PSICOFISIOLOGIA
PSICOFISIOLOGIA
PSICOFISIOLOGIA
AULA 1 - MOTIVAO
Objetivos
1. Definir motivao sob os aspectos neurobiolgicos.
2. Descrever o eixo hipotalmico-hipofisrio.
3. Listar os hormnios hipofisrios e hipotalmicos e as suas funes.
4. Definir homeostase.
5. Avaliar, em linhas gerais, a influncia dos hormnios no comportamento.
Conjunto de impulsos internos que nos levam a realizar certos ajustes corporais e comportamentais (Lent, 2004).
Fora que compele um comportamento a acontecer (Bear, 2008).
O propsito subjacente a um comportamento (Kolb, 2002).
COMPORTAMENTOS MOTIVADOS
Faz ligao entre o sistema nervoso e o sistema endcrino, atuando na ativao de diversas glndulas
endcrinas.
o Hipotlamo que: Controla o Sistema Nervoso Autnomo. Controla a temperatura corporal, regula o
apetite, regula o balano de gua no corpo, regula o sono e est envolvido no comportamento sexual.
Desempenha, ainda, um papel nas emoes.
O Hipotlamo possui vias de ligao com todos os nveis do sistema lmbico. Liga-se ao Sistema
Nervoso e ao Sistema Endcrino, controlando a maioria das funes vegetativas, endcrinas,
comportamentais e emocionais do corpo.
HIPFISE
Fica pendente abaixo da base do encfalo, logo acima do cu da boca (palato) armazenada em um nicho
no osso da base do crnio.
Possui dois lobos: anterior e posterior, controlados de forma distinta pelo Hipotlamo.
Glndula endcrina que controla a funo de vrias outras glndulas, como a tireoide, os ovrios, os
testculos e as suprarrenais.
Tambm fabrica alguns hormnios prprios que tm funes especficas como o hormnio de
crescimento e o hormnio antidiurtico.
O Hipotlamo e a Hipfise trabalham juntos. O Hipotlamo o centro de comando e a Hipfise ora vai
atender a comandos hipotalmicos e produzir hormnios que ele determinou que fossem produzidos, ou,
na sua parte posterior, ela ser responsvel por jogar na corrente sangunea os hormnios produzidos.
HIPFISE ANTERIOR OU ADENO-HIPFISE Formada
por tecido glandular, essa poro da Hipfise no se constitui
parte do Encfalo, sendo uma glndula de fato.
Suas clulas produzem e secretam hormnios nos capilares a partir
de comandos superiores oriundios do Hipotlamo.
Esses neurnios controladores hipotalmicos esto na regio
periventricular e enviam os fatores de liberao pela circulao
portal Hipotlamo-hipfisria, determinando assim as ordens de
comando para as clulas da Hipfise Anterior: produo ou
interrupo da sntese de diversos hormmios.
HIPFISE POSTERIOR OU NEURO-HIPFISE Formada
basicamente por axnios de neurnios cujos corpos celulares esto
no Hipotlamo (nos ncleos para ventricular e supraptico), ela
constitui parte do Encfalo. Seus neurnios secretam os seus
neurormnios diretamente nos capilares hipofisrios.
OBSERVAO
Metabolismo o conjunto de reaes qumicas que ocorrem no organismo a fim de que esse gaste energia.
Hormnio uma substncia qumica especfica fabricada pelo sistema endcrino ou por neurnios
altamente especializados e que funciona como biossinalizador.
Os hormnios so segregados em quantidades muito pequenas na corrente sangunea. Assim sendo,
podem ser produzidas por um rgo ou em determinadas clulas do mesmo. libertada e transportada
diretamente pelo sangue. A sua funo exercer uma ao reguladora (indutora ou inibidora) em outros
rgos ou regies do corpo. Em geral trabalham devagar e agem por muito tempo, regulando o
crescimento, o desenvolvimento, a reproduo e as funes de muitos tecidos, bem como os processos
metablicos do organismo.
Neuro-Hormnio uma substncia secretada por um neurnio atingindo diretamente a circulao sangunea.
Sistema Neuro-Hormonal
No sistema nervoso as mensagens so transmitidas ao longo de clulas
nervosas at os diferentes rgos. No sistema hormonal existem mensageiros qumicos, produzidos em
rgos especficos, que circulam na corrente sangunea.
HORMNIOS E NEURORMNIOS PRODUZIDOS PELO HIPOTLAMO E PELA HIPFISE
E SUAS FUNES (estudar as funes)
HIPFISE ANTERIOR OU ADENO-HIPFISE (HIPOFISRIOS) (No faz parte do Encfalo. Glndula de
fato)
Prolactina Hormnio que estimula o crescimento das mamas, produo e secreo de leite
materno.
HOMEOSTASE
Definida por Walter Canon (1871-1945) como: A permanente tendncia dos organismos de manter a
constncia do meio interno.
atualmente reportada como: A manuteno do ambiente interno do organismo dentro de estreitos
limites fisiolgicos (Bear, 2008).
O fundamental entendermos que a manuteno do
organismo em homeostase assegura as condies
necessrias para uma vida livre e independente.
Essa busca constante e conta com o Hipotlamo com
grande integrador que realiza os ajustes necessrios,
interferindo no funcionamento do organismo, graas
produo de neuro-hormnios ou a estimulao da
produo de hormnios pela Hipfise.
O Hipotlamo recebe, pela nossa circulao sangunea,
informaes sobre as condies de funcionamento de nosso
corpo e sempre que necessrio determina ajustes ao
estimular ou inibir a liberao dos hormnios. Como
resultado, verificamos o estimulo ou bloqueio dos nossos
comportamentos apetitivos.
Alm disso, estabelece conexes com nosso Crtex Cerebral que iro regular nossos comportamentos
consumatrios.
Na linha final de toda essa engrenagem encontramos nossos rgos e sistemas funcionando
adequadamente:
Sistema Respiratrio - Desempenha um papel vital neste contexto: nutrio, eliminao dos produtos
no utilizados, regulao da temperatura e defesas imunolgicas.
Sistema Circulatrio Atua no controle dos nveis de oxignio e dixido de carbono circulante no
organismo.
Fgado e Pncreas Participam da produo e controle das reservas de energia.
Glndulas Endcrinas Controlam os nveis de hormnios no sangue.
Rins Regulam a concentrao de hidrognio, sdio, potssio e ons fosfato.
Sempre que tudo est funcionando bem, temos a certeza de que nosso organismo est conseguindo
manter-se em equilbrio. Ou seja, nossa homeostase est ocorrendo adequadamente.
HOMEOSTASE COMPORTAMENTAL
A homeostase comportamental est diretamente relacionada ao conceito de preservao do meio
interno, referindo-se a uma srie de respostas comportamentais que garantem a preservao do
indivduo ou espcie.
Respostas comportamentais que garantem a preservao do indivduo ou espcie.
A HOMEOSTASE COMPORTAMENTAL ENVOLVE
Comportamento alimentar, Comportamento reprodutivo, Comportamento emocional.
Processos - Esses processos so regulados por mensagens qumicas hormonais diversas que so
enviadas/recebidas pelo eixo hipotalmico-hipofisrio.
