Como As Pessoas Aprendem PDF
Como As Pessoas Aprendem PDF
Como As Pessoas Aprendem PDF
e escola/
da Ciencia da Aprendizagem,
Comite de
and
1. Aprendizagem
Aprendizagem:
cia especulagao a ciencia
Hoje, 0 que talvez seja mais extraordinario sao as diversas abordagens e tecnicas de
pesquisa que foram desenvolvidas, e a maneira pela qual comec;:am a convergir as descobertas provenientes de ramos muito distintos da ciencia.A historia que podemos contar
r'
agora sobre a aprendizagem e muito mais rica do que foi ate encio, e promete evoluir
consideravehl1ente na proxima gerayao. Por exemplo:
A pesquisa concernente
psicologia cognitiva ampliou a compreensao da natureza
do desempenho competente, assim como dos principios da organizayao do conhecimento em que se baseiam nossas capacidades para solucionar problemas em
diversas areas, como matematica, ciencias, literatura, estudos sociais e historia.
H.A. Simon, "Observations on the Sciences of Science Learning", documento elaborado para 0 Committee
on Developments in the Science of Learning for the Sciences of Science Learning: an Interdisciplinary
Discussion, do Departamento de Psicologia da Universidade Carnegie Mellon, 1996.
Recorrendo
tradiyao empirica, os behavioristas conceituaram a aprendizagem
como 0 processo de estabelecer conexoes entre os estimulos e as reayoes. Consideravam que a motivayao para aprender era desencadeada principalmente por impul50S,como a fome, e pela presenya de certas foryas externas, como recompensas e
castigos.4
No estudo behaviorista classico de Edward 1. Thorndike, alguns gatos famintos
tinham de aprender a puxar urn barb ante pendurado numa "caixa quebra-cabeya" a
fim de abrir uma porta para escapar e conseguir alimento. Como e que os gatos
aprendiam a escapar des5a maneira? Segundo a conclusao de Thorndike, nao que os
gatos pensavam numa forma de escapar e entao a colocavam em pratica; em vez disso,
nvolviam-se num comportamento de tentativa e erro (ver quadro 1). As vezes, urn
gato puxava acidentalmente 0 barb ante enquanto brincava e a porta se abria, permitindo sua fuga. Mas esse evento nao parecia produzir urn insight nO gato, pois, quando
recolocado na caixa, 0 felino nao puxava irnediatamente 0 barbante para escapar.
J
4
J. B.Watson,
"Psychology
as a BehavioristViews
tambern admitiu hip6teses sobre estados "rnentais" internos, quando estas se tornavam
necessarias para a explicayao de diversos fenornenos.5
QUADRO 1
A aprendizagem do gato
6
7
:nento mental: para testar suas teorias em vez de simplesmente especular sabre a
:?ensamento e 0 aprendizado,8 e, nos Ultimos anos, para desenvolver insights sabre a
:..Tnpordncia dos contextos sociais e culturais de aprendizagem.9 A introduc;ao de
:netodologias rigorosas de pesquisa qualitativa proporcionou perspectivas sabre a aprenillzagem que complementam e emiquecem as tradic;oes da pesquisa experimental. 10
Ver,por exemplo,]. R.Anderson, "Acquisition of Cognitive Skill", em Psychological Review, nO89, 1982, "Skill
Acquisition: Compilation ofWeak-Method Problem Solutions", em Psychological Review, n 94, 1987;A. D.
deGroot, Thought and Choice iI/ Chess (Haia: Momon, 1965),iVfethodology: FOlll/datiol/s r!f bljerel/ce al/d Research
in the Behavioral Sciences (Nova York/Haia: Mouton, 1969);A. Newell & H.A. Simon, HI/man Problem Solvil/g,
cit.;K.A. Ericsson & N. Charness,"Exl'err Pelformance: Its Structure and Acquisition", em American Psychologist,
nO49, 1994.
Por exemplo, B. Cole, "Characterizing On-Line Communication: a First Step", documento apresentado na
reuniao anual da American Educational Research Association, Nova York, 8 a 12 de abril de 1996;]. Lave,
Cognition in Practice:i'v1.ind,lVIathematics, al/d Cultllre in Everyday Life (Cambridge: Cambridge University Press,
1998);]. Lave & E.Wegner, Situated Learnil1g:Le,gitillIatePeripheral Participation (NovaYork: Cambridge University
Press, 1991); B. Rogoff, Apprellficeship ill Thinkillg: Cognitive Development ill Social COlltext (Nova York: Oxford
University Press,1990);B. Rogoff et al.,"Guided Participation in Cultural Activity byToddlers and Caregivers",
em MOllographs r!f the Society for Research ill Child Development, 58 (7), serie nO236, 1993.
