combusto.
5. Reao em Cadeia
A reao em cadeia torna a queima autosustentvel. O calor irradiado das chamas atinge o
combustvel e este decomposto em partculas menores,
que se combinam com o oxignio e queimam, irradiando
outra vez calor para o combustvel, formando um ciclo
constante.
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8.2. Resfriamento
o mtodo mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material
combustvel que est queimando, diminuindo, consequentemente, a liberao de gases ou vapores
inflamveis. A gua o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e
ser facilmente encontrada na natureza.
A reduo da temperatura est ligada quantidade e forma de aplicao da gua
(jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incndio capaz de produzir.
intil o emprego de gua onde queimam combustveis com baixo ponto de
combusto (menos de 20C), pois a gua resfria at a temperatura ambiente e o material
continuar produzindo gases combustveis.
8.3. Abafamento
Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxignio com o material combustvel.
No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver fogo. Como exceo esto os
materiais que tm oxignio em sua composio e queimam sem necessidade do oxignio do ar,
como os perxidos orgnicos e o fsforo branco.
Conforme j vimos anteriormente, a diminuio do oxignio em contato com o
combustvel vai tornando a combusto mais lenta, at a concentrao de oxignio chegar prxima
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de 8%, onde no haver mais combusto. Colocar uma tampa sobre um recipiente contendo lcool
em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, so duas
experincias prticas que mostram que o fogo se apagar to logo se esgote o oxignio em contato
com o combustvel.
Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores,
vapor dgua, espumas, ps, gases especiais etc.
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Mtodo de extino
Necessita para a sua extino do abafamento ou da interrupo (quebra) da reao
em cadeia. No caso de lquidos muito aquecidos (ponto da ignio), necessrio resfriamento.
9.3. Incndio Classe C
Incndio envolvendo equipamentos energizados. caracterizado pelo risco de vida
que oferece ao bombeiro. (Fig. 1.35)
Mtodo de extino
Para a sua extino necessita de agente extintor que no conduza a corrente eltrica
e utilize o princpio de abafamento ou da interrupo (quebra) da reao em cadeia.
Esta classe de incndio pode ser mudada para A, se for interrompido o fluxo
eltrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisores, por exemplo) que acumulam energia
eltrica, pois estes continuam energizados mesmo aps a interrupo da corrente eltrica.
4- FUNCIONAMENTO DE UM EXTINTOR
Geralmente um extintor contm no seu interior dois tipos de produtos: o agente extintor
propriamente dito, e um gs propulsor que tem como funo impulsionar o primeiro para fora do
extintor quando da sua utilizao. Em alguns casos o agente extintor, por ser um gs sob presso
(por exemplo, o dixido de carbono), tem ambas as funes, dispensando um agente propulsor.
Noutros casos o agente extintor e o agente propulsor encontram-se misturados sob presso no
interior do extintor, como acontece geralmente com os extintores de p qumico (de presso
permanente).
5- ESCOLHA DO AGENTE EXTINTOR
Uma vez conhecidos os materiais combustveis existentes nos diferentes locais a
proteger, o agente extintor deve ser o apropriado para os tipos de incndio em causa.
Existem extintores de vrios tipos e capacidades e que utilizam diversos tipos de agentes
extintores de acordo com a classe de incndio em que se enquadram os materiais combustveis.
6- INCNDIOS DE CLASSE A
Para este tipo de incndio so adequados os seguintes tipos de agentes extintores: gua,
gua com aditivos, gua finalmente pulverizada ou em nuvem; p qumico seco do tipo ABC,
espuma.
7- INCNDIOS DE CLASSE B
Para este tipo de incndio so adequados os seguintes tipos de agentes extintores: gua
com aditivos e gua em nuvem em alguns casos; p qumico seco do tipo ABC, p qumico seco do
tipo BC, espuma e CO2.
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8- INCNDIOS DE CLASSE C
Para este tipo de incndios so adequados os seguintes tipos de agentes extintores:
dixido de carbono e outros tipos de gases inertes.
9- INCNDIOS DE CLASSE D
Para este tipo de incndio adequado o agente extintor especfico (geralmente um p
qumico) para cada caso.
10- INSTALAO DOS EXTINTORES
Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisrias, a altura de fixao do
suporte deve estar, no mximo, em 1,6 m do piso.
permitida a instalao de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneam
apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do piso.
