Resumo Livro Itiro Iida
Resumo Livro Itiro Iida
Resumo Livro Itiro Iida
O que a Ergonomia
1.1 Definio e objetivos da Ergonomia
1.2 Nascimento e evoluo da Ergonomia
1.3 O taylorismo e a Ergonomia
1.4 Abrangncia da Ergonomia
1.5 Aplicaes da Ergonomia
1.6 Custo e benefcio da Ergonomia
Mtodos e tcnicas em ergonomia
2.1 Abordagem sistmica da Ergonomia
2.2 O projeto de pesquisa
2.3 Realizao da pesquisa
2.4 Definio da amostra
2.5 Coleta dos dados experimentais
2.6 Anlise ergonrruca do trabalho
2.7 Mtodos participativos
Organismo humano ..
3.1 Funo neuromuscular
3.2 Coluna vertebral
3.3 Metabolismo
3.4 Viso
3.5 Audio
3.6 Outros sentidos
4. Antropometria: medidas
4.1 Variaes das medidas
1. O que Ergonomia
Este captulo inicial apresenta o conceito de ergonomia. Ela surgiu logo aps
a II Guerra Mundial, como conseqncia do trabalho interdisciplinar
realizado por diversos profissionais, tais como engenheiros, fisiologistas e
psiclogos, durante aquela guerra.
1.1 Definio e objetivos da Ergonomia
A ergonomia o estudo da adaptao do trabalho ao homem. O trabalho
aqui tem urna acepo bastante ampla, abrangendo no apenas aqueles
executados com mquinas e equipamentos, utilizados para transformar os
materiais, mas tambm toda a situao em que ocorre o relacionamento
entre o homem e urna atividade produtiva. A ergonomia tem urna viso
Ergonomia de concepo
A ergonomia de concepo ocorre quando a contribuio ergonmica se faz
durante o projeto do produto, da mquina, ambiente ou sistema. Esta a
melhor situao, pois as alternativas podero ser amplamente examinadas,
mas tambm se exige maior conhecimento e experincia.
Ergonomia de correo
A ergonomia de correo aplicada em situaes reais, j existentes, para
resolver problemas que se refletem na segurana, fadiga excessiva,
doenas do trabalhador ou quantidade e qualidade da produo. Muitas
vezes, a soluo adotada no completamente satisfatria, pois ela pode
exigir custo elevado de implantao.
Ergonomia de conscientizao
A ergonomia de conscientizao procura capacitar os prprios trabalhadores
para a identificao e correo dos problemas do dia-a-dia ou aqueles
emergenciais. Muitas vezes, os problemas ergonmicos no
socompletamente solucionados; nem na fase de concepo e nem na fase
de correo. Portanto, importante conscientizar o operador, atravs de
cursos de treinamento e freqentes reciclagens, ensinando-o a trabalhar de
forma segura, reconhecendo os fatores de risco que podem surgir, a
qualquer momento, no ambiente de trabalho.
Ergonomia de participao
A ergonomia de participao procura envolver o prprio usurio do sistema,
na soluo de problemas ergonmicos. Esse princpio baseado na crena
de que eles possuem um conhecimento prtico, cujos detalhes podem
passar desapercebidos ao analista ou projetista.
tima do sistema.
As subotimizaes ocorrem freqentemente no sistema homem-mquinaambiente.
o caso, por exemplo, de carros que conseguem correr at 200 km/h, mas a
sua potncia sub-utilizada porque a velocidade mxima permitida na
estrada de 100 km/h. Inversamente, h casos de serralheiros que cortam
com serra manual porque no dispe de uma serra eltrica, o que poderia
melhorar a suaprodutividade. Nesse caso, h uma subotimizao da
capacidade humana, pela limitao da ferramenta utilizada.
Normalmente, o projeto de um sistema dividido em partes, cada uma sob
responsabilidade de uma equipe. Se cada equipe procurar otimizar a sua
parte, sero produzidas diversas solues sub-timas. Entretanto, quando
essas solues subtimas foram conjugadas entre si, dentro do sistema
global, no significa necessariamente que a soluo resultante seja tima.
