Manual Desenho
Manual Desenho
Manual Desenho
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ÍNDICE
1. Objectivos / Introdução 3
4. Manuseamento do lápis 6
5. Desenho negativo 7
8. Desenhar ao contrário 14
11. Bibliografia 19
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1 - Objectivos / Introdução
. Objectivos
. Introdução
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2 - Os elementos básicos de desenho
• A linha.
É o elemento básico de todo desenho. Basicamente uma simples
linha numa folha de papel, divide o espaço em áreas de desenho.
Esta separação pode definir ou diferenciar a luz da sombra, o
espaço frontal do fundo, o espaço positivo do negativo. A linha
pode ser uniforme, de igual espessura ou diferentes espessuras.
• A Forma.
A forma acontece quando a primeira linha acontece. A definição
mais básica da forma, pode ser o espaço branco do papel. A forma
é o espaço contido entre as linhas desenhadas. A forma ajuda a
definir o objecto. A incorrecta utilização da forma fará com que o
desenho não se pareça com o modelo.
• Proporção e perspectiva.
A proporção tem a ver com o tamanho de um elemento no desenho em
relação com outro elemento do mesmo desenho. De uma forma mais
clara podemos definir que a proporção é o que determina que por
exemplo, no corpo humano, as pernas são mais compridas que os
braços, o dedo médio mais comprido que o mindinho, ou o nariz da
mesma largura que o olho. Si a proporção não for a correcta, o
desenho não aparece correcto.
A perspective é o efeito pelo qual os objectos mais distantes
parecem mais pequenos. Os elementos mais perto do observador são
desenhados de maior tamanho. Esta distribuição deve responder a
uma correcta proporção, caso contrario o desenho perderá realismo.
• Luz e sombra.
Criam o efeito de profundidade e atmosfera num desenho. De forma
a dar realismo ao desenho a sombra é indispensável. Tudo na
natureza tem sombra e produz sombra.
Um desenho sem sombras, é um desenho sem vida. A sombra
automaticamente adiciona ao desenho a sensação de perspectiva,
indicando a existência de diferentes planos de profundidade.
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3 - Material básico para iniciar a prática
do desenho
A maioria dos materiais para desenho, não são caros e são fáceis
de encontrar.
Se o seu objectivo é desenhar para depois passar a fase da
pintura, então tenha à mão algum material e equipamento básico sem
investir demasiado, mas se o seu propósito é aprender e se dedicar
ao desenho como uma forma pura de manifestação artística, então
deverá contar com melhores materiais e um equipamento mais
completo.
Assim sendo, deverá investir em boa qualidade como uma forma de
assegurar durabilidade por muito mais tempo.
Se gosta de viajar ou fazer passeios longos, talvez seja boa ideia
comprar um conjunto que possa transportar facilmente.
O equipamento básico, isto já você sabe com certeza, é o lápis e
papel.
Vejamos então algumas recomendações sobre os lápis e o papel mais
indicados para começar:
Lápis B e HB
Para desenhar com estes lápis, poderíamos dizer que quase qualquer
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superfície é boa.
Umas folhas de papel a4 ou A5 de papel de cópia seriam suficiente
para fazer os nossos primeiros rabiscos, treinos e exercícios.
No entanto para obter melhores acabamentos e desenhos mais
perfeitos, é recomendável adquirir blocos de papel para desenho
como por exemplo deste tipo que vemos na imagem.
Estes vêem em diferentes tamanhos e normalmente em cor branco,
embora também existam em outras cores, como cinzento claro e
creme.
A gramagem deste tipo de papel é maior que para o papel
tradicional de cópia e a sua textura é ideal para favorecer e
aumentar a qualidade do trabalho.
Com o tempo, poderá experimentar com outras cores de papel e com
outras texturas, mas esta é a minha recomendação para começar.
4 - Manuseamento do lápis
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desenho.
Sugestão para um primeiro exercício:
Pegue numa folha A4 de papel liso e experimente desenhar linhas
rectas horizontais de um extremo ao outro distanciadas de
aproximadamente meio centímetro. Tente com a posição de escrita e
a de pincel. Parece algo muito simples mas é um exercício muito
importante na aprendizagem do desenho.
5 - Desenho Negativo
O conceito
Antes de começar esta secção, seria interessante explicar dois
conceitos que se prestam a confusão:
Espaço negativo: São as áreas a volta do objecto e que definem o
objecto.