AULA 2 COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Objetivos
1. Descrever os mecanismos de regulao do comportamento alimentar.
2. Definir os termos: estado prandial, anabolismo, estado ps-absortivo e catabolismo.
3. Avaliar a relao entre gostar e querer comer.
4. Identificar a relao da dopamina e da serotonina com o comportamento alimentar.
5. Diferenciar os mecanismos fisiopatolgicos da anorexia nervosa, da bulimia nervosa e da obesidade.
6. Explicar os casos atpicos de anorexia nervosa e bulimia nervosa.
7. Discutir sobre a etiologia da obesidade e sobre os disruptores endcrinos.
ESTADO PRANDIAL Quando consumimos uma refeio e imediatamente aps este consumo,
ocorre a reposio das reservas energticas em nosso corpo, este processo conhecido como perodo
prandial e a energia pode ser armazenada de duas formas em nosso organismo:
Glicognio As reservas de glicognio possuem uma capacidade limitada e so encontradas
principalmente no fgado e no msculo esqueltico. So utilizadas cotidianamente, e fornecem a
energia necessria para o funcionamento adequado de nosso corpo, assim que essas reservas
comeam a baixar sentimos necessidade de rep-las, o que chamamos de fome.
Triglicerdeos Reservas de triglicerdeos possuem uma capacidade virtualmente ilimitada, sendo
encontrados no tecido adiposo. Dizemos virtualmente ilimitada, pois, em condies de equilbrio em
nosso organismo, elas no sero utilizadas em sua totalidade, sempre existindo uma boa quantidade
disponvel para situaes emergnciais (como problemas de sade e dietas especficas) armazenadas
em nosso tecido adiposo.
ANABOLISMO Tambm denominado metabolismo anablico, o perodo do Estado Prandial
onde ocorre sntese das macromolculas (glicognio e triglicerdeos) a partir de precursores simples.
Esse fenmeno responsvel pela transformao da energia disponvel nos alimentos que ingerimos
em molculas que podem ser armazenadas em nosso corpo para uso cotidiano (glicognio e
triglicerdeos) ou em situaes especiais (triglicerdeos).
ESTADO PS-ABSORTIVO Perodo de jejum entre as refeies, neste estado o glicognio e
os triglicerdeos que foram armazenados so fragmentados, fornecendo um suprimento contnuo das
molculas utilizadas como combustvel para o funcionamento das clulas de nosso corpo: glicose (para
todas as clulas) e cidos graxos e corpos cetnicos (para todas as clulas, exceto os neurnios).
CATABOLISMO Ocorre no estado ps-absortivo, representando o processo de quebra das
macromolculas (glicognio e triglicerdeos). Representa o oposto do anabolismo.
Devemos atentar para o fato de que se o equilbrio do sistema for adequado, as reservas sero repostas nas
mesmas taxas mdias em que so gastas. Caso a ingesto e o armazenamento de energia exceder
consistentemente a utilizao haver um aumento da quantidade de gordura corporal, levando
obesidade. No entanto, se a ingesto de energia falhar consistentemente em alcanar as demandas
corporais haver perda de tecido adiposo, levando em situaes extremas inanio.
LEPTINA Poduzida por clulas adiposas, so hormnio responsveis pelo balano energtico do corpo.
Clulas adiposas produzem a Leptina que se dirige ao crebro onde atua no Hipotlamo, avisando que j
existe um excesso de gordura acumulada e que o indivduo deve moderar a ingesto de comida.
Esse circuito bioqumico entre a gordura acumulada e o crebro funciona muito bem para os que so
magros. No gordinho a Leptina no tem muito sucesso em comunicar-se com o crebro, induzindo menor
ingesto de calorias. Isso se deve ausncia ou defeito no receptor de Leptina no Hipotlamo.
REGULAO EM CURTO PRAZO
O equilbrio do sistema depende de meios para a regulao do comportamento alimentar com base no
tamanho das reservas energticas e na sua velocidade de reposio.
MECANISMOS REGULATRIOS So mltiplos e agem durante um longo perodo para manter
as reservas de gordura corporal, e outros, durante um curto perodo, para regular o tamanho e a
frequncias das refeies.
MECANISMOS DE CURTO PRAZO Diretamente relacionados ao que foi comido na ltima
refeio e que quantidade ingerimos deste alimento.
FASES DA ALIMENTAO
1. FASE CEFLICA A presena de alimentos no campo visual e o cheiro da comida desencadeiam
diversos processos fisiolgicos que antecipam a chegada da refeio: ativao do sistema nervoso
autnomo parassimptico e da diviso entrica do sistema nervoso vegetativo que determina a
secreo de saliva na boca e de suco gstrico no estmago.
2. FASE GSTRICA Com a mastigao e ingesto dos alimentos, verificamos um progressivo
preenchimento do estmago, o que determina uma intensificao das respostas.
3. FASE DE SUBSTRATO Com o preenchimento do estmago, os alimentos parcialmente
digeridos so encaminhados para o intestino e inicia-se a absoro dos nutrientes o que os levar
corrente sangunea.
COMO OCORRE O TRMINO DA REFEIO
Ocorre pelas aes coordenadas de diversos sinais de saciedade.
SINAIS DE SACIEDADE
Neurnio prprio para reagir a estmulos mecnicos como movimento, alterao de presso, tenso, etc. que se comunicam
diretamente com o Nervo Vago (X par craniano).
2
Por exemplo, um animal consome um determinado alimento que considera muito saboroso, isto promove a
liberao de dopamina no encfalo, o que causa a sensao de prazer. Essa experincia levar o animal a
buscar novamente este alimento de modo a repetir aquela mesma sensao prazerosa.
SEROTONINA J os nveis do neurotransmissor Serotonina no Hipotlamo esto baixos,
durante o perodo ps-absortivo, aumentam em antecipao chegada de alimento e alcanam um pico
durante uma refeio, especialmente em resposta aos carboidratos.
Na depresso, por exemplo, esses nveis apresentam-se reduzidos no Sistema Nervoso Central, o que
pode explicar a sensvel melhora do humor quando deprimidos consomem alimentos que levam ao
aumento dos nveis enceflicos de serotonina, como tortas, bolos e chocolates.
Os carboidratos so os alimentos que mais elevam os nveis de serotonina no Encfalo porque a
serotonina produzida a partir do aminocido triptofano, presente nos alimentos que ingerimos
cotidianamente, principalmente aqueles que so ricos neste tipo de nutriente.
MECANISMOS FISIOPATOLGICOS DA
ANOREXIA NERVOSA, BULIMIA NERVOSA E OBESIDADE
BULIMIA NERVOSA
Ingesto exagerada de alimentos seguida de purgao.
comer muito
Aspectos Psicolgicos
Definida pelo CID 10: A Bulimia uma sndrome caracterizada por acessos repetidos de hiperfagia e uma
preocupao excessiva com relao ao controle do peso corporal conduzindo a uma alternncia de
hiperfagia e vmitos ou uso de purgativos.
Este transtorno partilha diversas caractersticas psicolgicas com a Anorexia Nervosa, dentre as quais
uma preocupao exagerada com a forma e peso corporal.
Os vmitos repetidos podem provocar perturbaes eletrolticas e complicaes somticas.
Nos antecedentes da Bulimia encontra-se frequentemente, mas nem sempre, um episdio de Anorexia
Nervosa ocorrido de alguns meses a vrios anos antes.
Critrios de Diagnstico
1. Episdios recorrentes de compulso peridica.
Ingesto, em um perodo limitado de tempo (ex. em 2 horas) de uma quantidade de alimentos
definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em perodo e circunstncias
similares (hiperfagia).
Alteraes Fisiolgicas
Perda do esmalte dentrio
Rupturas de esfago
Arritmias cardacas
Cries dentrias
Rupturas gstricas
Problemas renais
ANOREXIA NERVOSA
Aspectos Psicolgicos
Definida, de uma forma geral, como falta fisiopatolgica de apetite, acompanhada de uma averso
comida e inabilidade em comer, essa perda ou ausncia de apetite apresenta aspectos bem mais
complexos, como um comportamento dirigido perda de peso, padres peculiares de manuseios dos
alimentos, medo intenso da obesidade e perturbao da imagem corporal. Pode evoluir at a morte.
uma doena psiquitrica que demanda cuidados mdicos especficos.
