# Arquitetura Cósmica
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Jorge L. Rodrigues
Paz inverencial!
AIN
Ain, na Cabala Hebraica, a denominao de Deus, o Criador, o Transcendente, o Inominvel.
Ain se traduz como Coisa alguma e ao mesmo tempo o tudo. Ain est alm da existncia e,
ao mesmo tempo, separado de tudo. Ain o Nada Absoluto. Ain no est em cima nem
embaixo e nem em lugar nenhum. Ain incompreensvel e inexplicvel, somente os deuses
compreendem a existncia de Ain.
Madame H. P. Blavatsky, grande sbia dotada de poderes paranormais e fundadora da
Sociedade Teosfica, em sua magistral obra A DOUTRINA SECRETA, Volume 1, afirma:
Parabrahman no Deus, como no um Deus. E o Supremo e o No-Supremo (Parvara).
E o Supremo como causa, e o No-Supremo como efeito. Parabrahman simplesmente como
a Realidade sem par, o Cosmos que tudo contm - ou melhor, o Espao Csmico Infinito - no
sentido espiritual mais elevado, naturalmente. Sendo Brahman (neutro) a Raiz Suprema,
imutvel, pura, livre, incorruptvel, a verdadeira existncia Una, Paramarthika, e o absoluto Chit
ou Chaitanya (inteligncia, Conscincia) no pode conhecer, porque AQUILO no pode ser
sujeito de cognio. Pode-se dizer que a chama a Essncia do Fogo?
A Essncia a Vida e a Luz do Universo; fogo e a chama visveis so a destruio, a morte e o
mal. O Fogo e a Chama destroem o corpo de um Arhat; sua Essncia o torna imortal. O
conhecimento do Esprito Absoluto, tal como a refulgncia do Sol e o calor do fogo, no outra
coisa seno a prpria Essncia absoluta diz Sankarchrya. Madame Blavatsky fala do
aspecto INOMINVEL de Deus. Tentar descrev-lo utilizar palavras que ora significam tudo e
ora nada significam, pois assim e NO .
Ain a causa causorum de tudo que , foi ou ser. ELE BRAHAMA, a primeira diferena ou
modificao de Aquilo, ante o qual tremem os Deuses e os Homens. Como podemos definilo? Ain Esprito? Na verdade lhes digo que no . Ain matria? Certamente lhes digo que
no . Ain a raiz do Esprito e da Matria, mas no nenhum nem outro. Ain a LUZ que
jamais foi criada por algum Deus ou Divindade. Ain o Absoluto acima de todas as leis,
oniscincia total a felicidade sem limites.
AIN SOPH
De Ain (zero) nasce Ain Soph, a unidade. Na Cabala Hebraica, Ain Soph significa o Infinito. Ain
Soph o TODO ABSOLUTO para o NADA ABSOLUTO, que corresponde a AIN. Dizem s
tradies que Deus desejou ver a si mesmo, desta forma a vontade de Deus, alegorizada pela
LUZ, brilhou em toda parte e em lugar nenhum.
De AIN SOPH emana toda a criao, mas a criao no igual, nem em essncia e nem em
potncia ao AIN SOPH que, por meio de sua divina Luz lncriada, irradia de si mesmo uma
inteligncia, um poder, que originalmente participa da perfeio e infinitude de seu Criador e
que por se derivar dELE tem aspectos finitos. A Cabala chama a esta primeira emanao
espiritual de AIN SOPH, o inefvel Ancio dos Dias, que o Ser do nosso Ser, o Pai Me em
ns mesmos. No podendo o AIN SOPH se expressar no plano fsico limitado, se expressa por
meio dos DEZ SEPHIROTES da Cabala. Em AIN SOPH existe uma estranha evoluo que
nem os Deuses, nem os Homens a conhecem. Alm do ntimo est o LOGOS, o CRISTO. Mais
alm do Inefvel Ancio dos Dias est o AIN SOPH, o Absoluto. A sua exalao se chama DIA
COSMICO (Mahanvantara) e a sua inalao chama-se NOITE CSMICA (Grande Pralaya).
Durante a Noite Csmica o Universo se desintegra no AIN SOPH e s existe na sua mente e na
dos Deuses.
