Lab Electronica Potencia 2001 PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 69

LABORATRIOS

DE
ELECTRNICA DE POTNCIA

+V

+V
+Vesp

Amostragem -Io

+V

R12

TR1

-V

IC4

R10

TR2

R11

D3

R13
-V

-V
R14

+Vesp

+Vesp

R16

C4

5,6

D4

1 3
2
IC6.1

10

D12
12
11
13
IC6.2

D11

R22

C9

-Vss

-Vss

D9

IC7

Sada

-Vss
11

L1

+Vesp
3

D5

D8

R18

R20

R24
R25

5
4
6
IC6.4

12

13

TR4

D10

-Vss

-Vss
-Vss

R19

C6

C10
8
10
9
IC6.3

D6

+Vesp

R23

C7

C5

R15

R21

TR3

R17

-Vss
C8

6
D7

IC5
7

+Vdd

-Vss

-Vss

CURSO DE ENGENHARIA ELECTROTCNICA


AUTOMAO E ELECTRNICA INDUSTRIAL
CEEI - 2001

Pelo Eng. Galhardo Baptista

-Vss

LABORATRIOS DE ELECTRNICA DE POTNCIA

A cadeira de Electrnica de Potncia pretende apresentar aos alunos algumas montagens


electrnicas simples de comando e controlo e despertar o interesse para a utilizao de circuitos com
semicondutores nos circuitos de potncia.
A frequncia desta cadeira pressupe a frequncia anterior nas cadeiras de Electrnica I e II.
Os trabalhos obrigatrios so :
- rectificao monofsica, bifsica e trifsica com carga RL
- rectificao monofsica controlada
- controlo de fase AC monofsico e SSR
- inversor monofsico com TJB
- inversor monofsico com MOS FET
- chopper com MOS-FET
- chopper com SCR
- amplificador PWM
- cicloconversor monofsico
- controlo de motor passo a passo
Os trabalhos facultativos podem ser executados segundo sugesto dos alunos ou do assistente
e orientados tambm por este ltimo ou podero ser escolhidos de entre os seguintes :

etc

- carregador de baterias
- fonte comutada de tenso
- controlo de motor DC
- controlo de motor sncrono
- controlo de motor assncrono
- forno de induo
- balastros electrnicos

VALORES NORMAIS
SERIE
FACTOR
TOLERANCIA

E6

10 =1,46

E12

12

10 =1,21

E24

24

10 =1,10

E48

48

10 =1,04

20%

12%

5%

2%

10

10

10

100
105
110
115
121
127
133
140
147
154
162
169
178
187
196
205
215
226
237
249
261
274
287
301
316
332
348
365
383
402
422
442
464
487
511
536
562
590
619
649
681
715
750
787
825
866
909
953

11
12

12
13

15

15

15
16

18

18
20

22

22

22
24

27

27
30

33

33

33

VALORES
36
39

39
43

47

47

47
51

56

56
62

68

68

68
75

82

82
91

RECTIFIO MONOFSICA, BIFSICA E TRIFSICA


COM CARGA RL
Material: um transformador trifsico, dois transformadores 220V:2x24V, trs transformadores
220V:2x12V (ou 2x15V), 1 resistncia de 100 5 W, outra de 1K 5 W, outra de 470 5W e trs
resistncias de 1.
1. RECTIFICAO MONOFSICA DE MEIA ONDA
Ligue os componentes segundo o esquema indicado.
a) Ligue o primrio do segundo transformador como bobine L e coloque a resistncia de 100.
Observe e anote a forma de onda da tenso de entrada (48V) e das tenses Ud e Vr=Id, de Vl e de Vd.
Explique as formas de onda encontradas.
b) Substitua a resistncia pela de 1K. Observe e anote a forma de onda da tenso de entrada (48V) e
das tenses Ud e Vr=Id. Explique as diferenas encontrada em relao alnea anterior.
Vd

24 Vac
220 Vac
24 Vac

Vl

L
Id

Ud
Vr

2. RECTIFICAO BIFSICA
Ligue os componentes segundo o esquema indicado. Utilize como bobine L o primrio do segundo
transformador e utilize uma resistncia de 100.
Observe e anote a forma de onda da tenso de entrada (24V) e das tenses Ud e Vr=Id, e
seguidamente de Vr=Ifase e de Vd. Compreenda e explique as formas de onda encontradas. Qual a
relao entre a tenso de alimentao U=24V e Ud?. Qual o valor eficaz da corrente em cada fase?
Qual a potncia do transformador?
Vr

Vd

1 ohm
24 Vac
220 Vac
24 Vac

L
Ud

Id
R

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

Vr

AGalhardo

3. RECTIFICAO BIFSICA COM TENSO USURPADA


Intercale agora duas bobines (enrolamentos de 12V,ou 15V, de transformadores) como Lk.
a) Observe e anote a forma de onda da tenso de entrada (24V) e das tenses Ud e Vr=Id, e
seguidamente de Vr=Ifase e Vd. Compreenda e explique as formas de onda encontradas.
b) Duplique a indutncia da bobine Lk intercalando dois enrolamentos do secundrio (enrolamentos
2x12V, ou 2x15V). Anote a forma de onda da tenso de entrada (24V) e das tenses Ud e Vr=Id, e
seguidamente de Vr=Ifase e Vd. Compreenda e explique a alterao das formas de onda encontradas
em relao s da alnea anterior.
c) Substitua a resistncia de 100 por uma de 1K. Anote a forma de onda da tenso de entrada (24V) e
das tenses Ud e Vr=Id, e seguidamente de Vr=Ifase e Vd. Compreenda e explique a alterao das
formas de onda encontradas em relao s das alneas anteriores. Como calcula a tenso usurpada?
Vr
Lk

Vd

1 ohm
24 Vac

220 Vac
24 Vac

L
Ud

Id
R

Vr

4. RECTIFICAO TRIFSICA
Monte os componentes como indicado na figura utilizando a reistncia de 470.
Observe e anote a tenso numa fase, as tenses Ud e Vr=Id, e seguidamente a tenso Vr=Ifase e Vd.
Que relao existe entre a tensa de entrada (110V) e a tenso Ud?
220 Vac

110 Vac

Vr
1 ohm

Vd
D1

D2

D3

Ud

Id
R

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

Vr

AGalhardo

5. RECTIFICAO TRIFSICA EM PONTE


Monte os componentes como indicado na figura utilizando a reistncia de 470.
a) Observe e anote a tenso numa fase, as tenses Ud e Vr=Id, e seguidamente a tenso Vr=Ifase e
Vr=Idodo1, Vr=Idodo4 e Vd. Anote os valores mdios da tenso e da corrente na carga. Que
relao existe entre a tenso de entrada (110V) e a tenso Ud? E que relao existe entre as correntes
nos dodos e da fase em relao corrente na carga? Quais os seus valores eficazes e mdios? Qual a
potncia do transformador?
b) Substitua a resistncia de 470 por outra de 1K 5W. Mea os novos valores de tenso e corrente na
carga. Desenhe a caracterstica de sada do rectificador.
Vd
220 Vac

D1

D2

D3

110 Vac
Vr
Vr

1 ohm
L

Ud

Id
1 ohm
R
Vr

1 ohm
D4

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

Vr

D5

D6

AGalhardo

RECTIFICAO CONTROLADA
1. INTRODUO
O controlo de fase um conversor que tem por finalidade regular a potncia fornecida a uma carga DC
por um gerador AC.
Utilizando os tirstores e aplicando impulsos s gates, estes passaro ao estado de conduo permitindo
ao conversor o controlo, atrasando o instante em que se inicia a conduo na carga, atravs do ngulo
de disparo . Se a carga for resistiva a forma de onda de sada do tipo seguinte. O ngulo de
conduo menor que 180.

Se a carga for indutiva, e a ponte totalmente controlada e o regime contnuo, a forma de onda da tenso
de sada do tipo seguinte. O ngulo de conduo de 180 e o valor mdio da tenso zero para um
ngulo de disparo de 90.

2. ESQUEMA DE BLOCOS
O controlador de fase DC poder ser representado pelo seguinte esquema de blocos.
Ponte
Rectificadora

Dectector de
zero

Gerador de
Rampa

Comparador

Gerador de
Impulsos

Potencial de
Referencia

Circuito de potencia

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Ponte rectificadora: Fornecer ao circuito de comando uma tenso sinusodal de 12 Volts, que ser
rectificada atravs de uma ponte de dodos, obtendo-se uma rectificao de onda completa.
Detector de zeros: Sempre que o sinal rectificado passar por zero, o transistor ( Q1 ) passar ao estado
de corte, gerando-se um impulso na base do transstor seguinte ( Q2 ).
Gerador de rampa: Sempre que Q2 estiver ao corte o condensador estar a carregar de forma linear,
atravs da fonte de corrente formada por Q3. Quando Q2 recebe na sua base o impulso, passar
conduo, obrigando o condensador a descarregar de forma rpida. Gera-se assim uma onda em forma
de dente de serra.
Comparador: A tenso obtida no gerador de rampa ir ser comparada com uma tenso de referncia
contnua que est ligada entrada inversora do Ampop. Quando a tenso do gerador de rampa
superior tenso de referncia, obtm-se na sada do Ampop o sinal "1" (+15V). Quando a tenso do
gerador de rampa inferior tenso de referncia, obtm-se na sada do "Ampop" o sinal "0" (-15V).
Gerador de impulsos: O sinal de sada do comparador modulado por um sinal de frequncia elevada
gerado por um oscilador. Este sinal de frequncia elevada multiplicado pelo sinal de sada do
comparador e de seguida invertido (tudo isto no 1 "NAND"). Teremos que inverter novamente este
sinal para ficarmos com o sinal desejado (esta inverso feita no 2 "NAND"). Esse sinal transmitido
por intermdio de transformadores de impulsos s gates dos tiristores.
Circuito de potncia: Constitudo por uma ponte monofsica controlada.
3. ESQUEMA ELCTRICO
Circuito de Comando
VCC +15V
D1
3V

R4
10 K

VCC +15V

Q3
BC 308 A
R2
5K6

TR 1

PR 1

220/12 V

R0
13 K

Q1
BC 140

R1
56 K

R3

B 10 K

R6
270 R

C1
2200n

Q2
BC140

R5
47 R

VCC +15V

R9
150 R

VCC +15 V

3
C3
470

2 x TR IMP 1:1:1

VCC +15 V

RV 1
10 K

U2D
12

6
4
VCC +15V
U2C
8

11

13

U2A
1
2

4093
10

D2
1N4148

R8
33K

Q4
BC140

4093
C2
100 n

2k2

R7

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Circuito de Potncia
D1
IN4148
TR1
SCR 1