Anorexia nervosa um transtorno caracterizado por perda de peso intencional,
induzida e mantida pelo paciente. O transtorno ocorre comumente numa mulher adolescente ou jovem,
mas pode igualmente ocorrer num homem adolescente ou jovem, como numa criana prxima
puberdade ou numa mulher de mais idade at na menopausa.
Pelo CID 10 definida:
5. Nas mulheres ps-menarca, amenorreia, isto , ausncia de pelo menos 3 ciclos menstruais
1
consecutivos.
menstruao
Alteraes Fisiolgicas
Anemia leve
Funo heptica prejudicada
Desidratao
Constipao
Colesterol elevado Intolerncia ao frio
OBESIDADE
Pele ressecada
Problemas cardiovasculares
Osteopenia e Osteoporose
Problemas Renais
Outros
uma condio decorrente do acmulo excessivo de gordura (peso corporal aumentado em mais de 10
a 15% do esperado para um determinado indivduo).
Pode ter diversas origens, como, por exemplo, a predisposio familiar (gentica), comportamental,
psicolgica ou outras.
Etimologia da obesidade
Fatores genticos, fatores culturais, fatores ambientais, predisposio gentica, desequilbrio energtico.
Outros fatores:
Estresse, privao do sono, uso de depressivos, reduo do tabagismo, convivncia com obesos,
gravidez tardia.
Alteraes fisiolgicas
Doenas cardiovasculares, Hepatite, Daibetes, Apneia Obstrutiva do Sono, Cncer, Osteoartrite.
BULIMIA ATPICA CID 10: Transtornos que apresentam algumas caractersticas da Bulimia
Nervosa, mas cujo quadro clnico global no justifica tal diagnstico.
Por exemplo, pode haver acessos repetidos de hiperfagia e de uso exagerado de laxativos sem uma
alterao significativa de peso ou ento a preocupao tpica e exagerada com a forma e peso corporal
podem estar ausentes.
ANOREXIA NERVOSA ATPICA CID 10: Transtornos que apresentam algumas das caractersticas
da anorexia nervosa, mas, cujo quadro clnico global no justifica tal diagnstico.
Por exemplo, um dos sintomas-chave, tal como um temor acentuado de ser gordo ou a amenorria, pode
estar ausente na presena de uma acentuada perda de peso e de um comportamento para emagrecer. Este
diagnstico no deve ser feito na presena de transtornos fsicos conhecidos associados perda de peso.
ETIOLOGIA DA OBESIDADE E DISRUPTORES ENDCRINOS
A prevalncia de sobrepeso e obesidade vem atingindo ndices alarmantes em todo o mundo. Dados da
OMS de 2008 demonstraram que:
2008
400 milhes eram obesos
700 m
Previso
pesoapresentavam excesso E =3,3
sete
dias aps
a ovu
bilhes
de pessoa
Nos EUA, os nmeros j atingiram propores epidmicas, com 20% de obesos e 30% com sobrepeso.
Dados de 1999 demonstravam que 13% das crianas entre 6-11 anos e 14% dos adolescentes entre 12-19
anos apresentavam sobrepeso.
Nas duas ltimas dcadas a prevalncia entre os adolescentes triplicou.
No Brasil, as maiores prevalncias de obesidade so encontradas nas regies mais industrializadas do
pas, portanto onde potencialmente ocorre maior exposio da populao aos disruptores endcrinos.
Apesar de ser de etiologia multifatorial, da qual participam:
o
o
o
o
O desequilbrio energtico,
A predisposio gentica e os fatores ambientais, culturais e emocionais,
Estilo de vida sedentrio e
Hbitos alimentares inadequados, com o aumento da ingesto calrica.
Privao do sono,
Menor variabilidade na temperatura ambiental,
Mudana na distribuio dos grupos tnicos,
A gravidez mais tardia,
o
o
o
o
Fatores intrauterinos,
Fertilidade em grupos com maior IMC,
Reduo do tabagismo,
Uso de medicaes como antidepressivos,
o
o AULA 3 COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
o
Objetivos
o
o
o
o
o
o
o A motivao essencial manter nossos genes sobre o planeta.
o
o Conformao particular que distingue o macho da fmea ou o masculino do feminino, nos animais
e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na gerao, e conferindo-lhes certas
caractersticas distintivas.
o
o GNERO uma construo social, onde as sociedades definem o que consideram ser um
comportamento adequado s mulheres, ou seja, ao feminino, e o comportamento adequado aos
homens, ou seja, ao masculino. Considera a biologia, o comportamento, a cultura, a
autodeterminao, as expectativas sociais, a gentica e os hormnios.
o
o definido atravs das diversas caractersticas biolgicas e atributos que distinguem um macho de
uma fmea, incluindo a natureza dos cromossomos sexuais, a anatomia das gnadas e os rgos
genitais, ou seja, os conceitos so um tanto semelhantes.
o
o No entanto, uma abordagem comportamental tambm pode ser utilizada para definir o
sexo/gnero de um indivduo.
o
o Uma tendncia aplicar o termo sexo para condio biolgica (cromossomos sexuais XX ou
XY) e incluir em gnero as implicaes comportamentais.
o
o Caracteres sexuais secundrios nas mulheres Mamas, estrutura corporal arredondada, etc.
o
o Um gene chamado SRY est presente na regio determinante do sexo no cromossomo Y, ele
responsvel pela produo de uma protena chamada fator de determinao testicular,
participando, junto a outros genes, da formao de organismos geneticamente masculinos.
o
o A maior parte dos contraceptivos orais atua inibindo a secreo de FSH e LH, o que impede a
oocitao (ovulao) e, desta forma, evita a gravidez indesejada.
o
o REGULAO HORMONAL NO CICLO REPRODUTIVO FEMININO CICLO
MENSTRUAL
o
2. ESTROGNIO
Conforme esses folculos crescem, eles produzem e liberam na corrente sangunea
os Estrognios, que sinalizam quimicamente ao Hipotlamo que j o momento de autorizar a
Hipfise a liberar o Hormnio Luteinizante (LH).
o
4. PROGESTERONA
No local onde ele foi liberado do ovrio se forma o Corpo Lteo (ou Corpo
Amarelo) que continuar produzindo Estrognios e passar a produzir tambm Progesteronas.
o
o Este corpo amarelo atingir seu mximo de desenvolvimento aproximadamente sete dias aps a
ovulao.
o
o
Estrognio e Progesterona atuam em conjunto sobre o tero, preparando o Endomtrio para uma
possvel implantao, caso ocorra uma gravidez, alm disso, as altas taxas desses hormnios exercem um
efeito inibidor sobre a Hipfise, que diminui drasticamente a produo de Folculo Estimulante (FSH) e
Hormnio Luteizante (LH).
o
o
Caso no ocorra uma gestao
O Corpo Lteo, ou Corpo Amarelo deixar de produzir os
hormnios, o que determinar uma nova escamao uterina.
o
o
Caso ocorra uma gestao
O Corpo Lteo, ou Corpo Amarelo persistir, sob o comando da
beta-gonadotrofina corinica humana (produzida pelo concepto recm-implantado), produzindo os
hormnios que iro garantir que o tero no sofrer contraes e garantir tempo para a placenta se
formar e assumir definitivamente a produo dos hormnios gestacionais.
o
o
CICLO O Hipotlamo autoriza, a Hipfise joga o hormnio Folculo Estimulante (FSH) na
corrente sangunea, ele chega aos ovrios, estimula o amadurecimento do gameta que comea a crescer.
o
o
O ovrio, estimulado pelo Folculo Estimulante (FSH) comea a amadurecer o gameta feminino e
comea tambm a produzir hormnios. O Estrognio um hormnio que se destaca, pois produzido
pelos ovrios, cai na corrente sangunea e atinge novamente o Hipotlamo.
