Farinha de Carne e Ossos

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Revista Eletrnica Nutritime, v.2, n4, p.221 234 julho/agosto de 2005.

Artigo Nmero 24
FARINHA DE CARNE E OSSOS
Evandro Campestrini 1
Introduo
A indstria de raes depara com a necessidade de grandes volumes de
ingredientes, havendo com freqncia a escassez de ingredientes alternativos ao milho e
ao farelo de soja. Mesmo no havendo falta de farelo de soja deve-se lembrar que seu
preo regulado no mercado internacional. A formulao dependente da qualidade,
bem como dos preos dos ingredientes, e por isso a competio entre as empresas
comprime a margem de lucro e pe mais presso para reduo de custos de produo
das raes. As boas fontes proticas tm em geral altos custos e os ingredientes
alternativos podem ser usados, mas depende (na dependncia) do conhecimento de sua
qualidade, preo, e do resultado no desempenho dos animais.
Evidentemente que se defende a melhoria da qualidade dos subprodutos de modo
a trat-los como ingredientes e no como commodities, cujo comrcio dispensa maiores
cuidados sobre qualidade nutricional e sanitria. Toda a indstria animal e o governo
deveriam estar atentos para a qualidade e a importncia que as farinhas de origem
animal tm no cenrio nacional, pois h muito a ser feito e com possibilidades de grandes
melhorias no setor (Bellaver, 2001).
A farinha de carne e ossos (FCO) um dos alimentos alternativos que merece
estudos mais detalhados sobre sua composio qumica de modo a se obter o mximo
sucesso na utilizao desta matria-prima. o principal subproduto de abatedouro
utilizado na nutrio animal, sendo uma excelente fonte protica (apresenta teor de
protena bruta entre 35 e 55%) e importante fonte de clcio e fsforo (Vieites et
al.,1999).
Nos ltimos anos, a utilizao de produtos de origem animal em raes, tem sido
muito discutida mundialmente, devido aos vrios problemas decorrentes principalmente
na Unio Europia com doenas como o mal da vaca louca e a febre aftosa.
Segundo Dale (2002), no h motivos para a suspenso do uso de subprodutos de
origem animal para aves, pois no continente americano no se tem notcia da ocorrncia
de enfermidades como o mal da vaca louca, tendo em vista que esta sndrome tambm
nunca foi observada em aves, alm do que, a utilizao de farinhas de origem animal
causa efeito aditivo quando utilizada com protenas de origem vegetal, principalmente em
relao a aditividade observada na utilizao dos aminocidos dietticos pelas aves.
Outro fator de extrema importncia que as farinhas de carne e ossos so fontes de
clcio e fsforo, sendo este o terceiro limitante em relao a custo na formulao de
raes.

Mestrando em Zootecnia - Nutrio de Monogstricos (Avicultura) -Universidade Estadual de Maring UEM;


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Definio, Composio e Caractersticas da Farinha de Carne e Ossos
As definies dos produtos de origem animal so muito importantes para sua
padronizao, permitindo que o produto seja classificado da mesma forma em diferentes
locais e por diferentes profissionais.
Na definio de ingredientes de origem animal est o inicio da variabilidade
encontrada nas tabelas, havendo muitas vezes dvidas e enquadramento errneo de
subprodutos.
Farinha de carne e ossos
produzida em graxarias e frigorficos, a partir de ossos e tecidos de animais,
aps a desossa completa da carcaa de bovinos e/ou sunos. No deve conter cascos,
chifres, plos, contedo estomacal, sangue e outras matrias estranhas. Nos EUA a
definio de FCO implica em teor no mnimo 4% de fsforo. O clcio no deve exceder
2,2 vezes o seu nvel e a protena deve ter solubilidade em pepsina superior a 86%. A
composio do material bruto ter significante efeito na qualidade do produto obtido
sendo que a gordura protege a lisina no processamento da FCO. O sobreaquecimento
influencia na palatabilidade e qualidade da FCO e cuidados especiais devem ser tomados
para eliminar os microrganismos prevenindo a contaminao da FCO aps o
processamento. Sua cor de dourada a marrom com densidade de 657 a 689 kg/m3.
Farinha de carne
o produto oriundo do processamento industrial de tecidos animais. So
especificados 5 tipos de FC com base na PB (35, 40, 50 e 55% de PB). A farinha de carne
obtida semelhante a FCO, mas o nvel de fsforo ser no superior a 4% (Bellaver,
2001). Quando a farinha de carne apresentar mais de 26% de matria mineral, dever
ser considerada como farinha de carne e ossos. Segundo a American Feed Manufacture
Association, a farinha de carne que apresentar mais de 4,4% de fsforo (P) ter a palavra
ossos includa em seu nome (Sartorelli, 1998).
Segundo ANFAR (1985) so especificados trs tipos de farinhas de carne e ossos,
como demonstrado no Quadro 1. Porm, na Tabela Brasileira para Aves e Sunos, so
descritos seis tipos de farinhas de carne e ossos, como mostra o Quadro 2 (Rostagno et
al., 2000).
Quadro 1. Especificao para farinha de carne e ossos, segundo ANFAR (1985).
TIPO (%)
Especificao
Unidade
45
40
36
Umidade (Maximo)
%
7,0
7,0
7,0
Protena Bruta (mnimo)
%
45,0
40,0
36,0
Dig. Pepsina (mnimo)
%
85,0
85,0
85,0
Extrato etreo (mnimo)
%
8,0
8,0
8,0
Extrato etreo (Maximo)
%
12,0
12,0
12,0
Acidez (Maximo)
Mileq
6,0
6,0
6,0
Fibra bruta
%
1,0
1,0
1,0
Matria mineral
%
36,0
42,0
48,0
Clcio (mximo)
%
13,0
15,50
17,50
Fsforo (mnimo)
%
5,50
6,50
7,50
Teste de EBER
Negativo
Negativo
Negativo
Salmonella
Negativo
Negativo
Negativo
Retido peneira 2,83 mm
%
0,0
0,0
0,0
Retido peneira 2,00 mm
%
5,0
5,0
5,0
ANFAR (1985).