D2
IN4148

V+ OUT
TR2

SCR 2
BT151
110 Vac

SCR 3

D3
IN4148

BT151

SCR 4

D4
IN4148

BT151
V- OUT

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
A partir dos esquemas elctricos pode identificar-se os componentes constituintes de cada bloco
.
Assim pode-se dizer que do transformador ao ponto A ser a ponte rectificadora; do ponto A ao ponto
B ser o detector de zeros; o ponto C ser o gerador de rampa; o ponto D a tenso de referncia; do
ponto D+C at ao ponto E ser o comparador; a partir do ponto E ser o gerador de impulsos.
a) Observe e desenhe a forma de onda das tenses nos pontos: A,B,C,D,E,F,G,H.
b) Repita as medies para nova posio do potencimetro.
c) Observe e anote a forma de onda da tenso de sada para cargas resistivas e indutivas.
5. APLICAES E CONCLUSES
a) Explique sucintamente o funcionamento do circuito estudado.
b) A partir da explicao dada, justifique as formas de onda obtidas.
c) Que aplicaes pensa que este circuito possa ter?
d) Que vantagens e desvantagens pensa que este circuito possu comparativamente a outros circuitos
com igual finalidade?
e) Tire outras concluses que achar pertinentes.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

CONTROLO DE FASE AC E SSR


1. INTRODUO
Este trabalho visa fazer um estudo sobre o circuito de controlo de fase em AC, fazendo o controlo de
uma carga atravs de comandos de disparo. Tambm visa o estudo de um rel do estado slido.
Em muitos casos desejvel controlar continuamente a quantidade de potncia dissipada na carga,
fazendo um controlo da tenso da rede AC. O circuito de controlo de fase determina quando o triac
disparado, ligando a tenso da rede carga.
Certas aplicaes requerem alimentao em AC com o valor eficaz da tenso regulvel, o que
corresponde a potncia absorvida regulvel, continuando frequncia da rede. o caso de um sistema
de iluminao com lmpada de incandescncia cujo nvel possa variar continuamente.
Existem dois mtodos de variar o valor eficaz da tenso alternada aplicada a uma carga a partir duma
fonte onde o valor eficaz fixo:
Com o controle de fase o conversor aplica a alimentao carga durante uma parte de cada
alternncia. A potncia entregue carga ser tanto maior quanto maior for o intervalo (ou ngulo de
conduo) , ou menor for o ngulo de disparo .
Os dispositivos mais usados neste gnero de conversores so, para potncias mais elevadas dois
tirstores ligados em anti-paralelo, e para potncias relativamente baixas um triac, permitindo assim a
conduo em qualquer dos sentidos desde que sejam disparados.

Com o controle on-off, em que o conversor deixa passar um certo nmero de alternncias e bloqueia
durante outro intervalo de tempo, repetindo sempre o mesmo processo. Funciona como um interruptor
ou contactor bastante rpido, podendo ser um rel do estado slido, SSR. Em geral feito de maneira a
s actuar quando a tenso est a passar por zero. Para aplicar a carga mxima tem-se de deixar passar
todos as alternncias sem intervalos de bloqueio; enquanto a potncia mnima conseguida com um
bloqueio permanente.

Vamos incidir este estudo sobre o comportamento da carga para dois circuitos de comando diferentes
(como veremos nas figuras representadas nos esquemas elctricos).

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

2. ESQUEMA DE BLOCOS
Esquema de blocos do controlo de fase

Filtro EMI

Circuito Snubber

Potncia

Disparo

Desfasador

Filtro EMI, baseado em C1; L1, tem por finalidade a reduo de emisses electromagnticas.
Circuito Snubber, baseado em C2; R1, tem como objectivo reduzir o contedo harmnico das
correntes na rede.
Potncia, baseado no triac que o elemento comutador.
Disparo, bloco responsvel pela aplicao de um impulso de disparo na gate do triac, com base no
diac.
Desfasador, bloco que gera uma forma de onda atrasada de modo ao diac atingir a sua zona de
resistncia negativa, e consequentemente disparar o triac, com um tempo de atraso controlado, baseado
em C3; C4; P1; P2; R3; R4

Esquema de blocos do SSR

Comando

Filtro EMI

Circuito Snubber

Potncia

Isolador

Rectificador

Disparo

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Alm dos blocos comuns observam-se:


Rectificador, que rectifica a corrente de modo a poder ser controlada pelo transistor TR2, que efectua
ou no uma reduo da tenso presente ao diac, conforme o controlo fornecido pelo isolador ptico.
Isolador, que isola o sinal de controlo, 0 ou +15V, do circuito de potncia.
Comando, o sinal de 0 ou +15V que contola o processo

3. ESQUEMA ELCTRICO
Esquema elctrico do controlo de fase
1
L1
170 uH

S1
CARGA

P2
1M

P1
2M2
C2
47nF

R4
22K

C1
100nF

C
220 V

R3
22K

R2
10K

D1
DIAC

S2

TRC1
TIC226M

C4
47nF

C3
47nF

R1
47

Esquema elctrico do SSR

S1
L1
170 uH
Carga
R2
100
K

15 Vdc

R4
39
0

C2
47
nF

D1
DIAC

R3
100
K

S3

S2

TR2
2N2219

C1
100
nF

220 V

Triac
TIC226
C3
47
nF

R1
47

Optocoupler

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

10

Circuito impresso.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

11

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Controlo de fase
O circuito mostra um dispositivo que regula a intensidade de luz numa lmpada de 100 W de potncia.
A potncia de sada e portanto a intensidade de luz so variadas controlando a fase de conduo do
triac
O ngulo de disparo do triac, define-se como o atraso do momento de incio de conduo em relao
ao instante de passagem da tenso da rede por zero. E conseguido atravs do circuito de comando,
neste caso composto pelos potencimetros P1 e P2, em que o potencimetro P1 vai efectuar o ajuste
fino do brilho, enquanto o potencimetro P2 faz o ajuste grosso, e os condensadores C4 e C3. A
tenso, de atraso controlado, apresentada ao diac atinge assim mais cedo ou mais tarde o valor da
tenso necessria para que o diac entre na sua zona de resistncia negativa, gerando um impulso de
corrente, descarregando C3, e disparando o triac.
Se o triac for disparado logo aps a passagem da tenso por zero ele comea a conduzir e s cessa
quando a corrente se anula naturalmente. A partir desse instante passa a conduzir na outra alternncia
at que a corrente volte outra vez a anular-se. Neste caso o intervalo de conduo do triac de 180 e
nestas condies aplica-se carga a mxima potncia, o que corresponde a ter a fonte
permanentemente ligada carga.
Se o disparo for efectuado com um angulo < 180 de atraso em relao passagem da tenso por
zero os intervalos de conduo valem = 180 - .
U0
R
Potncia activa na carga:
Corrente na carga: I 0 =

P=
U0

U 02
R
1T 2
1
= u 0 dt =
T0

U0 =
2

2Usenx dx , com x = t

2U 2
sen2
sen 2 xdx = U 2 1 +

U 0 = U 1

sen 2
+

Pelo que:
P=

U 2 sen 2
1 +

R
2

Variando assim de 0 a 180 tem-se uma variao uniforme da tenso e da corrente e, portanto da
potncia entregue carga.
Embora parea que a potncia em jogo seja toda activa, na realidade vista da rede, o conjunto
conversor/carga, para ngulos de disparo maiores que zero, recebe uma potncia aparente maior que a
potncia activa entregue carga.
Potncia activa entregue pela rede: P = RI 02
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

12

Potncia aparente entregue pela rede: S = U I 0


Vistos da rede tambm se define:
P
Factor de potncia: =
S
Potncia reactiva: Q = S 2 P 2

SSR
Actuando no interruptor S3 assim o darlington de sada do optocupler est saturao ou ao corte.
Se estiver saturao o TR2 estar ao corte fazendo com que a tenso apresentada ao diac tenha valor
suficiente para a sua actuao e consequente disparo do triac. Este processo repete-se em todas as
alternncias, quer positivas quer negativas.
A carga receber ento a potncia mxima.
Se o darlington estiver ao corte o TR2 estar saturao pelo que reduzir a um valor de cerca de 2 a
3V a tenso apresentada ao diac, pelo que o triac no disparar. Na carga no circular corrente.

a) Prepare a alimentao dos circuitos, com uma lmpada de 100W, como carga.
b) Ligue o circuito de controlo de fase.
c) Observe e anote as formas de onda que julgue mais importantes (por exemplo na entrada, no diac ,
no triac e na carga), para a posio mnima do potencimetro P2.
d) Varie o potencimetro P2 para uma posio intermdia, observe e anote as ondas obtidas.
e) Agora coloque o potencimetro para a posio de resistncia mxima e anote as formas de onda.
f) Que alteraes observou com a variao do potencimetro.
g) Explique a utilizao dos seus componentes, nomeadamente os potencimetros, os condensadores, o
diac e o triac.
h) Altere o circuito para o modo SSR, actuando no interruptor (S1/S2).
i) Anote as formas de onda fundamentais, com o interruptor S3 ligado e desligado.
j) Indique a influncia deste interruptor no funcionamento do circuito.

5. APLICAES E CONCLUSES
Faa as concluses finais sobre os ensaios, referindo tambm as aplicaes e utilidades, as vantagens e
desvantagens da utilizao de um ou outro sistema, em comparao com outros circuitos de utilizao
anloga.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

13

AMPLIFICADOR PWM COM OPAMPS


1. INTRODUO
Um amplificador modulador por largura de impulso ( PWM-Pulse Width Modulation) um aparelho
que permite variar a tenso de sada num determinado circuito. Este aparelho pode ser utilizado como
controlador de velocidade de um motor de corrente contnua, como regulador de iluminao, como
fonte de tenso ou corrente, etc.
O mosfet de potncia o componente que permite a modulao por largura de impulso. Este funciona
por comutao entre dois estados, aberto ou fechado como um interruptor. Com este componente
consegue-se reduzir substancialmente as perdas de potncia, pois o mosfet de potncia quando est em
canal aberto a sua resistncia praticamente nula e quando tem o canal fechado apresenta uma
resistncia muito elevada sendo a corrente praticamente nula. Assim as perdas de potncia esto
apenas na comutao entre estados, em que o produto da tenso a diminuir aos terminais do mosfet
pela corrente a aumentar no mesmo d origem a uma potncia de perdas como se mostra na figura
seguinte.

A principal vantagem do PWM em relao a um controlador resistivo de potncia a eficincia:


Estando o PWM a trabalhar a 50% este usa 50% da potncia total ou seja, o PWM consegue transmitir
praticamente a potncia total carga desprezando as perdas existentes na comutao do transistor. Se
utilizarmos um controlador resistivo a funcionar a 50% da potncia este ir consumir cerca de 71% da
potncia total ou seja 50% da potncia transmitida para a carga e os restantes 21% so dissipados na
resistncia de controlo. Os potencimetros utilizados permitem controlar uma grande variedade de
cargas, no entanto num controlador resistivo so necessrias resistncias de elevada potncia e de
grandes dimenses, apresentando assim o PWM uma proposta mais econmica e mais prtica em
termos de manuseamento.
As principais desvantagens do PWM a possibilidade de provocar interferncias com frequncias
radio (RFI). Estas interferncias podem ser minimizadas se colocar-mos o circuito PWM o mais
prximo possvel da carga, utilizarmos boa filtragem ou comutao suave.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

14

Vejam-se duas situaes nas quais possvel obter diferentes ondas de sada e as correspondentes
tenses mdias.

A relao de largura de impulso obtida da seguinte forma:

razocclica =

t
T

A tenso mdia na carga ser:


Uaverage = U.

t
T

Se o impulso for de maior durao obtm-se a seguinte forma de onda.