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HIDRANTES
1- Um sistema hidrulico constitui-se basicamente de:
1.1- Reservatrios: fonte de gua para suprimento de consumo em caso de incndios.
1.2- Canalizao: rede de canos que conduzem a gua desde a fonte at as proximidades dos locais
a serem protegidos.
1.3- Hidrantes: dispositivos especiais de tomada de gua para alimentar as mangueiras.
1.4- Abrigo: compartimento destinado a guardar e proteger os hidrantes, mangueiras e esguichos.
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1.5- Mangueiras: conduto flexvel de lona, fibras sintticas, cnhamo ou algodo, revestido
internamente com borracha. Dispositivo montado na extremidade de encaixar, destinado a
proporcionar a conexo do hidrante ao esguicho.
1.6- Esguicho: pea destinada a formar e orientar o jato de gua.
2- Os hidrantes podem ser:
2.1- Uso pblico: coluna do tipo Brbara, destinam-se ao abastecimento das viaturas do Corpo de
Bombeiros, so instalados diretamente na rede pblica de abastecimento de gua.
Hidrante pblico
(hidrante de bombeiro)
2.2- Uso predial: do tipo abrigo (caixa), utilizado diretamente no combate a incndios das
edificaes. Devem ser mantidos sempre desobstrudos e bem conservados.
PRIMEIROS SOCORROS
1.
Introduo
Checar respirao
Aps a abertura das vias areas, deve-se verificar se a vtima
est respirando espontaneamente. Para realizar essa
avaliao, o socorrista deve colocar o seu ouvido bem
prximo da boca e do nariz da vtima e ver, ouvir e sentir a
respirao.
Ver os movimentos torcicos associados com a
respirao. Lembrar que os movimentos respiratrios nos homens so mais pronunciados na
regio do diafragma, enquanto que, nas mulheres, esses movimentos so mais notados nas
clavculas.
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Checar circulao
Se a vtima no respirar, deve-se determinar o pulso na artria cartida.
Comear por localizar na vtima a proeminncia larngea (pomo de
Ado), colocando o dedo indicador e mdio nesse local e deslizando-o
para a lateral do pescoo, entre a traquia e a parede do msculo ali
existente.
Nesse local encontra-se uma depresso, onde poder ser sentido o
pulso carotdeo.
provoque choro ou manifestao de desagrado do beb. Esse estmulo pode ser um leve toque
dado com a unha na sola do p.
A abertura das vias areas realizada da mesma forma, tomando-se cuidado para no
hiperestender demasiadamente a coluna cervical do beb.
A constatao da respirao no apresenta diferenas. Porm, o pulso em bebs tomado na
artria braquial.
Em crianas, a anlise primria igual realizada em adultos.
Mltiplas Vtimas
Se o socorrista, no local de ocorrncia, tiver que assistir a mais de uma vtima, deve realizar anlise
primria e controlar todos os problemas que colocam em risco iminente a vida das vtimas, antes de
realizar anlise secundria em quem quer que seja.
2.2. Anlise Secundria
O principal propsito da anlise secundria descobrir leses ou problemas diversos que possam
ameaar a sobrevivncia da vtima, se no forem tratados convenientemente. um processo
sistemtico de obter informaes e ajudar a tranqilizar a vtima, seus familiares e testemunhas que
tenham interesse pelo seu estado, e esclarecer que providncias esto sendo tomadas.
Os elementos que constituem a anlise secundria so:
Entrevista Objetiva- conseguir informaes atravs da observao do local e do mecanismo
da leso, questionando a vtima, seus parentes e as testemunhas.
Exame da cabea aos ps - realizar um avaliao pormenorizada da vtima, utilizando os
sentidos do tato, da viso, da audio e do olfato.
Sintomas - so as impresses transmitidas pela vtima, tais como: tontura, nusea, dores, etc.
Sinais vitais - pulso e respirao.
Outros sinais - Cor e temperatura da pele, dimetro das pupilas, etc.
Entrevista Subjetiva
A anlise secundria no um mtodo fixo e imutvel, pelo contrrio, ele flexvel e ser
conduzido de acordo com as caractersticas do acidente e experincia do socorrista.
