Efeito de Armadilha Das Passagens em Grelha Sobre Os Anfíbios
Efeito de Armadilha Das Passagens em Grelha Sobre Os Anfíbios
Efeito de Armadilha Das Passagens em Grelha Sobre Os Anfíbios
Évora
2009
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Évora
2009
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
RESUMO
As passagens em grelha são infra-estruturas largamente utilizadas para impedir a
deslocação do gado, mas que permitem a circulação de viaturas. Porém, também
resultam numa armadilha de fosso onde pequenos animais terrestres podem cair
inadvertidamente. O principal objectivo deste estudo foi verificar o efeito que as
passagens em grelha têm sobre as populações de anfíbios, aquando das suas
deslocações sazonais. Estudaram-se 18 passagens em grelha localizadas em duas
zonas de amostragem – Elvas e Alandroal – no Alto Alentejo (Portugal). Esta
investigação revelou que a principal espécie encarcerada nestas infra-estruturas é o
sapo-de-unha-negra (Pelobates cultripes). Em termos gerais, os anfíbios mais
terrestres são significativamente (teste do 2) mais afectados do que os anfíbios
marcadamente aquáticos. O teste de Mantel mostrou que não existe correlação
entre o tipo de passagem em grelha e os anfíbios encontrados nessas
infra-estruturas. Para mitigar o aprisionamento de anfíbios nas passagens em
grelha, são propostas cinco medidas.
i
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ABSTRACT
Cattle grids are infrastructures widely used to avoid the movement of cattle along a
road, though allowing the circulation of vehicles. However, they also result in a pit
trap where small terrestrial animals may inadvertently fall. The main objective of this
study was to check the effect that cattle grids have on amphibian populations, during
their seasonal migrations. 18 cattle grids, located in two sampling zones – Elvas and
Alandroal – in Alto Alentejo (Portugal), were studied. This investigation showed that
the main species imprisoned in these devices is the iberian spadefoot toad
(Pelobates cultripes). Generally, the more terrestrial amphibians are significantly (2
test) more affected than markedly aquatic amphibians. Mantel test showed that there
is no correlation between different kinds of cattle grids and the amphibians found in
these infrastructures. To mitigate the imprisonment of amphibians in cattle grids, five
measures are proposed.
ii
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
AGRADECIMENTOS
Começo por agradecer ao meu orientador, Professor Doutor Paulo Sá-Sousa, pela
documentação, que amável e prontamente me disponibilizou, e pelas valiosas
críticas e sugestões que muito me ajudaram ao longo de toda a investigação.
Um grande obrigado ao meu “ajudante de campo”, o meu pai, que, com grande
dedicação e esforço da sua parte, me acompanhou na quase totalidade dos mais de
1700 Km percorridos durante este estudo.
À minha esposa, Sofia, pelo precioso apoio que incansavelmente me prestou, e por
sempre me ter esperado, por vezes até altas horas da noite, com uma quente e
reconfortante refeição.
Às minhas “chefes”, Dra. Ana Videira e Irmã Amélia Martins, pela amabilidade e
compreensão demonstradas, sem as quais não teria conseguido reunir as condições
necessárias à realização desta tarefa.
Finalmente, dedico esta dissertação às minhas filhas, Ana e Inês, por terem deixado
de considerar os anfíbios como “bichos” nojentos e repugnantes, para agora os
acharem bonitos e interessantes.
