A Sociedade Dos Poetas Mortos Textos de Alunos Revisados 16 Jul 14
A Sociedade Dos Poetas Mortos Textos de Alunos Revisados 16 Jul 14
A Sociedade Dos Poetas Mortos Textos de Alunos Revisados 16 Jul 14
social, a disciplina quem deve reger esse caos em que est a Terra. Se os pais de
Neil e dos jovens de hoje agem assim porque eles sabem que para termos
sucesso na vida devemos sacrificar os prazeres menores e calcular todos os
nossos passos para chegar ao mais prximo possvel da perfeio e...
Oswald e Mrio de Andrade no aguentaram mais tal discurso e tiveram que se
manifestar
- Ora! Me parece que mesmo depois de 80 anos o Sapo-boi continua a coaxar
asneiras, - disse Oswald.
Mrio o apoia e completa:
- Devemos refletir sobre o passado e no reproduzi-lo.
Em meio confuso, Joo Cabral se pronunciou:
- Acalmem-se, senhores! Algum tem mais alguma declarao a fazer? A senhora
Ceclia Meireles, por exemplo?
- Perdi meu pai antes de nascer, minha me antes de completar trs anos, meu
primeiro marido suicidou-se; a morte sempre esteve presente na minha vida e nesta
nunca me esforcei para ganhar e nem me espantei por perder, disse Ceclia.
Em tom de desaprovao protestou Cludio Manoel da Costa:
- A efemeridade da vida uma coisa certa, mas no por isso que devemos viver
entre nuvens e espumas, escondidas. Temos que lutar pelos nossos ideais e pelo
que ns acreditamos, mesmo que isso nos custe nossa prpria vida, como foi o meu
caso.
Ratifico tudo o que meu amigo disse! Devemos ser donos da nossa prpria vida,
senhores, dos nossos coraes, vivendo o amor a cada dia como se fosse o ltimo,
sem permitir que a nossa existncia seja apoderada e controlada pelos fanfarres
com que nos deparamos, sejam eles nossos pais, chefes, governantes ou qualquer
um. O que h de melhor do que ter o comando de nossa prpria vida e poder voltar
para casa em meio calmaria dos campos e dos mansos cordeiros e voar para os
braos da amada? Declarou Toms Antnio Gonzaga.
- Palavras, companheiro, palavras! Eu que sempre vivi dividido entre o bem e o mal,
sempre vi uma certa beleza na morte. Talvez seja isso que tenha sentido o rapaz da
histria que Joo Cabral nos contou! Farras, noitadas, bebidas, mulheres so os
prazeres que encontramos enquanto esperamos a morte fez-se ouvir lvares de
Azevedo, enquanto que de seu rosto rolava uma lgrima melanclica.
Gonalves Dias discordou:
- Menino, no diga bobagens! Deus nos ps no mundo para viver e no para nos
exilarmos dele.
- Temos que nos libertar das correntes das sociedades opressoras, criticar os
desmandos sociais, parar de cambalear ao ritmo dos aoites que tentam nos
submeter vontade alheia. Liberdade, essa a palavra! Completou Castro Alves.
Satisfeito Gregrio de matos o apoiou:
- Aplaudam-no, senhores! Abaixo a opresso! Vamos falar, criticar. Chega de um
mundo onde faltam verdade, honra, vergonha; onde os valores governam e os
honrados padecem no paraso a que se deixam submeter!
Furioso, retrucou Olavo Bilac, o ourives da palavra:
- Cala-te Boca do Inferno! Que de nada servem tuas divagaes. Para
alcanarmos o progresso preciso que tenhamos ordem e muitas vezes
necessitamos de algum que nos leve para o caminho exato!
- No! Assim como na poesia temos que viver nossas emoes de acordo
com os nossos coraes. isso que faz a vida valer a pena! Libertinagem, o gozo, a
paixo, a liberdade, superemos o tdio e a vida-besta de submisso. Avante
aventura de viver! Toquemos o mundo de acordo com o nosso desejo. No adianta
apenas sobreviver, se no para sermos felizes. Criamos em nosso meio o nosso
prprio objetivo de vida, nossa Pasrgada pessoal e lutemos durante toda nossa
existncia para alcan-la! Exaltou Manuel Bandeira, aclamado pela grande maioria
dos presentes.
Ento Joo Cabral, com ar de contentamento, declarou encerrada a primeira reunio
da Sociedade dos Poetas Mortos do Brasil, e finalizou com a seguinte manifestao:
- Que os prximos poetas, vivos e os que viro a nascer, espalhem pelo mundo tudo
que aqui foi concludo. Que cada ser humano tenha liberdade para fazer suas
prprias escolhas e sejam conscientes de que no devemos deixar nosso sangue se
esvair pela terra e sim borbulhar vida em nossas veias, para que faamos do mundo
um lugar onde prevalea a justia entre os homens e a busca da felicidade pessoal e
coletiva.
guardo, o que est transcrito acima. Faam bom proveito. No deixem de ver o
filme. H nas Lojas Americanas para comprar. um verdadeiro aprendizado de
primeira grandeza.
Mister Keating, enobrecido pelo gesto dos seus alunos, lhes confidenciou que
sentia orgulho em ver no que eles haviam se transformado, podendo assim apreciar
o verdadeiro sentido da sociedade dos poetas mortos e emocionado ele lembrou
que Neil ficaria orgulhoso de todos eles.
- Mr. Keating, como se atreve? Berrou Mr. Nolan Como se atreve a citar o
nome do Mister Perry?
- O senhor completamente responsvel pela tragdia em que aquela famlia
se encontra. Como o senhor pode lhes ensinar fantasias, Mr. Keating? Eles so
apenas adolescentes em formao, no conhecem nada da vida, eles so
influenciados de uma maneira absurdamente fcil.
Todd olha furioso em direo ao Mr. Nolan, pela primeira vez na vida parece
lhe surgir uma coragem descomunal, os olhos se enchem de gua, ele para por um
momento, respira, hesita em falar por um instante, mas diz:
- Mr. Nolan, o senhor se engana. Mr. Keating nunca nos influenciou, sabemos
tomar as nossas prprias decises, desde o primeiro encontro, desde a primeira
poesia que lemos, no houve sequer uma apario do Mr. Keating.
- Cale a boca,Todd!!! Disse Cameron, com um olhar furioso para o colega
voc vai nos prejudicar seu estpido, no percebe isso?
- Nos prejudicar, Cameron? Assim como voc fez com o Nuwanda, que era
seu amigo? Ironizou Knox. Ns fomos influenciados pelo medo, fomos forados a
assinar um trato pattico para jogar a culpa em um homem inocente, Nuwanda, que
foi expulso pela nossa omisso; no nos venha falar em prejudicar algum, voc
mais do que ningum sabe o que isso.
- No me venha com sermes Knox, retrucou Cameron, fizemos o que
precisava ser feito, salvamos nosso pescoo.
- J CHEGA! Berrou mais uma vez Mr. Nolan, E quanto a voc, Mister
Keating, o que ainda espera para sair desta sala? Ser que o senhor j no fez o
suficiente por aqui? Ensinando a esses rapazes a serem verdadeiros arruaceiros, e
a no mais respeitarem os seus pais e os seus professores, seus mtodos de ensino
de seus filhos, tambm pelo fato da escola em questo se tratar de uma espcie de
internato.
A escola, pode-se dizer, era um reflexo da prpria sociedade, altamente
tradicionalista e rgida, com mtodos educacionais arcaicos em determinados
momentos, mas que demonstrava pelos resultados que aquele era o caminho para
os alunos obterem sucesso em suas vidas, demonstrao essa amplamente aceita
pelos pais dos alunos.
Acredito que a impresso passada foi de que os alunos eram literalmente
programados; eles copiavam, no criavam, obedeciam, no opinavam, pensar no
era o mais importante, ao contrrio, at certo ponto, no era interessante que eles
pensassem, pois no possuam maturidade suficiente, necessitando do auxlio
escolar para entendimento mundano.
Mostrado o contexto em que o filme se revela, aparece na escola um
determinado professor, com mtodos diferentes dos comumente ensinados na
escola que, ao invs de reprimir os alunos, os liberta. Ele no os leva a determinado
lugar, simplesmente aponta o caminho e demonstra como cada um, j que cada
aluno possua seus prprios monstros interiores, poderia e deveria enfrentar suas
dificuldades individuais e, como j era de se esperar, o resultado obtido foi o melhor
possvel, alunos pensantes e donos de seus prprios destinos. Mas, como dito
antes, eles estavam dentro de uma instituio e principalmente de uma sociedade
que no aceitava tal comportamento, o que gerou determinados conflitos e culminou
na morte de um dos estudantes e na eventual procura de um culpado, o professor.
O filme nos faz refletir sobre ns mesmos, sobre nossos paradigmas e a
sociedade na qual estamos inseridos. Ser que estamos aproveitando o melhor que
a vida tem a nos oferecer? Ser que estamos ensinando os nossos filhos (nem pai
eu sou, me refiro sociedade como um todo) a ser o melhor que podem ser? Ser
que estamos explorando todo o potencial deles e respeitando suas individualidades?
So reflexes importantes que devem ser feitas por todos os agentes sociais.
Fico feliz em ter a oportunidade de fazer um pouco dessa reflexo agora,
pois acho que esse o objetivo de quem est lendo e corrigindo esse texto nesse
momento e o agradeo por isso, no sei se no prximo texto vou errar tanto quanto
neste, mas garanto que no cometerei os mesmos erros, Carpe Diem
Ao entrar pela ltima vez naquela sala de aula onde ministrava as melhores
aulas da Academia Welton, o professor John Keating esperava que ela estivesse
vazia, mas para sua surpresa, a turma estava iniciando um novo processo de estudo
com o Sr. Nolan.
Oh! Capito, meu capito Grande parte dos alunos da sala se despedia
em forma de reverncia e gratido pelos ensinamentos passados por ele. Aquelas
palavras nunca pararam de soar em suas memrias.
Desanimado para traar novos rumos, o professor Keating, decide voltar
Inglaterra e retomar suas atividades na escola Chester, em Londres. Sua passagem
pela Chester School foi frutuosa e por isso, em seu retorno, a instituio que era
famosa por promover grandes bailes e festas sazonais, recebeu o professor com
festividades de boas-vindas. Durante seu reencontro com antigos colegas de
trabalho, o diretor o chama para uma conversa particular em seu gabinete:
Caro amigo John, quanto tempo, no?
Vejo que o tempo foi mais generoso comigo do que contigo Francis Os
dois se divertem com uma boa gargalhada.
Ah! John, infelizmente eu vejo o mesmo. Quando voltou para realizar o
sonho de ensinar na instituio que o formou, eu tinha acabado de assumir a ViceDiretoria da Chester; pouco tempo depois eu estava assumindo a Diretoria. Nunca
tive tantos problemas e preocupaes, as coisas aqui no andam muito bem... O
Diretor Francis Mellen respira profundamente esmagando o canto da boca.