De modo geral, deve-se, nessa fase, conseguir informaes como:
nome da vtima, sua idade, se alrgica, se toma algum medicamento, se tem qualquer problema
de sade, qual sua principal queixa, o que aconteceu, onde esto seus pais ou parentes (se for uma
criana), se tem feito uso de algum medicamento ou se apresenta algum antecedente clnico
relevante para a sua melhora.
Exame da cabea aos ps
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Esse exame no dever demorar mais do que 3 minutos. O tempo total gasto para uma anlise
secundria poder ser reduzido se um segundo socorrista cuidar de obter os sinais vitais, enquanto
o primeiro socorrista executa o exame do acidentado.
Ao proceder a um exame da cabea aos ps, procurar seguir o mtodo abaixo indicado:
Avaliar a coluna cervical, procurando deformaes e/ou pontos dolorosos.
Examinar o couro cabeludo, procurando cortes e contuses.
Checar toda a cabea, procurando deformaes e depresses.
Examinar os olhos, procurando leses e avaliando o dimetro das pupilas, de acordo com a
Tabela.
Causa Provvel
Inconscincia, choque, parada cardaca,
hemorragia, leso na cabea
Leses no sistema nervoso central,
Abuso de drogas
Acidente vascular cerebral, leses na
Cabea
Choque, coma
TIPOS DE RESPIRAO
Observao
Causa Provvel
Rpida, Superficial
Profunda, Ofegante
Roncorosa
Crocitante
Gorgolejante
pelo calor
SINAIS VITAIS
Cor e temperatura relativa da pele,
Pulso e
Respirao.
Aliado ao exame da cabea aos ps, esses sinais so valiosas fontes de informao, que permitem
um diagnstico provvel do que est errado com a vtima e, o que muito importante, quais so as
medidas que devem ser tomadas para corrigir o problema.
Esses sinais esto esquematizados nas Tabelas.
Para medir a taxa respiratria, deve-se contar o nmero de respiraes realizadas pela vtima no
intervalo de 30 segundos e multiplicar por 2
PULSO
Deve-se determinar se o pulso normal, rpido ou lento; se o ritmo regular ou irregular, e se,
quanto fora, ele forte ou fraco.
Na anlise secundria, o pulso pode ser sentido na artria radial. Caso no seja possvel, procurar
determin-lo na artria cartida.
Utilizar o dedo indicador e mdio para verificar o pulso da vtima. Nunca verificar pulso atravs do
polegar, pois o socorrista poder se enganar, sentindo o seu prprio pulso ao invs do pulso da
vtima.
Observar a Tabela 15.6 para determinar a taxa do pulso.
Pequenas variaes para mais ou para menos devem ser consideradas normais, levando-se em
considerao o stress da vtima envolvido em um acidente ou com um sbito problema de sade.
Considerar como sinais srios pulsos abaixo de 50 ou acima de 100 por minuto, em vtimas adultas,
e abaixo de 60 batidas por minuto, em crianas.
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Adulto
Criana (1 a 5 anos)
Criana (5 a 12 anos)
Beb (0 a 1 anos)
60 80
70 a 110
65 a 160
150 a 180
TOMANDO O PULSO
Ao determinar o pulso por minuto, procurar sentir a sua regularidade e fora.
Contar o nmero de batidas durante 30 segundos e multiplicar por 2.
3.
Respirao
Respirar essencial. Se esse processo bsico cessar todas as outras funes vitais tambm sero
paralisadas.
Com a parada respiratria, o corao em pouco tempo tambm vai deixar de bater. Quando isso
ocorre, leses irreversveis nas clulas do sistema nervoso central comeam a acontecer, aps um
perodo de aproximadamente seis minutos.
3.1. Vias Areas
Dentro da anlise primria, o socorrista deve promover a abertura das vias areas e assegurar,
desta forma, a respirao adequada. Utilizar o mtodo de elevao do queixo e rotao da cabea
para vtima que seguramente tem afastada a possibilidade de leso cervical. Caso haja suspeita
desse tipo de leso, optar pela trplice manobra para prover a ventilao necessria.
3.2.
