O Conceito de Homologia - Darwin e A Biologia

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O CONCEITO DE HOMOLOGIA

Russell Artist, Ph.D., Professor de Biologia no David Lipscomb College Nashville, Tennessee
37203, U.S.A..
http://www.revistacriacionista.com.br/artigos/FC05.asp
O conceito de Homologia, no
sentido histrico, foi definido
por Darwin em "A Origem dos
Espcies" como "o
reconhecimento de um plano
fundamental nos animais e nas
plantas, atribudo
descendncia com
modificao". A herana de
sucessivas pequenas
modificaes provenientes de
um ancestral comum foi uma
reao ao ponto de vista
extremo da imutabilidade das
espcies aceita naquela poca.
Este artigo procura mostrar que
no contrrio ao esprito
cientfico atribuir um plano
comum, ou uma estrutura
bsica estabelecida por um
Criador, s semelhanas
existentes nos vrios ramos dos
vertebrados.

Um levantamento dos livros didticos de Biologia, recente e amplamente adotados nas escolas
secundrias, indica que a Homologia no sentido Darwinista ainda oferecida como "prova" da
evoluo. O reconhecimento da rpida invaso do ensino evolucionista em nosso sistema
educacional, a ponto de completamente suprimir os pontos de vista criacionistas, conclama tanto os
cientistas quanto os leigos a batalharem pelo retorno da apresentao dos dados da Cincia Natural
dentro da linha criacionista.
Introduo
Este artigo apresentar alguns dos desenvolvimentos histricos que levaram ao conceito de
Homologia como expresso por Darwin e Huxley, bem como algumas objees ao conceito, que
foram feitas naquela poca. Ser tambm apresentada a considerao de alguns livros didticos
recentes, tanto de nvel superior como de nvel secundrio, para mostrar a premissa geralmente
aceita de que esse conceito estabelece "evidncias" em apoio evoluo. chegado o tempo em
que cientistas nas fronteiras avanadas da pesquisa, bem como do ensino, deveriam ser ouvidos a
respeito desse to importante assunto.
A Homologia definida por Webster como a correspondncia no tipo de estrutura existente entre

partes ou rgos de diferentes organismos, devido diferenciao, pelo processo de evoluo, a


partir da mesma parte ou rgo, ou da parte ou rgo correspondente de algum ancestral remoto.
Inclui-se, em auxlio da definio, a relao estrutural existente entre o brao humano, a perna
dianteira do cavalo e a asa dos pssaros, como exemplos tpicos da Homologia.
A Homologia, pelo menos historicamente foi muito mais enfatizada nos animais do que nos
vegetais. ela um captulo da Morfologia Animal situado especificamente no Campo da Anatomia
Comparada, embora tenha sido tambm ressaltada na disciplina da Embriologia.
Todavia, tem havido recentemente pouca pesquisa no Campo da Anatomia Comparada; de fato,
muitas escolas de Medicina retiraram essa matria dos seus requisitos de admisso, e muitas
universidades e faculdades no mais esto lecionando essa matria. Dever-se-ia isso a ser to bvio,
a ponto de constituir uma observao trivial, o fato de possurem os animais certas semelhanas, e
em conseqncia a Anatomia Comparada meramente apontar ao trivial? Por outro lado, no seria
tambm porque a existncia de semelhanas acaba dependendo da preferncia do investigador?
Poderia tambm o leitor perguntar se a idia da Homologia no foi abandonada, de maneira geral,
pelo menos como prova da teoria das origens evolutivas dos seres vivos. Embora tendo sido um dos
mais antigos argumentos usualmente apresentados a favor da evoluo, teria ela atualmente ficado
fora de moda e sido relegada a uma primeira gerao de raciocnio?
Apresentadas essas perguntas, como professor interessado na boa didtica, verifico que em quase
todos os livros-textos de Biologia apresenta-se o contedo do conceito de Homologia com as
mesmas cores com que sempre foi pintado, com o mesmo apelo especial evoluo. O que se
passa, por exemplo, com os livros mais recentemente publicados?
A propaganda do "Elementos de Cincia Biolgica" de William T. Keeton, afirma que o autor segue
"de comeo a fim uma abordagem no dogmtica que estimula o interesse do estudante mediante
nfase dada tanto a favor como contra concluses cientficas". Fiquei, portanto, desejoso de
verificar se o assunto da Homologia era apresentado, e de que maneira. Escreve Keeton (l):
"Os pesquisadores da Sistemtica, ento, ao estudar as semelhanas existentes entre duas espcies,
devem determinar se essas semelhanas so provavelmente homlogas (herdadas de um ancestral
comum), ou meramente anlogas (semelhantes em funo e de comeo a fim uma abordagem no
dogmtica que estimula o interesse do estudante mediante nfase dada tanto a favor como contra
concluses cientificas freqentemente na estrutura superficial, mas de diferentes origens
evolutivas). Assim, as asas dos tordos e dos azules so consideradas como homlogas, isto , a
evidncia indica que foram herdadas de um ancestral alado comum. Contudo, as asas dos tordos e
as asas das borboletas so somente anlogas, porque embora sejam estruturas funcionalmente
semelhantes no foram herdadas de um ancestral comum, mas evoluram, independentemente de
diferentes estruturas ancestrais".
E assim, pacientemente e com imparcialidade, como o Dr. Evan Shute (2) to apropriadamente
descreve, "as evidncias pro e contra devem ser apresentadas de novo para a anlise imparcial",
porque o autor do livro?texto no o fez para os seus leitores.
[Com referncia abordagem no dogmtica deparei-me com esta estonteante afirmao no livro
de Keeton "As baleias, que so mamferos descendentes de ancestrais terrestres, desenvolveram
nadadeiras a partir das patas dos seus ancestrais; essas nadadeiras parecem-se superficialmente com
as barbatanas dos peixes, mas as semelhanas devem-se convergncia, no indicando uma relao
prxima entre baleias e peixes" (3)] .

Do fato, os professores devem analisar para seus alunos afirmaes dogmticas tais como as
contidas na declarao anterior, pela qual "baleias ... so mamferos descendentes de ancestrais
terrestres" e que "desenvolveram nadadeiras a partir das patas ..." freqentemente difcil , mesmo
para estudantes de faculdade, distinguir a falsidade oculta por detrs de afirmaes dessa espcie. O
ponto que desejo abordar, desta maneira, que a Homologia e o argumento dos rgos vestigiais
ainda so apresentados aos estudantes de Biologia como provas da evoluo!
De que maneira se supe que as baleias "evoluram" provindo dos mamferos terrestres? Raramente
vi explicao dada por evolucionistas para esse maravilhoso fenmeno. Deparei?me, porm com o
seguinte trecho do falecido Douglas Dewar, a quem tive o privilgio de visitar certa ocasio em sua
residncia de Hindley?on?Thames, na Inglaterra, durante minha permanncia na Alemanha, aps a
guerra:
"Um maravilhoso exemplo disso ocorre no livro de Sir J. Arthur Thomson 'Biologia para Todos'.
Afirma ele que as baleias descendem de animais terrestres que passaram a viver na gua,
escrevendo: Podemos, iniciar com um animal como o arminho, que ocasionalmente mergulha e
nada bem. O prximo passo pode ser ilustrado pela lontra, que se sente completamente vontade
no rio e pode nadar milhas em direo ao alto mar, e que se d perfeitamente bem tambm em terra.
No prximo nvel pode ser posta a quase extinta lontra marinha (Enhydris) do Pacfico Norte, cujas
patas traseiras so apropriadas somente para nadar. Encontramos ento a srie progressiva
representada pelos lees marinhos, elefantes marinhos e focas ? estas ltimas sendo, quase to
totalmente aquticas quanto as baleias, embora tragam os seus filhotes praia para l aliment?los"
(4).
E ento o Dr. Dewar desfaz tudo isso de um s golpe, com a sua peculiar conciso, escrevendo:
"A passagem acima, embora de maneira alguma resolva a dificuldade da transformao de um
mamfero terrestre em aqutico, contm a falsa suposio de que a evidncia para a transformao
deve-se ao fato de que alguns mamferos existentes so mais aquticos do que outros" (5).

