Artigo Sobre Eja e Inclusao de Pessoas Com Deficiencias

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A INCLUSAO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

NA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

ALCINIA SOUZA DA SILVA


email: [email protected]

Ps-Graduao em Educao de Jovens e Adultos - PROEJA


Professor:
Resumo: traar a trajetria histrica da Educao de Jovens e Adultos e
analisar criticamente a incluso do portador de necessidades especiais nesta
modalidade de ensino se constituiu nos objetivos deste trabalho, o qual se
configura como um estudo bibliogrfico, cuja pesquisa foi realizada em bases
de dados de acesso pblico via internet, tendo como critrio de incluso o
perodo de publicao. Assim, considerou-se como critrio de incluso
trabalhos publicados de 2000 a 2015. Como estratgia de busca foram
utilizadas as seguintes palavras-chaves: trajetria da EJA no Brasil, educao
inclusiva e EJA, educao especial e EJA, proposta inclusiva para a EJA.
Critrios de seleo: Durante a busca, foram avaliados e selecionados apenas
os estudos pertinentes ao objetivo proposto, sendo esta avaliao feita a partir
da leitura do resumo ou corpo do trabalho. Resultados: a literatura possibilitou
selecionar 21 artigos potencialmente relevantes considerando-se o objetivo da
pesquisa. Concluso: Aps a anlise crtica da literatura da rea conclui-se
que, at o momento, de maneira geral, a escola recebe, mas h muito a
percorrer para incluir os alunos portadores de necessidades especiais, embora
o pas possua o escopo da incluso. Assim, faz-se necessrio o
estabelecimento de diretrizes e aes polticas visando uma incluso efetiva.
Palavras chaves: EJA. Trajetria. Necessidades Especiais.

1 INTRODUO
O presente trabalho trata da Educao de Jovens e Adultos buscando
evidenciar a sua trajetria ao longo do desenvolvimento da sociedade
brasileira, esta apresentada em perodos para que, de forma mais didtica seja
possvel entender esta trajetria.
Discute, ainda, a incluso de pessoas com necessidades educativas
especiais, o que imprime, mais ainda, complexidade a esta modalidade de
ensino, a qual atende, j, uma clientela com muitas especificidades e que, por
isso, precisa ser estruturada de forma diferenciada.

Assim, veremos que com o processo de incluso de pessoas com


necessidades especiais nesta modalidade de ensino, alm de complexa, esta
se torna, mais ainda, um desafio, principalmente para o prfessor que atua nesta
modalidade de ensino.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 BREVE HISTRICO DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS NO
BRASIL
Quando se trata de educao no Brasil no se pode deixar de se visitar
o perodo de colonizao brasileira, pois a maior parte da literatura pertinente
evidencia os primeiros vestgios desta modalidade de ensino j durante o
processo de colonizao com a chegada dos padres jesutas, em 1549. Assim,
sigamos por esta trilha, de forma a revisitar este caminho e desvendar como foi
se construindo a educao em nosso pas.
2. 1.1 A Educao do Perodo Colonial ao Imperial
O perodo Colonial no Brasil inicia-se com o processo de colonizao,
em 1530 e finaliza em 1822, quando se inicia o perodo imperial.
Durante o processo de colonizao das terras brasileiras j se percebe
as primeiras iniciativas de ensino, sendo estas implementadas por integrantes
da Companhia de Jesus, estando mais direcionadas mais para adolescentes e
adultos do que para crianas, devido a predominncia na poca do proselitismo
religioso1, ou seja, o intento destes jesutas era catequizar para arrebanhar
cada vez mais fieis para a crena catlica e educar de acordo com as normas
dos colonizadores portugueses, que necessitavam de mo de obra para a
lavoura e atividades extrativistas. Assim, os primeiros professores iniciaram o
trabalho educativo com os ndios, com o objetivo de catequizar e terminaram
1

O proselitismo (do latim eclesistico proslytus, que por sua vez provm do grego
) se configura como o intento, zelo, diligncia, empenho de converter
uma ou vrias pessoas, ou determinados grupos, a uma determinada causa, idia
ou religio. Ver mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Proselitismo.
.