o
o
Quando o Hipotlamo recebe esse Estrognio, dispara uma nova mensagem, uma autorizao para
a Hipfise produzir um novo hormnio, o Hormnio Luteinizante (LH).
o
o
O Hormnio Luteinizante (LH) cai na corrente sangunea e chega aos ovrios e o estimula a
produzir a ovulao ou oocitao (liberao do gameta).
o
o
O gameta rompe o ovrio e vai para a Tuba Uterina, onde aguarda a fecundao. Ele s tem 24h de
viabilidade.
o
o
Novos hormnios comeam a serem produzidos pelos ovrios. A a Progesterona comea a ser
liberada pela corrente sangunea e atinge o eixo Hipotlamo/Hipfise.
o
o
Quando estes nveis de Progesterona esto elevados, a mulher apresenta caractersticas que
promovem a atrao do homem. A pele fica mais lubrificada, os olhos mais brilhantes, os lbios mais
corados, os seios mais firmes. Tudo para que haja uma fecundao.
o
o
No caso de uma fertilizao o corpo lteo ser mantido, produzindo hormnios at a placenta
assumir essa funo.
o
o
Na ausncia da fertilizao ele cessar a produo de hormnios e a baixa dos nveis de
Progesterona levar a escamao uterina: menstruao.
o
o
BASES NEURAIS DOS COMPORTAMENTOS SEXUAIS
o
o
o
o DIFERENCIAO SEXUAL DO SISTEMA NERVOSO
o
o Nos homens trabalha para a ereo peniana e ajuda na mico, nas mulheres circunda a abertura
da vagina e serve para contra-la.
o
4. O que INAH?
o
o
o
o Alguns experimentos demonstram que a preferncia por brinquedos pode estar relacionada ao
homossexualismo na vida adulta, revelando uma tendncia entre meninos que preferem
brinquedos de meninas de apresentarem-se homossexuais quando do amadurecimento sexual.
o
o O INAH uma regio do crebro que parece estar envolvida no processo de comportamento
homossexual, em homossexuais masculinos o INAH-3 apresenta o mesmo tamanho do esperado
para mulheres, ou seja, possui metade do tamanho esperado em um homem heterossexual, no
entanto, essa diferena s pode ser percebida na idade adulta.
o
o Outras pesquisas demonstram que pode haver alguma tendncia gentica na determinao do
comportamento homossexual na vida adulta, principalmente quando os casos ocorrem na famlia
da me (principalmente tios e primos). Entretanto, pesquisas com gmeos idnticos, no revelam a
mesma orientao sexual em ambos, o que revela que muito ainda h que ser pesquisado para
compreender esse tema.
o
o Experimentos em roedores demonstraram que estresse (causado por uma limitao controlada
experimentalmente da quantidade de gua e comida) durante a gestao pode determinar o nascimento
de filhotes geneticamente masculinos que se comportam como fmeas quando do amadurecimento
reprodutivo, expondo a genitlia diante de outros machos. Ser que o estresse pode ser um fator
tambm em humanos?
o
o AULA 4 APRENDIZAGEM E MEMRIA
o
Objetivos
o
o
o
o
o
o
o
o HISTRICO
o PAUL BROCA, em 1861 relatou que leses na poro posterior do Lobo Frontal Esquerdo,
regio chamada rea de Broca, levavam a uma disfuno motora da linguagem: disfasia1 ou
afasia2 Essas proposies abriram questionamentos sobre uma hiptese de localizao especfica
para cada funo da memria.
o
Parte posteriorResponsvel
do lobo frontal
esquerdo
pelo
processamento da linguagem, produo da fala e compreenso
o
rea de Broca
o
o
o KARL LASHLEY, que era psiclogo, apresentou, mais de 60 anos depois, na dcada de 1920 o
termo engrama para se referir a uma suposta base neural para os traos de memria, atravs de
estudos que pretendiam verificar uma viso localizacionista da memria.
o
o Atravs de estudos em ratos ele pretendia verificar se haveria regies especficas do Sistema
Nervoso Central que seriam responsveis pela memria, no entanto, observou que os animais
estudados apresentaram maiores dificuldades para sair de um labirinto do que animais saudveis,
no entanto, essa dificuldade no estava relacionada a uma localizao especfica da leso, mas sim
de sua extenso. De modo que ele concluiu que o engrama estaria distribudo por todo o
crtex, ou seja, no haveria uma localizao especfica como havia questionado ao iniciar seus
estudos.
o
o Hoje, sabemos que sua interpretao foi errada e que aqueles animais apresentavam maiores
dificuldades, pois nos experimentos ele havia lesado reas importantes para a viso, entre outras
(sensaes e movimentos) que complicavam as habilidades de deslocamento do animal.
o
Forma como
guardadas devido a mudanas biofsicas ou bioqumicas no
Engrama
o as memrias so hipoteticamente
Seria a correspondncia
fsica das recordaes.
o
o
o
o PROCESSOS DA MEMRIA
o
SELEO Processo que explica que somente os aspectos mais importantes dos eventos so
escolhidos durante a aquisio para ser armazenados em nossa memria. O que permanece.
RETENO Relacionado com a capacidade de armazenar, por tempo varivel (de segundos
memria de curto prazo a anos memria de longo prazo), aqueles aspectos importantes que foram
selecionados.
EVOCAO Lembrana (ou o acesso informao) de um dado aspecto armazenado para ser
utilizado mentalmente na cognio, emoo ou mesmo para expressar um comportamento.
o
o ESTGIOS DA APRENDIZAGEM E DA MEMRIA
o
o O evento pode ter origem externa (ex. uma aula, uma revista) ou interna (ex. acelerao nos
batimentos cardacos, um desconforto estomacal) ao nosso organismo.
o
o Por exemplo, se voc costuma comer chocolates ou beber isotnicos enquanto estuda para as
provas, esteja preparado para ingeri-los durante as provas e cuidado para no exagerar. Da mesma
forma, j reparou que eventos tristes so mais recordados quando voc est triste e os alegres
quando voc est alegre?
o
HABITUAO Uma experincia incua passa a ser ignorada por nosso organismo, ou seja, nosso
sistema perceptor passa a aceitar eventos que, primeira vista, pudessem parecer ofensivos com as
sucessivas exposies.
o MECANISMOS DE APRENDIZAGEM
o
o 1. AO TEMPO DE RETENO
o
ULTRARRPIDA
Dura poucos segundos apresentando o seguinte decaimento:
o
o
o
CURTA DURAO
Dura de minutos a horas.
o
Ex. Lembramos o que comemos no caf, mas no lembramos o que comemos semana
passada.
o
LONGA DURAO
Dias, semanas, meses e at muitos anos.
o 2. NATUREZA
o
o
A memria pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e mais facilmente
adquirida, mas tambm mais rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que no
falam e logo no declaram, mas obviamente lembram), essa memria tambm chamada
explcita. Memrias explicitas chegam ao nvel consciente. Esse sistema de memria est
associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amgdala).
o
o
Ex.: Onde estacionou o carro? Onde deixou a bolsa? Onde esto seus livros? Onde esto
seus filhos?
o
o
Quando aprendemos, por exemplo, que a capital da Argentina Buenos Aires, os neurnios
se comunicam por meio de neurotransmissores.
o
Ex. Flor um bom presente para mulheres. Associao direta de eventos.
o
3) Episdica uma forma de memria explcita que envolve eventos datados, ou seja,
relacionados ao tempo.
o
o
Ex.: Evocao do nosso aniversrio de 18 anos; lembrana do primeiro captulo da novela
que vimos na TV.