Origem histrica da Homologia


Certamente o conceito de Homologia bastante antigo; no novo nem moderno. Talvez no se
saiba exatamente quando foi ele apresentado pela primeira vez, embora tenha sido usado por
Darwin em "A Origem das Espcies" para apoiar e sustentar a sua doutrina da evoluo. Sobre o
assunto diz ele as memorveis palavras:
O que pode ser mais curioso do que a mo do homem formada para segurar, a de um tatu para
cavar, a perna do cavalo, a nadadeira do delfim e a asa do morcego, tudo construdo conforme o
mesmo esquema, incluindo ossos semelhantes nas mesmas posies relativas? (6)
V-se nessa afirmao quo incrvel parecia a Darwin o simples fato da correspondncia entre as
partes dos membros dianteiros dos vertebrados. Deve?se lembrar, entretanto, que nos dias em que
Darwin escreveu, a opinio da poca pendia totalmente para o lado da imutabilidade das espcies.
R. E. D. Clark, no seu captulo "Antes de Darwin" torna bem claro esse ponto:
No dcimo oitavo sculo, Lineu (1707?1778), o grande sistematizador da Zoologia, tornou-se
profundamente convicto de que as espcies eram imutveis. Sua convico, baseada na observao
direta, no era abalada pelas semelhanas anatmicas que freqentemente achava existir entre
animais distintos. Existem, afirmava ele, "exatamente tantas espcies quantas foram criadas no
incio pelo Ser Infinito. ... Os biologistas, tambm, foram levados a crer na absoluta fixidez das
espcies (7).
Para derrubar completamente tais estreitos conceitos de imutabilidade surgiu em 1844 o livro
"Vestgios" de autoria de Chambers, poucos anos antes de Darwin publicar suas notas a respeito da
viagem no Beagle. O tom desse revolucionrio livro era totalmente evolucionista, mas devotamente
"cristo". Pensa?se que Darwin foi grandemente influenciado por esse livro.
Assim, em torno de 1859 criou-se o clima para a abolio de um ponto de vista extremo ? a
imutabilidade absoluta das formas viventes - e a aceitao de outro ponto de vista extremo ? a
mudana, e mudana considervel, de todas as formas orgnicas. Estamos presenciando,
finalmente, nos ltimos decnios, a oscilao do pndulo em direo novamente de uma abordagem
mais razovel, sob a ao de cientistas criacionistas.
Muitos dos argumentos de Chambers (tais como a absurda aceitao das supostas estreitas relaes
entre algas marinhas, homens e rs, e a estranha idia da recapitulao posteriormente to
desenvolvida por Ernst Haeckel) foram avidamente adotados por aqueles que procuravam meios
com que enfrentar os telogos que aceitavam a imutabilidade das espcies! A dificuldade, ento, era
que os homens de cincia que criam na revelao de Deus freqentemente O defendiam com bases
muito precrias! E alguns ainda continuam hoje a proceder assim.
Exame da Homologia segundo Darwin
Para examinar os reais pontos controvertidos envolvidos no conceito de Homologia, pelo menos na
sua conceituao inicial, conveniente reportar?se ao livro?fonte da evoluo (A Origem das
Espcies) e verificar exatamente o que Charles Darwin afirmou sobre o assunto. E verificaremos
no somente o que ele mencionou a respeito da natureza das semelhanas entre os seres orgnicos ?
sua morfologia ou anatomia comparada ? mas tambm o "por que" de tais homologias. Ele fala da
Homologia com as palavras seguintes:
Nada pode ser mais desesperanoso do que tentar explicar essa semelhana de configurao dos
membros da mesma classe mediante a sua utilidade ou mediante a doutrina das causas finais. A
desesperana de tais tentativas foi expressamente admitida por Owen no seu interessantssimo

Alm disso, Thompson rejeita


o costumeiro sofisma dos
evolucionistas, de que tal
semelhana mais difcil de ser
levada em conta na origem
independente de tipos
complexos; e sugere ele que,
enquanto no for conhecido
precisamente o mecanismo
pelo qual "a seleo das
sucessivas ligeiras
modificaes" possa explicar
essa semelhana, devemos
admitir que nossa informao
sobre esse assunto
insuficiente. Deve tambm ser
mencionado que os
evolucionistas, na maior parte,
cometeram o erro de considerar
somente as semelhanas,
ignorando quase
completamente as diferenas
entre os organismos (12).
Observao sobre o raciocnio de Darwin
Gostaria de chamar a ateno para a maneira em que Darwin tenta explicar as sucessivas ligeiras
modificaes, e tambm para a citao de um trecho excelente que serve como a melhor refutao
de tais modificaes. O raciocnio Darwinista nessa linha o seguinte:
Em mudanas desta natureza, haver pouca ou nenhuma tendncia para alterar a configurao
original, ou para transpor as partes. Os ossos de uma perna poderiam ser encurtados e achatados em
qualquer grau, tornando-se ao mesmo tempo envolvidos por uma espessa membrana para servirem
como nadadeiras; ou uma mo membranosa poderia ter todos os seus ossos, ou certos ossos,
encompridados em qualquer grau, com a membrana de ligao deles aumentada para servir como
asa; apesar disso, essas modificaes no tenderiam a alterar a infraestrutura dos ossos nem a
conexo relativa entre as partes (13).
E com a frase mais capciosa de todas, "se supusermos", a que to freqentemente recorrem os
propagandistas da evoluo, somos introduzidos a esta maravilhosa explicao do "por que" da
Homologia:
Se supusermos que um primitivo progenitor - o arqutipo, como poderia ser chamado - de todos os
mamferos, pssaros e rpteis, tivesse seus membros construdos segundo o esquema geral
existente, qualquer que fosse o propsito ao qual servissem, poderemos imediatamente perceber a
clara significao do construo homloga dos membros em toda a classe (14).
absurdamente fcil exagerar as semelhanas, enquanto ao mesmo tempo desprezar as diferenas
um erro mais difcil de evitar. H um excelente comentrio sobre o assunto da suposta homologia
dos membros dos vertebrados, escrito logo aps a publicao de Os Vestgios. de autoria de Clark
e costuma ser chamado de "Homologizando a Mesa"!
O autor imagina um engenhoso jovem, Martinus Scriblerus, que se prope a todo custo discernir