Pois eu tambm tive uma grande frustrao por l, no fui compreendido,
meus mtodos no so tradicionais e isto no foi bem-visto por l.
O motivo desta conversa, John, justamente este, lembro-me muito bem
dos teus mtodos, e sei que funcionam mais do que qualquer outro que j vi. Ento
vou ser direto, o vice-diretor Simon Schuster passou por alguns problemas de sade
e por insistncia de sua esposa, decidiu se afastar da Chester School. Estou
precisando renovar nossos mtodos de ensino e quero que voc seja o Vice-Diretor
desta instituio. O que me diz?
Bom, Francis, me pegou de surpresa, mas, aceito o desafio, ser uma
honra.
Um ano aps o inicio do seu trabalho na Chester School, e com a autoestima
recuperada devido ao excelente resultado obtido com as mudanas na metodologia
de ensino, John recebe notcias por um professor amigo da Academia Welton e
descobre que aps o incidente de sua sada, o jovem Todd Anderson foi expulso da
instituio por indisciplina e os outros que lhe acompanharam foram submetidos a
trabalhos e aulas extracurriculares. Na mesma hora John vai ao gabinete do Diretor
Francis Mellen e lhe explica a situao do jovem Todd, os dois imediatamente
entram em contato com a famlia do jovem e oferecem a Todd uma bolsa para
estudar na Chester.
Todd chega a Londres e se adapta facilmente ao local e ao ensino cujo
mtodo ele j conhecia. Durante um pequeno intervalo de aulas, Todd espera todos
os professores sarem e entra rapidamente na sala dos professores onde John
Keating ainda se encontra arrumando a pasta com os materiais para a prxima aula.
Todd aproveita que os dois esto a ss e entrega um embrulho para o professor,
que recebe espantado:
Bom dia Sr. Anderson, o que isto?
Professor, por acaso, o senhor j viu uma pequena cabana abandonada
perto do lago atrs do refeitrio? Os dois se olham sorrindo enquanto John abre o
embrulho que veste o livro Cinco sculos de poesia.
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Rompendo Barreiras
Aline Pinho Lopes / 1C
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- Meu Deus! Quanta felicidade por estar aqui com vocs, meus nobres alunos
apaixonados pela arte, poesia, e pela vida! No tenho palavras para expressar o
meu agradecimento ao destino, por me conceder a honra de conhec-los. Gostaria
de agradecer em primeiro lugar coragem de Neil. No me entendam errado, mas a
morte do nosso jovem artista nos deu vida.
Aqueles que acham a atitude de Neil uma fraqueza peo que no o julguem, pois a
deciso da sua vida estava em suas mos, no nos cabendo concordar ou
discordar. Mas uma coisa certa: ele foi corajoso em defender sua liberdade. Neil
nos ajudou a romper com as barreiras de um sistema de ensino arcaico, que no
valorizava o verdadeiro conhecimento e insistia em andar na contramo do novo e
da transformao. No estou mais diante de meninos acuados, mas de homens que
descobriram o que viver plenamente. Vocs no so o reflexo dos "poetas mortos",
mas so a nova realidade dos "poetas vivos."
Assumo que quando entrei pela primeira vez naquela sala de aula, no acreditei que
algo bom fosse brotar naquele deserto de costumes e tradio. Mas ainda bem que
no desisti! Paguei um alto preo pela minha ousadia e no me arrependo do que fiz
porque tudo foi transformado a comear por mim.
Obrigado meus alunos que tambm so os meus professores! Agora eu quero
continuar o meu trabalho na Academia Welton apresentando mais e mais o modelo
de ensino, que eu acredito ser o caminho para termos um pas formado por cidados
instrudos e conhecedores da arte e da vida!
Sonhos de Outrem
Alynne de Castro Felix / E
com lgrimas no olhar que ilustro minha opinio sobre o filme. Este
emocionante, inspirador e intensamente proporcional a quem sonha os sonhos dos
outros.
Sonhar, como sonhar seu prprio sonho se impedido de viver? Impedido de
viver? Sim, se somos impedidos de revelarmo-nos, desvendarmo-nos e
descobrirmo-nos, como saberemos o sabor de mel que a vida possui!
O filme relata jovens que sonham os sonhos de seus pais, ou melhor, so
verdadeiros funcionrios, pois agem, pensam e sonham como seus pais ordenam.
Infelizmente o pior aconteceu com um que queria fazer a diferena, sonhou o seu
prprio sonho e viveu conforme sua realidade. Assim diz Eu fui floresta porque
queria viver libertamente, queria viver profundamente e sugar toda essncia da vida,
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acabar com tudo que no fosse vida para que quando a morte chegasse, eu
descobrisse que no vivi. Carpe diem!
A essncia da vida
Ana Paula da Silva Santos Roque
Turma: P1 Direito F
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A Sociedade dos Poetas Mortos um filme de 1989, cuja histria gira em torno da
Academia Welton. Um professor de Literatura chamado John Keating e sete (em
realidade seis) amigos comeavam a descobrir os mistrios e grandezas de um
pequeno verso.
Qual era esse verso se me perguntas? Comeavam as reunies do clube com ele,
eu fui floresta porque queria viver deliberadamente, queria viver profundamente e
sugar toda a essncia da vida, acabar com tudo que no fosse vida, para que
quando a minha morte chegasse eu no descobrisse que no vivi.
Pois bem, h vrias hermenuticas que giram em torno deste verso, porm, a que
apenas minha ser dita no final. Antes de mais nada, gostaria de ressaltar que esse
filme no apenas sobre jovens amigos que comeam a se descobrir, mas tambm,
um filme que aborda de maneira muito diferente o tipo de metodologia que existia na
poca naquela Academia e claro, em diversos outros lugares.
A metodologia do prof. Keating ia contra todos os padres tradicionais e
conservadores da Academia e, portanto, gerou uma grande confuso nesse
ambiente acadmico. Era um momento importante na vida dos jovens, um momento
de deciso sobre o futuro que queriam planejar e conquistar, mas o futuro era o que
mais os amedrontava, pois no era de fato, deles.
Todos ns pensamos ou pensvamos que um ambiente escolar aquele onde
devemos apenas nos sentar, assistir s aulas, ler os livros acadmicos at nos
cansarmos deles. Entretanto, j pensamos sobre onde o nosso senso crtico deve
comear a ser plantado e cultivado? Onde ns devemos comear a construir uma
posio de ser pensante e no apenas aquele que l tudo apenas por ler, apenas
para fazer uma prova, mas ler tudo que l por querer ter uma pausa de 10 minutos
ou mais para refletir, pensar, questionar?
Hoje em dia, ns temos uma metodologia escassa, coloquial, pois no vemos a sua
eficincia tanto quanto antes, devido s severas e diversas mudanas na sociedade.
Mas, voltando um pouco no tempo, no tempo do filme, onde vemos o prof. Keating
levando os alunos ao lado de fora, para que soubessem que no aprendemos
sentados entre quatro paredes e uma lousa, mas sim, que a sensao de sermos
livres, nos faz capazes de sentirmos que podemos aprender de tudo e que nada
impossvel, que tudo est ao nosso alcance, que somos donos e donas de nossos
prprios pensamentos e que, portanto, podemos questionar o que ns lemos
independente de por quem foi escrito, pois ns somos e devemos ser seres
pensantes.
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Voltando ao verso antes aqui mencionado, eu disse que falaria qual significado ele
possui para mim. Quando eu o leio, eu penso da maneira mais simples que ns
temos grandes oportunidades em apenas um dia e que devemos aceit-las por mais
simples que sejam. Que em apenas um dia podemos obter um novo ponto de vista
sobre um determinado assunto, sabendo, portanto, ver e pensar sobre tudo sob os
mais diferentes ngulos de pensamentos. Esse verso coincide com o que muito
dizemos, se eu posso fazer isso hoje, por que o faria amanh?.
um verso que nos d coragem para que possamos fazer tudo aquilo que
desejamos e que est ao nosso alcance hoje, nunca deixar para amanh, pois
sabemos que um dia nos arrependeremos de no ter feito aquilo que sabemos que
deveramos ter feito. E sentir ento que o nosso tempo de estada no mundo acabou,
sabendo que no fim, no nos sentamos realmente vivos.
Carpe diem
Anna Carolina de Sousa Almeida Brasil - P1, turma C
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um futuro belo aquele que poderemos modelar e que formar um mundo mais
diverso. Um mundo mais igual! Todas as profisses devidamente exercidas
sero vistas com mesmo prestgio, valorizadas da mesma forma, sem que sejam
subestimadas. Uma gerao de pessoas felizes est por vir, espero.
A histria do filme Sociedade dos Poetas Mortos simples: gira em torno de
garotos que vivem em uma escola cheia de imposies. E um desses alunos tem um
sonho, o sonho de atuar. Eis uma bela forma de expresso, no ? Infelizmente, o
desejo de exercer essa arte , de certa forma, interrompido pelo pai do garoto, que
almeja o filho exercendo uma dessas profisses de prestgio que citei anteriormente.
Depois, o menino no aguenta seu desejo sendo limitado e seu futuro sendo
planejado por outrem [o seu pai], se mata.
Se eu pudesse refazer esse filme, mudaria o final de maneira em que o pai do
garoto que ser mais ignorante! pudesse, ao menos depois de ter visto seu filho
atuar, deixar que ele seguisse seu sonho e sua carreira to desejada na atuao.
Eis que seria um belo e feliz final.
Carpe diem
Kzia Nogueira / B
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opinies que favorecem apenas aos que possuem poder econmico -, como diz o
prprio conceito dado pelo professor Vincius: [...] a probabilidade de impor a
prpria vontade numa relao social, mesmo contra resistncia, seja qual for o
fundamento dessa probabilidade.
O professor John jogou no apenas gotas, mas um verdadeiro balde de
cortisol, despertando pensamentos livres, contguos ao bom senso, sobretudo em
Neil, um dos personagens principais, que se tornou um revolucionrio e amante da
literatura e da arte dramtica, entrando, portanto, no mundo do teatro. Seu pai tem
outros planos para ele, uma vez que um verdadeiro ctico da arte dramtica e da
metodologia do professor Keating, pois os civilizados so os mdicos, os
engenheiros, os operadores do direito e os homens, isto mesmo, o sexo masculino.
Entre unhas e dentes, Neil, prefere suicidar-se carregando consigo seus prprios
valores, a ter que ceder ao pensamento condicionado de seu pai.
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Para isto ns precisamos pensar, aprender, concordar ou discordar sobre o que nos
apresentado.