com os filhos dos proprietrios de terras, preparando-os para assumir a ordem


religiosa ou continuar os estudos nas universidades (NETO; MACIEL, 2008).
Neste contexto, a Companhia de Jesus foi uma ordem religiosa da Igreja
Catlica, fundada na Europa em 1540 por Incio de Loyola, conforme
esclarecem Neto e Maciel (2008), que era formada por padres, os chamados
jesutas, que tinham como misso catequizar e evangelizar as pessoas,
pregando a religio crist catlica e, o ensino jesutico, no incio de suas
atividades, no era um ensino para todos e sim para uma pequena parcela da
populao, pois se destinava exclusivamente a ensinar os ignorantes a ler e
escrever (NETO E MACIEL, 2008, p.172),
Analisando esta afirmao, j se percebe os primeiros indcios de
excluso ou seletividade da clientela, principalmente por que se observa,
tambm, que a educao j nasce com uma inteno, ou uma finalidade, neste
caso em particular, atender aos interesses da Igreja Catlica, cujo objetivo
consistia em arrebanhar o maior nmero de fiis, expandindo a f catlica e,
seus domnios, o que se d com a descoberta pelos portugueses e espanhis
das terras da Amrica, onde seu projeto foi ampliado e levado para as novas
terras. Mas, como destaca Villalta (2002) o Projeto Educacional Jesutico,
apesar de subordinado ao Projeto Portugus de expanso, tinha determinada
autonomia, e teve papel fundamental na medida em que contribuiu para que o
Governo portugus atingisse seus objetivos no processo de colonizao
brasileiro, bem como se constituiu no alicerce da estrutura educacional da
Colnia brasileira.
Mas, como destaca Rauber (2012) a expulso dos jesutas leva ao
desmantelamento da estrutura administrativa do ensino, gerado a necessidade
de oficializao do ensino elementar e mdio como funo do Estado, o que,
por sua vez, permite a introduo de professores leigos no ensino e o Estado
assumir pela primeira vez os encargos da educao no Brasil.
De acordo com Biasi (2012) no perodo imperial, aps a expulso dos
jesutas em 1881, a EJA se inseriu no processo de institucionalizao do
ensino atravs das iniciativas de aberturas de escolas noturnas. Para este
autor, a escola passa a ser vista de forma diferenciada e com outras
finalidades:

Nesse perodo a educao escolar passa a ser entendida como


necessria para a reorganizao da sociedade brasileira e por
isso deveria atingir toda populao, inclusive a pobre e
analfabeta, a fim de civiliz-lo e torn-lo apto a votar,
conforme preconizava a lei Saraiva (BIASI, 2012, p.1).

Percebe-se aqui, a mudana de foco, buscando-se a ampliao da


educao escolar, embora o objetivo, agora, no seja a propagao da f
catlica, mas sim, a reorganizao poltica da sociedade brasileira.
Mas, no perodo Imperial, o qual se estende de 1822 a 1899, o ensino no
Brasil se constituiu como objeto de ateno somente em seus Decretos e Leis.
Nesse sentido, Souza (2011) aponta que era em torno da instruo popular
que mais se agitavam as discusses durante a elaborao da Constituio de
1823. oportuno lembrar que esta no vingou, e a Constituio outorgada em
1824 pelo Imprio do Brasil era genrica a esse respeito, limitando-se a afirmar
a gratuidade do ensino primrio para todos os cidados.
Mas, como destaca o autor supracitado, no Perodo Imperial, a lei de 15
de outubro de 1827 determinou a criao de escolas elementares em todas as
cidades, vilas e lugarejos, mas contempla somente as crianas:
A referida lei contemplou apenas o ensino das primeiras letras
s crianas, sem referenciar a populao adulta, que continuou
margem do sistema oficial de ensino. Mesmo em relao s
crianas, o alcance da lei foi bastante reduzido, no atingindo
os resultados que dela se esperava (SOUZA, 2011, p.17):

Como se observa, o reconhecimento da necessidade de educao dos


cidados, explicitada no projeto de constituio de 1823, inscrevia-se entre as
disposies dos sistemas de idias que provinham, em suas origens, dos
movimentos da Reforma Protestante e foram inseridos, mais tarde, no
processo de afirmao dos Estados Nacionais e do absolutismo.
Refletindo sobre a EJA no perodo Imperial, Moura (2003) relata que no
Imprio, com a chegada da famlia real no Brasil, a educao volta-se para a
criao de cursos superiores, a fim de atender aos interesses da elite
monrquica, dando incio construo de fatores determinantes que
impulsionou a Independncia poltica do pas. Neste perodo, pouco foi feito
oficialmente pelos jovens e adultos.

Moura (2003) destaca, ainda, a preocupao com a educao volta-se


para a criao de cursos superiores a fim de atender aos interesses da
monarquia, por outro lado no havia interesse, por parte da elite na expanso
da escolarizao bsica para o conjunto da populao tendo em vista que a
economia tinha como referencial o modelo de produo agrrio (p.27)
Rauber (2012, p.27) ao refletir sobre a educao neste perodo afirma
que
No perodo imperial, as primeiras iniciativas em relao
educao de adultos apareceram aps o Ato Adicional de 1834,
na medida em que as provncias ensaiavam a organizao de
seus sistemas escolares nos nveis primrio e secundrio.