conexes entre coisas, independentemente de serem elas reais ou imaginrias. ... O que o impediria
de lanar um olhar filosfico sobre a moblia de seu quarto? Com menos engenhosidade do que
certos fisiologistas, facilmente descobriria uma maravilhosa unidade de planejamento. ...
Provavelmente teria ele tomado a mesa com seus quatro ps e a sua tampa como o grande tipo de
marcenaria, e teria divisado modificaes deste tipo bsico em todas as peas ao seu redor. As
cadeiras nada mais so do que a mesa com um manifesto desenvolvimento das pernas trazeiras
constituindo o encosto. Das cadeiras para o sof a transio seria ridiculamente fcil; de fato, o sof
s pode ser considerado como uma variedade da cadeira, produzida por um elevado estado de
desenvolvimento. No div, a tampa da mesa tornou-se espessa e macia, enquanto que as pernas se
reduziram a pequenos apoios globulares. ... O que seria a cama colonial se no a duplicao do tipo
original - uma mesa colocada sobre outra mesa, a mesa de cima sem a tampa? ... A lareira talvez
apresentasse alguma dificuldade ... (15).
A natureza ridcula de tal raciocnio pode ser facilmente detectada. Tal especulao, e tal raciocnio
semelhante dos evolucionistas tem estabelecido muitas homologias fantsticas, nenhuma das quais
pode ser evidenciada mediante prova experimental de qualquer espcie. A simples verdade que,
de fato, um marceneiro poderia ter feito cada pea da moblia, utilizando para cada uma deles a
objetividade por ele julgada necessria para torn-la funcional.
Freqentemente tem sido apresentado como objeo os cientistas criacionistas no poderem
argumentar que, por proceder o homem de acordo com certas normas, Deus, tambm, como
Criador, tenha procedido da mesma maneira. Tambm, como um livro escolar bastante divulgado
afirma, referindo-se aos progressos na locomoo dos animais, "no se deveria supor que qualquer
dessas vantagens ... fosse adquirida propositadamente" (16). Considero que, embora os mtodos
utilizados por Deus na criao sejam grandemente inescrutveis para ns hoje, efetivamente existe
um planejamento no mundo orgnico. Certamente a existncia de um propsito pareceria ser a
explicao bvia de que realmente os olhos foram feitos para ver e os ouvidos para ouvir. (17).
A respeito desse assunto de fazer as coisas, deparei com esta afirmao atribuda a um biologista de
tempos idos, George Mivart. Ele citado como afirmando:
Mivart pede-nos que meditemos no que faramos se fssemos Deus e fssemos criar o homem. Diz
ele que seramos guiados pelas seguintes consideraes: (1) para viver nesta Terra o homem deve
assemelhar-se aos animais no comer, no respirar, etc.; (2) por ser uma criatura inteligente deve ter
um extenso sistema nervoso; (3) dessa maneira, nenhum invertebrado, nem rptil, nem peixe, nem
pssaro, apresenta constituio capaz de abrigar tal enorme sistema nervoso; (4) baleias, golfinhos e
focas tambm no so capazes ... e pela mesma razo (5) os mamferos com casco; (6) isso nos
restringe aos carnvoros, e dentre eles os que tm corpo o mais aproximadamente talhado para o
que um homem deveria possuir, esto os smios (18).
Assim, o homem apresenta muitos traos em comum com os outros animais, o que no deveria
surpreender ningum, posto que respira o mesmo ar, come alguns dos mesmos alimentos, etc. o
que a Bblia afirma em sua maneira peculiar, condenando ainda o "humanista cientfico" na sua
tentativa de considerar o homem como sendo "somente" um animal! Achamos no livro de
Eclesiastes estas palavras:
Disse ainda comigo: por causa dos filhos dos homens, para que Deus os prove, e eles vejam que
so em si mesmos como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos
animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos tm o mesmo flego de
vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo vaidade. Todos vo para
o mesmo lugar; todos procedem do p, e ao p tornaro. Quem sabe que o flego de vida dos filhos

dos homens se dirige para cima, e o dos animais para baixo, para a terra? (19)
Ateno dada s homologias de srie
O assunto das Homologias de Srie freqentemente mencionado, e alguns exemplos so dados
por Darwin. Deixaremos que um dos seus contemporneos, Thomas Henry Huxley, av do celebre
evolucionista moderno, Sir Julian Huxley, exponha esse assunto. Foi Huxley quem divulgou as
idias do Darwin; foi ele certamente um arqui-inimigo do cristianismo. Escreveu ele:
Tenho perante mim uma lagosta. Ao examin-la, qual parece ser o caracterstico mais
impressionante que ele apresenta? Bem, eu observo que esta parte que ns chamamos de cauda
constituda de seis anis crneos distintos, e uma stima parte na extremidade. Se eu separar um dos
anis medianos, por exemplo o terceiro, descubro que ele apresenta na sua superfcie inferior um
par de membros ou apndices, cada um consistindo de uma haste e duas peas terminais ... Se eu
tomar agora o quarto anel verifico que ele tem a mesma estrutura, e da mesma maneira o quinto e o
segundo; de tal modo que em cada uma dessas divises da cauda descubro partes que mantm
correspondncia entre si, um anel e dois apndices; e em cada apndice uma haste e duas peas
terminais. Essas partes correspondentes so chamadas, na linguagem tcnica da Anatomia, de
"partes homlogas". O anel da terceira diviso o "homlogo" do anel da quinta, o apndice da
anterior o homlogo do apndice da posterior ... mas para o que tende tudo isso? Para a concluso
bastante notvel de que uma unidade de planejamento, da mesma espcie, quer na cauda quer no
abdomem, permeia todo o organismo do seu esqueleto ...
Posso assinalar exatamente que modificao sofreu o plano geral naquele segmento particular; que
parte permaneceu mvel, e que parte tornou-se fixa outra, qual se desenvolveu e metamorfoseouse excessivamente e qual foi suprimida.
... Contudo, imagino ouvir a pergunta: Como pode tudo isso ser testado? ... Reconhece a Natureza,
de qualquer maneira mais profunda, essa unidade de planejamento que parecemos distinguir? (20)
Esse o conceito geral da Homologia de Srie, o qual ainda extensamente expresso na literatura
hoje em dia. Observe-se que Huxley menciona poder assinalar "exatamente como surgiram essas
modificaes". Apela ele ao desenvolvimento embriolgico (o qual por sua vez requer
demonstrao) para finalmente atribuir mais "evidncia" para os seus pontos de vista.
Lembro-me de meu trabalho como doutorando na Universidade de Minnesota. Como estudante de
ps-graduao tive de aprender grande quantidade de dados sobre Homologia, e como professor
assistente do Departamento, tive de ensin-los. Refiro-me ao ensino ministrado utilizando certo
manual de laboratrio padro. Sob o ttulo "Apndices" encontra-se:
Os apndices da lagosta compreendem excelente material para o estudo do fundamento da
Homologia de Srie - a modificao estrutural de uma srie de rgos originalmente semelhantes,
servindo a diferentes propsitos. Comeando com a segunda antena, todas elas so variaes de um
tipo comum bifurcado (ilustrado pelo terceiro apndice abdominal) consistindo de um segmento
basal, o protopdito, e duas ramificaes, uma externa, o exopdito, a outra interna, o endopdito
(21).
V-se aqui, ento, o princpio de Homologia de Srie expresso praticamente da mesma maneira que
Darwin e posteriormente Huxley o abordaram. O manual do laboratrio amplamente utilizado e
aceito em muitos cursos superiores de Zoologia e Biologia. Apesar de no divergir dos zoologistas
que se propem a dar nome s partes do apndice bifurcado da lagosta, tenho objees com relao
s atitudes dogmticas que os autores exprimem a respeito da maneira como tais modificaes
podem ter-se originado. Como Huxley, apontam eles "exatamente" para as modificaes que se
realizaram, e para a maneira em que se deram. Isso , de fato, pura suposio, e deveria assim ser