iii
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ÍNDICE GERAL
RESUMO ...................................................................................................................................................................i
ABSTRACT ..............................................................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS ..............................................................................................................................................iii
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................................1
2. MATERIAL E MÉTODOS.....................................................................................................................................8
2.2. Batracofauna............................................................................................................................................. 12
2.3. Amostragem.............................................................................................................................................. 16
5. APÊNDICES....................................................................................................................................................... 41
Apêndice C – frequências absolutas das espécies encontradas nas passagens em grelha ........................... 45
Apêndice D – frequências absolutas das espécies detectadas por transectos pedestres (TP) e cruzeiros
rodoviários (CR), nas duas zonas de amostragem .......................................................................................... 46
iv
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Interacções entre os principais factores responsáveis pelo declínio global de anfíbios ...........................2
Figura 2. Esquema representativo das deslocações realizadas pelos anfíbios antes e após a reprodução .......... 5
Figura 6. Fotografia de uma das passagens em grelha existentes na zona de amostragem B (concelho de
Alandroal) ............................................................................................................................................................... 16
Figura 8. Localização das seis passagens em grelha estudadas na proximidade da aldeia de Santa Eulália (SE)
e da zona de lazer “Ninho da Cegonha” (NC), concelho de Elvas (zona de amostragem A) ................................. 18
Figura 9. Localização das doze passagens em grelha estudadas na proximidade da aldeia da Mina do Bugalho
(MB), concelho de Alandroal (zona de amostragem B). ......................................................................................... 18
Figura 10. Desenho esquemático relativo ao modo de realização dos transectos pedestres ............................... 19
Figura 11. Número de anfíbios detectados durante o trabalho de campo, por meio de transectos pedestres e
cruzeiros rodoviários (n=235) ................................................................................................................................. 22
Figura 12. Percentagens das espécies de anfíbios detectados no campo, por meio de transectos pedestres e
cruzeiros rodoviários .............................................................................................................................................. 23
Figura 13. Percentagens das espécies de anfíbios encontrados nas valas das passagens em grelha
consideradas no estudo ........................................................................................................................................ 24
Figura 14. Bufo bufo adulto trepando o tronco dum carvalho no bosque de Orgi (Navarra, Espanha) ................ 27
Figura 15. Resultado da análise de agrupamentos (distância de Bray-Curtis) com as características físicas das
passagens em grelha ............................................................................................................................................ 28
Figura 16. Desenho esquemático referente à montagem de uma rede de malha fina nas passagens em grelha,
como medida mitigadora do aprisionamento de batracofauna .............................................................................. 31
Figura 18. Passagem em grelha com rampa de salvamento transversal à vala ................................................... 32
Figura 19. Desenho esquemático de uma passagem em grelha munida de rampa longitudinal à vala e sistema
subterrâneo de drenagem ...................................................................................................................................... 33
Figura 20. Desenho esquemático referente à localização dos anfíbios após a saída das passagens em grelha,
utilizando rampas dispostas transversal e longitudinalmente à vala ...................................................................... 33
Figura 21. Passagem em grelha com paredes inclinadas e convergentes para o interior .................................... 34
Figura 23. Passagem em grelha munida de tubos com comunicação para o exterior ......................................... 36
Figura 24. Fotografias das saídas localizadas no topo das rampas destinadas ao coelho-bravo ......................... 38
v
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela I. Caracterização dos anfíbios urodelos (Urodela: Salamandridae) potencialmente ocorrentes na área de
estudo. Ecomorfos de tipo salamandra e de tipo tritão ........................................................................................... 13
Tabela II. Caracterização dos anfíbios anuros (Anura: Discoglossidae, Pelobatidae e Bufonidae) potencialmente
ocorrentes na área de estudo. Ecomorfos mais terrestres ..................................................................................... 14
Tabela III. Caracterização dos anfíbios anuros (Anura: Pelodytidae, Discoglossidae, Ranidae e Hylidae)
potencialmente ocorrentes na área de estudo. Ecomorfos mais aquáticos – sapinhos e rãs ................................ 15
Tabela IV. Testes de relativos à hipótese A - similar composição de espécies passagens/campo e à hipótese B
2
- similar tendência de encarceramento para espécies aquáticas/terrestres. Valores observados (O i), valores
esperados (Ei), qui-quadrado calculado, número de graus de liberdade (d.f.) e valor de considerado ............... 25
vi
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
1. INTRODUÇÃO
1
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Factores locais
Alterações no uso do solo
Infra-estruturas lineares
Sobre-exploração
Poluição Espécies exóticas
dos recursos
ambiental invasoras
naturais
Poluição Doenças
ambiental infecciosas
Figura 1. Interacções entre os principais factores responsáveis pelo declínio global de anfíbios.