Ventilar a vtima, observando ao mesmo tempo a expanso torcica. Essa ventilao durar de
um a um segundo e meio;
Se a primeira tentativa de ventilao falhar, reposicionar a cabea da vtima e tentar outra vez;
Afastar a boca da boca da vtima e observar a exalao do ar.
Repetir a ventilao;
Se a vtima no iniciar a ventilao espontnea, checar o pulso carotdeo para ver se no ser
necessrio iniciar a RCP;
Ventilar uma vez a cada 5 segundos, se a vtima for adulta;
Ventilar uma vez a cada 4 segundos, se a vtima for criana com idade entre 1 a 8 anos;
Ventilar uma vez a cada 3 segundos, se a vtima for beb, com idade variando entre 0 a 1 ano.
Boca-mscara
Mscaras faciais so excelentes equipamentos para auxiliar o
socorrista durante uma respirao artificial. Elas permitem
reduzir os esforos para manuteno das vias areas abertas
e, principalmente, reduzem os problemas de higiene e
contgio de doenas transmissvel, sempre possvel quando
do contato direto pelo mtodo boca-boca.
A mscara facial pode ser utilizada com ou sem emprego da
cnula de Guedel.
Para prover boca-mscara em uma vtima, o socorrista deve:
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Se a vtima da obstruo for a prpria pessoa a fazer a manobra, deve utilizar-se do espaldar de
uma cadeira.
OBS. Deve-se tomar cuidado ao posicionar o brao ao redor da cintura da vtima para no ocasionar
fratura de costela.
Manobra de Heimlich em bebs
O mtodo de desobstruo respiratria por corpo estranho em adultos e crianas no o mesmo
para bebs.
Para realizar a manobra de Heimlich em bebs, o socorrista dever, aps falhar a segunda tentativa
de ventilao:
Segurar o beb com um dos braos, deixando as costas do pequeno voltadas para cima e a
cabea mais baixa que o tronco.
Dar cinco pancadas com a palma da outra mo entre a omoplata do beb.
Girar o beb de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabea mais baixa do que o
tronco, e efetuar cinco compresses torcicas atravs da presso dos dedos indicador e mdio
sobre o osso esterno. O ponto ideal para realizar a compresso obtido colocando-se a ponta
dos dedos cerca de um centmetro abaixo da interseco entre o esterno e a linha imaginria
que liga os dois mamilos.
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Colocar o beb em uma superfcie plana e tentar retirar o corpo estranho, utilizando-se do dedo
mnimo.
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Somente a regio hipotnar da palma da mo toca o esterno da vtima, evitando-se, dessa forma,
pressionar as costelas.
Em consequncia da massagem, o esterno, em vtima adultas, dever ser deslocado para baixo
entre 4 e 5 cm.
Em crianas, com idade entre 1 a 8 anos, a presso deve ser exercida com apenas uma das mos, e
o esterno deve ser deslocado entre 2,5 a 4 cm.
Em bebs, com idade variando de 0 a 1 ano, a presso realizada com dois dedos, posicionando-os
na interseco do osso esterno com uma linha imaginria ligando os mamilos, fazendo o esterno ser
deslocado de 1 a 2,5 cm.
Nos casos de parada respiratria e cardaca simultneas, deve-se intercalar a respirao artificial
com a massagem cardaca, mtodo conhecido como Reanimao Cardiopulmonar ou RCP, do
seguinte modo:
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Tamponamento: pequenas, mdias e grandes hemorragias podem ser detidas pela obstruo
do fluxo sanguneo, com as mos ou, preferencialmente, com um pano limpo ou gaze
esterilizada, fazendo um curativo compressivo. o melhor mtodo de estancar uma
hemorragia.
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6. Ferimento
Ferimento toda leso da pele (corte, perfurao), que permite um contato do interior do
organismo com o meio externo, propiciando a contaminao. Se no for adequadamente tratado,
pode levar a uma infeco localizada da ferida e mesmo morte.
Os ferimentos podem ser superficiais ou profundos. Todo ferimento profundo pode levar ao estado
de choque, portanto, seu tratamento consiste em prevenir o choque.
6.1. Identificao
Geralmente os ferimentos so visveis, causam dor, originam sangramento e so vulnerveis
infeco.
6.2. Tratamento
Limpar o ferimento, lavando com gua.
Evitar tocar o ferimento.
No remover objetos empalados.