A relao de largura de impulso so obtidas da mesma forma. Ento podemos concluir que se pode
aumentar substancialmente a tenso mdia na carga com o aumento da relao de largura de impulso.
importante mencionar que a frequncia da onda se mantm ou seja o perodo T igual para as duas
ondas.
Veja-se agora como possvel obter as diferentes larguras de impulso.
Se uma onda de tenso tringular for comparada com uma onda de tenso contnua podemos obter a
forma de onda na carga U0 que conseguida atravs das comutaes do transistor. Observemos ento a
figura seguinte:

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

15

Se variarmos a onda de referncia por meio do potencimetro existente no circuito obtm-se a seguinte
onda de sada. Neste caso diminui-se a tenso da onda de referncia e verificamos que a largura de
impulso diminui.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

16

2. ESQUEMA DE BLOCOS

O Gerador de Onda Triangular um bloco composto por dois OpAmps e que tem por funo gerar
uma onda triangular, de frequncia fixa, que ser comparada com uma tenso de referncia.
A Onda de Referncia o gerador da tenso ou nvel de referncia. Neste circuito obtida por uma
simples diviso potenciomtrica, mas em circuitos com realimentao poder ser uma tenso de erro
entre o valor pretendido e o valor observado.
O Comparador compara essas duas tenses e gera uma onda rectangular de frequncia fixa e de
largura de impulso varivel, dependente do nvel de referncia.
3. ESQUEMA ELCTRICO
O esquema elctrico o apresentado:
10 nF
+12 V
2
3

100K
-

13

324
+
100K

12

324
+

1.2K
14

LED
Carga

1N4002

E
D

+12 V

47K
+12 V

+12 V

5 +
4
324
6

11

5T 1/4"
7

G
IRFZ34N

3.9K

100K
9

324
+

10
100K

S
+12 V

10K
L in

0.1uF

3.9K

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

17

O circuito impresso o apresentado:

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Utilize uma carga RL, com resistncia de100 e 5 W.
Aps ter efectuado todas as ligaes necessrias visualize as ondas de tenso nos pontos que
considerar mais importantes. Grave todas as ondas visualizadas numa disquete.
Varie o potencimetro e observe de novo as formas de onda.
5. APLICAES E CONCLUSES
Elabore um relatrio em que responda s seguintes questes:
a) Explique sucintamente o funcionamento de um circuito conversor DC / DC.
b) Como poderia variar o valor mdio da tenso na carga?
c) Como pode variar a frequncia?
d) Quais as vantagens e desvantagens que este circuito possui comparativamente a outros circuitos de
utilizao anloga?
e) Quais so as aplicaes de um Conversor DC / DC?

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

18

AMPLIFICADOR PWM COM TEMPORIZADORES


1. INTRODUO
Um amplificador modulador por largura de impulso ( PWM-Pulse Width Modulation) um aparelho
que permite variar a tenso de sada num determinado circuito. Este aparelho pode ser utilizado como
controlador de velocidade de um motor de corrente contnua, como regulador de iluminao, como
fonte de tenso ou corrente, etc.
Os circuitos deste tipo que funcionam a frequncia fixa precisam de um oscilador para sincronizar os
diversos blocos. Este oscilador vai fazer funcionar um gerador de impulsos de largura varivel. Daqui
resulta o nome Pulse Width Modulator, impulsos de largura varivel.
Este tipo de montagem tem a vantagem de controlar a potncia transferida para a carga com um
mnimo de perda de energia, pois o dispositivo que a controla funciona como um interruptor, aberto ou
fechado. Quando aberto corrente nula, quando fechado tenso nula, logo aos terminais deste
dispositivo vamos ter uma potncia nula teoricamente. Quando a funcionar com um motor teremos um
binrio superior ao de outros sistemas de controlo, pois em qualquer ponto de funcionamento teremos
o motor a funcionar com a tenso nominal, muito embora por curtos perodos.
Este tipo de circuito no tem s vantagens, uma das grandes desvantagens produzir muita RFI
(interferncia rdio), podendo esta ser reduzida utilizando filtros ou outras tcnicas.
2. ESQUEMA DE BLOCOS
O esquema de blocos pode ser o apresentado de seguida.
controlo PWM

zero speed
cut off

astvel

mono estvel

potncia

carga

O esquema apresentado trabalha a 12 VDC e pode controlar at alguns amperes. O circuito aqui
apresentado composto por quatro blocos.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

19

Um circuito Astvel ou oscilador constitudo por metade de um 556, que gera impulsos para a segunda
metade do 556 a funcionar como monoestvel. Este circuito integrado, 556 equivalente a ter dois 555
com a alimentao partilhada. Este circuito astvel o responsvel por gerar e manter um sinal de
frequncia fixa.
Largura do impulso ti
ti = K R2 C1
R2 resistncia limitador de descarga do condensador
K constante que depende das tenses no divisor de tenso interno do 556, no caso vale 0.693,
e dada por K = ln

VCC Vmin
12 13 VCC
= ln
= ln 2 = 0.693147
VCC Vmx
12 2 3 VCC

Tempo entre impulsos t


t = 0.693 (R1 + R2 ) C1

R1 resistncia que conjuntamente com R2 limitam a corrente de carga do condensador


O perodo ser a soma dos dois tempos.
Um bloco Mono estvel que gera um sinal de largura varivel, e controlado pelo operador.
O circuito mono estvel vai mudar de estado em cada uma das descidas dos impulsos gerados pelo
astvel.
Um bloco de Controlo formado por um LM311N.
O LM311N funciona como comparador que inibe o funcionamento do mono estvel quando a tenso
no seu pino 2 desce abaixo de um certo valor. Alm disso a largura do impulso do mono estvel
dependente do valor de tenso que vai estar no pino 11 do NE556. A tenso neste pino o que define a
largura do impulso enviado para a gate do MOSFET.
Um bloco de Potncia baseado num MOSFET.
O MOSFET precisa de um dissipador para trabalhar com cargas que possam absorver alguma corrente,
no caso do MOS apresentado podemos ter at 10A. Para poder comutar estas correntes temos que
calcular um dissipador. Vamos calcular esse dissipador comeando por calcular a potncia dissipada
pelo MOSFET:

Pt = Pconduo + Pcmutao + Pcondensador


Pt

Potncia total dissipada

Pconduo

Potncia dissipada devido conduo de corrente

Pcomutao

Potncia dissipada na comutao

Pcondensador Potncia dissipada devido ao condensador

Os MOSFET no seu esquema equivalente so representados por um interruptor uma resistncia e um


condensador em paralelo.
A potncia dissipada no condensador muito baixa comparada com a potncia de conduo, por este
facto vamos despreza-la no clculo da potncia dissipada.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

20

2
Pt = Rds I DS

t VI t '
+ 2 3 + Pcondensador
T 6 T

t
assume o seu valor mximo quando o MOS est o mximo tempo conduo, sendo t o
T
tempo de conduo e T perodo.
t'
A razo
a relao entre o tempo de comutao e o perodo, supondo os tempos de turn-on e
T
turn-off da mesma ordem de grandeza.
O factor

V o valor da tenso mxima existente, e I o valor da corrente mxima. O factor 2 devido a


existirem duas comutaes por perodo, uma subida e uma descida, e o factor 3 devido carga ser
indutiva.
Para calcular o dissipador vamos utilizar a seguinte equao:
T j Ta = Pt (R jc + Rcd + Rda )
T j Temperatura mxima da juno
Ta Temperatura ambiente (25 C)
R jc Resistncia trmica juno caixa
Rcd Resistncia trmica caixa dissipador
Rda Resistncia trmica dissipador ambiente

3. ESQUEMA ELCTRICO
+ 12 V

+ 12 V

+ 12 V

IRF 521

R3
15 K

+ 12 V

14

+ 12 V

13
12

R1
1M

C3
0.05 F

D2

10
11
7

+ 12 V
R2
10 K

1
2
6

C1
1 F

+ 12 V

4
1/2
NE 556

R5
1K

9
1/2
NE 556

Carga

D1

C4
0.1 F

10K

+ 12 V
R9
10 K

R6
18 K

E
C2
0.01 F

+ 12 V

R8
50 K

10K
R4
150

C5
0.01 F

R7
1K

7
1

LM311N

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

21

Em anexo segue o esquema de uma placa de circuito impresso que pode ser utilizada para realizar a
montagem descrita e a lista de material.

Desenho da placa de circuito impresso, vista do lado do cobre

Esquema de implementao dos componentes


Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

22

Lista de material
Referncia no circuito
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
R8
R9
D1
P1
P2
C1
C2
C3
C4
C5
IC1
IC2
IRF521

Descrio
1M
10K
15K
150
1K
18K
1K
1K
10K
1N4004
10K
10K
1F
0.01F
0.022F
0.1F
0.01F
NE556
LM311N
HEXFET Power MOSFET
International Rectifier

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO

Utilize uma carga RL, com resistncia de100 e 5 W.


Aps ter efectuado todas as ligaes necessrias visualize as ondas de tenso nos pontos que
considerar mais importantes. Grave todas as ondas visualizadas numa disquete.
Varie o potencimetro e observe de novo as formas de onda.
5. APLICAES E CONCLUSES

Elabore um relatrio em que responda s seguintes questes:


a) Explique sucintamente o funcionamento de um circuito conversor DC / DC.
b) Como poderia variar o valor mdio da tenso na carga?
c) Como pode variar a frequncia?
d) Quais as vantagens e desvantagens que este circuito possui comparativamente a outros circuitos de
utilizao anloga?
e) Quais so as aplicaes de um Conversor DC / DC?

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

23

CHOPPER COM CLULA DE COMUTAO


1. INTRODUO
Os conversores de corrente contnua, designados pelo termo ingls choppers ou por tracejadores,
fazem a converso de uma tenso contnua de valor fixo numa tenso unidireccional de valor mdio
varivel. So conversores DC-DC.

i0
u

u0

DC - DC

Fonte

Carga

Operam como interruptores aplicando e suspendendo ciclicamente a tenso da fonte na carga,


provocando uma tenso de sada que, em condies ideais, ter a forma indicada na figura.
U0
U

T+T

2T

Nestas condies o valor mdio da tenso de sada relaciona-se com a tenso na fonte ( suposta fixa)
por Uo=U. em que a razo cclica, e admitindo o funcionamento no lacunar.
Se a carga fr do tipo L-R-E a potncia entregue a esta ser P=R.I0RMS2 +E.I0AV onde o I0RMS o valor
eficaz de io e I0AV o seu valor mdio.
A corrente atravs de um chopper do primeiro quadrante s pode ter o sentido da fonte para a carga.
Como a carga normalmente indutiva (LRE), coloca-se um dodo em roda livre do lado da carga para
evitar sobretenses perigosas quando da abertura do tiristor. O esquema de princpio est representado
na figura abaixo.