o
o
Inclui procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com preciso ou quando
nos distramos e vamos no "piloto automtico" quando dirigimos). Essa memria depende dos
gnglios basais (incluindo o corpo estriado) e no atinge o nvel de conscincia. Ela em geral
requer mais tempo para ser adquirida, mas bastante duradoura.
o
o Ex.: A imagem de um objeto pode ser retida nesse tipo de memria implcita antes que
saibamos o que , para que serve, etc.
o
o Ex.: Sabemos os movimentos necessrios para dirigir um carro, sem que seja preciso
descrev-los verbalmente.
o
3) Memria Associativa a que faz, por exemplo, com que salivemos antes que a comida
chegue a nossa boca, por termos associado o cheiro alimentao.
o
4) Memria No-Associativa a que faz, por exemplo, com que aprendamos que um
estmulo repetido que no traz consequncias incuo, e o ignoremos.
o
Ex.: O latido de seu co no traz riscos, fato que nos faz ignor-lo.
o
o ONDE AS INFORMAES FICAM ARMAZENADAS?
o
o Os mecanismos so pouco esclarecidos, mas, j sabemos, por exemplo, que o Hipocampo tem
participao fundamental na consolidao das informaes adquiridas de forma explcita e
que elas ficam temporariamente armazenadas no Lobo Temporal e Pr-Frontal.
o
o Hoje est comprovado que as informaes ficam distribudas de acordo com as reas
funcionais do crebro.
o
o COMO SE D A CONSOLIDAO?
o
o Depende dos estados emocionais e so diretamente determinadas por fatores como ateno,
motivao, dedicao, etc.
o
o A AMNSIA
o
o AMNSIA A amnsia definida, de modo geral, como uma perda patolgica completa ou
parcial da habilidade de recordar experincias passadas (amnsia retrgrada) ou de formar novas
memrias (amnsia antergrada).
o
o Esta condio pode ser de origem orgnica ou psicolgica. As formas orgnicas de amnsia esto
normalmente associadas com disfuno do Diencfalo ou Hipocampo.
o
o Esquece de tudo de um trauma para traz. Ex.: No lembra de nada antes do acidente.
o
o Apresenta-se, com maior frequncia, como uma lacuna ou srie de lacunas relatada
retrospectivamente, na recordao de aspectos da histria de vida do indivduo. Essas lacunas
habitualmente esto relacionadas a eventos traumticos ou muito estressantes.
o
o Alguns indivduos podem ter amnsia para episdios de automutilao, ataques violentos ou
tentativas de suicdio. Com menor frequncia, apresenta-se como um episdio exuberante com
aparecimento sbito. Esta forma aguda mais provvel em tempos de guerra ou em resposta a um
desastre natural.
o
Ex.: O sobrevivente que saiu ileso de um acidente automobilstico no qual um membro da famlia
morreu, pode no ser capaz de recordar coisa alguma do que aconteceu desde o momento do acidente
at 2 dias mais tarde.
o Ex.: Um veterano de guerra consegue recordar apenas algumas cenas de uma srie de experincias
de combate violento.
o
o CRTEX LOBO FRONTAL Est associando s reas sensitivas primrias (tato, viso e
audio) as demais reas corticais e ao Hipocampo.
o
Memria explcita ou declarativa: Hipocampo, amgdala, trs regies corticais temporais mediais
(crtex entorrinal, crtex para-hipocampal e crtex perirrinal), prosencfalo basal, tlamo, crtex prfrontal, neocrtex.
Memria implcita ou no declarativa: Gnglios basais, crtex pr-motor, tlamo, substncia negra.
o dita homossinptica uma vez que os fenmenos ocorrem nas mesmas sinapses que so ativadas
pela estimulao.
o
o Inclui a ativao de sinapses adicionais ao circuito neural primrio da reao de defesa. Por isso
chamada de facilitao heterossinptica.
o
o uma propriedade que permite um desenvolvimento de alteraes estruturais dos circuitos neurais
em resposta experincia e como adaptao a condies diversas e a estmulos repetidos.
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o TEORIAS DAS EMOES E SEUS PRINCIPAIS TERICOS
o
o JAMES (1842-1910) E LANGE (1834-1900) Na teoria, divulgada em 1894, eles propuseram que
no existe emoo sem expresso e que a experincia subjetiva causada por ela, ou seja, eles
sugeriram que ns experimentamos a emoo em respostas as alteraes fisiolgicas que
ocorrem em nosso organismo, assim, por exemplo, ficaramos tristes porque estamos
chorando e no o contrrio.
o
o A princpio parece estranha essa colocao, mas se voc analisar com calma verificar que caso
retirssemos todas as alteraes fisiolgicas de nosso corpo ficaria complicado sentir qualquer
emoo.
o
o Explicando, imagine um indivduo muito irritado, agora retire suas alteraes fisiolgicas: acalme
seus batimentos cardacos, tranquilize a respirao, relaxe a sua musculatura. Ele ainda estaria
irritado? Pois ... foi avaliando desta forma que eles desenharam essa teoria. Hoje sabemos que
no bem assim.
o
o CANNON (1871-1941) E BARD (1898-1977) Apresentada pela primeira vez em 1927, logo se
tornou popular entre os cientistas e propunha que a experincia emocional pode ocorrer
independente de uma expresso emocional fisiolgica.
o
o Para embasar sua teoria eles apresentaram estudos em pessoas que possuam leses na medula que
as impediam de perceber as sensaes e que, no entanto, preservavam a capacidade de sentir
emoes.
o
o Outra questo apresentada por essa nova teoria era de que as mesmas alteraes fisiolgicas
ocorriam em emoes bem diversas, como o palpitar rpido do corao de uma pessoa irritada e
de um apaixonado.
o
o
o A sobrevivncia do indivduo
O predador tem que conseguir matar a presa e a presa tem que
conseguir fugir do predador. Desta forma ocorre equilbrio nas populaes duas espcies. Como?
Alguns predadores morrem de fome e algumas presas sobrevivem.
o
o A sobrevivncia da espcie
Os machos disputam as fmeas para reproduo de modo que os
mais fortes, atraente e possuidores de bons genes conseguem filhotes saudveis. Desta forma eles
estabelecem uma hierarquia e demarcam reas seguras para as fmeas e filhotes.
o
o Comunicao social
Todos os animais do grupo no precisam apanhar do macho dominante para
compreender que ele o lder, somente aqueles que se julgarem mais fortes faro um desafio. Por
qu? Porque os outros assistem s demonstraes de fora e recebem sinais visuais que lhes
sugerem sua posio hierrquica do grupo. Na nossa espcie a comunicao visual muito
utilizada.
o
o PAPEL DO SISTEMA LMBICO PARA O COMPORTAMENTO EMOCIONAL
o
o Hoje j se sabe tambm que pessoas que sofreram leses na medula espinal tm certo
embotamento emocional. Elas no so indiferentes aos estgios emocionais diante dos estmulos
do meio, elas possuem expresses emocionais, mas quando comparadas a pessoas no lesionadas,
a intensidade emocional diferenciada.
o
o MEDO E ANSIEDADE
o
o As emoes so as funes mais complexas que o sistema nervoso humano processa. Elas
possuem trs componentes principais:
o
1. Sentimentos
Podem ser positivos e negativos.
o
2. Comportamentos
Atos motores especficos de cada emoo.
o
o MEDO um estado subjetivo que ocorre diante de ameaas e determina reaes das mais
diversas: luta, fuga, ativao do SNA e etc.
o
o Hoje, sabemos que as amgdalas cerebrais so estruturas importantes no entendimento do
comportamento emocional, ela dispara emoes a partir da interpretao de informaes
o Para compreender esses circuitos, vamos primeiramente definir o porqu destes comportamentos.