Rauber (2012, p.38) relata que aps o Ato Adicional de 1834, na medida
em que as Provncias ensaiavam a organizao de seus sistemas escolares
nos nveis primrio e secundrio, surgem tambm, em algumas delas, as
primeiras iniciativas referentes educao de adolescentes e adultos.

2.1.2 A Educao no Perodo Republicano (1889 -1937)

De acordo com Rauber (2012), no perodo republicano, a educao, de


um modo geral, tambm no teve avanos e, como refora Biasi (2012),
ocorreram poucas mudanas, e, assim, a relao entre EJA e filantropia
permaneceu, como permaneceu a concepo da pessoa analfabeta como ser
incapaz e improdutivo, concepo que s rompida quando surge, por parte
das autoridades, a preocupao com os altos ndices de analfabetismos do
pas.
Para Bello (2001) a Repblica proclamada adota o modelo poltico
americano baseado no sistema presidencialista e, no que diz respeito
organizao escolar esta teve influncia da filosofia positivista e, assim, a
Reforma de Benjamin Constant tinha como princpios orientadores a liberdade
e laicidade do ensino, como tambm a gratuidade da escola primria. Estes

princpios seguiam a orientao do que estava estipulado na Constituio


brasileira.
De acordo com este autor, uma das intenes da Reforma era
transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e no
apenas preparador e, ainda, substituir a predominncia literria pela cientfica.
Mas, como destaca Bello (2001), a Reforma empreendida gera muitas crticas,
principalmente pelos positivistas, pois, segundo estes no respeitava os
princpios pedaggicos de Comte e, tambm, defendiam a predominncia
literria, j que o que ocorreu foi o acrscimo de matrias cientficas s
tradicionais, tornando o ensino enciclopdico.
Por outro lado, destaca o autor, com Cdigo Epitcio Pessoa, de 1901,
acentua-se a parte literria em detrimento da cientfica e a Reforma Rivadvia
Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundrio se tornasse formador do
cidado e no como simples promotor a um nvel seguinte, alm de retomar a
orientao positivista, pregar a liberdade de ensino, entendendo-se como a
possibilidade de oferta de ensino que no seja por escolas oficiais, e de
freqncia. Alm disso, prega ainda a abolio do diploma em troca de um
certificado de assistncia e aproveitamento e transfere os exames de admisso
ao ensino superior para as faculdades. Os resultados desta Reforma foram
desastrosos para a educao brasileira.
Em um perodo complexo da Histria do Brasil surge a Reforma Joo
Luiz Alves que introduz a disciplina de Moral e Cvica com a inteno de tentar
combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Arthur
Bernardes e foram realizadas diversas reformas de abrangncia estadual,
como as de Loureno Filho, no Cear, em 1923, a de Ansio Teixeira, na Bahia,
em 1925, a de Francisco Campos e Mario Casassanta, em Minas, em 1927, a
de Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928 e
a de Carneiro Leo, em Pernambuco, em 1928 (BELLO, 2001).
Conforme esclarece Bello, a Revoluo de 30 foi o marco referencial
para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produo e, neste contexto, a
nova realidade brasileira passou a exigir mo de obra especializada e para tal
era preciso investir na educao, sendo criado, em 1930, Ministrio da
Educao e Sade Pblica (MESP) e, em 1931, o governo provisrio sanciona
decretos organizando o ensino secundrio e as universidades brasileiras ainda

inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco


Campos".
Bello (2001) revela que em 1932 um grupo de educadores lana nao
o Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova, redigido por Fernando de
Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da poca e, em 934 a
nova Constituio dispe, pela primeira vez, que a educao direito de todos,
devendo ser ministrada pela famlia e pelos Poderes Pblicos e, ainda em
1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a
Universidade de So Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as
normas do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931.
Este autor destaca que em 1935 o Secretrio de Educao do Distrito
Federal, Ansio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal, no atual
municpio do Rio de Janeiro, com uma Faculdade de Educao na qual se
situava o Instituto de Educao.