Antes que o flamgero corao do Sistema Solar de Ors (em que vivemos, nos movemos e
temos nosso Ser) comeasse a palpitar intensamente depois da Grande Pralaya, o tempo no
existia. Estava dormindo no seio profundo do ESPAO ABSTRATO ABSOLUTO. Se, ao final do
Mahanvantara, as SETE DIMENSES bsicas do Universo se reduzem a um simples ponto
matemtico que se perde como uma gota entre o Grande Oceano, evidente que o tempo
deixa de existir. Para os antigos astecas Ain Soph Tonatiuh o Demiurgo Criador, representado
no centro do Tzolkin, o calendrio solar dos Maias.
Os mundos, como os homens, animais e plantas nascem, crescem, envelhecem e morrem.
Tudo que h sob o Sol tem um tempo definido. A sabedoria antiga diz que BRAHAMA, o Pai (o
Oceano do Esprito Universal da Vida), ao chegar a Grande Noite, se submerge entre o Espao
Abstrato durante 7 eternidades. As 7 eternidades significam E VOS ou perodos de tempo
totalmente definidos, precisos e claros. Disseram-nos que um Mahakalpa, Grande Idade, Dia
Csmico, dura 311.040.000.000.000 de anos. bvio que um Mahapralaya, Noite Csmica,
equivale mesma quantidade de tempo. Quando chegar a noite profunda dos criadores deste
sistema solar, eles sero absorvidos pelo seio do absoluto e ficar apenas um grupo de luas.
Os sis, os planetas, a Terra e a vida tero desaparecido com todas as CHISPAS VIRGINAIS.
A cada um corresponde uma CHISPA VIRGINAL, a cada criatura vivente corresponde uma
chispa virginal, a qual ser absorvida no Absoluto por 7 eternidades. Se observarmos a nossa
Lua (Selene) veremos que um cadver. Teve uma rica vida, mares, vulces. H outras luas,
que um dia tiveram vida, girando ao redor de Marte, Saturno, etc.
No passado Mahanvantara, que foi um Padma, ou Loto de Ouro, houve na Lua uma
humanidade com 7 raas. Quando estas finalizaram a Lua morreu.
Os Deuses, mediante o fogo, surgem do abismo e se perdem no Absoluto. Luz e Trevas so
fenmenos do mesmo Noumeno, ignoto, profundo, inconcebvel para a razo.
Deste todo incognoscvel, ou ZERO RADICAL, emana, ao comear qualquer Universo Sideral,
a Mnada pitagrica, o Pai-Me gnstico, o Purusha-Prakriti hindu, o Osiris-Isis egpcio, o
Protocosmo dual ou Adam-Kadmon cabalista, o Theos-Chaos da Teogonia de Hesodo, o
Uranas ou Fogo e gua caldeu, o lod-Heve semita, o Zeru-Ama persa, o Uno-Unico, o
Aunadad-ad budista, o Ruach-Elohim ou Divino Esprito do Senhor flutuando sobre as guas
gensicas do primeiro instante.
AIN SOPH AUR
Em Ain Soph Aur vontade de Deus se cristalizou. Na Cabala Hebraica diz que, vontade de
Deus, produziu a ecloso de si em Ain Soph Aur ou o Protocosmo, o primeiro cosmo.
O Protocosmo ou Ain Soph Aur, o desdobramento do absoluto formando conjuntos de Sis
Gigantescos e espirituais na quinta dimenso a eternidade. Cada Universo do espao infinito
possui seu prprio Sol Central e a soma de tais sis espirituais constitui o AIN SOPH AUR, o
Protocosmo, o Absoluto Solar.
Todos os Cosmos esto organizados com os mesmos princpios, leis e foras. As leis so as
mesmas em qualquer parte do Universo, contudo suas manifestaes situacionais no so
exatamente iguais. Por exemplo: o fogo sempre ser fogo, nunca poder ser terra ou gua, isto
bvio. Mas o fogo, no mundo tridimensional, apresenta-se com certas caractersticas. Na
quarta dimenso, a configurao do fogo difere do fogo tridimensional, mas nem por isto deixa
de ser fogo. Na quinta dimenso, ou mundo mental, o aspecto do fogo completamente
diferente do mundo da terceira ou quarta dimenses, mas nem por isto deixa de ser fogo.
bom que este conceito fique bem claro para que no haja confuso ou entendimento
equivocado.