O arrependimento e a frustrao so dois elementos que no desejo de forma
alguma carregar na minha bagagem, por isso luto com muita obstinao por tudo o
que almejo, e entre tantos sonhos est o Direito. A estima pelo curso eu j nutria h
um bom tempo, mas foram meu pai e minha me, meus verdadeiros Keatings, que
me motivaram, depois de j formada em Jornalismo, a continuar nessa busca
incessante pelo conhecimento e me dignificar atravs dos estudos. neles que eu
me espelho convicta de que para me sentir algum nesta vida s me bastam o amor
e o saber.
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Logo, encontrar um docente que pense igual quele no algo incomum, mas
conhecer algum com a mesma coragem, sim, uma raridade. Aqui em Joo
Pessoa, em nosso primeiro perodo de Direito na Unip, tivemos a sorte de
encontrar um desses que no s tm pretenses ousadas quanto s metodologias
de ensino como tambm as coloca em prtica.
Atravs da livre manifestao do pensamento que este novo mtodo nos
prope, quero, por fim, expor opinies bem pessoais acerca do filme. No concordo
com a forma que coloca os filhos contra os pais, pois entendo que estes ltimos s
querem o bem para eles. No exemplo representado pelo jovem que se suicidou,
creio que a sua atitude no seria a melhor sada caso estivesse em sua pele. Alm
do mais, o Carpe diem quando no interpretado com prudncia pode nos levar a
atitudes inconsequentes. Juntamente com a nova forma de pensar proposta pelo
filme, pude retirar outras lies: a compreenso precisa estar presente dentro das
famlias; a submisso aos nossos ascendentes uma questo de respeito;
possvel entrar em acordos em prol do melhor para ambas as partes sem que seja
necessria a perda de uma delas e, por ltimo, precisamos aproveitar a vida com
prudncia.
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A Academia dos sonhos j era bastante respeitada, era tida como a melhor
academia do mundo. Certo dia, o Professor recebeu a visita da Presidente Dilma,
logo, se assustou, e ento lhe perguntou: A que devo a honra da sua ilustre visita,
Senhora Presidente Dilma, que logo respondeu-lhe: venho aqui pedir ajuda ao Sr.
Keating, pois vejo que sua forma de ensino eficaz, e peo-lhe ajuda para adotar tal
mtodo de ensino no Brasil, pois vejo que o sistema educacional brasileiro
ineficiente. Logo, o Professor Keating aceitou seu pedido e foi para o Brasil fazer
inmeras palestras a respeito, determinada aos professores da rede de ensino
pblica. Passados alguns meses, viu-se que a educao no Brasil melhorou, e para
agradecer ao Professor John Keating, Dilma mandou fazer uma esttua de John em
pleno Palcio do Planalto em forma de agradecimento.
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jovem rapaz sugere que se encontrem para continuarem a conversa sobre o assunto
que ambos tinham em comum.
Depois de alguns dias, passeando pelas ruas histricas da cidade os dois se
encontrem e Ariano fala para o professor: Aqui em minha cidade existe uma
sociedade de intelectuais mortos que se renem no Parque Arruda Cmara para
discutir questo que muito te interessaria. No mesmo instante, Keating recebe o
convite para conhecer esta sociedade. Trocam os nmeros de telefones e marcaram
para se encontrar no dia da prxima reunio do grupo.
Alguns dias depois, Keating conhecia os seis grandes nomes da cultura
paraibana, eram eles o jovem Augusto dos Anjos, Brulio Tavares, Ivan Bichara
Sobreira, Ronaldo Cunha Lima, Pedro Amrico e Jos Lins do Rgo. Mesmo com
idades to diferentes, entre 17 a 30 anos, compartilhavam as ideias que Keating
ensinava aos meninos de Welton. Keating iniciou, ento, uma grande relao de
amizade com um desses ilustres paraibanos, Pedro Amrico, tendo incio uma
histria maravilhosa de florescimento e discusso de ideias sobre poesia, poltica,
religio, mulher e o sistema acadmico que conheciam.
Hoje, o professor John Keating-Dalri leciona em uma instituio privada de
ensino superior (Unip) onde divulga sua percepo do ensino, da linguagem e do
aprendizado, lecionando Filosofia e tica. Tem a preocupao de mostrar a
importncia do professor na vida do aluno, influenciando e estimulando seus alunos
a se tornarem profissionais na rea de Direito.
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aprendiam em sala. Passaram a ver a vida com outros olhos e comearam a ser
eles mesmos e no o que seus familiares e a escola queriam que fossem. E isto
custou muito caro para o jovem Neil que comeou a colocar seu sonho em prtica,
mas foi repelido por seu pai, homem totalmente conservador que no aceitava sua
deciso em se tornar ator. Assim, Neil desesperado por no conseguir realizar seu
sonho tirou sua prpria vida.
O professor Keating foi mandado embora do internato por fazer a diferena, ou seja,
foi de encontro aos mtodos tradicionais.
Keating passou meses refletindo sobre sua postura frente sala de aula e se
perguntou vrias vezes: onde foi que errei? Ser que teria sido melhor se eu fosse
um professor tradicional, no levasse meus alunos a pensar, a refletir sobre o que
eles realmente queriam para suas vidas?
Mas a ele pensou: se eu no tivesse mostrado a realidade aos meus alunos Neil
no teria tido a chance mesmo que s por um instante, se realizado, fazendo o que
realmente gostava e foi isso que lhe deu foras para melhorar ainda mais o seu
trabalho.
O professor mudou de cidade e procurou emprego em vrias escolas e foi chamado
para trabalhar em uma escola onde lecionou com dedicao e muito amor. A direo
daquela escola viu que seu trabalho era diferente e os alunos assistiam a suas aulas
com mais prazer do que as outras aulas e o rendimento dos mesmos era bastante
positivo, chamou-o em particular e lhe perguntou qual o segredo de aulas to
produtivas? E ele respondeu: eu preparo meus alunos para que eles sejam cidados
crticos e criativos para que possam exercer seu papel na sociedade de forma justa
e digna. A diretora encantada com suas palavras convidou Keating para ser o
coordenador pedaggico da escola. E ele fez um belo trabalho com os professores.
O professor Keating termina seus dias de vida trabalhando naquela escola e sentiuse realizado por fazer o que sempre quis: formar cidados dinmicos e no alunos
mecanizados.
Keating
Emily Silva Farias/L
Depois de dar entrada no hotel, o professor John Keating subiu ao seu quarto,
deixou as malas perto da cama e deitou-se por um instante. Fechando os olhos, no
pde impedir que as imagens da dolorosa despedida que teve de enfrentar naquela
manh lhe viessem cabea. Os olhares de desprezo do corpo docente da
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um ambiente limpo, cheio de luz, com rvores verdes, rios de gua lmpida,
passarinhos de diversas espcies. Tudo harmonizado traduzia a paz de esprito que
o jovem sentia naquele momento.
Certo dia, s margens de um belo lago, ele encontrou grandes nomes
da literatura mundial, que junto com seus amigos da academia Welton, lia as suas
obras noite no interior de uma caverna, que era o ponto de encontro dos membros
da sociedade dos poetas mortos.
Para sua grande surpresa dois nomes da literatura: Camilo Castelo
Branco, prolfero escritor do romantismo portugus e Virgnia Woolf, proeminente
escritora britnica do modernismo se aproximaram do local onde estava o jovem
aluno.
Neil estava surpreendentemente feliz. Ali estavam a sua frente dois
escritores que marcaram sua vida na Terra, com as obras: Amor de Perdio e Mrs.
Dalloway. Aps uma longa conversa, Neil descobriu que os trs tinham algo em
comum. Eles ceifaram suas prprias existncias na Terra. Camilo Castelo Branco,
em um ato semelhante ao de Neil, cometeu suicdio, devido a uma doena
devastadora que acometera seu corpo fsico. J Virginia Woolf, depois de um
colapso nervoso, tambm se matou, vestiu um casaco largo, colocou vrias pedras
nos bolsos e entrou no rio.
Depois de refletirem sobre o que fizeram com suas vidas no planeta
Terra, aproveitaram o resto do dia em clima de paz e felicidade. Ficou, assim, a
grande lio da expresso latina Carpe Diem para todos os habitantes desse
enorme planeta azul aproveite seu dia, sua vida, no saia de cena por conta
prpria, pois ns, enquanto humanos, no temos a autonomia, nem o direito para
um ato to insano, por mais desesperados que estejamos.
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Mudana
Naiane Maria Ferreira de Sousa/ L
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tinha algo para realizar, minha vida foi traada por outros que pensavam saber o que
era melhor para mim. No os culpo, pois se no fossem suas interferncias em
minha vida talvez no tivesse conhecido Neil Perry e John Keating.
Meus pais me fizeram estudar na Academia Welton, mesmo lugar onde o
meu irmo estudou. De inicio fiquei um pouco apreensivo, pois sabia que a cobrana
seria enorme, assim como as comparaes. Porm foi justamente este lugar que
mudou minha vida. Conheci meu companheiro de quarto Neil Perry, um rapaz
fantstico, disposto a perseguir seus sonhos, e o senhor John Keating, um professor
que mudou minha forma de ver o mundo e suas possibilidades, e que me ensinou a
importncia de descobrir nossa verdadeira essncia.
Assim como os meus pais, a famlia de Neil tambm exercia sobre ele uma
influncia negativa muito forte. ramos vitimas da opresso de nossos pais e de um
colgio que no nos deixava pensar com todas aquelas regras e tradicionalismo.
Certo dia entrou em nossas vidas O Capito - era como o senhor
Keating gostava de ser chamado. Aquele professor no era como os outros. Ele
revolucionou a forma de ensino em Welton, no limitando nossas atividades a
decorar as regras de como era feita a poesia. Ele mudou nossa forma de pensar e
nos apresentou a sociedade dos poetas mortos - um grupo de jovens formado por
ele e seus colegas de sua poca estudantil naquela mesma instituio fria.
Os
membros da Sociedade reuniam-se em uma velha caverna nas proximidades da
academia para declamar poesia e expressar seus pensamentos, desejos e sonhos.
Naquele local eles podiam agir como os jovens sonhadores que eram, sem o peso
do tradicionalismo e das cobranas excessivas que tinham de carregar sobre os
ombros.
Neil, que sempre foi um destemido sonhador, encantou-se com a
possibilidade de ter algumas horas de liberdade. Com seu entusiasmo encantador
ele convidou a mim e outros garotos a criarmos o nosso pequeno mundo de
liberdade: samos para a mesma caverna abandonada pela Sociedade dos Poetas
Mortos e l declamvamos nossas poesias e nossos sonhos. De incio, eu apenas
assistia aos garotos expressarem seus sentimentos. Por alguns instantes
poderamos ser os jovens que de fato ramos, podamos pensar e agir como tal.
Aos poucos cada um de ns foi se descobrindo. Porm, sempre que
saamos da caverna deixvamos l o poeta que estava dentro de cada um,
deixvamos nossa liberdade e sonhos, mas Neil no. Ele no conteve sua paixo
pela atuao e disse para seu pai que no desperdiaria sua vida na realizao de
um projeto que no era o seu. Ele no aceitaria mais seguir a carreira mdica
planejada pela famlia, seria ator.