Cobrir o ferimento com pano limpo.
Fixar a compressa sem apert-la demasiadamente.
Se o tratamento no estancar a hemorragia, utilizar outros mtodos:
- compresso arterial
- elevao dos membros superiores e/ou inferiores quando ocorrer algum ferimento.
Repouso da vtima.
Transporte da vtima para um hospital.
Sempre que possvel, a extremidade do membro ferido dever ficar descoberta, para se observar se
a circulao est se processando normalmente (perfuso capilar).
6.3.
Ferimento Profundo no Trax
Trata-se de leso que permite que a cavidade torcica fique em contato com o meio externo,
possibilitando entrada e sada de ar pelo ferimento, prejudicando a respirao e podendo at
paralis-la. Este tipo de leso conhecida como pneumotrax.
Identificao
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Fraturas
Fratura a ruptura total ou parcial de osso.
Podem ser fechadas ou expostas.
Fratura fechada: na fratura fechada no h rompimento da pele, ficando o osso no interior do
corpo.
Fratura exposta: fratura na qual h rompimento da pele. Neste tipo de fratura ocorre
simultaneamente um quadro de hemorragia externa, existindo ainda o risco iminente de
infeco.
8.1. Identificao
8.2.
Dor local: uma fratura sempre ser acompanhada de uma dor intensa, profunda e
localizada, que aumenta com os movimentos ou presso.
Incapacidade funcional: a incapacidade de se efetuar os movimentos ou a funo principal
da parte afetada.
Deformao ou inchao: ocorre devido ao deslocamento das sees dos ossos fraturados ou
acmulo de sangue ou plasma no local.
Crepitao ssea: um rudo produzido pelo atrito entre as sees sseas fraturadas.
Mobilidade anormal: a movimentao de uma parte do corpo onde inexiste uma
articulao. Pode-se notar devido movimentao anormal ou posio anormal da parte
afetada. Este mtodo, assim como o anterior, no deve ser forado. No caso de dvida,
sempre considerar a existncia da fratura.
Tratamento da Fratura Fechada
OBS. Como em qualquer traumatismo grave, a dor e o estado psicolgico alterado (stress) podem
causar o choque, devendo o socorrista preveni-lo.
Em fraturas anguladas ou em articulaes no se deve tracionar. Imobilizar como estiver.
Vmitos e nuseas.
Falta de controle das funes intestinais.
Paralisia.
Perda de reflexos.
Desvio de um dos olhos.
Dimetro das pupilas desiguais.
Tratamento
Imobilizar a coluna cervical.
Evitar movimentos bruscos com a cabea do acidentado.
Caso haja o extravasamento de sangue ou lquido por um dos ouvidos, facilitar esta sada.
Prevenir estado de choque.
Ministrar oxignio.
Transportar a vtima em maca com urgncia ao hospital.
9.2. Trauma de Coluna
Todas as vtimas politraumatizadas inconscientes devero ser consideradas como portadoras de
trauma de coluna. Os traumas de coluna mal conduzidos podem produzir leses graves e
irreversveis de medula, com comprometimento neurolgico definitivo. Todo o cuidado dever ser
tomado com estas vtimas para no surgirem leses adicionais.
Identificao
Dor aguda na vrtebra atingida.
Associao do tipo de acidente com a possibilidade da leso.
Salincia anormal no local.
Perda de sensibilidade nos membros.
Sensao de formigamento dos membros.
Paralisia.
Tratamento
O tratamento consiste em cuidados na imobilizao e no transporte. Tomar todas as precaues na
manipulao da vtima para no converter um trauma de coluna em leso medular. De maneira
geral, o tratamento consiste em se evitar que a coluna flexione ou que a cabea se mova (coluna
cervical), a fim de que no se rompa a medula, devendo ser observados os seguintes itens:
Imobilizar o pescoo da vtima, aplicando um colar cervical prprio ou improvisado;
Movimentar a vtima em bloco, contando, no mnimo, com trs socorristas;
Imobilizar a vtima em prancha rgida;
Se a vtima estiver sentada, usar primeiro uma prancha curta;
Ministrar oxignio, se disponvel;
Transportar a vtima para um hospital.
9.3. Trauma de Bacia
A bacia uma estrutura ssea que serve para a sustentao do corpo e a proteo de rgos vitais
internos, tais como os rins e a bexiga.
