Apostila Água
Apostila Água
Apostila Água
CICLO HIDROLÓGICO
O ciclo hidrológico descreve a circulação da água na Terra e as
etapas deste processo são:
Chuva ou precipitação.
Escoamento superfi cial.
Infiltração.
Evapotranspiração.
Chuva ou precipitação
A precipitação compreende toda a água que cai da atmosfera na
superfície da Terra.
Escoamento superficial
O escoamento superficial é o deslocamento sobre o terreno, por ação
da gravidade, da água precipitada da atmosfera que não se infiltra no
solo ou não volta diretamente à atmosfera pela evapotranspiração.
Inifiltração
A infi ltração corresponde à água que atinge o subsolo os lençóis de
água subterrânia
Evapotranspiração
A transferência da água para a atmosfera se dá através de dois
mecanismos:
• Sólidos em suspensão;
• Sólidos coloidais;
• Sólidos dissolvidos.
Parâmetros químicos
Alcalinidade
A alcalinidade é a quantidade de íons na água que reagirão para
neutralizar os íons de hidrogênio; tratando de uma medição da
capacidade da água de neutralizar os ácidos, ou seja, a capacidade de
resistir às mudanças de pH, chamada de capacidade tampão. Os
principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO-3 ),
carbonatos (CO3²- ) e os hidróxidos (OH); sendo ela provocada
mormente por sólidos dissolvidos na água (ibidem).
Acidez
A acidez trata da capacidade da água em resistir às mudanças
de pH causadas pelas bases; ocorrendo em razão, sobretudo, da
presença de gás carbônico livre (pH 4,5 e 8,2). É constituída
principalmente por sólidos dissolvidos e gases dissolvidos (CO2 e
H2S) na água (ibidem).
Dureza
Conforme Mota (2003), a dureza é resultante da presença,
principalmente, de sais
alcalinos terrrosos (cálcio e magnésio) e consiste na concentração de
cátions multimetálicos em solução, sendo que os cátions que mais
provocam a dureza são os cátions divalentes Ca²+ e Mg ²+. Em
condições de supersaturação, esses cátions reagem com ânions na
água, gerando precipitados. Dessa forma, a dureza pode ser
classificada como dureza carbonato e dureza não carbonato,
dependendo do ânion que ela se associa. A dureza correspondente à
alcalinidade é denominada de dureza carbonato, ao passo que as
outras formas são caracterizadas como dureza não carbonato; já a
dureza carbonato é sensível ao calor, precipitando-se em elevadas
temperaturas; sendo que a dureza é provocada principalmente por
sólidos dissolvidos. Mota (2003) classifica as águas em termos de
dureza (em CaCO3 ), da seguinte maneira:
Ferro e manganês
Segundo, Mota (2003), o ferro e o manganês podem originar-se
da dissolução de
compostos do solo ou de despejos industriais. Von Sperling (1996)
complementa Mota (2003) quando afirma que o ferro e o manganês
estão presentes nas formas insolúveis (Fe3+ e Mn4+ ), numa grande
quantidade de tipos de solos. Na ausência de oxigênio dissolvido,
como, por exemplo, em águas subterrâneas ou fundos de lagos, ele se
apresenta na forma de solúvel Fe2+ e Mn2+ . Se a água, com as
formas reduzidas, for exposta ao ar atmosférico (Ex: na torneira do
consumidor), o ferro e o manganês voltam a se oxidar às suas formas
insolúveis, podendo acarretar em coloração da água, além de manchar
roupas durante a lavagem. São causados, mormente, pela dissolução
de compostos do solo.
Cloretos
As águas naturais, em maior ou menor escala, contêm íons
provenientes da dissolução de minerais, de forma que os cloretos (Cl-)
advêm da dissolução de sais que se tornaram sólidos dissolvidos ou
da intrusão de águas do mar, podendo advir ainda dos esgotos
domésticos ou industriais; em altas concentrações, resultam em sabor
salgado da água ou em propriedades laxativas (MOTA, 2003).
Nitrogênio
O nitrogênio pode apresentar-se em várias formas e estados de
oxidação; sendo que no meio aquático, ele pode ser encontrado como:
nitrogênio molecular (N2- ), escapando para atmosfera; nitrogênio
orgânico dissolvido e em suspensão; amônia (NH3-); nitrito (NO2-); e
nitrato (NO3-). É um elemento indispensável ao crescimento das algas,
mas em excesso pode provocar uma eutrofização (ibidem).