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Quadro 2. Especificaes para farinha de carne e ossos segundo Rostagno, (2000).
TIPO (%)
Especificaes
Unidade
36
40
45
50
55
60
Matria seca
%
92,34
92,50
92,20
91,83
92,71
92,14
Protena
%
35,96
40,69
45,37
50,11
54,50
61,28
PDA/ sunos
%
24,45
31,74
36,26
40,61
46,00
52,28
Gordura
%
12,00
11,82
11,10
11,15
10,44
7,88
Ac linoleico
%
0,30
0,35
0,33
0,33
0,23
0,20
Fibra bruta
%
0,93
1,24
1,28
1,24
1,50
0,94
Matria mineral
%
42,11
36,22
33,99
29,04
23,18
19,92
Clcio
%
15,05
14,31
11,29
9,98
8,46
7,98
Fsforo total
%
7,50
6,20
5,91
5,12
4,18
3,90
Fsforo disp.
%
7,50
6,20
5,91
5,12
4,18
3,90
Potssio
%
0,70
0,70
0,67
0,59
0,56
0,40
Sdio
%
0,57
0,71
0,70
0,53
0,69
0,50
Cloro
%
0,50
0,60
0,60
0,46
0,50
0,45
Energia Bruta
Kcal/kg
3.126
3.561
3.692
3.812
4.145
4.341
EMA/aves
Kcal/kg
1.703
1.945
2.004
2.277
2.286
2.362
EMV/aves
Kcal/kg
1.778
2.233
2.243
2.401
2.410
2.430
EDig/sunos
Kcal/kg
1.794
2.348
2.377
2.409
2.846
2.926
EM/sunos
Kcal/kg
1.588
2.137
2.247
2.277
2.619
2.693
O tipo de farinha quanto a sua origem: suna, bovina ou mista, tem influencia na
digestibilidade dos nutrientes, principalmente de aminocidos, sendo que as farinhas
mistas de bovinos e sunos apresentam menor digestibilidade do que quando separadas
por espcies. Dale (1997) citado por Bellaver (2001), calculou a energia metabolizvel da
farinha de carne e ossos, encontrando que medida que h mais resduos de ossos na
farinha, reduz a energia metabolizvel estimada quando essa obtida com nveis de
substituio altos em uma dieta de referencia (40% por exemplo).
Os resduos que entram na composio das farinhas so importantes do ponto de
vista que, dependendo de suas propores podem alterar a digestibilidade das farinhas.
No se admite e so consideradas adulteraes a adio de plos, p de chifre
ou cascos, contedo gastrintestinal, couro, excesso de sangue, etc (Lima, 1995; citado
por Sartorelli, 1998). O mesmo autor salienta ainda, que os fabricantes usam propores
variveis de ossos nas misturas durante o processo de produo, o que gera diversos
tipos de farinhas de carne e ossos, que so diferentes entre si em valor nutricional e em
valores econmicos na formulao de raes animais.
Devido falta de uma fiscalizao rigorosa, verificam-se ainda fraudes e
adulteraes nas farinhas de carne, tais como: aplicao de calcrio para reduzir a
acidez, raspa de couro curtido para elevar a protena bruta, e aplicao de uria com a
mesma finalidade.
Por desconhecimento ou em decorrncia de problemas no sistema de extrao de
gordura, razoavelmente comum o processamento a temperaturas muito elevadas
(acima de 120C) ou por tempo desnecessariamente longo, tornando o produto, de
qualidade inferior. Contudo um dos maiores problemas relacionados com protenas de
origem animal o fato de haver muita variao entre produtos. Isso significa que o
nutricionista no pode incluir o produto nas frmulas sem uma anlise cuidadosa dos
seus valores nutricionais (Sartorelli, 1998).
A farinha de carne e ossos (FCO) um ingrediente largamente utilizado em dietas
para frangos de corte e poedeiras comerciais, atuando geralmente como redutor nos
custos de formulaes (Faria Filhoet al., 2002). Segundo Lesson & Summers (1997), para