Animais das mais variadas espcies atuam de forma agressiva por diversos motivos: Conseguir
alimento, repreender um adversrio, defesa da prole, conquista reprodutiva.
o
o Sabemos hoje que a presena de andrgenos (hormnios sexuais masculinos) est diretamente
relacionada a esse comportamento. Todos j devem ter conhecido um caso de animal domstico
masculino que foi castrado e ficou dcil. Em humanos algumas pesquisas j comprovaram altos
nveis de testosterona em homens que cometeram crimes muito violentos.
o
o AGRESSO PREDATRIA (ou ataque silencioso com mordida) Caa (ataque contra
membro de outra espcie para obter alimento).
o
o AGRESSO AFETIVA (ou ataque com ameaa) Defesa de territrio (exibio, geralmente
ruidosa, de seus atributos fsicos).
o
o Os animais que sofriam essa remoo apresentaram o que os pesquisadores chamaram de raiva
simulada, uma vez que respondiam de forma agressiva a estmulos no irritantes, como carinhos.
Isso ocorria sempre que o Hipotlamo Posterior era preservado na cirurgia. Quando ele era
retirado o comportamento de raiva simulada no aparecia.
o
o Os estudos que mapearam as reas cerebrais relacionadas com reforo e recompensa datam da
dcada de 50 e tm como pioneiros James Olds e Peter Milner.
o
Objetivos
o
o
o
o
o
o
o ORGANIZAO DO PENSAMENTO
o
o Nosso pensamento pode ser definido de diversas formas, por exemplo, de acordo com a
capacidade de nosso crebro para formular e evocar ideias diversas.
o
o A partir de nossas experincias e da nossa criatividade, podemos relacionar conceitos, impor nosso
julgamento, alterar e inventar fatos e etc.
o
o O pensamento pode ainda ser relacionado nossa capacidade de reflexo e criao a iniciarem-se
de ideias pr-existentes.
o
o Geralmente elas esto ligadas aos conceitos que temos dos objetos e ao significado dos
mesmos.
o
o O crebro pode evocar, combinar e mesmo criar novos conceitos e hipteses diante de uma
cena e isso d ao nosso pensamento a habilidade de antecipar probabilidades relativas aos
acontecimentos.
o
o Sempre devemos ter claro que, somente a partir de elementos fornecidos por ns e pelo ambiente
que nos cerca, atravs de nossas sensaes (em alguns casos, percebidos desde a vida fetal, como
os estmulos auditivos), que formamos essa srie de objetos mentais. No entanto, no momento
em que iniciamos a formao deste banco de dados mentais, as possibilidades de combinao de
elementos so infinitas.
o
o Talvez voc j tenha experimentado a agradvel sensao de dormir com um problema e acordar
com uma soluo. O que acontece que, ao se deitar, voc pensa no problema que trouxe do
trabalho e para o qual voc no tem uma soluo vivel. Ao acordar: Bingo! isso que devo
fazer!
o
o Seu crebro pode e, corriqueiramente, faz uma srie de combinaes de assuntos relacionados ao
tema de seu problema, ao comparar com outras situaes vividas por voc, ou compartilhada com
amigos, ele pode ou no encontrar uma boa soluo.
o
o O PAPEL DAS REAS RELACIONADAS S FUNES SUPERIORES
o
o Leses desta rea parecem desligar planejamento e ao, de modo que a pessoa, apesar de
aparentemente compreender bem o que lhe informado pelo ambiente, no realiza os ajustes
motores necessrios realizao de tarefas.
o
o Regio responsvel por promover uma anlise detalhada das diferentes modalidades sensoriais,
integrando-as e traduzindo como uma funo mental superior.
o
o Integrao das vias sensoriais. Integra as sensaes, imagens, sons relacionados. Integra os
estmulos recebidos e processados pelas reas pr-frontais e lmbicas, levando expresso
complexa de nossas aes.
o
o O estado de nosso meio interno (homeostase alimentar, sexual, emocional e etc.) est diretamente
relacionado com a nossa habilidade de perceber estmulos sensoriais do meio ambiente.
o
o Conexes entre nosso crtex pr-frontal e lmbico permitem que tenhamos uma percepo do
colorido emocional relacionado a cada experincia.
o
o Crtex Orbitofrontal.
Giro de Cngulo.
o Estudos mais detalhados revelaram o papel da Dopamina nesta patologia, onde ela est com uma
hiperfuno: h um aumento da transmisso dopaminrgica em esquizofrnicos. No
podemos esquecer que a alterao na fisiologia de uma rede neural interfere em outras, o que leva
a complexidade da terapia destes pacientes.
o
o
AULA 7 LINGUAGEM
o
Objetivos
o
o
o
o
o COMUNICAO E LINGUAGEM
o
o Hoje sabemos que o uso da linguagem uma caracterstica unicamente humana, que engloba a
fala, a compreenso e a nomeao, permitindo expressar o nosso pensamento, por meio, por
exemplo, da comunicao falada.
o
o Voc pode estar pensando: Os macacos usam sons, gestos e smbolos, ento devem ter uma
linguagem como a nossa? A resposta no, pois, esse conjunto de aes sempre ocorre em
situaes-chave: avisar o grupo da presena de adversrios, demarcar territrio, defender a
posio de macho alfa (dominante no grupo) etc. Eles aparentemente no se comunicam uns com
os outros sem um motivo claro e necessrio ao bem-estar do grupo ou de um membro. Pelo menos
o que mostram os estudos atuais. Pode ser que no futuro se comprovem outras ideias.
o
o Outra questo relevante a cerca de nossa linguagem o fato de que uma criana que no conviva
com pessoas que falam, apresente srias dificuldades para utilizar a linguagem falada.
o
o Escutar e interagir com pessoas que falam dos 12 meses at os seis anos de idade
determinante para o desenvolvimento pleno da fala.
o
o REAS ENCEFLICAS RELACIONADAS LINGUAGEM
o
o REA DE BROCA
o
o Pesquisando em diversos pacientes com dificuldade para utilizar a linguagem falada, Paul Broca
prope em 1861 que leses nos lobos frontais do crebro eram importantes para a explicao
destas limitaes na comunicao. Na poca o assunto foi polmico, pois, de certa forma,
propunha a existncia de uma rea da linguagem especfica no crebro. Em 1863 ele complementa
suas colocaes indicando o hemisfrio esquerdo do lobo frontal
com a rea mais crtica nestes casos.
o
o REA DE WERNICKIE
o
o Estudando as afasias, ou seja, a perda parcial ou completa das habilidades da linguagem a partir de
leses no encfalo, fica mais fcil de compreender a importncia das reas de Broca e Wernickie
para a linguagem. Cabe ressaltar que em muitas afasias no h perda de qualquer faculdade
cognitiva ou habilidade para mover os msculos faciais envolvidos com a fala.
o
o AFASIAS
o
o AFASIA DE BROCA
o
o O portador apresenta grande dificuldade em falar, mesmo que tenha capacidade de entender o
que escuta ou l. Ou seja, a inteligncia geralmente est preservada, mas a habilidade de se
expressar pela linguagem falada no.
o
o Podemos resumir que nessa afasia a linguagem geralmente entendida, mas no produzida pelo
portador.
o
o Leses na rea de Broca interferem diretamente na produo da fala, pois os sinais corretos no
podem ser enviados para o crtex motor.
o
o Neste caso, como a regio responsvel por transformar sons em palavras, o entendimento do
que dito fica significativamente prejudicado.
o
o Como a rea de Broca est intacta o indivduo fala, no entanto, a produo verbal no passa de
uma locuo de frases sem sentido.
o
o AFASIA DE CONDUO
o
o Ocorre por leso nas fibras do fascculo arqueado, que comunica a rea de Broca com a rea de
Wernickie.