I,)
F.Erickson, "Qualitative Methods in Research on Teaching", em Hal/dbook r!f Research 011 Teaching (NovaYork:
MacMillan, 1986); M. Hanmlersly & P Atkinson, Ethnography: Prillciples alld Practices (Londres: Tavistock,
1983); S. Heath, "Ethnography in Education: Defining the Essential", em P Gilmore eA. Gilmore (orgs.),
Childrell III alld QI/t r!f School (Washington: Center for Applied Linguistics, 1982);Y. S.Lincoln & E. G. Guba,
Naturalistic II/qlliry (Beverly Hills: Sage, 1985); C. Marshall & G. B. Rossman, Designing Qualitative Research
(Thousand Oaks: Sage, 1955); M. B. Miles & A. M. Huberman, Qualitative Data A/wlysis: a Sourcebook r!f New
Methods (Newbury Park: Sage, 1984);]. Spradley, The Etllllographic II/terview (Nova York: Harcourt, Brace,
Javanovich, 1979).
Q
b. conduzem
Por exemplo, as pessoas que conhecem bem veias;rearterias sabem mais do que os
fatos mencionados acima: tambem entendem,por que ~s veias e as arterias apresentam
propriedades especificas. Sabem que 0 sangue bombeado do cora<;ao sai em jorros e
que a elasticidade das arterias ajuda a acomodar as mudan<;as de pressao. Sabem que 0
sangue bombeado pelo cora<;ao precisa subir (para 0 cerebro), assim como descer, e
que a elasticidade de uma arteria permite que ela fimcione como valvula unidirecional,
que se fecha no termino de cadajorro e impede 0 sangue de refluir. Como entendem
, ~s rela<;oes entre atestrhtura;e ~ fun<;ao das veias e arterias, e muito provavel que essas
. 'pessoas sejam cap~zes de usar 0 que aprenderam para solucionar problemas novos. Elas
mostram indicios de transferencia. Por exemplo, imaginemos que alguem seja solicitado a projetar uma arteria artificial.Teria de ser elastica? Por que? Ou por que nao? 0
entendimento a respeito das razoes relativas as peculiaridades das arterias sugere que a
elasticidade pode nao ser necessaria; talvez 0 problema possa ser solucionado com a
cria<;ao de urn conduto resistente 0 bastante para suportar a pressao dos jorros do
cora<;ao e tambem para funcionar como valvula unidirecional. 0 conhecimento das
veias e arterias nao assegura uma resposta para a questao referente ao projeto, mas
ajuda a pensar em alternativas que nao ocorrem facilmente a uma pessoa que apenas
memoriza fatos.12
11
POl'exemplo,W G. Chase & H.A. Simon, "Perception in Chess", em Cogl1itive Psychology, nO31, 1973; M.T.
H. et aI., "Categorization and Representation of Physics Problems by Experts and Novices", em Cogl1itive
Selmce, n 5, 1981;A. D. de Groot, Thought al1d Choice il1 Chess, cit.
J. D. Bransford & B. S. Stein, The IDEAL Problem Solver (2' ed. Nova York: Freeman, 1993).
Q
12
Aprendizagem:
a ciencia
da especulaf;Cto
. ,., ..... I
......
Uma extensao 16gica da visao de que 0 novo conhecinlento deve ser elaborado a
_artir do conhecimento existente e que os professores precisam prestar aten<;:aoaos
~ntendimentos incompletos, as cren<;:asfalsas e as interpreta<;:oes ingenuas dos concei'os que os aprendizes trazem consigo sobre determinado assunto.Assim, os professores
-em de partir dessas ideias, para ajudar os alunos a alcan<;:arurn entendinlento mais
maduro. Se as ideias e as cren<;:asiniciais dos alunos sao ignoradas, a compreensao que
les desenvolvem pode ser muito diferente da que era pretendida pelo professor.
Consideremos 0 desafio de trabalhar com crian<;:asque acreditam que aTerra e plana,
e a tentativa de ajuda-Ias a entender que e esferica. Quando se afirma que a Terra e
redonda, as crian<;:asinlaginarn 0 planeta como uma panqueca e nao como urna esfera.16
.; Por exemplo,J. Piaget, Success and Ullderstanding (Cambridge: Harvard University Press, 1978); L. SVygotsky,
Mind in Society: the Dwelopment of the Higher Psychological Processes (Cambridge: Harvard University Press,
1978).
:; W James, Principles of Psychology (Nova York: Holt, 1890) .
., Por exemplo, P Cobb, "Theories of Mathematical Learning and Constructivism: a Personal View", artigo
apresentado em simposio sobre tendencias e perspectivas da educayao matematica, realizado pelo Institute of
Mathematics da Universidade de Klagenfurt, Austria, 1994; J. Piaget, The Origills of Intelligence in Children
(Nova York: International Universities Press, 1952), The Child and Reality: Problems of Genetic Psychology (Nova
York: Grossman, 1973), The Language and Thought of the Child (Londres: Routledge & Kegan Paul, 1973), The
Grasp of COrlSciousness(Londres: Routledge & Kegan Paul, 1977), Success and Understanding, cit.; L. SVygotsky,
Thought and La'lguage (Cambridge: MIT Press, 1962), Mind ill Society, cit.