cada tonelada de carne preparada para o consumo humano, cerca de 300 kg so
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descartados como produtos no comestveis, e desses, aproximadamente 200 kg se
transformam em farinha de carne. Trata-se de um ingrediente rico em protena bruta
(PB), clcio (Ca) e fsforo (P). Fundamentalmente a matria inorgnica dos ossos est
formada em sua maior parte por fosfato triclcico. O fosfato de magnsio, o carbonato e
fluoreto de clcio, bem como traos de cloretos e sulfatos alcalinos complementam o teor
das cinzas dos mesmos. Ossos provenientes de animais jovens so mais moles e
elsticos do que aqueles oriundos de animais adultos e em conseqncia so menos ricos
em substncias minerais (Andrigueto et al., 1988a).
Caractersticas Macroscpicas
Farinha de carne e farinha de carne e ossos so de partculas em forma de
grnulos, de cor marrom claro a marrom escuro, cujo tamanho varia conforme a sua
granulometria. Sua cor, textura e uniformidade so bastante variadas. Partculas de
ossos esto presentes nas farinhas de carne e ossos, o que no ocorre com as farinhas
de carne, porm ambas so ligeiramente gordurosas devido ao seu alto teor de gordura.
O odor de carne e gordura cozidos, mas no de rano (Butolo, 2002).
Caractersticas Estereoscpicas
A parte fina granular e as partculas maiores so grosseiras, ligeiramente
gordurosas com quantidades variveis de partculas finas aderidas nelas Os fragmentos
de ossos so grosseiros, de cor branca, cinza ou marrom claro. Ossos de mamferos so
densos e se quebram em partculas grossas e os de aves so menos densos e se
quebram em lascas com pontas afiadas, sendo considerada fraude. Plos esto sempre
presentes e as vezes passam por processo de hidrolise e voltam a fazer parte da farinha.
Sua caracterstica quanto a forma plana ou cilndrica, apresentando cores que variam
do amarelo claro ao preto (Butolo, 2002).
Caractersticas Histolgicas
Partculas de msculo estriado esto presentes tanto na farinha de carne como na
farinha de carne e ossos. Ossos, casco, chifre, sangue e plos so as caractersticas mais
usuais para a identificao. Os ossos so compostos de espaos (lamelas), arranjadas em
forma anelar, circundando pequenos canais por onde fluem os vasos sanguneos.
Aparecem tambm espaos de ar (lacunas), que so conectados a canalculos por onde
fluem os nutrientes que fazem parte da composio ssea. Usando aumento de 100x, as
lacunas apresentam-se negras contra superfcie cinza, sendo a melhor caracterstica
desse constituinte. Partculas de casco e chifre aparecem nas cores cinza escuro ou
partculas negras com inmeras linhas paralelas na superfcie (Butolo, 2002).
A viabilidade de incorporao da FCO em dietas para frangos de corte depende
em grande parte do valor de energia metabolizvel (EM) desse ingrediente. Vrios
autores consideram que os valores de EM da FCO esto normalmente subestimados
quando obtidos com metodologias nas quais o nvel de incluso de FCO na dietareferncia varia de 40 a 50%, possivelmente porque os elevados nveis dietticos de
clcio e fsforo proporcionados pela alta incluso da FCO comprometem a utilizao dos
demais nutrientes (Faria Filho et al., 2002).