(Adaptado de: Collins & Storfer, 2003; Bekker & Iuell, 2004; Malkmus, 2004)
3
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
caducifólias) (Ferrand de Almeida et al., 2001; Malkmus, 2004; Rebollo et al., 2006).
Uma das principais limitações ecológicas, manifestadas pelos anfíbios, relaciona-se
com o facto de quase sempre estarem restritos a locais húmidos e com alguma
disponibilidade temporária de água, devido às suas características fisiológicas e à
grande dependência das massas de água durante o período reprodutivo e fase
larvar (Ferrand de Almeida et al., 2001).
A actividade dos anfíbios depende fortemente da temperatura, da humidade e da
precipitação. Assim, a maioria das espécies encontra-se activa em dias húmidos
e/ou chuvosos e com temperaturas amenas, preferindo o período crepuscular e
nocturno. A maior parte das espécies passa por um período mais ou menos longo de
estivação e, sobretudo nas regiões montanhosas, podem permanecer inactivas
grande parte do Inverno (Ferrand de Almeida et al., 2001; Arnold & Ovenden, 2007).
A extensão do período reprodutivo depende, não só da espécie, mas também
das condições meteorológicas de cada ano e dos restantes condicionalismos
geográficos da região em que os anfíbios ocorrem. Todavia, nas nossas latitudes, a
reprodução geralmente ocorre, nas épocas de maior pluviosidade e com
temperaturas amenas, o que coincide com os meses da Primavera e do Outono
(Ferrand de Almeida et al., 2001; Malkmus, 2004; Arnold & Ovenden, 2007). Nesta
altura, os anfíbios realizam migrações em massa, por vezes de vários quilómetros,
para os locais de reprodução (Figura 2) (Ferrand de Almeida et al., 2001; Rebollo et
al., 2006). No entanto, poucas espécies são generalistas no que se refere ao tipo de
massa de água utilizada, verificando-se que a maioria selecciona o local de
reprodução de acordo com as suas características (e.g. corrente, dimensão,
vegetação aquática, profundidade, substrato) (Ferrand de Almeida et al., 2001).
Quando termina a época da reprodução, a generalidade das espécies de
anfíbios, adultos e juvenis, readquire hábitos terrestres, procurando refugiar-se em
lugares húmidos e sombrios (e.g. zonas de vegetação densa, minas e galerias
subterrâneas), mais ou menos próximas de meios aquáticos (Figura 2). Contudo,
verifica-se que algumas espécies são mesmo capazes de se afastar alguns
quilómetros dos locais de reprodução, até chegarem ao local onde passam o resto
do ano (Ferrand de Almeida et al., 2001; Rebollo et al., 2006).
4
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Massas
de água Migrações Habitats de
sazonais refúgio ou de
Dispersão
(locais de dos adultos alimentação
dos juvenis
reprodução)
Figura 2. Esquema representativo das deslocações realizadas pelos anfíbios antes e após a
reprodução.
(Adaptado de: Rittenhouse & Semlitsch, 2007)
5
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
6
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
7
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
2. MATERIAL E MÉTODOS
8
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
2.1.2.1. Climatologia
2
A temperatura mínima é a que dá uma indicação mais precisa da actividade dos anfíbios, todavia não está
disponível em periodicidade mensal.
9
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
90 45
80 40
70 35
60 30
P 50 25 T
(mm) 40 20 (ºC)
30 15
20 10
10 5
0 0
J F M A M J J A S O N D
100
Média da humidade relativa do ar (%)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Figura 5. Média mensal da humidade relativa do ar às 18 horas – Estação Climatológica de Elvas
(1951-1980).
(Fonte: INMG, 1991)
10
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
2.1.2.2. Geologia
2.1.2.3. Hidrologia
11
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
2.1.2.4. Paisagem
2.2. Batracofauna
12
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Salamandra-de- Salamandra-de-
-pintas-amarelas -costelas-salientes Tritão-pigmeu Tritão-de-ventre-laranja
Acrónimo Ss Pw Tp Lb
Endemismo
Maior parte Endemismo ibérico Endemismo ibérico
iberomagrebino
Distribuição da Europa (S de Portugal e (maior parte de Portugal,
(Península Ibérica, excepto
(W, centro e S). SW de Espanha). W e centro de Espanha).