reconhecido. Apesar de o manual do laboratrio no afirmar especificamente que a Homologia de


Srie devida evoluo, os estudantes prontamente tiram tal concluso.
O espao no permite uma reviso extensiva das obras, que desde Darwin at Huxley, serviram
como contraposio crescente aceitao da evoluo como nica explicao para a Homologia,
contudo talvez possa ser dito com certeza que elas apelavam ao argumento do planejamento (22,
23, 24). Basta dizer que alguns dos perigos que elas previram com relao aceitao da evoluo
pelos estudantes secundrios so essencialmente semelhantes aos de que se fala hoje, e que
constituem a razo bsica para a publicao deste artigo.
A dificuldade reside no fato de existir muito pouca literatura com o
ponto de vista criacionista, sendo os estudantes secundrios
geralmente muito pouco preparados, mesmo a respeito das
evidncias da evoluo. Isso me leva, ento, considerao de
alguns livros didticos de nvel secundrio, populares e
extensamente aceitos, e ao seu contedo no que diz respeito
Homologia.

Considerao de textos escolares


Um livro hoje amplamente utilizado nas escolas secundrias de todo o pas "Biologia Moderna".
Desde meu retorno dos campos missionrios da Sua e da Alemanha em 1953, tenho observado
com interesse as vrias alteraes que tomaram lugar nas sucessivas edies desse livro to
conhecido. Estou certo de que poucos pais, e talvez menos professores ainda, tm-se dado conta das
alteraes especficas efetuadas desde a morte de Paul B. Mann e Truman J. Moon, respectivamente
autor e co-autor da obra. James H. Otto o nico membro da equipe de autores ainda vivo.
A edio de 1956, a ltima em que Mann contribuiu, apresentava uma afirmao relativamente ao
fato de que "nada existe em toda a Cincia que de qualquer maneira se oponha crena em Deus e
religio" (25). Isso foi completamente omitido das duas edies sucessivas, de 1963 e de 1965.
De fato, no posso afirmar com certeza, mas imagino que o Dr. Mann era uma pessoa religiosa, e
que com o seu falecimento foi fcil suprimir a afirmao acerca de Deus e a religio, por isso ser
ofensivo a muitos Educadores. Qualquer meno desse gnero geralmente omitida dos textos
modernos de Biologia.
Outra razo pode bem ser que, da maneira como a Cincia ensinada hoje em dia, h muito que
realmente se ope crena em Deus e religio! Se isso no for verdade, ento por que tantos
jovens estudantes secundrios levantam tantas objees Bblia e contra Deus quando lhes falo
sobre o ponto de vista criacionista? Creio que a doutrina que se ope a Deus - a evoluo - est
dentro de nossas escolas, e a Bblia est fora, e no sou o nico cientista dessa opinio!
A edio de 1956 de "Biologia Moderna" continha um captulo sobre "O mutvel domnio da vida"
no qual cerca de sete "evidncias" eram oferecidas como prova da evoluo; isso tudo estava
includo na parte final do livro, de tal modo que o professor poderia omitir o captulo, se o
desejasse. As "evidncias" apresentadas eram: l - fsseis; 2 - estruturas homlogas; 3 - estruturas
vestigiais; 4 - embriologia; 5 - distribuio geogrfica; 6 - resultados de cruzamentos; e 7 - gentica

experimental. O homem fssil no era nem mencionado nem apresentado nessa edio!
Na edio de 1963 foi adicionado um captulo sobre "A Estrutura do Corpo Humano", e nesse
captulo foram includos os "homens fsseis", com reconstrues imaginrias! (26) A edio de
1965 veio a lume ampliada, bem como com a apresentao da evoluo. O ttulo do captulo "O
mutvel domnio da vida" tornou-se "Variao Orgnica", e surgiu um captulo inteiro sobre a
"Histria do Homem". No se diga que as edies de "Biologia Moderna'' no ensinam a evoluo!
Com toda honestidade, deve ser reconhecido que os autores ainda incluem algumas afirmaes
adequadas quanto teoria da evoluo de Darwin, dizendo: "Nas suas linhas gerais ela
geralmente aceita, se bem que falhe na explicao de todos os fatos conhecidos".
Tratamento da Homologia
A Homologia discutida praticamente da mesma maneira em todas as trs edies, apresentando-se
as mesmas figuras, embora tenha havido alterao na sua legenda (Figura 1). dito o seguinte
sobre Homologia:
Tanto nas plantas quanto nos animais encontram-se partes que evidentemente so de origem e
estrutura semelhante, apesar de poderem estar adaptadas para funes diferentes em diferentes
espcies. Essas partes so chamadas de estruturas homlogas ... os ossos da asa dos pssaros, da
perna dianteira do cavalo e da nadadeira da baleia so to semelhantes em sua estrutura, que,
com mnimas excees recebem os mesmos nomes (27).

Figura 1 - "rgos vestigiais no funcionais so comuns entre os animais, e constituem


uma fonte de evidncias de que a vida evoluiu no decorrer do tempo"
("Modern Biology", Moon, Otto e Towle, 1963, Holt, Rinehart e Wiston, Nova York, p. 14.)
Usado com permisso do editor
Novamente permito-me repetir que semelhanas em plantas e animais no indicam necessariamente
descendncia de um ancestral comum; poderiam, da mesma maneira, resultar de um projeto ou