Processamento
Das fontes proticas alternativas, a soja tem qualidade mais varivel e vai da a
importncia de conhecer a origem e o processamento do ingrediente em questo. Isso
far com que se conhea de antemo a formulao, as limitaes do ingrediente, o que
determinar o sucesso ou no sobre a reduo dos custos da rao e o efeito no
desempenho animal com o ingrediente alternativo.
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O processo bsico de produo de farinhas animais pode ser visualizado conforme
o esquema geral mostrado na Figura 1.

Resduos do abatedouro

Vsceras/gua

Penas/gua

Sangue

Peneira
gua peneira

Peneira

gua de piso
Gases

Digestor

Depsito
Gases/Trat

Vapor

Tratamento

Pr-aquec
Fossa

Percolador

Digestor

Flotao

Gordura

Coagulador
Lagoa

Depsito

Prensa
Expeller

Percolador

Vapor
Detector

separador
gua/sang

metais
Expedio

Moinho
Fossa de
Vapor
Silos

Secador de

Flocao

anel

Lagoas
Expedio

Silos

Expedio

Figura 1. Fluxogama industrial de subprodutos, segundo Maffi (1994) citado por Bellaver
(2001).

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Consiste em retirar os excessos de gua, picar e/ou triturar os resduos no
comestveis da matana, quando isso for necessrio, devido ao tamanho das peas, levlos aos digestores para coco com ou sem presso, por tempo varivel dependendo do
processo, sendo a gordura drenada, prensada ou centrifugada e o resduo slido modo
na forma de farinha com especificaes de granulometria variveis. Benati (S.n.t) citado
por Bellaver (2001), indicou vrios pontos onde a qualidade da farinha pode ser
prejudicada.
Fatores Que Afetam A Qualidade
Umidade
Sendo superior a 8% poderia facilitar a contaminao bacteriana e suas
conseqncias, e se com baixa umidade, indica a queima do ingrediente no processo. A
queima poderia estar associada ao desgaste do equipamento, excessivo tempo de
reteno e ou mau funcionamento de manmetros e termmetros (Butolo, 2002);
Textura
Na composio da farinha entram em quantidades variveis os ossos que so de
difcil mensurao, mas que podem ser segregados pedaos maiores para remoagem e
manuteno da granulometria adequada. A textura ideal seria sem reteno em peneira
Tyler 6 (3,36 mm), no mximo 3% de reteno na Tyler 8 (2,38 mm) e mximo 10%
reteno na Tyler 10 (1,68 mm);
Altas temperaturas e tempo excessivo no digestor
Por desconhecimento ou por decorrncia de problemas no sistema de extrao de
gordura, comum no processamento que a temperatura se eleve muito (acima de
120C) por tempo desnecessariamente longo, alterando a qualidade do produto,
reduzindo a digestibilidade de aminocidos (Butolo, 2002);
Excesso de gordura
As farinhas de carne e ossos so classificadas pelo nvel de protena bruta e
usadas pelo nvel de fsforo. A diversidade de tipos de equipamentos para extrao de
gordura faz com que haja uma variao acentuada de nveis de gordura residual nas
farinhas e no raro o uso de produtos em discordncia com os valores considerados nas
formulaes, causando em determinadas circunstncias o desbalanceamento do clcio e
fsforo (Butolo, 2002);
Contaminaes do processo
(sangue, penas, resduos de incubatrio, cascos, chifres, plos, contedo
digestivo), as quais devem ser minimizadas em funo da definio de cada produto
produzido e manuteno dos padres de qualidade;
Contaminaes com materiais estranhos ao processo
Em geral so associados falta de equipamentos adequados ou fraude e visam produzir
subprodutos de baixo preo e sem qualidade. Deveriam aqui ser considerados a no
incluso de materiais mortos, exceto aqueles originados no transporte e na plataforma de
recebimento de animais dos abatedouros;
Tempo entre o abate e o processamento
Est se tornando muito importante devido ao aparecimento de novos
processadores independentes. O processamento deve ser feito preferencialmente em
seguida ao abate ou sempre no mesmo dia do abate, evitando assim a putrefao
(Bellaver, 2001). O produto final deve ser ensacado em sacos de papel multifoliados e
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armazenado em ambiente amplo, seco e arejado. O perodo de armazenamento depende
da umidade do produto e do teor de gordura (Butolo, 2002).