Considerao errnea da fronteira
A subotimizao ocorre freqentemente devido considerao errnea da
fronteira do sistema. Ou seja, a soluo tima procurada dentro de um
espao limitado, inferior ao do sistema, ou por julgamentos errados sobre a
verdadeira fronteira do sistema.
Subotimizaes em grandes projetos
As sub otimizaes tendem a aumentar nos grandes projetos, em que cada
parte terceirizada, para ser executada por diferentes equipes ou
diferentes empresas. Para se garantir a otimizao global em grandes
projetos, necessrio haver uma organizao e coordenao eficiente dos
diversos subsistemas para se garantir um bom desempenho do sistema
como um todo.
2.2 O projeto de pesquisa
O projeto de pesquisa um plano elaborado antes de se iniciar a pesquisa.
uma antecipao da realidade, propondo-se a atingir determinados
objetivos ou metas. Muitos projetos so iniciados sem uma definio clara
dos seus objetivos.
Atividades preliminares pesquisa
Elas so muito importantes porque, se forem bem elaboradas, podero
proporcionar economias de tempo, esforo e dinheiro.
Definio dos objetivos
A primeira providncia necessria, antes deiniciar uma pesquisa, definir o
seu objetivo. Os objetivos devem ser definidos claramente de forma
operacional. Por exemplo,
"melhorar a aprendizagem" simplesmente no serve. Deve haver uma
especificao mais clara, como "aprender a produzir desenhos animados no
programa de design grfico XYZ" ou "aprender a montar a parte mecnica
do rdio modelo ABC".
Variveis dependentes
As variveis dependentes ou de sada (outputs) esto relacionadas com os
resultados do sistema. Ao contrrio das variveis independentes, que
podem ser arbitrariamente escolhidas, aquelas dependentes nem sempre
so facilmente determinadas, pois dependem do tipo de interao entre os
elementos (subsistemas) que compem o sistema e os resultados que o
mesmo provocar. Na ergonomia, a maioria das variveis dependentes recai
no tempo, em erros ou em algum tipo de conseqncia fisiolgica ou
psicolgica.
Verificaes do controle
Existem diversas tcnicas experimentais para se saber at que ponto as
variveis independentes esto influenciando os resultados do experimento.
Uma das tcnicas mais sofisticadas, usadas em experimentos de medicina e
psicologia, a do controle de gmeos idnticos (co-twin control) que tm a
mesma carga gentica. Eles so usados em experimentos em que essa
carga gentica poderia influir nos resultados e, ento, garante-se, desde o
incio, igualdade de condies quanto a esse fator. Nos experimentos de
ergonomia, geralmente se usa a tcnica do grupo de controle e do placebo.
Grupo de controle
O grupo decontrole aquele que no submetido s variveis
independentes do experimento. Ele mantido em condies semelhantes
ao do grupo experimental, exceto na incidncia das variveis
caractersticas na populao.
Tamanho da amostra
O tamanho da amostra, ou seja, a quantidade de sujeitos a serem utilizados
no experimento depende de dois fatores.
Em primeiro lugar, depende da variabilidade da varivel que se quer medir.
Quanto maior for a disperso das medidas, maior dever ser o tamanho da
amostra e vice-versa.
Em segundo lugar, depende da preciso que se deseja nas medidas. Isso
significa
que as concluses sero vlidas dentro de uma certa margem de confiana.
2.5 Coleta dos dados experimentais
As medidas do ser humano recaem em duas categorias gerais: objetivas e
subjetivas.
Medidas objetivas
As medidas objetivas so aquelas realizadas com o auxlio de instrumentos
de medida e resultam em um determinado valor numrico. Exemplos de
medidas objetivas so as medidas antropomtricas e biomecnicas, como
estatura, peso e fora.
Medidas subjetivas
Medidas subjetivas so aquelas que dependem de julgamento dos sujeitos.
Por exemplo, fadiga e conforto dependem de muitos fatores e dificilmente
podem ser determinados por medidas instrumentais, ainda que
indiretamente.
