Relatório de Estágio Acadêmico
Relatório de Estágio Acadêmico
Relatório de Estágio Acadêmico
NOVA CRUZ
2015
NOVA CRUZ
2015
SUMRIO
1. INTRODUO........................................................................................................ 04
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 05
2.1. CARACTERIZAO DO CAMPO DE ESTGIO SUPERVISIONADO .........06
2.2. A ED. FSICA ESCOLAR NA CIDADE E ESCOLA OBSERVADA ...............11
2.3. AS AULAS NO ESTGIO SUPERVISIONADO II ............................................12
2.3.1. CARACTERIZAO DAS TURMAS ..............................................................12
2.3.2. PRTICA DO PROFESSOR COLABORADOR ..............................................13
2.3.3. DOCNCIA DO ESTAGIRIO ........................................................................14
2.4. A AO COLABORATIVA E OUTRAS EXPERINCIAS ..............................16
3. CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 18
4. REFERNCIAS.........................................................................................................19
5. APNDICE .............................................................................................................. 20
6. ANEXOS .................................................................................................................. 22
7. FOTOS ..................................................................................................................... 26
1. INTRODUO
Este relatrio tem por objetivo sistematizar e analisar as informaes coletadas durante
os meses de maro a maio do ano de 2015, no Colgio Hipcrates Zona Sul, Natal/RN.
Durante o tempo de competncia e seguindo a estrutura curricular da disciplina Estgio
Supervisionado II do curso de Licenciatura em Educao Fsica da UFRN, foram observados,
portanto, o que concerne aos processos de ensino-aprendizagem, prticas pedaggicas e aos
modos de atuao administrativa da escola.
Baseado num roteiro de caracterizao da escola seja por meio da estrutura fsica, seja
por meio das dinmicas socioculturais, perpassando um esquema de questes e
problematizaes referentes ao processo de ensino-aprendizagem, este relatrio tem como
finalidade possibilitar uma viso ampliada sobre o ensino realizado no contexto escolar, num
prisma da rede privada, definindo e repensando prticas e solues para a melhoria do ensino.
Ainda ser possvel repensar a formao do educador neste processo e rever sua posio na
construo e no desenvolvimento de uma sociedade melhor.
O
estgio
supervisionado
parte
da
proposta
da
disciplina
ESTGIO
SUPERVISIONADO II, Cdigo: DEF 1012, com Carga Horria de 150 horas, divididas em
percentual de 40% em laboratrio e 60% em estudos, sendo obrigatrio para obteno da
Licenciatura.
O estgio tem por objetivo:
Importncia das atitudes e comportamentos dos pais na relao com seus filhos;
Benefcios esperados:
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Segundo Paulo Freire: A escola deve ser um local tanto de elaborao e construo
do conhecimento e organizao poltica das classes populares, quanto da solidariedade de
classe; um espao onde se incentive a participao do povo na criao do saber, que
instrumento de luta na transformao da histria; um centro irradiador de cultura, para que a
comunidade no s se aproprie dela, mas tambm a recrie, ou seja, a escola precisa ter uma
viso fundamentada na participao de todos.
Os objetivos gerais e especficos de todas as disciplinas, encontram-se elencados no
Plano Poltico Pedaggico, entretanto, a parte observada, diz respeito disciplina Educao
Fsica.
Com base no Projeto Pedaggico Poltico, os alunos da disciplina de Educao Fsica
devem participar de atividades de natureza relacional, onde haja o respeito as caractersticas
fsicas e de desempenho motor individual, com adoo de atitudes de respeito mtuo,
dignidade e solidariedade na prtica dos jogos, lutas e dos esportes.
Ainda segundo o PPP, o aluno dever participar de atividades corporais, valorizando,
respeitando e desfrutando da pluralidade de manifestaes cultural corporal, onde o mesmo
dever reconhecer-se como integrante do ambiente para poder organizar e interferir no espao
de forma autnoma bem como reivindicar locais adequados para promover atividades
corporais de lazer reconhecendo-as como uma necessidade bsica do ser humano e um direito
do cidado.