i0

Fonte
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

u0

Carga
AGalhardo

24

O chopper acima representado denomina-se por Chopper de 1 Quadrante pois o valor instantneo na
sada de u0 e i0 so positivos ou nulos. Existem igualmente Choppers de 2 , 3 e 4 Quadrante. O
chopper de 2 quadrante por exemplo, ter na sada um valor u0 sempre positivo ou nulo e de i0 sempre
negativo ou nulo.
O agrupamento de dois esquemas de dois quadrantes em oposio, conduz a uma montagem de 4
quadrantes, ou seja, uma operao adicional no 3 quadrante ou no 4 quadrante, conforme as
combinaes dos valores de u0 e i0 , positivos ou negativos.
O circuito de comutao forada um circuito auxiliar que actua por forma a suspender, ou reduzir
abaixo do valor de manuteno, a corrente num tirstor durante um intervalo de tempo superior ao
tempo de recuperao inversa do tirstor.
H dois tipos de comutao forada:
a) Montagens de Comutao paralelo ou em corrente, com as sub-divises
Por capacidade;
Por capacidades e indutncias;
b) Montagens de comutao srie ou em tenso.
No primeiro tipo a comutao conseguida fazendo passar temporariamente a corrente de carga por
outro caminho que no no tiristor principal.
No segundo tipo a comutao resulta de impor momentaneamente uma tenso mais baixa do nodo do
que no ctodo do tirstor principal.
Em qualquer dos casos, para garantir o bloqueio do tirstor, o circuito auxiliar mantm este polarizado
inversamente durante um intervalo maior de que o seu tempo de restabelecimento de bloqueio. Nos
modelos normais de tirstores esses tempos de restabelecimentos situam-se geralmente entre 50 e
500s, dependendo do valor da corrente (para maiores intensidades, maiores tempos de
restabelecimento ) e da tenso de polarizao inversa (com tenses inversas menores o tempo aumenta
). No entanto existem modelos de tirstores rpidos conseguindo tempos de restabelecimento de
bloqueio at 3s, e so geralmente estes que se utilizam em comutao forada.
As grandezas e T so aquelas directamente comandadas do exterior para fazer variar a forma da
tenso de sada e da corrente. H basicamente 3 modos de actuar sobre e T :
a) Modulao de Largura de Impulso (em Ingls : Pulse with Modulation)
b) Modulao de frequncia de Impulso
c) Modulao de e T
Na prtica usam-se todas estas variantes e algumas combinaes entre elas.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

25

2. ESQUEMA DE BLOCOS
O chopper constitudo vrios blocos, tendo cada um funes especficas:
MONOESTVEL
CONTROLADO

MODULADOR

OSCILADOR
400 HZ

OSCILADOR
10 kHZ

220
V

DRIVES

TRANSFORMADOR
DE IMPULSOS

Vout

CIRCUITO DE POTNCIA

O Oscilador 400Hz constitudo pelo condensador C3, a resistncia R2 e uma porta Nand e est ligado
ao Clock. A sua funo a de gerar um sinal de frequncia constante que definir a frequncia de
operao do chopper.
O Monoestvel constitudo pelo circuito integrado 555, C8, C5, R3, R4 e o potencimetro. Este bloco
um circuito que permite variar a largura do impulso de um sinal de sada, de frequncia fixa definida
pelo.
O Oscilador de 10kHz constitudo pelos condensadores C1 e C2, a resistncia R1 e uma porta Nand.
Tem a funo de gerar um sinal de frequncia elevada de modo a, modulando o sinal de sada do
monoestvel, azer passar os sinais de comando atravs dos transformadores de impulsos.
O Modulador constitudo por 4 portas lgicas Nand e tem a funo de, ao multiplicar o sinal de
sada do monoestvel pelo sinal do oscilador de 10kHz, gerar impulsos de comando que actuem,
atravs dos transformadores de impulsos, os tiristores. Gera tambm um sinal complementar ao sinal
de sada do monoestvel, que controlar o tiristor da clula de comutao.
As Drives so constitudas pelas resistncias R6, R7, R8 e R9, dois transistores e dois dodos. Servem
para amplificar a corrente a fazer circular nos transformadores de impulsos.
O bloco Transformador de impulsos constitudo por dois transformadores. A sua funo a
separao galvnica, isto , separa o circuito de comando do circuito de potncia e a partir destes que
se fornecem impulsos s gates dos tirstores.
Por fim, o Circuito de potncia constitudo por dois tiristores, Q1 e Q2, o condensador C7, uma
bobine L de 11,2mH e os dodos D5 e D6. A funo deste bloco controlar atravs dos tirstores a a
corrente fornecida carga. O circuito constitudo por R5, R10 e C6, e o isolador ptico, tem por
utilidade assegurar que o primeiro tiristor a ser disparado o Q2 e iniciar correctamento o processo de
comutao.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

26

3. ESQUEMA ELCTRICO
Circuito de comando

Vcc

Vcc

300V

R11

1
A

R4

C4

R1

R2

1.2K

3.3 K

P1

10K

100K

8
2 TR

C1

2.2 F

C2

C3

4
R
555

5 CV

Q 3
DIS 7
THR 6

R5

22K

2.2F
R10

100 nF

1nF

C8
GND

22K
5W

R3

0.1 F

4093

100nF

4.7 K

4093

1 F

DC

+15V

+15V

C6

C5

220K

GND

GND

GND

E
5

1
2

13

4093

4093

12

11

10

Sada para Q1

4093

4093

F
1
2

12
13

4093

11

10

Sada para Q2

4093
4093

Circuito de potncia
Vcc

Vcc

+15V

+15V
R8

R9

1K

1K

1N4148
D2

D1

1N4148

R6

TR1

ENTRADA Q1

1N4148

1N4148

1K

D3

D4

H
ENTRADA Q2

R7

TR2

1K
BC 140

GND

Vin 300V DC

GND

Q1
BT 151

Vout. 80V A 220V DC

0,47F
C7

Q2
BT 151

L
11,2mH

D6

1N4007

K
D5
1N4007

Vin 0V DC

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

Vout. 0V DC

AGalhardo

27

Circuito impresso

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

28

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
a) Dado o circuito elctrico representado em anexo, observe e registe as formas de onda nos colectores
dos transstores TR1 e TR2 e na carga, para o valor mximo do potencimetro P1.
b) Repita o procedimento anterior para o valor mnimo do potencimetro P1.
c) Tire concluses das diferenas que obteve em relao s ondas para os diferentes valores do
potencimetro.
d) Compreenda como funciona a clula de comutao. Anote a forma de onda no nodo de Q2. Como o
disparo de Q2 provoca o bloqueio de Q1?
5. APLICAES E CONCLUSES
Elabore um relatrio em que responda s seguintes questes:
a) Explique sucintamente o funcionamento de um circuito chopper de 1 quadrante.
b) Como varia o valor mdio da tenso na carga?
c) Quais as funes dos dodos D1, D2, D3 e D4 e dos tiristores TR1 e TR2?
d) Quais as vantagens e desvantagens que este circuito possui comparativamente a outros circuitos de
utilizao anloga?
e) Qual a vantagem de disparar um tiristor com um trem de impulsos em detrimento de um nico
impulso de maior amplitude?
f) O que entende por comutao forada? Quando se utiliza?
g) Quais so os modos de controle que existem nos choppers?
h) Faa um esboo dos desenvolvimentos das tenses e das correntes quando o chopper est a
funcionar em regime contnuo e descontnuo. Diferencie os dois regimes.
i) Quais so as aplicaes de um chopper?

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

29

CONVERSOR DC/AC
1. INTRODUO
Para se transformar uma tenso DC em AC pode utilizar-se por exemplo um esquema do tipo do
apresentado a seguir. composto por um transformador com dois enrolamentos, por exemplo de
2x10Vac, e um outro enrolamento, que poder ser de tenso mais elevada, por exemplo de 220Vac. Os
dois enrolamentos de baixa tenso sero alimentados por uma forma de onda rectangular, em oposio
em cada um dos enrolamentos, que provocar uma variao de fluxo, comutada atravs de dois
transistores bipolares, como exemplificado no esquema, ou de dois MOS-FET, IGBT ou SCR.
Carga
220Vac
Transformador
elevador
Vce1
Vbe1

Vce2
+12 Vdc

Vbe2

Vbe1

Vce1

Vbe2

Vce2

Vcarga

As formas de onda tipo das tenses nas bases dos transistores, nos colectores e no enrolamento de
sada do transformador, ou carga, esto tambm apresentadas na figura.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

30

2. ESQUEMA DE BLOCOS
Poder-se-o considerar os seguintes blocos funcionais:
12 Vdc

Alimentao

Transformador
elevador
Oscilador

Drive

Carga
220Vac

Inversor

A Alimentao o bloco que distribui e isola a alimentao dos restantes blocos.


O Oscilador o bloco responsvel pela criao de dois sinais, simtricos, de frequncia varivel.
O Drive apenas um conjunto de transistores, montados em darlington, que amplifica em corrente o
sinal do Oscilador.
O Inversor constitudo por dois tansistores bipolares de potncia, que garantem a comutao da
corrente nos dois enrolamentos do primrio.
3. ESQUEMA ELCTRICO
O esquema elctrico completo apresentado de seguida.
D1
1N40004

R1
220

C5
47uF

C4
100nF

Z1
9V1

R1
T1
100
2N2222
R4
1K

AST VDD
AST

-T

RET

_
Q

RST
VSS
RCC

R10
22K

CX

C6
100nF

RX

P1
50K

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

+12V

C1
470nF

T2
BD244

T3
2N30055
R2
100

T4
2N2222
R7
1K

C2
100nF

R5
1K

IC1
4047

+T

C3
47uF

10 V
D2
1N4004

R6
68

220 V
10 V

T5
BD244
R8
1K

T6
2N30055
R9
68

D3
1N4004

AGalhardo

31

O circuito impresso o apresentado.

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Prepare a alimentao do circuito
a) Ligue o circuito e observe as formas de onda nos pontos A, B, C, D, E, F e G.
b) Com base nessas formas de onda explique o funcionamento do circuito.
c) Calcule a potncia de entrada e a de sada.
d) Como explica que nos colectores dos transistores de sada se observe uma tenso superior de
alimentao?
5. APLICAES E CONCLUSES
Elabore um relatrio em que responda s seguintes questes:
a) Explique sucintamente o funcionamento de um circuito conversor DC / AC.
b) Como poderia variar o valor eficaz da tenso na carga?
c) Qual o contedo harmnico da onda de sada?
d) Como o poderia reduzir?
e) Como pode variar a frequncia?
f) Quais as vantagens e desvantagens que este circuito possui comparativamente a outros circuitos de
utilizao anloga?
g) Quais so as aplicaes de um Conversor DC / AC?

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

32

CONVERSOR CC/CC (ABAIXADOR)


1. INTRODUO
Este trabalho visa fazer um estudo sobre fontes comutadas tendo como objectivo
transformar uma tenso contnua varivel entre 12 e 24 Vdc, numa tenso tambm
contnua mas de 5 Vdc.
As fontes comutadas como o prprio nome indica, funcionam essencialmente atravs da
comutao.
A comutao utilizada para reduzir as perdas de potncia, em oposio ao
funcionamento na zona activa.
Essa comutao deve ser efectuada a alta frequncia de modo a reduzir os componentes
de filtragem, e portanto os custos.
Para transformar esta tenso varivel numa constante, utiliza-se um circuito PWM
LM2576, regulador comutado de 5 Vdc. Estes so circuitos integrados monolticos que
possibilitam todas as funes para um regulador abaixador, capazes de suportar
correntes na ordem dos 3 A, precisam somente de um nmero mnimo de componentes
externos e incluem compensao interna de frequncia, bem como uma frequncia de
oscilao fixa.
2. ESQUEMA DE BLOCOS
Utiliza-se um circuito PWM LM2576, regulador comutado de 5Vdc.
O layout o apresentado e a montagem tpica est sugerida a seguir.