Os cosmos, embora regidos por leis imutveis, no so iguais em caractersticas ou
potencialidades, em virtude da LEI DAS OITAVAS, a ser estudada futuramente. Caso no
houvesse a Lei das Oitavas, a similaridade seria total. Sucede que h uma analogia, todavia a
mesma nota musical, em cada oitava, completamente diferente.
As condies da ao das leis, em cada cosmo ou mundo, determina-se pela interao dos
cosmos imediatamente acima e imediatamente abaixo. Logo, para se conhecer um cosmo com
clareza, indispensvel saber sobre o cosmo logo acima e o cosmo logo abaixo. Um cosmo
em si, por si, no pode fornecer uma viso clara do lugar que ocupa no Universo.
A SANTA TRINDADE
O V.M. Samael Aun Weor, em seu vasto repertrio literrio, esclarece-nos sobre a Lei do Trs.
A seguir, transcreveremos um texto da Mensagem de Natal 1965/1966, publicado em
portugus sob o ttulo Msica, Meditao e Iluminao:
Amadssimos, necessrio que conheamos a fundo a Lei do Trs. urgente saber qual o
lugar que ocupamos neste Raio maravilhoso da Criao.
O Filho veio ao mundo para nos salvar e necessrio saber o que o Pai, o que o Filho e o
que o Esprito Santo. Todas as trimurtis sagradas de todas as religies correspondem s trs
foras primrias do Universo.
O Pai, o Filho e o Esprito Santo constituem uma trindade dentro da unidade da vida. Osris,
Isis e Hrus; Brahma, Vshnu e Shiva, etc., so as trimurtis sagradas que representam sempre
as mesmas trs foras primrias.
Todos os fenmenos csmicos, toda criao, tem sua base nas trs foras primrias, Os
cientistas contemporneos reconhecem a fora e a resistncia, a fora positiva a fora
negativa, as clulas positivas e negativas, isto , as clulas masculinas e femininas, etc., porm
ignoram que sem uma terceira fora, neutra, impossvel todo fenmeno, toda criao.
absolutamente certo que uma ou duas foras no podem produzir nenhum fenmeno, porm
os cientistas crem que as foras positivas-negativas podem produzir todos os fenmenos.
Se estudarmos a ns mesmos, profundamente, encontraremos as trs foras em ao. A
eletricidade no s positiva e negativa. Existe a eletricidade em sua forma neutra. Uma ou
duas foras no podem jamais produzir nenhum fenmeno e cada vez que observamos a
deteno no desenvolvimento de qualquer coisa, podemos dizer com absoluta certeza que ali
falta terceira fora.
As trs foras primrias separam-se e se unem novamente, se dividem e se multiplicam
cosmicamente, No Absoluto Imanifestado, as trs foras primrias constituem uma unidade
indivisvel e auto-consciente em forma ntegra.
Durante a manifestao csmica, as trs foras primrias separam-se e se unem e, naqueles
pontos onde as trs concorrem, criam-se fenmenos, mundos, universos, etc.
Estas trs foras no Raio da Criao parecem trs vontades, trs conscincias, trs unidades.
Cada uma destas trs foras contm em si mesmas todas as possibilidades das trs. No
obstante, em seu ponto de conjuno, cada uma delas manifesta somente um princpio: o
positivo, o negativo ou o neutro.
interessantssimo ver as trs foras em ao. Elas se separam, afastam-se e depois se
reencontram para formar novas trindades diferentes, que originam novos mundos, novas
criaes csmicas.
No Absoluto, as trs foras so o Logos nico, a variedade dentro da unidade total, o Pai, o
Filho e o Esprito Santo constituindo um todo Omniconsciente e Omnimisericordioso.
O Mestre G, falando a seus discpulos sobre a Lei do Trs, disse:
Imaginemos o Absoluto como um crculo no qual h um nmero de outros crculos, ou seja,
mundos de segunda ordem. Tomemos um destes crculos. Designemos ao Absoluto com
nmero 1 porque as trs foras constituem um todo nEle; designaremos os pequenos crculos
com o nmero 3, porque em um nmero de segunda ordem as trs foras esto divididas.
As trs foras, divididas em mundos de segunda ordem, criam (fabricam) novos mundos,
mundos de uma terceira ordem ao se juntarem em cada um deles. Tomemos um destes
mundos. Os mundos de terceira ordem, criados (fabricados) pelas trs foras que j atuam
semi-mecanicamente, deixam de depender da vontade nica do Absoluto e passam a depender
de trs leis mecnicas.
Estes mundos foram criados pelas trs foras e, havendo sido criados, manifestam trs foras
novas e prprias. Assim, teremos que o nmero de foras que atuam nos mundos de urna
terceira ordem sero seis em total. Designemo-lo com o nmero 6 (3+3).
Tomemos um destes mundos e designemo-lo com o nmero 12 (3+6+3). Como esto sujeitos
a um maior nmero de leis, estes mundos encontram-se ainda mais afastados da vontade do
Absoluto e so ainda mais mecnicos.
Os mundos criados dentro destes ltimos estaro sob o governo de 24 foras (3+6+12+3). Os
mundos criados dentro destes estaro, por sua vez, governados por 48 foras e esta soma
(48), resulta do seguinte: 3 foras resultantes do mundo que segue imediatamente ao Absoluto,
seis do seguinte, doze do que seque a este, vinte e quatro do subseqente e trs prprias
(3+6+12+24+3), ou seja, as quarenta e oito do total.
Os mundos criados dentro dos mundos 48 estaro sob o governo de 96 foras
(3+6+12+24+48+3). Os mundos da seguinte ordem estaro sob o governo de 192 foras e
assim por diante.
Se analisarmos a fundos estes clculos matemticos do Mestre G, compreenderemos que o
mundo de 96 leis o primeiro plano submerso do Abismo e que o mundo de 192 leis
corresponde ao segundo.
O Abismo o Reino Mineral e est situado sob a superfcie da terra. O Abismo o Trtarus
grego, o Avitch lndosto, o Averno romano, o Inferno cristo, etc. O Abismo tem sete regies
atmicas submersas e essas so os Infernos Atmicos da Natureza.
A Lei do Trs nos permite saber quantas leis governam cada regio submersa do Inferno. Se
no mundo de 48 leis, que o Mundo Celular onde vivemos, tudo mecnico e nem
remotamente se faz a Vontade do Absoluto, que diremos do Reino Mineral?
No Reino Mineral vivem os perdidos. A vida no Reino Mineral est muito longe da Vontade do
Absoluto. No Reino Mineral submerso nem sequer se recorda a Vontade do Absoluto.
A Lua pertence ao passado Raio de Criao. A Lua no pertence ao nosso atual raio de
criao. A influncia lunar do tipo subconsciente, submerso, e controla as regies tenebrosas
do Abismo terrestre. Por isso que ditas regies so chamadas, em Esoterismo, de regies
sublunares submersas. Essas so as trevas exteriores onde h choro e ranger de dentes.
Ns vivemos normalmente neste mundo celular das 48 Leis e muito interessante saber que a
clula germinal da qual provm, por gestao, o organismo humano, tem 48 cromossomas.
Se no mundo e em todos os mundos de terceira ordem, criados pelas trs foras que j atuam
semi-mecanicamente, j no se faz vontade do Absoluto, muito menos se faz tal vontade
neste mundo de 48 Leis no qual vivemos, nos movemos e temos nosso Ser.
Somente um consolo nos resta (embora seja no fundo terrifico): que abaixo de ns, sob a
superfcie da Terra, existem mundos de 96 e 192 foras e ainda muito mais, que so
tremendamente mais complicados e terrivelmente materialistas, onde nem sequer se recorda
se existe a Vontade do Absoluto.
O Absoluto cria seu plano csmico no mundo das 3 Leis e depois tudo continua
mecanicamente.
Ns estamos separados do nosso Absoluto por 48 Leis mecnicas que nos fazem a vida
espantosa e terrivelmente aborrecedora. Ento, se fabricarmos para ns mesmos um corpo
astral verdadeiro (no confundir este com o corpo de desejos de que fala Max Heindel), nos
libertaremos da metade destas Leis e ficaremos submetidos s 24 ordens de Leis que
governam sabiamente o Mundo Planetrio.
Fabricar um corpo solar, isto , um corpo astral autntico, significa, de fato, estar um passo
mais prximo do Absoluto.