Neste tipo de fratura pode existir hemorragia interna.
Identificao
Perda da mobilidade nos membros inferiores.
Dor intensa no local.
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Tratamento
Imobilizar a bacia com prancha longa.
Tomar as mesmas precaues como nos casos de leses de coluna.
Colocar um cobertor dobrado ou um travesseiro entre as pernas da vtima, unindo-as com
faixas.
Transportar a vtima com urgncia para um hospital.
9.4. Fratura de Costela
A costela fraturada pode produzir leso interna, comprometendo a respirao.
Identificao
Dor localizada.
Respirao superficial.
Dor quando realiza movimentos respiratrios.
Deformao local.
Tratamento
Aplicar no mnimo trs faixas de imobilizao no trax, sem apertar em demasia.
Movimentar o mnimo possvel a vtima.
Evitar o choque.
Transport-la para um hospital.
10. Queimaduras
Queimadura uma leso produzida no tecido de revestimento do organismo por agentes trmicos,
produtos qumicos, irradiao ionizante, etc.
A pele (tegumento) tem por finalidade a proteo do corpo contra invaso de microrganismos, a
regulao da temperatura do organismo atravs da perda d'gua para o exterior e a conservao do
lquido interno. Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade.
10.1. Graus de Queimadura
Primeiro grau: atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e vermelhido da rea
atingida.
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Segundo grau: atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por dor local, vermelhido e
formao de bolhas dgua.
Terceiro grau: atinge o tecido de revestimento, alcanando o tecido muscular, podendo chegar at
o sseo. Caracteriza-se pela pele escurecida ou esbranquiada e as vtimas podem se queixar de
muita dor. Tambm podem no referenciar dor alguma na rea queimada, por ter havido a
destruio dos terminais sensitivos. De todo modo, ao redor de queimaduras de 3 grau, haver
queimaduras de 2 e de 1 graus, que freqentemente sero motivo de fortes dores.
Extenso da Queimadura
Para calcular em um adulto a porcentagem aproximada de superfcie de pele queimada, tomamos
em conta os seguintes dados, considerando as partes em relao ao todo:
Cabea 9%
Pescoo
1%
Membros superiores 9%
(cada um)
Trax e abdome
18%
Costas 18%
Membros Inferiores 18%
(cada um, incluindo ndegas)
Para as crianas, a porcentagem a seguinte:
Cabea18%
Membros superiores 9%
(cada um)
Trax e abdome
18%
Costas e ndegas
18%
Membros Inferiores 14%
(cada um, incluindo ndegas)
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considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro grau) que
atinja 15% do corpo ou mais.
Identificao
A queimadura pode ser identificada visualmente pelo aspecto do tecido.
Tratamento em Queimaduras Trmicas
11.2. Tratamento
NA INTOXICAO POR
CONTATO (pele):
Para substncias lquidas, lavar abundantemente o local afetado com gua corrente. Substncias
slidas devem ser retiradas do local sem friccionar a pele, lavando-a, a seguir, com gua
corrente.
NA INTOXICAO POR INGESTO (vias digestivas):
No provocar vmito se a vtima estiver inconsciente, com convulses, ou tiver ingerido
venenos custicos (cidos lcalis e derivados de petrleo).
Quando os cidos e lcalis so fortes, provocam queimaduras nas vias de penetrao. Nestes
casos, deve-se diluir a substncia dando gua para a vtima beber.
11.3. Intoxicao por Monxido de Carbono (CO)
A intoxicao por monxido de carbono um acidente muito comum em casos de incndios e em
locais fechados onde h queima de combustveis, como, por exemplo, garagens de automveis e
banheiros com aquecedores domsticos. O CO um gs bastante presente no dia-a-dia da
populao e suas caractersticas principais so no ter odor nem gosto e cor, o que o torna
extremamente perigoso. A intoxicao se d com a combinao do gs CO com a hemoglobina do
sangue, impedindo que esta leve oxignio para as clulas e conhecida como asfixia qumica. O
tratamento de casos agudos de intoxicao s pode ser feito em hospitais.
Sintomas
Dor de cabea;
Pele e lbios vermelhos (cor de cereja);
Nuseas e vmitos;
Respirao acelerada;
Vertigens e desmaios.