33

3. ESQUEMA ELCTRICO
4
V in entre 12 e 24 Vdc

LM2576

Vout 5 Vdc

2
0,1 mH

0,1 mF

5
1 mF

1 ohm
C

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Observe e desenhe a forma de onda das tenses em B, C e D, para duas situaes, para
12 e 24 V dc da tenso de entrada. Note que o ponto C apenas para ter uma
amostragem da corrente que passa no dodo em roda livre.
O condensador Cin (100 F) tem como funo manter a estabilidade, filtrando a corrente
de entrada. De modo a aumentar esta estabilidade, dever usar-se um condensador
cermico com baixos valores de ESR (Equivalent Series Resistance).
O condensador Cout (1000 F) filtra a tenso de sada, reduzindo o ripple em
aproximadamente 150 mV.
A bobina L1 (100 H) desempenha tambm um papel importante na eliminao da
tenso de ripple sada, diminuindo consideravelmente com o aumento da indutncia
desta. De salientar o facto de que esta bobina no dever funcionar perto dos seus
valores mximos de corrente, sob risco de saturar e fazer com que a indutncia baixe
rapidamente e ganhe caractersticas puramente resistivas.
O diodo D1 permite um retorno da corrente na bobina quando o switch est OFF. Ele
assegura um desempenho melhor do regulador.
De forma a manter a estabilidade na tenso de sada, as ligaes massa devero ser
de baixa impedncia.

5. APLICAES E CONCLUSES
Explique o funcionamento deste circuito.
Qual a frequncia de comutao? fixa?
Que alterao observou para valores diferentes da tenso de entrada?
Que tipo de utilizaes imagina para este tipo de circuito?
Descreva quais as vantagens e as desvantagens deste tipo de montagem em comparao
com os reguladores srie da srie, por exemplo o 7805.

34

FONTE DE ALIMENTAO COMUTADA


1. INTRODUO
Este trabalho visa fazer um estudo sobre fontes comutadas tendo como objectivo
transformar uma tenso alternada de 220 V, numa tenso contnua de 9 V.
As fontes comutadas como o prprio nome indica, funcionam essencialmente atravs da
comutao.
A comutao uma passagem muito rpida entre dois estados, o estado de conduo e o
estado de corte, feita atravs de vrios dispositivos electrnicos tais como tiristores,
dodos, transstores e triacs. Estes dispositivos iro operar como interruptores nos
circuitos electrnicos, visto que a electrnica de potncia lida com potncias elevadas e
requer rendimentos tambm, pretendendo-se o mnimo de perdas de energia nesses
mesmos sistemas ou circuitos conversores.
Utilizamos ento a comutao para minimizar as perdas de energia nos circuitos, mas
tambm a alta frequncia de modo a reduzirmos as dimenses de alguns componentes
dos circuitos como por exemplo transformadores, bobines, condensadores.
Mas na realidade os dispositivos que funcionam como interruptores no equivalem a
interruptores ideais uma vez que apresentam uma resistncia muito elevada no estado de
corte, proporcionando assim correntes de fuga, e resistncia baixa mas no nula no
estado de conduo.
De referir que a passagem dum estado para o outro no instantneo, h portanto
libertao de calor nesses dispositivos, apesar de o seu modo de funcionamento
minimizar esse efeito.
Relativamente aos tipos de comutao podemos dizer que existem dois tipos de
comutao nos circuitos que so classificados quanto maneira como acontece a
interrupo da corrente nos interruptores:
Comutao natural quando a passagem dos interruptores do estado de conduo para o
estado de corte acontece espontaneamente no prprio circuito.
Comutao forada quando a passagem dos dispositivos ao estado de corte tem de ser
imposta.

2. ESQUEMA DE BLOCOS

Transformador
50 kHz

Filtro50 kHz

9 Vdc

Filtro 50 Hz

220 Vac
Comutador
50 kHz

37

3. ESQUEMA ELCTRICO

220 V

D
C

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Observe e desenhe a forma de onda das tenses na sada do rectificador inicial de 220
Vac, no interruptor electrnico, e aos terminais da carga.
V

300
Ponto
B
10 ms

t
V
600

Ponto
C
0,002 ms
0,006 ms

5. APLICAES E CONCLUSES
Explique o funcionamento deste circuito. Explique porque observa cerca de 600 V de
pico aos terminais do transistor.
Que tipo de utilizaes imagina para este tipo de circuito?
Descreva quais as vantagens e as desvantagens deste tipo de montagem, em comparao
com circuitos rectificadores a 50 ou 100 Hz.

38

ESTUDO DE UM CICLOCONVERSOR BIFSICO


1. INTRODUO
Um cicloconversor um circuito que converte directamente uma tenso alternada noutra tenso
alternada com amplitude, nmero de fases e frequncia diferentes. Pode ser monofsico ou polifsico.
Estando limitados a uma tenso e frequncia fixas por parte da rede de distribuio, surgiu a
necessidade de criar circuitos conversores. Para pequenas potncias utilizavam-se conversores AC /
DC (rectificadores) seguidos de conversores DC / AC (inversores) para alterar a frequncia de entrada.
Quando se pretendia alterar a amplitude de entrada recorria-se a transformadores. Para grandes
potncias a converso era mecnica ou rotativa, transformando primeiramente a energia elctrica em
mecnica com auxlio de um motor, e depois para AC com auxlio de um alternador. Todos estes
mtodos eram de implementao dispendiosa e com fracos rendimentos (elevadas potncias de Joule ,
atritos, rudos, factor de desacoplamento significativo , etc). A electrnica de potncia veio resolver
este problema com o circuito cicloconversor .
Na dcada de 30, os cicloconversores eram utilizados para reduzir frequncia de 50Hz de uma fonte
trifsica, para uma frequncia de16 (2/3) Hz de uma fonte monofsica,destinada para fins de traco
electrica. Nestecaso os cicloconversores utilizavam rectificadores a arco de mercrio, pois a tecnolgia
dos semicondutores ainda no tinha sido desenvolvida.
O circuito bsico apresentado de seguida. A alimentao bifsica, L1 e L2.
T1

T2
L1
Carga

Tenso
alternada
(rede)

L2
T3

T4

Como podemos observar temos duas fases. Cada uma delas possui dois tiristores, estes dois tiristores
como esto em anti-paralelo cada um vai conduzir nas suas alternncias, isto , por fase temos um
tiristor a conduzir na alternncia negativa e outro a conduzir na alternncia positiva. Assim podemos
ter o seguinte quadro para melhor entendimento.
Fase
L1
L2

Tiristor
T1
T2
T3
T4

Alternncia
Negativa
Positiva
Negativa
Positiva

O controlo de potncia efectuado pelo disparo dos tiristores em alturas especificas, com um ngulo
de atraso, alturas esta que so indicadas no circuito de comando, e por consequncia o valor eficaz da
tenso que se pretende.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

39

O controlo de frequncia tambm realizado pela entrada ou no conduo dos tiristores pois se
quisermos metade da frequncias, por exemplo, basta colocar duas vezes a alternncia positiva e
depois duas vezes a alternncia negativa.
A figura seguinte ilustra como se pode variar a frequncia da onda de sada. Primeiramente
apresentam-se as duas fases disponveis. Seguidamente apresenta-se uma soluo para a onda de sada
com metade da frequncia. Os tiristores a disparar so os T2 e T3. Seguidamente apresenta-se outra
soluo para a onda de sada, com metade da frequncia, mas agora com maior valor eficaz. Por fim
apresenta-se uma soluo para a onda de sada com 1/3 da frequncia.

O controlo do valor eficaz da onda de sada pode ser efectuado por controlo de fase. Na figura seguinte
esto exemplificadas duas situaes, para e para 1/3 da frequncia.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

40

A figura seguinte exemplifica outra soluo de controlo com menor contedo harmnico, estando a
carregado representada a frequncia fundamental.

Como se observa, se s existirem duas fases para com elas se construir a onda de sada, esta tem
contedo harmnico desfaforvel. Se se utilizarem sistemas de alimentao trifsicos ou hexafsicos
esse contedo harmnico melhorado.
Outra soluo a apresentada a seguir, construindo uma fase partindo de trs fases.

C
A
R
G
A

Circuito de disparo

Controlo de sinal de baixa


frequncia

Tambm se podem construir trs fases de sada. O esquema seguinte uma soluo para formar trs
fases de sada, partindo de trs fases de entrada.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

41

R
S
T

2. ESQUEMA DE BLOCOS

Selector de
tenso

IN
Vac

Rectificador

Detector de
zero

Gerador de
rampa

Comparador
M
o
d
u
l
a
d
o
r

Oscilador

Divisor de
frequncia
Transformao
de
impulsos

Out

Potncia
Selector de
frequncia

O Rectificador, o Detector de Zero, o Gerador de Rampa e o Comparador, so os blocos clssicos


do controlo de fase.
O Divisor de Frequncia baseado num circuito integrado 4017, cujos sinais com frequncias
submltiplas da rede, so seleccionadas pelo Selector de Frequncias.
Os sinais so modulados pelo Modulador, amplificados e aplicados nas gates dos tiristores atravs de
Transformadores de Impulsos.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

42

4017

IC4

9V

Q6

Rectificador

Q7

220 AC

C0

12

Q9

11

Q8

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

C3
10 nF

16

T1

IC3

N2

Ponte

5
B
4093

Selector de frequncias

Com 1.2

VCC

Detector de zero

R1
10k

R2
2,2k
6
5

13

11

D3

D2

D1

3x
POT
10 k

Selector de tenso

VCC
Com
1.1

Gerador de rampa

VCC

VCC

IC1 741
-15 V 4 1 5

Comparador

C2
10 nF

4081

N3
N3

4081
B

N2

4081
A

N1

IC5
14 C

1M
3 x R8

Q5

R3
3,3k

15
RST

Tr1
BC107

Q3

R4
5,6k

R5
4,7k

Q4

10

C1
1 F

13

Tr2
BC107

Q2

Tr3
2N2905
4093

N1

IC3
D

4093

N3

IC3

CLK

Oscilador

12

13

11

4
3

10 10

IC 6

IC 5

IC 4

IC 3

IC 2

IC 1

Alimentao aos
integrados

4073

N2

IC2
B

4073

11
13 N1
N1
12

IC2
D

Modulador

VCC

16

14

16

14

14

Vcc
15 V

Transformador
de impulsos

R12
10k

R7
330

14

R6
3,9k

D5

ENA

Dz
3V
R11
2,2k

CLK

R14
10k

T2

T3

TR5
BD139

Q1

D4

R13
100

Q0

TR4
BD139

R15
100

VCC

3. ESQUEMA ELCTRICO

O esquema elctrico do comando do cicloconversor utilizado o seguinte:

R10
47k

C4
100 nF

22F

R9
10k

AGalhardo

43

O esquema de potncia o seguinte:


T1

T2

L1
Carga

Tenso
alternada
(rede)

L2

T3

T4

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

44

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

45

4. FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Observe e desenhe a forma de onda das tenses na sada do gerador de rampa, na sada do divisor de
frequncia, no colector dos transstores drivers dos transformadores de impulsos e na carga.
Varie a posio do comutador, para as outras duas, e repita o ponto 1.
Varie a posio dos potencimetros e repita o ponto 1.