planejamento comuns. O que chamado de adaptao pelos evolucionistas mantido pelos


criacionistas como evidncia de planejamento, com o mesmo rigor cientfico. Os fatos acerca das
semelhanas so os mesmos para ambos; a sua interpretao que se torna diferente, e isso
realmente ser sempre subjetivo.
Respondendo semelhana nos nomes dos ossos, deve ser reconhecido que isso exatamente o que
se devia esperar no caso de um planejamento dos vrios animais por um ser inteligente.
Reconheamos, tambm, que nenhum anatomista se enganaria tomando o rdio ou o cbito de um
pssaro pelos de um co ou outro animal qualquer. H considerveis diferenas, embora o esquema
seja o mesmo.
As edies do "Biologia Moderna" gozam de grande prestgio em todo o pas, e so usadas
avidamente por muitos professores de Biologia. Como livro-texto, dentre os que so mais
difundidos, talvez seja ele o menos questionvel com relao "propaganda" da doutrina da
evoluo. Apesar disso, nenhum professor ou aluno deveria sequer pensar que suas pginas no
ensinem a evoluo. Realmente, a doutrina da evoluo permeia o texto que ser lido e estudado
pelos jovens, e com a adio dos dados sobre "evidncias" antropolgicas da ascendncia do
homem, talvez ele tenha se tornado to completo quanto qualquer outro livro-texto.
Nas mos de um hbil professor que tenha aceito a histria da evoluo como apresentada no texto,
ele pode tornar-se uma demonstrao bastante convincente. Nas mos de um professor que deseje
apresentar ambos os lados da controvrsia evoluo vs. criao, ele pode servir para mostrar porque
os autores geralmente so cautelosos em no valorizar muito qualquer das "evidncias".
Talvez precisemos, portanto, esclarecer inicialmente nossos professores primrios e secundrios,
porque aquilo que eles crem e aceitam como fundamento cientfico exatamente o que por sua vez
passaro a ensinar a outros. Eu leciono para alunos que se especializam em Educao na Escola
Primria, bem como para alunos de Biologia Geral que se dedicaro posteriormente ao ensino, e
tenho notado em minha experincia prpria que os jovens que cursam as faculdades planejando
tornarem-se professores, geralmente so muito pouco preparados para enfrentar essa questo.
Muitos no percebem sequer que haver um conflito, nas suas aulas, entre o que o Estado exige
para ser usado como livro didtico e (se forem de convico criacionista) aquilo em que
pessoalmente acreditam. Se j forem de convico evolucionista, isso se deve a terem ouvido o
suficiente para convenc-los quanto a algumas das suas amplas generalizaes, porm sem
pormenores suficientes para indicar a natureza ilusria dos seus argumentos, como por exemplo no
caso da Homologia. Os fatos a esto para serem vistos, mas o significado desses fatos objeto da
avaliao subjetiva de cada um.
Como j escrevi em outro artigo (28), os professores de Biologia no David Lipscomb College
analisam as pretenses da evoluo perante cada classe sob nossa superviso. Ressalto que antes de
se reconhecer uma doutrina falsa, torna-se necessrio conhec-la!
Passo agora a considerar outros livros didticos de Biologia amplamente adotados no curso
secundrio, a saber, os trs livros textos do BSCS (Biological Sciences Curriculum Study),
iniciativa do American Institute of Biological Sciences visando ao melhor ensino de Biologia, e
produzido sob a superviso imediata do Diretor, Arnold B. Grobman, da Universidade do Colorado,
em Boulder.
Refiro-me, de fato, s Verses Verde, Amarela e Azul, da srie BSCS, cada uma das verses
publicada por uma editora diferente. Farei citaes de cada uma delas tendo em vista a maneira de

apresentao do tema geral da evoluo, e da Homologia em particular.


(Em conferncias que realizei no vero passado na regio de Denver, tive o privilgio de falar com
dois dos autores da Verso Verde, ambos professores secundrios. Um deles espontaneamente
declarou que estava bastante desapontado e muito ressentido com algumas das audaciosas hipteses
feitas no livro; o outro admitiu que "talvez algumas afirmaes fossem algo irrazoveis").
Verso Verde da Srie BSCS
A Verso Verde talvez a menos questionvel das trs ao advogar a evoluo como um fato, pois
apresenta uma abordagem ecolgica. Porm, como ressaltei para um dos autores que contribuiu
para essa verso, dificilmente fica coerente com uma total objetividade cientfica "instilar" a
doutrina da evoluo logo no primeiro captulo (realmente, na pagina 19, onde se considera a
interdependncia da vida, e onde os dinossauros so utilizados para indicar vrios tipos de
consumidores!). Especialmente fao objeo mistura de afirmaes pouco adequadas e
completamente autoritrias como a seguinte:
A Figura 1-12 d uma impresso do que poderia ter-se passado h cerca de 180 milhes de anos,
quando os dinossauros eram os maiores seres viventes. A maior parte dos atores desta cena
desapareceu; outros evoluram e abandonaram as suas partes. Entretanto, os processos foram
contnuos (29).
verdade que a legenda da Figura 1-12 lamenta o fato de que "o inter-relacionamento mostrado
nesta figura no to certo" como o de uma figura precedente utilizando organismos existentes
atualmente. Contudo, condeno o mtodo aqui usado de supor a evoluo como j demonstrada e
forar os jovens a aceitar afirmaes como "outros evoluram" sem ter sido dado o menor indcio de
evidncia para a teoria pressuposta.
De fato, a nica evidncia ressaltada no livro a dos restos fsseis, discutidos extensamente no
captulo sobre "Configuraes da Vida no Passado". A teoria de Oparin sobre a origem da vida
encaixada neste captulo sob o ttulo "A vida primitiva - o pr-cambriano". adotada, a idia de
predadores ou "consumidores" como os primeiros seres vivos, embora seja essa idia considerada
como "singular", pois os produtores so supostos constituir a base primria de todos os processos
vitais! Os autores dizem que a teoria de Oparin simplifica as coisas; mais fcil imaginar como se
iniciou a vida do que imaginar como se iniciou a fotossntese! Independentemente da veracidade
dessa afirmao, a hiptese heterotrfica ai est endossada vigorosamente!
No achei nesse livro nenhuma referncia direta Homologia como "evidncia" para a evoluo,
mas no captulo sobre "O Animal Humano" feita uma referncia ao fato de que o homem pode
ficar em p, andar e correr nessa posio sobre suas pernas. Essa condio, diz o autor, deixa as
suas mos livres para manipular e carregar coisas - e isso envolve muitas modificaes anatmicas.
Entretanto, quais so essas modificaes ou como surgiram, no apresentado.
So dadas algumas diferenas distintivas entre o animal humano e os seus contemporneos mais
prximos, os smios. Uma diferena que a cabea fixa coluna vertebral, de tal modo que o
homem pode olhar para a frente quando estiver em p. No mesmo captulo descrita e discutida a
chamada evidncia fssil do homem, sob o ttulo "Tornando-se Humano".
Duvido que um jovem, de idade condizente com o ano em que esse assunto abordado na escola,
no visse imediatamente que h um conflito direto entre o que ele ouve no domingo nos plpitos, e
o que o professor ensina durante a semana nas aulas de Biologia. A dvida torna-se assim a sua

aterradora e miservel companheira.