2.1.3 Educao no Estado Novo (1937 - 1945)


Ferreira (2010) relata que a ditadura Getulista, ou seja, o perodo
conhecido como Estado Novo trouxe profundas mudanas tambm para a rea
da educao, de forma que ela viesse tambm servir aos interesses polticos,
servindo como instrumento de divulgao das idias centralizadoras de Vargas,
sendo que a ideologia do trabalhador comea a se repassada desde o ensino
primrio e as famosas cartilhas cvicas passam a ser publicadas de forma a
expressar a postura nacionalista do governo e os ideias nacionais, atravs da
dos smbolos nacionais.
De acordo com Bello (2001), em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo
Capanema, so reformados alguns ramos do ensino, sendo estas reformas
chamadas de Leis Orgnicas do Ensino, sendo compostas por Decretos-lei que
criam o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e valoriza o
ensino profissionalizante e, conforme relata este autor, o ensino ficou
composto, neste perodo, por cinco anos de curso primrio, quatro de curso
ginasial e trs de colegial, sendo possvel em duas modalidade: clssico ou
cientfico.

Bello (2001) afirma que o ensino colegial perdeu o seu carter


propedutico, de preparatrio para o ensino superior, e passou a se preocupar
mais com a formao geral. Apesar dessa diviso do ensino secundrio, entre
clssico e cientfico, a predominncia recaiu sobre o cientfico, reunindo cerca
de 90% dos alunos do colegial.

2.1.4 Educao na Nova Repblica (1946 - 1963)


O fim do Estado Novo consubstanciou-se na adoo de uma nova
Constituio de cunho liberal e democrtico. Esta nova Constituio, na rea
da Educao, determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primrio e d
competncia Unio para legislar sobre diretrizes e bases da educao
nacional. Alm disso, a nova Constituio fez voltar o preceito de que a
educao direito de todos, inspirada nos princpios proclamados pelos
Pioneiros, no Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova, nos primeiros anos
da dcada de 1930.
Ainda em 1946 o ento Ministro Raul Leito da Cunha regulamenta o
Ensino Primrio e o Ensino Normal, alm de criar o Servio Nacional de
Aprendizagem Comercial - SENAC, atendendo as mudanas exigidas pela
sociedade aps a Revoluo de 1930.
Josetti e Arajo (2012) revelam que em 1947 o Ministrio em
cooperao de todos os Estados, Territrios e do Distrito Federal promove o
planejamento geral da Campanha de Educao de Jovens e Adultos, definindo
os seguintes objetivos: instalao e funcionamento de dez mil classes de
ensino supletivo, para adolescentes e adultos analfabetos; estmulo ao
voluntariado, seja individual, para o ensino de um analfabeto ou pequeno grupo
de analfabetos, seja por parte de associaes, para o ensino de grupos mais
numerosos; persistente esclarecimento do pblico quanto necessidade de
instruir e educar s grandes massas de adolescentes e adultos analfabetos do
pas.
Conforme evidenciam Josetti e Arajo (2012) uma reforma geral da
educao o objetivo da comisso criada pelo Ministro Clemente Mariani que,
pautado nas doutrinas emanadas pela Carta Magna de 1946, imputava a esta a

responsabilidade de elaborar um anteprojeto de reforma geral da educao


nacional, sendo esta presidida pelo educador Loureno Filho, que a organizou
em trs subcomisses: uma para o Ensino Primrio, uma para o Ensino Mdio
e outra para o Ensino Superior
Conforme esclarecem Josetti e Arajo (2012), este anteprojeto foi
encaminhado em 1948 para a Cmara Federal, dando incio a uma luta
ideolgica em torno das propostas apresentadas. Depois de 13 anos de
acirradas discusses foi promulgada a Lei 4.024, em 20 de dezembro de 1961,
sem a pujana do anteprojeto original, prevalecendo as reivindicaes da Igreja
Catlica e dos donos de estabelecimentos particulares de ensino no confronto
com os que defendiam o monoplio estatal para a oferta da educao aos
brasileiros.
Segundo Rezende et al. (2014), este talvez tenha sido o perodo mais
frtil da educao no Brasil, pois alm das discusses sobre a Lei de Diretrizes
e Bases para a Educao Nacional, muitas outras iniciativas marcaram este
perodo:, destacando-se entre estas a inaugurao em 1950, em Salvador, no
Estado da Bahia, do Centro Popular de Educao (Centro Educacional
Carneiro Ribeiro) por Ansio Teixeira, dando incio a sua idia de escola-classe
e escola-parque.
Tambm destacam a criao do Conselho Federal de Educao, que em
1962, vem substituir o Conselho Nacional de Educao e os Conselhos
Estaduais de Educao. Ainda neste ano criado o Plano Nacional de
Educao e o Programa Nacional de Alfabetizao, pelo Ministrio da
Educao e Cultura, inspirado no Mtodo Paulo Freire

2.1.5 Perodo do Regime Militar (1964 - 1985)


De acordo com Campos (2011) a ruptura com a escola republicana e a
construo da escola nacionalista iniciam-se ainda no perodo da ditadura
militar, perodo este em que foram estabelecidas algumas das principais
caractersticas do sistema de ensino do regime, tais como a compartimentao
do ensino e a centralizao administrativa, que conduziu ao reforo dos
mecanismos de inspeo, de modo a melhor controlar a atividade escolar.