5. APLICAES E CONCLUSES
Explique o funcionamento deste circuito cicloconversor.
Que tipo de utilizaes imagina para este tipo de circuito?
Descreva quais as vantagens e as desvantagens deste tipo de montagem.
Em introduo terica foi referida que existe uma verso trifsica do cicloconversor. Depois de
efectuado este trabalho prtico elabore um esboo de como seriam as formas de onda na carga do ciclo
conversor trifsico.
Comente a afirmao. possvel obter frequncias no sinal de sada superiores s do sinal de
entrada.
Se a carga a alimentar fosse indutiva deveramos efectuar alguma alterao no circuito dado?
Justifique e desenhe essa alterao no circuito de potncia.
Retire outras concluses que julgue importantes neste trabalho.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

46

CHOPPER DE QUATRO QUADRANTES


INTRODUO
Um chopper, termo ingls correntemente utilizado, representa um regulador de corrente contnua, ou seja, um
conversor DC-DC, tambm conhecido por tracejador.
Estes dispositivos permitem fazer a converso duma tenso contnua de valor fixo, numa tenso unidireccional
de valor mdio varivel. O seu princpio de funcionamento assemelha-se a um interruptor que aplica e suspende
ciclicamente a tenso da fonte aos terminais da carga. Desta forma, a carga apresentar uma tenso aos seus
terminais com uma forma de onda rectangular, semelhante onda seguidamente representada:
u0

T+ T

2T

Segundo o esquema apresentado abaixo, o conversor implantado entre a fonte e a carga. Este mesmo
dispositivo permite efectuar a regulao da tenso contnua de sada, atravs da regulao do valor da razo
cclica .
i

i0

DC - DC

Fonte

U0

Conversor

Carga

Assim, a expresso matemtica que relaciona a tenso da fonte U (supostamente fixa, ou com um pequeno
ripple, j que no nosso trabalho a tenso da fonte proveniente de uma rectificao), com a tenso de sada U0,
ser a seguinte:

U 0 = U .
Se a carga for do tipo L-R-E, a potncia na mesma ser:

P = RI 02ef + EI 0
onde I0ef o valor eficaz da corrente fornecida pelo conversor carga (i0) e I0 o valor mdio da mesma corrente.
Em aplicaes prticas lidamos maioritariamente com cargas do tipo indutivo (L-R-E). Desta forma, e
sobretudo para evitar sobretenses aquando da abertura do interruptor, utiliza-se um dodo em roda livre que
funciona em paralelo do lado da carga. Assim, o esquema interno de princpio do conversor DC-DC acoplado ao
circuito de utilizao, ser o seguinte:

i0
L

U0

R
E

O tirstor utilizado no chopper apresenta dois terminais de controlo (gates) que se encontram representados
no smbolo. Um dos terminais utilizado para passar o tirstor conduo, e o outro terminal utilizado como
circuito auxiliar tipo clula de comutao, que por um processo de comutao forada coloca o tirstor no estado
de bloqueio.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

O tirstor acima descrito poder ser substitudo por um transstor de juno bipolar. Neste caso o comando
realizado atravs de uma corrente de base que coloca o transstor na saturao. A ausncia dessa mesma corrente
coloca-o na zona do corte. O FET representa outro dos elementos viveis.

Alm dos tirstores, transstores de juno bipolar ou FETs existem ainda mais duas hipteses actualmente mais
implementadas. Falamos de MOSFETs do tipo enhancement tipo N ou P, e de IGBTs (Insulated-Gate
Bipolar Transistor) que renem as melhores qualidades dos MOSFETs e transstores de juno bipolar.
O circuito apresentado neste trabalho encontra-se implementado com MOSFETs, mas permite tambm no lugar
dos mesmos com dodo em roda livre, a utilizao de IGBTs com dodos em roda livre, para prever situaes
de sobretenses, provocadas pelas cargas indutivas.
C
C

G
G

O IGBT representado acima esquerda, apresenta um esquema interno equivalente ao conjunto


MOSFET/Transstor PNP representado direita. Este elemento apresenta uma vantagem sobre qualquer um dos
outros dois utilizados separadamente: a tenso de saturao do transstor mais baixa do que a do IGBT, mesmo
com correntes fortes; e a queda de tenso aos terminais do MOSFET sobe rapidamente quando aumenta a
corrente e a temperatura.
ESQUEMA ELCTRICO
O esquema elctrico do circuito de controlo est representado de seguida:
C1
1 nF
R1
0,2 k

6
5

R10
10 k

IC1B

Va

TL084

R2
56 k

Ra1
4,7 k

Ra2
22 k
R3
22 k

+ 15 V
+ 15 V
3

R5
5,6 k

9
10

R4
5,6 k
Ra3
4,7 k

R9
10 k

2 -

IC1A

IC1C

Vb

+ 15 V
4

TL084

Vd

IC2A

TL084

HIN1
R12
10 k

11
- 15 V

4
+

R11
10 k

TL084

11

- 15 V

R6
2,2 k

Vc

IC2C

TL084

LIN1

10

- 15 V

D1
5,6 V

+ 15 V
R7
5,6 k

D2
5,6 V

IC2B

TL084

Ve

HIN2
R14
10 k
R13
10 k

13

12

P1
10 k

IC2D

14

LIN2

TL084

R8
5,6 k
- 15 V

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

O esquema do circuito de comando e de potncia :


Rc

Rcis.

0,02k / 2 W

0,039k / 5W

FUSE

F1

I1

30 V dc

Rdesc.

18k / 5 W

Rp
I+

I-

p/ Circuito Drivers
V2
V1

+15 V
0V
0V

10 F

1N4140

+5 V
1

HIN1

ICO3

10 F

1N4140

+15V

2,2k

IR 2130
1 VCC

VD1 28

2 HIN1

HO1 27

3 HIN2

VS1 26

10 F

1N4140
HIN2
2,2k

HIN3

ICO4

2,2k

LIN1

2,2k

4 HIN3

25

5 LIN1

VD2 24

6 LIN2

HO2 23

7 LIN3

VS2 22

ICO5

8 FAULT

2,2k

0V

Visualizao
de 1

HG3

LEM
LA25NP

IN
OUT

0,68k /1/4W

-15V

HE1

HE2

21

9 ITRIP

VD3 20

10 CA0

HO3 19

11 CA -

VS3 18

12 VSS

17

2,2k

LIN3

HG2

0,047 k /1/4 W

IR 2232
1

LIN2

HG1

0,047 k /1/4 W

IR 2232
1

ICO0

0,047 k /1/4 W

13 VSO

LO1 16

14 LO3

LO2 15

HE3

0,047 k /1/4 W

IR 2232

0,047 k /1/4 W

0,047 k /1/4 W

LG1
LG2
LG3

FUNCIONAMENTO E ENSAIO
Considere o esquema de Controlo com o qual se pretende efectuar o comando por tenso em cadeia aberta
utilizando como tcnica de comando a modelao por largura de impulso.
Identifique os diferentes mdulos funcionais necessrios implementao do comando por PWM.
Justifique a utilizao dos diferentes potencimetros na montagem referente ao oscilador triangular.
Dimensione-os de modo a obter na sada uma forma de onda de 10 V de pico e 12 kHz de frequncia.
Determine a gama de variao da teno Vc.
Estabelea em correspondncia temporal os sinais: Va, Vb, HIN1, LIN1, HIN2, LIN2, para uma tenso de
comando Vc = 4 V.
Identifique o potencial de referncia (massa) dos sinais de sada deste circuito.
Considere o esquema da do circuito de Comando onde a cheio se representam as ligaes com interesse para
este trabalho.
Atendendo ao esquema e catlogos fornecidos descreva e evidencie as caractersticas do mdulo hbrido de
potncia e descreva as principais funes do circuito integrado, driver, referindo como se processa o
encaminhamento dos sinais de comando para os IGBTs superiores e inferiores, e indicando as suas principais
caractersticas.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Efectue uma tabela representativa da lgica de funcionamento do driver, associada ao comando de uma fase, de
modo a relacionar os sinais de sada do circuito de comando, com os sinais de ataque das gates dos IGBTs.
Descreva o acoplador ptico utilizado explicitando as suas funes.
Justifique a necessidade das diferentes fontes de alimentao presentes e identifique as respectivas referncias
de massa.
Descreva o transdutor de corrente contnua.
Anlise de funcionamento do conversor com carga R = 100 L = 1 mH.
Estabelea a expresso do valor mdio da tenso de sada do conversor U0 em funo da tenso de comando Vc.
Determine em correspondncia temporal as formas de onda da tenso e corrente na carga,
Considerando Vc = 4 V. Indique quais os dispositivos que se encontram em cada momento em estado de
conduo e os que conduzem.
APLICAES E CONCLUSES

Este tipo de circuitos serve, para comando de potencia onde necessria comutao muito rpida,
como seja o controlo de mquinas ferramentas de alta preciso, soldadura de grande porte onde a
corrente de funcionamento muita elevada e h necessidade de rpido e eficaz corte da mesma, em
linhas de montagem de automveis onde haja mquinas de fluxo de pintura muito elevado e em
inmeras outra aplicaes onde seja necessrio rpida comutao e onde esteja em jogo correntes
muito elevadas.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

AMPLIFICADOR PWM CONTROLADO POR CORRENTE


INTRODUO
Para amplificar sinais, controlar cargas de mdia potncia, servomecanismos, etc, usual utilizar-se no
andar de sada do amplificador uma montagem AB, que um amplificador que trabalha entre dois
extremos definidos pelas classes de amplificadores tipo A e tipo B.
O amplificador tipo A tem um ponto de funcionamento que est localizado na parte linear da na curva
caracterstica, funcionando essencialmente nessa zona linear. Este tipo de amplificao tem como
principais caractersticas um baixo rendimento e uma baixa distoro do sinal de entrada.
O amplificador tipo B aquele em que o ponto de funcionamento est localizado no "inicio" da sua
caracterstica de maneira que a potncia de repouso seja muito pequena (V e I 0 ) tem como
consequncia de s haver amplificao da parte positiva do ciclo. Este tipo de amplificao tem como
principais caractersticas um bom rendimento e uma anulao da componente negativa do sinal de
entrada.
Assim o amplificador AB resulta da juno destes dois tipos de amplificadores com as seguintes
caractersticas, em relao distoro devido a corrente de base no ser aprecivel at que a juno
de emissor seja polarizada directamente pelo menos com a tenso de limiar V o que resulta na no
linearidade da caracterstica de transferencia (ver fig. 1), nas zonas de fracas correntes a sada muito
inferior a que seria se a resposta fosse linear.
O rendimento desta montagem bastante afectado devido as perdas em vazio.

figura 1

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

A montagem amplificadora AB usa dois transstores montados como o exemplo esquematizado na


figura 2.

figura 2
O transistor T1 amplifica a parte positiva da onda de sinal que aplicada ao amplificador enquanto o
transstor T2 amplifica a parte negativa do mesmo sinal.
Estes transistores trabalham na zona activa, o que pelas correntes e tenses neles presentes e quando se
pretendem potncias de alguns kW, temos tambm uma grande potncia de perdas.
PP (t ) = Vce (t ) ic (t )
PP (t )

