Reflexões Sobre A Vida e Pensamento de John Owen Por John Piper
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John Piper
Introduo
Houve seis palestrantes na Conferncia de Bethlehem para Pastores antes deste ano.
Metade deles disseram que John Owen o escritor Cristo mais influente em suas vidas.
Isso surpreendente para um homem que morreu h 311 anos, e que escreveu de uma
forma to difcil de ler que ele mesmo concebeu o seu trabalho como extremamente difcil
em sua prpria gerao.
Por exemplo, seu livro A Morte da Morte na Morte de Cristo, , provavelmente, o seu livro
mais famoso e mais influente. Foi publicado em 1647, quando Owen tinha 31 anos. o
livro mais completo e provavelmente o mais persuasivo j escrito sobre o L em TULIP:
expiao limitada.
O ponto do livro que quando Paulo diz: Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou
por ela (Efsios 5:25), ele intenciona que Cristo realmente fez algo decisivo e nico pela
igreja quando Ele morreu por ela, algo que particular e soberano, e diferente do que Ele
faz pelas pessoas que experimentam o Seu julgamento final e ira. O livro argumenta que
o amor especial que Cristo tem por Sua noiva algo mais maravilhoso do que o amor
geral que Ele tem por Seus inimigos. uma aliana de amor. Ele busca, alcana, domina,
perdoa, transforma e supera toda resistncia em Seus amados. A Morte da Morte um
grande e poderoso livro, ele me sustentou por muitas noites, cerca de 12 anos atrs,
quando eu estava tentando decidir o que eu realmente cria sobre o terceiro ponto do
Calvinismo.
Mas, eu estou me adiantando. O ponto que eu estava construindo que incrvel que
Owen tenha um impacto to notvel hoje, quando ele morreu h 311 anos e sendo a sua
forma de escrita extremamente difcil. E mesmo ele sabe que seu trabalho difcil. No
prefcio (Ao Leitor) de A Morte da Morte, Owen faz o que nenhum bom agente de
marketing permitiria hoje. Ele comea assim: LEITOR... Se tu s, como muitos nesta era
de fingimento, um contemplador de indcios ou ttulo, e vens aos livros como Cato ao
teatro, para sair novamente tu j tiveste o teu entretenimento; despedido! (X, 149) [1].
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Owen on the Christian Life (John Owen Sobre a Vida Crist), e nos diz sobre a sua dvida
que comeou, se voc pode acreditar, quando ele ainda era um adolescente:
Meu interesse pessoal [em Owen] como professor e telogo comeou no final de
minha adolescncia, quando comecei a ler alguns dos seus escritos. Como os
outros, antes e depois, descobri que eles lidavam com as questes que a literatura
evanglica contempornea raramente, ou nunca, tocava. A exposio penetrante de
Owen abriu reas de necessidade em meu prprio corao, mas tambm de forma
correspondente a profundas garantias da graa em Jesus Cristo... Desde aqueles
primeiros encontros com as suas Obras, permaneci em dvida com ele... Ter
conhecido o ministrio pastoral de John Owen durante estes anos (ainda que de
forma escrita) tem sido um rico privilgio; ter conhecido o Deus de Owen um
privilgio ainda maior [6].
Outros
claro que a magnitude da influncia de John Owen vai muito alm desses trs. Para
Ambrose Barnes ele foi o Calvino da Inglaterra. Para Anthony Wood, ele foi o Atlas e
Patriarca da Independncia [7]. Charles Bridges, em The Christian Ministry (O Ministrio
Cristo), 1830, disse:
Em verdade, sobre o todo: pela exposio luminosa e poderosa defesa da doutrina
bblica; pela resoluta aplicao de obrigao prtica; pela hbil anatomia do
autoengano do corao, e por um detalhado e sbio tratamento dos exerccios
diversificados do corao do Cristo, ele , provavelmente, sem paralelo [8].
Se Nicole e Bridges esto certo, a saber, que John Owen inigualvel no mundo da
lngua Inglesa, ento Jonathan Edwards no estava muito atrs, e Edwards presta respeito a Owen no apenas citando-o substancialmente em Religious Affections (Afeies Religiosas), mas tambm atravs de registro em seu Catlogo de leituras de recomendao
de Hallyburton aos seus alunos na Universidade de St. Andrews que os escritos de John
Owen devem ser avaliados acima de todos os escritos humanos para uma verdadeira
viso do mistrio do evangelho [9].
Uma das razes pelas quais eu permaneci ao longo destes tributos por tanto tempo que
eu quero que voc se sinta atrado no apenas a Owen, mas ao valor de ter alguns
grandes heris no ministrio. No h muitos ao nosso redor, hoje. E Deus quer que ns
tenhamos heris. Hebreus 13:7: Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a
palavra de Deus, a f dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. Parece-me
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que os lderes Cristos de hoje que mais se aproximam de serem heris so aqueles que
tiveram grandes heris. Espero que voc tenha um ou dois, vivos ou mortos. Talvez Owen
se tornar um deles.