No caso de variveis subjetivas que apresentam variaes contnuas,
existem basicamente duas tcnicas usadas em sua quantificao.
O primeiro construir uma "escala" com uma srie de frases, cada uma
representando um determinado valor nessa escala. A segunda forma,
construir simplesmente uma linha, com marcao de uma escala, ou marcar
apenas as duas extremidades, para que a pessoa possaassinalar por
interpolao.
Observaes diretas
A tcnica de observao do comportamento envolve olhar o que as pessoas
fazem e registr-lo de alguma forma. Depois, isso descrito, analisado e
interpretado.
Formulao do diagnstico
O diagnstico procura descobrir as causas que provocam o problema
descrito na demanda. Refere-se aos diversos fatores, relacionados ao
trabalho e empresa, que influem na atividade de trabalho.
Recomendaes ergonmicas
As recomendaes referem-se s providncias que devero ser tomadas
para resolver o problema diagnosticado. Essas recomendaes devem ser
claramente especificadas, descrevendo-se todas as etapas necessrias para
resolver o problema.
Msculos
Os msculos so responsveis por todosos movimentos do corpo. So eles
que transformam a energia qumica armazenada no corpo em contraes e,
portanto, em movimentos.
Os msculos lisos encontram-se nas paredes dos intestinos, nos vasos
sanguneos, na bexiga, no aparelho respiratrio e em outras vsceras. Os
msculos do corao so diferentes de todos os outros. Os msculos lisos e
do corao no podem ser comandados voluntariamente. Os msculos
estriados esto sob o controle consciente e atravs deles que o organismo
realiza trabalhos externos. Portanto, apenas o estudo destes importante
para a ergonomia.
Irrigao sangunea do msculo
Cada msculo recebe suprimento de oxignio, glicognio e outras
substncias, pelo sistema circulatrio. Este constitudo de artrias, que
vo se ramificando sucessivamente at se transformarem em vasos
capilares.
Fadiga muscular
Fadiga muscular a reduo da fora, provocada pela deficincia da
irrigao sangunea do msculo. Ela um processo reversvel, que pode ser
superada por um perodo de descanso.
Se houver deficincia de irrigao sangunea, o oxignio no chega em
quantidade suficiente, e comea a haver, dentro do msculo, um acmulo
de cido ltico e potssio, assim como calor, dixido de carbono e gua,
Subnutrio e rendimento
Se a quantidade de energia gasta no for suprida pela alimentao, o
trabalhador apresentar uma reduo de peso e uma queda no rendimento,
alm de ficar mais suscetvel a doenas
3.4 Viso
A viso o rgo do sentido mais importante que possumos, tanto para o
trabalho como para a vida diria. As suas caractersticas tm sido muito
estudadas devido a essa importncia no trabalho.
Clulas fotossensveis
O olho tem dois tipos de clulas fotossensveis, que so os cones e
bastonetes. Em cada olho existem cerca de 6 a 7 milhes de cones e 130
milhes de bastonetes. Os cones s funcionam com maior nvel de
iluminao e so responsveis pela percepo das cores, alm da percepo
de espao e de acuidade visual. Os bastonetes j so sensveis a baixos
nveis de iluminao e no distinguem cores, mas apenas os tons cinza, do
branco ao preto.
Adaptao claridade e penumbra
No processo de adaptao claridade, quando se passa de um ambiente
escuro para claro, h um ofuscamento temporrio, que dura um a dois
minutos, at que os cones comecem a funcionar normalmente. Quando a
claridade for muito grande, ocorre o ofuscamento, indicando que o olho no
consegue mais adaptar-se. A adaptao penumbra, no sentido inverso, do
claro para o escuro, o processo muito mais lento. Nesse caso, so os
cones que deixam defuncionar, para aumentar a sensibilidade dos
bastonetes. O olho adaptado penumbra torna-se muito mais sensvel do
Mascaramento
O mascaramento ocorre quando um componente do som reduz a
sensibilidade do ouvido para outro componente.