o
o Nesta afasia de conduo, as reas esto preservadas, apenas as fibras que as comunicam esto
lesionadas.
o
o O portador desta afasia compreende bem e fala bem, no entanto, apresenta dificuldades de
repetio de palavras.
o
o AFASIA ANMICA
o
o Pessoas que dominam dois idiomas ao serem acometidas, por exemplo, por um AVC (acidente
vascular cerebral) podem desenvolver uma afasia curiosa, geralmente elas tendem a apresentar
dificuldades com o idioma aprendido secundariamente, enquanto a lngua-me pode ficar apenas
parcialmente prejudicada, de acordo com a gravidade da leso.
o
o Uma pessoa que aprendeu dois idiomas ao mesmo tempo (por exemplo, o paterno e o materno,
que eram diferentes) tende a apresentar dificuldades em ambos em casos de AVC.
o
o O problema no motor, a habilidade motora das mos est preservada, o que est complicado a
construo da linguagem.
o
Objetivos
o
o
o
1. Definir ateno.
2. Diferenciar os processos explcitos e implcitos.
3. Compreender o TDAH.
o
o Nossa ateno selecionada por nosso crebro, que pode pr-programar o sistema para procurar
alvos que atendam nossos desejos.
o
o Processo de seleo da ateno, sensibilizando reas especficas do crebro que executam essa
tarefa e inibem ou reduzem a tarefa das demais.
o
o (Tendncia de ver e ouvir somente os fatos que apoiam nossas crenas e referenciais
socioculturais).
o
o
o TIPOS DE ATENO
o
o ATENO EXPLCITA
o
o evidente, a fixao visual coincide com o objeto, est claro onde est o foco de ateno.
o
o O foco da ateno coincide com a fixao visual e com os movimentos oculares, no centro da
fvea.
o
o ATENO IMPLCITA
o
o OCULTA Voc busca algo que sabe o que , mas no est com o objeto de desejo focado.
o Voc sabe o que est procurando, mas no est no seu foco.
o Busca: Viso perifrica.
o
1. um padro persistente de desateno e/ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele
tipicamente observado em indivduos em nvel equivalente de desenvolvimento.
o
2. Alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuzo devem ter estado presentes antes dos 7
anos, mas muitos indivduos so diagnosticados depois, aps a presena dos sintomas por alguns
anos.
o
3. Algum prejuzo devido aos sintomas deve estar presente em pelo menos dois contextos (por ex., em
casa e na escola ou trabalho).
o
o Para o diagnstico da condio atual de um indivduo devem ser considerados os sintomas nos
ltimos seis meses. Ou seja, quando se est diagnosticando um pr-adolescente por exemplo, vale
apenas seu comportamento nos ltimos seis meses, ainda que as informaes de suas atitudes
desde beb sejam relevantes para o fechamento do diagnstico.
o
o CARACTERIZAO
o
o Seis (ou mais) sintomas de desateno e seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade
persistirem h pelo menos seis meses.
o
o A maioria das crianas e adolescentes com o transtorno tem o Tipo Combinado. No se sabe se o
mesmo vale para adultos.
o
o 2) TDAH, TIPO PREDOMINANTEMENTE DESATENTO
o
o A desateno pode, com frequncia, ser um aspecto clnico significativo nesses casos. O
transtorno muito mais frequente no sexo masculino, com as razes masculino-feminino sendo de
4:1 a 9:1, dependendo do contexto (isto , populao geral ou clnicas).
o
o A maioria dos pais observa pela primeira vez o excesso de atividade motora quando as crianas
ainda esto engatinhando, frequentemente coincidindo com o desenvolvimento da locomoo
independente. Entretanto, uma vez que muitos bebs hiperativos no desenvolvem o TDAH, devese ter cautela ao fazer este diagnstico em uma idade muito precoce. Geralmente, o transtorno
diagnosticado pela primeira vez durante as primeiras sries, quando o ajustamento escola est
comprometido.
o
o Na maioria dos casos observados nos contextos clnicos, o transtorno relativamente estvel
durante o incio da adolescncia. Normalmente, os sintomas atenuam-se durante o final da
adolescncia e idade adulta, embora uma minoria dessas pessoas vivencie o quadro sintomtico
completo at os anos intermedirios da idade adulta.
o
o Outros adultos podem reter alguns dos sintomas, aplicando-se nestes casos um diagnstico em
Remisso Parcial. Este diagnstico aplica-se aos indivduos que no mais tm o transtorno com
todos os seus aspectos caractersticos, mas ainda retm alguns sintomas que causam prejuzo
funcional.
o
o Ocorre com maior frequncia nos parentes biolgicos em primeiro grau. Estudos sugerem que
existe uma prevalncia superior de Transtornos do Humor e de Ansiedade, Transtornos da
Aprendizagem, Transtornos Relacionados a Substncias e Transtorno da Personalidade Antissocial
nos membros das famlias de indivduos com TDAH.
o
o CARACTERSTICAS RELATIVAS IDADE E AO GNERO
o
o especialmente difcil estabelecer o diagnstico em crianas com menos de 4 ou 5 anos, pelo fato
de seu comportamento caracterstico ser muito mais varivel do que o de crianas mais velhas e
incluir, possivelmente, aspectos similares aos sintomas do transtorno.
o
o Alm disso, em geral difcil observar sintomas de desateno em bebs e crianas pr-escolares,
porque as crianas jovens tipicamente sofrem poucas exigncias de ateno prolongada.
o
o Entretanto, mesmo a ateno de crianas pequenas pode ser mantida em uma variedade de
situaes (por ex., a criana tpica de 2 ou 3 anos de idade em geral consegue ficar sentada com
um adulto, olhando livros de figuras).
o
o Em comparao, crianas pequenas com TDAH movem-se excessivamente, sendo em geral difcil
cont-las. Indagar sobre uma ampla variedade de comportamentos em uma criana pequena pode
ser til para se assegurar da obteno de um quadro clnico completo.
o
o Ao final da infncia e incio da adolescncia, os sinais de excessiva atividade motora ampla (por
ex., correr ou escalar excessivamente, no conseguir permanecer sentado) passam a ser menos
comuns, podendo os sintomas de hiperatividade limitar-se inquietao ou uma sensao ntima
de agitao ou nervosismo.
o
o
o
o
AULA 9 DOR
Objetivos
o
o
o
o
o
o
o
o NOCICEPTORES E HIPERALGESIA
o
o ALGESIA Significa sensibilidade dor. A dor, ou sensao dolorosa, pode ser percebida em
qualquer parte do corpo, em maior ou menor intensidade.
o A nocicepo permite que ns venhamos a sentir a dor, ou seja, o processo sensorial que
prov sinais que desencadeiam a experincia da dor.
o
o Os nociceptores esto na maior parte dos tecidos corporais, mas so ausentes no tecido nervoso.
o
o O que pode ativar um nociceptor, causando consequentemente uma sensao dolorosa?
o
o
o
o
o
o
o
o
o 1. A: Levemente mielinizadas.
o 2. C: No mielinizadas.
o
o HIPERALGESIA um aumento da sensibilidade que gera a percepo de dor exagerada.
o
o Aps a leso, e consequente ativao dos nociceptores, os tecidos j esto lesionados, no entanto,
ficam muito sensveis a estmulos, um simples toque no ponto lesado pode desencadear dor
extrema.
o
o O QUE PODE DESENCADEAR A HIPERALGESIA?
o
o
o
o
o
o
o PRIMRIA Quando ocorre dentro da rea do tecido lesionado (na rea do machucado, por
exemplo)
o
Substncia
produzida
pelo
prprio organismo. Como os
anticorpos, hormnios.