No admira, portanto, que o relato bblico da origem do homem seja desacreditado e que o
evangelho seja anulado, porque o que se ensina supostamente "cientfico"! Se qualquer aluno
ousar levantar alguma dvida concernente a esse conflito, -lhe oferecida a alternativa da "evoluo
testa", como tantos jovens professores de Biologia dizem quando argidos. Essa a maneira pela
qual "Deus o fez", dizem eles.
Apelo para mais ateno por parte dos pais
Quantos pais sabem realmente que tais coisas como essas se encontram nos livros-textos de
Biologia dos seus filhos que estudam no curso secundrio, e quantos poderiam dar alguma resposta
s suas perguntas cheias de dvida? De fato, quantos pregadores mesmo o poderiam? Conheo uns
poucos que esto bem preparados para "responder a qualquer que pea a razo de nossa f", nesse
campo cientfico.
A propsito, essas questes poderiam ser respondidas tivesse o estudante um exemplar do livro de
autoria de Rita Rhodes Ward, intitulado "No Princpio" (30). Onde quer que eu v, incentivo os pais
e dirigentes da Igreja a pr um exemplar desse livro nas mos de cada jovem, porm para alguns
parece que a salvao da f de um jovem por ocasio das suas dvidas no vale o preo de $1,25! E
essa a tragdia toda - no s a cincia na berlinda, mas tambm a f!
Um exemplar da Introduo de Thompson para "A Origem", mencionado anteriormente, poderia
tambm ajudar a manter um rapaz ou uma moa em um firme fundamento! Estou ainda por achar
um volume desses nas estantes de uma biblioteca de escola secundria, ou de qualquer biblioteca
paroquial! Apesar disso, l esto literalmente dezenas de livros escritos sob o ponto de vista
evolucionista, inclusive a Srie da Natureza, da Life, todos com belas ilustraes coloridas.
Poderamos fazer algo mais para ver livros escritos sob o ponto de vista criacionista colocados ao
alcance dos jovens estudantes do curso secundrio?
Um jovem professor em Dauville, Illinois (graduado na Universidade de Illinois, com um ttulo de
M.A. e alguns anos de experincia no ensino de Cincias) faz igual apelo aos pais e educadores
simultaneamente:
Este livro no foi escrito para discutir a histria da teoria da evoluo ou o nmero de homens que a
promoveram atravs dos anos. Volumosos livros tm sido escritos sobre o assunto por diversos
eruditos. Infelizmente, a maior parte deles a favor da evoluo! Quase todos os livros de Biologia
ou Cincias contm alguns pensamentos sobre o assunto, de tal forma que o aluno mdio de hoje
exposto a essa teoria desde o ano em que ingressa na sexta srie da escola fundamental (nfase
acrescentada - A evoluo est, mesmo agora, sendo deslocada para as sries anteriores, sendo em
alguns lugares ensinada j na segunda srie - O Autor). Minha principal crtica a esse fato que os
alunos no tm oportunidade de ler bibliografia apresentando a histria bblica da Criao. O aluno
que proteste contra a apresentao da evoluo no seu livro didtico, no tem nenhuma informao
com que combater os pontos de vista nele apresentados, nem os de seu prprio professor. Muitos
so soterrados pelas chamadas "evidncias" que apoiam a evoluo. O resultado freqentemente
trgico (nfase acrescentada). A f infantil na Bblia abalada e a pessoa deixada a afundar-se,
sem saber de onde obter auxlio. As enciclopdias falham neste ponto, como tambm a maior parte
dos livros de referncia. (Nota do Autor - A razo para isso que os prprios autores so
evolucionistas convictos, no sendo usualmente objetivos o suficiente para destacar qualquer outro
ponto de vista. Entretanto, o World Book Encyclopaedia- edio de 1967, vol. 6, pginas 330-334,
largamente usada pelos alunos, tem um muito bom tratamento do assunto, escrito por um
evolucionista, Carrol Lane Fenton). No conheo nenhuma obra de referncia, normalmente usada

nas escolas, que chegue sequer a mencionar o relato bblico da Criao. Infelizmente, muitos
ministros no so capazes de responder ao desafio dos textos, nem de aconselhar ao jovem
necessitado (31).
Embora eu acredite que essa realmente a situao, certamente os
prprios jovens devem ser recriminados. Tenho achado muito
poucos que realmente conhecem algo a respeito das "evidncias";
a maior parte das minhas aulas freqentemente tomada para
dizer-lhes aquilo que j deveriam saber.

Verso Amarela da Srie da BSCS


A Verso Amarela da Srie da BSCS apresenta uma abordagem bastante diferente, partindo de dez
temas bsicos da Biologia, o primeiro dos quais "Mudana dos seres vivos atravs do tempo:
evoluo". Esses temas bsicos j foram examinados completa e adequadamente em um artigo
prvio do "Creation Research Society Quarterly", por Rita Ward (32) , mas merece ser repetido aqui
o exame do primeiro tema.
A evoluo introduzida nessa verso da seguinte maneira: Um ttulo afirma "Igual produz igual",
mas em seguida invocada a evidncia fssil para mostrar que no decorrer do tempo os primeiros
organismos "alteraram-se para se tornar os animais e plantas de hoje. Isto evoluo, antes
ardentemente debatida, mas hoje uma teoria bem estabelecida" (33).
A autoridade dos especialistas apresentada na afirmao: "A tremenda variedade de espcies de
plantas e animais vivendo hoje na Terra uma conseqncia da evoluo - cada espcie tornando-se
modificada para viver de seu prprio modo" (34). Eu pesoalmente creio que to igualmente
"cientfico" argumentar que cada organismo foi planejado para viver de seu prprio modo, e que os
ajustes e acomodaes necessrios para a vida so muito bem ilustrados em criaturas tais como o
ornitorrinco e muitos outros.
Tive a minha ateno voltada para uma afirmao na pgina 9 da Verso Amarela na qual os autores
dizem que um dos objetivos humanos na Biologia , entre outros, "compreender as origens da vida
e nos libertar de supersties e temores". Apesar disso, aps um completo tratamento da
controvrsia sobre a gerao espontnea ter sido dado no Captulo 2, so apresentadas as
surpreendentes afirmaes, permita-se ressaltar, para apoiar a superstio da gerao espontnea:
Todos os biologistas competentes so partidrios da biognese, aceitando o ponto de vista de que na
Terra hoje a vida provm s de vida. ... Sabemos que houve tempo em que na Terra no havia vida,
que a vida apareceu posteriormente. Como? Julgamos que foi por gerao espontnea! (Pgina 42,
nfase adicionada).
Todo o captulo 36 devotado exposio da hiptese heterotrfica e da teoria de Oparin. Um
subglobo de protoplasma invocado como sendo um dos passos nesse tipo de "pensamento
especulativo", havendo tambm diversas referncias a uma "fina sopa quente". Todos esses
argumentos tm sido adequadamente respondidos em publicaes prvias desta Sociedade, bem

como em outras publicaes.