Vce (t )
ic (t )

potncia de perdas
tenso colector emissor
corrente de colector

Assim uma montagem como a da figura anterior no indicada para o controlo de grandes potncias,
porque a potncia dissipada nos transstores levaria a grandes perdas de energia e consequentes custos
relacionados.
Para evitar as perdas dos transstores passou-se em sua substituio a usar outro tipo de componente, o
MOSFET de potncia, este a funcionar por comutao entre dois estados, aberto ou fechado como um
interruptor. Com esta alterao reduzem-se muito as perdas de potncia, pois o MOSFET de potncia
quando est com o canal aberto a sua resistncia quase nula e quando tem o canal fechado a sua
resistncia muito elevada sendo a corrente praticamente nula. Assim a suas perdas de potncia esto
quase apenas na comutao entre estados, em que o produto da tenso a diminuir aos terminais do
MOSFET pela corrente a aumentar neste d origem a uma potncia de perdas, como se mostra no
grfico seguinte.

figura 3
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

carga ser assim aplicada uma tenso comutada entre um valor positivo e um valor igual em mdulo
negativo, e controlando cada estado com tempos desiguais, consegue-se um dado valor de corrente
aproximada forma pretendida.

figura 4
O valor da janela representado entre +H e -H.
A corrente iA a corrente efectiva na carga.
A corrente iAc a corrente pretendida na carga.
As tenses Ud/2 e -Ud/2 representam as tenses aplicadas carga na comutao.
A corrente na carga vai ter um erro, que o valor de meia janela. Se pretendermos diminuir o erro
temos que reduzir o valor de janela, este procedimento est limitado pela capacidade de resposta dos
mosfet de potncia, que levam um certo tempo a passar da conduo ao corte e assim determinam um
perodo mnimo de tempo para o funcionamento do circuito.
Se aumentarmos muito a janela ento a corrente na carga vai ter um erro muito grande em relao
forma pretendida.
2. ESQUEMA DE BLOCOS

O esquema de blocos do circuito a estudar est apresentado de seguida.


O bloco Comparador compara o valor pretendido ou imposto da corrente com um sinal de tenso
proporcional ao valor medido da corrente na carga.
O comparador recebe a onda de tenso Vin que tem a forma pretendida para a corrente na carga,
recebe tambm a forma de onda da corrente na carga obtida atravs de uma tenso, esta conseguida
pela colocao em srie com a carga de uma resistncia. Este comparador ligeiramente integrador, de
modo que ao existirem por qualquer motivo picos de tenso, estes no faro diferena ao normal
funcionamento do circuito. Desta comparao resulta uma forma de onda que aplicada a um
comparador histertico, este um comparador com ganho infinito mas com uma janela.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

O boco Comparador Histertico define a janela permitida para variao da corrente na carga.
Assim este comparador tem dois estados, um positivo limitado pela alimentao positiva e outro
negativo limitado pela alimentao negativa. Para mudar de estado este comparador necessita de uma
tenso aplicada superior a 1/100 da tenso na sua sada, esta relao dada pelo quociente das duas
resistncias entre a sada do comparador e a massa. Assim a sada do comparador integrado faz o
comparador histertico comutar, quando o valor desta superior ao valor de meia janela.
Vejamos em mais pormenor o funcionamento do bloco comparador histertico.
O comparador regenerativo da Fig. 5 a) geralmente referido por disparador de Schmitt trigger, a
partir do nome do inventor de uma verso deste circuito com vlvulas de vcuo. A tenso de entrada
aplica-se ao terminal inversor e a tenso de realimentao ao terminal no-inversor. Admitindo que a
resistncia de sada do comparador desprezvel em relao a R1 + R, obtm-se
V1 =

R2
V0
R1 + R 2

Como v1 = V1 com V2 = 0, verifica-se V0 =Av vi e a anlise de pequenos sinais d a relao de retorno


T =

R 2A v
R1 + R 2

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

figura 5
Comparador Regenerativo ( Schmitt Trigger)
a)Esquema do circuito b)Forma de onda na transio +V -V c)Forma de onda na transio V +V
d)Tenso de sada de um ciclo (V1-V2)
Evidentemente, com Av > O T < 0, pelo que a retroaco positiva (regenerativa). Para R1=10k, R2
=100 e Av = 14000 calcula-se

T =

0.1 14000
= 139
10 + 0.1

Verifica-se facilmente que a retroaco regenerativa. Se a sada aumentar de v0,a realimentao de


sinal para o terminal no-inversor, sujeito tenso v1, ser v0R2/(R1 + R2). Por isso, v0 aumentar
mais de um valor v0R2Av /(R1 + R2) =- Tv0, indicando que h realimentao positiva. Seja V0=- Vz
+ VD e admita-se que v2<v1, de modo que v0 = + Vo. Determina-se que a tenso no terminal noinversor dada por
v 1 = VA +

R2
(V0 + VA ) V2
R1 + R 2

Se agora v2 crescer, a tenso v0 permanece constante a V0 e ser v1 = V1 =constante at se verificar v2 =


V1. A esta tenso de limiar, crtica ou de disparo, a sada comuta regenerativamente para v0 = -V0 e
permanece neste valor enquanto for v2 > V1. Esta caracterstica de transferncia est indicada na Fig.
b).
A tenso no terminal no-inversor para v2 > V1
v 1 = VA

R2
(V0 + VA ) V2
R1 + R 2

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Com os valores dos parmetros dados na Fig. a e para V0 = 15 V, obtm-se

0.1 14
= 1 + 0.139 = 1.139
10.1
0.1 16
= 1 0.158 = 0.842
V1 = 1
10.1

V1 = 1 +

Note-se que V2 < V1, correspondendo a diferena entre estes dois valores histerese VH:
VH = V1 V2 =

2R 2 V0
= 0.297
R1 + R 2

Se agora v2 diminuir, a sada permanece em V0 at v2 igualar a tenso no terminal 1 ou at que seja v2


= V2. A esta tenso verifica-se uma transio regenerativa, como indica a Fig. c, regressando a sada ao
valor + Vo quase instantaneamente. A caracterstica de transferncia completa est indicada na Fig. d,
onde as partes sem setas podem ser percorridas em cada um dos sentidos, mas os outros segmentos s
podem ser obtidos se v2 variar no sentido das setas. Note-se que, devido histerese, o circuito dispara a
uma tenso mais alta para sinais crescentes do que no caso de sinais decrescentes.

Figura 6
Resposta do disparador Schmitt trigger a um sinal de entrada arbitrrio.
O bloco Rectificador apenas transforma o sinal entre 15V e +15V num sinal entre 0V e +15V. O
sinal sada do comparador histertico oscila entre o valor +V e -V da alimentao, como so
utilizados componentes de lgica e estes funcionam s com tenses positivas ou nulas, que fazer o
sinal passar por um rectificador. Este rectificador vai levar o sinal at aos mdulos de atraso,
constitudos por um and, um condensador e uma resistncia, e que se destinam a evitar a actuao de
um mosfet de potncia enquanto o outro ainda est conduo.
O bloco de Atraso atrasa os sinais a fornecer a cada gate dos MOS-FET de modo a garantir que um s
passa conduo depois do outro estar ao corte.
O bloco Acoplamento/Encravamento refora essa inteno por meio de acopuladores pticos, que
isolam o circuito de potncia do circuito de comando, e que fornecem tenso gate de um MOS-FET
mas que em simultnea fazem um curto circuito gate do outro MOS-FET.
O bloco Comutao compreende os MOS-FET, tendo o do ramo positivo a gate alimentada via
acopuladores pticos mas tambm por um boot-strap elevador de tenso. Os transstores que
comandam os mosfet de potncia so alimentados por um circuito chamado Bootstrap, que feito por
uma fonte que alimenta um condensador atravs de um dodo durante a comutao negativa e alimenta
os transstores relativos parte negativa. Quando se d a comutao positiva a alimentao dos
respectivos transstores feita pelo condensador anteriormente carregado.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

3. ESQUEMA ELCTRICO

Circuito de comando

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Circuito de potncia

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

4. FUNCIONAMENTO

Para a alimentao do andar de potncia utilize um transformador 2x24V.


Como carga utilize um enrolamento do primrio de um transformador de 220/2x24V.
No comparador histertico a resistncia de 100 ohm foi alterada para 47 ohm, aumentando assim a
frequncia de comutao e reduzindo o erro.
Como referncia utilize um sinal sinusoidal de baixa amplitude e de cerca de 10 Hz.
Localize no circuito impresso os diversos componentes e os blocos funcionais.
Observe e anote as formas de onda fundamentais para a explicao do funcionamento do circuito.
5. APLICAES E CONCLUSES

Este tipo de circuito aplicado em todos os stios onde se pretende o controlo de corrente na carga, e
isto podem ser amplificadores de potncia para som ou motores de corrente alterna, como exemplo
temos o controlo de motores assncronos trifsicos onde se aplicam trs circuitos destes, um por fase:

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

10

CONTROLO DE MOTOR PASSO A PASSO


Introduo
A crescente popularidade dos motores de passo deve-se total adaptao desses dispositivos
lgica digital. Vrios perifricos de computadores usam estes motores em inmeras aplicaes,
como mesas grficas, unidades de disco, plotters, etc. No s na Informtica, mas tambm na
Robtica esses motores esto cada vez mais a ser usados, em sistemas de movimentao de braos
mecnicos, etc. Com o auxlio desses motores, pode-se criar interfaces entre o crebro (CPU) e o
movimento mecnico, constituindo, em suma, a chave para a Robtica. Existem ainda enormes
aplicaes deste tipo de motores na indstria, contribuindo para isso o aumento de potncias
disponveis no mercado e a simplificao dos seus sistemas de controlo, por meio de integrados ou
mdulos pr-fabricados.
As suas caractersticas podem-se resumir:
quando parado o rotor est fixo, podendo despender um dado binrio;
a gama de variao de velocidade de 100%;
o controlo de velocidade no necessita de realimentao.
Os motores comuns, giram em velocidade constante, pois possuem apenas dois estados de
operao, ou seja, parados ou rodando; enquanto os motores de passo se deslocam por impulsos ou
passos discretos e exibem trs estados: parados, activos mas com o rotor travado ou rodando em
etapas (passos). Este movimento pode ser brusco ou suave, dependendo da frequncia e amplitude
dos passos em relao a inrcia em que ele se encontre.
Os motores de passo, sendo diferentes dos motores comuns, tm tambm aplicaes diferentes e
especficas, ou seja, em rotaes de eixos num ou vrios passos, dependendo de sinais fornecidos
pelos circuitos digitais de comando. Podem ser usados em circuitos abertos, ou seja, sem qualquer
realimentao de controlo normalmente proporcionada por potencimetros, codificadores,
geradores tacomtricos e assim por diante, evitando com isso, os problemas encontrados nesses
sistemas, como instabilidade e ultrapassagem (overshoot), podendo substituir os servomotores CC
convencionais.
No que se refere ao funcionamento, os motores de passo podem ser comparados aos sncronos, ou
seja, um campo rotativo (nesse caso gerados pela electrnica de controlo) faz girar um rotor
magntico. Tais motores foram subdivididos de acordo com a forma em que gerado o campo
rotativo (enrolamento unipolar ou bipolar no estator) e com o material utilizado na construo do
rotor. Os mais usados so os unipolares, geralmente com quatro bobinas. Neles, cada fase consiste
de um enrolamento com derivao central, ou mesmo de dois enrolamentos separados, de forma
que o campo magntico possa ser invertido sem a necessidade de se inverter o sentido da corrente.
A escolha de um motor de passo recai, em primeiro lugar, sobre os requisitos mecnicos; as
caractersticas elctricas, por sua vez, determinam o projecto da electrnica de controlo.
Parmetros de grande importncia, a taxa de arranque a mxima acelerao permitida de
operao, intimamente relacionada com o momento de inrcia do rotor. Na prtica, deve-se ter em
mente que o momento de inrcia aumenta com a inrcia das partes girantes acopladas ao motor,
reduzindo, portanto, a taxa de arranque.
Os motores de passo unipolares so controlados facilmente atravs de um transstor apenas por
enrolamento, enquanto nos bipolares so necessrios quatro transstores em ponte. possvel,
nesse segundo, utilizar-se apenas dois transstores por enrolamento, desde que a fonte seja
Electrnica de Potncia CEEI DEEA
AGalhardo