N, e N de Marrocos).
Comprimento
140 a 230 mm. 150 a 300 mm. 90 a 130 mm. 65 a 90,5 mm.
total
Predominantemente Predominantemente
Predominantemente
nocturnos ou nocturnos. Aquáticos
Nocturnos, sedentários nocturnos durante a fase
Hábitos crepusculares. durante a época de
e totalmente terrestres. terrestre e ambos durante
Aquáticos durante reprodução e terrestres
a fase aquática.
a época reprodutiva. fora desta.
Grande variedade de
Preferencialmente zonas Grande variedade de Grande variedade
habitats aquáticos em
montanhosas, húmidas e habitats desde que de habitats (prados,
regiões de clima seco e
sombrias. Ocorre também estejam localizados nas bosques e zonas
Habitat quente, sobretudo massas
em lameiros, prados, proximidades de massas agrícolas). Pode utilizar
de água parada ou
campos agrícolas, pinhais, de água adequadas para uma grande diversidade
com pouca corrente e
azinhais e sobreirais. a sua reprodução. de massas de água.
dimensão moderada.
Larvas de insectos
Insectos, gastrópodes, Invertebrados aquáticos,
aquáticos, anelídeos,
Alimentação anelídeos, quilópodes larvas de anfíbios, animais Anelídeos e gastrópodes.
gastrópodes e larvas
e aracnídeos. mortos, pequenos peixes
de anfíbios.
e tritões.
Cobras-de-água, víboras,
Cobras-de-água, víboras Cobras-de-água, lagostim-
pequenos carnívoros, aves Cobras-de-água
Predadores e, ocasionalmente, -vermelho-da-Louisiana e
e lagostim-vermelho- e víboras.
algumas aves. alguns peixes.
-da-Louisiana.
IUCN LC LC NE NT
conservação
Estatutos de
POR LC LC LC LC
ESP VU NT VU LC
13
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Tabela II. Caracterização dos anfíbios anuros (Anura: Discoglossidae, Pelobatidae e Bufonidae)
potencialmente ocorrentes na área de estudo. Ecomorfos mais terrestres – sapo (vide 1.2).
Acrónimo Ac Pc Bb Bc
Endemismo do
Ao longo da região
Endemismo ibérico SE europeu Da Península Ibérica à
Paleártica (N de Marrocos,
Distribuição (S e E de Portugal e W (Península Ibérica e Estónia. Suécia, algumas
Europa e Ásia, até ao
e centro de Espanha). regiões litorais do ilhas bálticas e britânicas.
Círculo Polar Árctico).
W e S de França).
Macho: 60 a 90 mm.
Comprimento Macho: 30 mm. Macho: 60 a 90 mm. Macho: 60 a 150 mm.
Fêmea: pode superar
total Fêmea: 30,5 mm. Fêmea: 90 a 100 mm. Fêmea: 210 a 220 mm.
os 90 mm.
Massas de água
Charcos temporários permanentes (rios Charcos pequenos
Locais de Ribeiros, poças,
ou charcos extensos pequenos a médios, e pouco profundos,
reprodução charcos ou tanques.
e profundos. albufeiras e charcos geralmente temporários.
algo extensos).
Normalmente zonas
Zonas arenosas, dunas Áreas agrícolas, zonas de Especialmente locais
abertas e planas com
Habitat costeiras, zonas de cultivo, montanha, montados e abertos com solos
solos arenosos ou
pastagens. bosques de caducifólias. pouco compactados.
pouco consistentes.
Quilópodes, insectos,
Insectos, gastrópodes Insectos, anelídeos
Alimentação anelídeos, gastrópodes Insectos e anelídeos.
e aracnídeos. e gastrópodes.
e outros anfíbios.
IUCN NT LC LC LC
conservação
Estatutos de
POR LC LC LC LC
ESP NT NT LC LC
14
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Tabela III. Caracterização dos anfíbios anuros (Anura: Pelodytidae, Discoglossidae, Ranidae e
Hylidae) potencialmente ocorrentes na área de estudo. Ecomorfos mais aquáticos – sapinhos e rãs
(vide 1.2).