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Owen nasceu no meio deste movimento e se tornou o seu maior pastor-telogo, enquanto
o movimento terminou quase simultaneamente com a sua morte, em 1683 [14]. Seu pai
era um pastor em Stadham, cinco milhas ao norte de Oxford. Ele tinha trs irmos e uma
irm. Em todos as suas obras ele no menciona a sua me ou seus irmos. H uma
breve referncia ao seu pai, ele diz: Eu fui criado desde a minha infncia sob os cuidados
de meu pai, que era um No-conformista por todos os seus dias, e um rduo trabalhador
na vinha do Senhor [15].
Aos 10 anos ele foi enviado para a escola primria dirigida por Edward Sylvester em
Oxford, onde ele se preparou para a universidade. Ele ingressou em Queens College,
Oxford aos 12, obteve o seu Bacharelado em Artes aos 16 e seu M. A. [Mestre em Artes
N. R.] trs anos depois, aos 19. Podemos obter uma prova de como era o menino a partir
da observao de Peter Toon que o zelo de Owen pelo conhecimento era to grande
neste momento que muitas vezes ele se permitia apenas quatro horas de sono por noite.
Sua sade foi afetada, e mais tarde na vida, quando ele esteve muitas vezes em um leito
de enfermidade, ele lamentou aquelas horas de descanso que ele perdera na juventude
[16].
Owen comeou seu trabalho para o B. D. [Bacharel em Divindade/Teologia N. R.] mas
no podia suportar o Arminianismo da alta igreja e o formalismo de Oxford por mais
tempo e saiu para se tornar um tutor pessoal e capelo de algumas famlias abastadas
perto de Londres.
Em 1642 a guerra Civil comeou entre o Parlamento e o Rei Charles (entre a religio da
alta igreja de William Laud e a religio Puritana dos Presbiterianos e Independentes na
Cmara dos Comuns). Owen foi simptico com o Parlamento contra o rei e Laud, e por
isso ele foi expulso de sua capelania e mudou-se para Londres, onde cinco grandes
acontecimentos de sua vida aconteceram nos prximos quatro anos, que marcaram o
restante de sua vida.
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Primitiva, onde um leigo estava no lugar do pastor e tomou o texto de Isaas 45:22: Olhai
para mim, e sereis salvos, vs, todos os termos da terra, Spurgeon olhou e foi salvo (veja
a nota 17].
Owen foi um Calvinista convicto com grande conhecimento doutrinrio, mas faltava-lhe o
senso da realidade de sua prpria salvao. Esse senso de realidade pessoal em tudo o
que ele escreveu faria toda a diferena no mundo para Owen nos anos vindouros. Ento,
o que aconteceu em um Domingo, em 1642, muito importante.
Quando Owen tinha 26 anos, ele foi com seu primo ouvir o famoso Presbiteriano, Edmund
Calamy na Igreja de St. Mary's Aldermanbury. Mas ocorreu que Calamy no pde pregar
e um pregador do pas tomou o seu lugar. O primo de Owen queria ir embora. Mas algo
segurou Owen em seu lugar. O simples pregador tomou como seu texto Mateus 8:26,
Por que temeis, homens de pouca f?. Esta foi uma palavra e tempo designados por
Deus para o despertar de Owen. Suas dvidas, temores e preocupaes quanto
possibilidade de que ele realmente nasceu de novo pelo Esprito Santo foram embora. Ele
sentiu-se liberto e adotado como Filho de Deus. Quando voc l as penetrantes obras
prticos de Owen sobre a obra do Esprito e da natureza da verdadeira comunho com
Deus, difcil duvidar da realidade do que Deus fez naquele Domingo, em 1642 [18].
B. Casamento
O segundo evento crucial naqueles primeiros anos em Londres foi o casamento de Owen
com uma jovem mulher chamada Mary Rooke. Ele foi casado com ela por 31 anos, de
1644 a 1675. Ns no sabemos praticamente nada sobre ela. Mas conhecemos um fato
absolutamente impressionante que deve ter colorido todo o ministrio de Owen para o
restante de sua vida (ele morreu oito anos depois da morte dela). Ns sabemos que ela
deu luz a 11 filhos, e todos, exceto um, morreram quando ainda ermas crianas, e uma
filha morreu como era uma jovem adulta. Em outras palavras Owen experimentou a morte
de onze filhos e de sua esposa! Ou seja, uma criana nascia e morria, em mdia, a cada
trs anos da vida adulta de Owen [19].
Ns no temos uma referncia Mary ou aos filhos ou sua dor em todos os seus livros.