Tamanho foi o desgosto de Neil diante da recusa de seu pai que no
houve outra sada para aquele corao desesperado por liberdade e ansioso por
existir de forma plena, fazendo seu ser aflorar exatamente como era, sem a
interferncia da mediocridade de um mundo inerte aos seus desejos e talentos de
jovem sonhador. Numa noite fria fui acordado por meus amigos e recebi, incrdulo, a
triste notcia: Neil suicidara-se naquela noite.
Aps seu sepultamento seus pais pediram para que o colgio
investigasse o senhor Keating, pois achavam que ele era o responsvel pelo suicdio
de seu filho. O nosso Capito foi expulso da academia Welton, levando na sua mala
os sonhos de muitos garotos que pertenciam a esta nova sociedade dos poetas
mortos.
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Posso estar enganada ao pensar de tal forma, mas tenho comigo a ideia de
que muitos jovens se sentem na mesma situao que aqueles garotos se
encontravam. No me contentei em assistir ao filme apenas uma vez, no pelo fato
de ter que redigir esse texto, mas por me sentir envolvida pela histria contada, a
emoo que transmitida pelo professor Keating ao tentar de uma forma diferente
enaltecer os conhecimentos dos seus alunos, fugindo do que padro, da
normalidade, pois como ele mesmo mencionou a ideia da educao fazer
aprender por si s. A educao ainda e principalmente nos dias atuais encontrase em estado de pobreza, onde a preocupao nas escolas tida como o
pensamento do senhor Nolan ao ordenar ao professor Keating prepare-os para a
faculdade, que o resto aparece sozinho. exatamente assim que eu vejo a
educao hoje, tentando apenas preparar os alunos para a faculdade, sem a certeza
de que os alunos entenderam e guardaram consigo o que foi ensinado. Esses
alunos crescem na expectativa apenas de passarem de ano, preocupam-se apenas
com as notas e no com o conhecimento adquirido. Mas eu no culpo apenas as
escolas, nem somente o governo, pois h muitos casos de pais terem culpa de seus
filhos agirem assim, sendo eles exigentes demais, obrigando-os fazerem tudo
exatamente de acordo com a vontade deles. Evidentemente esses jovens se
sentiro aprisionados, vo querer sempre tirar as melhores notas, no apenas por
autoconhecimento, mas para satisfazer a vontade dos pais.
Bem, mas meu enfoque nesse texto falar sobre o Todd, pois me identifiquei
exorbitantemente com a sua histria. Quando o professor fala para a turma que
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Todd acha que tudo nele desprezvel e constrangedor, foi como se eu estivesse
sentada naquela cadeira e o professor estivesse dizendo aquilo sobre mim, Sempre
que eu tinha que fazer um texto, seja da aula de Dalri ou trabalhos de outras
disciplinas, j me sentia numa tarefa quase impossvel. Mil pensamentos
preenchiam a minha imaginao, mas na hora de transcrever tudo aquilo para o
papel eu no conseguia, preferia dizer que no ia fazer. S que hoje eu percebo que
tudo precisa ser treinado, at mesmo o hbito da leitura e da escrita. Nas primeiras
aulas de Portugus Jurdico eu me questionava de como o professor exigia tanto
das nossas mentes, tendo que escrever tantos textos, me aborrecia s vezes. E
apesar de to pouco tempo, hoje eu j consigo uma resposta para esse
questionamento, pois vejo que a leitura enriquece os conhecimentos, mas apenas
lendo no compreendemos da mesma forma de quando escrevemos, e fazendo isso
rotineiramente conseguimos desenvolver o conhecimento de uma forma melhor.
Escrevendo a nossa viso e a nossa opinio de tudo aquilo que lemos deixamos de
ser meros leitores e passamos a ser autores tambm. Hoje tenho sede de um bom
portugus, me preocupo se estou falando certo ou errado e at desenvolvo melhor
minha escrita. Provas com questes abertas no so mais um assombro para mim,
mas sei que isso apenas o comeo, tenho muito o que aprender ainda. Todd
conseguiu a libertao dos seus pensamentos aps conhecer o professor Keating e
eu estou tendo a mesma oportunidade pela honra de estar sendo aluna do professor
Dalri. Preciso agradecer-lhe, obrigada capito, meu capito.
O teatro da vida
Rayanna da Costa Nbrega 1 B Noite
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todos tm a sua devida importncia, pois no estamos aqui por acaso ou ironia do
destino.
Em um dia de aula, levou uma caixa fechada, relatou que dentro desse
compartimento iria conter os componentes da Sociedade dos Poetas Mortos, todos
ficaram loucos para saber o que tinha dentro. Ser que eram nomes de pessoas?
Um objeto? Talvez at um animal. Ao abrir se depararam com os seus rostos, sua
face refletida por um espelho. Sem entenderem, questionaram o que era essa
sociedade, e o porqu de encontrarem um espelho no muito sofisticado, to
simples. O Capito respondeu com um belo sorriso e disse-lhe:
- Olhem! Percebam! Vocs so capazes! O que vocs enxergam?
Um dos alunos espontaneamente disse:
- Vejo-me! Alis, um belo rapaz!
O docente fez sinal de positivo e afirmou:
- Perceberam que nem tudo que vemos o que realmente aparenta
ser? Precisamos aguar nossos olhos e a nossa mente.
Todos descobriram que a Sociedade dos Poetas Mortos somos ns
mesmos! Crianas, jovens, adultos, idosos, pessoas que esto sempre em busca do
saber. Isso mesmo, de aprimorar os seus conhecimentos, independentemente de
idade, pois o que realmente importa o ser humano que habita dentro de ns.
Com o trmino dessa aula, Neil saiu fortalecido, decidido a cumprir seu
plano, planejou atuar a sua prpria morte, j que o seu pai j no tinha aceitado o
seu desejo. Recebeu conselhos de seu grande amigo e inspirador: Charles Chaplin,
que afirmou:
- A vida uma pea de teatro que no permite ensaios. Por isso, cante,
chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a pea termine
sem aplausos. Que concluiu dizendo:
- No fique na plateia, assistindo de camarote a sua prpria histria,
lute por ela, e enquanto estiver em cena, brilhe! Porm, se tropear no palco, no se
preocupe, levante a cabea e continue, pois no dia seguinte a cortina ser reaberta.
Feliz, Neil enfrentou a situao. Com a atuao, o seu pai desesperouse ao ver seu nico filho morto no cho de sua residncia, com sua prpria arma.
Disse a si mesmo:
- Como no aceitei as decises do meu prprio filho? Perdi o maior
tesouro da minha vida.
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estava saindo pelas ruas gritando a famosa frase musical: Hey, Teachers! Leave
them kids alone!.
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enfatizadas, uma atmosfera sombria formada dentro do prprio esprito. Uma das
mortes fictcias mais trgicas.
Culpa de Keating? Culpa dos poetas? Culpa das estrelas? Eu culpo o amor.
Amor por algo alcanvel, mas que, em um momento de insanidade, Neil achou que
jamais alcanaria. Sua paixo seria descoberta mais cedo ou mais tarde, e o
aparecimento de averses a ela chegaria em pouco tempo.
A alma que transparecia nos olhos do encantado professor mostra que o
poder da escrita e da leitura nada mais do que, como qualquer outro poder,
dependente de quem o almeja.
Depois de me despedir das disciplinas que tanto amava, elas vm at mim
novamente, me deixando cada vez mais surpresa. Obrigada, professor Dalri, por no
ser diferente de todos os professores de Portugus maravilhosos com quem tive a
sorte de aprender sobre a vida.
Mais uma vez estava eu, ali, passando pelos corredores daquela escola para
me reencontrar com os meninos. Neil, Todd, Charlie (que se intitula como Nuanda) e
Knox.
Neil havia me escrito naquele vero, me contando que finalmente seguiria seu
sonho: teatro. No acreditei quando li, pois conhecia seus pais, meus pais os
conheciam, e sabia muito bem o que haviam preparado para o futuro de Neil, que
era um escritrio e a advocacia. Mas na carta, Neil estava certo e preparado para
enfrentar todo o tipo de desafio que se colocasse em seu caminho. Escrevi de volta
perguntando como havia chegado e esta concluso, de que faria teatro, e ele me
contou que havia se inspirado nas aulas de seu professor, Mr. Keating, um mero
educador de literatura.
Perguntei-me naquele momento em que li, como era possvel um professor de
literatura fazer tanto? Eu simplesmente no podia acreditar. Sendo assim, marquei
de me encontrar mais uma vez com meus amigos, para descobrir todas as
novidades que estavam acontecendo com eles nessa nova fase estudantil deles.
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Ento l estava eu, passeando no instituto, para esperar que as aulas dos
meninos terminassem pois menina ali rondando, no era permitido pelas normas
do colgio quando me deparei com uma cena que nunca havia presenciado antes.
O campo de futsal estava repleto de estudantes, enfileirados, onde cada um tinha
que ler a frase de um pensador em voz alta, para depois chutar a bola em direo ao
gol. Vi aquilo e no pude acreditar. Ao lado dos alunos, estava um Homem mais
velho, que imaginei ser o professor. De repente vi Neil, e entendi do que se tratava:
aquele era senhor Keating! E todos estavam ali para a aula de literatura, no de
educao fsica.
Me impressionei desde aquele momento, com aquele homem simples.
Tamanha a sua vontade de lecionar e inovar, que estava ali, com novas
metodologias para fazer com o que os alunos se interessassem por algo to banal
como a literatura. (pois os meninos no viam o sentido de estud-la)
No pude me conter, e fiquei at o final da aula, admirando o to conhecido senhor
Keating. Outras vezes que fui visitar Neil e os outros, me peguei espreitando as
aulas do senhor Keating, e prestar ateno em suas palavras, havia j virado um
hbito pra mim.
Eu, que sou apaixonada pela leitura e literatura, nunca havia tido um
professor como aquele, que inspirava, nos incentivava a fazer mais e buscar aquilo
que sempre sonhamos. A partir dos ensinamentos dele, pude perceber o quanto a
vida se resumia a uma frase: Carpe Diem. Aproveite o dia era a sua traduo do
latim. Mas eu sabia que seu profundo significado no era meramente aproveitar o
dia, mas cada momento, cada oportunidade dada - isso sim era aproveitar o dia.
De longe, sempre espreitando as aulas do senhor Keating quando ia visitar os
meninos, pude me inspirar com ele. Procurei, atravs de sua metodologia e seus
ensinamentos, ir atrs de meu sonho, assim como fez Neil e Know principalmente. A
frase Jai recherch mon rev significa Eu busquei meu sonho meu sonho de
ser independente, de estudar no exterior e de ser uma boa profissional. Acredito
que no sou a nica a ficar impressionada com as diversas faanhas do senhor
Keating. Sei que ele far ainda muitas pessoas buscarem os seus sonhos.