Os contedos da disciplina no Projeto esto organizados em trs blocos, que devem
ser desenvolvidos ao longo do ensino fundamental, sendo esses trs blocos articulados entre
si, com vrios contedos em comum, mas que guardam suas especificidades.
As Atividades rtmicas e expressivas tm como caracterstica comum a inteno de
expresso e comunicao mediante gestos e a presena de estmulos sonoros como referncia
para o movimento corporal, nos esportes sero adotadas regras de carter oficial e
competitiva, organizadas em confederaes que regulamentam a atuao amadora e
profissional, nos Jogos por possurem flexibilidade maior nas regulamentaes, sendo
adaptadas em funo das condies disponveis.
As lutas sero caracterizadas por regulamentao especfica, a fim de punir atitudes de
violncia ou deslealdade, a Ginstica, trabalhar a tcnica corporal que assume carter
individualizado, servindo de base para outras modalidades como relaxamento, manuteno ou
recuperao da sade, como forma recreativa ou competitiva, podendo envolver ou no
materiais e aparelhos, podendo ocorrer em espaos fechados, ao ar livre ou na gua.
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12
DIAS
Segundas e quartas
Quartas e sextas
HORRIO
12:30 s 14:10
12:30 s 13:20 e
ALUNOS
31
27
4 T
Quartas
15:30 s 16:20
14:40 s 15:30
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Nas aulas ocorridas durante o Estgio II, foram discutidos em sala de aula/quadra a
conscincia corporal, as qualidades fsicas, como velocidade, coordenao, equilbrio, fora,
flexibilidade e ritmo, bem como os fundamentos dos jogos, futsal, handebol, basquete e do
voleibol. Nas aulas prticas, foi observado o uso do ldico como forma de ensino e
motivao. Lembrando que quando se trata dos mtodos de ensino, bom considerar o que
diz Libneo, (LIBNEO, 1994, p.152):
Os mtodos de ensino so aes do professor pelas quais se organizam as atividades
de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relao a um
contedo especfico. Eles regulam as formas de interao entre ensino e
aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado a assimilao consciente
dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas
dos alunos.
As aulas, na sua grande maioria foram ministradas com esforo para promover a
participao por parte dos alunos. Apesar de haver toda uma estrutura, um ambiente propcio
para as aulas e demais atividades, o interesse mnimo nas turmas do Fundamental II. Talvez
pelo fato das aulas serem realizadas sempre nos ltimos horrios e cada turma possuir uma
escala quinzenal de aulas prticas/tericas. Por um lado, isso possibilitou um contato com
mais turmas, por outro, percebi uma quebra na sequncia pedaggica. No entanto, para a
turma do Fundamental I, a participao e motivao dos alunos vale a pena ressaltar e
parabenizar. Tanto o professor colaborador, quanto a turma, foram uma fonte de inspirao e
investimento em minha formao.
