Inicial Revisão Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Com Texto Da Decadência
Inicial Revisão Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Com Texto Da Decadência
Inicial Revisão Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Com Texto Da Decadência
SANTA MARIA RS
COM PEDIDO DE TRAMITAO PREFERENCIAL
I - DOS FATOS:
Perodo
01/01/1966 a
28/02/1977
08/03/1977 a
19/09/1977
04/10/1977 a
07/12/1977
02/01/1978 a
23/12/1978
29/01/1979 a
17/07/1979
01/10/1979 a
31/03/1980
Empresa
-----------
Servente
SB Construes Ltda.
Servente
Servente
Servente
Oskar Kossmann
Carpinteiro
21/09/1981
com. Ltda.
28/10/1982
01/11/1982 a
06/01/1983
10/01/1983 a
26/06/1985
01/08/1985 a
Carpinteiro
Carpinteiro
Carpinteiro
Construtora Continental de
So Paulo
Masima - Empreendimentos
15/04/1988
20/04/1988 a
Imobilirios Ltda.
Masima - Empreendimentos
24/08/1990
01/08/1991 a
Imobilirios Ltda.
13/10/1994
30/03/1995 a
13/07/2000
Carpinteiro
18/12/1987
11/01/1988 a
31/12/1991
05/03/1992 a
economia familiar
17/07/1981 a
09/11/1981 a
Atividade
Regime de
Contribuinte Individual
Reyes & Rasquin Eng. E Arq.
Ltda.
Artecon Incorporaes Ltda.
Carpinteiro
Carpinteiro
Carpinteiro
------Carpinteiro
Carpinteiro
Tempo de contribuio
11 anos, 1 ms e 28 dias
6 meses e 12 dias, convertidos em 8 meses
e 28 dias
2 meses e 4 dias, convertidos em 2 meses e
29 dias
11 meses e 22 dias, convertidos em 1 ano,
4 meses e 7 dias
5 meses e 19 dias, convertidos em 7 meses
e 26 dias
6 meses, convertidos em 8 meses e 12 dias
2 meses e 5 dias, convertidos em 3 meses e
1 dia
11 meses e 20 dias, convertidos em 1 ano,
4 meses e 5 dias
2 meses e 6 dias, convertidos em 3 meses e
2 dias
2 anos, 5 meses e 17 dias, convertidos em 3
anos, 5 meses e 10 dias
2 anos, 4 meses e 18 dias, convertidos em
3 anos e 4 meses
3 meses e 5 dias, convertidos em 4 meses e
13 dias
2 anos, 4 meses e 5 dias, convertidos em 3
anos, 3 meses e 12 dias
5 meses
2 anos, 7 meses e 9 dias, convertidos em 3
anos, 7 meses e 23 dias
5 anos, 3 meses e 14 dias, convertidos em
Atividades e agentes considerados insalubres e perigosos, com base no quadro a que se refere o art. 2
do Decreto n 53.831/64, itens 1.2.10 (analogia) e 2.3.3.
Atividades e agentes considerados insalubres e perigosos, com base no quadro a que se refere o art. 2
do Decreto n 53.831/64, itens 1.1.6 e 2.3.3; o Decreto n 2.172/97, cdigo 2.0.1 e o Decreto n 3.048/99,
item 2.0.1.
Dados do Benefcio
Nmero do benefcio
XXXXXXX
Tipo de benefcio
Data do requerimento
13/07/2000
II - DO DIREITO
A nova aposentadoria por tempo de contribuio, ainda no disciplinada em legislao
infraconstitucional, encontra-se estabelecida no art. 201, 7o, I, da Constituio Federal e nos arts.
52 a 56 da Lei 8.213/91, exceto naquilo em que forem incompatveis com o novo regramento
constitucional.
O fato gerador da aposentadoria em apreo o tempo de contribuio, o qual, na regra
permanente da nova legislao, de 35 anos para homens. Trata-se do perodo de vnculo
previdencirio, sendo tambm consideradas aquelas situaes previstas no art. 55 da Lei 8.213/91.
Deste modo, esto preenchidos os requisitos da Aposentadoria com proventos integrais, uma
vez que o Demandante atinge um total de 38 anos, 6 meses e 11 dias de contribuio
(efetuando a converso do tempo de servio especial em comum), enquanto foram
reconhecidos apenas 30 anos, 11 meses e 6 dias.
DA CONVERSO DE TEMPO DE SERVIO ESPECIAL EM TEMPO DE SERVIO COMUM
para gozo de uma aposentadoria especial (15, 20 ou 25 anos) e o tempo de servio comum. O
Decreto 3.048/99 traz a tabela com os multiplicadores:
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30)
DE 15 ANOS
2,00
2,33
DE 20 ANOS
1,50
1,75
DE 25 ANOS
1,20
1,40
tempo
para
comum
APOSENTADORIA
POR
TEMPO
DE
No mesmo sentido, a lio dada na recente obra de MARIA HELENA CARREIRA ALVIM
RIBEIRO1:
Ainda que o segurado no disponha de documentao comprovando a
prestao de servios em condies insalubres, perigosas ou penosas, poder
comprovar a atividade especial mediante ajuizamento de ao ordinria
previdenciria, requerendo a realizao de percia tcnica. Sem grifos na obra.