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pais. E foi isso que ele fez... S que Neil no aguentou a reprovao dos pais e no
teve sada a no ser se matar. Por isso que o professor teve, indiretamente, culpa.
Talvez, se ele no tivesse influenciado Neil a seguir seu caminho, nada disso teria
acontecido.
Ao chegar priso, Keating se deparou com uma realidade que jamais
pensou que existisse. Foi um choque muito grande ver as pessoas ali dentro
revoltadas, sendo maltratadas, vivendo nas piores condies, comendo das piores
comidas. Sabia que seria difcil adaptar-se a tal realidade, porm no tinha outra
sada. Ele dividia a cela com mais trs presos, entre eles Fernandinho Beira-Mar, do
qual ele se aproximou bastante. Com o tempo, durante algumas conversas com ele,
foi conhecendo todo o processo de fabricao das drogas que existia l dentro,
desde a entrada do material no presdio at a sada da droga j pronta para ser
vendida. Considerado o Rei da Cocana, Fernandinho, mesmo preso, conseguia
comandar o trfico de drogas no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro e
isso era impressionante. Keating ficou abalado tambm com a grande quantidade de
presos contaminados pelo vrus HIV e sua proliferao atravs das visitas ntimas a
que tinham direito.
No presdio existia uma revista composta de matrias escritas por presidirios
e, na finalidade de mudar a concepo de mundo dos presidirios, de mostrar para
eles o perigo que estavam correndo, o mal que estavam fazendo para si mesmos
Keating comeou a escrever poesias retratando tudo aquilo ali, as consequncias do
vrus da AIDS e outras doenas, as mortes ocasionadas por ingesto de drogas. O
Professor queria despertar nos presos um mnimo de sentimento. Suas poesias
chocaram mesmo todos ali dentro, principalmente as poesias direcionadas s
consequncias da AIDS e de outras doenas. Todos reconheceram o talento de
Keating e foram influenciados a tambm escrever o que tinham em mente, nascendo
assim a Sociedade dos Poetas Mortos.
Essa revista saiu do presdio e passou tambm a circular pela sociedade.
Keating teve seu trabalho reconhecido mais uma vez e passou a escrever, tambm,
poesias direcionadas s sociedades, com assuntos do seu interesse. O que causou
maior impacto na sociedade foi o processo de formao das drogas que Keating
descreveu em uma das suas poesias. Muitos presos escreviam falando da
esperana que tinham de sair dali e viver junto famlia, falavam em Deus
mostrando-se arrependidos, enfim, demonstrando um pouco de sentimento.
Passaram assim a ter um pouco de credibilidade perante a sociedade. Isso os
enchia de esperana ajudando na recuperao de cada um ali dentro por terem um
reconhecimento l fora.
Keating foi solto, porm continuou dando total ateno aos presos com suas
poesias, persistindo na sua vontade de mudar todos ali dentro, principalmente
Fernandinho, que ficara seu amigo. Vendo que eles estavam servindo para alguma
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coisa, sendo tratados como gente, ajudando a mudar o pas, que deixaram toda
aquela revolta de lado e passaram a fazer sua parte por um mundo melhor.
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para que o dia ganhe um sentido consistente! Voc pode contribuir com apenas um
verso!, o Sr. Keating, apontando seu indicador para mim, olhou firmemente em
direo aos meus olhos, em sua ltima aula. Onde est o seu verso?
E essa a ltima lembrana que tenho desse grande mestre. Ontem, ao
acordar, li no jornal que ele faleceu. Um grito mudo aliado a um intenso sentimento
de saudade aperta-me o peito. Uma lgrima desce...
O Sr. Keating deixa como legado para os seus alunos a lio da importncia
de uma vida bem vivida; e a certeza de sabermos que o capito no somente
colheu enquanto pde seus botes de rosa, como cumpriu a coragem de ser um
plantador de sementes.
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Aps a morte de Neil, o Sr. Perry, seu pai, passou a sentir uma enorme culpa
por ter impedido o filho em seus anseios de se tornar um ator consagrado, e
considerava-se o maior culpado do suicdio da promissora estrela do teatro.
Descontente da vida, amargurado por causa da distncia ao filho, ele resolveu pr
um fim a sua prpria tristeza, e, como o filho, disparou um nico tiro no ouvido, fatal,
e partiu para uma outra dimenso. Nossa histria comea a partir da chegada de
Neil ao cu.
Ainda atordoado depois do tiro que lhe tirou a vida, Neil chegou em festa ao
cu. Foi recepcionado como uma grande estrela do teatro mundial, todos os anjos o
aplaudiam pela atuao na pea que fora encenada na vspera de sua morte. So
Pedro bonacho veio receb-lo pessoalmente, e foi logo explicando ao jovem ator o
que se passava.
Meu jovem rapaz, todos ns aqui do cu assistimos a tua pea, e tua
atuao nos agradou bastante. Assim que soubemos de tua morte por sinal,
trgica e sem razo, pois o desespero no motivo para o suicdio -, ficamos
aguardando com ansiedade tua chegada. Gostaramos de que tu repetisses, para a
imensa plateia do cu, o desempenho que tiveste l na Terra.
Sem muito entender o que se passava, mas surpreso com a repercusso que
a pea tinha alcanado, Neil aceitou contracenar com a Companhia de Teatro Anjos
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Eplogo
Matheus Bandeira Onofre P1 Direito D - 2002
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que o diretor que o demitira havia feito uma severa campanha contra o seu nome,
dando-lhe ms referncias. Meses se passaram e suas economias encolhiam.
Passou ento a peregrinar na frente das escolas, oferecendo aulas particulares a
preo irrisrio, quase que pedindo esmolas, rebaixando-se a um nvel social
impossvel de se admitir a uma pessoa com aquela formao intelectual. Agora ele
via como era grande a dor de Neil, a dor de no poder fazer o que se ama. Pensava
que seria melhor que tivesse feito como o jovem ator, que por no poder abraar seu
sonho, abraou a morte.
John sentia saudades de Neil. Alm de excelente aluno, encantara-se
tambm com sua performance no palco. Nas proximidades do segundo aniversrio
de sua morte, John resolveu visitar os pais do jovem ator. Chegando l, assustou-se
com o que viu. Parecia que os pais tinham envelhecido dez anos, tamanha era a
tristeza ainda sentida pela morte precoce do filho. A pobre me chorava
copiosamente, queixando-se que o talento, e principalmente a vida do seu filho,
haviam sido abortados pela intransigncia do marido. J este taxava o filho de
ingrato, por ter se matado e jogado fora todos os dlares que investira na educao
de Neil. O pobre professor passou a lamentar ainda mais a morte do garoto, e ao
mesmo tempo, espelhava-se naquela situao de perda de liberdade que o jovem
passara.
Voltando ao cubculo em que tinha se alojado aps ser expulso de sua antiga
escola, o professor passou a sofrer de srias crises existenciais. No se conformava
de modo algum pela maneira como foi tratado pelo diretor daquele colgio. Alm da
demisso, o diretor praticamente no o deixou exercer sua profisso, j que fora
condenado em todos os colgios. Realmente, ele no merecia tal destino. E esse
turbilho de ideias passou a perturb-lo demasiadamente, a ponto de sua mente no
agir mais pela razo. O sentimento de vingana o perseguia, ordenando-lhe que
derramasse o sangue daquele que o deixara naquela situao. Em uma tarde de
outono, resolveu pr fim a essa situao.
John dirigiu-se ao seu antigo local de trabalho. Passando pelos corredores,
sentia uma grande nostalgia. Lembrava-se com carinho dos intervalos, onde recitava
para os adolescentes. Ao passar pela Sala dos Professores, chorou ao ver seu
antigo armrio com o nome daquele que o substitura. Definitivamente, aquele no
era mais o seu espao. Sentia-se como um imperador derrotado, lamentando os
territrios de outrora, que agora foram tomados. Encontra-se com Todd e Cameron,
dois ex-membros da Sociedade dos Poetas Mortos. Estes, sabendo do drama vivido
pelo ex-professor, oferecem algumas economias. Porm, j consciente do destino
que o aguarda, John recusa, e caminha at a Diretoria para selar seu destino.
Entra sem fazer alarde, e encontra o Diretor sentado sua poltrona. Este,
vendo o estado deplorvel em que seu desafeto se encontrava, viu que obteve
sucesso em sua investida. Mantendo sua postura ditatorial, ironizou:
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este o destino reservado aos que tentam ir contra mim, Keating: a derrota.
Retornou para trabalhar nos jardins?
Consumido pelo dio, John sacou a pistola que trazia e pronunciou suas
ltimas palavras:
O Sangue de Cristo tem poder. Satans, s um perdedor!
Com dois tiros, John o matou. Acabou com aquele que acabara com seus
sonhos. Olhando para o cadver, num pice de tragdia shakespeariana, o
professor levou o revlver cabea e disparou, abraando a morte que o consumia
lentamente a cada dia.
As palavras no adormecem
Ivna Fonseca Alba P1 Direito D
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Quando?
Breve.
No! Que custa dizeres?
Muito.
Aps muito tempo de dilogo, o senhor com quem Keating conversava
mostrou um artigo no jornal que o professor comprara na estao deixada para trs.
Apontou o escrito e fez uma observao:
L este texto.
Que ganharei lendo isto?
Cala-te! Apenas faze o que mando.
Est bem, lerei. Contudo, no agora.
Agora sim, pois irei ao banheiro.
Dizendo isso, saiu subitamente, deixando o seu lugar vazio e a mente do seu
companheiro aturdida. Keating comeou a ler o escrito. O ttulo indicava o fim: Ponto
final.
Alguma vez na tua vida deparaste com o ano certo da tua morte? Com o
final estampado e vivido de tua v existncia? E se sim, qual tua reao? De mim
apoderou-se um temor estranho, relaxante, mas concomitantemente medonho. A
fugacidade sempre nos acompanha. No importa se cedo, se tarde, o medo do final
da linha chegar, de modo indiscreto e nem um pouco poupador.
Entretanto, beber o clice do prazer vital avidamente no me parece nada
sensato, porm, inexperiente demais.
Ora, se degustar o vinho que nos d a alegria, o gozo de se viver... porque
ento entorn-lo breve, embriagando-se e perdendo o mais belo, que a girndola
de fogos da vida?
Ao terminar de ler, Keating compreendeu a passagem dos homens no mundo.
Visualizou todas as maravilhas e escutou o apito do trem chegando ltima
estao. Assim, desceu do trem e ouviu as primeiras notas de uma msica suave e
rica em ritmos, alm de insinuar a presena constante de uma locomotiva.
Perguntou a um rapaz perto dele quem era o compositor. O rapaz disse-lhe:
Heitor Villa-Lobos. Trenzinho caipira.