Se aps havermos fabricado o corpo astral, nos dermos ao luxo de fabricar o corpo mental
(no confundir este com o mental que usam normalmente os vivos e os mortos, que do tipo
lunar-animal), daremos outros grande passo rumo ao Absoluto e ficaremos submetidos s 12
Leis solares.
Se fabricarmos o corpo da Vontade Consciente ou corpo causal (no confundir esse com a
Essncia Anmica depositada dentro da mente lunar), ento nos libertaremos das 12 Leis
solares e ficaremos submetidos a seis ordens de leis csmicas. Isso significaria dar um terceiro
passo para o Absoluto.
O quarto nos leva ao Absoluto mesmo, ao Protocosmos Divino, o qual est governado por 3
Leis apenas. O Protocosmos Esprito Divino e se acha submerso no seio do Absoluto.
Todos os seis mundos do Protocosmos esto constitudos pela divina substncia do Esprito
Divino.
Ns podemos subir ou baixar, regressar ao Absoluto ou descer ao Reino Mineral. As almas
que entram no Reino Mineral ficam submetidas, primeiro a 96 ordens de Leis, depois a 192,
conforme vo involuindo neste reino submerso vo se complicando com maior e maior nmero
de Leis.
Os que entram ao Abismo mineral involuem, retrocedem, baixando pelos reinos Animal,
Vegetal e Mineral. Quando os perdidos chegam ao estado mineral, quando se fossilizam
totalmente sob a superfcie da Terra, ento de fato se desintegram, se reduzem a p.
O Abismo o crisol de fundio. necessrio que os tenebrosos se desintegrem no Abismo
para que a Essncia, da Alma, se libere e regresse a seu Esprito Divino, donde um dia saiu.
No crisol de fundio, as almas petrificadas so fundidas pelo processo csmico que lbsen
simbolizou com o fundidor de botes em Peer Cynt. Tal fundio das formas petrificadas e
rgidas que perderam a possibilidade de desenvolver-se, claro que leva em si mesma,
espantosos sofrimentos e terrveis amarguras indescritveis. O crisol de fundio tem por
objetivo restaurar o produto psquico defeituoso, torn-lo a seu estado natural de pureza
primitiva e libert-lo dos corpos lunares, depois de desintegrar o Eu por meio da involuo
submersa.
No crisol de fundio csmica se reduzem a p os corpos lunares e o Ego. Somente
reduzindo-se a p o Ego e seus corpos lunares, poder libertar-se do Abismo a Essncia, a
Alma, o princpio psquico.
Um sbio autor dizia: A descida ao Inferno , portanto, uma viagem para trs na involuo;
uma submerso em densidade sempre crescente, em obscuridade, rigidez e em um tdio
inconcebvel de tempo; uma queda para trs atravs das idades ao caos primitivo, onde a
infinita ascenso para o conhecimento de Deus tem que comear outra vez desde o princpio.
O Livro Tibetano dos Mortos diz, referindo-se ao Abismo; Ao cair a, ters de sofrer
padecimentos insuportveis e donde no h tempo certo para escapar.
Dante situa o Inferno dentro, no interior da Terra e o considera formado por esferas
concntricas de densidade crescente. Essas esferas so de tipo sublunar. Cada uma dessas
esferas submersas est governada por abrumadra quantidade de leis que podem comear por
96, continuar com 192 e multiplicarem-se sucessivamente, de acordo com a Lei do Trs.
Um Mestre, falando do Inferno, dizia: Est o Naraka hindu situado debaixo da terra e debaixo
das guas. Este o Aralu babilnico, a terra do No-Retorno, a regio da obscuridade... A casa
na qual o que entra no segue adiante... O caminho do qual o viajante nunca regressa... A casa
cujos habitantes no vem a luz... A regio onde o p o po o lodo seu alimento... Esse
o Trtarus grego, o qual conduzia boca da terra, onde flui uma quantidade de fogo e h
enormes rios de fogo e muitos rios de Lodo... Uma caverna na terra que a maior de todas
elas e, ademais, atravessa toda a terra.
Aqueles considerados incurveis so lanados pelo anjo no Trtarus e da no saem mais.
Este o Amenti egpcio, representado no plano csmico da Grande Pirmide por uma cmara
ptrea obscura a cem ps abaixo da superfcie, cujo piso se deixou informe e da qual um
passadio final conduz a nenhuma parte.