RIBEIRO, Maria Helena Carreira Alvim. Aposentadoria especial: regime geral da previdncia social. Curitiba:
Juru, 2008 (p. 241).
Nos exatos termos deste precedente, encontram-se as apelaes cveis referentes aos
processos 2000.72.04.003296-1, 2003.04.01.026599-6, 2000.70.04.001644-6, 2005.04.01.0120565, 2005.70.00.030379-3 e 2001.71.08.007616-3.
Com relao ao ltimo julgado, vale conferir o voto do Desembargador Federal Ricardo
Teixeira do Valle Pereira:
Tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o Cdigo Civil de 2002, como
verifica-se, trataram apenas de hipteses de reduo do prazo de decadncia. Indicaram,
todavia, que os prazos prescricionais ou decadenciais da lei nova em princpio so
aplicveis s situaes apanhadas pela mudana legislativa. Possvel a concluso,
assim, de que promovendo a lei nova o aumento do prazo decadencial, e desde que
no tenha ele ainda se consumado sob a gide da norma revogada, aplica-se o novo
prazo, com aproveitamento do tempo j decorrido.
Esta, a propsito, a opinio de Cmara Leal, ao tratar do prazo de prescrio:
Omitiu, porm, nosso legislador as regras de aplicao da nova lei s
prescries em curso, afastando-se da lei alem, que as estabelece, e deixando,
portanto, a cargo da doutrina a sua fixao.
(...)
67. Na carncia de normas especiais, parece-nos que devemos adotar o
critrio germnico, dada a filiao de nosso Cdigo orientao alem, consagrando
o princpio da retroatividade da lei prescricional. E, assim, formularemos as seguintes
regras, inspiradas na legislao teutnica:
1 - Estabelecendo a nova lei um prazo mais curto de prescrio, essa
comear a correr da data da nova lei, salvo se a prescrio iniciada na vigncia da
lei antiga viesse a completar-se em menos tempo, segundo essa lei, que, nesse caso,
continuaria a reg-la, relativamente ao prazo.
prazo, contando-se, porm, para integr-lo, o tempo j decorrido na vigncia
da lei 2 - Estabelecendo a nova lei um prazo mais longo de prescrio, essa obedecer
a esse novo antiga.
3 - O incio, suspenso ou interrupo da prescrio so regidos pela lei
vigente ao tempo em que se verificarem.
(LEAL, Antnio Lus da Cmara. Da prescrio e decadncia. 2 ed. Rio de Janeiro:
Editora Forense, p. 102-104).
De se concluir, portanto, que os prazos que tiveram incio sob a gide da
Lei 9.784/99, foram acrescidos a partir de novembro de 2003, quando entrou em
vigor a MP 138/03, de tanto tempo quanto necessrio para atingir o total de dez
anos. Em termos mais claros: o prazo decadencial passou a ser de dez anos,
aproveitando-se, todavia, o tempo j decorrido sob a gide da norma revogada. Na
prtica, todos os casos subsumidos inicialmente regncia da Lei 9.784/99, portanto,
passaram a observar o prazo decadencial de dez anos, pois a MP 138/03 entrou em
vigor antes de decorridos cinco anos a contar do advento daquela lei.
(TRF4, AC 2001.71.08.007616-3, Turma Suplementar, Relator Ricardo Teixeira do
Valle Pereira, D.E. 22/11/2007). Sem grifos no original.
ROCHA, Daniel Machado da Rocha; BALTAZAR JR., Jos Paulo. Comentrios Lei de Benefcios da Previdncia
Social. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008 (p. 355).
Assim sendo, tendo transcorrido lapso temporal inferior a dez anos da data da concesso do
benefcio at o ajuizamento da presente ao, no h que se falar em decadncia.
DA ALTERAO DO COEFICIENTE DE CLCULO
Com a anlise do exposto, percebe-se que o INSS calculou de maneira incorreta a renda
mensal, pois a falta de converso dos contratos em que foram desenvolvidas atividades nocivas
diminuiu significativamente o tempo total de servio. De fato, foi utilizado o coeficiente de clculo
de 0,7, enquanto o correto corresponde a 1.
Dessa forma, torna-se imperiosa a reviso da renda mensal.
III - DA ANTECIPAO DE TUTELA
IV DO PEDIDO
5
FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelncia:
a)
b)
c)
A citao da Autarquia, por meio de seu representante legal, para que, querendo, conteste;
d)
e)
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ 5.580,00) + parcelas vencidas (R$ 21.459,12) = R$ 27.039,12.
XXXXXXXXXX