Sapinho-de-
verrugas- Rã-de-focinho-*
-verdes-ibérico -pontiagudo Rã-verde Rela-comum Rela-meridional
Acrónimo Pi Dg Rp Ha Hm
Quase toda a
Endemismo Ibérico Endemismo do Península Ibérica, S
Europa, excepto o N.
Endemismo ibérico (Portugal e grande SE europeu de França, NW de
Distribuição Entre os mares
(S peninsular). parte do W de (Península Ibérica Itália, Baleares, N de
Negro e Cáspio
Espanha). e S de França). África e Canárias.
e Ásia Menor.
Activa durante
Activa durante todo o Activa durante
Activa todo o ano todo o ano.
ano, mas com menor todo o ano.
Activo durante no S peninsular. Hiberna ou estiva
Ciclo anual intensidade nas Hiberna no N
todo o ano. Nas regiões mais em zonas com
épocas mais quentes peninsular e em
frias pode hibernar. temperaturas
e secas. alta montanha.
extremas.
Trepadores, Trepadores,
Predominantemente Aquáticos, tanto
Predominantemente predominantemente predominantemente
Hábitos crepusculares ou nocturnos
crepusculares. crepusculares e crepusculares e
nocturnos. como diurnos.
nocturnos. nocturnos.
Elevada diversidade
Geralmente desde
Época de geográfica. Desde Principalmente Tem início na De Fevereiro
finais do Outono até
reprodução princípios do Inverno durante a Primavera. Primavera. até Abril.
finais da Primavera.
até finais do Verão.
IUCN NE LC LC NT LC
conservação
Estatutos de
POR NE NT LC LC LC
ESP DD LC LC NT NT
15
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
2.3. Amostragem
16
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Cerca
Grelha metálica
Parede da vala
metálica
Vala
17
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Figura 8. Localização das seis passagens em grelha estudadas na proximidade da aldeia de Santa
Eulália (SE) e da zona de lazer “Ninho da Cegonha” (NC), concelho de Elvas (zona de amostragem
A).
Figura 9. Localização das doze passagens em grelha estudadas na proximidade da aldeia da Mina
do Bugalho (MB), concelho de Alandroal (zona de amostragem B).
18
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
O trabalho de campo decorreu durante o ano de 2008. A primeira fase teve lugar
de Fevereiro a Maio (Primavera) e a segunda fase de Setembro a Novembro
(Outono) desse ano, em consonância com a climatologia da região (Figura 4).
A amostragem foi realizada em noites chuvosas, ou com humidade atmosférica
elevada, e temperaturas amenas, por serem estas as condições preferidas pela
maior parte dos anfíbios (Ferrand de Almeida et al., 2001; Rebollo et al., 2006).
Neste estudo, foram adoptados diversos métodos de prospecção de anfíbios.
As metodologias utilizadas durante a primeira fase do trabalho de campo foram as
seguintes:
80 m
Caminho Transecto
pedestre
Árvore
Passagem
em grelha
80 m
Figura 10. Desenho esquemático relativo ao modo de realização dos transectos pedestres.
19
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Ei = 𝑛Pi
Em que:
𝑛 – número total de observações nas passagens em grelha;
i = 1, …, K;
K – número de categorias consideradas;
P – percentagem relativa à distribuição considerada.
20
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
K
2
2
Oi − Ei
=
Ei
i=1
21
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
200
176
180
160
Frequência absoluta
140
120
100
80
59
60
40
20
0
Transectos pedestres Cruzeiros rodoviários
Figura 11. Número de anfíbios detectados durante o trabalho de campo, por meio de transectos
pedestres e cruzeiros rodoviários (n=235).
22
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Ac OUTROS
3,4% 3,0%
Pc
42,1%
Bc
48,5%
Bb
3,0%
Figura 12. Percentagens das espécies de anfíbios detectados no campo, por meio de transectos
pedestres e cruzeiros rodoviários.
3
Barberá & Ayllón (2000) e Díaz (2006) apresentam resultados em que estas mesmas espécies (Pc e Bc) são as
principais vítimas das passagens canadianas.