Desenho negativo: Refere-se à criação deliberada dos espaços
negativos a volta do objecto.
O que é exactamente o desenho negativo?
Antes de explicar isso recorreremos a um exercício amplamente
conhecido.
Se eu vos mostrar a imagem a seguir algumas pessoas dirão que vêem
uma taça outras dirão que vêem duas caras a olhar de frente uma
para a outra.
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uma das lições de desenho mais interessante que alguma vez
aprenderá.
Esta técnica é também utilizada muito na pintura em aguarelas.
Uma vez que domine esta técnica, passará a utiliza-la sem sequer
dar por isso…
Exemplificação:
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Nesta terceira imagem, fica, com toda certeza, evidenciado o
conceito de desenho negativo:
O objecto, é o pente, o qual é branco e não foi desenhado. Para
recreá-lo, enchemos espaços à volta dele.
Ele só existia na mente do artista até que mediante a criação do
espaço a volta, o objecto surgiu.
Foi então o espaço negativo à volta do pente o que realmente
definiu a sua forma.
Não é fácil pensar desta forma, já que estamos habituados a ver um
objecto e desenha-lo. Portanto, é um desafio abstrair do objecto e
desenhar o espaço, mas é uma das técnicas mais utilizadas em
desenho especialmente no desenho em grafite.
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Siga cada fotografia passo-a-passo para perceber ainda melhor o
processo.
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Espaços negativos e positivos.
Basicamente consiste numa técnica, na qual desenhamos nos
abstraindo da identificação especifica do objecto que estamos a
desenhar e passamos só a observa-lo como um bloco mais os seus
espaços circundantes.
Com isto conseguimos desenhar com maior precisão.
Passarei agora a explicar esta técnica, mas antes necessitamos de
rever alguns termos:
Espaço positivo: No desenho o espaço positivo é aquele espaço que
ocupa o objecto
Espaço negativo: E o espaço a volta do objecto
Sem dúvida que será muito mais fácil para si, representar com
maior precisão o desenho da Imagem nº2. Porque está a abstrair-se
do nome da figura que esta a desenhar e só está a olhar para
formas, dimensões e proporções.
Não esta a desenhar um pássaro, mas sim uma mancha preta com uma
branca a volta.
Vamos agora fazer um exercício para facilitar a apreensão do que
acabamos de referir:
Peque na Imagem 2 e tente reproduzir o que vê, prestando atenção
às distancias entre a mancha preta e o limite da imagem e às
proporções da imagem. Como resultado, deverá obter um desenho como
o que se mostra a seguir:
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Que tal o resultado?
Por certo foi bastante bom!
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encaixa-la dentro dos padrões que conhecemos.
Isto é um grande embaraço quando precisamos de desenhar, porque
acabamos por não ver o que realmente temos à frente dos olhos e em
lugar disso, esforça-mos-nos por passar ao papel formas baseadas
nos preconceitos e imagens da nossa mente em lugar da realidade.
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Nota.
Aqui tem várias assinaturas de personalidades conhecidas para que
possa praticar e ao mesmo tempo se divirta um pouco.
Para satisfazer a sua curiosidade, você estará a desenhar as
assinaturas de Jackeline Bisset, Alfred Hitchcook, Elvis Presley e
Joan Collins….
8 - Desenhar ao contrario
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Imprima esta imagem numa folha tamanho A5, e escolha outra folha
A4 para reproduzir o desenho.
Algumas dicas a considerar para aproveitar ao máximo este
exercício:
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conflito interior. Existe uma tendência inconsciente para por
nomes às formas que vê, de tentar reconhecer formas familiares,
mas combata esse instinto. Esse é o propósito destes exercícios -
obrigá-lo a desenhar o que os seus olhos vêem.
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Coloque o objecto que pretende desenhar num ângulo de 90ºem
relação a superfície de trabalho, de forma que se estiver a olhar
para o objecto, não conseguirá olhar para a folha.
Comece a desenhar o objecto sem separar o lápis do papel e sem
olhar para o desenho. Tente medir mentalmente as distâncias do seu
objecto.
Quando finalize, veja o que desenhou, compare-o e analise o
resultado.
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10 - SÍNTESE CONCLUSIVA
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11 - Bibliografia
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