16
S.vosniadou &W EBrewer,"The Concept of the Earth's Shape:a Study of Conceptual Change in Childhood",
trabalho elaborado para 0 Reading Study Center da Universidade de Illinois, 1989.
Se enta~ se diz para elas que e redonda como uma esfera, as crianyas interpretam a nova
informayao sobre uma Terra esferica dentro da sua visao de Terra plana, concebendo
uma superficie plana como uma panqueca dentro ou no alto de uma esfera, com seres
humanos de pe sobre a panqueca.A maneira pela qual as crianyas elaboram seus novos
conhecirnentos e guiada pOl' urn modelo da Terra que as ajude a explicar como podem
ficar de pe ou caminhar sobre sua superficie, e uma Terra esferica nao se encaixa no seu
modelo mental. Como em Peixe peixe, tudo 0 que as crianyas escutam incorpora-se
visao preexistente.
Esse livro e irnportante nao apenas para crianyas, mas para aprendizes de todas as
idades. Por exemplo, estudantes do curso superior muitas vezes desenvolvem crenyas
sobre os fenomenos fisicos e biol6gicos que se encaL"Camem suas eArperiencias, mas
nao se encaixam nas explicayoes cientificas desses fenomenos. Essas ideias preconcebidas devem ser tratadas a :fim de que os estudantes mudem suas crenyasY
Peixe
e peixe
18
17
L. C.Kerpelman
American
Educational
Research
&
(orgs.), Teacher Enhallcelllel'ltjor Elelllel1tary and Secondmy Science and iVIathematics: Status, Issues, mld
Problems (Arlington: National Science Foundation, 1994); J. A. Minstrell, "Teaching Science for Understanding",
& L. E. Klopfer (orgs.), Toward the Tllillking Curriculum: Current Cognitive Research (Alexandria:
em L. B. Resnick
Association
for Supervision
and Curriculum
and Educational
Committee
on Developments
Discussion, do Departamento
18
Development,
Research:
de Psicologia
da Universidade
Carnegie
Mellon,
Fontes.]
para
1996.
L. Lionni, Fish Is Fish (Nova York: Scholastic Press, 1970). [A tradu<;:ao em portugues
pela editora Martins
elaborado
Y ~"',
Os novos desenvolvin'lentos na ciencia da aprendizagem tambem destacam a importancia de ajudar as pessoas a assumir 0 controle da sua propria aprendizagem.
Considerado importante 0 entendimento, as pessoas devem aprenClera-i"dentificar
quando entendem e quando precisam de mais informa<;:oes. Que estrategias podem
utilizar para avaliar se entendem 0 que outra pessoa quis dizer? Que tipos de comprova<;:oesprecisam para acreditar em determinadas asser<;:oes?Como podem elaborar
suas proprias teorias sobre os fenomenos e testa-las com eficacia?
pj< vVl'
(>t. 'Imaginemos
24
25
in the Science Classroom", em TIle Journal of the Learning Sciences, 4(2),1995; B.Warren & A. Rosebery, "This
Question IsJustToo,Too Easy:Perspectives from the Classroom on Accountability in Science", em L. Schauble
& R. Glaser (orgs.), Contributions of Illstructiollal Innovation to Understanding Learning (Mahwah: Erlbaum, 1996).
Por exemplo, A. L. Brown, "The Development of Memory: Knowing, Knowing about Knowing, and
Knowing How to Know", em H.W Reese (org.),Advances ill Child Development and Behavior, vol. 10 (Nova
York: Academic Press, 1975);]. H. Flavell,"Metacognitive Aspects of Problem-Solving", em L. B. Resnick
(org.), The Nature of Intelligence (Hillsdale: Erlbaum, 1973).
Por exemplo,A. S.Palincsar & A. L. Brown, "Reciprocal Teaching of Comprehension Monitoring Activities" ,
em Cognition and Instmction, n 1,1984; M. Scardamalia et al., "Teachability of Reflective Processes in Written
Composition", em Cognitive Scimce, vol. 8, 1984; A. H. Schoenfeld, "Problem Solving in the Mathematics
Curriculum: a Report, Recorrunendation and Annotated Bibliography", em MathematicalAssociation of America
Notes, n 1, 1983, NIathell1atical Problell1 Solving (Orlando: Academic Press, 1984), "On Mathematics as Sense
Making: an Informal Attack on the Unfortunate Divorce of Formal and Informal Mathematics", em J. E Voss
et al. (orgs.), III[onl1al Reasolling and Educatioll (Hillsdale: Erlbaum, 1991).
M. Scardamalia & C. Bereiter, "Higher Levels of Agency for Children in Knowledge-Building: a Challenge for
the Design of New Knowledge Media", em Jou1'l1alof the Learning Sciences, n 1,1991.
