Medeia Seneca

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Coleco Autores Gregos e Latinos

Srie Textos

Sneca

Medeia

Traduo do latim, introduo e notas


Ana Alexandra Alves de Sousa

Sneca

Medeia
Traduo do latim, introduo e notas de
Ana Alexandra Alves de Sousa
Universidade de Lisboa

Todos os volumes desta srie so sujeitos a arbitragem cientfica independente.


Autor: Sneca
Ttulo: Medeia
Traduo do latim, introduo e notas: Ana Alexandra Alves de Sousa
Editor: Centro de Estudos Clssicos e Humansticos
Edio: 1/2011
Coordenador Cientfico do Plano de Edio: Maria do Cu Fialho
Conselho editorial: Jos Ribeiro Ferreira, Maria de Ftima Silva,
Francisco de Oliveira, Nair Castro Soares
Director tcnico da coleco: Delfim F. Leo
Concepo grfica e paginao: Rodolfo Lopes, Nelson Henrique
Obra realizada no mbito das actividades da UI&D
Centro de Estudos Clssicos e Humansticos
Universidade de Coimbra
Faculdade de Letras
Tel.: 239 859 981 | Fax: 239 836 733
3004-530 Coimbra
ISBN: 978-989-8281-85-2
ISBN Digital: 978-989-8281-86-9
Depsito Legal: 327284/11
Obra Publicada com o Apoio de:

Classica Digitalia Vniversitatis Conimbrigensis


Centro de Estudos Clssicos e Humansticos da Universidade de Coimbra
Centro de Estudos Clssicos da Universidade de Lisboa
Reservados todos os direitos. Nos termos legais fica expressamente proibida a reproduo
total ou parcial por qualquer meio, em papel ou em edio electrnica, sem autorizao
expressa dos titulares dos direitos. desde j excepcionada a utilizao em circuitos
acadmicos fechados para apoio a leccionao ou extenso cultural por via de e-learning.

ndice

Nota inaugural

Introduo9
O Autor
Sneca e a sua poca

11

A obra de Sneca

13

O iderio estico de Sneca

15

A Obra Trgica
As tragdias: autoria, datao, relao com a obra em prosa
e as recitaes
15
Insero das tragdias no perodo argnteo

19

Medeia
A presena de Medeia na literatura antiga

21

A constituio da pea de Sneca

25

A caracterizao das personagens


Jaso28
Creonte29
A Ama
30
Coro30
Medeia30
Medeia na Posteridade

32

Medeia
Personagens36
Medeia37
Bibliografia 

103

Nota inaugural
A publicao da presente verso da Medeia
de Sneca enquadra-se num projecto de maior
envergadura, que contempla toda a produo trgica
senequiana.
sua autora Ana Alexandra Alves de Sousa,
doutorada em Literatura Latina, professora da Faculdade
de Letras da Universidade de Lisboa e Investigadora do
seu Centro de Estudos Clssicos.
O trabalho de anotao e de traduo realizado
alcanou alguns objectivos muito meritrios e
interessantes, capazes de agradar e de informar um
pblico vasto: uma traduo fiel ao texto latino, mas
procurando um ritmo de leitura com uma cadncia
moderna; uma tentativa de uniformizar a traduo de
certos conceitos, o que, sendo sempre difcil, tem a
vantagem de manter figuras de estilo como a repetio,
a aliterao e a variatio; uma economia de informao
7

nas anotaes, que procuram esclarecer de forma concisa


algumas referncias eruditas ou epocais do texto.
Um duplo agradecimento merece ser lavrado:
para os Doutores Arnaldo Esprito Santo, o anterior
Coordenador Cientfico do Centro de Estudos Clssicos
da Universidade de Lisboa; e para a sua sucessora, a
Doutora Maria Cristina Pimentel, cujo patrocnio
tornou possvel a publicao, em parceria com o Centro
de Estudos Clssicos e Humansticos da Universidade
de Coimbra, coordenado pela Doutora Maria do Cu
Zambujo Fialho.