3.6 Outros sentidos
Alm da viso e da audio, o organismo humano possui mais 12 sentidos,
como olfato, paladar, senso cinestsico, tato, dor e outros. Entretanto,
apresentam pouco interesse para a ergonomia, excetuando-se os trs
primeiros, que sero vistos a seguir.
Olfato e paladar
Olfato e paladar so usados em diversas atividades e podem ser
importantes para algumas profisses, como a de cozinheiro e provadores de
perfumes e alimentos (vinhos, caf). Em ambientes de trabalho, podem
funcionar como alerta, indicando vazamentos de gases ou incio de um
incndio.
Do ponto de vista fisiolgico, olfato e paladar esto relacionados entre si. O
sabor de um alimento resulta, por exemplo, da combinao do seu cheiro e
paladar. Os sensores, tanto do olfato como do paladar, so
quimioreceptores, que so estimulados por molculas em soluo no muco
nasal ou na saliva da boca.
Senso cinestsico
O senso cinestsico fornece informaes sobre movimentos de partes do
corpo, sem necessidade de acompanhamento visual. Permite tambm
perceber foras e tenses internas e externasexercidas pelos msculos. As
clulas receptoras esto situadas nos msculos, tendes e articulaes.
Quando h uma contrao muscular, essas clulas transmitem informaes
ao sistema nervoso central, sobre os movimentos e as presses que esto
ocorrendo, permitindo a percepo dos movimentos.
Interao entre os rgos dos sentidos
Diversos experimentos comprovam que h interaes entre os rgos dos
sentidos. Por exemplo, rudos intensos perturbam a concentrao e o
desempenho visual. Paredes avermelhadas provocam sensao de calor. Em
geral, as interaes entre os rgos dos sentidos so aceitveis enquanto
cada um deles permanecer dentro das faixas normais de operao.
4. Antropometria: medidas
A antropometria trata das medidas fsicas do corpo humano.
4.1 Variaes das medidas
At a Idade Mdia, todos os calados eram do mesmo tamanho. Essa seria
uma situao desejvel pelo fabricante, pois a produo de nico modelo
Espao pessoal
Cada pessoa tem necessidade de um espao para guardar seus objetos
pessoais, desde ferramentas de uso exclusivo como artigos de higiene.
5.4 Superfcies horizontais
As superfcies horizontais de trabalho tm especial interesse em ergonomia,
pois sobre elas que se realiza grande parte dos trabalhos de montagens,
inspees, servios de escritrios e outros.
Dimenses da mesa
Existem duas variveis importantes no dimensionamento da mesa: a sua
altura e a superfcie de trabalho. A altura deve ser regulada pela posio do
cotovelo e deve ser determinada aps o ajuste da altura da cadeira. Em
geral, recomenda-se que esteja 3 a 4 cm acima do nvel do cotovelo, na
posio sentada. Se a mesa tiver uma altura fixa, a cadeira deve ter altura
regulvel. Se a cadeira for fixa e tiver uma altura superior altura popltea,
deve-se providenciar apoio para os ps.
Alcances sobre a mesa
A superfcie da mesa deve ser dimensionada de acordo com o tamanho da
pea a ser trabalhada, os movimentos necessrios tarefa e o arranjo do
posto de trabalho. A rea de alcance timo sobre a mesa pode ser traada,
girando-se os antebraos emtorno dos cotovelos com os braos cados
normalmente ao lado do tronco. Estes descrevero um arco com raio de 35
a 45 em. A parte central, situada em frente ao corpo, fazendo interseo
com os dois arcos, ser a rea tima para se usar as duas mos. A rea de
alcance mximo ser obtida girando-se os braos estendidos em torno do
ombro. Estes descrevem arcos de 55 a 65 cm de raio.
Conforto no assento
Conforto uma sensao subjetiva produzida quando no h nenhuma
presso localizada sobre o corpo. mais fcil falar em ausncia de
desconforto, pois este pode ser avaliado. O desconforto medido de forma
indireta, por exemplo, pedindo-se para uma pessoa preencher o "mapa"
corporal das zonas de desconforto.