23
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Ac
OUTROS
3,2%
13,3%
Bc
12,2%
Bb
2,7% Pc
68,6%
Figura 13. Percentagens das espécies de anfíbios encontrados nas valas das passagens em grelha
consideradas no estudo.
24
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Pc Bb Bc Ac OUTROS
Oi 129 5 23 6 25
AQUA TERR
Oi 11 177
Ei 94 94
25
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
26
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Figura 14. Bufo bufo adulto trepando o tronco dum carvalho no bosque de Orgi (Navarra, Espanha).
(Fonte: Gosá, 2003)
27
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
28
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
29
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
4. MEDIDAS MITIGADORAS
30
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Figura 16. Desenho esquemático referente à montagem de uma rede de malha fina nas passagens
em grelha, como medida mitigadora do aprisionamento de batracofauna.
31
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Segundo Barberá & Ayllón (2000), a rampa poderá ter inclinação variável, mas
nunca superior a 35º, até 45º segundo MMA (2006), e com superfície rugosa, de
modo a facilitar a subida dos animais. As rampas poderão ser instaladas/construídas
transversal (Figura 18) ou longitudinalmente à vala, dependendo, das dimensões da
mesma (Barberá & Ayllón, 2000), da existência ou não de secções nessa vala e da
inclinação desejada para a rampa.
32
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Rampa com
superfície rugosa
Tubo de drenagem
Figura 19. Desenho esquemático de uma passagem em grelha munida de rampa longitudinal à vala
e sistema subterrâneo de drenagem.
Caminho
rural
Árvore
Estrada
Figura 20. Desenho esquemático referente à localização dos anfíbios após a saída das passagens
em grelha, utilizando rampas dispostas transversal e longitudinalmente à vala.
33
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Figura 21. Passagem em grelha com paredes inclinadas e convergentes para o interior.
(Fonte: Barberá & Ayllón, 2000)
34
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Figura 23. Passagem em grelha munida de tubos com comunicação para o exterior.
(Fonte: Barberá & Ayllón, 2000)
36
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
5
Registaram-se nove sapos-de-unha-negra e quatro rãs-de-focinho-pontiagudo mortos na passagem em grelha
SE3. Foram também observados, nesta mesma passagem, vários esqueletos de anuros, e anuros em elevado
estado de decomposição, nove no total, que não puderam ser identificados.
37
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
(a) (b)
Figura 24. Fotografias das saídas localizadas no topo das rampas destinadas ao coelho-bravo.
(a) Passagem em grelha MB10. (b) Passagem em grelha MB12.
38
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
manutenção e (iv) baixo custo dos materiais utilizados. Neste sentido, várias opções
podem ser equacionadas, no que diz respeito ao tipo de rampa a instalar (e.g. em
alvenaria, construída com placas metálicas, em madeira).
Dada a importância para a conservação de pequenos vertebrados que as
medidas mitigadoras sugeridas, potencialmente, apresentam, deveria existir
obrigatoriedade legal na sua utilização, como defende Díaz (2006), bem como
estarem contempladas, por exemplo, nos Planos de Ordenamento das Áreas
Protegidas (POAP), Planos de Ordenamento de Albufeiras (POA) e nos estudos de
impacte ambiental, à semelhança do que já acontece em Espanha (vide, por
exemplo, Resolución de 19 de octubre de 2001, de la Delegación Territorial dela
Junta de Castilla y León de Soria; Declaración de impacto ambiental formulada por
la Dirección General de Calidad y Evaluación Ambiental en fecha de 28 de agosto de
2007). Assim, para que a implementação destas medidas mitigadoras possa ser
uma realidade, é condição sine qua non a execução de duas acções prévias: (i) a
realização de acções de sensibilização, dinamizadas pelo Instituto da Conservação
da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), junto de proprietários/chefes de exploração
e (ii) a revisão dos regulamentos dos planos de ordenamento (e.g. POAP, POA). A
sensibilização dos proprietários/chefes de exploração é fundamental, uma vez que, o
sucesso de qualquer medida destinada à conservação da natureza depende do
envolvimento da população. Perante os recursos limitados que existem hoje em dia,
não se pode deixar o peso da conservação somente sobre a actividade fiscalizadora,
é imprescindível que os cidadãos compreendam e participem no processo e na
circulação da informação, aprendendo e contribuindo com sugestões e propostas
(Vasconcelos, 2001).