Inferno vem da palavra latina Infernus e esta palavra significa regio inferior.
A regio inferior no a regio celular em que vivemos. A regio inferior o Submundo, o
Reino Mineral Submerso sob a superfcie da crosta terrestre. O Inferno , pois, um Submundo
com sete regies dentro da Terra.
A Litosfera o reino dos minerais e a Barisfera o reino dos metais. Todos os seres humanos,
um pouco mais tarde, um pouco mais cedo, se identificam com o Reino Mineral por sua
persistncia no crime e terminam por entrar no Reino Mineral para ter a sorte dos minerais.
Os processos geolgicos e o tempo geolgico so espantosamente lentos e dolorosos. Raros
so os seres humanos que resolvem libertar-se das 48, 24, 12 e 6 Leis para entrar no Absoluto.
A humanidade, em seu conjunto, prefere sempre passar das 48 Leis s 96, mais fcil entrar
no mundo das 96 Leis que se libertar das 48 e a humanidade prefere sempre o mais fcil. A
humanidade lhe encanta ter corao de pedernal, corao de pedra, etc. humanidade
encanta identificar-se com o Reino Mineral e compartir a sorte do mineral.
Todos os infernos religiosos so smbolos do Reino Mineral. Os infernos atmicos da natureza
constituem o submundo mineral.
O normal, o natural, que a humanidade em sua quase totalidade, entre no Reino Mineral. O
estranho, o revolucionrio, que alguns se auto-realizem e depois de libertarem-se de todas as
leis, entrem ao Absoluto.
Libertar-se das 48 Leis, e das 24, e das 12, e das 6, significa fazer tremendos super-esforos e
s pessoas no lhes agrada esses super-esforos.
As pessoas querem sempre o mais cmodo, o mais fcil e por isso que quase todos os
seres humanos, um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde, deixam de nascer para
entrarem no Submundo das 96 Leis.
S por meio da revoluo da conscincia podemos nos libertar das 48 Leis, e das 24, e das 12
e das 6. Porm, s pessoas no lhes agrada a revoluo da conscincia.
A revoluo da conscincia tem trs fatores que no agradam s pessoas; 1) MORRER; 2)
NASCER; 3) SACRIFCIO PELA HUMANIDADE. As pessoas acham muito difcil isso. Raro
aquele que quer morrer, Isto , desintegrar seu querido Eu. Raro aquele que, de verdade, se
resolve a efetuar a conexo sexual sem ejaculao do smen com o propsito de fabricar o
legitimo corpo astral, o autntico mental e o verdadeiro causal ou corpo da Vontade
Consciente. Raro aquele que est resolvido a sacrificar-se pela salvao do mundo.
As pessoas preferem gozar os prazeres da Terra e entrar no Submundo Mineral para ter a
sorte dos minerais; isso mais fcil, mais cmodo, mais suave.
OS SETE COSMOS
Somente tendo uma percepo total dos SETE COSMOS e suas inter-relaes, poderemos ter
um esquema universal completo. Considerar somente um cosmo isolado incorre em distorcer a
realidade. No se pode considerar somente o homem sem considerar o planeta. O homem
um cosmo e o planeta outro cosmo. Vejamos os sete cosmos:
1) PROTOCOSMO: SIS ESPIRITUAIS GIGANTESCOS
uma regio onde reina a mais pura e absoluta liberdade e felicidade sem limites. No h
nenhum condicionamento ou mecanicidade. Tudo flui livremente. A nota que ressoa no primeiro
cosmo D.
2) AYOCOSMO: TODAS AS GALXIAS
Eis aqui a Sagrada Afirmao, a Sagrada Negao e a Sagrada Reconciliao, O Santo Deus,
o Santo Firme e o Santo Imortal.
Trs so os plos na eletricidade: positivo, negativo e neutro. Sem o concurso deles a criao
se torna impossvel.
Estas trs foras tm seus prprios nomes na cincia esotrica-gnstica: SURF-OTHEOS:
fora impulsora, afirmativa, positiva. SURF-SKIROS: fora negativa, de negao, de
resistncia. SURF-ATHANOTOS: fora conciliadora, fora equilibradora, neutralizadora.