Q
26
de por aquilo que os estudantes aprendem enquanto realizam suas atividades. 0 pro:- ssor C faz 0 mesmo, mas com 0 objetivo adicional de continuamente transferir mais
do processo de aprendizagem para os estudantes. Se visitarmos as salas de aula, nao
?oderemos distinguir de imediato os tres tipos d~reTUma
das -coisas que
eremos sac os alunos trabalhando em grupos para a produc;:ao de videos ou apresen:ac;:oesmultinl.idia. Provavelmente, veremos 0 professor passando de grupo em grupo
_ara verificar como as coisas estao indo e responder as duvidas. Em poucos dias, no
~ntanto, as diferenc;:as entre os professores A e B serio evidentes. 0 professor A se
:ocaliza inteiramente no processo de produc;:ao e seus produtos - se os alunos estao
~nvolvidos, se todos estao obtendo tratamento satisfatorio e se estao produzindo bons
uabalhos. 0 professor B tambem presta atenc;:ao a tudo isso, mas observa tambem 0
ue os alunos estao aprendendo da experiencia e toma providencias para assegurar
que eles process em 0 conteudo em vez de apenas lidarem COlTla exposic;:ao.Porem,
_ara percebermos a diferenc;:aentre os professores Bee, precisaremos voltar a historia
o projeto de produc;:ao de nl.idia. 0 que 0 ocasionou? Foi concebido desde 0 inicio
-omo atividade de aprendizagem ou surgiu das proprias iniciativas dos alunos de
~laborarem 0 conhecimento? Em urn notavel exemplo de uma sala de aula de urn
_rofessor C, os alunos, que vinham estudando baratas e haviam aprendido muito da
:eitura e cia observac;:ao,quiseram partilhar seus conhecimentos com 0 resto da esco1a;
a ideia de produzir urn video surgiu dessa finalidadeY
Portanto, naquilo que parece ser a mesrna ativiciade de aprendizagem, as diferenc;:as
?resentes sac profundas. Na sala de aula do professor A, os alunos escio aprendendo algo
=obre produc;:ao de n1.idia,mas essa ativiciade pode estar impedindo a aprendizagem de
outras coisas. Na sala de aula do professor B, ele esta trabalhando para assegurar que os
objetivos educacionais originais cia ativiciade sejarn satisfeitos, que ela nao se deteriore
:lUm mero exercicio de produc;:ao de n1.idia.Na sala de aula do professor C, a produc;:ao
e n1.idia e resultado continuo e direto cia aprendizagem que ganha corpo com essa
?roduc;:ao.A maior parte do trabalho do professor C foi feita antes mesmo de surgir a
ideia de produzir a n1.idia,e prossegue agora apenas como ajuda para os estudantes nao
perderem de vista seus objetivos enquanto executam 0 projeto.
Esses tres professores hipoteticos - A, Bee - sac modelos abstratos que, naturalmente, so em parte correspondem a professores reais, e em alguns dias mais do que em
outros. No entanto,fornecem vislumbres importantes das conexoes entre os objetivos
a aprendizagem e as praticas de ensino que podem influenciar a capacidade dos
alunos de realizar esses objetivos.
0 auxilio
Building Communities",
agosto de 1997.
o '1 vs
l~~go
28
29
30
Por exemplo, R. F Elmore et 01., Restructuring in the Classroom: Teaching, Learning, and School Olganization (Sao
Francisco: Jossey-Bass, 1986).
PM. Greenfield & R. R., Cockil1g, Interacting with Video (Nonvood:Ablex, 1996).
J. L. McClelland et al., "Why There Are Complementary Learning Systems in Hippocampus and Neocortex:
lnsights from the Successes and Failures of Connectionist Models of Learning and Memory", em Psychological
:::'c-iicitos,a fim de refinar e ampliar os principios basicos, assim como aplicar os modelos
'!Uestoes de pesquisa substantivas por meio de experiencias behavioristas, simulac;:oes
-; :- omputador, imageamento funcional do cerebra e anilises rnatematicas. Portanto,
555 estudos estao contribuindo para a mudanc;:a tanto da teoria como da pratica. Os
:: '0 modelos tambem incluem a aprendizagem na idade adulta, para acrescentar uma
c::nensao importante
base do conhecimento cientifico.
Review, nO102, 1985; D. C. Plaut et aI., "Understanding Normal and Impaired Word Reading: Computational
Principles in Quasi-Regular Domains", em Psychological Review, nO 103, 1996; Y Munkata, "Rethinking
Infant Knowledge: toward an Adaptive Process Account of Successes and Failures in Object Permanence
Tasks",em PsychologicalReview, n 104,1997;]. L.McClelland & M. Chappell, "Familiarity Breeds Differentiation:
a Subject-Likelihood Approach to the Effecrs of Experience in Recognition Memory", em Psychological
Review, nO 105,1998.
H. M.Wellman, The Child~ Theory of Mind (Cambridge: MIT Press, 1990).
S.Carey & R. Gelman, TI,e Epigenesis ifMilld: Essays on Biology alld Cognition (Hillsdale:Edbaum, 1991).
H. Gardner, The Unschooled lVIind: How Children Think, alld How Schools Should Teach (Nova York: Basic Books,
1991).
Q
..