simtrica, o que complicaria um pouco o circuito. Mas, em ambos os casos, uma lgica de controlo
exigida para que o motor possa girar correctamente.
Uma outra opo para se comandar esses motores atravs de circuitos lgicos discretos que
comandaro os transstores de sada e esses as bobinas do motor. Existem, no mercado europeu e
americano, alguns ICs especficos para o comando de motores de passo, tais como o SAA 1027, o
par L297 / L298, o TL 376 e a srie ULN 2002 ....2005, e mais alguns.
O uso de motores de passo exige o respeito de algumas regras bsicas. preciso levar em conta o
carcter indutivo do estator, cuja corrente, ao ser chaveada, gera uma tenso indutiva que chega a
ser elevada o bastante para destruir a electrnica de controlo. Isso pode ser evitado com a
utilizao de dodos de proteco, nos enrolamentos unipolares, e diodos zener ligados em antisrie, no caso dos bipolares. As correias dentadas de transmisso so mais indicadas que as
engrenagens, devido ao fenmeno da ultrapassagem provocado pelo baixo amortecimento desses
motores, que poderiam quebrar ou desgastar rapidamente os dentes. Mas o melhor mesmo ,
sempre que possvel, utilizar a transmisso directa. Por fim, caso se pretenda posicionar algo com
muita preciso, por meio de motores de passo, deve tentar fazer-se com que o nmero de passos,
entre o ponto de referncia e a posio desejada, seja proporcional (segundo um nmero inteiro)
quantidade de estatores do motor.

Tipos de motores de passo


Relutncia Varivel: Tem um rotor com vrias polaridades feito com ferro doce e um estator
laminado. Eles geralmente operam com ngulos de passo de 5 a 15 graus, a taxas de passo
relativamente altas e, por no possuir man, quando energizado apresenta binrio esttico nulo.
Na figura abaixo, quando a fase A energizada, quatro dentes de rotor alinham-se com os quatro
dentes do estator da fase A atravs de atraco magntica. O prximo passo dado quando a fase
A desligada e a fase B energizada fazendo o rotor girar 15 graus direita. Continuando a
sequncia, a fase C energizada e depois a fase A novamente.

man Permanente: motores de man permanente diferem dos de relutncia varivel pois tm
rotores de material alnico ou ferrite sem dentes e magnetizado perpendicularmente ao eixo,
devido a isto, o binrio esttico no nulo. Energizando as quatro fases em sequncia, o rotor
gira, pois atrado aos plos magnticos. O motor mostrado na figura abaixo dar um passo de
90 graus quando os enrolamentos ABCD forem energizados em sequncia. Geralmente tem
ngulos de passo de 45 ou 90 graus a taxas de passo relativamente baixas, mas eles exibem um
alto binrio.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Hbrido: Combinando as caractersticas dos de Relutncia Varivel e dos de man Permanente, o


Motor Hbrido tem algumas das caractersticas desejveis de cada um. Tm alto binrio, no
apresenta binrio esttico nulo e podem operar em velocidades de passo altas. Normalmente, tm
ngulos de passo de 0.9 a 5 graus. Geralmente so providos de plos que so formados por dois
enrolamentos (como mostrado na figura abaixo), de forma que pode ser utilizada uma nica
fonte. Se as fases so energizadas uma de cada vez, na ordem indicada, o rotor giraria em
incrementos de 1.8 graus. Este motor tambm pode ser controlado de forma a usar duas fases de
cada vez, para obter maior binrio, ou alternadamente, ora uma ora duas fases de cada vez, afim
de produzir meios-passos ou incrementos de 0.9 graus.

Funcionamento do motor de passo


Para cada passo do motor corresponde-lhe um ngulo de rotao exacto: se para uma rotao
completa (360) so necessrios 200 passos, cada um deles implica uma rotao de 1,8. Isto
significa que a posio do eixo de um motor passo pode ser controlada com exactido; alm disso,
pode-se mant-lo quieto no ponto desejado, devido corrente de controlo.
Tendo presente o que j foi referido atrs apresentamos agora uma descrio mais concreta sobre
o funcionamento do motor.
Os estatores so percorridos por corrente com 3 estados: corrente nula, corrente de determinado
valor num sentido e o mesmo valor no outro sentido.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

A1 SA

SB B1

A2

B2

N
S

S
N

N
S

S
N

N
S
ROTOR

ESTATOR 2

ESTATOR 1
Sempre que a situao de um dos estatores varia, o rotor gira um determinado ngulo at atingir
nova posio de equilbrio.
Geralmente, o enrolamento do estator apresenta-se dividido em dois para maior facilidade do
controlo electrnico, evitando a inverso da corrente nos enrolamentos. So estatores unipolares.
Os estatores unipolares necessitam de um inversor electrnico para inverter o sentido de corrente.

No esquema seguinte esto apenas representados os enrolamentos de um estator, o A.


Os enrolamentos do B so anlogos.
O ngulo de passo uma caracterstica fundamental, funo do nmero de plos e de controlo. Os
ngulos tpicos so de: 0,l8; 0,45; 0,9; 1,5; 1,8; 2,25; 2,5; 7,5; 15 e 30.
Outra caracterstica a variao mxima do nmero de ngulos por minuto ou segundo, ou seja a
velocidade.
Existem tambm um limite para a acelerao, quer positiva quer negativa.

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

i1

i2

Outra caracterstica o binrio mximo e a variao desse binrio com a velocidade.

Para os enrolamentos dos estatores, o fabricante fornece o valor da tenso de alimentao e o valor
da corrente a fornecer.
Vamos anotar algumas sequncias de impulsos simples.
A1

A2

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

B1

B2

AGalhardo

Vejamos uma sequncia na qual apenas um dos estatores est excitado de cada vez:

A1
B1
A2
B2

Outra sequncia, chamada de duas fases:

A1
B1
A2
B2

Esta soluo, a mais usada, apresenta um campo maior em cerca de 41% em relao primeira
soluo.
Embora o binrio no acompanhe totalmente esse acrscimo, de facto a soluo mais divulgada.
Se quando deixarmos de excitar A1 (B1), no excitamos logo A2 (B2); o motor girar metade do
ngulo.

A1
A2
B1
B2
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

A inverso do sentido de rotao faz-se alternando a sequncia de excitao dos enrolamentos.


O controlo de velocidade faz-se variando a frequncia dos impulsos.
Em forma de concluso, podemos dizer que estes rotores giram em etapas bem definidas, o rotor
de um motor de passo simplesmente um man permanente que atrado, sequencialmente, pelos
plos de diversos electromanes estacionrios, como se ilustra:

Funcionamento do circuito de controlo

A seco do IC1, um qudruplo NAND trigger Schmitt, forma com o C1, R1 e R2 um


oscilador de onda quadrada e frequncia regulvel, utilizando como referncia para dar cadncia
aos passos do motor.
As seces C e D do mesmo IC1 formam um flip-flop set/reset que, quando governado
pelo comutador SW1, controla o incio e a paragem do prprio motor, atravs da porta lgica IC1b.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

As duas metades do IC2 contm outros tantos flip-flop do tipo D que, devido tambm ao
cruzamento dos sinais realizado com os XOR do IC3, geram os sinais de controlo para as quatros
fases.
Estes sinais dirigem, por sua vez, os controladores de potncia, cada um deles composto por trs
transstores (por exemplo T7, T8, T9); observe que o T9 e o T12 nunca conduzem ao mesmo
tempo, o mesmo acontece com o T3 e T6. A sequncia da alimentao das fases 0101, 1001,
1010, 0110 quando o boto SW1 est solto (sentido dos ponteiros do relgio); ao passo que 0101,
0110,1010, 1001 quando a tecla est premida (sentido contrrio ao dos ponteiros do relgio).

A seco de potncia do circuito recebe 9 Vcc directamente dos contactos 4 e 5 barra, enquanto a
parte lgica est alimentada por 5 V devido ao dodo Zener Dz com a resistncia Rx.

Lista de componentes :

Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Circuito impresso

Aplicaes
Como os motores de passo tm movimentos precisos, qualquer equipamento de preciso no
movimento utilizaro estes motores. Podemos citar por exemplo, o controlo de micro-cmeras num
circuito interno de vigilncia, em clnicas radiolgicas no auxlio de operadores para os mesmos
orientarem o posicionamento das pessoas submetidas a uma radiografia, posicionamento de uma
mesa de trabalho em duas dimenses, furao automtica de acordo com instrues em fita sobre
as posies dos furos, impressoras, e aeromodelos. A sua utilizao cada vez mais frequente em
automao, robtica e ainda no controlo de mquinas industriais (robs) na indstria farmacutica,
ou alimentar por exemplo, contribuindo para isso o aumento de potncias disponveis no mercado
e a simplificao dos seus sistemas de controlo.

Concluses
Os motores de passo tm sido tradicionalmente actuadores elctricos de ampla utilizao em
automao e robtica. Estes actuadores so particularmente indicados para aplicaes onde as
exigncias de binrio e velocidade no so elevadas. O seu grande atractivo a possibilidade de
operao em malha aberta o que simplifica e torna todo o processo de controlo e accionamento
muito mais competitivo quer no aspecto econmico bem como no de funcionalidade. Outra
vantagem que importa salientar o baixo custo deste tipo de motores, sendo portanto uma opo
vlida para as aplicaes j referidas. Apresenta ainda uma total adaptao lgica digital (o que
permite o controlo preciso da velocidade, direco e distncia), um motor que tem pouco
desgaste. Abordando agora as desvantagens, um grande inconveniente na utilizao dos motores
de passo a vibrao que eles apresentam e acabam por induzir em todo o sistema mecnico.
Existem vrias tcnicas para atenuar esta vibrao, sendo que uma das favoritas o aumento da
resoluo do motor, ou seja, do nmero de passos por volta. O aumento da resoluo atravs da
alterao dos parmetros construtivos do motor muito limitado, assim, vem ganhando
popularidade o aumento de resoluo atravs da alterao da electrnica do accionamento com a
introduo do conceito de micropasso.
Electrnica de Potncia CEEI DEEA

AGalhardo

Você também pode gostar