Fósforo
O fósforo na água existe, sobretudo, nas formas de ortofosfatos,
polifosfato e fósforo orgânico. Os ortofosfatos são diretamente
disponíveis para o metabolismo biológico sem necessidade de
conversões a formas mais simples, de maneira essas formas podem
ser PO4³- , HPO4³- , H2PO4- , H3PO4- . Já os ortofosfatos dependem
do pH; ao passo que os polifosfatos são moléculas mais complexas
com dois ou mais átomos de fósforo, de modo que o fósforo orgânico é
geralmente de menor importância. O fósforo é composto por sólidos
em suspensão e sólidos dissolvidos (VON SPERLING, 1996).
Oxigênio dissolvido
O oxigênio dissolvido (O.D.) é de fundamental importância para
os organismos aeróbios, sendo que durante a estabilização da matéria
orgânica, as bactérias usam o oxigênio nos seus processos
respiratórios, podendo acarretar em uma diminuição da sua
concentração no meio. Dependendo da magnitude deste fenômeno,
vários seres aquáticos podem morrer, como os peixes. Caso o
oxigênio seja totalmente consumido, têm-se as condições anaeróbias,
com geração de maus odores; de forma que vale perceber que o OD é
constituído por gás dissolvido (ibidem).
Matéria orgânica
Uma das principais causadoras da poluição das águas é a
matéria orgânica, em razão do consumo do oxigênio dissolvido pelos
microorganismos nos seus processos metabólicos de utilização e
estabilização da matéria orgânica. Os principais componentes
orgânicos são os compostos de proteína, os carboidratos, a gordura e
os óleos, além de outros em menor quantidade como uréia,
surfactantes, fenóis, pesticidas, ácidos solúveis. Em razão da grande
dificuldade na determinação laboratorial dos diversos componentes da
matéria orgânica, frente à grande variedade de formas e compostos
em que a mesma pode ser apresentada, utilizam-se geralmente
métodos indiretos para a quantificação da matéria orgânica, ou do seu
potencial poluidor. Assim, existem duas principais categorias: medição
do consumo de oxigênio, em que se destacam a Demanda Bioquímica
de Oxigênio (DBO) e a Demanda Química de Oxigênio (DQO); e a
medição do carbono orgânico, de onde se tem o índice de Carbono
Orgânico Total (COT). A DBO é o parâmetro tradicionalmente mais
utilizado e representa a quantidade de oxigênio que seria necessário
fornecer às bactérias aeróbias para consumirem a matéria orgânica
presente em um líquido; enquanto a DQO consiste na quantidade de
oxigênio necessária à
oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico (MOTA,
2003).
Micropoluentes Inorgânicos
Alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais
pesados, são tóxicos ao homem, como: arsênio, cádmio, cromo,
chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos metais, podendo
citar os cianetos que são incorporados à água através de despejos
industriais, atividades agrícolas, de mineração, etc. (MOTA, 2003).
Micropoluentes Orgânicos
Von Sperling (1996) afirma que alguns materiais orgânicos são
resistentes à degradação biológica, não integrando os ciclos
biogeoquímicos, de modo que se acumula em certo ponto do ciclo.
Enquanto isso, Braga (2002) acrescenta que alguns desses compostos
estão no meio aquático em concentrações que não são perigosas ou
tóxicas; porém, em razão do fenômeno da bioacumulação, sua
concentração no tecido dos organismos vivos pode ser relativamente
alta se não tiverem mecanismos metabólicos que eliminem estes
compostos após sua ingestão. Alguns exemplos de compostos dessa
natureza são: defensivos agrícolas, detergentes sintéticos e petróleo e
seus derivados.
Parâmetros biológicos
Braga (2002) traz que alguns organismos são indicadores da
qualidade biológica da água, sendo esta responsável pela transmissão
de um grande número de doenças, sobretudo nas áreas menos
desenvolvidas, onde o saneamento básico é precário ou inexistente.
Mota (2003) complementa que os coliformes são indicadores da
presença de microorganismos patogênicos na água, sendo
causadores de doenças.
No conceito-chave anterior você viu a importância do manejo
adequado do solo e dos recursos hídricos na preservação da qualidade
da água.
. car as fontes, as
Outro conceito de poluição das águas
águas.
Quais as semelhanças e as diferenças entre os dois conceitos?
Esgotos domésticos.
Esgotos industriais.
Resíduos sólidos.
Pesticidas, fertilizantes e detergentes.
Carreamento de solo.
Percolação do chorume dos depósitos de lixo.
Uma fonte poluidora pode atingir um curso d’água de duas formas:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução no 20,
de 18 de junho de 1986.
Decreto Estadual no 8.468, de 8 de setembro de 1976 – São Paulo.
Metcalf & Eddy (1977). Tratamiento y depuración de kas aguas
residualis, Madrid, Editorial labor, s.a.
Sperling M.V. (1997). Princípios do tratamento biológico de águas
residuárias. Belo Horizonte, Departamento de Engenharia Sanitária e
ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais.