Artigo - Boris Fausto
Artigo - Boris Fausto
Artigo - Boris Fausto
Resumo: O presente artigo analisa o perodo militar no Brasil (1964 1985) atravs da obra
Histria do Brasil de Boris Fausto. O livro introduz as controvrsias historiogrficas mais
significativas, mostrando como os estudiosos interpretam de modo diferente os diversos
momentos da formao de nosso pas, entre eles o perodo ditatorial da segunda metade do
sculo XX. A obra foi escolhida por abranger toda a histria do Brasil, bem como o perodo
da Ditadura Militar Brasileira, contexto este que ser analisado neste artigo, versando sobre as
diferentes formas de propagao do medo do comunismo no Brasil, alm de discutir as
justificativas para a implantao do golpe de 1964.
Introduo.
O sculo XX pode ser analisado inicialmente por suas barbries e atrocidades, em
especial o holocausto ocorrido na segunda grande guerra, mais precisamente em Auschwitz. O
sculo tivera um incio promissor, com a Europa no auge do poder econmico-militar,
impulsionada pelos progressos tecnolgicos da Revoluo Industrial que, por sua vez, foram
impulsionados por fora, suor e sangue de milhares de operrios europeus submetidos ao
novo e insacivel mundo do trabalho.
O incio da chamada era moderna trs uma espcie de crise de representao,
destruindo os referenciais que moviam o pensamento, principalmente uma drstica mudana
cultural para a sociedade, evidenciando a quebra de padres limitados para representar uma
realidade posta.
Filosoficamente, o pensamento da primeira metade do sculo XX representa uma
extrema reao filosofia do sculo anterior, tanto idealista quanto positivista. Uma larga
discusso apoiando-se nas idias iluministas kantianas posta em anlise j que no fim do
sculo XIX, como identifica o autor, inicia-se um forte movimento antikantiano em que se
contesta e se recusa a intuio teorizada pelo filsofo alemo. A experincia colocada como
conceito filosfico.
Pessoas prximas dizem que seu objetivo gerar mobilizaes populares e militares
ao seu favor, o que no acontece. Sem demora, o Congresso aceita seu pedido de renncia.
Os militares e os conservadores alegam que Joo Goulart, vice de Jnio, seria
prejudicial segurana nacional por supostas ligaes com os comunistas. Em meio
renncia de Jnio, os meios polticos procuram ansiosamente uma soluo que no fira a
Constituio (que garanta o direito de Jango assumir a presidncia, j que enfrentam forte
reao da oposio2).
Foi aceita a seguinte soluo: Jango exerceria o cargo de presidente desde que
adotasse o regime parlamentarista3, o que se faz mediante Ato Adicional Constituio de
1946:
Sobretudo no Rio Grande do Sul, onde civis e militares unem-se em defesa da legalidade, sob liderana do
governador gacho Leonel Brizola.
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O sistema parlamentarista pouco duraria. Foi at 1963. O parlamentarismo teve trs Primeiros-Ministros:
Tancredo de Almeida Neves (de oito de setembro de 1961 a nove de julho de 1962), Francisco de Paula
Brochado da Rocha (de nove de julho de 1962 a 14 de setembro do mesmo ano) e Hermes Lima (de 14 de
setembro de 1962 a 23 de janeiro de 1963). Entre os acontecimentos desse perodo, destacam-se a promulgao
da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional; a elevao do Territrio do Acre categoria de Estado, em
15 de julho de 1962; a criao do Ministrio Extraordinrio do Planejamento e Coordenao Econmica; e a
publicao do Plano Trienal de Desenvolvimento Econmico e Social, este que tinha como objetivos
fundamentais promover melhor distribuio das riquezas nacionais.
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Artigo 1 do Ato Adicional Constituio de 1946.
A Marcha da Famlia Com Deus pela Liberdade ocorre em 19 de maro de 1964 e rene cerca de 500 mil
pessoas. A marcha convocada como uma resposta ao comcio que o presidente Joo Goulart faz na Central do
Brasil, no Rio de Janeiro, em 13 de maro, quando defende suas reformas de base para um pblico de 200 mil
pessoas. Os manifestantes so contra o governo de Joo Goulart, pois temem a implantao de um regime
comunista no Brasil, sendo favorveis ao golpe militar. Ela organizada pela Unio Cvica Feminina, um grupo
de mulheres com ligao com empresrios paulistas. Segundo a historiadora Helosa Starling, da Comisso
Nacional da Verdade, a Marcha tem ainda apoio de setores da Igreja Catlica e se torna o modelo para
manifestaes que comearam a ocorrer em diversas outras cidades.
Desta forma, no incio da Ditadura Militar, a imprensa ainda tem relativa liberdade de
expresso, e pode se pronunciar diante de alguns fatos.
Em 17 de outubro de 1965 Castelo Branco decreta o AI-2 que estabelece que a eleio
para presidente e vice-presidente da Repblica ser realizada pela maioria absoluta do
Congresso Nacional, em sesso publica e votao nominal, e em 1966 o AI-3 estabelece
tambm o principio da eleio indireta dos governadores dos Estados atravs das respectivas
Assemblias estaduais. No entanto, a medida mais importante do AI-2 a extino dos
partidos polticos existentes. Passam a existir apenas dois partidos: a Aliana Renovadora
Nacional (ARENA), que agrupa os partidrios do governo; e o Movimento Democrtico
Brasileiro (MDB), que rene a oposio.
O governo de Castelo Branco ainda aprova uma nova constituio em 1967, o
Congresso fechado por um ms e aberto novamente pelo AI-4 para se reunir
extraordinariamente e aprovar o novo texto constitucional. A nova constituio amplia os
poderes do Executivo e a segurana nacional.
O sucessor de Castelo Branco o general Artur da Costa e Silva e seu vice- presidente
Pedro Aleixo. Eles assumem em maro de 1967. J na escolha do ministrio, Costa e Silva
corta o grupo de Castelo Branco por divergir da poltica Castelista.
Alm das presses feitas pela oposio que est rearticulada, em 1968 as
manifestaes esto em seu auge, no s no Brasil como no mundo. No Brasil esse clima de
mudana tem efeitos visveis na cultura em geral e na arte, especialmente na musica popular,
e isso d impulso tambm a mobilizao social. O estopim das manifestaes de rua em 1968
no Brasil a morte do estudante Edson Lus, executado pela Polcia Militar em um pequeno
protesto no Rio de Janeiro. A indignao cresce com a ocorrncia de novos atos violentos.
Isso cria condies para uma maior mobilizao, tanto dos estudantes como de setores da
Igreja e da classe mdia. O ponto alto a passeata dos 100 mil, realizada em 25 de junho de
1968.
H tambm o surgimento da luta armada, no qual grupos de esquerda influenciados
pela Revoluo Cubana acreditam que s a luta armada colocar fim ao regime militar.
Em 13 de dezembro Costa e Silva decreta o AI-5, que ao contrrio dos outros atos no
tem prazo de vigncia e no uma medida excepcional transitria, e dura at o inicio de 1979.
O presidente da republica volta a ter poderes de fechar o Congresso provisoriamente, intervir
nos Estados e municpios nomeando interventores, cassar mandatos e suspender direitos
polticos, assim como demitir ou aposentar servidores pblicos, fica suspenso tambm a
garantia do habeas corpus. Com o AI-5 segue o curso de uma ditadura brutal, a partir de 1969
as aes armadas se multiplicam.
H aqui tambm que se destacar o perodo da Junta Militar que entra em vigor em
agosto de 1969 devido ao derrame que vitimou o ento presidente Costa e Silva, deixando-o
paralisado. Ao decorrer desse acontecimento, os ministros burlam a sucesso que ocorreria
atravs do civil Pedro Aleixo com a formulao de um novo Ato Institucional de n 12 de 31
de agosto de 1969, em que assumiriam o poder temporariamente, os ministros Lira Tavares,
do Exrcito, Augusto Rademaker, da Marinha, e Mrcio de Sousa e Melo, da Aeronutica.
Esse perodo marcado por medidas de represses e torturas, atravs de criaes do AI-13
que tem como finalidade o banimento de qualquer brasileiro do territrio nacional que
propicie qualquer tipo de perigo ao regime militar. Outro Ato Institucional criado nesse
perodo o AI-14, no qual legaliza a pena de morte em casos de guerra externa, psicolgicas,
revolucionrias ou subversivas, porm essa prtica no chega a ser utilizada oficialmente,
sendo acatada atravs de torturas decorrentes de choques ou de desaparecimento misteriosos6.
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Ao final de dois anos e sete meses de trabalho, a Comisso Nacional da Verdade (CNV) listou pelo menos 434
mortes ou desaparecimentos forados durante a Ditadura Militar no Brasil. Destas, 191 pessoas foram
assassinadas; 210 tidas como desaparecidas e 33 foram listadas como desaparecidas, mas depois seus corpos
A criao dos centros de torturas d-se nesse mesmo perodo atravs da OBAN
(Operaes Bandeirantes) e do DOI-CODI (Destacamento de Operaes e Informaes e do
Centro de Operaes de Defesa Interna) sendo criado no eixo Rio-So Paulo e depois
espalhando por todo territrio nacional.
Em meados de outubro de 1969 a junta militar declara vagos os cargos de presidente e
vice-presidente da Republica. O alto comando das foras armadas escolhe o general Emlio
Garrastazu Mdici. Nascido no Rio Grande do Sul, e ex chefe do Estado Maior de Costa e
Silva, Mdici, que at sua ascenso ao poder era desconhecido do pblico quando assumiu a
presidncia em outubro de 1969, torna-se presidente no porque os militares acham que ele
tem atribuies para tal cargo, mas sim porque o nico general que possui quatro estrelas,
podendo impedir uma possvel diviso do exrcito no perodo.
O governo Mdici caracterizado por represso, censura e pelo Boom econmico.
A presena de Delfim Neto como Ministro da Fazendo e Reis Velloso na Secretria de
Planejamento, so de suma importncia para o desempenho econmico do governo Mdici em
1969. durante tal governo que todo um aparato repressivo utilizado contra aqueles que,
segundo Mdici, querem mergulhar o Brasil no caos.
Tal como aconteceu com Castelo Branco, Mdici no consegue fazer seu sucessor e as
foras armadas escolhem o general Ernesto Geisel que assume o poder atravs do voto
indireto, e que seria o primeiro presidente a chegar ao poder pelo Colgio Eleitoral previsto na
Constituio de 1967. Filho de alemo protestante, Geisel possui um maior destaque na
presidncia da Petrobrs, porm participou da poltica apoiando o governo Dutra e tambm o
governo de Joo Goulart.
O perodo de governo de Geisel marca uma abertura lenta na poltica do pas, havendo
a liberao dos partidos s propagandas eleitorais nos meios de comunicaes, como o rdio e
a televiso. Essa abertura poltica causa grande surpresa ao constatar a vitria eleitoral do
MDB (Movimento Democrtico Brasileiro), sendo a ARENA (Aliana Renovadora Nacional)
derrotada, conquistando apenas algumas cadeiras. Porm a Arena continua predominante, pois
no h a renovao de todos os cargos no Senado.
foram encontrados. O nmero de mortos em virtude do regime militar, no entanto, pode ser maior, conforme a
Comisso da Verdade.
A Lei Falco tinha como base a restrio dos candidatos aos meios de
comunicao, sendo possvel utilizar apenas o nome, nmero,
currculo e uma fotografia. Mesmo afetando os dois partidos o maior
prejudicado era o MDB, pois no tinham como apresentar suas idias.
(FAUSTO, 2008, p. 493)
Figuras nomeadas pelo presidente para consolidar a posio da Arena como principal partido poltico.
Em janeiro de 1979 vigora o Ato Institucional n 11 que revoga o AI-5, por isso o
Executivo no ter direito de solicitar o recesso no Congresso, cassar mandatos, demitir ou
aposentar funcionrios entre outros.
Fausto explica que:
A partir de 1979 a situao alterou para uma maior liberdade, mas com
intuito de manobra poltica e por isso a liberdade tornava-se
moderada. Outro setor de grande importncia nesse governo foi a
poltica econmica. A economia foi herdada do governo Mdici com
alguns problemas internacionais, no qual abrangia o setor petrolfero.
Com a sucesso de Geisel foi feito o II PND - Plano Nacional de
Desenvolvimento-, que incentivava os investimentos de empresas
privadas. Apesar desse novo projeto surgiram algumas dvidas e
questionamento quanto eficcia do PND. Os principais
questionadores viriam de So Paulo que propiciou em campanhas
contra a interveno do Estado nessas questes, surgindo uma outra
camada para a ento monopolizao do setor poltico composto por
militares e tecnocratas. (FAUSTO, 2008, p. 495-496)
O processo de abertura poltica, liderado por Joo Batista Figueiredo tenso, ele tem
de enfrentar as crises econmicas herdeiras do milagre, com inflao e juros altos. A Lei da
Anistia garante a anistia ampla, geral e irrestrita que vinha sendo exigida pelos movimentos
sociais, em especial pelo Comit Brasileiro de Anistia (CBA). Ela permite o retorno de
antigos lideres polticos e de guerrilheiros que haviam sido perseguidos pela ditadura durante
os anos de chumbo. Inclui tambm a anistia a perseguidores e torturadores, o que gera
revolta em parte da sociedade.
O desafio do presidente Figueiredo fazer a abertura poltica gradualmente, desta
maneira, numa tentativa de retardar a oposio, cria uma nova lei para os partidos polticos, a
Lei Orgnica dos Partidos, que exige a inicial P (de Partido) sigla, e o retorno do
pluripartidarismo, a Arena passa a ser o PDS (Partido Democrtico Social) e o MDB, o
PMDB (Partido do Movimento Democrtico Brasileiro).
Cuba, com apoio sovitico, patrocinava outros movimentos revolucionrios de carter socialista ou comunista.
Aps as malogradas tentativas de uma contrarrevoluo cubana e do assassinato de Fidel Castro, um dos lderes
da Revoluo, a poltica externa dos Estados Unidos passou a atuar em prol da sufocao de Cuba e de evitar que
revolues semelhantes ocorressem nos demais pases da Amrica Latina.
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Fernando Collor de Melo, ento candidato presidncia em 1989, fez campanha associando Luiz Incio Lula
da Silva, tambm candidato, ao mundo comunista, aproveitando-se da queda do Muro de Berlim, menos de uma
semana antes do primeiro turno. No segundo turno, a campanha de Collor exibiu no horrio eleitoral na TV o
depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, acusando o petista de t-la pressionado para abortar a
filha que esperava do ento metalrgico.
Consideraes finais.
O regime militar simboliza, acima de tudo, ruptura. O governo populista deu margem
s vozes sindicais, s massas trabalhadoras e s ideias consideradas comunistas como
reformas agrrias, urbanas, educacionais e eleitorais causaram revolta na classe mdia
conservadora e elite, que reagiram junto s foras armadas na implantao de uma ditadura.
Inseridos no contexto internacional de Guerra Fria, o regime militar foi severamente
opressor, cassando mandatos polticos e perseguindo aqueles que se opunham, principalmente
com o AI-5, que vigorou por onze anos (1968-1979). O governo de Ernesto Geisel iniciou um
processo "lento e gradual" de reabertura poltica, ou seja, a retomada democracia. Ao
contrario do que se imaginava a ditadura no era sinnimo de "ordem e progresso", sobretudo
econmico. A reabertura iniciou-se na economia, com a retomada de relaes diplomticas
com pases como a China e selaram acordos com grandes potncias econmicas; depois
passaram a diminuir a censura (o que no foi bem aceito por militares da "linha dura", que
continuaram com as prticas de tortura e violncia), por fim, permitiram a livre votao para
vereadores, deputados e senadores.
Geisel, percebendo que seu partido perdia foras com o processo de reabertura poltica
e via seu poder ameaado, revogou o AI-5. Seu sucessor, eleito ainda indiretamente, General
Figueiredo, enfrentou, durante seu governo, grande agitao social e movimentos sindicais,
assumiu, ento, o compromisso de dar continuidade ao processo de redemocratizao. Criou a
Lei da Anistia e a nova Lei Orgnica dos partidos, alm de passar a permitir eleies diretas
para governador. Porm, a populao ainda estava insatisfeita, havia um grande
descontentamento sobre o modelo econmico adotado, que mergulhou o pas em uma das
mais graves crises. As oposies aproveitaram o momento de engajamento para lanar um
movimento em prol das eleies diretas para presidente da repblica, com o objetivo de fazer
o Congresso (que contava com muitos membros ligados ao militarismo) aprovasse uma
emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira para que as eleies
presidenciais passassem a ser diretas.
De janeiro a abril de 1984, a campanha pela aprovao da emenda reuniu pessoas em
diversas cidades do pas, promovendo uma das maiores manifestaes da histria. Nas ruas,
nas praas e em grandes comcios o povo exigia diretas, j!, o que deu nome campanha.
Ainda na luta pelo poder, Figueiredo chegou a declarar estado de emergncia, com o Exrcito
cercando o Congresso no dia da votao da emenda. A eleio indireta prosseguiu, elegendo
Tancredo Neves, que foi bem aceito pela populao, porm, atingido por grave enfermidade,
faleceu sem assumir o cargo. Tancredo era visto como esperana para a concluso do processo
democrtico. Quem assumiu a presidncia foi Jos Sarney, que, apesar de causar decepo na
oposio por ter apoiado o regime, prometeu continuar com o ideal de redemocratizao e o
cumpriu, tomando vrias medidas como eleies diretas, maior liberdade poltica, o direito
dos analfabetos ao voto e o Plano Cruzado. Por fim, Jos Sarney convocou uma Assembleia
Nacional Constituinte, sendo a redemocratizao o tema principal. Em cinco de outubro de
1988, promulgou-se a primeira Constituio democrtica do Brasil.
Ainda hoje se pode sentir, ora e outra, a tentativa de uma poro da elite conservadora
brasileira, atravs dos meios de comunicao, de promover uma sensao de medo diante de
aspiraes ditas socialistas. Desde o incio do sculo XX, mediante as movimentaes sociais
por meio de greves e reivindicaes trabalhistas, os donos do poder, atravs de
transformaes conservadoras, impedem uma maior participao popular, infringindo o medo
social diante do fantasma do comunismo.
Referencias bibliogrficas
COTRIM, Gilberto. Histria Global. So Paulo, Difel, 2010.
DELACAMPAGNE, C. Histria da filosofia do sculo XX. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997.
FAUSTO, Boris. Histria do Brasil. So Paulo, Edusp, 2008.
FICO. Carlos. Verses e Controvrsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Revista Brasileira de
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MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1998.