De acordo com o relatrio da UNESCO (2008), no incio dos anos 60, a


alfabetizao de adultos comps as estratgias de ampliao das bases
eleitorais e de sustentao poltica das reformas que o governo pretendia
realizar. A efervescncia poltico social do perodo comps o cenrio propcio
experimentao de novas prticas de alfabetizao e animao sociocultural
desenvolvidas pelos movimentos de educao e cultura popular, que em sua
maioria adotaram a filosofia e o mtodo de alfabetizao proposto por Paulo
Freire. Exemplos de alguns desses programas empreendidos por intelectuais,
estudantes e catlicos engajados na ao poltica foram: o Movimento de
Educao de Base, da Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil, estabelecido
em 1961, com o patrocnio do governo federal; o Movimento de Cultura Popular
do Recife, a partir de 1961; a Campanha de P no Cho Tambm se Aprende a
Ler, da Secretaria Municipal de Educao de Natal; e os Centros Populares de
Cultura, rgos culturais da Unio Nacional dos Estudantes (UNE).
Campos (2011) ressalta que em 1964 o golpe militar aborta todas as
iniciativas de se revolucionar a educao brasileira, ancorados no argumento
de que as propostas eram "comunizantes e subversivas" e, diante disto o novo
regime pauta a educao tambm no carter antidemocrtico de sua proposta
ideolgica de governo e, assim, professores foram presos e demitidos;
universidades foram invadidas; estudantes foram presos e feridos, nos
confrontos com a polcia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados
e a Unio Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477
calou a boca de alunos e professores.
Mas, conforme esclarece Campos foi neste perodo que se deu grande
expanso das universidades no Brasil e foi institudo o vestibular classificatrio,
bem como a criao do Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL, com
vistas a erradicar o analfabetismo, cujo mtodo pautava-se na didtica do
Mtodo Paulo Freire. O MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil.
Mas, com o fracasso do MOBRAL, cria-se, no seu lugar a Fundao Educar.
Esta finaliza suas anlises afirmando que foi no perodo mais cruel da
ditadura militar, onde qualquer expresso popular contrria aos interesses do
governo era abafada, muitas vezes pela violncia fsica, que instituda a Lei
5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, em 1971. A

caracterstica mais marcante desta Lei era tentar dar a formao educacional
um cunho profissionalizante.
Albuquerque Neto (2009) relata que a Fundao Educar funcionava em
parceria com os municpios, pautada no princpio de descentralizao das suas
aes, o que permitiu maior diversidade de orientaes e prticas pedaggicas.
Ressalta, ainda, que esta trabalhava com a alfabetizao e ps-alfabetizao,
mas que, mesmo assim esta foi extinta em maro de 1990, atravs da Medida
Provisria (MP) n 251, o governo Collor de Melo.
Ainda neste perodo Albuquerque Neto relata, no final da dcada de
1980, o surgimento do Movimento de Alfabetizao (MOVA), sendo a primeira
experiencia realizada no estado de So Paulo, quando da gesto de Paulo
Freire como Secretrio de Educao. Este foi um momento em que os
princpios da educao e cultura popular lanados no pas no incio dos anos
60 foram resgatados, sendo estes atualizados em uma poltica pblica de
alfabetizao de jovens e adultos desenvolvida em parceria entre o governo
municipal e organizaes comunitrias vinculadas aos movimentos sociais
urbanos.

1.7 PERODO DA ABERTURA POLTICA (1986 - 2003)

Mas, em que pese em seu crdito a difuso das iniciativas de


alfabetizao de adultos no pas, o MOBRAL foi, em 1985, substitudo pela
Fundao Educar, momento em que o governo federal optou por abandonar a
execuo direta dos servios educacionais, passando a rgo de fomento e
apoio tcnico mediante a assinatura de convnios com reparties estaduais e
municipais de ensino, empresas e entidades comunitrias, conforme nos
informam Di Pierro e Haddad (2000).
Contudo, afirmam Di Pierro e Haddad (2000), foi uma passagem quase
meterica a da Fundao EDUCAR, pois a partir dos anos 1990, a EJA
comeou a perder espao nas aes governamentais e em maro de 1990,
com o incio do governo Collor, esta foi extinta e todos os seus funcionrios
colocados em disponibilidade. Em nome do enxugamento da mquina