Tratamento
Retirar a vtima do ambiente poludo por gases.
Liberar as vias areas da vtima.
Ministrar oxignio, se possvel.
Transportar urgente para hospital.
Lembrar que, em qualquer incndio, por menor que seja, h presena de CO no ambiente. Portanto,
no entrar e no permitir que pessoas adentrem em reas poludas por gases sem proteo
respiratria, atravs de mscara autnoma (EPR). Mscaras filtrantes e ingesto de leite so
totalmente ineficazes neste caso.
Ao atender ocorrncia de intoxicao, o bombeiro dever procurar identificar o agente do
envenenamento, informando o Centro de Comunicaes e solicitando informaes, em caso de
dvida. Cabe ao Centro de Comunicaes fazer o contato necessrio com o Centro de Toxicologia
para obter informaes.
O bombeiro dever ainda manter os sinais vitais da vtima, evitar o estado de choque e conduzi-la
com urgncia a um hospital especializado.
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13.
Insolao e Intermao
So acidentes provocados no organismo pela exposio prolongada ao calor. Diferencia-se a
insolao da intermao, pois a primeira corresponde ao excesso de raios solares agindo
diretamente no indivduo, enquanto a segunda traduz a ao do calor em ambientes pouco
arejados, durante um trabalho muscular intenso.
13.1. Identificao
Dor de cabea.
Nuseas.
Vmitos.
Pele seca e quente.
Tonturas.
Inconscincia e coma profundo.
Elevao da temperatura corporal.
Insuficincia respiratria.
13.2. Tratamento da vtima
Levar a vtima para local arejado e fresco.
Deitar a vtima com o tronco ligeiramente elevado.
Afrouxar as roupas da vtima.
Aplicar compressas de gua fria sobre a testa da vtima.
Banhar a vtima em gua fresca, acompanhando sua temperatura a cada 15 minutos, evitando
resfriamento brusco do corpo.
14.
Desmaio e Vertigem
O desmaio consiste na perda transitria da conscincia e da fora muscular, fazendo com que a
vtima caia ao cho. Pode ser causado por vrios fatores, como a subnutrio, o cansao, excesso de
sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo, angstia e emoes fortes, alm de ser
intercorrncia de muitas outras doenas.
Vertigem consiste nos sinais e sintomas que antecedem o desmaio.
14.1. Identificao
Tontura.
Sensao de mal-estar.
Pele fria, plida e mida.
Suor frio.
Perda da conscincia.
14.2. Tratamento
Diante de uma vtima que sofreu desmaio, devemos proceder da seguinte maneira:
Arejar o ambiente.
Afrouxar as roupas da vtima.
Deixar a vtima deitada e, se possvel, com as pernas elevadas.
No permitir aglomerao no local para no expor a vtima.
14.3. Crise Epiltica
A epilepsia uma doena do sistema nervoso central que se caracteriza por causar crises de
convulses (ataques) em sua forma mais grave.
Os ataques ou convulses se caracterizam por:
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KIT INDSTRIA
CAPA:
Confeccionada em tecido 100% poliamida. Fecho em velcro. Alas para transporte e fixar em
paredes. Contm, tambm, bolsa plstica, transparente, para colocao de colares e talas de
imobilizao. Serve para proteger a prancha de madeira ou frmica da intemprie do tempo, bem
como para transporte e acondicionamento.
COMPOSIO:
MATERIAIS DE CONSUMO P/
IMOBILIZAO
01 Prancha longa em compensado naval com
2 Atadura de crepe 10cm
jogo de 3 cintos
2 Atadura de crepe 15cm
01 Capa para proteo da mesma
2 Atadura de crepe 30cm
01 Jogo de tala aramada em e.v.a com 4
1 Esparadrapo
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tamanhos
01 Bandagem triangular tam.: M
01 Jogo de colar cervical resgate sendo PP / P
/M/G
01 Cobertor Trmico
MATERIAIS DE CONSUMO
05 Compressa estril 7,5 x 7,5
03 (pares) Luvas cirrgica estril
MATERIAL DE APOIO
01 Holster contendo Tesoura multiuso
ponta romba; 01 Pocket Mask
02 Mscara para RCP descartvel
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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