Estas trs foras do Raio da Criao parecem trs vontades, trs conscincias, trs unidades.
Cada uma destas trs foras contm em si mesmas todas as possibilidades das trs, no
entanto em seu ponto de conjuno, cada uma expressa apenas seu principio: positivo,
negativo ou neutro.
Interessante ver as trs foras em ao. Elas separam-se, afastam-se e se reencontram para
formar novas trindades que originam novos mundos e novas criaes.
No absoluto, as trs foras so o Logos nico, o Exrcito da Voz dentro da Grande Unidade
da vida livre em seu movimento.
O processo criador da sagrada Triamazikano Csmica Comum principiou com o conbio
sexual da palavra porque no inicio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
Por Ele todas as coisas foram feitas e sem Ele nada do que feito teria sido feito.
De acordo com a Lei do Sete, a sagrada lei de Heptaparaparshinokh, se estabeleceram sete
templos no Caos para a construo deste sistema solar.
De acordo com a Lei do Trs, a sagrada lei de Triamazikano, os Elohim dividiram-se em
grupos, trs grupos, dentro de todo templo para cantar de acordo coma liturgia do fogo.
O trabalho de tornar a Prakriti fecunda, isto , o Caos, a Me Csmica, o Grande Ventre,
sempre obra do sagrado Teomertmalogos, a terceira fora.
Dentro de cada templo organizaram-se os trs grupos assim: primeiro, um sacerdote;
segundo, uma sacerdotisa e, por terceiro, um grupo neutro de Elohim.
Se levarmos em considerao que os Elohim so andrginos, claro que tiveram de polarizar
sua vontade em forma masculina, feminina e neutra, sempre de acordo com a sagrada
Triamazikano Csmica Comum. O sacerdote e a sacerdotisa punham-se diante do altar e no
rs-do-cho do templo, o coro dos Elohim.
Cantaram-se os rituais do fogo e o conbio sexual da palavra fecundou o Grande Ventre do
Caos para fazer nascer o Universo. Os anjos criam com o poder da palavra, a laringe um
tero onde se gera a palavra.
Com estas explicaes do V.M. Samael Aun Weor ficam claras as caractersticas da Lei do
Trs. Toda matria do Ayocosmo est constituda por 3 tomos do Absoluto. A nota que vibra
no segundo cosmo SI.
3) MACROCOSMO: CADA GALXIAS
O Macrocosmo Via Lctea formado por 250 bilhes de estrelas, sendo que podem ser vistas
a olho nu. O terceiro Cosmo corresponde a TODOS OS SIS. Macrocosmo o Mundo 6. Est
governado por seis leis.
O Sol Srio a capital de nossa galxia. Toda matria do Macrocosmo est constituda por 6
tomos do Absoluto. Neste cosmo j existe certa mecanicidade. Este cosmo vibra com a nota
LA.
4) DEUTEROCOSMO: CADA SISTEMA SOLAR
O Deuterocosmo o Mundo 12. E governado por 12 leis eternas. Devido a um i nmero de leis,
tambm h maior mecanicidade. Toda matria do Deuterocosmo est constituda por 12
tomos do Absoluto. cosmos vibra com a nota SOL.
5) MESOCOSMO: CADA PLANETA
Quanto maior for o nmero de leis, menor a liberdade e maior o automatismo. Toda matria
do Mesocosmo est constituda por 24 tomos do Absoluto. O Mesocosmo ressoa com a nota
F.
6) MICROCOSMO: CADA HUMANO
"Neste cosmo j existe uma mecanicidade muito grande, devido ao elevado nmero de leis.
Toda matria do Microcosmo est constituda por 48 tomos do Absoluto. Neste cosmo vibra
a nota Ml.
7) TRITOCOSMO: INFERNOS ATMICOS
Trito significa terceiro. O Tritocosmo corresponde ao Mundo Mineral Submerso. O stimo
mundo o prprio Abismo, Avitchi, Trtarus, Orcus, Averno, Suplicio Amarelo ou, como
popularmente conhecido, INFERNO.
A palavra Inferno vem de Infernus que significa Inferior. Alguns crem que este mundo em que
vivemos o prprio Inferno, todavia esto completamente equivocados. necessrio conhecer
a arquitetura csmica para saber onde estamos, de onde viemos e para onde vamos. O