Nunca escutara nada to sublime. Pensando nessa ltima palavra, mergulhou
no sossego abstrato e soturno do sono eterno.
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Keating caminhou muito tempo em um plano alvo e vazio. Uma luz forte
cegava-o, mas suas pernas no estancavam, ao contrrio, corriam loucas e o
levavam a um destino incerto, onde suas emoes rompiam as barreiras da
obstinao positivista. Subitamente, a venda de luz que cobria seus olhos caiu e viu
a entrada da caverna, onde aconteciam as reunies da Sociedade dos Poetas
Mortos.
Entrou vagarosamente, receoso de encontrar algo desconhecido e certo. Ao
penetrar no recinto, viu todos os participantes da Sociedade, inclusive Neil e o
senhor com quem conversara no trem. Teve a dura certeza: morrera, cerrara seus
olhos para a humanidade.
Todos os que tomaram parte da Sociedade faleceram. Depois de mortos,
suas almas encontraram-se na mesma caverna de antes. A furna, onde ocorriam as
reunies dos poetas mortos, que no se achavam sepultados, nem desfalecidos ou
decompostos, mas vivos. Cheios da vida potica e da veia mais cheia de sangue.
Sangue este to forte e puro, que movimenta a mquina pesada de todos os
dias. Sangue encorpado, rubro, viscoso e quente. Sangue que lateja implorando
pela prxima rima ou verso branco.
17/03/2003
Sinopse:
Aps os acontecimentos da primeira fase do filme, onde ocorre o suicdio de
um dos melhores alunos da escola, Neil, e depois disso os seus amigos se
revoltaram contra o regime educacional da instituio e apoiaram o professor de
literatura, que tinha uma nova proposta de vida para aqueles jovens.
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Captulo I A Honra
Neste captulo questionaremos o primeiro pilar, a honra. Mas o que vem a ser
esta palavra que desempenha um forte poder sobre nossas vidas e nos faz tomar ou
no certas atitudes.
Tal termo pode designar forma, glria, dignidade, talento.
mais utilizada a da glria e fama, pois as pessoas esto cada
aparncias. Nos dias de hoje muito comum vermos algum
honra, ou seja, passou a ser uma forma de exibio. No
mostrar boas aes, carter ou virtude.
Porm a colocao
dia mais ligadas s
ganhar prmios de
mais utilizado para
Captulo II O mrito
O segundo pilar o mrito, essa palavra nos faz pensar em algo que de
direito de algum, por merecimento. Imediatamente relacionamos com a verdade, a
justia.
Mas ser que sempre esse mrito, nos dias de hoje, justo? No precisamos
pensar muito para respondermos esta pergunta, uma vez que, vivemos uma
fortssima fase de injustias sociais, onde polticos esto cada vez mais
preocupados em manter suas riquezas do que distribuir a renda nacional de forma
honesta. Esses, com raras excees, no merecem mrito algum e so os que mais
ganham. Por outro lado, vemos trabalhadores que se matam de trabalhar para
manter sua famlia com mseros e vergonhosos salrios. Esses no tm mrito
algum, a no ser no perodo eleitoral. Muitas vezes so discriminados e
marginalizados.
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Captulo IV A tradio
O quarto e ltimo pilar a tradio. Esse termo designa a cultura, costumes
passados de gerao para gerao.
Manter a cultura viva algo essencial para nossas vidas, pois nela est a
nossa histria, a construo da sociedade, que foi criada segundo os costumes e
necessidades da populao. A sociedade, por sua vez mantida por valores, dos
quais se originam as leis. Porm, que valores so esses? Ser que so respeitados?
Se pensarmos um pouco, como j comentei anteriormente, os valores foram
criados para manter uma sociedade de acordo com os interesses e necessidades e,
como todos j sabem, imperam sempre os interesses daqueles que dominam. Est
a a palavra chave, dominar, os valores nem sempre so verdadeiros, nem
cumpridos. Os criadores so os primeiros a desrespeit-los.
Captulo V Concluso
Ao observarmos, atentamente, veremos que a instituio de ensino do filme
muito semelhante sociedade, onde reina a falsa honra, tradio e mrito. Mostranos o quanto o meio onde vivemos hipcrita, cruel e injusto, no nos d a chance
de sermos ns mesmos e nos faz viver uma eterna guerra de valores.
1. Sinopse do filme
Sociedade dos poetas mortos II, assim como o I, um filme de suspense e
drama. A trama do filme gira em torno de trs alunos do curso de Direito da
Unip, que aps assistirem ao filme I e buscarem o livro mor da sociedade
dos poetas mortos, tentam, com a ajuda do professor Dalri, mudar os
mtodos de ensino e a viso do aluno na atual forma do ensino superior.
2. Objetivos
O objetivo geral do filme despertar no telespectador uma viso crtica sobre
o atual ensino superior brasileiro; destacando suas falhas, apontando
solues, e reconhecendo seus pontos positivos. Baseando-se na filosofia
transmitida com Sociedade dos Poetas Mortos I, Sociedade dos Poetas
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2. Parte II
Durante a semana seguinte ao dia em que assistiu ao filme, Rodrigo ficou
estranho. Passava a maior parte do tempo calado, pensativo, e desenhando.
Dessa vez ele desenhara uma espcie de mapa. O prprio Rodrigo
estranhava seu comportamento, como se buscasse uma resposta para aquilo
que o estava afligindo.
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3. Parte III
Ns estvamos certos. Dalri nos ajudou e muito. Depois de algumas
pesquisas, ele deduziu que o mapa desenhado por Rodrigo seria uma
espcie de guia para o livro mor da Sociedade dos Poetas Mortos; aquele
livro que os garotos do filme acharam e que desencadeou toda a trama.
Mas aquilo era fico, ser que o livro realmente existia?
Para ns, e agora tambm para o professor Dalri, no importava mais
nada, alm da resoluo completa dos acontecimentos. Embora tachados de
loucos, decidimos procurar pelo livro.
Era uma tarefa quase impossvel, mas nada que o nosso super-heri
internet no pudesse realizar. Mandamos um e-mail para os estdios que
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4. Parte IV
Estvamos agora com um problema, e nenhuma soluo. Tnhamos que
primeiro, identificar as razes dos nossos problemas. Tnhamos que descobrir
cada ponto desfavorvel no ensino superior. Vimos que no tnhamos fora
suficiente para mudar toda uma estrutura educacional de um pas, mas
podamos dar o exemplo. Podamos comear por uma coisa menor, a Unip.
Colocamos num papel, e enumeramos tudo aquilo que, na nossa
concepo, representava um problema na nossa instituio. O primeiro
problema seria o estilo provo (MEC), adotado por alguns professores. O
segundo problema seriam os mtodos antiquados de exposio das aulas, e
por fim, o terceiro problema seria a conscincia do prprio aluno, que
acostumado com um ensino demolidor, que no d chances pra o aluno se
manifestar, acomoda-se, e tenta adequar-se a ele, e no transform-lo.
5. Parte Final
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6. Lio
Nunca deixe seus sonhos morrerem pela metade, chegue sempre at o
final, mesmo que eles paream impossveis de se realizar.
TRABALHO DE PORTUGUS
Marcos Jos do Nascimento Jnior C Computao
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conceitos iro, de certa forma, ficar sufocados com estudantes que se formam com
essa nova viso do mundo; podemos, por exemplo, citar uma matria muito
interessante do curso Cincia da Computao que Introduo Computao, Esta
matria diz respeito origem dos computadores, sua evoluo at os dias de hoje,
tendo que falar de assuntos de um passado que no foi vivenciado por grande parte
dos alunos, at os dias mais atuais. Informtica um tema que est em constante
desenvolvimento e pessoas afins desta rea tendem a acompanhar este
desenvolvimento, seja via Internet, revistas especializadas ou jornais, ento aquele
professor que deixou h um certo tempo de se atualizar posto para dar aula
referente a esse assunto; ele vai sair da sala sabendo mais do que quando entrou.
Um caso bastante interessante seria a aula de Portugus, seria interessante que
no deva existir esta coisa de nos fazer decorar formas verbais, que tal palavra se
escreve com SS aquela com e essa com S, deve ser incentivada a leitura com
intuito de se desenvolver o raciocnio para melhor formulao de frases, incentivar a
leitura para que se observe as estruturas das palavras como elas so escritas
tornando o estudo da ortografia menos penoso, e ao precisarmos redigir um texto e
depararmos com uma palavra que duvidamos de como seria sua escrita no seria
necessrio procurarmos nos arquivos do nosso crebro a formao de tal palavra,
mas sim recordar de um texto lido que continha uma certa informao com a tal
palavra, e por consequncia iramos nos lembrar a forma de sua escrita.
Nos dias de hoje temos liberdade de expresso, podemos expor nossas ideias e
pensamentos sem que sejamos reprimidos por nossos mestres.
Souvenir
Chamam-me de Todd. Todd Anderson. Por qu? No sei. Desde criana
que me chamam por este nome. Meu pai quem escolheu, sem nenhum motivo
importante. Ele no quis homenagear nenhum cantor famoso, nem poltico, nem
pensador, ele simplesmente quis que fosse assim. E acho que por esse motivo ele
queria poder escolher todas as outras coisas por mim, sem nem ao menos saber se
eu queria tambm, se eu gostava daquilo. O importante era que eu fosse fonte
para realizao de todos os seus desejos e vontades. No, no! Ele nunca quis meu
mal. Pelo contrrio, ele sempre quis o melhor para mim. O problema que o melhor
para ele, nem sempre era para mim. Eu no tinha os olhos abertos para isso at
que, um dia tudo mudou. Venho aqui para falar desse dia. Venho aqui para lhes falar
de dois homens, e de sonhos. Sonhos? Sim. Os to menosprezados sonhos.
O primeiro homem Neil Perry. Eu era jovem ainda quando conheci o Neil.
Estudvamos na Academia Welton, ele era meu colega de quarto. O segundo
homem John Keating. O excntrico, assim dito por todos, professor de literatura.
Eu? Eu era aquele garoto tmido, que falava pouco, que tinha vergonha e que
tinha dificuldade em fazer amizades. Aquele jovem que carregava sobre si o peso te
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ter um irmo brilhante, tendo como obrigao ser to bom quanto ele. Eu tinha
medo. Medo de decepcionar meus pais. Eu no sabia o que era sonhar. No me
haviam dado permisso pra isso. At que, ao contrrio do que o clssico mito de
Plato nos incita que busca pela sada da caverna, o Sr. Keating me levou a
adentrar no mundo da caverna. No mundo potico da caverna, onde pensadores de
verdade precisam isolar-se para conseguir buscar e viver a poesia arrebatadora que
existe dentro de ns. Digo mundo da caverna porque era em uma pequena caverna
que nos reunamos. Ns, quem? Qu reunio? Voc deve estar se perguntando.
Vou lhe explicar.
