COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
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multimdia, que utilizam de uma forma combinada e improvisada (em hipertexto ou no), som,
imagem e texto.
Wolton considera a Internet um sistema de informao e no um meio de comunicao social.
Slevin, baseado em Thompson, considera que a Internet possui os atributos que nos permitem
considera-la um meio de comunicao de massa.
A Comunicao de massa que se desenvolve na Internet pode tambm ser designada por mass
media. No considerar essas tecnologias como meios de comunicao de massa com base no fato de
que no se destinam a um pblico vasto incorrer no erro de considerar o usurio da Internet, ou o
telespectador, um elemento passivo na equao comunicativa. De acordo com o conceito de campo
de Bordieau, na Internet h o uso pessoal, com e-mails e o uso coletivo atravs da World Wide Web,
caracterstica de meio de comunicao de massa ou mass media.
Novas mdias so todos os meios de comunicao, representao e conhecimento (media), nos
quais encontramos a digitalizao do sinal e do seu contedo, que possuem dimenses de
multimdia e interatividade.
As macromdias (satlites de TV e Internet) so agentes de globalizao dos mercados
nacionais, sociedades e culturas. As mesomdias (imprensa, cinema, TV rdio), sob controle
governamental e institucional so agentes de integrao nacional e mobilizao social. As
micromdias (telefone, fotocopiadoras, gravadores em geral) so instrumentos de poder para foras
na periferia do poder.
A mudana de paradigma est em curso nas nossas sociedades. A ambivalncia da Internet a
coloca nesse paradigma comunicacional e em outras dimenses como novo modelo.
A partir do conjunto de constataes possvel argumentar que um novo sistema parece ter
lentamente se estabelecido ao longo da ltima dcada. Durante esse perodo assistimos ao
nascimento simultneo de centenas de novos ttulos de imprensa e ao recurso s mais variadas
tcnicas de difuso de mensagens, num processo que pode ser caracterizado por a mdia precede a
mensagem (Eco).
Sendo a Internet um meio de comunicao de massa e ao mesmo interpessoal, as duas
dinmicas encontram-se presentes, em simultneo. Como base tecnolgica, a Internet serve as duas
dimenses e por essa razo o mercado e o Estado adotaram-na como o novo elemento central do
sistema de mdia.
Para Colombo, a comunicao sinttica fruto das tcnicas e processos de socializao que
interagindo se alteram simultaneamente. Essa comunicao sinttica assim indutora, pela sua
apropriao pelo uso de tecnologias de informao, de uma concepo de espao e tempo.
A comunicao sinttica em rede resulta da forma como as diferentes dimenses de um
sistema tecnocultural interagem entre si e o paradigma tecnolgico dominante, nesse caso, as
tecnologias de informao propiciadoras de modelos de organizao em rede e tambm de uma
comunicao em rede.
A comunicao sinttica em rede apresenta-se como uma nova forma cultural de relacionar
audincias e emissoras, pois funciona segundo uma lgica hipertextual, no sentido em que promove
a articulao entre o conceito clssico de texto, o conceito de fluxo e a comunicao interpessoal.
O modelo de comunicao gerado nas sociedades informacionais, onde o modelo de
organizao social prevalecente a rede, o da comunicao sinttica em rede, um modelo de
comunicao que no substitui os anteriores, antes os articula, produzindo novas formas de
comunicao, permitindo tambm novas formas de facilitao de empowerment individual e
conseqentemente de autonomia comunicativa.
CARDOSO, Gustavo. In: A mdia na sociedade em rede.
Referncia:
DUARTE, Eduardo. Por uma epistemologia da comunicao. In: LOPES, Maria Immacolata
Vassalo (Org.). Epistemologia da comunicao. So Paulo: Edies Loyola, 2003.
Trecho final do artigo: Por uma epistemologia da comunicao, de Eduardo Duarte/UFPE.
Um objeto e um campo possveis
O exerccio que direcionamos aqui o de olhar mais uma vez para o mesmo tema que j foi
e ainda ser diversas vezes visitado e analisado ao longo do tempo, enquanto a comunicao como
pesquisa ainda mantiver interesse para os seres humanos. Um exerccio que estabelece uma
tentativa de reenfocar o objeto da comunicao para distender a compreenso sobre ele. Um
exerccio que nos permite mais do que a iluso de explicar o objeto, ele nos permite tambm
compreender o percurso do nosso olhar. Passamos a conhecer mais sobre aquele que pergunta do
que sobre o que perguntado. Cada tempo um olhar sobre o mesmo objeto e assim compreendemos
mais sobre o esprito do momento em que a pergunta feita. Isso o que Paul Ricoeur prope como
uma hermenutica da cultura.1
Tentamos compreender um conceito num novo contexto com a ajuda da etimologia da
palavra e de uma filosofia que se aproxima da investigao a que se prope etimologicamente o
conceito. Um exerccio que ampliando sua investigao nos permitiria compreender um pouco mais
sobre nosso tempo e ns mesmos atravs de uma hermenutica da comunicao.
Poderamos agora tentar localizar os objetos da comunicao a partir do que j percebemos
sobre o tema. Pelo caminho em que localizamos uma proposio filosfica em ressonncia com o
que enxergamos da definio etimolgica, torna-se objeto da comunicao o fenmeno do encontro
de planos cognitivos que pela percepo do outro so arrastados para uma fronteira criativa de
novas formas cognitivas. Torna-se objeto da comunicao essa interface e suas propriedades, o
processo de estabelecimento do vnculo que permite o desenho de uma fronteira. Torna-se objeto da
comunicao o que emerge, o terceiro plano que no havia antes do encontro de todas as partes
dialogantes. Torna-se objeto da comunicao o estar em relaco, ou melhor, a troca.
Sendo assim, o campo da comunicao pode ser terico, quando este analisa a ontologia
desses encontros, quando preocupa-se com os processos que tornam comum um pensamento a um
grupo que troca informaes. O campo pode ser tambm emprico quando a mesma discusso
ontolgica considera a relao com os suportes nos quais os planos cognitivos esto atrelados.
preciso apenas chamar ateno para o fato de que esses suportes no so necessariamente objetos de
mdia.
Aqui surge a necessidade de se distinguir os objetos de mdia de objetos da comunicao. Os
objetos de mdia, como a televiso, o rdio, o jornal, a Internet necessariamente no estabelecem
um dilogo com seus pblicos. Podem estar a servio desse dilogo, mas em si mesmos no trazem
interfaces explcitas e inerentes com os planos cognitivos a que se anunciam conduzindo a uma
troca que faa emergir um pensamento comum. A disponibilizao de informaes num site, ou a
RICOEUR, Paul. Temps et Rcit. Tomo I, Paris: ditions du Seuil, 1983. p.122.
ATLAN, Henri. Entre o Cristal e a Fumaa. Rio de janeiro: Jorge Zahar Editora. 1992.