administrativa, a Unio foi se afastando das atividades da EJA e transferindo a


responsabilidade para os Estados e Municpios.
Frigotto e Ciavatta (2003, p.59) ao se debruarem, tambm, sobre a
histria da educao de jovens e Adultos no Brasil, nos dizem que desde a
extino da Fundao Educar em 1990 at 2002, se pode perceber claramente
a ausncia efetiva de polticas pblicas, com investimentos no campo
educacional. No mbito organizativo e institucional a educao bsica, de
direito social de todos, passa a ser cada vez mais encarada como um servio
prestado e adquirido no mercado ou na filantropia. Estes autores ressaltam que
aps este perodo de estagnao o governo brasileiro, sob a presidncia de
Fernando Henrique Cardoso (1995/1998 e 1999/2002), buscou adequar o
sistema de ensino reforma do Estado brasileiro, imposta pela conjuntura
econmica internacional, estando a poltica educacional brasileira subordinada
frrea doutrina dos organismos internacionais (FRIGOTTO; CIAVATTA, 2003,
p.59).
Ao tratar desta temtica especifica, em que pese as crticas ao programa
adotado por este governo, Di Pierro e Graciano (2003) esclarecem que o
conjunto de medidas legislativas, normativas e de controle adotadas pelo
governo FHC podem ser caracterizadas como uma reforma educacional,
devido amplitude e impacto por elas alcanadas. Contudo, no bojo dessas
aes

governamentais,

educao

de

jovens

adultos

continuou

marginalizada, relegada ao segundo plano assumindo como caracterstica


principal o assistencialismo, visto que nesse perodo a EJA saiu do Ministrio
da Educao e se transformou em ao social da ento primeira dama Ruth
Cardoso (COSTA, 2009, p.71).
Arelaro e kruppa (2007, p.90 apud COSTA, 2009, p.66) compactuam
deste posicionamento ao afirmarem que:
A EJA passou a ser uma poltica marginal para o governo
federal, que progressivamente definiu a sua concepo sobre o
regime de colaborao entendido agora como ao
centralizadora de definio e coordenao das polticas pelo
governo federal e repasse de execuo destas, em especial
das destinadas educao bsica, para estados e municpios,
com acentuada sobrecarga para esses ltimos.

De modo geral, o governo federal transferiu suas responsabilidades de


promover a universalizao da educao de jovens e adultos aos estados e
municpios, sem dar-lhes condies objetivas para cumprir este objetivo. Estes,
por estarem impedidos legalmente de usar recursos do FUNDEF para esta
finalidade, acabaram no priorizando a educao de jovens e adultos.
Dando prosseguimento aos seus estudos Costa (2009, p.74) afirma que
nos quatro primeiros anos do governo Lula, a lgica da educao no
modificou, uma vez que a reduo de recursos para as polticas sociais
imposta pelo modelo neoliberal continuou sendo visvel.
No que se refere especificamente a EJA, Costa ressalta que para no
fugir a tradio brasileira de descontinuidade, o governo Lula lanou o
Programa Brasil Alfabetizado (2003), que priorizou financeiramente a ao
desenvolvida por entidades filantrpicas. A partir do segundo ano, as
secretarias estaduais e municipais passaram a receber um percentual maior de
recursos, porm o trabalho desenvolvido continuou sendo uma ao educativa
pobre para os pobres. H algumas iniciativas exitosas, mas so experincias
isoladas localizadas principalmente no eixo sul/sudeste.
As primeiras polticas pblicas nacionais destinadas instruo dos
jovens e adultos foram implementadas a partir de 1947, quando se estruturou o
Servio de Educao de Adultos do Ministrio da Educao e teve incio a
Campanha de Educao de Adolescentes e Adultos (CEAA).Alfabetizao de
Jovens e Adultos se constitui, ainda hoje, um desafio para o Brasil e precisa,
ainda, compor o rol de prioridades das polticas pblicas e das preocupaes
dos educadores, principalmente daqueles que trabalham nesta modalidade
educativa.
Assistiram-se no perodo a duas outras campanhas que obtiveram
poucos resultados efetivos: a Campanha Nacional de Educao Rural, em
1952, e a Campanha Nacional de Erradicao do Analfabetismo, em 1958. No
final dos anos 50, inmeras crticas foram dirigidas s campanhas, devido ao
carter superficial do aprendizado que se efetivava num curto perodo de
tempo e a inadequao dos programas, modelos e materiais pedaggicos, que
no consideravam as especificidades do adulto e a diversidade regional
(UNESCO, 2008).

Entretanto, as polticas educacionais dos anos 90 no corresponderam


s expectativas geradas pela nova Constituio e priorizaram a universalizao
do acesso das crianas e adolescentes ao ensino fundamental. Outros nveis e
modalidades de ensino, entre os quais a educao de jovens e adultos, foram
relegados a um plano secundrio na agenda das polticas educativas,
culminando com a extino da Fundao Educar e a atribuio da
alfabetizao dos jovens e adultos foi descentralizada para os municpios ou
delegada s organizaes sociais, que freqentemente atuaram em parceria,
em programas como Alfabetizao Solidria ou Movimentos de Alfabetizao
(Movas) (UNESCO 2008).
Continuando o relatrio, este d conta de que no incio do terceiro
milnio, a alfabetizao de jovens e adultos adquiriu nova posio na agenda
das polticas nacionais, com o lanamento, em 2003, do Programa Brasil
Alfabetizado e a progressiva incluso da modalidade no Fundo de
Financiamento da Educao Bsica (Fundeb), a partir de 2007.
Hoje, vivenciamos o final da Dcada da Alfabetizao 2003-2012,
proclamada pelas Naes Unidas 2 como um perodo de esforos concentrados
para assegurar a todas as pessoas o direito de desenvolver as habilidades de
leitura e da escrita, a fim de usufruir da cultura letrada, fortalecer as identidades
socioculturais, melhorar as condies de vida, promover a participao cidad
e a equidade de gnero, preservar a sade e o meio ambiente. Em maio de
2009 o Brasil sediou a VI Conferncia Internacional de Educao de Adultos
(CONFINTEA), momento em que se fez um balano do itinerrio percorrido e
das lies aprendidas.

2.2 O ALUNO DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS


Cabe, ainda, indagar quem so os alunos da educao de jovens e
adultos. No podemos esquecer que so pessoas que no tiveram a
oportunidade de concluir seus estudos. Portanto, so alunos jovens, adultos,
idosos, donas-de-casa, trabalhadores em servios pouco qualificados, homens,

Para mais informais acessar http://www.unesco.org/education/litdecade/.

mulheres, brancos, negros, pardos. So pessoas com trajetrias, experincias,


saberes, intenes, dvidas, conquistas e expectativas.
So pessoas que buscam, aps um dia exaustivo de atividades e
responsabilidade, a capacidade de leitura e escrita para atender s suas
necessidades e para continuar aprendendo cada vez mais.
Soares (2005) discute a problemtica do acesso e permanncia que o
jovem e adulto enfrenta para concluir seus estudos, evidenciando que em
muitos casos o preo a ser pago, objetiva ou subjetivamente, torna-se bem
alto, requerendo extremo esforo e muitas escolhas, majoritariamente pelo fato
de ser um educando que trabalha. Zago (2000, p. 39), concorda dizendo que
(...) para permanecer na escola so feitos grandes sacrifcios, pois ser
estudante no um ofcio que possa ser exercido sem nus. E no caso do
estudante ser um adulto, as dificuldades e sacrifcios tendem a aumentar.
Merazzi e Oaigen (2000) destacam que o educando jovem e adulto deve
ser percebido nas suas mltiplas dimenses, das quais se destacam a sua
identidade que, alm de ser de adulto ou jovem, tambm de trabalhador e
cidado, considerando a sua diversidade scio-cultural.
Portanto, requer do professor uma postura diferenciada, pois trabalhar
com educao de jovens e adultos pressupe saber que o acesso ao
conhecimento escolar uma questo de direito e requer uma ao pedaggica
adequada, que no seja apenas a reproduo do que oferecido no ensino
regular, ofertado em um menor tempo, de forma condensada, um trabalho que
parta da compreenso de que h pelo menos duas diferenas essenciais entre
o trabalho com crianas e o trabalho com os jovens e adultos: a relao com o
trabalho, os conhecimentos e experincias adquiridos, a possibilidade de
reflexo sobre eles e, tambm, a possibilidade de reflexo sobre o prprio
processo de aprendizagem.
Alm da diversidade que as salas de EJA apresentam (seja em termos
etrios, gnero, origem, etnia), h uma diversidade de saberes presentes nos
alunos que no deve ser deixada de lado. Se alm de acreditarmos que as
pessoas constroem conhecimento, acreditamos igualmente que pela interao
entre as pessoas ocorre o processo de aprendizagem, temos aqui uma
possibilidade a ser explorada.