O Sr. Keating no queria apenas que decorssemos poemas de autores j
falecidos e consagrados. Ele no queria que apenas reproduzssemos
conhecimento. Ele no queria apenas nos ensinar a mtrica e o ritmo da poesia, ele
queria que sentssemos a mtrica e o ritmo da vida que h na poesia. Com o seu
mtodo diferente, ele queria nos ensinar a pensar, nos ensinar a essncia da vida.
Ele via na poesia a melhor forma de se entender a vida, era na poesia em que tudo
fazia sentido. Era na poesia e atravs dela que nos encontrvamos com ns
mesmos e a partir da poderamos ter nossos prprios pensamentos, produzir novos
conhecimentos. Poderamos sonhar e alar voo em busca daquilo que chamo de
felicidade. Por isso, O capito, era assim que ele queria ser chamado, nos
apresentou a Sociedade dos poetas mortos. Grupo de jovens, formado por ele e
alguns amigos em sua poca de faculdade, que se reuniam em uma caverna para
recitar poemas, para declamar os desejos de jovens que queriam apenas ser eles
mesmos, sem presses, sem julgamentos, sem imposies, apenas serem livres
para sonhar.
Neil, que teve seus sonhos reprimidos durante toda a vida pelo pai, viu na
Sociedade dos poetas mortos uma fasca de liberdade e teve a ideia de reabrir a
sociedade. Eu fazia parte da mesma. amos para uma caverna prxima Academia,
e era l em que lamos poemas e aos poucos fomos descobrindo quem ramos e o
que queramos de verdade. Aprendemos o significado do Carpe Diem, queramos
nos embebecer com a essncia da vida e viver! O que para ns se tornou algo perto
de um fracasso por completo. Nosso amigo Neil tinha o sonho de ser ator e resolveu
lutar por seu sonho. Decidiu enfrentar seu pai para conseguir atuar em uma pea de
teatro. O que foi intil, seu pai continuava a no permitir que ele fosse ator.
Frustrado e sem encontrar uma sada para viver o seu sonho Neil se suicida.
Sempre me perguntei o porqu do Neil ter chegado a este extremo. A nica
explicao que encontrei foi um tempo depois na frase do grande Novalis que diz:
O mundo se transforma em sonho e o sonho em mundo. A imagem que tenho de
Neil de um tpico e autntico romntico do sculo XVIII, que levando suas
emoes e sentimentos ao extremo no conseguiu mais lidar com a verdade do
vazio mundo que nos cerca e preferiu no viver mais, j que o seu sonho no podia
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ser o seu mundo. Acredito que no seja nem preciso comentar o quanto a morte de
Neil afetou a mim e a meus colegas.
A sociedade foi desfeita. O Sr. Keating foi demitido da Academia acusado,
injustamente, de influenciar Neil a provocar seu suicdio. Sem o Neil, e sem o Sr.
Keating quase tudo voltou a ser como era antes na Academia. Os outros membros
da sociedade logo se esqueceram do que foi vivido e aprendido, mas dentro de mim
algo havia mudado, eu no podia deixar aquilo de lado, era irreversvel. Tudo que
tinha acontecido me transformou, me fez enxergar que eu precisava ser quem eu
era de verdade, e no ser uma cpia do meu irmo. Eu precisava ser o Todd
Anderson que havia dentro de mim.
Dentro da Academia era impossvel mudar alguma coisa. Ento, resolvi sair
de l, mesmo contra a vontade de meus pais, e cursei Literatura. Eu queria ser
professor. Queria levar para as pessoas aquilo que eu havia aprendido, queria
ensinar para elas o que o Sr. Keating me ensinou, queria contar para elas a
Aventura do jovem Neil em busca de um sonho, queria que elas conhecessem o
quanto antes a essncia da paixo pela vida. Lutar contra o tradicionalismo de
ensino norte-americano no era uma tarefa muito fcil, ento, decidi vir morar no
Brasil, onde o ensino era mais flexvel. Passei todo o resto da minha vida lecionando
a literatura da vida em uma escola bastante renomada em Porto Alegre, Rio Grande
do Sul. Hoje, com 85 anos de idade, apesar das retinas fatigadas, das memrias
embaraadas e de no lecionar mais, quero deixar pra vocs, que um dia podem
chegar a ler este meu relato, a lio de que nossos sonhos fazem parte daquilo que
de mais importante temos, pois so eles que alimentam a bomba do nosso corao
para ir em busca da felicidade. Acredite em voc! No permita que ningum tire de
voc o desejo de viver. Viver seguindo seu prprio caminho.
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toda sua alma e emoo, o Carpe Diem ainda estava aceso no seu corao, ele
havia transformado o seu corao em uma pequena caverna de reunies. Meu pai,
para mim, foi um gnio que leu no livro do mundo, e viveu sua poesia, deixando
como maior ensinamento a arte de viver intensamente.
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No dia seguinte aula inaugural, ainda ansioso, observei meus jovens alunos
entrarem na sala e se acomodarem em suas carteiras. Quando todos haviam se
acomodado, comecei a andar em direo porta, assobiando uma das minhas
canes favoritas e pedi-lhes que me acompanhassem para o salo principal. A
princpio eles estranharam um pouco, mas seguiram-me.
Quando todos eles chegaram ao salo, iniciei nossa primeira aula falandolhes uma famosa citao dirigida a Abraham Lincoln, que dizia oh! Capito, meu
Capito!. E afirmei-lhes que poderiam me chamar de Sr. Keating e os desafiei
dizendo que se fossem mais ousados me chamariam de oh! Capito, meu capito.
Nos minutos restantes da aula, fiz questo de conhec-los por seus nomes e
dei-lhes uma valiosa lio a respeito do tempo que temos em nossa preciosa vida.
Lembro-me como se fosse hoje da expresso esperanosa em seus olhos
quando lhes expliquei o termo carpe diem e pedi-lhes que aproveitassem cada dia
de suas vidas da maneira mais extraordinria possvel.
Carssimo leitor voc deve estar se perguntando o motivo desta descrio to
repleta de detalhes de uma pequena histria da minha vida. Mas eu posso
assegurar que tem fundamentos, s peo-lhe um pouco de pacincia e no se
arrepender. Eu prometo!
Outro dia, ao iniciar o estudo da poesia pedi que Neil, um dos meus alunos,
fizesse a leitura de uma descrio de um renomado Linguista, a respeito de como
devemos classificar os poemas. Quando Neil terminou sua leitura, falei com toda
franqueza de minha alma que tudo o que ele lera podia ser considerado a
excrementos. Eles ficaram muito espantados, o que s aumentou o espanto, pois o
que veio em seguida os chocou ainda mais. Eu pedi-lhes que rasgassem todas as
pginas de introduo daquele livro. E, apesar de toda relutncia, assim eles o
fizeram.
O que achei mais engraado dessa situao foi ver o Sr. Mcallister entrar na
sala de aula bastante surpreso por v-los rasgando seus livros. Mais tarde ele
confidenciou-me que achou minha atitude interessante e fascinante, porm
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estavam adorando a aula e isso me dava uma satisfao indescritvel, meu amigo
leitor.
Em uma ocasio posterior, durante uma das aulas de Literatura, eu subi em
minha mesa e falei-lhes que por vezes, na vida, bom encarar as coisas por outro
ngulo, por outra perspectiva. Ento propus que eles fizessem o mesmo. E assim
eles o fizeram.
Estimado leitor, fiz desse ato uma metodologia de ensino para explicar-lhes
que quando realizassem a leitura de um texto, eles considerassem suas prprias
impresses e no apenas as do autor. Em complemento, pedi-lhes que
compusessem um poema para a prxima aula, para ler em voz alta.
Durante todo o semestre letivo eu contemplei verdadeiros milagres em meus
alunos. No que eles fossem um caso perdido, mas por que eu os vi defenderem
suas paixes pela vida, seus hobbies, seus talentos. Os vi progredirem na escrita e
interpretaes de textos.
Sim prezado leitor, eu vislumbrei maravilhosos acontecimentos na Academia
Welton. Lembro-me de um aluno em especial, o Sr. Anderson. Garoto tmido e
totalmente introvertido. Numa manh de aula pedi-lhe que lesse seu poema para a
classe. Eu vi agonia em seus olhos por prever que passaria vergonha na frente de
todos os seus colegas. Sua resposta pegou-me de surpresa. Seu retraimento f-lo
responder que no havia escrito poema algum.
Eu sabia que o Sr. Anderson tinha um enorme potencial e queria ajud-lo a
vencer sua timidez. Ento pedi-lhe que ficasse em p na frente da sala e desse um
brado de libertao. Ele afligiu-se ainda mais.
Que o leitor no pense que minha inteno era perpetuar seu sofrimento. Pelo
contrrio, eu gostaria de mostrar para aquele rapaz que no havia nada de
desprezvel nele. Que o medo de fracassar o impedia de realizar at mesmo as
tarefas mais simples da vida.
Quando ele conseguiu gritar toda sua frustrao, foi como se as palavras
rompessem todo medo, angstia e vergonha. E sabe qual o resultado disso, meu
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caro leitor? Eu respondo: Poesia! Sim, ele declamou uma das mais belas e originais
poesias! Ele conseguira! Eu conseguira! Provei que minha teoria era verdadeira. As
palavras do Sr. Anderson deixaram-me estarrecido de felicidade! Pura e simples!
Pena que nem todos os momentos na Academia Welton foram repletos dessa
felicidade. Houve um trgico suicdio do Neil, um dos meus melhores alunos. Um
jovem sonhador, estudioso e comprometido com a vida. Mas seu pai, autoritrio
demais, no compreendia as nsias do filho. No apoiava seus dons e talentos.
Durante aquele semestre, Neil foi forado por seu pai a abandonar o clube de livros
de que tanto gostava. E tudo isso porque seu pai achava que era perda de tempo.
Houve uma vez em que o prprio Neil me procurou para falar-me das aflies
no relacionamento dele com seu pai. Neil tinha sido aprovado na pea de teatro da
Academia e tinha falsificado a assinatura do pai numa declarao que lhe permitia
realizar a pea. Neil segredou-me sua paixo pela encenao e eu pedi-lhe que
contasse a seu pai do mesmo modo que ele havia me falado do seu amor pelo
teatro. Ele me prometeu que faria.
Ele no o fez. Hoje eu sei que ele no teve coragem. Seu pai apareceu de
surpresa durante a pea e retirou o filho da Academia. Levando-o fora para casa.
Neil tirou sua prpria vida nesta mesma noite. Ele teve coragem... Neil levara
consigo todas suas paixes e ansiedades.
A Academia Welton responsabilizou-me pela morte de Neil, as acusaes se
referiam ao fato de eu incentivar a cada um dos meus queridos alunos a
mergulharem fundo na vida. Por eu ensin-los a acreditarem em si mesmos e a
desenvolverem suas potencialidades.