Limitaes Para Uso Em Raes


Sem o conhecimento da origem do material possvel que esse item se torne um
problema. Embora os custos e as facilidades para analisar cada ingrediente, torne a
rotina de anlises difcil de ser implementada. preciso ter em mente que os fatores
antinutricionais: bactrias (Salmonelas, E.coli), prons, cheiro, cor, sabor, podem afetar a
qualidade final das raes produzidas. Est se tornando cada vez mais importante para o
comrcio internacional a rastreabilidade de ingredientes usados no sistema produtivo, na
qual determina os ingredientes que podem e os que no podem ser utilizados. No caso
dos subprodutos de abatedouros entendemos que alguns pontos so importantes:
Contaminao bacteriana
Na produo das farinhas grande parte da contaminao bacteriana eliminada,
porm, deve-se fazer um monitoramento dessa farinha para evitar a recontaminao.
Para reduzir o risco de bactrias em farinhas, tem sido prtica comum na graxarias o uso
de substncias a base de formaldedo, o que impede o crescimento bacteriano, embora
seja um procedimento desejvel, isso pode, em hiptese, reduzir a degestibilidade dos
aminocidos e da energia das farinhas, havendo que se testar o efeito dessas substncias
sobre o metabolismo digestivo dos animais (Bellaver, 2001).
Peroxidao das gorduras
As farinhas de origem animal so ricas em gorduras e, por conseguinte tem
facilidade em se auto-oxidarem pelo inicio da formao de radicais livres. A oxidao
um processo autocataltico e desenvolve-se em acelerao crescente, uma vez iniciada.
Fatores como temperatura, presena de enzimas, luz, e ons metlicos podem influenciar
a formao de radicais livres. Portanto, importante impedir o inicio da formao de
radicais livres, que poder ser feito pelo manejo adequado de produo e
armazenamento. Substncias antioxidantes naturais e sintticos podem ser incorporados
para diminuir a auto-oxidao dos cidos graxos das farinhas (Bellaver, 2001).
Presena de poliaminas
As poliaminas (putrescina, espermidina e espemina) esto presentes em
diferentes concentraes nos alimentos vegetais e animais e parecem ser a fonte
principal de poliaminas para o homem e animais. Poliaminas tm sido apontadas como
substncias que causam toxicose quando ingeridas pelos animais. A putrescina, que a
mais simples das aminas biognicas usada at 0,2%, foi considerada promotora de
crescimento de frangos e txica medida que aumenta o consumo at 1% (Bellaver,
2001).
Encefalopatia Espongiforme Bovina
A instruo normativa do MAA (Ministrios da Agricultura Pecuria e
Abastecimento, Instruo Normativa n 6 de 01 a 02 de fevereiro de 2001. DOU Seo 1
pagina 4), revogou as instrues normativas anteriores e imps varias proibies para o
uso de fontes de protena e gordura de mamferos na alimentao de ruminantes,
enfatizando tambm que os processos industriais utilizados para obteno dessas
matrias-primas, no garantem a inativao do agente causador da Encefalopatia
Espongiforme Bovina (EEB). A proibio oportuna no aspecto geral, porm, algumas
consideraes precisam ser feitas em nome da clareza sobre o assunto. Na Unio
Europia, o nico material permitido reciclar aquele declarado para atender ao consumo
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humano, mas por razes comerciais ou tecnolgicas no direcionado ao consumo
humano; devem respeitar os padres de processamento de 133C/3 Bar (~3 Atm)
durante 20 minutos para toda transformao dos materiais de animais mamferos e
proibio desde julho de 1994 de alimentao de ruminantes com protenas animais de
origem mamfera (Bellaver, 2001).
Segundo Rostagno e Silva (1998), nas raes formuladas para aves, o
fornecimento de fsforo disponvel (Pd) pelas fontes de origem vegetal no o suficiente
para atender as exigncias nutricionais a fim de proporcionar adequado desempenho e
mineralizao ssea, havendo necessidade de suplementao com fontes de P inorgnico,
que geralmente obtida pela utilizao de fosfato biclcico ou as farinhas de carne e
ossos.
A importncia da farinha de carne e ossos advm, primariamente, de seu valor
como fonte de fsforo; portanto, seria mais racional classific-la de acordo com o teor
desse nutriente; outra justificativa usada o fato de se utilizarem tecidos animais como
matria-prima para a produo dessas farinhas que contm protena de baixo valor
nutritivo, ocorrendo uma melhora em funo do processamento industrial com aplicao
de temperatura e presso (Lima, 1995, citado por Sartorelli, 1998).
A suplementao de fsforo inorgnico s raes geralmente realizada
utilizando-se o fosfato biclcico ou as farinhas de carne e ossos. Nesse sentido, Lima
(1995), citado por Sartorelli (1998) determinou a biodisponibilidade relativa de diversas
fontes de fsforo, entre elas a farinha de carne e ossos, em relao ao fosfato biclcico,
considerado como padro. Os resultados mostraram que no houve diferena significativa
de biodisponibilidade de fsforo do fosfato biclcico em relao farinha de carne e
ossos.
Para as aves, a farinha de carne chegou a representar a principal fonte de
fornecimento de protenas. usada em nveis que permitam ajustar o equilbrio e as
necessidades em aminocidos limitantes, alm do fsforo. Tanto para aves como para
sunos, as farinhas de carne podem ser utilizadas nas raes a nveis nos quais o teor em
clcio das mesmas funciona como limitante, isto , alcance o teor indicado na rao para
a fase e espcie em questo.
Em termos atuais a maior parcela da protena das raes destinadas a sunos
proveniente de sementes oleaginosas, entretanto, a farinha de carne e ossos ainda
utilizada, particularmente para equilibrar os nveis de aminocidos, bem como o fsforo.