I;
entendimento que as crianc;as trazem sala de aula ja pode ser muito influente
nas primeiras series escolares. Por exemplo, verificou-se que algumas crianc;as se agarravam a suas ideias preconcebidas de que a Terra era plana, imaginando uma Terra
redonda com 0 formato de uma panqueca.35 Nesse caso, a construc;ao de urn novo
entendimento e orientada por urn modelo da Terra que ajude a crianc;a a explicar
como as pessoas conseguem ficar de pe ou caminhar em sua superncie. Diversas
crianc;as tern dificuldade de desistir da ideia de que urn oitavo e maior do que urn
quarto, pois oito e maior do que quatro.36 Se as crianC;asfossem lousas em branco, seria
adequado falar para elas que a Terra redonda ou que urn quarto e maior que urn
\oitavo. Mas, como ja tern ideias sobre aTerra e sobre os numeros, essas ideias devem ser
I\tratadas diretamente, a fim de transforma-las ou expandi-las.
Para os~~ndizes
de t~d~s as ida-?es, e importante expandir a compreensao existente e elabora-la:Drversas experienci~ de pesquisa demonstram a permanencia da
compreensao preexistente entre estudantes mais veIhos, mesmo depois do ensino de
urn novo modelo que contradiz a compreensao ingenua. Por exemplo, em urn estudo
com alunos de nsica de faculdades de elite e de orientac;ao tecno16gica, Andrea DiSessa
pediu que eles usassem urn jogo eletronico, que exigia 0 controle de urn objeto
simulado no computador, denominado Dynaturtle, de modo que acertassem urn alvo,
fazendo isso com urn minimo de velocidade de impacto.37 0 jogo foi apresentado aos
participantes.Antes de comec;ar, os estudantes fizeram urn teste pratico, envolvendo a
aplicac;ao de alguns golpes, com urn pequeno taco de madeira, numa bola de tenis
sobre uma mesa. 0 mesmo jogo eletronico foi usado por crianc;as do ensino fundamental. DiSessa constatou que ambos os grupos de alunos fracassaram totalmente. 0
34
35
36
37
J. Minstrell, "Teaching
__
.1
~rudantes de diversas idades persistem em suas crenyas de que as estayoes SaGcausaela distancia da Terra ao Sol e nao pela inclinayao da Terra, ou de que urn objeto
~-: do ao ar tern, atuando sobre si, tanto a forya da gravidade como a farp da mao que
;.... messou, apesar da instmyao em contrariO.38 Para que a compreensao cientifica
_ 'rua a compreensao ingenua, os alunos precisam revelar esta Ultima e ter a oportu:.: e de perceber em que pont~ ~Ja ~ defiqeI]l~:.- -- -- - - -
=- _
..-.
--
--
'vl..H. Schneps & PM. Sadler, A Private Universe, video, Departamento de Educac,:aoCientifica do HarvardSmithsonian Center forAstrophysics,Washington,Annenbergl CPE, 1987;]. Clement, "Students' Preconceptions
in Introductory Mechanics", em American Journal of Physics, n 50, 1982_
Q
Na maioria das areas de estudo do sistema educacional G-12, os estudantes comec;:amcomo principiantes; tern ideias informais sobre 0 objeto de estudo e diferem na
quantidade de informac;:ao adquirida. A tarefa da educac;:ao pode ser vista como a de
mover os estudantes na direc;:aode uma compreensao mais formal (ou maior competencia). Isso exigira tanto urn aprofundamento da base de informac;:ao como 0 desenvolvimento de 1!1!1 arcabouc;:o'COnceiJual para aquele assunfo.
Podemos usar a geografia para ilustrar a maneira pela qual a competencia se
organiza em torno de principios que sustentam 0 entendimento. Urn aluno pode
aprender a preencher urn mapa pOl' meio da memorizac;:ao de estados, cidades,
paises, ete. e completar a tarefa com alto nlvel de exatidao. Mas, se as fronteiras
forem removidas, 0 problema se torna muito mais diflcil. Nao ha conceitos que
ap6iem as informac;:oes do estudante. Urn especialista, que sabe que as fronteiras
muitas vezes se estabeleceram porque fenomenos naturais (como montanhas ou
mass as aquatic as) separaram as pessoas, e que grandes cidades freqiientemente surgiram em Iocais que permitiam 0 comercio Uunto a rios, grandes lagos e portos
costeiros), tera facilmente urn desempenho melhor que 0 principiante. Quanto
mais desenvolvida a compreensao conceitual das necessidades das cidades e da base
de recursos que atraem as pessoas para elas, mais significativo se torna 0 mapa. Os
estudantes podem se tornar mais competentes se a informac;:ao geografica ensinada
for inserida no arcabouc;:o conceitual apropriado.