Relaxamento mximo
O fisiologista G. Lehmann (1960) fez experimentos sobre o relaxamento
mximo. Os sujeitos ficavam imersos na gua, evitando-se qualquer tipo de
contrao voluntria dos msculos. Obteve uma postura com a pessoa
deitada com a cabea e a coluna cervical ligeiramente inclinada para frente,
Dimensionamento de assentos
Existem muitas recomendaes diferentes para o dimensionamento dos
assentos.
Essas diferenas podem ser explicadas por trs causas principais:
Os assentos diferenciam-se quanto s aplicaes, por exemplo, assento de
um motorista de nibus diferente de um assento para uso em fbrica ou
escritrio;
H diferenas antropomtricas entre as populaes
H preferncias individuais
A postura semi-sentada
Os postos de trabalho apresentam, em geral, duas posturas bsicas: de p e
sentado. Cada uma tem vantagens e desvantagens. Contudo, h trabalhos
que exigem freqentes mudanas entre as duas posturas. Para esses casos,
desenvolveu-se a cadeira semi-sentada.
Comparadas com as cadeiras tradicionais, aquelas semi-sentadas so pouco
confortveis. Mesmo assim, podem proporcionar um grande alvio, mesmo
que temporrio, ao suportar o peso corporal. Alm disso, ajudam a
estabilizar a postura, pois um trabalhador em p geralmente fica com o
corpo oscilando.
6. Biomecnica ocupacional
A biomecnica ocupacional uma parte da biomecnica geral, que se ocupa
dos movimentos corporais e foras relacionados ao trabalho. Assim,
preocupa-se com as interaes fsicas do trabalhador, com o seu posto de
trabalho, mquinas, ferramentas e materiais, visando reduzir os riscos de
distrbios msculo-esquelticos. Analisa basicamente a questo das
posturas corporais no trabalho, a aplicao de foras, bem como as suas
conseqncias.
6.1 Trabalho muscular
O corpo humano assemelha-se aum sistema de alavancas movido pela
contrao muscular. So esses movimentos que permitem realizar diversos
tipos de trabalho. Contudo, essa "mquina humana" possui diversos tipos de
limitaes e fragilidades, que devem ser consideradas no projeto e
dimensionamento do trabalho.
6.2 Trabalhos esttico e dinmico
A irrigao sangnea dos msculos feita pelos vasos
capilares. Atravs desses capilares, o sangue transporta oxignio at os
msculos
e retira os subprodutos do metabolismo.
Trabalho esttico
O trabalho esttico aquele que exige contrao contnua de alguns
Posturas bsicas
Trabalhando ou repousando, o corpo assume trs posturasbsicas: as
posies deitada, sentada e em p. Em cada uma dessas posturas esto
envolvidos esforos musculares para manter a posio relativa de partes do
corpo.
Posio deitada
Na posio deitada no h concentrao de tenso em nenhuma parte do
corpo. O sangue flui livremente para todas as partes do corpo, contribuindo
para eliminar os resduos do metabolismo e as toxinas dos msculos,
provocadores da fadiga.
Posio de p
A posio de p apresenta vantagem de proporcionar grande mobilidade
corporal. Os braos e pernas podem ser utilizados para alcanar os
controles das mquinas. Tambm grandes distncias podem ser alcanadas
andando-se.
Posio sentada
A posio sentada exige atividade muscular do dorso e do ventre para
manter esta posio. Praticamente todo o peso do corpo suportado pela
pele que cobre o osso squio, nas ndegas
Inclinao da cabea para frente
Muitas vezes necessrio inclinar a cabea para frente para se ter uma
melhor viso, como nos casos de pequenas montagens, inspeo de peas
com pequenos defeitos ou leitura difcil. Essas necessidades geralmente
ocorrem quando:
O assento muito alto;
A mesa muito baixa;
A cadeira est longe do trabalho, dificultando as fixaes visuais;
H necessidades especficas, como no caso do microscpio.
Sistema OWAS
Posturas classificadas nas seguintes categorias:
Classe1 postura normal, que dispensa cuidados, a no ser em casos
excepcionais
Descrio da tarefa
A descrio da tarefa abrange os aspectos gerais da tarefa e as condies
em que ela executada. Geralmente envolve os seguintes tpicos:
Objetivo, Operador, Caractersticas tcnicas, Aplicaes, Condies
operacionais, Condies ambientais e Condies Organizacionais.