A importância da segunda acção prévia deriva do facto da aplicação das
medidas não poder depender apenas da boa vontade da população. No caso
específico da área de estudo, é de suma importância que os regulamentos do POAC
(Plano de Ordenamento da Albufeira do Caia) e POAAP (Plano de Ordenamento das
Albufeiras do Alqueva e Pedrogão) sejam alterados. Nestes documentos deve ser
expressamente determinada a instalação de dispositivos mitigadores do
encarceramento de animais, em particular anfíbios, no caso dos proprietários/chefes
de exploração optarem por instalar, como medida de gestão da qualidade da água,
passagens em grelha para impedirem o abeberamento directo de gado e o pastoreio
nas faixas interníveis das albufeiras (vide Despacho Conjunto de 13 de Julho de
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Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
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Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
5. APÊNDICES
NC1 NC2
SE1 SE2
SE3 SE4
41
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
MB1 MB3
MB4 MB5
MB6 MB7
42
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
MB8 MB9
MB10 MB12
MB13 MB14
43
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Código Comunicação
Sistema N.º de
da Coordenadas C* L* P* D* de secções
entre as
passagem GPS (cm) (cm) (cm) (cm) secções
drenagem da vala
em grelha da vala
C – comprimento total da vala. L – largura da vala. P – profundidade da vala. D – distância entre as barras da grelha.
S – sim. N – não. *Valores aproximados. **O tubo de drenagem não está instalado na base da passagem em grelha.
***Sistema de drenagem com comunicação com o exterior.
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Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
Código da ESPÉCIE*
passagem
em grelha
Pc Bc Pw Rp Ac Bb Dg Ss Tp Hm TOTAL
NC1 - 1 - - - - - - - - 1
NC2 - - - - - - - - - - -
SE1 - - - - - - - - - - -
SE2 - - - - - - - - - - -
SE4 14 2 - - - - - - - - 16
MB1 - - - - - - - - - - -
MB3 12 - 2 - - 1+(2) - - - - 17
MB4 - - - - - - - - - - -
MB5 5 - - - - - - - - - 5
MB6 1 - 3 - - - - - - - 4
MB7 45 - - 1 - - - - - - 46
MB8 13 2 2 - - 1 - - - - 18
MB9 9 1 - 1 - 1 - 2 - - 14
MB10 - - 1 - - - - - - - 1
MB12 3 - 2 2 6 - - - - - 13
MB13 4 - - - - - - - - - 4
MB14 5 - - 1 - - - - 1 - 7
*Apenas são indicadas as espécies que foram detectadas na área de estudo. ( ) Número de espécimes mortos.
45
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ZONA DE AMOSTRAGEM
ESPÉCIE A B TOTAL
(Concelho de Elvas) (Concelho de Alandroal)
TP CR TP CR
Pelobates cultripes 18 74 4 3 99
Alytes cisternasii - 8 - - 8
Bufo bufo - 2 2 3 7
Salamandra salamandra 4 - - - 4
Pleurodeles waltl - 1 1 - 2
Hyla meridionalis - - 1 - 1
44 168 15 8
TOTAL 235
212 23
46
Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
ZONA DE AMOSTRAGEM
DATA
A B
(Concelho de Elvas) (Concelho de Alandroal)
17.FEV.08 - S
18.FEV.08 S -
1.ª FASE DE AMOSTRAGEM
23.FEV.08 - S
10.MAR.08 S -
17.MAR.08 S -
22.MAR.08 - N
08.ABR.08 - S
20.ABR.08 - S
15.MAI.08 S -
28.SET.08 S -
2.ª FASE DE AMOSTRAGEM
07.OUT.08 S -
11.OUT.08 S -
13.OUT.08 - S
28.OUT.08 S -
30.OUT.08 - S
07.NOV.08 - S
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Efeito de armadilha das passagens em grelha sobre os anfíbios
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