Uma descoberta fundamental na literatura do aprendizado e da transferencia e que
a organizac;:ao da informac;:ao num arcabouc;:o conceitual permite maior "transfer~ncia"J;to e, possibilita que 0 estudante aplique 0 que foi aprendido em novas situac;:oes
e que aprenda informac;:oes afins mais rapidamente (vel' quadro 3).0 estudante que
aprendeu dados geograficos relativos asAmericas num arcabouc;:o conceitual aborda a
tarefa de aprender a geografia de outra parte do planeta com questoes, ideias e expectativas que ajudam a oriental' a aquisic;:ao de nova informac;:ao. A compreensao da
imporrancia geografica do rio Mississippi prepara 0 terreno para que 0 aluno entenda
a importancia geografica do rio Nilo. Alem disso, a medida que os conceitos sac
reforc;:ados, 0 estudante transfere 0 aprendizado para alem da sala de aula, observando
e pesquisando, por exemplo, as caractensticas geograficas de uma cidade visitada que
ajudem a explicar sua localizac;:ao e tamanho.39
39
K.J. Holyoak, "Analogical Thinking and Human Intelligence", em R.J. Sternberg (arg.), Advances in the
Psychology gHulIlan Intelligence, vol. 2. (Hillsdale:Erlbaum, 1984);L. R. Novick & K.J. Holyoak,"Mathematical
Problem Solving by Analogy", em Journal of Experimental Psychology: Leaming, J\!Ienwry and Cognition, 17(3),
maio de 1991.
abordagem "metacogntivaJ) da nstntfaO pode ajudar 05 estudantes a aprender a assu. r 0 controle da sua propria aprendizagem pOl' meio da difinifao dos objetivos da aprendi:;:.;;em e do monitoramento do seu progresso em alcanfa-los.
ClIla
a pesquisa com especialistas, solicitados a verbalizar seu pensamento enquan_Dalhavam, revelou-se que eles monitoravam sua propria compreensao com cui- . anotando quando sua compreensao exigia informa<;:oes adicionais, se a nova
::::-:na<;:aoera compativel com 0 que ji sabiam, e quais analogias podiam ser inferidas
. :azer progredir seu entendimento. Essas atividades de monitoramento metacogv saG urn importante elemento do que se designa competencia adaptatva.~o
" G. Hatano & K. Inagaki, "Two Courses of Expertise", em H. Stevenson et at. (orgs.), Child Development and
Education in Japan (Nova York:W H. Freeman, 1986).
Descrito em C. H.Judd, "The Relation of Special Training to General Intelligence", em Educational Review,
:Y' 36, 1908'ver a replica conceitual de G. Hendrickson & W H. Schroeder, "Transfer ofTraining in Learning
:0 Hit a Submerged Target", em Journal of Educatiollal Psychology, n" 32, 1941.
~ E. Hutchins, Cognition in the Wild (Cambridge: MIT Press, 1995); S.Brice-Heath, "Toward an Ethnohistory
of Writing in American Education", em M. F.Whiteman (arg.) , Writillg: the Nature, Developlilent, and
Teaching ojWritten COIll/11unication,vol. 1 (Hillsdale: Erlbaum, 1981), IMlys with l;JIords:Lallguage, Life a/1df;Vork
ill Communities and Classrooms (Cambridge: Cambridge University Press, 1983);]. H. Suina & L. B. Smolkin,
"From Natal Culture to School Culture to Dominant Society Culture: Supporting Transitions for Pueblo
Indian Students", em P. M. Greenfield & R. R. Cocking (orgs.), Cross-C~tltl/ral Roots of Millorit)' Child
Development (Hillsdale: Erlbaum, 1994).
yas podem aprender essas estrategias, sendo capazes de preyer resultados, de dar explicayoes a si mesmas a fim de melhorar sua compreensao, de perceber lacunas a preencher, de ativar 0 conhecimento de fundo, de planejar
frente e de ratear tempo e
memoria. 0 ensino reciproco, por exemplo, e uma tecnica idealizada para melhorar a
compreensao da leitura dos estudantes, ajudando-os a explicar, elaborar e monitorar
seu entendimento
enquanto leem.43 0 modelo para a utilizayao das estrategias
metacognitivas e fornecido inicialmente pelo professor, e os alunos praticam e discutern as estrategias enquanto aprendem a usa-las. No fim, os estudantes saG capazes de
se estimular e monitorar sua propria compreensao sem 0 apoio do professor.
o modelo
disciplina. Partanto, pode exigir cursos ou extensoes curriculares idealizados especificamente para professores.
A avaliayao para prop6sitos de responsabilizayao pelos resultados (par exemplo,
os exames estaduais) deve testar a compreensao profunda e nao 0 conhecimento
superficial. Frequentemente, as ferramentas de avaliayao sao 0 criterio pdo qual
os professores sao responsabilizados. Urn professor se ve em maus leny6is se e
solicitado a ensinar visando uma compreensao conceitual profunda, mas, ao fazer isso, produz estudantes com desempenho mais deficiente nos testes padronizados. A menos que as novas ferramentas de avaliayao estejam alinhadas com as
novas abordagens de ensino, e improvavel que estas conquistem apoio entre as
escolas e seus conselhos de pais. Esse objetivo e ta~ importante quanto dificil de
ser alcanyado. 0 formato dos testes padronizados pode estimular a mensurayao
do conhecimento factual em vez da compreensao conceitual, mas tambem facilita a classificayao objetiva.A mensurayao da profundidade da compreensao pode
impor desafios para a objetividade. E necessario muito trabalho para minimizar 0
desequilibrio entre a avaliayao profunda e a avaliayao objetiva.