Descrio das aes
As aes devem ser descritas em um nvel mais detalhado que a tarefa. Elas
se concentram mais nas caractersticas que influem no projeto da interface
homem-mquina e se classificam em informaes e controles. As
informaes referem-se s interaes em nvel sensorial do homem e, os
controles, em nvel motor ou das atividades musculares.
Visualizao do monitor
Existem basicamente dois modos para se apresentar textos em monitores: o
que tem caracteres claros sobre um fundo escuro e o que tem caracteres
escuros sobre um fundo claro. Este ltimo se assemelha pgina de um
livro impresso e h uma tendncia para esse tipo, porque reduz o contraste
visual com os outros objetos prximos, que exigem tambm fixao visual
do digitador, durante o trabalho.
8. Controles e manejos
8.1 Movimentos de controle
Movimento de controle aquele executado pelo corpo humano para
transmitir alguma forma de energia mquina. Esses movimentos
geralmente so executados com as mos e os ps e podem consistir desde
um simples aperto de boto at movimentos mais complexos de
perseguio, alimentados continuamente por uma cadeia de aoinformao-ao.Adequao dos controles aos movimentos corporais
Na medida do possvel, os movimentos de controle devem seguir aqueles
movimentos naturais e mais facilmente realizados pelo corpo humano.
Esteretipo popular
O esteretipo popular a expectativa de um determinado efeito,
manifestada pela maioria da populao, diante de certa situao. Por
exemplo, para ligar o rdio, a maioria gira o boto para direita, no sentido
horrio. As pessoas adquirem esse esteretipo pelo treinamento e pela
experincia no dia-a-dia.
para desligar.
Textura - A textura refere-se ao tipo de acabamento superficial do controle.
Modo operacional - Cada tipo de controle pode ter um modo operacional
diferente.
Porexemplo, alguns podem ser do tipo alavanca, outros do tipo
puxar/empurrar e outros ainda, do tipo rotacional.
Localizao - A localizao dos controles supe a sua identificao pelo
senso cinestsico, sem acompanhamento visual.
Letreiros - Os letreiros referem-se colocao de palavras ou cdigos
numricos nos controles. Dessa forma, consegue-se discriminar uma grande
quantidade de controles, sem exigir treinamento especial.
Preveno de acidentes com controles
Os controles cujos acionamentos acidentais ou inadvertidos podem produzir
conseqncias indesejveis devem ser cercados de certos cuidados
especiais no projeto. Entre estes, destacam-se os seguintes:
Localizao - Colocar os controles para serem acionados seqencialmente,
dentro de uma determinada lgica de movimentos.
Orientao - Movimentar o controle na direo em que no possa ser
movido por foras acidentais do operador.
Rebaixo - Encaixar os controles em um rebaixo no painel, de forma que no
apresentem salincias sobre a superfcie.
Cobertura - Proteger os controles por um anelou uma caixa protetora ou
coloc-los no interior de caixas com tampas.
Resistncia - Dotar o controle de atrito ou inrcia para anular pequenas
foras acidentais.
Luzes - Associar o controle a uma pequena lmpada que se acende,
indicando que est ativado.
Teclado QWERTY
Os teclados esto cada vez mais presentes na vida dos cidados modernos.
Eles fazem parte dos telefones, mquinas de calcular, controles remotos,
computadores e diversos outros instrumentos. Provavelmente, o teclado
mais difundido o tipo QWERTY, usado em computadores. Ele assim
chamado devido seqnciadessas letras na fileira superior esquerda.
Problemas ergonmicos dos teclados tradicionais
Os digitadores tendem a mover os cotovelos para cima e para fora. Mas isso
provoca posturas ainda mais desconfortveis das mos, braos, ombros,
cabea e tronco, aumentando a incidncia de dores musculares e fadiga.
Outro problema relaciona-se com a distribuio das letras, provocando
sobrecarga sobre alguns dedos de pouca mobilidade e sobre a mo
esquerda.