2.3 A INCLUSAO NO CONTEXTO DE EJA


No como se falar de EJA no reservarmos um espao para a temtica
da incluso, pois por sua prpria especificidade esta j se configura como uma
educao diferenciada para uma clientela tambm diferencia. Neste sentido,
Contini (2008)
refletir a EJA sob o foco da incluso de suma
importncia enquanto modalidade que atende uma
populao diferenciada, com caractersticas prprias e seu
papel de agente transformador na sociedade. Como a EJA
acolhe, por assim dizer, excludos do mundo escolar e
procura inclu-los em seu retorno vida escolar, faz-se
necessrio tambm discutir a incluso, j que, atualmente,
a incluso abrange o atendimento no somente
queles que apresentam dificuldades em seu processo de
ensino aprendizagem, mas tambm o atendimento aos alunos
com necessidades educacionais especiais.

A incluso , como se pode observar, ponto de pauta nas discusses


que envolvem a EJA.
Para Contini (2008), a aceitao das diferenas individuais, a
valorizao de cada ser humano, bem como a aprendizagem decorrente da
cooperao so, tambm, princpios norteadores da prtica da incluso
social que um processo pelo qual a sociedade procura se adaptar
para incluir em seus sistemas gerais pessoas com necessidades educacionais
especiais que, por sua vez, preparam-se para assumir seus papis na
sociedade (CONTINI, 2008, p.3).
A autora afirma, tambm, que a incluso gera uma modificao da
sociedade, possibilitando pessoa com necessidade educacional especial
desenvolver-se e exercer sua cidadania e, neste sentido, a educao
inclusiva

prope

que

todos

os

alunos, independentemente de suas

particularidades, tenham acesso escola regular. Entre elas destacam-se os


portadores de necessidades educacionais especiais.
De acordo com Contini (2008) a incluso do aluno com necessidade
educacional especial no mbito escolar deve levar em conta a sua presena na
escola, a sua participao e a construo do seu conhecimento e, integrar a
escola significa atuar em um espao de socializao e aprendizagem atravs

da interao e participao nas atividades, o que contribuir para o seu


desenvolvimento em busca da construo do saber.
Mas, como defende a autora supracitada, a escola regular no foi e nem
planejada para acolher a diversidade dos indivduos, contudo, nas ltimas
dcadas, vem sendo desafiada a proporcionar uma ao educativa comum e
diversificada que seja capaz de proporcionar uma cultura comum a todos os
educandos, respeitando as suas prprias particularidades e necessidades.
A mesma afirma que a incluso adentra-se pela EJA medida que
esta modalidade de ensino vem recebendo alunos com necessidades
educacionais especiais e que isto se constitui em um desafio que exige uma
nova postura na EJA, com o exerccio de reflexo de seus conceitos e
prticas pedaggicas no sentido de atender tambm este pblico que
tem

direitos garantidos por lei e necessita, de fato, de atendimento

especializado.

3 CONSIDERAES FINAIS
Tratar da Educao de Jovens e Adultos (EJA), nos evidencia um
cenrio onde esta se estrutura para atender um pblico que, inicialmente, no
pde freqentar a escola por questes de ordem econmica, haja vista estes
terem que escolher entre estudar e trabalhar.
Atualmente, entretanto, identificaram-se outros fatores que configuram
novo perfil desta clientela.
Vimos, ainda, que o iderio da Educao Popular, referncia importante
na rea, destaca o valor educativo do dilogo e da participao, a considerao
do educando como sujeito portador de saberes, que devem ser reconhecidos.
Educadores de jovens e adultos identificados com esses princpios tm
procurado,

nos

ltimos

anos,

reformular

suas

prticas

pedaggicas,

atualizando-as ante as novas exigncias culturais e novas contribuies das


teorias educacionais.
Tambm, se viu que novo desafio se faz presente no contexto de EJA: a
incluso de pessoas com deficincias e, diga-se de passagem, se a EJA j se
constitua

em

uma

modalidade

de

educao

complexa

por

suas

especificidades, esta incluso s vem reforar, mais ainda, esta complexidade,


considerando a formatao/estruturao desta modalidade de ensino.
Como vimos ao longo do texto apresentado, a complexidade advm do
fato de que esta uma modalidade de ensino que atende pessoas que h
tempos no freqentam a escola e, por isso, esto em idade mais avanada,
mas, tambm, atende jovens que no se dedicaram ao estudo apesar de
estarem fora do mercado de trabalho, o que nos leva s turmas com idades,
expectativas, interesses, necessidades diferentes, assim como ritmos de
aprendizagem diferenciados, o que exigem mais ainda dos professores que
atuam nesta modalidade de ensino, principalmente os que trabalham na
alfabetizao destes que, aliado a tudo isto, ainda tem que se desdobrar para
garantir que ele no a abandone, fato que se evidencia nas altas taxas de
evaso nesta modalidade de ensino.

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