Quanto Homologia, a Verso Amarela oferece como "prova" da evoluo com as seguintes
palavras:
Durante o curso da evoluo, as estruturas dos vrios descendentes do ancestral comum tornam-se
cada vez mais diferentes. Em muitos casos, entretanto, permanece ainda alguma evidncia de
semelhana. Assim, a asa do morcego, o brao do homem e a nadadeira da baleia, todos apresentam
a mesma base estrutural, a despeito da sua dissemelhana superficial. ... Esse tipo de
relacionamento chamado de Homologia .. .(35).
Como "prova" da hiptese de que a semelhana somente pode ser conseqncia da evoluo,
invoca-se a idia dos "rgos vestigiais". A lista de rgos inclui o apndice humano, que os autores
dogmaticamente afirmam "no ter nenhuma funo importante" e ainda que ele tem sido "removido
de milhares de pessoas sem efeitos danosos" (pgina 607).
Pergunto se, por que um dos pulmes de uma pessoa com cncer pulmonar pode ser removido sem
efeitos danosos, isso pode realmente tornar o rgo "sem utilidade"? So discriminados rgos
vestigiais para outros animais, como os "vestgios" dos membros posteriores das baleias, os
membros traseiros ancestrais da jibia, e as asas vestigiais do "kiwi". Penso que Thompson j deu a
resposta, citada anteriormente neste artigo, para todos esses argumentos. Da mesma maneira,
Dewar insistiu no fato de que a falta de rgos "nascentes", que deveriam tornar-se teis, representa
um formidvel obstculo a esse tipo de raciocnio!
Os autores dessa Verso encerram o captulo sobre Homologia com a seguinte pergunta, na pgina
607 - "De onde provm essa maravilhosa unidade e semelhana, que se torna evidente ...?"
Admitem eles "Certamente no precisaria surgir porque todos descenderam de um ancestral comum
..." Mas como "em nossas experincias todos os organismos herdam as suas caractersticas dos seus
ancestrais, a evoluo uma maneira de explicar a unidade ou o plano bsico combinado com a
diversidade de detalhes". O apelo Gentica Moderna para apoiar aquilo que as hipteses na
Homologia parecem indicar, deve falhar, pois ainda verdade que igual gera igual. No so
mencionados quaisquer outros pontos de vista!
Verso Azul da Srie da BSCS
A ltima edio da Verso Azul da Srie da BSCS, "Das Molculas ao Homem", no deixa dvidas
quanto ao uso todo permeante da evoluo, atravs destas brilhantes palavras:
De todas as teorias que se estudem na Biologia, a teoria da evoluo ocupa um lugar singular. ela
o mais abrangente dos grandes princpios unificadores da Biologia. Abrange tamanha poro dos
fundamentos da Biologia, que a Cincia dificilmente poderia ser compreendida sem ela ... Atravs
deste livro tornar-se- evidente que a teoria da evoluo mediante a seleo natural a mais
importante estrutura da moderna Biologia (36).
Nas "Notas da Edio do Professor" consta esta afirmativa, que parece ser mais adequada do que a
da edio previa (1963) com relao aceitao da evoluo como um fato. Creio que seria bom
vermos por ns mesmos essa afirmao:
Embora a idia de evoluo seja uma idia relativamente nova para muitos estudantes do curso
secundrio, alguns enfrentaro o assunto com preconceitos, muitos dos quais agiro como uma
barreira prpria compreenso da evoluo. Os autores sentem que a evoluo deveria ser definida
simplesmente como "descendncia com modificao", desde que a hiptese bsica na teoria

evolucionista que os organismos vivos de hoje so formas modificadas dos seus ascendentes.
Desde que o estudante compreenda essa hiptese fundamental, desaparecero muitas das suas
reservas preconcebidas sobre a evoluo. Compreender ele que a evoluo no um fato, mas
uma teoria cientfica proposta para descrever certas observaes (37).
E apesar disso, novamente mencionada nas notas do Professor a verdadeira abordagem da
evoluo pelos autores, como um princpio unificante. Os autores lamentam no ser dada nenhuma
lista enciclopdica das "evidncias" da evoluo. O registro fssil, declaram, somente um dos
"tipos de evidncia em apoio", entre os quais descrita a Homologia.
Na minha opinio, as absurdas asseres da primeira edio da Verso Azul foram algo
"amortecidas" nesta ltima edio, embora o conceito de Homologia seja dado de maneira bem
definida. Pouco tem ele sido alterado desde os tempos da exposio de Darwin sobre o mesmo, e
essa foi a razo pela qual iniciei o artigo com Darwin, apesar de hoje ser somente de importncia
histrica.
No captulo sobre os sistemas sseo e muscular, encontramos uma declarao bastante extensa
referente Homologia. Toda essa matria sobre semelhana no se encontrava na edio prvia.
Uma ilustrao na nova edio mostra semelhanas essenciais entre o andar, o nadar, o cavar e o
manusear com o membro dianteiro de tipos bsicos de vertebrados. Os autores escrevem:
Os ossos dos membros dianteiros de vrios vertebrados so comparados na Figura 24-5. primeira
vista voc poderia pensar que os membros dianteiros esquerdos da salamandra, do crocodilo, dos
pssaros, do morcego, da baleia, da toupeira e do homem fossem muito diferentes. ... Esses
membros so usados para atividades diferentes: andar, voar, nadar, cavar e manusear. Mesmo assim,
se voc olhar mais detidamente, voc ver que os ossos desses membros so notavelmente
semelhantes. ... Pensa-se que tais semelhanas existam porque esses vertebrados descendem de um
ancestral comum. (nfase acrescentada). ... Supe-se que os organismos com estruturas mais
semelhantes so mais proximamente relacionados do que os que tm estruturas menos semelhantes
(38). (nfase acrescentada).
Nas "notas para o estudante" cuidadosa e inteligentemente acrescentadas s pginas do livro (eu
realmente recomendo esse mtodo!) h uma referncia ao fato de que esses so exemplos de
Homologia, mas as palavras "homlogo" e "anlogo" que tanto trabalho do aos evolucionistas, no
so jamais usadas nesta seo. No fui capaz de achar o tpico relativo aos rgos vestigiais
mencionados no texto, o qual pelo menos no ndice garanto que no consta.
Comparao final
Antes de concluir este artigo desejo apresentar algo sobre semelhana no ensino da Homologia em
textos estrangeiros. Trata-se de um livro didtico amplamente adotado nos pases europeus de
lngua alem. a "Biologie" de Lindner, livro usado no Ginsio (ou "Hochschule"), em nvel pruniversitrio. Achei esse livro adotado na Universidade de Zrich, Sua, e chamo a ateno para
este pequeno trecho.
"rgos que demonstram a mesma configurao bsica e a mesma posio em relao ao todo em
diferentes grupos de animais ou plantas so chamados de rgos homlogos ... o seu plano bsico
comum somente pode ser explicado por apontar para a descendncia de um ancestral comum" (39).
O apelo tpico ao plano bsico em apoio evoluo novamente feito aqui. A frase "somente pode
ser explicado ... pela descendncia de um ancestral comum" relembra algo da petulante observao

de Dobzhansky: "De outra maneira, eles no tem sentido!"