8.3 Automao dos controles
A "filosofia" bsica da automao substituir a mo-de-obra humana, que
O modelo do cubo
Sperling et al., (1993) elaboraram o modelo do cubo, combinando trs
variveis crticas no uso repetitivo das ferramentas manuais: fora, preciso
e durao da tarefa. A conjugao dessas trs variveis pode provocar um
efeito cumulativo com danos musculoesquelticos.
Desenho de facas
As seguintesvariveis influem no desempenho da faca: comprimento da
lmina, largura da lmina, ngulo cabo/lmina e permetro do cabo.
10. Dispositivos de informao
Os dispositivos de informao constituem a parte do sistema que fornece
informaes ao operador humano, para que este possa tomar decises.
10.1 Apresentao das informaes
Existem diversos modos de apresentar as informaes. Para cada situao
pode haver uma modalidade mais adequada. A escolha dessas modalidades
depende de certas condies, que devem ser analisadas. Pode-se comear
com as seguintes perguntas:
A natureza da informao simples ou complexa?
H necessidade de uma informao quantitativa e precisa?
A informao exige uma ao imediata?
A informao exclusiva ou h outras pessoas envolvidas?
Menus visuais e auditivos
Os menus podem ser elaborados com opes visuais ou auditivas. Os
menus visuais so vantajosos porque podem apresentar maior nmero de
opes, permitem uma visualizao global e as informaes no so
perecveis no tempo. Esse tipo de menu muito usado em programas de
computador.
Os menus auditivos, tambm chamados de interfaces de estilo telefnico,
aparecem, por exemplo, em mensagens gravadas. Aps ouvir cada
mensagem, uma voz apresenta um menu com opes. Exemplo: tecle dgito
1 para repetir, 2 para guardar e 3 para apagar". Ao digitar uma das opes,
por exemplo a 3, a voz comunica o resultado: "mensagem apagada".
Hierarquia das tarefas visuais
Nossos olhos tm uma grande mobilidade, podendo fazer muitas fixaes,
praticamente sem movimentarmos a cabea. Entretanto, quando se exige
ateno em um campo visualmais amplo, pode-se estabelecer uma
hierarquia, em quatro nveis:
Nvel 1. Viso tima
Nvel 2. Viso mxima
Nvel 3. Viso ampliada
Textos estruturados
Os textos estruturados so aqueles organizados por tpicos, colocando-se
um subttulo em cada um deles. Em geral, os textos estruturados contm
mais informaes, so mais objetivos e facilitam a consulta.
10.3 Smbolos
Para superar essa barreira de linguagem, algumas reas de atividades
humanas desenvolveram smbolos universais, como ocorre na msica,
matemtica e muitas outras reas da cincia.
Vantagens dos smbolos
A principal vantagem dossmbolos decorre da proximidade maior com o
objeto real que representam. Vrios estudos comparativos demonstraram a
superioridade dos smbolos sobre as instrues verbais. Essa superioridade
se traduz em maior facilidade de compreenso e maior rapidez das
respostas.
Entretanto, nem todos os smbolos apresentam um significado claro aos
usurios. Existem diversos fatores que podem provocar divergncias na
interpretao dos smbolos. Entre estes aparecem os diferentes repertrios
profissionais, nvel de instruo, cultura, religio e outros.
Smbolos universais
Existem muitas propostas para a elaborao de smbolos universais para as
comunicaes homem-mquina. Dreyfuss fez urna pesquisa sobre urna
coleo de smbolos que so internacionalmente usados, como aqueles em
sinais de trnsito. Esses smbolos, principalmente aqueles usados em
programas de computador so chamados tambm de cones. Muitos desses
cones j so de uso universal.
A hiptese de se criar uma "linguagem" universal dos smbolos
particularmente atraente para fabricantes de equipamentos que exportam
seus produtos para vrios pases do mundo.
10.4 Principais tipos de mostradores
Existem diversos tipos de mostradores e cada um tem caractersticas
prprias que os recomendam para um determinado uso. O uso de
10.5 Alarmes