o
o AFERENTES PRIMRIOS
o
o A primeira, A, est diretamente envolvida com a dor aguda, mais rpida, e a segunda, C, com a
dor de longa durao, mais lenta.
o
o A dor e a temperatura do corpo entram em nosso sistema nervoso via Medula Espinal, utilizando
fibras que seguem diretamente para o Tlamo (regio do Diencfalo): So as vias
Espinotalmicas.
o
o J a informao oriunda da face (rosto) segue pelo Nervo Trigmeo diretamente para o Tlamo:
So as vias Trigeminotalmicas.
o
o REGULAO AFERENTE E DESCENDENTE
o
o A percepo dolorosa varivel de indivduo para indivduo. Alm disso, dependendo do contexto
comportamental a mesma intensidade de ativao nociceptora poder produzir mais ou menos dor.
o
o Caso fibras mecanorreceptoras (tteis) de baixo limiar, como as fibras A, sejam ativadas,
inibiremos a dor em sua origem, inibindo as mensagens que seguiriam pelas vias espinotalmicas,
essa dita a regulao aferente.
o
o No entanto, outras vias so possveis. Como explicar a aparente ausncia de dor em situaes
onde h forte envolvimento emocional? A dor diante destas situaes inibida, ou seja, de
regulao descendente.
o
* Substncia derivada da
papoula criadas pelo homem.
o ENDORFINA Substncia produzida pelo sistema nervoso que atua inibindo a dor.
o
o A dor nos avisa que algo no vai bem com nosso organismo, alm disso, ela que nos avisa que a
rea machucada ainda est prejudicada e nos induz a deix-la de repouso para plena recuperao.
o
o Algumas raras pessoas nascem com uma falha no desenvolvimento dos nociceptores, alm de
possurem falhas nas transmisses nervosas de vias relacionadas dor com o sistema nervoso
central. As outras vias sensoriais so perfeitas, exceto aquelas relacionadas dor. Essas pessoas
sofrem da ausncia congnita de dor.
o
o EXEMPLOS DE COMPLICAES POSSVEIS
o
o A dor adaptativa, necessrio que ela promova um incmodo significativo que demande nossa
busca por cuidado.
o
Objetivos
o
o
o
o
o REGISTRO POLISSONOGRFICO Meio pelo qual o sono estudado. Conjunto de dados
obtidos pela anlise de eletroencefalograma (EEG), eletrocardiograma (ECG),
eletromiograma e eletrooculograma, que permite conhecer aspectos comportamentais,
autnomos e da atividade cerebral.
o
REGISTRO
o ELETROCARDIOGRAMA Mede a atividade cardiovascular.
POLISSONOGRFICO
o ELETROMIOGRAMA Mede a atividade muscular.
o
o Durante o sono, a reatividade a estmulos externos baixa, a atividade motora baixa, a postura
estereotipada (deitado com olhos fechados), eletromiograma e eletrooculograma com baixa
atividade mdia, reduo da frequncia cardiorrespiratria com reduo da tenso arterial, reduo
da motilidade gastrintestinal, reduo em at dois graus da temperatura corporal e reduo da
atividade metablica.
o
o OS ESTGIOS DO SONO
o
o Cinco estgios de sono distintos podem ser medidos pelo exame descrito acima. Veja o
detalhamento de acordo com o DSM IV:
o
ESTGIO 1 Sono NO REM. Representa uma transio da viglia para o sono e ocupa cerca de
5% do tempo gasto dormindo em adultos saudveis, atividade muscular reduzida.
o
ESTGIO 2 Sono NO REM. Caracterizado por formatos de ondas de EEG especficos (fusos
de sono e complexos K), ocupa cerca de 50% do tempo de sono. Sono mais pesado (porm, ainda
no um sono profundo). Respirao e batimentos cardacos diminuem. Temperatura corporal
baixa.
o
ESTGIO 3 E 4 Sono NO REM. Tambm conhecidos como sono de ondas lentas, so os nveis
mais profundos de sono e ocupam cerca de 10-20% do tempo de sono (Estgio 3 5% sono mais
profundo e Estagio 4 14% sono mais profundo).
SONO REM Durante o sono REM ocorre a maior parte de sonhos na forma de histrias. Ocupa
cerca de 20-25% do sono total. Ondas cerebrais aceleradas. Msculos relaxados e batimentos
cardacos aumentados, respirao rpida e superficial.
o
o Os estgios NREM 3 e 4 tendem a ocorrer da primeira tera parte metade da noite e sua durao
aumenta em resposta privao do sono.
o
o O sono REM ocorre ciclicamente durante a noite, alternando-se com sono NREM a cada 80-100
minutos, aproximadamente. A durao dos perodos de sono REM aumenta pela manh.
o
o O sono humano tambm varia caracteristicamente ao longo da vida. Aps uma relativa
estabilidade, com grandes quantidades de sono de ondas lentas na infncia e incio da
o Essa deteriorao refletida por maior viglia e sono do estgio 1 com reduo dos estgios 3 e 4.
Ou seja, o indivduo vai tendo perodos de sono mais leve. Em vista disso, a idade deve ser
considerada no diagnstico de um Transtorno do Sono.
o
o O sono REM s ocorre em aves e mamferos, podendo representar at 20% do TTS (tempo total
de sono).
o
o SONHOS Para a neurobiologia o ato de sonhar representa uma experincia subjetiva da qual
s tomamos conscincia quando acordamos. extremamente difcil de ser estudada, pois depende
de colaborao completa do indivduo.
o
o Os ciclos de sono e viglia permitem adaptao ao meio, so comuns a todos os vertebrados e variam de
espcie para espcie quanto aos seus intervalos. Geralmente esto associados a fenmenos cclicos da
natureza.
o
o O SNC atravs de relgios biolgicos que recebem informaes do ambiente, logo, suas
oscilaes dependem das variaes no ambiente.
o
o RITMOS BIOLGICOS
o
o A cada 24 horas ns dormimos uns mais, outros menos. De acordo com a periodicidade de nossa
fisiologia, respeitamos diversos ritmos. Observe alguns exemplos:
o
o ULTRADIANO Frequncia maior do que uma vez ao dia: picos de alguns hormnios, como o
LH etc.
o
o INFRADIANO Frequncia menor do que uma vez ao dia: secrees hormonais etc.
o
o Sabemos que a luz atua como um sincronizador dos ritmos circadianos, pois leses do trato ptico
deixam o indivduo privado da viso; no entanto, seus ritmos continuam preservados.
o
o Turno de trabalho
o Oportunidade de lazer
o
o DISTRBIOS DO SONO
Luz eltrica
Medicamentos e drogas excitatrias, etc.
o
o
2) HIPERSONIA PRIMRIA Caracterizada pela sonolncia excessiva, que dura pelo menos um
ms e que reportada por episdios de sono muito prolongados ou por sono diurno exagerado.
Assim como a insnia, deve estar causando comprometimento nas atividades sociais e
ocupacionais para um diagnstico preciso. Comumente est associada com excessiva dificuldade
de acordar de manh. Em alguns casos os cochilos diurnos so prolongados (uma hora ou mais) e
considerados no reparadores, deixando no indivduo uma sensao de sonolncia.
o
deambular pelas dependncias da casa, enquanto apresenta olhar vazio e relativa ausncia de
resposta comunicao com os outros; sendo acordado, tem uma lembrana limitada do que
ocorreu.
o
Que as aves migratrias passam dias em voo, durante os quais tiram diversas minissonecas de
poucos segundos, que so fundamentais para o sucesso da migrao?
o
Que as baleias e os golfinhos adormecem um nico hemisfrio cerebral de cada vez; desta forma, o
outro hemisfrio pode controlar a respirao e evitar o afogamento? Lembrem-se: eles so mamferos
e respiram ar. Exatamente como ns!
o