::0
ma solicita avaliac;oes reflexivas dos alunos, possibilitando que revisem as ava~oes dos seus colegas de classe. Em certo estudo, alunos da 5a serie de uma escola
:::..= -uburbio que estudavam fisica usando 0 programa ThinkerTools apresentaram
=~lhor desempenho na resoluc;ao de problemas conceituais de fisica que estudantes
-= ~ ~ ica do 22 e 32 anos do ensino medio, no mesmo sistema escolar, ensinados pelos
=';wdos convencionais. Um segundo estudo, comparando estudantes da 6a 8a
:';:-ie de escolas de areas urbanas com estudantes do 22 e 32 anos do ensino medio de
:: olas de suburbio, tambem revelou que os estudantes mais jovens, ensinados pela
-' ordagem baseada na inquiric;ao, apresentaram uma compreensao maior dos prin.:::~.os fundamentais da fisica.46~ _
B.YWhite & J. R. Fredrickson, TI,e TIJil1kerTools Inquiry Avjea, cit., "Inquiry, Modeling, and Meracognition",
cit. .
Se, em vez disso, 0 ponto de partida for urn conjunto basico de principios de aprendizagem, a seleyao das estrategias de ensino (mediadas, e claro, por assunto, nlvel da serie
escolar e resultado desejado) podera ser feita com criterio. As diversas possibilidades
tornam-se entao urn rico conjunto de oportunidades, por meio do qual 0 professor
elabora urn programa instrucional e nao urn caos de alternativas concorrentes.
o enfoque
Figura 1 - Sabendo como se aprende, os professores podem escolher com mais criterio entre
as tecnicas adequadas para a realiza<;8.ode objetivos especificos.
capitulo 6 deste livro propoe urn arcabouyo para ajudar a orientar 0 projeto e a
avaliayao dos ambientes que podem otirnizar a aprendizagem. Considerando seria-
ente os tres principios discutidos anteriormente, postulamos quatro atributos interxlacionados que precisam ser cultivados nos ambientes de aprendizagem.
As escolas e as salas de aula devem estar centradas no aprendiz.
Os professores devem prestar muita atenyao ao conhecimento, as habilidades e as
:; .mdes trazidos pelos aprendizes para a sala de aula. Isso inclui as ideias preconcebidas
"om respeito ao assunto,ja discutidas, mas tambem uma compreensao mais ampla do
d:)fendiz. Por exemplo:
As diferenyas culturais podem afetar 0 myel de conforto dos estudantes no trabailio cooperativo versus 0 trabalho individual, e refletem-se no conhecimento de
fundo que os estudantes trazem para a nova situayao de aprendizagem.47
As teorias dos estudantes a respeito do que signica ser inteligente podem afetar
seu desempenho. A pesquisa revela que os estudantes que consideram a inteligencia como uma entidade fixa sac provavelmente mais voltados para 0 desempenho
que para a aprendizagem; eles querem parecer bons em vez de se arriscarem a
cometer erros enquanto aprendem. E muito provavel que eles desistam quando as
tarefas se tornam dificeis. Em comparayao, os estudantes que acham que a inteligencia e maleavel estao mais dispostos a enfrentar tarefas desafiadoras; sentem-se
mais confortaveis em relayao ao risco.48
Os professores em salas de aula centradas no aprendiz tambem prestam muita
d-enyao ao progresso individual de cada aluno e idealizam tarefas apropriadas. Apre:~ntam aos estudantes "dificuldades manejaveis", isto e, desafiadoras 0 suficiente para
:nanter 0 envolvimento, mas nao tao dificeis a ponto de desencoraja-los. Por isso,
_recisam compreender 0 conhecimento, os mveis de habilidade e os interesses dos
tudantes.49
Como ja mencionado, a pesquisa discutida nos capitulos a seguir mostra com clareza
ue a competencia envolve 0 conhecimento bem organizado que sustenta a compreensao,
e que aprender entendendo e importante para 0 desenvolvimento da competencia, pois
:acilita a nova aprendizagem (isto e, ap6ia a transferencia).
L. C. Moll et al., "Living Knowledge: the Social Distribution of Cultural Sources for Thinking", em G.
Salomon (org.), Distributed Cognitions (Cambridge: Cambridge University Press, 1993).
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30
51
52
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Elementary School Journal, nO 93, 1992.
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Monitoring, Reflection, and Revision", em D. Hacker et al. (orgs.), lVletacognition in Educational Theory and
Practice (Mahwah: Erlbaum, 1988).