Mas apenas o saber que o homem andou no vale da sombra da morte a maior parte de
sua vida, d-me uma pista para a profundidade do lidar com Deus que encontramos em
suas obras. Deus tem suas formas incompreensveis e dolorosas de nos fazer o tipo de
pastores e telogos que ele quer que sejamos.
C. Primeiro Livro
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O terceiro evento nestes primeiros anos em Londres a publicao de seu primeiro livro.
Ele havia lido cuidadosamente sobre a recente controvrsia na Holanda entre os Remonstrantes (a quem ele chamou de Arminianos) e os Calvinistas. A Remonstrncia foi escrita
em 1610 e a resposta Calvinista foi o Snodo de Dort, em 1618. Apesar de todas as suas
diferenas Owen diz que a Alta Igreja Inglesa de William Laud e os Remonstran-tes holandeses eram essencialmente um s em sua rejeio da predestinao, que para Owen
havia se tornado absolutamente crucial, especialmente desde que ele to plena-mente
atribua a sua converso a Deus.
Assim, ele publicou seu primeiro livro em abril 1643 com o ttulo polmico, semelhante a
prefcio: Uma exposio do Arminianismo: sendo uma descoberta do antigo dolo
Pelagiano, livre-arbtrio, com a nova deusa, a contingncia, elevando-se ao trono de Deus
no cu, em detrimento de Sua graa, providncia e domnio supremo sobre os filhos dos
homens.
Isto importante no s porque define sua diretriz como um Calvinista, mas como um
escritor pblico, polmico, cuja vida inteira seria engajada em escrever at o ltimo ms
de sua vida, em 1683.
D. Tornando-se um Pastor
O quarto evento crucial nestes anos foi Owen tornar-se um pastor de uma pequena parquia em Fordham, Essex, em 16 de julho de 1643. Ele no permaneceu por muito tempo
na igreja. Mas eu menciono isso porque isso define o rumo de sua vida como um pastor.
Ele sempre foi essencialmente um pastor, mesmo quando envolvido com a administrao
na Universidade de Oxford e mesmo quando envolvido com os acontecimentos polticos
de sua poca. Ele era tudo, menos um acadmico de clausura. Todos os seus escritos
foram feitos em meio a presso dos deveres pastorais. H pontos em sua vida onde isto
parece absolutamente incrvel, que ele pudesse continuar estudando e escrevendo com o
tipo de envolvimentos que ele teve.
E. Discursando ao Parlamento
O quinto evento destes primeiros anos em Londres foi o convite em 1646 para falar ao
Parlamento. Naqueles dias, havia dias de jejum durante o ano, quando o governo solicitava que certos pastores pregassem para a Cmara dos Comuns. Foi uma grande honra.
Esta mensagem catapultou Owen em assuntos polticos pelos prximos 14 anos.
Owen chamou a ateno de Oliver Cromwell, o lder (Protetor) governamental na ausnOEstandarteDeCristo.com
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cia de um rei, e Cromwell tem a fama de ter dito a Owen: Senhor, voc uma pessoa
com quem eu devo estar familiarizado, ao que Owen respondeu, isso ser muito mais
para meu proveito do que seu [20].
Bem, talvez sim e talvez no. Com essa familiaridade Owen foi lanado no tumulto da
guerra Civil. Cromwell fez dele o seu capelo e o levou para a Irlanda e para a Esccia,
para pregar s suas tropas, avaliar a situao religiosa nestes pases e para dar a
justificao teolgica para a poltica de Cromwell.
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preocupava-se com a fidelidade doutrinria s Escrituras. Peter Toon lista 22 obras publicadas durante esses anos. Por exemplo, ele publicou sua defesa da Perseverana dos
Santos em 1654. Ele viu um homem chamado John Goodwin espalhando erro sobre esta
doutrina e sentiu-se constrangido, em todas as suas outras atribuies, a responder-lhe
com 666 pginas! Isso preenche todo o volume 11 em suas Obras. E ele no estava escrevendo vaidades que desapareceriam durante a noite. Um bigrafo disse que este livro
a vindicao mais magistral da perseverana dos santos escrita em lngua Inglesa
[23].
Durante esses anos administrativos ele tambm escreveu Sobre a Mortificao do Pecado nos Crentes (1656), Sobre a Comunho com Deus (1657), Sobre a Tentao: Sua
Natureza e Poder (1658). O que mui notvel sobre esses livros que eles so o que eu
chamaria de intensamente pessoal e em muitos lugares, dulcssimo. Assim, ele no
estava apenas travando batalhas doutrinrias, ele estava lutando contra o pecado e a
tentao. E ele no estava apenas lutando, ele estava tentando estimular nos alunos
comunho sincera com Deus.