Meu companheiro, eu fui expulso da Academia, eles obrigaram a cada um
dos meus alunos a culparem-me pela morte do Neil. Mas a nica coisa da qual me
sinto verdadeiramente responsvel foi defender o poder das palavras e incentivar
meus alunos a gozarem da vida, toda sua essncia.
Eu realmente apreciei escrever esta linda parte da minha histria que
aconteceu na Academia Welton e agradeo a companhia. Finalizo reafirmando
que as palavras podem mudar o mundo! Que qualquer um pode escrever. E
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isso significa que nem todos podem se tornar grandes escritores, mas grandes
escritores podem sair de qualquer lugar. Adeus.
FILOSOFIA DIDTICO-PEDAGGICA
Suelly Maux/G
Sociedade dos Poetas Mortos Carpe Diem um filme que marca o incio dos
anos 1990. Dirigido pelo australiano Peter Weir, o filme ganhou o Oscar de melhor
roteiro original e o prmio Csar (Frana) como o melhor filme estrangeiro. O texto a
seguir livre, pois no houve preocupao em enquadr-lo num modelo acadmico,
seja artigo, ensaio ou resenha.
A expresso latina Carpe diem, registra a Histria, de autoria de Horcio (65
a.C a 8 a.C), poeta latino e se encontra em sua Ode 1.11. Carpe diem, colha o dia,
aproveite o momento, o cerne norteador do filme e a proposta de vida do professor
de literatura John Keating (Robin Williams), um poeta e antigo aluno da escola
preparatria Welton, no estado de Vermont (EUA). 1959 o ano da narrativa flmica
que se enquadra no gnero comdia dramtica.
De tantas angulaes e leituras que podem ser feitas, fao, neste texto, uma
digresso no universo metodolgico ensaiado pelo prof. Keating tecida pela expresso
Carpe diem. Lecionar uma arte, sim, uma arte que requer conhecimento, disciplina,
trabalho, pacincia, querena pelo artstico ofcio de ensinar.
O anacronismo histrico e os discursos intelectualides parecem ser uma
tendncia contempornea de adquirir e filtrar conhecimentos. Esquecemo-nos de ler os
acontecimentos luz da poca acontecida, juntamente com suas diversas e conjuntas
realidades sociais, econmicas, culturais, polticas etc. A didtica e a pedagogia do
filme, atravs do aproveite o momento, passam longe do hedonismo histrico que
ronda nosso cotidiano. Ora, uma coisa que aprendemos no decorrer da construo
histrica que alicerar a vida nas doutrinas hedonistas que determinam o prazer
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como o bem supremo, quase sempre deixam um sabor amargo. Importante lembrar
que, no filme, o elenco composto, em mdia, por 90% de jovens, o que nos faz
observar que em alguns momentos parecem legtimos os arroubos e as infraes a
normas previamente estabelecidas como tambm as interpretaes do que posto
como novidade, ou nova perspectiva de vida.
Podemos conceituar pedagogia como a forma de ministrar disciplinas, e a
maneira como se explicam as teorias e os conceitos didticos, conforme o professor
Wellington Pereira em uma aula ministrada no curso de ps-graduao em
Comunicao (mestrado), na UFPB, no dia 17 de maro de 2014. Nessa mesma aula,
ele explicou que o caminho o mtodo: ndice, mapa, rota cognitiva traada para se
chegar ao objeto a ser interpretado, analisado, transformado em tese, anttese e
sntese: as etapas da viagem do conhecimento em curso. Partindo dessa afirmao,
aplico esses conceitos aos procedimentos do professor Keating, e esclareo que o
ensino deve ser otimizado desde o primeiro dia de aula no maternal. Precisamos
observar a didtica e a pedagogia para construir estudantes pensantes e
independentes, e no meros papagaios.
Carpe diem foi a proposta pedaggico/didtica para proporcionar aos alunos da
escola Welton uma autonomia na aprendizagem do que est posto nos bancos
escolares. Os exerccios ao ar livre, a importncia de interpretar o que se est lendo,
construir o prprio pensamento, e, como diz o prof. Wellington Pereira, descobrir novos
caminhos metodolgicos num movimento dialtico (tese, anttese e sntese), foram os
norteadores das aulas do prof. Keating. As experincias propostas em sala de aula e
vividas pelos alunos protagonistas quebraram regras e proporcionaram um saber com
sabor como se refere o psicanalista e educador Rubem Alves.
Estudar e desvendar conhecimentos um processo doloroso. Quando
aprendemos e apreendemos, nossa viso de mundo tende a se modificar, o que no
fcil, pois requer serenidade, reflexo e conhecimento para a vivncia de novos
paradigmas. Gosto de utilizar uma metfora de um desenho animado Thundercats,
exibido nos anos 1980, que uma espada. Quando invocada, ela exibia O Olho de
Thundera, e proporcionava uma viso alm do alcance. Essa viso um exerccio
que, quase sempre, incomoda, pois faz sair da zona de conforto intelectual e
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dogmtica. Carpe diem pode ser O Olho de Thundera que, metodologicamente, pode
nos abrir os olhos para novos horizontes. Didtica e pedagogia so elementos
essenciais e norteadores de um professor que tambm deve ousar e sair de sua zona
de conforto.
No fcil inovar, pois preciso ter conhecimento e tirocnio para administrar o
inusitado em uma sala de aula, seja qual for a disciplina. Aproveitar o momento, colher
as oportunidades que nos apresentam uma situao presente, isto , Carpe diem,
passa longe de atitudes irresponsveis e alteradas; colher o que, no momento, pode
ser aproveitado como ingrediente para o alicerce do conhecimento e de uma salutar
vida futura.
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que um pretexto para mostrar como o mestre deve olhar para seu pupilo,
ultrapassando as fronteiras da instituio de ensino, abarcando detalhes e prazeres
relacionados vida e realidade do ser.
Sonhamos com aquele que vai abrir as portas do mundo para ns, que vai
nos mostrar como sermos felizes sem perdermos o foco nas necessidades e
obrigaes sociais, que nos far pessoas de bem. Entretanto, o modelo de ensino
atual baseado na concorrncia (des)leal e na corrida pelo primeiro lugar no pdio faz
com que abstraiamos a verdadeira razo do ensino que a formao intelectual e
moral do homem.
Paulo Freire, em sua ultrapassada teoria, j afirmava que era necessrio
quebrar a dicotomia entre a teoria e a prtica, pois as mesmas esto interligadas e
se complementariam. Piaget, tambm arcaico, complementava dizendo que para
haver aprendizado teria que haver mudana do comportamento, atravs da relao
entre as estruturas internas do indivduo e os contextos externos. Parece
embromatologia, mas em sntese, o aprendizado mais importante para o homem
aquele que alm de alimentar a mente, alimenta a alma, transforma o ser, o
aperfeioa e o melhora.
No filme aqui comentado, o professor Keating se permite doar, quebrando
paradigmas e tradicionalismos alienados para ensinar os seus alunos a pensarem e
a guiarem suas vidas partindo de reflexes e vontades prprias. A autonomia s
conquistada quando somos capazes de colocar na balana do pensamento o que
bom e o que ruim, no presente e projetado ao futuro, nos tornando assertivos em
nossas decises.
Infelizmente, hoje em dia, no roteiro da vida, somos colocados como
coadjuvantes, nos restando apenas esperar, crentes de existirem professores
capazes de tocar nossa alma, transformando suas coronrias em cordas vocais e
nos motivando como necessitamos. Carpe Diem! Fazer o qu, no mesmo?
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Aps a morte do seu filho, Neil Perry, o senhor Perry passou a analisar o que
teria levado o filho a ter tomado a atitude de se matar. E foi procurar o professor
John Keating, em busca de respostas, pois sua cabea estava a ponto de explodir
s em pensar que ele mesmo poderia ter sido o causador dessa tragdia.
O senhor Keating havia sido expulso da Academia Welton por ter sido
acusado de ter levado o aluno Neil Perry a se suicidar, por isso o senhor Perry foi a
sua procura e aps muita busca o encontrou em uma pequena casa nas
proximidades da Academia. Ao chegar l bateu na porta da residncia do senhor
Keating que logo a abre e o recebe. Ele entrou e foi convidado para um ch. A sua
ansiedade no permitiu que ele esperasse muito e foi logo direto ao assunto que o
tinha levado ali. E perguntou: o que voc fez com meu filho?
O senhor Keating j esperava essa pergunta e j tinha a resposta pronta e
sem demoras comeou a falar:
- seu filho sempre foi um jovem muito inteligente e de sonhos belssimos e
modstia parte ele sempre adorou minhas aulas, pois eram bem dinmicas. Isso
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fez com que ele se aproximasse de mim. Gerou uma amizade entre ns e em certa
ocasio Neil me procurou para contar que iria participar de uma pea, no entanto
relatou que o senhor tinha ordenado que ele desistisse dessa ideia. Lembro-me da
sua expresso ao me dizer:
- representar tudo para mim.
Dava para sentir o amor, a paixo com que essas palavras saiam de seus
lbios. Continuando, disse que o senhor estava planejando o futuro dele. Eu no
disse nada, mas me preocupei. Um jovem cheio de sonhos e fora para realiz-los
estava limitado a viver os sonhos de outra pessoa. E perguntei se ele j havia falado
com o senhor sobre essa paixo por representar e ele disse que no poderia falar
com o senhor tal assunto. E foi a que eu disse:
- ento voc est representando para o seu pai, est fazendo papel do filho
submisso! E disse que ele deveria falar dessa paixo por representar para o senhor.
Neste instante o senhor Perry estava aos prantos, pois nunca foi capaz de
sentar pelo menos uma vez para perguntar ao filho quais eram os seus sonhos, suas
vontades e desejos e que sempre tinha imposto suas vontades a ele.
E o remorso comeou a corroer o senhor Perry por dentro, pois sua suspeita
se confirmou: ele teria causado tal tragdia.
Seu filho foi espetacular em sua representao o senhor deveria ter orgulho
dele, um jovem maravilhoso que era. Nunca disse nada para lev-lo a tomar tal
atitude, o que eu quis fazer foi com que ele contasse seus desejos e anseios para o
senhor, no sou culpado.
Nesse momento o senhor Perry se levanta, enxuga o rosto, agradece e pede
desculpa ao professor Keating por ter tomado seu tempo e se vai. Inconformado por
ter sido um carrasco com o prprio filho, por t-lo feito por muito tempo viver o seus
sonhos. E ao chegar a casa, conta toda histria esposa, que consegue tranquilizlo. noite o senhor Perry se levanta e refaz os passos do filho, pega a arma e se
suicida.
Aps a morte de Neil Perry e de seu pai o senhor Keating escreve um livro
por tema Viva seus prprios sonhos destinado a jovens sonhadores incentivandoos a buscar realizaes em suas vidas independente da opinio de outros e
dedicando-o a seu querido aluno Neil Perry.
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