Francisco de Oliveira
Responsvel pelo projecto Estudos Latinos
Centro de Estudos Clssicos e Humansticos da
Universidade de Coimbra

Introduo

Introduo

O Autor

Sneca e a sua poca


Lcio Aneu Sneca, o Jovem, ter nascido entre o
ano 4 a.C. e I d.C., em Crdova (Corduba), na Btica,
provncia da Hispnia, e morreu em Itlia, no ano de
65 da nossa era. Filho de Aneu Sneca, membro da
ordem equestre, era o segundo de trs irmos, dos quais
o mais velho, Aneu Novato, se tornou um orador ilustre
e o mais novo, de nome Mela, foi o pai do poeta pico
Lucano.
Chegou a Roma ainda jovem, para completar
a sua educao. Nos primeiros anos dedicou-se com
grande entusiasmo filosofia (estoicismo), o que atrasou
a sua carreira poltica. Mas, por volta de 31, regressa
do Egipto, aonde fora com a finalidade de recuperar de
uma doena prolongada, e torna-se questor talvez ainda
durante o principado de Tibrio.
Algum tempo depois de escapar inimizade de
Calgula, que talvez tenha pensado em mat-lo, j no
principado de Cludio, em 41, recebeu ordem de exlio
e passou oito duros anos na Crsega. Fora acusado
de adultrio com um membro da famlia imperial,
eventualmente a irm de Calgula, Jlia Livila. Esta
acusao pode ter sido uma forma de afastar um homem
cujo pensamento e esprito mordaz criavam incmodo.
Agripina, a segunda mulher de Cludio, chama
Sneca do exlio, provavelmente em 49, tornando-o
11

Ana Alexandra Alves de Sousa

tutor de seu filho Nero, para o preparar para assumir


o principado. E, com efeito, uma vez assassinados,
primeiro, Germnico, filho de Cludio e de Messalina,
e, depois, o prprio Cludio, dois crimes aos quais
talvez no tenha sido alheia a prpria Agripina, Nero
declarado imperador. A colaborao de Afrnio Burro,
chefe da guarda imperial, e de Sneca, conselheiro do
princeps, proporcionou grande estabilidade durante os
primeiros cinco anos deste principado, de 54 a 59.
Uma nova fase principia com o matricdio
perpetrado pelo imperador em 59. Sneca escreveu a
carta enviada por Nero ao senado, na qual Agripina era
acusada de conspirao e se lhe atribua suicdio. Com a
reputao abalada, pois todos reconheceram o autor da
carta, o filsofo manteve-se junto do imperador durante
mais trs anos. Com a morte de Burro em 62 (talvez por
envenenamento), Sneca viu a sua influncia em causa,
pois Nero voltava-se para outros conselheiros. Tentou
afastar-se, mas o imperador no lhe permitiu que se
retirasse, nem aceitou a restituio, que ele pretendia,
dos bens adquiridos durante o tempo em que fora seu
preceptor e conselheiro.
Mais tarde, aps o incndio de Roma em 64,
Sneca colocou, de novo, o seu patrimnio disposio
e desta vez a oferta foi bem recebida, pois Nero
precisava de um acervo extraordinrio de riquezas para
os megalmanos projectos (entre eles, a clebre domus
aurea), que o levaram a acusar de maiestas, crime contra
o Estado na pessoa do imperador, numerosos romanos
abastados, cujos bens cobiava.
12

Introduo

Em 65, acusado de envolvimento na conspirao


de Piso1, Sneca recebeu ordens para se suicidar. Alm
dele, morreram tambm os seus dois irmos, o sobrinho
Lucano, entre outros familiares e amigos. Segundo
Tcito, a morte do antigo preceptor foi de todas a que
mais agradou a Nero2.
A obra de Sneca
No obstante terem-se perdido os poemas, os
discursos e alguns dos tratados, conhecemos uma
parte significativa da obra de Sneca: uma coleco de
dez tratados ticos, denominados dilogos, entre os
quais trs Consolaes, que combinam o tom de carta
com o do ensaio; outros ensaios morais no includos
na coleco anterior; uma stira deificao do
imperador Cludio, escrita numa combinao de prosa
com poesia, Metamorfose em Abbora (Apocolocyntosis);
dez tragdias, das quais trs so de autoria duvidosa,
e sete livros de Questes Naturais, dedicados ao seu
amigo Luclio.
Os dilogos, segundo o Codex Ambrosianus,
escritos entre 37 e 43, so os seguintes: Da Tranquilidade
da Alma, Da Ira, Da Brevidade da Vida, Da Vida Feliz, Da
Firmeza do Sbio, Do cio, Da Providncia, Consolao
a Hlvia, Consolao a Polbio e Consolao a Mrcia. A
primeira destas consolaes ter sido escrita por volta de
42-43, para confortar a me pela sua ausncia forada
Segundo Tcito, no claro o envolvimento do filsofo (Ann.
15.60-65).
2
Tac. Ann. 15.60.23.
1

13

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