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progresso em cada sesso, so coisas que no poderei esquecer; foi algo marcante em minha
experincia de estgio. Claro que a transferncia da credibilidade no contato com a turma foi
um pouco conflitante, mas o fato de ter estado com eles e acompanhando, com eles, a
realizao das aulas, possibilitou uma concluso de abordagem mais tranquila, ou seja, o
transcorrer das aulas foram descontradas e fluentes. A escolha dos assuntos que ficariam sob
minha responsabilidade, foi realizada de forma quase que aleatria, pois fiz algumas
sugestes, at mesmo a temtica Meio Ambiente, que mais tarde viria a ser parte de nossa
ao colaborativa. Procurei seguir o exemplo do professor colaborador e me dediquei ao
mximo, juntamente com ele, para pr em prtica o planejamento de cada aula. Esforo e
organizao tal que dirimiu possibilidades de contratempos que levariam a execuo de
estratgias alternativas. Claro que no existe planejamento livre de imprevistos e
experimentar essa situao tambm proporcionou momentos de aprendizagem. A
oportunidade de realizar algo indito em dia de aula de tema livre o que geralmente era
sinnimo de bola, bola e bola, foi outro desafio interessante. Nesse dia, recebi ajuda de
outros estagirios que vieram participar conosco do momento. As aluna Marilia Labre e
Dbora Lemos estiveram conosco e juntos realizamos uma aula de estilo quebra de
paradigma, pois aplicamos os conhecimentos da Antiginstica para envolve-los na
conscincia corporal. A experincia foi to marcante e o resultado to encorajador que
resolvemos compartilhar com outros. O resultado ser exposto no ENCONTRO DE
EDUCAO FSICA DA UFRN. Os resultados compartilhados demonstram o interesse
estabelecido pelo contedo apresentado por parte dos alunos e a certeza da assimilao por
parte dos professores. No pude estar presente em todos os dias estabelecidos devido a ter que
realizar uma viagem para a concluso de um programa de Ps-Graduao na Universidade
Presbiteriana Mackenzie, em So Paulo, mas consegui realizar o planejado e vivenciar essas
oportunidades nicas. Lembrando que viver na prtica o ensinar uma das melhores formas
de aprender. Como bem afirmam Saiki e Godoi (Saiki & Godoi. 2007, p. 28):
[...] durante a formao do professor como posteriormente, na sua atuao em
sala, indissocivel a produo constantemente articulada entre teoria e
prtica. Na graduao, grande parte dos alunos no tem experincia de sala
de aula, eles apenas construram o conhecimento terico.
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ficavam fora de controle, mas conduzindo essa energia para os momentos das aulas, era
fcil leva-los a participarem, at poderem, nos momentos de roda de conversa, participarem
das problematizaes e solues. Os horrios de aula eram propcios tambm, uma vez que
elas aconteciam praticamente no meio dos horrios dirios. Ento, as aulas de Educao
Fsica serviam tambm como um momento fora da sala para um renovo e possiblidade de
novo aprendizado. O ldico, sempre presente, era uma ferramenta essencial para que esses
objetivos fossem atingidos.
Na turma do Fundamental II, entretanto, o trabalho para leva-los ao ritmo de aula era
mais abstruso. Aponto vrias razes para isso: A primeira, era o horrio das aulas. Todas as
aulas de Educao Fsica do Fundamental II eram ao meio dia. Horrio seguido da ltima
aula; o segundo, a fome. Mesmo com o intervalo para o lanche, o tempo decorrido desde essa
ocasio e a estrutura metablica de adolescentes deixava-os com fome e desmotivados para a
aula; a terceira, o calor e a no obrigatoriedade do uso de uniforme ou roupas adequadas,
muitos continuavam com os agasalhos, desnecessrios pelo clima e horrio, j as aulas eram
ao meio dia. Alm disso, o fato de j terem vivenciados, supostamente, ms experincias no
passado, nas aulas de Educao Fsica, no favorecia o interesse dos aluno que estavam ali,
boa parte deles, simplesmente para obterem uma nota para aprovao.
Entretanto, aspectos positivos foram observados. O programa interdisciplinar com a
disciplina de Redao proporcionou a ambos uma vivncia de desenvolvimento. Temas da
Educao Fsica eram abordados e discutidos e os alunos desafiados a produzirem um texto,
que era submetido na aula seguinte.
Apesar de todo o exposto, posso dizer que o tempo leva ao aprimoramento do
convvio, crescimento na confiana e liberdade para a troca de experincia acadmica.
Em virtude dos fatos observados e vivenciados na coparticipao, ponderei sobre os
seguintes questionamentos:
1. Quem fiscaliza o cumprimento do Projeto Poltico Pedaggico de uma escola
da rede privada? Ser que existe um rgo que tenha essa responsabilidade?
2. Quem fiscaliza, orienta e exige do planejamento das aulas a observncia do
estabelecido pelos PCNs? H necessidade ou ingerncia na rede privada?