Fiscalizao Sanitria e Nutricional das Farinhas de Origem Animal


O episdio sobre a vaca louca no Brasil deu uma trgua, mas alertou efetivamente
para a necessidade indiscutvel de fiscalizao que deve ser exercida pelos rgos
competentes, sem a qual, a instruo normativa existente ineficaz. Alm disso, os
estabelecimentos devem aferir seus equipamentos para adequar o processo das farinhas
visando a reduo do risco de infectividade por prions.
Existem normas estabelecidas sobre o controle de produtos de origem animal j
definidos e que serviro de subsidio para o MAA rever os padres oficiais das matriasprimas destinadas a alimentao animal. A qualidade organolptica conhecida por
provas sensoriais, com especial cuidado a rancificao, acidez e putrefao e tambm por
testes bioqumicos. As gorduras presentes nas farinhas so muito susceptveis a
peroxidao e por isso as farinhas de origem animal devem ser estabilizadas com
antioxidantes para prevenir o inicio da peroxidao. As provas de acidez e ndices de
perxidos em farinhas de carne e ossos devem apresentar no mximo 4 mg de NaOH/g
de amostra e 20 meq/1000g de amostra, respectivamente, para serem usadas na rao
animal. A digestibilidade da protena em pepsina um bom meio de obter informaes

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com relao qualidade da protena e pode ser estimada pela solubilidade da protena
em pepsina na concentrao de 0,0002%.
A composio das farinhas bastante varivel e segundo Bellaver, (2001)
necessrio agrup-la quanto as suas caractersticas multivariadas. Muitos dos
agrupamentos de farinhas tm sido feito com base na protena, sendo que os autores
questionam a utilizao de apenas uma varivel para classificao (protena), eles
chegaram a concluso, com base em analises de clusters, que esse mtodo permite uma
melhor categorizao das farinhas (Bellaver, 2001).

Efeito do Tamanho das Partculas


Foi visto por Brugalli (1996) que a EMAn dependente do tamanho da partcula da
farinha de carne e ossos. Partculas mdias (DGM 0,51 mm) e finas (DGM 0,42 mm)
tiveram maior EMAn do que farinhas grossas (DGM 0,59 mm). Embora os autores
classificaram as farinhas em trs diferentes categorias quanto ao DGM. importante
observar que as farinhas podem ter DGM maiores, chegando inclusive no DGM de 1 mm.
Tamanho de partculas maiores so particularmente importantes em farinhas de carne e
ossos devido disponibilidade do fsforo que pode ficar comprometida (diminuir) se as
partculas forem grossas (Bellaver, 2001).

Anlise Para Diferenciao De Componentes Da Farinha


Utiliza-se de spot tests pra diferenciar ossos de calcrio, cartilagens de casco e
de chifre. Esses testes microqumicos podem ser efetuados da seguinte maneira:
Mtodo I Ossos x calcrio x fosfato biclcico
Reagente: cido clordrico
Procedimento:
a) Colocar uma amostra em 1 vidro de relgio;
b) Adicione cido clordrico;
c) Observe a efervescncia. O calcrio reage imediatamente, o fosfato biclcico
reage leve e momentaneamente e os ossos reagem lentamente, mas de forma
constante.
Mtodo II Cartilagens x cascos ou chifres
Reagente: cido actico glacial misture 1:1 cido actico com gua destilada
(V/V).
Procedimento:
a)
Coloque a amostra no spot plate ou cadinho de porcelana e cubra-o
com reagente misturado;
b)
Observe a amostra aps 60 minutos;
c)
As cartilagens ficaro inchadas e macias, enquanto que casco ou chifre
permanece resistente.
Mtodo III presena de sangue
Reagentes:
1.
3,3,5,5 tetramethylbenzidina, cido actico glacial e gua oxigenada
(perxido de hidrognio)
2.
3,3,5,5 tetramethylbenzidina (sigma T-2885), misture 1g com
100ml de cido actico glacial. Dilua com 150ml de gua destilada.
Procedimento:
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Revista Eletrnica Nutritime, v.2, n4, p.221 234 julho/agosto de 2005.


a)
b)
c)
d)

Antes do uso, misture 4 partes do reagente misturando (1) com


1 parte de gua oxigenada a 3%.
Coloque um pouco das partculas do material analisado em uma
lmina de microscpio;
Adicione 1 gota do reagente. Se o sangue estiver presente, uma
cor azul aparecer em torno das partculas;
Use pequeno aumento para anlise (Butolo, 2002)