Ele foi dispensado de suas funes da Reitoria em 1660 (tendo entregado a ViceChancelaria em 1657). Cromwell morreu em 1658. A monarquia com Charles II estava de
volta. O Ato de Uniformidade que retirou 2.000 ministros Puritanos de seus plpitos era
iminente (1662). Os dias que viriam para Owen agora no eram os grandes, polticos,
acadmicos dias dos ltimos 14 anos. Agora, ele foi de 1660 at sua morte, em 1693,
uma espcie de pastor fugitivo em Londres.
Durante esses anos, ele se tornou o que alguns tm chamado de Atlas e Patriarca da
Independncia. Ele comeou seu ministrio como um Puritano de convices Presbiterianas. Mas ele convenceu-se de que a forma congregacional de governo mais bblica.
Ele foi o principal porta-voz desta ala da No-conformidade, e escreveu extensivamente
para defender o ponto de vista [24].
Porm, ainda mais importante, ele foi o principal porta-voz da tolerncia de ambas as
formas Presbiterianas e Episcopais. Mesmo enquanto estava em Oxford, ele tinha a
autoridade para esmagar o culto Anglicano, mas ele permitiu que um grupo de Episcopais
cultuassem em quartos em frente aos seus aposentos [25]. Ele escreveu numerosos
tratados e livros para pedir tolerncia dentro da Ortodoxia. Por exemplo, em 1667, ele
escreveu (em Indulgncia e Tolerncia Consideradas):
Parece que somos uns dos primeiros que alguma vez, em qualquer lugar do mundo,
desde a fundao do mesmo, pensamos em arruinar e destruir pessoas de nossa
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Ministrio Pastoral
Durante estes 23 anos aps 1660 Owen foi um pastor. Por causa da situao poltica, ele
nem sempre foi capaz de ficar em um lugar e estar com seu povo, mas ele parecia
carreg-los em seu corao, mesmo quando ele estava se mudando. Perto do fim de sua
vida, ele escreveu ao seu rebanho: Embora eu esteja ausente de vocs no corpo, estou
em mente, afeio e esprito presente com vocs, e das vossas assembleias, porque eu
espero que vocs sero a minha coroa e alegria no dia do Senhor [28].
No somente isso, ele ativamente aconselhou e fez planos para o cuidado deles em sua
ausncia. Ele aconselhou-os em uma carta com palavras que so incrivelmente relevantes para esforos de cuidados pastorais em nossas igrejas hoje:
Rogo-vos que ouam uma palavra de aconselhamento caso a perseguio aumente,
o que deve ocorrer por um tempo. Eu desejaria, pelo fato de que vocs no tm
presbteros regentes, e seus mestres no podem andar publicamente com segurana, que vocs apontassem alguns dentre vs, que possam continuamente, conforme
as ocasies admitam, ir de casa em casa e aplicarem-se peculiarmente aos fracos,
aos tentados, aos temerosos, aqueles que esto prontos para desfalecer, ou a parar,
e encoraja-los no Senhor. Para esse propsito, escolha aqueles que so dotados de
um esprito de coragem e fora; e que eles saibam que so felizes aqueles que
Cristo honrar com Sua bendita obra. E eu desejo que sejam as pessoas deste
nmero, os que so homens fiis, e conheam a condio da igreja; por meio disso,
vocs sabero qual o quadro dos membros da igreja, o que ser uma tima diretriz
para vocs, mesmo em suas oraes [29].
Em circunstncias normais, Owen acreditava e ensinava que: O primeiro e principal
dever de um pastor alimentar o rebanho pela diligente pregao da palavra [30]. Ele
apontou para Jeremias 3:15 e o propsito de Deus: dar-vos-ei pastores segundo o meu
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corao, os quais vos apascentaro com cincia e com inteligncia. Ele mostrou que o
cuidado de pregar o evangelho foi confiado a Pedro, e atravs dele, a todos os verdadeiros pastores da igreja sob o nome de apascentar (Joo 21:15-16). Ele citou Atos 6 e a
deciso apostlica para libertarem-se de todas as incumbncias, para que eles pudessem
se entregar inteiramente palavra e orao. Ele se referiu a 1 Timteo 5:17 que o
dever do pastor trabalhar na palavra e na doutrina, e a Atos 20:28, onde os supervisores
do rebanho devem apascenta-los com a palavra.
Depois, ele diz: No necessrio apenas que ele pregue agora e, em seguida, em seu
descanso, mas que ele deixe de lado todas as outras ocupaes, embora lcitas, todas as
demais funes dentro da igreja, de forma que as participaes to constantes nelas os
desviem deste trabalho, para que ele se entregue quele. Sem isso, nenhum homem ser
capaz de dar uma explicao confortvel de seu ofcio pastoral no ltimo dia [31]. Eu
acho que seria justo dizer que esta a forma pela qual Owen cumpriu seu ofcio durante
estes anos, sempre que a situao poltica o permitiu.
Owen e Bunyan
No est claro para mim por que alguns Puritanos neste momento estavam na priso e
outros, como Owen no estavam. Parte da explicao foi que aqueles pregavam abertamente. Parte disso era que Owen foi uma figura nacional que possui ligaes com as
classes mais altas. Parte disso era que a perseguio no foi nacionalmente uniforme,
mas alguns oficiais locais foram mais rigorosos do que outros.
Todavia, seja qual for a explicao, notvel o relacionamento que John Owen teve nestes anos com John Bunyan, que passou muitos deles na priso. Uma histria diz que o rei
Charles II perguntou a Owen uma vez por que ele preocupava-se em ouvir um latoeiro
ignorante como Bunyan pregar. Owen respondeu: Sua majestade, se eu possusse as
habilidades do latoeiro para a pregao, eu ficaria feliz em renunciar a todo o meu
conhecimento [32].
Uma das melhores ilustraes de Deus escondendo um sorriso no rosto por trs de uma
providncia carrancuda a histria de como Owen falhou em ajudar Bunyan a sair da
priso. Repetidamente quando Bunyan estava na priso Owen se esforou pela sua
libertao por todas as cordas que ele pudesse puxar. Mas no adiantou. Mas quando
John Bunyan saiu em 1676, trouxe com ele um manuscrito cujo valor e importncia
dificilmente podem ser compreendidos [33]. Na verdade Owen encontrou-se com Bunyan
e o recomendou a sua prpria editora, Nathaniel Ponder. A parceria foi bem-sucedida e o
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livro que, depois da Bblia, foi o que provavelmente fez mais bem, foi lanado ao mundo,
tudo porque Owen falhou em suas boas tentativas de libertar Bunyan, e porque ele comseguiu encontrar um editor para ele. A lio: No julgue o Senhor com dbil entendimento, mas confie nEle por Sua graa, por trs de uma providncia carrancuda, Ele esconde
um sorriso no rosto.
Morte
Owen morreu em 24 de agosto de 1683. Ele foi sepultado em 4 de setembro, em Bunhill
Fields, em Londres, onde cinco anos depois, um latoeiro e Imortal Sonhador da Priso de
Bedford seria enterrado com ele. Foi apropriado que os dois se deitassem juntos, depois
que o gigante Congregacional havia se esforado por tanto tempo na causa da tolerncia
para com os humildes Batistas na Inglaterra e na Nova Inglaterra.
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que teria disputado com o prprio Maom tanto pela ousadia quanto pela impostura...
uma vbora, to inchada com veneno que deveria ou explodir ou cuspir seu veneno [44].
E ainda mais doloroso e desanimador a crtica de amigos. Certa vez, ele recebeu uma
carta de John Eliot, o missionrio para os ndios na Amrica, que o feriu mais profundamente, disse ele, do que qualquer um de seus adversrios.
O que eu recebi de voc... marcou mais profundamente, e deixou a maior impresso
sobre minha mente, do que todos os ultrajes virulentos e falsas acusaes que
encontrei da parte de meus adversrios abertos [...]. Que eu deveria agora ser tido
como algum que feriu a santificao nas igrejas, uma das mais tristes carrancas
nas frontes nubladas da Divina Providncia [45].
Adicione a isso os encargos dirios de viver em um mundo pr-tecnolgico, sem as convenincias modernas, e passando por duas grandes pragas, uma das quais, em 1665,
matou 70 mil das 500 mil pessoas que viviam em Londres [46], adicione os 20 anos
vivendo fora da proteo da lei ento saberemos que a santidade de John Owen no foi
exercitada no conforto da paz, do lazer ou da segurana. Quando um homem como este,
nestas circunstncias, lembrado e exaltado por sculos, por causa de sua santidade
pessoal, devemos ouvir.
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No que diz respeito sua imensa erudio e o tremendo discernimento que ele tinha para
as coisas de Deus, ele pareceu ter uma atitude muito humilde para com os seus feitos,
porque ele tinha subido o suficiente para ver sobre o primeiro cume da revelao dos
mistrios infinitos de Deus.
No tenho a pretenso de procurar a fundo ou nas profundidades de qualquer parte
deste grande mistrio da piedade, Deus manifestado em carne. Eles so completamente insondveis, at o limite das mentes mais iluminadas, nesta vida. O que
compreenderemos mais sobre eles no outro mundo, s Deus sabe [50].
Esta humildade abriu a alma de Owen para maiores vises de Cristo nas Escrituras. E ele
acreditava de todo o corao na verdade de 2 Corntios 3:18, que ao contemplar a glria
de Cristo somos transformados de glria em glria na mesma imagem [51]. E isso no
nada mais do que santidade.
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ltimo livro que escreveu, e que ele o estava finalizando quando morreu chamado de
Meditaes sobre a Glria de Cristo. Isso diz muito sobre o foco e os xitos da vida de
Owen. Neste livro ele disse:
A revelao... de Cristo... merece os mais srios de nossos pensamentos, o melhor
de nossas meditaes e nossa maior diligncia neles [...]. Que melhor preparao
pode haver para [nosso futuro gozo da glria de Cristo] do que uma contemplao
anterior constante dessa glria, na revelao que feita no Evangelho [57].
A contemplao que Owen tem em mente composta de pelo menos duas coisas: por
um lado, h o que ele chamou de seus pensamentos mais srios e melhores meditaes ou em outro lugar meditaes assduas, e, por outro lado havia a orao incessante. Os dois so ilustrados em sua obra sobre Hebreus.
Um de seus maiores empreendimentos foi o seu comentrio de sete volumes sobre
Hebreus. Quando ele o finalizou, perto do fim de sua vida, ele disse: Agora meu trabalho
est feito, hora de eu morrer [58]. Como ele o fez? Temos um vislumbre a partir do
prefcio:
Agora devo dizer, que, aps toda a minha pesquisa e leitura, orao e meditao
assduas tm sido o meu nico recurso, e de longe o meio mais til de luz e assistncia. Por estes os meus pensamentos foram libertados de muitos emaranhados
[59].
Seu objetivo em tudo o que ele fazia era entender a mente de Cristo e refleti-la em seu
comportamento. Isto significa que a busca da santidade sempre esteve ligada a uma
busca do conhecimento verdadeiro de Deus. por isso que a orao, e o estudo, e a
meditao sempre andavam juntos.
Eu suponho... isto pode ser fixado como um princpio comum do Cristianismo; a
saber, que a orao constante e fervorosa pela assistncia Divina do Esprito Santo,
um tal meio indispensvel para alcanar... o conhecimento da mente de Deus, na
Escritura, de modo que sem isso, todos os outros no [traro benefcio] [60].
Owen nos d um vislumbre da luta que todos ns temos a este respeito, antes que
algum pense que ele estava acima da batalha. Ele escreveu a John Eliot, na Nova
Inglaterra,
Eu reconheo diante de voc que tenho um esprito seco e estril, e eu sinceraOEstandarteDeCristo.com
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mente peo suas oraes para que o Santo Ser, apesar de todas as minhas provocaes pecaminosas, me guie do alto [61].
Em outras palavras, as oraes de outros eram essenciais, no apenas as suas prprias.
A principal fonte de tudo o que Owen pregou e escreveu foi esta: meditao assdua na
Escritura e orao. O que nos leva ao quarto caminho pelo qual Owen alcanou tal santidade em sua vida imensamente ocupada e produtiva.
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Quando Owen... expunha o livro de Deus, ele desvelava ao mesmo tempo o livro de
seu prprio corao e de sua prpria histria, e produzia um livro que... rico em
pensamentos dourados, e marcado pela viva experincia de quem falou o que
conhecia, e testemunhou do que ele tinha visto [63].
O mesmo bigrafo disse sobre Owen, em A Graa e Dever de Pensar Espiritualmente
(1681) que ele primeiro o pregou ao seu corao, e depois a uma congregao particular,
e que nos revela as eminncias quase intocadas e inexploradas sobre Owen, que caminhava nos ltimos anos de sua peregrinao [64].
Esta era a convico que controlava Owen:
Um homem s prega bem um sermo aos outros, se ele o pregou antes sua
prpria alma. E aquele que no se alimenta e prospera na digesto do alimento que
ele fornece aos, escassamente o far saboroso para eles; sim, ele no sabe, mas a
comida que ele tem fornecido pode ser veneno, a menos que ele realmente prove da
mesma. Se a palavra no habitar com poder em ns, no sair de ns com poder
[65].
Foi esta convico que sustentou Owen em sua vida pblica imensamente ocupada com
controvrsia e conflito. Sempre que ele se comprometeu a defender a verdade, ele procurou em primeiro lugar aplicar profundamente esta verdade ao seu corao e obter uma
real experincia espiritual da mesma, de modo que no houvesse artificialidade no debate
e nenhum mero posicionamento ou manipulao. Ele se firmou na batalha, porque ele
veio a experimentar a verdade ao nvel pessoal dos frutos da santidade e sabia que Deus
estava nela. Aqui est a maneira como ele colocou isso no Prefcio de O Mistrio do
Evangelho Vindicado (1655):
Quando o corao , de fato, lanado no molde da doutrina que a mente abraa,
quando a evidncia e a necessidade da verdade permanecem em ns, quando o
sentido das palavras no est apenas em nossas cabeas, mas o sentido da questo habita em nossos coraes, quando temos comunho com Deus na doutrina que
defendemos, ento seremos supridos pela graa de Deus contra todos os assaltos
dos homens [66].
Essa, eu penso, foi a chave para a vida e o ministrio de Owen, to conhecidos pela
santidade: quando temos comunho com Deus na doutrina que defendemos, ento seremos supridos pela graa de Deus contra todos os assaltos dos homens.
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A ltima coisa que Owen estava fazendo no fim de sua vida era estar comunho com
Cristo, em uma obra que foi mais tarde publicada sob o ttulo Meditaes sobre a Glria
de Cristo. Seu amigo William Payne estava ajudando a editar a obra. Perto do fim, Owen
disse: Oh, irmo Payne, o to desejado dia chegado por fim, no qual eu verei a glria
de outra maneira, alm do que eu j vi ou fui capaz de ver neste mundo [67].
Mas Owen viu mais glria do que a maioria de ns v, e por isso que ele foi conhecido
por sua santidade, porque Paulo nos ensinou claramente e Owen cria que todos ns,
com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glria do Senhor, somos transformados de glria em glria na mesma imagem, como pelo Esprito do Senhor (2 Corntios
3:18).
Notas:
[1] Neste artigo todas as referncias s obras de John Owen sero extradas das Obras
de John Owen, ed. William Goold, 23 volumes (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1965,
esta edio foi originalmente publicada em 1850-1853). Os ltimos sete volumes so a
exposio da Epstola aos Hebreus. O numeral romano se referir ao volume desta
coleo, e o nmero arbico pgina.
[2] J.I. Packer. Uma Busca Por Santidade: A Viso Puritana da Vida Crist (Wheaton:
Crossway Books, 1990), p. 11.
[3] Uma Busca Pela Piedade, p. 81.
[4] Uma Busca Pela Piedade. p. 12. A histria contada mais detalhadamente em John
Owen, o Pecado e a Tentao, abreviado e editado por James M. Houston (Portland:
Multnomah Press, 1983), Introduo, pp 25-26.
[5] Uma Busca Pela Piedade, p. 147.
[6] Sinclair B. Ferguson. John Owen Sobre a Vida Crist (Edinburgh: Banner of Truth,
1987), pp. 10-11.
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[7] Peter Toon. Estadista de Deus: A Vida e Obra de John Owen, (Exeter, Devon:
Paternoster Press, 1971), p. 173.
[8] Charles Bridge. O Ministrio Cristo, (Edinburgh: The Banner of Truth, 1967, publicado
originalmente em 1830), p. 41.
[9] Jonathan Edwards, Afeies Religiosas, ed. por John E. Smith (New Haven: Yale
University Press, 1959), p. 69 As citaes de Owen em Edwards esto nas pp. 250f, 372f.
[10] The Banner of Truth tem causado um pequeno renascimento do interesse pela
publicao de suas obras completas, em 23 volumes (7 delas so o enorme Comentrio
de Hebreus) mais uma ou duas brochuras.
[11] Estadista de Deus. p. 7.
[12] Estadista de Deus. p. 177.
[13] Uma Busca Pela Piedade. p. 28.
[14] J.I. Packer diz que o Puritanismo desenvolveu-se sob Elizabeth, James e Charles, e
floresceu no intervalo entre estes reinados [de 1640 e 1650], antes que murchasse no
tnel escuro da perseguio entre 1660 (Restaurao) e 1689 (Tolerncia). Uma Busca
pela Piedade. pp. 28f.
[15] Obras, XII, p. 224.
[16] Estadista de Deus. p. 6.
[17] Charles Spurgeon. C.H. Spurgeon: Autobiografia, vol. I, (Edinburgh: The Banner of
Truth Trust: 1962), p. 87.
[18] Estadista de Deus. p. 12f.
[19] Andrew Thomson escreveu: Quase toda a informao que chegou a ns em relao
a esta unio [com Mary], a partir de biografias anteriores equivale a isso: que a senhora
deu luz a onze filhos, todos os quais, exceto uma filha, morreram no incio da infncia.
Esta nica filha se tornou a esposa de um cavalheiro gals, mas a unio se mostrando
infeliz, ela voltou para a sua parentela e para a casa de seu pai, e logo depois morreu de
tuberculose. Obras I, 33. Quando ela morreu, em 1676 Owen permanecia vivo h cerca
de 18 meses e se casou com Dorothy D'Oyley. Sua aflio era muito grande em relao
aos seus filhos, nenhum dos quais ele fruiu muito enquanto vivos, e viu todos eles saindo
do palco antes dele. Obras I, p. 95.