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Quando
Elaborao do
Projeto
25 Abr a
01 Maio
Planejamento da
atividade
4e6
Maio
13 a 15
Maio
Execuo da
atividade
13 e 15
Maio
Mobilizar o DEF
Como
Aula presencial com a Professora
Elizabeth para orientaes
Marcelino
Apresentar o projeto ao professor
Colaborador e Coordenador do DEF
Reunio com o professores para
definir as atividades.
Execuo do projeto:
Atividade terica no auditrio;
apresentao do tema de forma
conceitual, apresentar vdeos com
casos e solicitar aos alunos para
deliberarem sobre o assunto, distribuir
folhas com dados estatsticos e
projetos existentes. Os alunos iro
produzir seus textos baseados nos
dados distribudos, os vdeos
apresentados e os projetos existentes,
entretanto, tero que criar, se for o
caso, seus prprios projetos e solues
apresentando-os na aula seguinte.
Avaliao do
projeto
18 a 20
Maio
Relatrio final
22
Maio
Responsveis
Marcelino
Marcelino
Marcelino
Marcelino e
Professores
Colaboradores,
Marcelino e
Professores
Colaboradores
Marcelino
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no poder fazer exigncias ou demandas, apenas sugestes. Elas foram dadas e cabe ao DEF e
ao corpo docente, continuar motivando e influenciando os alunos.
3. CONSIDERAES FINAIS
Hodiernamente, existe uma grande dificuldade encontrada no sistema de ensino, tratase do tipo de metodologia utilizada nas salas de aula. Alguns mtodos so ineficazes e nada
atraentes, tanto para educandos como para os educadores. A falta de um preparo adequado
durante o processo de formao dos futuros docentes uma das principais causas dessa
problemtica.
O Estgio Supervisionado, portanto, torna-se um importante aliado para a melhoria do
ensino, principalmente se ele for posto em prtica desde o incio dos cursos de licenciatura,
tornando-se instrumento indispensvel para o amadurecimento da prtica pedaggica.
A experincia do estgio supervisionado nas turmas de ensino fundamental alm de
terem sido extremamente benfica para minha formao, proporcionou a possibilidade de
estabelecer a relao teoria/prtica, bem como uma maior experincia com a resoluo de
possveis problemas do cotidiano escolar. Pois conclu que apenas o contedo terico no
capacita os graduandos para a realidade diria do contexto de sala de aula, capacitando-o a
sanar os problemas advindos, apenas recheia-os de conhecimento que em situaes prticas e
dificuldades reais de nada servem.
Considerei, portanto, de grande valia meu tempo em contato com a escola, com os
alunos e toda a equipe pedaggica. Sem dvidas, o Colgio Hipcrates Zona Sul est de
parabns. No por ser perfeito, longe disso, mas por ter a preocupao de querer acertar,
mesmo errando, entretanto, considerando as crticas e sugestes de todos, que, como eu,
estiveram em estgio durante es semestre.
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REFERNCIAS
FREIRE, Joo Batista. Educao de Corpo Inteiro: Teoria e Prtica da Educao Fsica.
2ed. So Paulo: Scipioni, 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessrios prtica educativa. 33. Ed.
So Paulo: Paz e Terra, 2006. (Coleo Leitura)
HUIZINGA, J. Homo Ludens. So Paulo: EDUSP, 1971.
SAIKI, Kim & GODOI, Francisco Bueno de. A Prtica de Ensino e o Estgio
Supervisionado. In: PASSINI, Elza Yasuko et al (org.). So Paulo: Contexto, 2007.
http://www.hipocrates.com.br/novo2/
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APNDICE
APNDICE A Plano de aula turma 1
21
22
ANEXOS
ANEXO A Ficha de avaliao do estagirio, turma 1 (Professor colaborador)
23
24
25
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FOTOS
FOTOS 1-9 Aula de Antiginstica (4 Ano)
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