Citaes De Trabalhos
Santos et al. (2000) avaliando a qualidade de farinha de carne e ossos por meio
da pesquisa de grupos microbianos indicadores de contaminao como contagem de
mesfilos, fungos, coliformes fecais, presena de Salmonella e anlises microscpias
(Tabela 1) e concluram que a contaminao por Salmonella constituiu a principal fonte
de veiculao de patgenos nas raes.
Tabela 1. Anlise de microscopia de ingredientes das raes.
Elemento de analise (farinha de carne e ossos)
Amostra
Plos Couro/colg
Fneros
Contaminantes
FCO 1
++
+++
++
Plstico (+)
FCO 2
++
++
+
Ausente
FCO 3
++
++
+
Sangue (+)
FCO 4
+++
+++
+++
Fibras vegetais, semi-digeridas (+)
FCO5
+
++
++
Fibras vegetais, semi-digeridas (+)
FCO 6
+
+++
++
Sangue (+)
FCO 7
++
+++
Fibras
vegetais,
semi-digeridas
(+),
partculas super aquecidas (++)
FCO 8
+
++
Fibra vegetal semi-digerida (+), plstico
(+), partculas metlicas (+)
FCO 9
+
+++
Vsceras (+)
FCO 10
+++
+++
Fibras vegetais, semi-digeridas (+), penas
(+), sangue (+)
(+) = Escasso; (++) = moderado; (+++) = abundante; (++++) = campo repleto.
FCO = Farinha de carne e ossos
Adaptado de Santos et al., 2000.

Faria Filhoet al., (2002) avaliando a utilizao de farinha de carne e ossos sobre o
desempenho e rendimento de carcaa de frangos de corte observaram que com a
incluso de farinha de carne e ossos (3% e 6%), prejudicou o desempenho das aves nos
perodos de 0 a 21 dias e de 21 a 49 dias de idade (Tabela 2), observaram ainda que a
deposio de gordura abdominal mais elevada em frangos alimentados com dietas
contendo farinha de carne e ossos e as demais caractersticas de carcaa no foram
comprometidas (Tabela 3).
Vieites et al. (1999a), determinando valores energticos de seis amostras de
farinha de carne e ossos, concluram que necessria a padronizao fsico-qumico das
farinhas de carne e ossos a fim de usarem valores energticos mais exatos na formulao
de raes para aves.

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Tabela 2. Consumo de rao (CR), ganho de peso (GP), converso alimentar (CA) e
viabilidade criatria (VC) nos perodos de 0 a 21 dias e 21 a 49 dias de idade.
Caractersticas avaliadas
Fatores
0 a 21 dias de idade
21 a 49 dias de idade
Incluso FCO
DR(g)
GP(g)
CA(g/g) VC(%) DR(g)
GP(g)
CA(g/g)
VC(%)
3%
1118
794
1,41
99,6
4352a
2024a
2,15
89,6
6%
1096
779
1,41
99,0
4221b
1963b
2,15
91,2
787
1,41
99,3
4287
1993B
2,15A
90,4
Mdia FCO
1107B
Test
1145A
803
1,43
98,4
4421
2115A
2,09B
93,3
Mdias seguidas de diferentes letras minsculas em cada fator e de letras maisculas
para testemunha e mdias das dietas com FCO, dentro das mesmas colunas, diferem
entre si (p<0,05).
Adaptado de Faria Filhoet al., (2002).
Tabela 3. Rendimento de carcaa (RC), peito (RP), coxa + sobrecoxa (CS), asa (AS),
dorso (RD), cabea + pescoo (CB), moela (MO), fgado (FI), corao (CO) e
gordura abdominal (GA) de frangos de corte aos 49 dias de idade.
Fatores
Caractersticas avaliadas (%)
Incluso FCO
RC
RP
CS
AS
DR
CB
MO
FI
CO
GA
3%
81,8
27,6
27,1 10,4
22,4
7,6
1,47 2,03 0,48
2,38
6%
82,0
28,1
26,9 10,4
21,8
8,0
1,43 1,98 0,49
2,36
Media FCO
81,9
27,9
27,0 10,4
22,1
7,8
1,45 2,01 0,49
2,37A
Test
81,4
28,5
26,7 10,4
21,9
7,5
1,35 1,92 0,46
1,81B
Mdias seguidas de diferentes letras minsculas em cada fator e de letras maisculas
para testemunha e mdias das dietas com FCO, dentro das mesmas colunas, diferem
entre si (p<0,05).
Adaptado de Faria Filho et al., (2002).
Atravs de ensaio biolgico com galos cecectomiados para determinar os
coeficientes de digestibilidade verdadeira dos aminocidos de seis FCO, Vieites et al.
(1999b) concluram que as FCO cm maior teor protico apresentou maior coeficiente de
digestibilidade, evidenciando uma melhor qualidade no produto. Os coeficientes de
digestibilidade variaram de 52,33 a 80,41% para metionina; 80,11 a 92,09% para lisina;
68,44 a 82,53% para treonina.
Na determinao de energia digestvel e da composio de FCO e farinha de
vsceras para sunos, Pozza (1999), concluiu que existem grande variaes nos valores de
composio qumica, tanto das FCO quanto das farinhas de vsceras (FV), os valores de
energia digestvel para FCO variou de 1717 a 2908 kcal/kg e para FV de 3280 a 4567
kcal/kg.
Teixeira et al. (2003) estudando o efeito de probiticos no desempenho de frangos
de corte consumindo dietas com FCO com diferentes contaminaes bacterianas (alta,
mdia e baixa) (Tabela 4), e concluram que a utilizao de FCO de alta e mdia
contaminao melhorando a converso alimentar das aves.
Junqueira et al. (2000), utilizando FCO co 37,51 e 41,58% de protena bruta com
2 nveis de incluso (3 e 6%) concluram que no ocorreram diferenas no desempenho
(Tabela 5) e nem nas caractersticas das carcaas avaliadas (Tabela 6), no entanto, a
gordura abdominal foi maior quando se utilizou FCO, indicando que os valores de energia
metabolizvel utilizados podem estar superestimados.