[20] A Enciclopdia Religiosa. ed. por Philip Schaff, (The Christian Literature Co, 1888) 3
vols. vol. 3, p. 1711.
[21] Estadista de Deus. p. 54.
[22] Estadista de Deus. p. 77F.
[23] Obras. I, p. 57.
[24] Um discurso a respeito do Amor Evanglico, Paz e Unidade na Igreja (1672); Uma
Investigao sobre a Natureza Original e Comunho de Igrejas Evanglicas (1681); e o
texto clssico, Verdadeira Natureza de uma Igreja Evanglica (1689, postumamente)
[25] Obras. I, p. 51.
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By John Piper. 2014 Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org
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mame aos cinquenta e cinco anos de idade. Foi uma perda imensa. A tristeza foi
demorada. Mas nunca duvidamos de Deus. Neste Deus ponho a minha confiana e
nada temerei. Que me pode fazer o homem? (Salmos 56.11).
John formou-se em Literatura e secundariamente em Filosofia no Wheaton College (19641968). Estudar literatura romntica com Clyde Kilby estimulou o lado potico de sua natureza
e hoje ele escreve regularmente poemas ao celebrar ocasies especiais da famlia, e ao
expor verdades bblicas. Em Wheaton, John tambm conheceu Nol Henry com quem se
casou em 1968.
Aps a faculdade, ele obteve a formao de Bacharel em Teologia no Seminrio Teolgico
Fuller, em Pasadena, Califrnia (1968-1971). Enquanto em Fuller, John descobriu os escritos
de Jonathan Edwards.
O ministrio da pregao o trabalho central da minha vida. Minha orao que
atravs desse ministrio e em tudo o que eu faa a grande glria de nosso Deus e
Salvador Jesus Cristo seja ampliada medida que mais e mais pessoas venham a viver
em obedincia de f cada vez mais profunda.
John concluiu seu trabalho de doutorado em Estudos do Novo Testamento na Universidade
de Munique, na Alemanha Ocidental (1971-1974). Aps a concluso de seu doutorado, ele
passou a ensinar Estudos Bblicos em Bethel College, em St. Paul, Minnesota, durante seis
anos (1974-1980).
Em 1980, sentindo um chamado irresistvel para pregar, John tornou-se o pastor snior da
Igreja Batista Bethlehem em Minneapolis, Minnesota, onde ele ministrou por 33 anos, at
2013. Juntamente com o seu povo, John foi dedicado a espalhar uma paixo pela supremacia
de Deus em todas as coisas para a alegria de todos os povos, atravs de Jesus Cristo uma
misso que ele continua agora para toda a Igreja atravs do ministrio DesiringGod.org.
John o autor de mais de 50 livros e agora viaja frequentemente para pregar, e escreve
regularmente, atravs de DesiringGod.org.
John e Nol tm quatro filhos, uma filha, e um nmero crescente de netos.
__________
Fontes:
[1] www.DesiringGod.org
[2] PIPER, John. Dez Lies que Aprendi de Meu Pai. In: PIPER, John. Provai e Vede. Saboreando a Supremacia
de Deus em toda a Vida. 80 Meditaes. Editora Fiel: So Paulo, 2008, p. 14-16 [E-book Gratuito Divulgado pela
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2 Corntios 4
1
Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no
2
desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando
com astcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos
3
conscincia de todo o homem, na presena de Deus, pela manifestao da verdade.
4
Mas, se ainda o nosso evangelho est encoberto, para os que se perdem est encoberto.
Nos quais o deus deste sculo cegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no
5
resplandea a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. Porque
no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos
6
vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes, para iluminao do
7
conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porm, este tesouro
8
em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. Em tudo
9
somos atribulados, mas no angustiados; perplexos,
no
Viste asmas
pginas
quedesanimados.
administramos no PerseguiFacebook
10
dos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos; Trazendo sempre por toda
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a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se
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11
manifeste tambm nos nossos corpos;
E assim
ns, que vivemos, estamos sempre
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entregues morte por amor de Jesus, para que a vida
de Jesus se manifeste tambm na
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12
13
nossa carne mortal.
De maneira que em ns opera
a morte, mas em vs a vida.
E
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temos portanto o mesmo esprito de f, como est
Cri, por isso falei; ns cremos
escrito:
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14
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tambm, por isso tambm falamos. Sabendo que
que ressuscitou o Senhor Jesus nos
15
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ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco.
Porque tudo isto por
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amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de
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graas para glria de Deus. Por isso no desfalecemos;
mas, ainda que o nosso homem
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17
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
18
Parceira:
momentnea tribulao produz para ns um pesoPgina
eterno
de glria mui excelente;
No
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atentando ns nas coisas queIssuu.com/oEstandarteDeCristo
se veem, mas nas que se no veem; porque as que se 30
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veem so temporais, e as que se no veem so eternas.