Certamente nosso livro didtico "A Search for Order in
Complexity", a ser publicado pela Creation Research Society,
prestou Biologia um grande servio expondo essas falsas
assertivas da Homologia como "prova" da evoluo e mostrando
que as semelhanas podem ser devidas to facilmente a um grande
Intelecto. A determinao de os organismos serem ou no
intimamente relacionados entre si, com base nos rgos
homlogos, fundamentada em consideraes subjetivas e no
somente em meios experimentais.
Referncias
(1) Keeton, William T. 1969. Elements of biological science. W. W. Norton Co., New York. pp.
393-4.
(2) Shute, Evan. 1968. Flaws in the theory of evolution. Presbyterian and Reformed Publishing
House, Philadelphia, Penn.
(3) Keeton, Op. cit., p. 393.
(4) Dewar, Douglas. 1938. More difficulties of the evolution theory. Thynne and Co., London. p.
25.
(5) Ibid., p. 25.
(6) Darwin, Charles. 1956. The Origin of Species. J. M. Dent and Co., London. p. 413.
(7) Clark, R. E. D. 1948. Darwin, before and after. Pater-noster Press, London. pp. 32-40.
(8) Darwin, C. Op. cit., pp. 414-5.
(9) Ver Symposium of the American Scientific Affiliation. 1950. Modern science and Christian
faith. Van Kampen Press, Wheaton, Ill.
(l0) Darwin, C. Op. cit., p. 415.
(11) Thompson, W. R. 1956. Introduction (in) The origin of species. J.M. Dent and Co., London. p.
XV.
(12) Rusch, Wilbert, Sr. 1966. Analysis of so-called evidences of evolution. Creation Research
Society Annual. 3:7-8.
(13) Darwin, Op. cit., p. 415.
(14) Loc. cit.
(15) Clark, R. E. D. Op. cit., pp. 175-6.
(16) Biological Sciences Curriculum Study. 1963. Biological science, an inquiry into life. Yellow
Version. Harcourt, Brace and World. Inc., N. Y. p. 460.
(17) Artist, R. C. 1962. Textbook of biology for Christian colleges. Book 3. Impresso privada.
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(18) Ramm, Bernard. 1955. The Christian view of science and Scripture . Wm. Eerdmans, Grand
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(19) Eclesiastes 3:18-21. Traduo da King James Version.
(20) Huxley, T. H. 1898. Discourses biological and geological. Appleton Co., New York. pp. 200201.
(21) Wodsedalak, J. E. e H. L. Dean. General biology laboratory guide. Wm. C. Brown Co.,
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(22) Fairhurst, A. 1897. Organic evolution considered. Standard Publishing Co., Cincinnati, Ohio.
(25) Temple, Frederick. 1884. The relation between science and religion. McMillan Co., N.Y.
(24) Elam, E. A. (Editor). 1925. The Bible vs. theories of evolution. Gospel Advocate Co.
(25) Moon, T. J., Paul B. Mann, and James H. Otto. 1956. Modern biology. Holt & Co., New York.
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(26) Moon, T. J., James H. Otto, and Albert Towle. 1963. Modern biology. Holt, Rhinehart and
Winston, N. Y.
(27) Otto, James H. and Albert Towle. 1965. Modern biology. Holt Rhinehart and Winston, N. Y. p.
182.
(28) Artist, R. C. 1963. The Tennessee anti-evolution law, Journal of the American Scientific
Affiliation, 15:77-78.
(29) Biological Sciences Curriculum Study. 1963. High School Biology, Verso Verde. Rand,
McNally Co., N.Y. p. 19.
(30) Ward, Rita Rhodes. 1965. In the beginning. Sentinel Publishing Co., Lubbock, Texas.
(31) Riegle, David. 1962. Creation or Evolution? Zondervan Publishing Co., Grand Rapids, Mich.
p. 5.
(32) Ward, Rita Rhodes. 1965. A critique of the BSCS biology books. Creation Research Society
Quarterly, 2:5-8.
(33) Biological Sciences Curriculum Study. 1963. Biological science: an inquiry into life. Verso
Amarela. Harcourt, Brace and World Inc., N. Y. p. 7
(34) Loc. cit.
(35) Ibid., p. 607.
(36) Biological Sciences Curriculum Study. 1969. Biological sciences-molecules to man. Verso
Azul. Houghton, Mifflin Co., Boston. p. 84.
(37) Ibid., p. 11.
(38) Ibid., p. 608.
(39) Lindner, Hermann. 1949. Biologie. Metzlersch. Buchhandlung. Stuttgart. Germany. p. 310.
ESTRUTURA DAS PROTENAS
(Esta Nota foi acrescentada primeira edio deste nmero da Folha Criacionista)
A revista da Creation Research Society de junho de 1968 apresentou uma interessante notcia
sobre o artigo de R. Bernhard publicado em 1967, no peridico Scientific Research n 11, vol. 2, p.
59, com o ttulo Heresy in the halls of Biology - Mathematicians question Darwinism. Nele, o
autor trata da estrutura das protenas, em termos de polipeptdeos.
Levando em conta a anlise combinatria, o nmero terico das protenas possveis estimado em
cerca de 10325, mas existem evidncias de que muito poucas delas sejam de utilidade para manter
os seres vivos.
Um exemplo de protenas teis o das cadeias alfa e beta da hemoglobina humana A. As cadeias,
ao serem dispostas as protenas para efeito de comparao, mostram a concordncia da
composio e estrutura em 61 locais, discordncia em 76, e a existncia de nove hiatos. Pode ser
alegado que uma das cadeias tenha evoludo da outra, e que isso tenha ocorrido a partir de
mutaes na seqncia de nucleotdeos no DNA. Dentre os 76 locais nos quais as cadeias diferem,
42 exigiriam a mutao de um nucleotdeo no DNA, 33 exigiriam duas alteraes, e 1 exigiria
duas. Tudo isso, juntamente com os nove hiatos, totaliza 120 "pontos de mutao" necessrios para
se passar da cadeia alfa para a cadeia beta.
Por outro lado, quando se pesquisa a distribuio dos aminocidos ao longo das cadeias, verificase que existe uma diferena mdia de somente 1 a 0,5 por tipo de aminocido, o que seria
inacreditvel se uma cadeia tivesse se transformado na outra por um processo que contivesse
somente 120 etapas. Para os criacionistas, se isso tivesse acontecido na realidade, seria bvio que
algo estaria direcionando o processo!
Na realidade, no existem evidncias de que processos de baixa probabilidade possam ter levado

ao estabelecimento de populaes de espcies estveis a cada 10.000 ou 1.000.000 de anos. No


existem processos naturais com to baixas probabilidades, e requerendo to grandes intervalos de
tempo para se estabilizarem. E, se por acaso existir algum na rea da geologia ou da astronomia,
certamente no decorre somente de simples eventos ao acaso.
De um ponto de vista estritamente termodinmico, pode ser ressaltado que a cintica e o equilbrio
dos sistemas bioqumicos caracterizam-se por dois aspectos extraordinrios: uma alta
probabilidade para a existncia de formas biologicamente funcionais, e um tempo bastante rpido.
O sistema gentico no somente um mapa - uma receita cuidadosamente escrita para produzir
um organismo - mas tambm um algoritmo, um procedimento generativo minimizado. Se o
sistema gentico for um algoritmo, a linguagem em que est escrito dever ter um alfabeto e, nessa
analogia, impossvel que a linguagem fosse alterada por mudanas aleatrias nas letras do
alfabeto, e ainda conseguisse manter sua consistncia.

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