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Revista Eletrnica Nutritime, v.2, n4, p.221 234 julho/agosto de 2005.


Tabela 4. Mdias de ganho de peso (GP), consumo de rao (CR), converso alimentar
(CA) de 1 a 28 dias de idade e ocorrncia de diarrias na primeira semana de
idade, conforme as FCO e probiticos utilizados.
Variveis
Raes
GP (g)
CR (g)
CA
Diarria (%)
Controle
1018,27a
1808,58a
1,77b
5,5
FCO alta
1035,70a
1784,01a
1,72a
12,5
FCO mdia
1047,20a
1815,81a
1,73a
11,1
FCO baixa
1015,70a
1771,40a
1,74a
6,3
Probiticos
Ausncia
1027,53a
1804,91a
1,76a
13
Na rao
1031,77a
1797,12a
1,74a
5,2
Na gua
1028,36a
1782,82a
1,73a
8,3
Mdia geral
1029,22
1794,95
1,74
8,8
CV
3,793
3,678
2,590
Mdias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de SNK (5%).

Tabela 5. Resultados para consumo de rao (CR), ganho de peso corporal (GP),
converso alimentar (CA), viabilidade criatria (VC) e ndice de eficincia
produtiva (IEP) de 1 a 49 dias de idade.
Caractersticas avaliadas
Fatores
CR (g)
GP (g)
CA (g)
VC (%)
IEP
Nveis de incluso de FCO
3%
5.389a
2.783a
1,94a
89,2a
262a
6%
5.260b
2.718b
1,94a
90,2a
259
Protena Bruta da FCO
41,58%
5.319a
2.746a
1,94a
91,1a
264
37,51%
5.330a
2.756a
1,94a
88,3a
257
Mdias seguidas de mesma letra na mesma coluna no diferem entre si pelo teste de
Turkey (5%).
Adaptado de Junqueira et al. (2000).

Tabela 6. Resultados para rendimento de carcaa (RC), peito (RP), coxa + sobrecoxa
(CS), asa (AS) e dorso (DR) aos 49 dias de idade.
Caractersticas avaliadas
Fatores
RC (%)
RP (%)
CS (%)
AS (%)
DR (%)
GA (%)
Nveis de incluso de FCO
3%
81,8a
27,6a
27,1a
10,3a
22,3a
2,4a
6%
81,9a
28,1a
26,8a
10,3a
21,8a
2,4a
Protena bruta da FCO
41,48%
81,5a
28,1a
27,2a
10,2a
21,8a
2,4a
37,51%
82,2a
27,6a
26,8a
10,4a
22,3a
2,3a
Mdias seguidas de mesma letra na mesma coluna no diferem entre si pelo teste de
Turkey (5%).
Adaptado de Junqueira et al. (2000).

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Revista Eletrnica Nutritime, v.2, n4, p.221 234 julho/agosto de 2005.

Consideraes Finais
Os altos custos de produo tm feito com que os nutricionistas busquem
alternativas para atenderem as exigncias dos animais fazendo o uso cada vez maior de
alimentos no convencionais, a FCO um alimento em potencial para o uso,
principalmente em avicultura, como forma de baratear os custos, pois uma excelente
fonte protica e importante fonte de clcio e fsforo.
As variaes encontradas na composio dos diversos subprodutos de origem
dificultam sua utilizao, isso devido falta de padres para o processamento desses
subprodutos, e tambm ao crescente numero de empresrios produtores independentes
de farinhas de origem animal, os quais, muitas vezes, por desconhecimento ou at
mesmo por negligncia, no seguem as normas de fabricao desses subprodutos,
originando farinhas de qualidade inferior e com altas taxas de contaminaes, pondo em
risco a produo animal.
recomendvel que se faa o uso de farinhas de origem animal adquiridas de
fabricas idneas ou de integraes, uma vez que se admite que essas farinhas sejam de
melhor qualidade.

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