_-:.aprendizagem
injluenciada de maneira fundamental pelo contexto em que acontece. Uma
-' rdagem centrada na comunidade requer 0 desenvolvimento de normas para a sala de aula
_ :-:lTa a escola, assim como conexoes com 0 mundo exterior; que apoiem valores essenciais da
: endizagem .
.- - normas estabelecidas na sala de aula tern efeitos significativos sobre os resultados
.ddos pelos alunos. Em algumas escolas, as normas podem ser expressas como
se deixe apanhar em algo que voce nao sabe". Outras escolas estimulam os
. a correrem 0 risco e valorizam as oportunidades de cometer erros, obter feedback
=rngi-los. Sem duvida, se os estudantes precisam expor suas ideias preconcebidas
_ urn assunto, suas questoes e seu progresso rumo ao entendimento, as normas da
- :g devem apoiar essas ayoes.
professores devem se encarregar de planejar as atividades de sala de aula e ajudar
;;s:udantes a organizar seu trabalho a fim de fomentar 0 tipo de camaradagem
"ectual e de postura em relayao
aprendizagem que desenvolve 0 sentido de
unidade. Em tal comunidade, os estudantes podem ajudar-se mutuamente na
-yao de problemas, apoiando-se nos conhecirnentos uns dos outros, formulando
~-oes para esclarecer as explicayoes e propondo carninhos que direcionem 0 gru- :ara seu objetivoY Tanto a colaborayao na soluyao de problemas como a argu-~Layao entre os estudantes, em tal comunidade intelectual, reforyam 0 desenvolvio cognitiVO.54
.-\. L. Brown &]. C. Campione, "Guided Discovery in a Conununity of Learners", em K. McGilly (org.),
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J. Lave & E.Wegner, Situated Leamillg, cit.
2
entao transferido para a sala de aula, conferindo urn sentido de apropria<;:ao das novas
ideias, uma vez que eles as aplicam na teoria e na pritica.
Igualmente, as escolas precisam desenvolver maneiras de associar a aprendizagem cia
sala de aula com outros aspectos cia vida dos estuciantes. Obter 0 apoio dos pais aos
principios essenciais cia aprendizagem e envolve-los no processo de aprendizagem e
extremamente irnportante.56 A figura 2 mostra a porcentagem de tempo que os estudantes de urn grande distrito escolar passam na escola. Se urn ter<;:odo seu tempo fora cia
escola (sem contar as horas de sono) e gasto assistindo televisao, entao os estudantes,
aparentemente, passam mais horas por ana assistindo televisao do que frequentando a
escola. Dirigir 0 foco exclusivamente para as horas que eles passam na escola e negligenciar as diversas oportunidades de aprendizagem orientacia em outros cenarios.
Lar e
comunidade
53%
56
L. C. Moll, "Creating Straregic Learning Environments for Students: a Conullunity-Based Approach", traba1ho apresentado na reuniao anual daAmerican Educational ResearchAssociation, Sao Francisco, 1986,"Writing
as a Communication: Creating Strategic Learning Environments for Students", em Theory into Practice,nO25,
1986, Vygotsky and Ed~/cation (Nova York: Cambridge University Press, 1990).
apresentados a
a aprendizagem cooperativa), sem que se lhes de oportuque, quando, onde e como essa tecnica pode ser util.
-= .:- ecialmente impartante e a necessidade de integrar a estrutura das atividades
~~ 0 conteudo do curriculo ensinado.
sao centrados na avaliafaO. Para os professores mudarem suas priticas, precisam ter
.:csiao de experimentar as novidades fora da sala de aula e entao receber feedback .
.-. :naioria das oportunidades de desenvolvimento profissional nao oferece tal
ack.Alem disso, seu objetivo
geralmente a mudanya cia pratica do ensinG,
=:2: esconsideram desenvolver nos professores a capacidade de julgar a transfe:=-=6a bem-sucedida da tecnica para a sala de aula ou seus efeitos sobre os resulta- = alcan<;:adospelos alunos .
~1
. -:;~sao centrados na comunidade. Diversas oportunidades de desenvolvimento pro::':::onal SaGconduzidas isoladamente. As opartunidades para 0 contato e 0 apoio
':2. cinuos, enquanto os professores incorporam as novas ideias
sua pritica de
_:.::sino,SaGlirnitadas, embora a expansao acelerada do acesso internet proporcio::.e urn meio igil para a manuten<;:ao de tal contato, desde que se disponha de
::::ramentas e servi<;:osadequadamente projetados.
= rincipios de aprendizagern e suas implica<;:6espara 0 projeto de ambientes de
_.::iizagem aplicam-se igualmente
aprendizagem infantil e adulta. Proporcionam
~~me atraves da qual se pode ver como e a pritica corrente com respeito ao ensino
::...-=~rna
G-12 e prepara<;:aodos professores na agenda de pesquisa e desenvolvimen= prindpios SaGigualmente relevantes quando consideramos outros grupos, como
.. ::nuladores de politicas publicas e 0 publico, cuja aprendizagem tambern e neces~ ;-ara a mudan<;:ada pritica educacional.